13º Seminário de Iniciação Científica

De 20/10/2008 à 24/10/2008

O Efeito da Radiação UV na degradação do Polímero PHBV

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato), Radiação UV, Degradação

Polímeros convencionais foram concebidos para ter uma vida útil bastante longa, tal como os outros materiais, sendo isso uma condição bastante forte para a colocação destes materiais no mercado. Entretanto, em alguns nichos de aplicação, os polímeros têm uma vida útil relativamente curta, como na área de embalagens, agrícola e médica, onde o polietileno (PE), o poli(tereftalato de etileno) (PET) e o polipropileno (PP), por exemplo, são bons representantes. Como estes polímeros sintéticos não são facilmente degradados depois de completado os seus ciclos de vida úteis, eles vão povoar os aterros e lixões a céu aberto, contribuindo para a poluição ambiental e demais problemas dela decorrente. O uso de polímeros biodegradáveis como alternativa ao problema ambiental causado pelos polímeros petroquímicos têm atraído interesse de pesquisadores de todos os campos. Os poli(hidroxialcanoatos) (PHAs) são poliésteres naturais e biodegradáveis, que podem ser degradados por hidrólise ou enzimaticamente e, através da ação microbiana, são decompostos completamente produzindo água e dióxido de carbono. Dentre os membros da família dos PHAs, destaca-se o copolímero poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato)- (PHBV), um termoplástico semicristalino sintetizado por processo fermentativo tendo ácido propiônico como um dos substratos. Assim, o objetivo deste trabalho foi de verificar o efeito da radiação UV sobre a taxa de degradação do PHBV. Para isto, o polímero foi originalmente obtido em forma de pó da safra pela BYOCYCLE (PHB Industrial), com peso molecular de 425.692,00 Da, 3,34% de HV e densidade de 1,22 g/cm³. Os filmes foram produzidos a partir da suspensão de 0,224g do pó de PHBV em 22,4 mL de clorofórmio (CHCL3), sob agitação e aquecimento a 50°C durante 4 horas. Após a preparação dos filmes, parte destes foram expostos à radiação UV em uma câmara de envelhecimento acelerado (temperatura 60ºC e umidade em torno de 75%) e outra parte foi exposta ao intemperismo natural. O período de exposição será de 6 meses, com amostragens em intervalos de 30 dias, exceto para a câmara de envelhecimento, que teve intervalo reduzido a 11 dias. A caracterização dos filmes degradados será monitorada por meio de análise visual, GPC e técnicas termogravimétricas (TGA e DSC). Até o momento as amostras totalizam 13 dias de exposição. Os resultados preliminares obtidos indicam que as amostras expostas na câmara de envelhecimento acelerado já se apresentam quebradiças quando comparadas com as amostras expostas ao intemperismo natural. As análises de GPC, DSC e TGA estão em andamento.

ISSN: 1807-5754