Área 03 - Ciências Humanas e Lingüística, Letras e Artes

Índice

  1. "Quem tem, mói, e quem não tem mói também": as representações sobre a Guerra do Contestado no Museu Histórico e Antropológico da Região do Contestado
  2. A discussão sobre o tema do papel social de gêneros no projeto de extensão EDUPAZ
  3. A leitura nas empresas: a visão dos colaboradores quanto a esse instrumento de desenvolvimento pessoal e profissional
  4. A Problemática da Cientificidade do Direito Frente ao Agir Comunicativo da Sociedade
  5. Ambientalização curricular na Univille: um diagnóstico da área das ciências exatas, arquitetura, design e engenharias
  6. Ampliação da leitura e da escrita na Univille Campus São Bento
  7. Aplicabilidade da Realidade Aumentada na preservação do Patrimônio Cultural
  8. As necessidades do mercado de trabalho de acordo com gestores
  9. ATIVIDADES AQUÁTICAS NO AMBIENTE ESCOLAR
  10. CRENÇAS DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DA CIDADE DE GARUVA ACERCA DAS PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS
  11. Direito e Histórias em Quadrinhos
  12. Educação em Saúde para profissionais do sexo em Joinville-SC
  13. Entraves jurídicos sanitários e a identificação de boas práticas de governança para a formalização de empreendimento produtor de cachaça artesanal na região de Joinville/SC
  14. Entre narrativas e acontecimentos: o tempo e o ofício historiador
  15. Formação de leitores pelo era uma vez...
  16. Gravidez, adolescência e escola: concepções de equipes escolares
  17. Imagens fotográficas jornalísticas: sentidos e representações do imigrante haitiano
  18. INSERÇÃO PROFISSIONAL NA DOCÊNCIA DE EGRESSOS DO PIBID DA UNIVILLE
  19. O ESTRESSE OCUPACIONAL E O TRABALHO DOS BANCÁRIOS SOB O OLHAR DA PSICOLOGIA
  20. O Museu do Expedicionário em Jaraguá do Sul, Santa Catarina: a trajetória de um lugar de memória (1996 - 1997).
  21. O processo de formação de propriedade: a enfiteuse
  22. O PROJETO COMEMORE E OS 50 ANOS DA UNIVILLE
  23. O sesquicentenário da independência através da numismática: as moedas como suportes da memória.
  24. OCUPAÇÃO INDÍGENA NO SÉCULO XVI EM SÃO FRANCISCO DO SUL/SC: PERSPECTIVAS INTERDISCIPLINARES
  25. OS GUARANI PRÉ-COLONIAIS E OS OUTROS - UM ESTUDO A PARTIR DE ACERVOS CERÂMICOS E QUESTÕES DE ETNICIDADE – RESULTADOS PRELIMINARES
  26. Papo e Cinema - Ano 4
  27. PATRIMÔNIO CULTURAL E PROPRIEDADE INTELECTUAL: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A SUSTENTABILIDADE
  28. Práticas de leitura e de escrita de estudantes dos cursos de Ciências Biológicas, História e Educação Física
  29. Processos históricos de transformação dos sambaquis na Praia Grande de São Francisco do Sul/SC
  30. Recortes de “cenas musicais” do rock joinvillense nos anos 90
  31. Representações do Brasil em Museus Africanos: o comércio atlântico de escravos representado pelo Slave History Museum, na Nigéria
  32. Representações do Museu Irmão Luiz Godofredo Gartner em Corupá/SC: o museu e a cidade
  33. SAMBAQUIS DA BAIA DA BABITONGA: REFLEXÕES SOBRE TERRITÓRIO.
  34. Vivências do Projeto de Extensão “Roda de Leitura”
  35. “Era uma vez”... fragmentos de algumas memórias da Sociedade Harmonia Lyra e do Theatro Nicodemus

Resumos

"Quem tem, mói, e quem não tem mói também": as representações sobre a Guerra do Contestado no Museu Histórico e Antropológico da Região do Contestado

  • Letissia Crestani, G, lei_crestani@hotmail.com.br
  • SANDRA PASCHOAL LEITE DE CAMARGO GUEDES, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Museu, Contestado

O presente trabalho está ligado ao Grupo de Pesquisas “Estudos Interdisciplinares de Patrimônio Cultural” e à linha de pesquisa “Patrimônio e Memória Social” do Programa de Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da UNIVILLE – MPCS, tem como objetivo identificar as representações que a sociedade de Caçador tem sobre a Guerra do Contestado e qual a contribuição das exposições de longa duração do MHARC na construção dessas representações. Visa, também, através do estudo das representações da Guerra do Contestado encontradas na exposição de longa duração Guerra do Contestado, do Museu Histórico e Antropológico da Região do Contestado, contribuir com as discussões sobre os conceitos de representações em museus, identidades e patrimônio cultural. O MHARC é uma instituição sem fins lucrativos e que tem como objetivo maior salvaguardar a história do Contestado e toda a produção referente a esse conflito, além de, especificamente, tratar sobre a história da cidade de Caçador. Em seu espaço expositivo contempla quatro nichos expográficos: cultura indígena, ferrovia do Contestado, imigração e colonização, e nosso escopo de trabalho, a sala Guerra do Contestado. Em suma, um local de guarda da história da região contestada. A realização da pesquisa bibliográfica, para este trabalho, foi feita através de um levantamento do assunto em artigos, dissertações e teses disponíveis nos bancos de dados de universidades e bibliotecas on line, além de livros. Além disso, foi analisada a expografia da exposição de longa duração do Museu e toda a problemática por trás da construção da mesma, usando bibliografias, além de observação in loco. Verificou-se a ausência de objetos e discursos representativos dos dois lados do conflito, principalmente, do lado sertanejo. Através da análise da exposição pudemos sinalizar algumas divergências entre o que é exposto e o discurso da instituição, o que proporciona mais uma fonte de discussões sobre o que, para quem e o que querem os museus e a quem realmente servem na contemporaneidade.

A discussão sobre o tema do papel social de gêneros no projeto de extensão EDUPAZ

  • Dalva Marques, MSc, dalva.marques@univille.br
  • Carolina Roberto Floriano, Graduando, carolina.roberto@univille.br
  • Suzana Lima Cabral Gonzola, Graduando, suzana.lima@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Gêneros, Discurso, Violência

A proposta do projeto de extensão A linguagem da não-violência: uma possibilidade para a construção da cultura da paz – EDUPAZ nasceu com o objetivo de conscientizar as pessoas de que a linguagem pode estar impregnada de violência, que é naturalizada na prática discursiva. O projeto iniciou em 2006 e em 2009 estabeleceu uma parceria com a Secretaria de Educação de Joinville e com a Gerência de Educação do Estado, tendo em vista a preocupação com a recorência de casos de violência e indisciplina nas escolas. Desde então, essa parceria também foi extendida com a Secretaria Municipal de Educação por meio de oficinas e palestras desenvolvidas pelos extensionistas e acadêmicos voluntários. A participação de acadêmicos de diferentes cursos (Letras, Ciências Biológicas, História, Piscologia, Direito, Design e Sociologia) tem propiciado uma experiência significativa, ao possibilitar que esses participantes desenvolvam uma intervenção educativa com vistas a desnaturalizar o discurso da violência e a propor ações que reduzam as agressões simbólicas e físicas. Foram vários os temas abordados durante estes anos. Por exemplo, em 2015, o tema central foi “Preconceito étnico-racial” e, em 2016, “Papel social de gêneros”. Para pensadores como Beauvoir (1990) e Boudieur (1999), o gênero se refere aos papéis sociais e sua existência é a manifestação da desigualdade entre homens e mulheres. A desigualdade e a descriminação se intensifica para os indivíduos que se identificam ou se autodeterminam com um gênero diferente do sexo. Nesta perspectiva, o Projeto visa refletir como o discurso naturaliza a relação desigual e descriminatória na questão de gêneros. Para tanto, no início deste ano, foi oferecida uma oficina a fim de que os estudantes interessados em participar do Projeto compreendessem a proposta. Após a oficina, os estudantes, em grupos, foram orientados a elaborarem seus projetos de intervenção, dentre os quais já foram desenvolvidos: o “I Simpósio sobre Educação pela Paz”; duas oficinas: “Violência de gênero” e “Preconceito e discriminação de gênero na prática discursiva”. Participaram diretamente 177 pessoas nos três eventos. As discussões levaram os participantes a perceberem como os discursos podem reafirmar a desigualdade de gêneros e naturalizar a relação de poder existente entre homens e mulheres.

Apoio / Parcerias: Gerência de Educação do Estado; Secretaria Municipal de Educação

A leitura nas empresas: a visão dos colaboradores quanto a esse instrumento de desenvolvimento pessoal e profissional

  • Simone Lesnhak, Dr(a), simone.lesnhak@gmail.com
  • Priscila Laurentino , Graduando, priscilal.sbs@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: Leitura , Atividades profissionais, Apropriação do conhecimento

O projeto de pesquisa sobre o tema "A Influência da leitura para as transações comerciais e empresariais" é desenvolvido na Univille Campus São Bento e visa a analisar a contribuição da leitura para a realização das atividades profissionais e desempenho de profissionais nas áreas comerciais e empresariais. Esse projeto se desenvolve por meio de pesquisa de campo, com levantamento de dados com o uso de entrevistas, realizadas com colaboradores de empresas que realizam empréstimo de livros em bibliotecas das empresas de forma mais intensa. Entendemos, apoiados em teorias de base histórico-culturais, em uma perspectiva psicológica e antropológica da linguagem, que a leitura é um instrumento de aprendizagem e desenvolvimento humano, de ampliação do letramento dos sujeitos, entretanto, segundo os dados já coletados preliminarmente, não é explorado para a apropriação e ampliação do conhecimento, nesse caso, na área profissional. Assim, a leitura ainda é vista pelos colaboradores como distração e lazer, não sendo explorada sistematizadamente pelos gestores.

