14° Seminário de Iniciação Científica

De 19/10/2009 à 23/10/2009

Ensaios ecotoxicológicos de diferentes formulações do bioinseticida Bti: Resultados preliminares.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Bacillus thuringiensis israelensis, bioinseticida, ecotoxixologia

A partir da década de 80, larvicidas biológicos começaram a ser utilizados no controle de pragas em substituição aos inseticidas químicos, diminuindo assim os impactos dos compostos organoclorados e organofosforados ao homem e ao meio ambiente. O larvicida a base de Bacillus thuringiensis variedade israelensis (Bti) tem sido normalmente utilizado no controle populacional de mosquitos. Esse bioinseticida age especificamente na larva do mosquito atingindo o sistema digestivo do organismo levando-o a morte em poucos minutos sem, contudo, dependendo do processo de produção e de formulação, causar outros efeitos nocivos ao ecossistema onde foi aplicado. Para tanto, é importante conhecer tanto a dose letal do produto (DL50) para o inseto alvo como também o seu grau de ecotoxicidade ao ambiente (CEC – concentração crítica de ecotoxicidade). Em trabalhos desenvolvidos anteriormente pelo grupo foram estabelecidas todas as condições ideais de produção do Bti e atualmente, está sendo estudado o processo de formulação do produto fermentado. Neste trabalho, pretende-se determinar a CEC tanto do produto bruto como dos produtos formulados e analisar a possibilidade de sua aplicação no campo levando em consideração também, a sua DL50. Os testes de ecotoxicidade estão sendo realizados nos níveis tópicos de produtor e de consumidor primário; utilizando como organismos bioindicadores a alga Euglena gracilis e o micro-crustáceo Daphnia simillis, respectivamente. Para E.gracilis está sendo utilizado o equipamento Ecotox e método proposto por Tahedl e Hader (2001) e para D.similis a metodologia empregada foi aquela definida pela NBR 12713. Como padrão de comparação serão empregados os bioinseticidas comerciais Teknar HP-D e Vectobac-AS, ambos produzidos pela Valent BioSciences. As concentrações de Bti (produto bruto) inicialmente avaliadas foram de: sem diluição,100 g/L (1:10), 1g/L (1:103), 0,1g/L (1:104), 0,01 g/L (1:105) e 0,001 g/L (1:106). Para E.gracilis os valores de CEC já definidos para Vectobac e para o Bti bruto (sem formulação) foram de 1,3 e 3,0 g/L, respectivamente. Para D.similis, os testes iniciais com o produto bruto demonstraram que a CEC está entre 0,001 a 0,01 g/L, indicando assim uma maior sensibilidade deste organismo ao produto em comparação com E.gracilis. Novos testes estão sendo realizados para complementação deste estudo.

Apoio / Parcerias: Ozair Souza RG:766519-9 Beatriz M. O. Torrens RG: 111111-1

ISSN: 1807-5754