14° Seminário de Iniciação Científica

De 19/10/2009 à 23/10/2009

Biossintese de ácido láctico por linhagens de Lactobacillus amilolíticos a partir de resíduos agroindustriais visando a síntese de poli(L-ácido láctico)

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ácido láctico, resíduos agroindustriais, poli ( L - ácido láctico)

Na última década, a produção de ácido láctico tem atraído considerável atenção, por ser matéria-prima para a síntese do poli(L – ácido láctico) (PLLA). O ácido láctico pode ser produzido tanto pela síntese química ou fermentação microbiana. A vantagem da biossíntese é a obtenção de um produto opticamente puro, alcançado pela seleção de cepas que produzem apenas o isômero L, enquanto a rota sintética sempre produz uma mistura racêmica de ácido láctico D, L. Os substratos para a produção do ácido láctico mais amplamente empregados são açúcares refinados, os quais são de alto custo. Entretanto, a biossíntese permite a possibilidade do uso de resíduos da agroindústria, tais como amido e outros polissacarídeos, disponíveis a partir do milho, melaço de beterraba, cana de açúcar, batata e outras biomassas. O objetivo deste trabalho é avaliar a biossíntese de ácido láctico por lactobacilos Lactobacillus amylovorus usando diferentes fontes de carbono e nitrogênio provenientes de resíduos agroindustriais, visando a produção de ácido láctico e crescimento celular. Para obter a máxima produção de ácido láctico será realizado um planejamento experimental buscando selecionar as condições ótimas do processo. No entanto, a determinação dos parâmetros de temperatura de incubação 25 ºC, 37 ºC e 42 ºC; e agitação 120 min -1 e sem agitação foram conduzidos em ensaios preliminares. Para isto, as células foram inoculadas a uma taxa de 10% e cultivadas em frascos de Erlenmeyer (250 mL) contendo 100mL de MRS por 96h. Uma alíquota de 2 mL foi periodicamente retiradas em intervalos de 8h para verificação do crescimento celular (absorbância 600nm), produção de ácido láctico e consumo de substrato (HPLC). Os resultados confirmaram a característica microaerófila do Lactobacillus amylovorus, pois houve o maior crescimento e produção de ácido láctico ocorreu em condição estáticas na qual o oxigênio dissolvido se apresenta em baixos níveis. A temperatura de 25 ºC não permitiu um crescimento satisfatório das células, pois apresentou baixo consumo de substrato e ausência de ácido láctico. Em temperatura de 37 ºC permitiu um consumo total de substrato em 100 horas e crescimento celular elevado, indicando que o consumo do substrato foi destinado para a produção do ácido láctico. A temperatura de 42 º C resultou em crescimento celular e produção de ácido láctico, porém o consumo de substrato ocorreu até 40 horas após o inicio da fermentação e seguidamente cessou o crescimento indicando que a temperatura interfere negativamente na via de síntese do ácido láctico.

ISSN: 1807-5754