Apoio / Parcerias: Empresas de São Bento do Sul: SCM/ TECMATIC; Fiação São Bento; Buddemeyer; Oxford S.A. (preliminarmente)

A Problemática da Cientificidade do Direito Frente ao Agir Comunicativo da Sociedade

  • Gabriely Bueno de Oliveira, Graduando, gabrielybueno97@gmail.com
  • Eduardo Silva, MSc, edu.silva@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Direito, Democracia, Agir comunicativo

O presente projeto busca compreender e fazer uma análise crítica acerca do princípio da vedação do retrocesso legal em face da ideia do agir comunicativo de Habermas e também da problemática envolvendo a cientificidade do direito. Trata-se, pois, de apresentar uma perspectiva acerca do conflito entre legalidade e legitimidade no que tange o princípio da vedação do processo legal ante a sua aplicação prática na sociedade. E, ainda, abordando a relação, por vezes conflituosa, entre a formulação de garantias jurídicas pelo ramo sistemático do direito e a aceitação e aplicação destas garantias pelo senso comum (senso assistemático). O princípio da vedação do retrocesso legal, costumeiramente conhecido como sinônimo de direitos adquiridos, se estende no âmbito dos avanços sociais das democracias ocidentais na segunda metade do século XX. Porém, as mudanças econômicas do final do mesmo século apresentaram os limites econômicos do Estado de Bem Estar Social. Ainda neste sentido, a reflexão se completa com a necessidade de problematizar a legitimidade do direito positivo, na ideia de Kelsen, em conflito com a ideia social de opinião e vontade. Quanto o direito se inclina à vontade social e quanto a vontade social deve se inclinar ao direito posto, uma vez que a ideia de democracia com base na participação social efetiva, e não apenas legalizada, se constrói em ritmo acelerado na sociedade brasileira. Sendo assim, busca-se neste projeto desvendar a epistemologia por traz dos princípios fundamentais que norteiam a consolidação dos direitos humanos, bem como, esclarecer por consequência o princípio da vedação do retrocesso legal em relação ao agir comunicativo da sociedade. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de exploração textual relacionando as obras de Habermas, Weber e seus comentadores.

Ambientalização curricular na Univille: um diagnóstico da área das ciências exatas, arquitetura, design e engenharias

  • Gabriel Horn Iwaya, Graduando, gabrieliwaya@hotmail.com
  • Gabriele da Silva Cota, Graduando, cotagabriele16@gmail.com
  • Flavia Elisa Lütke, Graduando, flaviaelisa11@yahoo.com.br
  • NELMA BALDIN, Dr(a), nelma.baldin@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: ambientalização curricular, educação ambiental , universidade

A ambientalização curricular nas Instituições de Ensino Superior (IES) pressupõe um conjunto de esforços visando promover a incorporação das temáticas ambientais e da sustentabilidade socioambiental nas atividades de ensino, pesquisa e extensão (SÁENZ, 2014). Mediante esse paradigma, espera-se que as IES assumam o compromisso, para além de suas atividades fins (ensino/pesquisa/extensão), de servirem como modelo de boas práticas, no que tange à elaboração de um plano de gestão ambiental institucional e elaboração de uma política universitária sustentável (LEITE, 2014). Este o objeto desta pesquisa aplicada na Univille cujo objetivo foi diagnosticar a situação da “ambientalização curricular” na Área das Ciências Exatas, Arquitetura, Design e Engenharias. O estudo foi orientado pela abordagem metodológica da pesquisa mista “qualitativa-quantitativa” e executado em três fases: a) coleta e análise documental dos projetos pedagógicos dos cursos da Área (PPCs); b) aplicação de questionários online junto ao corpo docente; c) de aplicação de entrevista semiestruturada com os chefes dos departamentos. A análise de dados obtidos foi realizada conforme orientação de Bardin (2008), em duas etapas: eleição das categorias a priori: Sustentabilidade Socioambiental; Educação Ambiental (EA); Meio Ambiente; e o reconhecimento e formação das categorias a posteriori que emergiram dos dados da pesquisa. Pela análise dos PPCs dos Departamentos foram encontradas 31 disciplinas (9,5%), dentre um total de 327 disciplinas, que podem ser consideradas ambientalmente orientadas, conforme critérios propostos por Carvalho et al. (2011). O corpo docente investigado, um total de 208 professores e 04 secretárias, apresentou um retorno dos questionários online enviados considerado baixo (11,53%), o que correspondeu um total de 18 respostas. No discurso dos respondentes, a EA aparece vinculada a uma crença otimista de que a degradação ambiental e a preocupação com a sustentabilidade socioambiental podem ser equacionadas com inovações tecnológicas. Em vista disto, percebe-se que o processo de ambientalização depende de necessária atualização dos conhecimentos e valores ambientais dos docentes via formação continuada. Ressalta-se que 88,9% dos docentes (incluindo os chefes) afirmaram não terem recebido capacitação para trabalhar com essas questões. No entanto, contatou-se que a Univille estimula iniciativas ambientalmente orientadas principalmente por meio de projetos de pesquisa e extensão que desenvolve. Diante de tal conjuntura, entende-se que esse diagnóstico (inicial) do processo de ambientalização curricular da Univille apresentou um resultado positivo no sentido de que abre uma oportunidade para a reflexão das práticas docentes, servindo, também, como forma de promover discussões objetivando ampliar e consolidar uma política institucional de ambientalização e sustentabilidade.

Ampliação da leitura e da escrita na Univille Campus São Bento

  • Simone Lesnhak, Dr(a), simone.lesnhak@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: Letramento, Estudantes, Universidade

O projeto de ensino, vinculado ao Fundo de Apoio ao Estudante de Graduação, A ampliação das práticas de letramento na esfera acadêmica: das habilidades básicas à apropriação dos dizeres da universidade, tem como objeto a ampliação dos usos da escrita por estudantes de graduação da UNIVILLE SBS, e está fundamentado pelas perspectivas antropológica do letramento, filosófica dos gêneros do discurso e psicológica histórico-cultural do desenvolvimento e aprendizagem. Tomando como base essas concepções, entendemos que não só a linguagem poderá constituir os sujeitos, mas também a interação dele de forma constante com diversas situações de uso dela. A leitura e a escrita passam a ser os instrumentos de aprendizagem e desenvolvimento do sujeito, os quais possibilitam a sua interação com as esferas sociais. Nesse sentido, a apropriação desses usos pelos estudantes possibilitam-nos apropriar-se melhor dos dizeres da Universidade, circulando e inserindo-se mais efetivamente nessa esfera e nas profissionais, consequentemente. Para isso, por meio de aulas que envolvam o estudo da linguagem, com foco na leitura e escrita característica da universidade, ocorre a apresentação dos objetos de aprendizagem, de forma teórica e vinculados à prática. Essas aulas ocorrem no horário antes das aulas da graduação, assim como a prática de leitura e de escrita se dá por ensino semipresencial. Para a participação nos cursos, foram convidados todos os estudantes da graduação da UNIVILLE, dos cursos do Campus São Bento. Neste ano de 2016, já ocorreram 4 turmas com cerca de 100 estudantes envolvidos. O trabalho se encontra na fase de desenvolvimento.

Apoio / Parcerias: não há

Aplicabilidade da Realidade Aumentada na preservação do Patrimônio Cultural

  • Ana Carolina Moura Cardoso, MSc, anacarol.arq@gmail.com
  • Paulo Ivo Koehntopp, Dr(a), pauloik@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Realidade Aumentada, Patrimônio Cultural , Preservação

Nas últimas décadas, a preocupação com a preservação do Patrimônio Cultural vem sendo motivo de inúmeras pesquisas. O processo de tombamento dos bens relacionados ao patrimônio cultural, principalmente no que diz respeito ao patrimônio arquitetônico, nem sempre tem se mostrado eficaz como garantia da preservação do edifício ou da sua memória. A patrimonialização, por vezes é vista como um processo impeditivo do ponto de vista da conservação do edifício, seja por suas implicações técnicas do processo de restauro, seja por seus custos elevados, ou ainda pela indisponibilização do bem imóvel para a venda. O avanço da tecnologia trouxe consigo conceitos diferenciados no que tange a ideia de relacionamentos interpessoais, cultura, lazer e no aprendizado. Sendo assim, por que não utilizarmos este avanço tecnológico como uma ferramenta para a preservação e a interação com o patrimônio cultural? Entende-se a Realidade Virtual como uma interface avançada para aplicações computacionais onde o usuário pode interagir em tempo real em um ambiente tridimensional, por meio de dispositivos multissensoriais como luvas, capacetes, mouses 3D e óculos. Os experimentos e pesquisas já realizados em RA sugerem que é possível utilizar a Realidade Aumentada como uma ferramenta de auxílio ao desenvolvimento de projetos de restauro e de preservação da memória cultural do espaço público. Desta forma o desenvolvimento da pesquisa visa contribuir com o estudo de novas tecnologias aplicadas à preservação do Patrimônio Cultural e à interação entre passado e presente, possibilitando novas formas de relacionamento com a memória do espaço construído, através da utilização de Realidade Aumentada para o manuseio virtual de modelos arquitetônicos com o uso de aplicativos para smartphones. O objetivo geral desta pesquisa é realizar estudos da aplicabilidade da Realidade Aumentada, para demonstrar como seu uso pode auxiliar na educação para a preservação do patrimônio cultural através da interação entre ambiente construído real e virtual.

