14° Seminário de Iniciação Científica

De 19/10/2009 à 23/10/2009

Avaliação da degradação de sacolas oxidegradáveis em diferentes ambientes

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: sacolas oxidegradáveis , aditivos pró-oxidantes, polímeros

Os artigos produzidos a partir de materiais plásticos tornaram-se comuns na vida cotidiana. Isso ocorre devido às várias características as quais estão associadas tais como: resistência, durabilidade, baixo custo e facilidade no processamento. Entretanto, essas mesmas características tornam esses produtos de rápida descartabilidade, ocasionando problemas ao meio ambiente. Entre os problemas ambientais relacionados ao destino dado aos plásticos, uma parcela significativa é causada pelas embalagens. Por tratar-se de um material de baixo custo, embalagens como sacolas plásticas são oferecidas praticamente sem ônus ao consumidor. Isso chama atenção, pois no Brasil não há aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Como conseqüência, tem-se o acúmulo dessas sacolas em aterros sanitários e lixões. Essa deposição inadequada dificulta a circulação de líquidos e gases, retardando a estabilização da matéria orgânica. Um dos materiais utilizados na produção de sacolas plásticas é o PE (polietileno), polímero altamente resistente tanto à biodegradação quanto à oxidação, devido à presença de estabilizadores e antioxidantes. Nesse contexto surgiram as sacolas chamadas de “oxi-biodegradáveis”. Estes polímeros tem como base as poliolefinas tradicionais, adicionadas de um aditivo pró-oxidante, que acelera a oxidação e fragmentação. Assim o processo de degradação desse material consiste em uma primeira etapa de degradação abiótica oxidativa, seguida da biodegradação dos produtos da oxidação. O objetivo do trabalho foi comparar a degradação das embalagens de PEAD (polietileno de alta densidade) comercial contendo aditivos pró-degradante em diferente ambientes: câmara de envelhecimento acelerado, solo, e ambiente natural. Os filmes foram expostos aos ambientes de degradação e, as amostras retiradas periodicamente a fim de verificar a degradação macroscópica pela análise visual. Posteriormente os efeitos da degradação termo-oxidativa foram avaliados após diferentes tempos de exposição por análise termogravimétrica (TG/DTG), calorimetria exploratória diferencial (DSC) e espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), técnicas utilizadas a fim de identificar alterações das propriedades térmicas e estruturais dos materiais em teste. A análise visual mostrou que as amostras expostas ao envelhecimento acelerado foram fragmentadas após 42 dias de exposição e quando exposta ao intemperismo natural, a fragmentação ocorreu lentamente, levando 360 dias. No entanto, quando as amostras não foram irradiadas, como nos ensaios de degradação em solo, visualmente não apresentaram sinal de degradação ou fragmentação, não sendo assimiladas pelos microorganismos. As análises de DSC, TGA e FTIR estão em andamento.

Apoio / Parcerias: Apoio: bolsista do CNPq – Brasil; FAP/UNIVILE.

ISSN: 1807-5754