13º Seminário de Iniciação Científica

De 20/10/2008 à 24/10/2008

Desinfecção de água por radiação ultravioleta (UV)

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Escherichia coli, desinfecção, radiação ultravioleta

Nos dias atuais os mananciais de água potável, no mundo, estão cada vez mais escassos. O Brasil enfrenta, diariamente, principalmente nas grandes metrópoles, problemas com o abastecimento de água. A água potável deve estar isenta de microrganismos patogênicos e a eliminação ou inativação desses microrganismos é conhecida como desinfecção. A possibilidade de contrair doenças pela água já é, há muito tempo, sabida pelo homem. As doenças de veiculação hídrica constituem o grupo no qual o agente patogênico é ingerido junto com a água. A detecção e quantificação de todos os microrganismos patogênicos potencialmente presentes na água é laboriosa, demanda tempo e custos. Utilizam-se, então, análises indiretas através de microrganismos indicadores como, por exemplo, a Escherichia coli (indicador para bactérias entéricas de origem humana). Atualmente existem diferentes métodos de desinfecção de água. O mais utilizado é o desinfetante químico cloro (Cl2). Alguns agentes físicos também podem ser utilizados na desinfecção de águas, como a radiação ultravioleta (UV) através de reator específico que possui acoplado em seu interior uma lâmpada UV. O objetivo deste trabalho foi, através de planejamentos experimentais, variando-se a concentração do microrganismo (Escherichia coli) e o tempo de exposição à radiação UV, conhecer qual a melhor condição para obter-se cerca de 100% de inativação de E. coli em um reator de 2,5L operando com uma lâmpada UV de 36W. No primeiro planejamento experimental (22) variou-se a concentração de microrganismo em 0,01 e 0,1g/L e o tempo de exposição à radiação em 30 e 60s. O experimento utilizando-se 0,01 g/L de células tratadas por UV por 60s, obteve o maior percentual de redução das células viáveis (99,96%). Assim, realizou-se outro planejamento (22) mantendo-se as mesmas concentrações de microrganismos (0,01 e 0,1g/L) e variando-se o tempo de exposição à radiação em 60 e 120s. O experimento com 0,01 g/L de células tratadas por um tempo maior (120s) não teve aumento no percentual de redução de células viáveis (99,94%). Os experimentos utilizando-se 0,1 g/L de células apresentaram menores percentuais de redução de células viáveis, independentemente do tempo de exposição à radiação UV.

Apoio / Parcerias: Bolsa de Iniciação cinetífica do CNPq

ISSN: 1807-5754