As necessidades do mercado de trabalho de acordo com gestores

  • Raquel Niespodzinski, Graduando, raquelniespodzinski.rn@gmail.com
  • Simone Lesnhak, Dr(a), simone.lesnhak@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: Formação , Universidade, Atividades profissionais

O projeto “A formação dos estudantes da Univille para inserção nas esferas profissionais: as necessidades do mercado de trabalho e o planejamento da diversificação dos objetos de aprendizagem” tem como intuito analisar os objetos de aprendizagem que contribuem para a formação dos estudantes de Tecnologia em Gestão Comercial para inserção nas esferas profissionais. Para isso, foram realizadas algumas etapas na pesquisa, cujos métodos caracterizam-na como pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo. Primeiramente, foi realizada uma pesquisa em bibliografias, sobre a preparação para a inserção nas esferas profissionais. Com uma base teórica sobre o tema, foi elaborado um questionário, a ser aplicado junto a gestores das empresas de São Bento do Sul e região, para identificar as necessidades do mercado de trabalho quanto à formação dos estudantes de graduação em Gestão Comercial. A partir desses dados, serão planejadas ações para a sua resolução. Os resultados obtidos preliminarmente indicam que as empresas sentem necessidade prioritariamente de profissionais capacitados a realizar análise com relação aos aspectos legais e tributários; também que busquem o desenvolvimento e a aplicação de inovações e tecnologias para o aumento da competitividade comercial; e de pessoas que saibam lidar com a pressão e superar obstáculos. Os gestores dizem ser importante os estudantes estarem inseridos em palestras, realização de pesquisas da área e visitação em empresas consideradas referência na área comercial para se prepararem para o mercado de trabalho. Apesar de algumas competências, habilidades e métodos se sobressaírem na avaliação dos gestores, de um modo geral todos os aspectos propostos foram considerados importantes. Com esses dados, entendemos que o mercado necessita de um profissional completo, que saiba lidar com diferentes situações que o cenário comercial atual exige.

Apoio / Parcerias: Empresas de São Bento do Sul - um número aproximado de 20 empresas.

ATIVIDADES AQUÁTICAS NO AMBIENTE ESCOLAR

  • Vinicius Augusto Barbosa Sebastião, Graduando, vinnieguto@gmail.com
  • Guilherme Henrique Muller, Graduando, pef.magri@gmail.com
  • Patricia esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: ambiente aquáticos, prevenção, escolares

INTRODUÇÃO: Os ambientes aquáticos naturais são diversificados em suas características. Nestes ambientes a água se comporta de maneira distinta, e geralmente tem menos ou nenhuma supervisão que ofereça proteção aos banhistas. Alguns artigos foram lidos para buscar apontamentos que poderiam ser referência para abordagem com os escolares , mas nada que se aproximou dos conteúdos dos bombeiros e guarda-vidas. A SOBRASA, Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático disponibiliza um material de apoio excelente para qualquer tipo de segurança em ambientes aquáticos, sejam eles naturais ou não naturais. Jeferson Villela destaca que “Prevenir é salvar” (SOBRASA, 2015). Em qualquer ambiente aquático natural frequentado, os riscos devem ser avaliados, mesmo que todos saibam nadar e estejam praticando a atividade frequentemente. Levar o conhecimento para a escola pode ajudar na prevenção de afogamentos que acontecem nos ambientes aquáticos, independentemente de ser natural ou não natural. OBJETIVO: Apresentar e discutir com os escolares os aspectos de segurança em espaços aquáticos naturais reforçando que a prevenção é a melhor estratégia. MÉTODO Para a realização do trabalho foram planejadas as aulas, sendo uma teórica e outra com jogos e desafios. As aulas buscaram identificar os espaços e suas características e colocando como meta a compreensão da diferença entre ambientes naturais e não naturais e medidas de segurança. Foram utilizado os argumentos comuns sobre acidentes em praias e rios e diálogos que viessem a colaborar com o que já ouviram falar e sobre os ocorridos diretamente com eles. Foram utilizados slides, utilizando figuras e levantando questões sobre os ambientes aquáticos naturais e os aspectos de segurança e os jogos e desafios como reforço ao conteúdo. RESULTADOS Os questionamentos deixaram claro que a aula mexeu com seus interesses pessoais, talvez por conta das vivências que já tiveram nesses locais, ou pelo fato do conhecimento ter sido abordado de maneira dinâmica. As atividades foram desempenhadas com sucesso, e os questionamentos respondidos com presteza. Recomendações foram feitas e os próprios alunos respondiam demonstrando interesse, entendimento e colaboração. Conclusão: apresentar esse tema na escola é de fundamental importância para que os escolares estejam atentos aos aspectos preventivos, pois desta forma poderão garantir a sua segurança e daqueles com os quais eles possam dividir a experiência.

CRENÇAS DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DA CIDADE DE GARUVA ACERCA DAS PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS

  • Ana Carolina Wolff Mota, MSc, anacwolff@gmail.com
  • Alexsander de Souza, Graduando, alexrds13@gmail.com
  • Ian Carlos Hubner, Graduando, ianchubner@gmail.com
  • Enosdelacerda@gmail.com, Graduando, Enosdelacerda@gmail.com
  • Guilherme Gustavo Florêncio, Graduando, ggustavoflorencio@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: transtornos mentais, agente comunitário de saúde, crençaS

Uma classe de profissionais que está em contato direto com a população, mesmo antes do adoecimento e que pode trabalhar no sentido de prevenção e divulgação de conhecimentos é a dos agentes comunitários de saúde, tornando-se essencial o conhecimento das crenças desses profissionais acerca das pessoas com transtornos mentais. As crenças centrais são compreensões fundamentais e profundas do próprio ser em que cada um formará ideias sobre si, sobre outras pessoas e sobre seu mundo. METODOLOGIA: A pesquisa contou com a participação de 17 agentes comunitários, todos os participantes eram do sexo feminino. Foi realizada a aplicação de um questionário sobre crenças, com vinte e quatro afirmativas, sendo estas divididas em quatro categorias: uma a respeito do entendimento de transtorno mental como deficiência mental; outra sobre a visão de transtorno mental como incapacidade de autonomia; uma terceira que diz respeito à visão de transtorno mental como loucura ou insanidade; e a última trazendo o transtorno mental como um sofrimento psíquico passível de tratamento. RESULTADOS: A categoria “Transtornos mentais como Sofrimento Psíquico” teve o maior número de pessoas com grau de concordância elevada (caracterizando uma crença), ou seja, esta categoria foi a que apresentou um maior número de pessoas que acreditam que a mesma é verdadeira. Já a categoria “Transtornos mentais como Loucura”, muito pautada na visão manicomial dos sujeitos com transtornos mentais, mostra-se menor na amostra utilizada na pesquisa, pois apenas 01 pessoa demonstra acreditar que isto é verdadeiro.

Direito e Histórias em Quadrinhos

  • Nielson Ribeiro Modro, MSc, nielson@modro.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Direito, Quadrinhos, Educação

A ideia de serem os quadrinhos mera leitura de entretenimento há muito tempo já se modificou, Hoje sabe-se que a utilização de uma literatura verbo-imagética possibilita ampliar o uso da racionalidade humana, explorando não apenas o hemisfério esquerdo (lógico) do cérebro como também o hemisfério direito (emocional, artístico). Partindo-se dessa premissa é que o projeto de pesquisa LEITOR - “A Linguagem dos Quadrinhos: Literatura, Arte e Conhecimento”, cujo objetivo principal é buscar elementos que auxiliem quanto ao uso das histórias em quadrinhos didaticamente, tem atuado há alguns anos na pesquisa de quadrinhos que possam ter finalidade educativa além da mera recreação. O foco da pesquisa durante o ano de 2016 é sobre quadrinhos que possuam em seu conteúdo aspectos jurídicos pertinentes quanto a uma possível discussão posterior. A metodologia aplicada é a investigação bibliográfica acerca da linguagem dos quadrinhos bem como de produções literárias desta manifestação, analisando as possíveis relações e usos pertinentes de obras estudadas, relacionados com o Direito ou que tenham ligação com aspectos jurídicos. Os resultados obtidos até o momento são animadores pois percebe-se que há uma vasta produção de quadrinhos cuja temática remete diretamente a questões jurídicas do cotidiano, podendo-se citar como por exemplo temas ligados a direitos humanos, direitos fundamentais e conscientização política. Entende-se que o projeto auxilia na indicação de material que possa servir como fundamento para o processo ensino-aprendizagem, de forma lúdica, porém de maneira séria e profunda, valorizando a literatura dos quadrinhos sendo mais que meras narrativas literárias mas também incorporadoras da linguagem artística, iconográfica.

