14° Seminário de Iniciação Científica

De 19/10/2009 à 23/10/2009

Avaliação da degradação de blendas de P(3HB-co-3HV)/ PLLA em diferentes condições ambientais

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato), poli(L-ácido lático), Blendas

Em decorrência das características dos polímeros petroquímicos há um grande uso e aplicação de seus produtos na sociedade moderna. A durabilidade, uma das principais características, torna estes produtos tema de discussão, na medida que, em função da rápida descartabilidade, se acumulam em grandes quantidades em aterros e lixões. Desta forma, novos materiais poliméricos, como compósitos e blendas, estão sendo estudados devido a sua funcionalidade e capacidade de degradação: entender e controlar a degradação destes polímeros é de fundamental importância. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar a degradação da blenda poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato)/poli(L-ácido lático) (PHBV/PLLA) em diferentes condições ambientais para possível substituição do Polietileno (PE), muito utilizado como recipiente para mudas em floriculturas. As blendas foram preparadas pelo método de casting na proporção 50/50 g/g e submetidas à degradação em solo por 25, 50 e 75 dias, intemperismo natural (IN), e câmara de envelhecimento acelerado, cujas condições naturais (temperatura, UV e umidade) são extremadas. Nessas duas ultimas condições as amostras foram retiradas em 30, 60 e 90 dias. As amostras foram avaliadas por análises térmicas e análise visual em função do tempo de degradação, para verificação das alterações estruturais. Por meio da análise térmica TGA, o filme sem degradação foi caracterizado quanto a sua composição, sendo verificado 52% de PHBV e 46,4% de PLLA. Após 25 dias de degradação em solo foi possível observar na análise visual, os primeiros sinais de degradação, com o aparecimento de pequenas colônias de microrganismos na superfície do filme. Depois de 50 dias de degradação em solo a porcentagem de perda de massa do PHBV decaiu para 20% enquanto o PLLA permaneceu com 72% de perda de massa. Em 75 dias pode-se observar que PHBV apresentou-se totalmente degradado, enquanto o PLLA ainda estava presente, confirmando a imiscibilidade da blenda. Pouco pôde se observar por análise visual quanto à degradação das amostras submetidas ao IN e EA, podendo assim atribuir à blenda PHBV/PLLA uma boa resistência às intempéries e à radiação UV no período estudado, o que torna viável a substituição do PE em embalagens de mudas em floriculturas.

Apoio / Parcerias: A FAP UNIVILLE pela bolsa de estudo concedida.

ISSN: 1807-5754