Educação em Saúde para profissionais do sexo em Joinville-SC

  • Sara Borges, Graduando, sbaraborges@gmail.com
  • Luiz Alberto da Silva Silveira, Graduando, luizjunniorsilveira@gmail.com
  • Dayane Suelen Moraes, Graduando, dayane.mooraes@gmail.com
  • Priscilla Cristina da Rosa, Graduando, priscillacristinarosa@gmail.com
  • Lorena Leidi Friesen, Graduando, lorenafriesen@hotmail.com
  • Sofia Cieslak Zimath, MSc, sofiaczimath@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: educação em saúde, profissionais do sexo, psicologia

Introdução: Caracteriza-se prostituição como a prática sexual cuja motivação não é afeto, mas dinheiro ou benefício. A prostituição sempre fora tratada com preconceito, deixando seus praticantes à margem da sociedade. Diante da vulnerabilidade social nas quais se encontram muitas dessas mulheres, surgem demandas que merecem a atenção dos profissionais de saúde. Objetivo: o objetivo deste trabalho foi investigar as demandas de um grupo de profissionais do sexo da cidade de Joinville, em relação aos cuidados com a saúde que subsidiaram a realização de uma intervenção para educação em saúde. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa-ação realizada com três mulheres que atuam como profissionais do sexo em um estabelecimento em Joinville-SC. Através de entrevistas semiestruturadas investigou-se o perfil da população alvo. Posteriormente, foram realizados três encontros, nos quais, desenvolveu-se o processo de Educação em saúde. Análise e discussão dos resultados: Nos relatos obtidos evidenciou-se uma rotina de exposição ao risco, estresse constante e autoimagem desvalorizada. Dentre os riscos que envolvem a profissão destacam-se: uso de drogas lícitas ou ilícitas e a exposição à violência. O risco diário exige uma rotina de enfrentamento de estresse. A falta de aceitação e respeito social resulta na percepção de uma imagem desvalorizada diante da sociedade. Apesar da expressão de comprometimento com exames periódicos, há relato de dificuldades relacionais com profissionais de saúde. Durante as entrevistas e os dois primeiros encontros cada participante apresentou uma demanda diferente a ser abordada. Alimentação e saúde surgiram como preocupações de uma das participantes que, durante o desenvolvimento deste trabalho, engravidou pela segunda vez. Outra participante expressou o desejo de mudar de profissão e o estabelecer uma vida com saúde em resposta às ocasiões em que trabalhou 14 horas. A ausência de uma das participantes impossibilitou a realização da intervenção que abordaria estratégias de redução de danos visando reduzir os efeitos danosos de drogas à saúde. Considerações finais: A pesquisa-ação descrita neste artigo alcançou resultados mútuos. Para os pesquisadores proporcionou o exercício da escuta, da empatia, acolhimento e desconstrução de preconceitos. Para as participantes ofereceu acesso ao processo de educação em saúde e oportunizou o compartilhamento de experiências, saberes e sofrimentos. Acredita-se que a prática de acolhimento, a transmissão de informações e estratégias de cuidado com a saúde, desenvolvidos nesta intervenção, auxilia na prática do autocuidado, assim como no processo de inclusão, na percepção de pertencimento por parte das profissionais do sexo.

Entraves jurídicos sanitários e a identificação de boas práticas de governança para a formalização de empreendimento produtor de cachaça artesanal na região de Joinville/SC

  • Poliana Pedroso Belato, Graduando, polianabellato@hotmail.com
  • Patrícia de Oliveira Areas, Dr(a), patricia.areas@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Agricultura Familiar, Cachaça artesanal, Governança

Este trabalho tem como objetivo identificar e analisar quais são os entraves que a legislação apresenta para o registro e a comercialização de produtos agroalimentares vegetais baseados em processo de produção tradicional na região de Joinville, mais especificamente a fabricação de cachaça artesanal. O referido produto de origem artesanal é uma bebida alcóolica que para obter o registro perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) deve atender às exigências técnicas e sanitárias o que demanda alto investimento financeiro. Estas exigências envolvem todo o processo produtivo, desde o cultivo, a colheita e armazenamento da cana-de-açúcar até seu envase para a comercialização. Além do custo financeiro para adequar a estrutura física do empreendimento, a carga tributária tem desmotivado a formalização deste tipo de negócio, que envolve não apenas a questão do empreendedorismo, bem como a manutenção de conhecimentos tradicionais e culturais. Destaca-se que o plantio de cana-de-açúcar e a fabricação artesanal da cachaça são atividades que se confundem com a história da colonização e desenvolvimento de nosso país, e mesmo sendo uma atividade tão antiga, os pequenos produtores encontram dificuldades para sair da clandestinidade. A metodologia utilizada para a realização desta pesquisa foi hipotético-dedutiva, usando-se, além da pesquisa bibliográfica, legislativa e documental, das informações coletadas por meio de entrevistas com gestores de entidades de fomento ao desenvolvimento de agricultores familiares, bem como um produtor de cachaça artesanal. Com isto foi possível traçar o perfil deste e sua produção, de forma a avaliar o impacto das exigências legais e políticas públicas sobre seu negócio, buscando ao final propor alternativas como a utilização de boas práticas de governança para sobrepor tais obstáculos. Observou-se que a concorrência entre produtores artesanais e grandes indústrias é desproporcional, pois as exigências técnicas e legais não os diferenciam, tampouco valorizam a preservação das características peculiares da produção artesanal da cachaça. Destaca-se que uma das preocupações constantes dos núcleos familiares é a adoção de planos de sucessão da propriedade, o que acaba se complicando pela dificuldade de viabilidade até mesmo econômica do negócio, fato vivenciado pelo agricultor participante da pesquisa. Apesar de ser possível a adoção de boas práticas de governança para a legalização do empreendimento familiar (planejamento, organização, controle e atendimento às legislações sanitárias, técnicas e tributárias), enquanto não houver a elaboração de políticas públicas e legislações diferenciadas a estes produtores de cachaça artesanal, qualquer esforço será em vão.

Apoio / Parcerias: Epagri; FMDR25J

Entre narrativas e acontecimentos: o tempo e o ofício historiador

  • Beatriz Rengel; Ketlyn Cristina Alves; Guilherme Viertel, Graduando, ketlyn.cristinaa@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, MSc, fernando.sossai@gmail.com
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Tempo, História, Ofício de historiador

Com base num conjunto variado de documentos, as equipes técnicas do Centro Memorial da Univille (CMU) e do Laboratório de História Oral da Univille (LHO), promoverão uma oficina envolvendo os acadêmicos da disciplina de Introdução ao Estudo da História (1º ano do curso de História), na qual se pretende discutir o tempo como uma narrativa artificial construída pelo historiador. Nesse sentido, será privilegiado o debate sobre formas pelas quais o tempo se corporifica em nossas sociedades, tais como continuidades, descontinuidade, simultaneidades, entre outras. Do ponto de vista metodológico, na oficina, serão formados grupos de trabalho com 05 integrantes. Cada grupo receberá um kit contendo citações de textos nos quais os autores discutem o conceito de tempo. Além dessas citações, o kit também conterá diversos fragmentos de documentos coletados previamente nos acervos do LHO e do CMU (jornais, impressos de comunicação institucional, fotografias, plantas baixas, documentos oficiais sobre o curso de História e seu respectivo Centro Acadêmico). Com base nos materiais fornecidos, os participantes irão construir uma narrativa histórica-expositiva e, em seguida, irão socializá-la com os demais envolvidos na atividade. Com isso, espera-se que os participantes da oficina possam bem compreender a importância da reflexão sobre o tempo quando do exercício de historiador, bem como interagir, manusear e problematizar a documentação histórica salvaguardada nos acervos do LHO e do CMU.

Apoio / Parcerias: Centro Memorial da Univille; Disciplina Introdução ao Estudo da História, ministrada pela professora Dra. Sandra P. L. de Camargo Guedes.

Formação de leitores pelo era uma vez...

  • Nicole de Medeiros Barcelos, Graduando, nicolebarcelos@live.com
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: incentivo à leitura, formação de leitores, contação de histórias

Desde sua criação, o PROLIJ (Programa Institucional de Literatura Infantil Juvenil da Univille) tem por objetivo a promoção da reflexão de "como", "o que", "para quê" e "para quem" ler, por meio de distintas ações. A partir de 2014, o programa fomentou o surgimento de dois grupos de estudo voltados para o público acadêmico e para a comunidade da região, visando o estudo e a discussão da literatura infantil juvenil clássica e contemporânea, com bases em pressupostos teóricos referentes à área. A proposta dividiu-se, assim, nos projetos denominados “Não era chapeuzinho” e “Só o ratinho sabia”. O primeiro, mais voltado para a leitura e discussão sobre a literatura infantil juvenil, seu lugar e papel e influência na formação de leitores. A metodologia proposta prevê leitura e discussão de textos previamente escolhidos pela coordenação do projeto; esses são de fundamentação teórica para as discussões e construção de resenhas críticas. No ano de 2015, foram feitas as leituras teóricas e em 2016 serão lidas e discutidas cerca de 40 obras para serem resenhadas e postadas no Blog do Prolij (blogdoprolij.blogspot.com.br). “Só o ratinho sabia”, por sua vez, intenta articular a discussão de impressões literárias em detrimento das leituras realizadas, além do estudo de performances leitoras e estratégias de como apresentar ou ler as obras estudadas. Emergem de tais discussões apresentações de contação de história, realizadas desde 2014 em múltiplos espaços de educação e cultura de Joinville e região. Ambos os projetos ocorrem por meio de reuniões periódicas, no próprio espaço do programa (ou em espaços alternativos, em casos de contações), sendo que participam das ações estudantes dos cursos de Letras, Artes Visuais, Pedagogia, Direito e Psicologia da Univille, além de pessoas da comunidade que conheceram o projeto e interessaram-se em participar.

Apoio / Parcerias: FAEX - Fundo de Apoio à Extensão da Univille

Gravidez, adolescência e escola: concepções de equipes escolares

  • Luana Nagel de Lima, Graduando, luana.lima@univille.net
  • Maria Luiza Leal e Silva, Graduando, marialuizaleals@gmail.com
  • Morgana Eschenbach, Graduando, morgana.psico@gmail.com
  • Mariana Datria Schulze, MSc, marianad.schulze@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Gravidez nas adolescência, Equipes escolares, Psicologia Educacional

Ao debater sobre adolescência e sexualidade, a gestação neste momento da vida se apresenta como uma proposta relevante de investigação. Envolta em discussões culturais, morais, econômicas, religiosas, o tensionamento dos olhares de uma sociedade ainda preconceituosa e discriminatória não se faria ausente. Aliado a isso está a compreensão de que a gravidez na adolescência é problema de saúde pública ao se analisar as circunstâncias biológicas, psicológicas e sociais em que se encontram as jovens mães, os recém pais e os bebês que estão a caminho. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais(1998), o estabelecimento de uma união entre escola e família, instituições sociais e educacionais, a fim de que a ação pedagógica seja mais bem integrada é o objetivo, por considerar a escola como um espaço ímpar – e aqui a Psicologia se apresenta. Partindo de tais ponderações, desenvolveu-se uma pesquisa, ao longo de 2016, que se propunha compreender a perspectiva de integrantes das equipes escolares acerca da gravidez na adolescência e de propostas e ações sobre a temática da sexualidade que venham a ocorrer em suas instituições de ensino. Para este trabalho, será apresentado um recorte dos achados da investigação, expondo as concepções que os sujeitos participantes das equipes escolares possuem sobre gravidez na adolescência, considerando suas causas e consequências. Foram coletados 134 questionários de 11 escolas diferentes, públicas e particulares, respondidos por toda a equipe escolar. Foi possível perceber que os(as) docentes atribuem a gravidez na adolescência à falta de informação adequada, a desestrutura e desorientação familiar, falta de participação da escola, revelando um olhar culpabilizador sobre a jovem, considerando que a gravidez é consequência de falta de responsabilidade e maturidade. Para os(as) participantes, a gestação precoce pode acarretar diversas consequências na vida da jovem, como a formação de famílias desestruturadas, problemas no aprendizado, atraso e evasão escolar, dificuldades na entrada no mercado de trabalho e em sua estrutura financeira e a antecipação de uma fase da vida. As ações preventivas propostas pela equipe escolar demonstram que os(as) mesmos(as) atribuem a responsabilidade de prevenir a outras instâncias, pois pontuam que cabe aos pais orientar, que devem ser feitas atividades na escola, mas por profissionais “adequados”, ou até indicam não haver nada que a escola possa fazer, pois a gravidez advém da falta de maturidade da jovem. Devido a essas considerações, fica a inquietação acerca da formação e da atuação profissional para a efetiva problematização deste tema transversal de tamanha importância.

Imagens fotográficas jornalísticas: sentidos e representações do imigrante haitiano

  • Sirlei de Souza, MSc, professorasirlei@gmail.com

Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil

Palavras-chave: imigrante haitiano, fotografia, representação

O presente trabalho faz parte das reflexões do projeto apresentado ao Programa de Doutorado em Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Doutorado Interinstitucional (Dinter) UFRJ/Universidade da Região de Joinville (Univille), sob o título Mídia e mediações socioculturais: imigração e vivências de haitianos em Joinville (2008-2015). Para essa comunicação, o objetivo é identificar e analisar fotografias jornalísticas de imigrantes haitianos veiculadas pela imprensa. O foco é compreender que sentidos essas imagens produzem e que representações constroem da presença desse imigrante. A imagem é estética e política ao mesmo tempo e carrega consigo um modelo de verdade. Nessa perspectiva, a fotografia pode ser considerada como um dispositivo permeado por relações de poder e que carrega significações específicas para os atores envolvidos desde a sua produção ou mesmo para aqueles representados (fotografados). Ainda de forma incipiente, arriscamo-nos neste trabalho a analisar um pequeno conjunto de fotografias jornalísticas produzidas em torno da presença do imigrante haitiano no Brasil, procurando compreender que significados e sentidos tais imagens produzem. Para tanto, historicizamos, ainda que rapidamente, a problemática envolvendo os processos imigratórios atuais e seus reflexos para Joinville (SC), local onde estamos desenvolvendo nossa pesquisa.

Apoio / Parcerias: Não há.

INSERÇÃO PROFISSIONAL NA DOCÊNCIA DE EGRESSOS DO PIBID DA UNIVILLE

  • Marília Bonelli Lima, Graduando, mariliabonellipsi@gmail.com
  • Márcia de Souza Hobold, Dr(a), gmhobold@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Iniciação à docência, PIBID, Egresso das licenciaturas

A pesquisa teve como objetivo investigar como egressos do Programa de Iniciação à Docência - PIBID, da UNIVILLE, vivenciam os primeiros anos de magistério. O PIBID, criado em 2007, no âmbito da CAPES, tem como objetivo proporcionar ao licenciando uma experiência concreta como profissional da educação básica por meio de sua inserção em escolas de Educação Básica da Rede Pública, em que se possa criar e participar de experiências de caráter inovador e interdisciplinar, que articulem as diferentes áreas do conhecimento e promovam a relação teoria e prática. Prevê a concessão de bolsas a alunos e professores das universidades e a professores de escolas públicas que acompanham as atividades dos bolsistas no espaço escolar. Os autores que fundamentaram teoricamente a pesquisa foram os seguintes: Huberman (1992), Franco (2012), Martins e Papi (2010). Para a coleta de dados utilizou-se o questionário com perguntas fechadas, abertas e semiestruturadas, enviado pelo SoftwareMonkey, que foi respondido por 31 egressos de cinco licenciaturas da UNIVILLE. Os dados foram analisados de forma em que categorias foram criadas de forma que mesmo com a interferência da subjetividade da pesquisadora foi possível extrair a informação que procuramos: sobre a relevância do PIBID no início da docência. Os dados das entrevistas foram agrupados em duas categorias: respostas positivas e favoráveis em relação à adesão feita ao PIBID na graduação e seus impactos durante os primeiros anos de trabalho, sobre como isso afetou a escolha da permanência/não permanência na docência; e, respostas desfavoráveis em relação ao envolvimento do programa. Os principais resultados, de forma geral, tiveram uma conotação positiva em relação à vivência do Programa na vida dos egressos que responderam ao questionário e indicaram que, majoritariamente, pretendem permanecer na carreira docente em virtude da realização profissional. As vivências relatadas, pelas respostas obtidas na pesquisa, foram proporcionadas e vividas durante o processo de formação docente e pela adesão ao PIBID. Diante das sínteses das respostas dos egressos, salienta-se o benefício do PIBID como primordial para a formação docente e como facilitador no ingresso da docência. Os egressos foram recorrentes em afirmar que o Programa criou uma inserção no futuro campo de trabalho, por meio do conhecimento prévio da rotina e vivência de sala de aula. Contudo, aparece nos dados uma problemática na profissão docente: as condições de trabalho. Destaca-se que estas se constituem em um desafio para o profissional docente, pois, muitas vezes, desanimam os professores para prosseguir na carreira.

Apoio / Parcerias: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC SP

O ESTRESSE OCUPACIONAL E O TRABALHO DOS BANCÁRIOS SOB O OLHAR DA PSICOLOGIA

  • Natália Manchenho Portilio, Graduando, natalia.portilio@hotmail.com
  • Camila Menel, Graduando, camilamenel@hotmail.com
  • Scheila Schumann, Graduando, scheila17s@hotmail.com
  • Sofia Cieslak Zimath, MSc, sofiaczimath@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: estresse, trabalho, bancários

Em sua pluralidade de formas, o trabalho se configura como um importante determinante das condições de vida das pessoas, de forma que invade diferentes esferas de suas vidas (SORJ, 2000). Porém, Rego (2001), afirma que a sobrecarga de trabalho, a repetição mecânica e a pressão temporal forçam os funcionários a automatizarem seus procedimentos como se fossem máquinas. Desse modo, segundo Araújo et al. (2003), o estresse ocupacional surge em contextos nos quais as demandas externas agem excedendo a capacidade do organismo dos indivíduos, o que acaba por impossibilitar a reação do indivíduo e ocasionar, possivelmente, o adoecimento. O objetivo desta pesquisa foi verificar se o estresse ocupacional, gerado a partir do trabalho exercido pelos bancários, interfere nas relações profissionais e interpessoais dos mesmos e/ou afeta de alguma maneira a sua saúde. Trata-se de uma pesquisa de campo realizada com 8 bancários escolhidos aleatoriamente, das cidades do norte catarinense, que ocorreu em duas etapas, sendo a primeira a aplicação de um questionário sobre o Nível de Estresse, proposto por Oliveira (2006) e, posteriormente, a realização de uma entrevista semiestruturada elaborada pelas pesquisadoras. A partir dos dados coletados é possível afirmar que todos os participantes apresentam algum tipo de sofrimento relacionado à pressão para cumprir metas, bem como, elencam essa pressão como a situação mais estressora no ambiente de trabalho. Além disso, a maioria dos participantes (62,5%) apresenta algum problema ou sofrimento relacionado ao estresse. Na entrevista, quando os bancários foram perguntados se se consideravam pessoas estressadas e sentiam algum sintoma de estresse, 3 participantes (37,5%) intitularam-se como estressados, apesar de todos relatarem sintomas de estresse, como ansiedade, irritabilidade, cansaço e dor de cabeça. Huang et al. (2002 apud FERNANDES, ASSUNÇÃO, CARVALHO, 2010, p. 1564), afirma que "o sofrimento psíquico, de menor visibilidade devido às suas próprias características, acaba sendo experimentado pelos trabalhadores e abordado como decorrentes de características psicológicas individuais, sem habitualmente ser relacionado com o trabalho". Um participante fez a seguinte relação entre o estresse e o trabalho dos bancários: “Para nós é uma coisa normal. Ou trabalha em banco ou é feliz. A tendência é o estresse ser cada vez maior, mais pressão”. Através deste estudo foi possível identificar a necessidade de intervenções para a prevenção ou controle do estresse ocupacional, de forma que programas de manejo de estresse ocupacional podem e devem ser focados na organização do trabalho.

O Museu do Expedicionário em Jaraguá do Sul, Santa Catarina: a trajetória de um lugar de memória (1996 - 1997).

  • Wilson de Oliveira Neto, MSc, wilhist@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Lugares de memória, Museu, Museu do Expedicionário

O objetivo deste trabalho é analisar a memória e a história da Força Expedicionária Brasileira – FEB através do Museu do Expedicionário – ME, que existiu na cidade de Jaraguá do Sul entre 1996 e 1997. O ME foi um museu histórico criado pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, com o apoio dos ex-combatentes da FEB residentes em Jaraguá do Sul e municípios vizinhos. Segundo a literatura especializada, um dos meios de reintegração social dos expedicionários foi a preservação e a valorização dos seus feitos militares na sociedade civil, pois a legitimidade das suas demandas estava diretamente ligada ao lugar que suas memórias ocupariam no imaginário social desta mesma sociedade. Neste sentido, este trabalho parte da hipótese que a criação e o funcionamento do ME também foram formas de reconhecimento público da participação dos veteranos brasileiros na Segunda Guerra Mundial, em participar, dos ex-combatentes locais. Para tanto, a metodologia adotada consiste em uma pesquisa documental acerca da trajetória do Museu do Expedicionário, com destaque para o contexto em que ele foi criado, as instituições e pessoas responsáveis pela sua criação, a formação do seu acervo e as razões para o seu fechamento em 1997. Os resultados obtidos até o momento sugerem o envolvimento dos veteranos locais com a criação e o funcionamento do ME, com destaque para o Capitão Ferdinando Piske. Ele e o então Secretário Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Balduíno Raulino, destacaram-se na formação e exposição do acervo do ME e outras atividades de promoção do museu. Porém, ainda não estão esclarecidas as razões para o fechamento do Museu do Expedicionário, em 1997, que envolvem controvérsias memorialísticas e políticas.

Apoio / Parcerias: Fundo de Amparo à Pesquisa - FAP/UNIVILLE.

O processo de formação de propriedade: a enfiteuse

  • Wagner Cavalheiro, Graduando, wagner.cavalheiro278@gmail.com
  • Eleide Abril Gordon Findlay, MSc, efindlay@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Propriedade, Enfiteuse, foreiros de São Francisco do Sul.

A pesquisa desenvolvida está vinculada ao projeto “Os foreiros de São Francisco do Sul”, coordenada pela professora Eleide Findlay e teve por objetivo analisar conceitualmente a propriedade e a enfiteuse no Brasil do século XIX, para então relacioná-los ao processo de formação da propriedade em São Francisco do Sul. A enfiteuse, ou aforamento, foi uma das formas utilizadas pelos moradores da localidade de acesso àterra. A metodologia previa inicialmente a revisão da bibliografia temática sobre aspectos da propriedade no Brasil do século XIX, com destaque para a pequena propriedade. Aliada a essa etapa se procedeu a um levantamento da legislação pertinente ao ordenamento do instituto jurídico da enfiteuse. Posteriormente, realizou-se a pesquisa de campo em São Francisco do Sul visando ao levantamento de fontes documentais na Prefeitura Municipal e na Câmara de Vereadores para a composição de um banco de dados. Na Prefeitura foram pesquisados os livros de controle de pagamento do foro, que contém informações relativas aos contratos enfitêuticos no município. Convém ressaltar que os dados referentes ao século XIX não foram localizados, e que estão disponibilizados apenas somente a partir do livro nº1, datado a partir de 1907, o qual contém as seguintes informações: nome, extensão do terreno (em braças), localização, registro de pagamento dos foros, além das transferências ocorridas. Na Câmara de Vereadores precedeu-se à leitura das Atas das reuniões a partir de 1860, nas quais se verificou os pedidos, sob a forma de aforamento, de terrenos do patrimônio municipal sob a responsabilidade da Câmara de Vereadores. Para a análise das informações coletadas foram elaboradas planilhas Excel para a composição de banco de dados. A partir de uma análise das informações coletadas pôde-se constatar que o quadro foreiro de São Francisco do Sul tem uma extensão de 18. 062.325 m² e um perímetro de 17.036,00 metros lineares, e que a maioria dos terrenos concedidos através de título de aforamento no início do século XX, tinham a dimensão similar à de sesmarias concedidas na região, ou seja, 200 braças. De acordo com dados cartoriais obtidos no projeto mais amplo, os aforamentos concedidos perfazem um total de 385 propriedades. Conclui-se que, diante da dimensão do quadro foreiro da cidade, a concessão de terras públicas foi uma prática recorrente das autoridades municipais e que não pode ser desprezada na construção da história da propriedade em São Francisco do Sul.

O PROJETO COMEMORE E OS 50 ANOS DA UNIVILLE

  • Guilherme Viertel, Graduando, guilhermeviertel1@gmail.com
  • Ketlyn Cristina Alves, Graduando, ketlyn.cristinaa@gmail.com
  • Beatriz Rengel, Graduando, beatriz.rengel@hotmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, MSc, fernandosossai@gmail.com
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: História da Univille, 50 anos, Memória institucional

O projeto “Comemore Univille: 50 anos da Educação Superior em Joinville e Região” (Projeto Comemore) foi um conjunto de ações que visavam envolver as comunidades interna e externa na comemoração alusiva aos 50 anos do ensino superior na região nordeste de Santa Catarina. Todo o Projeto foi concebido com o entendimento de que uma ação comemorativa deveria estimular o sentimento de pertencimento das pessoas ao que se comemora. Portanto, o Projeto Comemore entendia que comemorar somente faria sentido se feito coletivamente, isto é, co-memorando. Com o objetivo principal, o Projeto procurou fortalecer vínculos de pertencimento à história da Univille, valorizando pessoas que dela fazem ou fizeram parte nos últimos 50 anos. Para isso, foram realizadas diversas ações. Primeiramente, buscou-se envolver nas atividades comemorativas os diversos setores e segmentos da comunidade acadêmica (alunos, professores, funcionários, egressos, entre outros), estimulando-os na proposição de eventos de natureza diversa. Em continuidade, foi produzida uma exposição relacionada aos 50 anos da Instituição, a qual continha fotografias, documentos oficiais, reportagens de jornal, convites de formatura e um vídeo-documentário com relatos de pessoas que responderam a seguinte pergunta: o que a Univille significa para você? Além disso, foi elaborado e publicado um álbum comemorativo produzido coletivamente por diferentes pessoas ligadas à história da Instituição (professores, gestores, funcionários técnicos, ex-alunos, entre outros). De maneira geral, as ações pensadas para o Projeto tiveram resultados positivos, com destaque para a exposição sobre os 50 anos de Univille, que recebeu a visita de numerosos indivíduos, tais como alunos, professores, funcionários, egressos e comunidade externa. Sendo assim, o Projeto Comemore não apenas problematizou a história dos 50 anos da Univille, como também valorizou os indivíduos que dela fazem ou fizeram parte em diferentes momentos.

Apoio / Parcerias: Laboratório de História Oral da Univille

O sesquicentenário da independência através da numismática: as moedas como suportes da memória.

  • Nicolas Marcos, Graduando, nicolasmarcos.contato@gmail.com
  • Wilson de Oliveira Neto, MSc, wilhist@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: numismática, memória, sesquicentenário da independência

O objetivo deste trabalho é analisar as comemorações acerca do sesquicentenário da independência do Brasil, em 1972, através das emissões de cédulas e moedas pelo governo brasileiro, na época submetido a um regime militar. Para tanto, foram catalogadas, descritas e interpretadas as emissões de numerários cujos temas estão relacionadas às comemorações do aniversário de cento e cinquenta anos da emancipação política brasileira, cujo marco simbólico é o 7 de setembro de 1822. A metodologia adotada consistiu na descrição e na contextualização das cédulas e das moedas emitidas pela Casa da Moeda e destribuídas pelo Banco Central, ao longo do ano de 1972. Tal como em outros lugares de memória e outros objetos comemorativos, os numerários emitidos na ocasião do sesquicentenário aproveitaram a efeméride para vincular uma leitura de história que foi ao encontro dos valores e das realizações dos governos militares da época. Em outras palavras, por meio das cédulas e moedas, o uso da comemoração reforçou o imaginário político do próprio regime militar, que coincidiu com as épocas do "milagre econômico" e dos "anos de chumbo".

Apoio / Parcerias: PIBIC voluntário.

OCUPAÇÃO INDÍGENA NO SÉCULO XVI EM SÃO FRANCISCO DO SUL/SC: PERSPECTIVAS INTERDISCIPLINARES

  • Vitor Marilone Cidral da Costa do Amaral, Graduando, vitorcidral2091@hotmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), bmeira@gmail.com
  • Dione da Rocha Bandeira, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Relatos de Viajantes, Interdisciplinaridade, Populações Indígenas de SC

A pesquisa de iniciação científica intitulada “ocupação indígena no século XVI em São Francisco do Sul/SC: perspectivas interdisciplinares” está vinculada ao projeto guarda-chuva “Cultura material e patrimônio arqueológico pré-colonial da Costa Leste da ilha de São Francisco do Sul/SC – contribuição para uma arqueologia da paisagem costeira e estudos de etnicidade”. O objetivo principal da pesquisa é analisar a ocupação indígena a partir de uma perspectiva interdisciplinar, utilizando-se dos relatos de viajantes do século XVI para falar da presença indígena em São Francisco do Sul, junto aos vestígios cerâmicos de sociedades pré-coloniais que viviam na região. As fontes documentais usadas são os relatos de Hans Staden (1549) e Álvar Núñez Cabeza de Vaca (1541), que passaram pelo litoral de Santa Catarina. As crônicas de viagem, de modo geral, revelam um olhar diferente, apresentando as singularidades, o exótico, o imaginário e as primeiras “etnografias” sobre os diferentes povos indígenas que encontraram esses viajantes nas suas travessias pelo Novo Mundo. Os vestígios arqueológicos enquanto Cultura Material revelam os diversos assentamentos indígenas na região, pouco percebida quando se trabalha apenas com os relatos de viajantes. Explica-se assim a escolha por uma pesquisa interdisciplinar, que parte da História e da Arqueologia para trazer novos elementos para a História indígena.

OS GUARANI PRÉ-COLONIAIS E OS OUTROS - UM ESTUDO A PARTIR DE ACERVOS CERÂMICOS E QUESTÕES DE ETNICIDADE – RESULTADOS PRELIMINARES

  • GRACIELE TULES DE ALMEIDA , E, gracitules@gmail.com
  • Dione da Rocha Bandeira, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Acervos cerâmicos, Etnicidade

A proposta tem como referência os resultados preliminares da pesquisa intitulada “O Patrimônio arqueológico Guarani, no litoral Norte de Santa Catarina – um estudo a partir de acervos cerâmicos e questões de etnicidade” que teve como principal objetivo contribuir com os estudos sobre o patrimônio arqueológico Guarani, no litoral norte de Santa Catarina, a partir da comparação entre os aspectos técnicos, estilísticos, funcionais e cronológicos da cerâmica Guarani, encontrada na região, com as produções relacionadas no litoral catarinense. Com foco na interdisciplinaridade, o estudo que se apresenta, tem como ênfase contribuir com os debates voltados para o patrimônio cultural dos povos Guarani na região da Baía da Babitonga e também, para a construção de uma história indígena de longa duração, a partir do estudo da cerâmica e questões de etnicidade. Os acervos cerâmicos que fazem parte da pesquisa são provenientes dos sambaquis Enseada I (TIBURTIUS, 1996 [1964], PIAZZA, 1974), Itacoara (TIBURTIUS et al, 1951, PIAZZA, 1974, BANDEIRA, 2004, 2013), Pinheiros VIII (TIBURTIUS et alli, 1954), e o sítio Poço Grande (PIAZZA, 1974, BANDEIRA, 2004). A revisão bibliográfica realizada apontou aspectos que indicam o contato entre grupos ceramistas distintos que habitaram essa região. Também a análise dos acervos cerâmicos, até o momento, indica dados que reforçam essa perspectiva, demonstrando a existência de conjuntos cerâmicos com características do modo de fazer atribuídos aos dois grupos ceramistas pré-coloniais encontrados na região, sendo o Jê e o Guarani. Esse trabalho está vinculado ao Projeto de Pesquisa “Cultura Material e Patrimônio Arqueológico Pré-Colonial da Costa Leste da Ilha de São Francisco do Sul/SC - Contribuição para uma Arqueologia da Paisagem, Costeira e Estudos de Etnicidade”, coordenado pela professora e arqueóloga Dione da Rocha Bandeira e conta com financiamento da FAPESC (2015-2017) e FAP, Univille e apoio institucional do Museu de Sambaqui/MASJ. Também está vinculado ao Programa de Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da UNIVILLE – MPCS. A pesquisa integra-se ao Grupo de Pesquisa “Estudos Interdisciplinares de Patrimônio Cultural na linha Arqueologia e Cultura Material/ArqueoCult. Além disso, a primeira autora conta com auxílio de bolsa de estudo fornecida pela CAPES.

Apoio / Parcerias: Museu Arqueologia de Sambaqui de Joinville

Papo e Cinema - Ano 4

  • Nielson Ribeiro Modro, MSc, nielson@modro.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: cinema, cineducação, papo e cinema

O projeto de extensão “Cineducação: Site de Apoio Didático, para Professores, para Utilização de Filmes em Sala de Aula” teve duração de 15 anos e seu objetivo era pesquisar filmes que poderiam ser utilizados com finalidade didática. As informações pesquisadas e sistematizadas são disponibilizadas em http://www.modro.com.br/cinema. Atualmente há mais de 500 filmes já analisados, oito livros publicados e dezenas de capacitações, cursos e palestras já realizadas. Houve entre 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2015 um total de 106.277 (cento e seis mil, duzentos e setenta e sete) acessos diretos ao site e foram feitos um total de 4.471 (quatro mil quatrocentos e setenta e um) downloads dos livros disponibilizados no site. Os livros lançados foram: Cineducação: Usando o Cinema na Sala de Aula (2005); Cineducação 2: Usando o Cinema na Sala de Aula (2006); Cineducação em Quadrinhos (2006); Nas Entrelinhas do Cinema (2008); O Mundo Jurídico No Cinema (2009); Cineducação para Crianças (2012), Cinema no Ar (2013) e Papo e Cinema (2014). Um dos frutos do projeto é o programa radiofônico Papo e Cinema, atualmente no ar na Rádio Udesc FM Joinville, produzido pelos seus apresentadores, Nielson Modro e João Felipe, que substituiu seu antecessor: Cinema no Ar. Os filmes focados são principalmente lançamentos recentes e clássicos do cinema. O programa semanal, parte da grade fixa das sextas-feiras da Rádio Udesc FM às 18:20 h e reprise sábados às 11 h, tem 30 minutos de duração, propõe discussões acerca de um filme e prioriza sua trilha sonora. Atualmente o programa está em seu quarto ano de duração, já tendo mais de 160 programas levados ao ar, o equivalente a mais de 80 horas de programa.

PATRIMÔNIO CULTURAL E PROPRIEDADE INTELECTUAL: DESAFIOS E OPORTUNIDADES PARA A SUSTENTABILIDADE

  • Tcharla Cristina Cordeiro Sonai, Graduando, xalasonai@gmail.com
  • Patrícia de Oliveira Areas, Dr(a), patricia.areas@univille.br

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio genético, Biodiversidade, Propriedade intelectual

A presente pesquisa tem como objetivo analisar a problemática entre a proteção jurídica prestada pelo Brasil aos ativos do patrimônio genético nacional e conhecimento tradicional associado e a proteção dada a propriedade intelectual, principalmente o direito patentário. Utiliza-se o método dedutivo e qualitativo, analisando a influência das regulamentações e discussões em torno do tema, por meio da abordagem de pesquisa bibliográfica, legislativa e documental. Visto que o Brasil é um país megadiverso, possui uma riqueza em fauna, flora e conhecimentos tradicionais imensuráveis, torna imprescindível essa discussão, o valor e a estima dessa riqueza na sociedade atual, tendo reflexo direto na própria soberania estatal e nas relações internacionais. O setor de produtos desenvolvidos a partir de patrimônio genético e conhecimento tradicional associado cresce a cada ano, e refere a valores vultuosos, “os US$ 16 milhões, calculados pelo Ibama como prejuízo diário do Brasil. Isto implicaria numa receita anual para o país de mais de US$ 5,7 bilhões” (KAXIANA, 2006). Logo, enquanto signatário da Convenção da Diversidade Biológica, e por enfrentar expressiva biopirataria, o Brasil buscou implantar uma legislação específica. A norma inicial que vigeu no país por mais de 15 anos, na forma de uma Medida Provisória reedita (MP 2186-16), na prática em pouco alterou a situação pré-existente. Agora foi promulgada uma Lei específica, Lei 13.123/2015. Pela inicipiência da norma, ainda é cedo para especular sobre sua eficácia, mas já é possível identificar alguns conflitos com as normas de patentárias. Um destes se refere a própria soberania exposta pela CDB e o direito de propriedade afirmada pela patente. A CDB estabelece princípios de repartição justa e equitativa dos benefícios, a valorização dos conhecimentos tradicionais, e o tratado internacional TRIPS protege o sistema de patentes, assegurando a propriedade aquele que detém e desenvolve novas tecnologias e produtos, até mesmo os oriundos da biodiversidade, vindo ou não com autorização para o acesso ou por meio de conhecimento tradicional. Assim, independente do posicionamento ideológico e político, se as regras de patente devem restringir mais ou menos o acesso aos recursos naturais e aos conhecimentos associados a estes, o fato é que as diferenças legais entre os países promovem uma concorrência imperfeita no mercado. Necessário por óbvio incentivar os países emergentes a apreciar e preservar seu patrimônio, tanto biológico como cultural, indo além de palavras em tratados, com efetividade e real respeito a soberania dos detentores.

Práticas de leitura e de escrita de estudantes dos cursos de Ciências Biológicas, História e Educação Física

  • Sara Isabel Kunz e Josefa de Almeida, Graduando, sara.i.kunz@yahoo.com.br
  • Sara Isabel Kunz, Graduando, sara.i.kunz@gmail.com
  • Josefa de Almeida, Graduando, almeidamjosefa@gmail.com
  • Rosana Mara Koerner, Dr(a), rosanamarakoerner@gmail.com

Palavras-chave: formação de professores, letramento acadêmico, práticas de leitura e de escrita

Em andamento desde fevereiro de 2015, o projeto intitulado ‘’A relação entre letramento e a formação de professores: trajetórias e ações’’, tem como objetivo contribuir para as discussões sobre letramento acadêmico a partir do levantamento quanto às práticas de leitura e escrita nas quais estudantes dos cursos de licenciatura da Univille (os cursos pesquisados foram Ciências Biológicas, Educação Física e História) estão envolvidos e verificar a contribuição que a formação traz para a ampliação dessas práticas. A coleta de dados da pesquisa foi realizada por meio de aplicação de questionário com graduandos dos primeiros e últimos anos das licenciaturas referidas. A escolha desses sujeitos se deve a um pressuposto de que a universidade, de alguma forma, traz contribuições para o letramento acadêmico de seus estudantes. Portanto, torna-se interessante verificar em que medida esse sujeito envolve-se em diferentes práticas de leitura e escrita vinculadas (ou não) à sua área de formação. A partir da análise dos questionários, que ainda está em desenvolvimento, foram percebidas diferenças significativas entre os perfis dos alunos dos anos iniciais e finais das licenciaturas, bem como variação de aspectos relacionados às suas práticas de letramento. As práticas podem estar ligadas à trajetória prévia ao ingresso em um curso de formação acadêmica, mas também se mostram relacionadas às exigências próprias de cada área de formação e às ações desenvolvidas no espaço acadêmico, ou seja, eventos de letramento típicos do ambiente acadêmico.

Processos históricos de transformação dos sambaquis na Praia Grande de São Francisco do Sul/SC

  • Matheus Rodrigo Silveira, Graduando, matheuz.rodrigo@gmail.com
  • Dione da Rocha Bandeira, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: transformações dos sambaquis, Ocupação histórica, São Francisco do Sul

A presente pesquisa de iniciação cientifica está vinculada a um projeto maior intitulado “Costa Leste”. Considerando o potencial arqueológico da ilha de São Francisco, procurou-se trabalhar e investigar as evidências de sistemas de assentamento de populações pré-coloniais e históricas que comprovassem uma ocupação pretérita, tendo como objetivo estruturar informações históricas sobre os processos de transformação dos sítios arqueológicos dentro de um meio que abrange o período Colonial ao período contemporâneo. Ressaltando as indicações de intensa atividade humana na região que se encontram essas povoações históricas desde século XVII até a década de 1960. Dessa forma, será necessária a obtenção de informações sobre a história das transformações de sítios arqueológicos a partir da revisão bibliográfica referente aos povos sambaquianos, e a história de São Francisco do Sul, especialmente sobre a região leste. Realizando entrevistas com antigos moradores sobre os usos e transformações provocadas nos sítios, e procurando na iconografia informações sobre a ocupação histórica da região leste de São Francisco do Sul que podem estar relacionadas com processos que alteraram os sítios arqueológicos. Assim a pesquisa histórica sobre a localidade em questão, procura entender os processos de ocupação do território e as relações e usos que podem ter se estabelecido com sambaquis da costa leste, pois intervenções humanas do período colonial e pós-colonial acabaram afetando a estrutura de alguns sítios arqueológicos.

Recortes de “cenas musicais” do rock joinvillense nos anos 90

  • Augusto Luciano Ginjo, G, augustolginjo@gmail.com
  • TAIZA MARA RAUEN MORAES, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Patrimônio cultural, Cenas musicais do rock, Joinville anos 90

Este trabalho é um recorte da pesquisa em andamento vinculada ao Programa de Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da UNIVILLE, linha de pesquisa Memória e Sociedade. O objeto de reflexão é a música, numa abordagem das práticas culturais em seu entorno. A investigação é dirigida para a compreensão de como ocorreram “cenas musicais”, em especial, do gênero rock, na cidade de Joinville-SC na década de 1990, levando em consideração os aspectos sociais, culturais, históricos e econômicos da região, tencionando com reflexões no campo do Patrimônio Cultural. Nas sustentações fundamentais são utilizados referenciais teóricos, levantamento de matérias de jornais locais além do uso da metodologia da História Oral nas entrevistas com atores desse contexto como músicos, público, produtores culturais e imprensa. Importante salientar que a metodologia da História Oral é fulcral para este trabalho uma vez que oportuniza a produção de fontes históricas em consequência das narrativas dos “viventes” de determinado acontecimento. Conforme Freitas (2006) a metodologia da História Oral é acionada, pois por intermédio de entrevista e de outros procedimentos articulados entre si, permite registrar narrativas da experiência humana. Além do mais, as discussões e outras problematizações são compartilhadas juntamente com o grupo de pesquisa Imbricamentos de Linguagens,coordenado pela professora doutora Taiza Mara Rauen Moraes, a qual orienta esta pesquisa. O conceito de “cenas musicais” também é substancial nessa trajetória. O professor do Departamento de Comunicação e História da Arte da Universidade de McGill em Montreal no Canadá, Will Straw, foi quem iniciou os estudos do termo. Em sua concepção a “cena musical” é um espaço cultural no qual, uma série de práticas coexiste interagindo entre si dentro de uma variedade de processos de diferenciação, e de acordo com trajetórias ariadas e mudança e fertilização cruzada (STRAW, 1991). Até o momento foram levantados dados significativos através da metodologia utilizada tanto teoricamente, quanto nas narrativas dos seis atores já entrevistados. Dessa forma, é possível perceber a prática cultural e a apropriação de espaços na cidade, socialização e emprego de significados e identidades através de grupos de pessoas que compartilhavam o gosto pela música rock. As conclusões parciais indicam que, a música, enquanto objeto de investigação, possibilita reflexões significativas acerca da sua relação com a sociedade, determinando valores e modos de percepção de realidade distinguindo grupos e práticas sociais, especialmente na contemporaneidade.

Apoio / Parcerias: BOLSISTA CAPES/CNPq

Representações do Brasil em Museus Africanos: o comércio atlântico de escravos representado pelo Slave History Museum, na Nigéria

  • Cícero Daniel Cardoso, Graduando, cicero.daniel.cardoso@gmail.com
  • SANDRA PASCHOAL LEITE DE CAMARGO GUEDES, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Representações, Museu, Àfrica

O comércio atlântico de escravos confluiu vigorosamente o desenvolvimento econômico mundial e mudanças socioculturais nas Américas e na África, mas especialmente no Brasil. A importância do Brasil nesse cenário ocorre devido ao seu efetivo papel de principal receptor de escravos do continente americano, tornando este campo ainda mais relevante para pesquisas. Entretanto, a despeito das várias regiões que enviaram escravos para o Brasil, a região da baía de Biafra, em particular a Nigéria, teve importância fundamental no desenvolvimento desse comércio, sendo a terceira região africana a enviar mais escravos para os portos das Américas, mas ainda permanece pouco estudada. Tendo em vista a importância dos museus nas representações deste período, esta pesquisa se propõe a compreender as representações do Brasil no Slave History Museum, localizado em Calabar, na Nigéria, relacionando ao processo de comercialização de escravos por meio de análises do acervo e das exposições do museu. Considerando que o museu foi aberto ao público no ano de 2007, é importante analisar se há alguma relação com o Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos (data estabelecida em 1997 por iniciativa da UNESCO para homenagear as vítimas por sua resistência à escravidão) e o bicentenário da abolição do comércio de escravos pelos britânicos; pois a partir desta premissa pode-se relacionar a abertura do museu a uma tentativa de remissão, doravante dívida histórica para com os africanos, imortalizando a memória acerca daquele período. Para esses fins, compreende-se necessário examinar os registros históricos acerca da comercialização de escravos, compreender como se deu o comércio de escravos na Nigéria, além de analisar as exposições do Slave History Museum, vislumbrando, assim, a sua intencionalidade enquanto espaço de memória e patrimônio cultural de uma sociedade. Esta pesquisa propõe, ainda, como um resultado a ser alcançado, uma contribuição significativa para a discussão acadêmica acerca da História do Brasil e da África que, certamente, não estão dissociadas, mas se complementam. Evidencia-se, por fim, a importância dos museus na construção de representações e o potencial que essas instituições possuem para a discussão acerca de temas polêmicos e atuais como aqueles relacionados às relações do Brasil com o continente africano que podem ajudar a responder às prerrogativas da lei 10.639 de 2003, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas redes públicas e particulares da educação.

Representações do Museu Irmão Luiz Godofredo Gartner em Corupá/SC: o museu e a cidade

  • Joice Letícia Jablonski , G, joicejablonski@gmail.com
  • SANDRA PASCHOAL LEITE DE CAMARGO GUEDES, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Representações, Museu

Esta pesquisa está vinculada ao projeto “O Brasil no estrangeiro e o estrangeiro no Brasil: museus e representações” e ligada ao Grupo de Pesquisa Estudos Interdisciplinares em Patrimônio Cultural. O presente trabalho objetiva apresentar e discutir as representações construídas sobre o Museu Irmão Luiz Godofredo Gartner ao longo de sua trajetória institucional. As representações sociais são construídas socialmente e conhecer o contexto histórico que as envolve é um fator essencial para entendê-las. Nesta perspectiva, este trabalho examinará o contexto de fundação e desenvolvimento da instituição bem como, sua relação com a cidade nos mais diversos aspectos. O Museu foi fundado no ano de 1933, é um dos museus mais antigos em funcionamento no estado de Santa Catarina e único no município, o que torna sua relação ainda mais intrínseca com a população. Fundado por um religioso, dentro de um seminário católico, o Museu teve sua gênese com uma coleção de animais taxidermizados e sua história enquanto instituição acompanha a evolução do campo museal e patrimonial, bem como a evolução da própria cidade. As reflexões aqui socializadas desdobram-se dos estudos sobre a instituição e sua atuação, a partir de pesquisa documental em jornais, fotografias, registros diversos e documentação do seminário onde o Museu está inserido. Considerando como função social um conceito de ação nos museus, que remonta à década de 1970, e que propõe o museu integral, destinado a proporcionar à comunidade uma visão de conjunto de seu meio material e cultural, principalmente através da educação, pretende-se perceber em que proporção o museu atendeu a sua função social na cidade de Corupá, ao longo de seus 80 anos, na visão da documentação analisada.

Apoio / Parcerias: Capes

SAMBAQUIS DA BAIA DA BABITONGA: REFLEXÕES SOBRE TERRITÓRIO.

  • Julio Cesar de Sá, E, jcsarque@gmail.com
  • Dione da Rocha Bandeira, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Patrimônio Arqueológico, Sambaquis, Território

Os sambaquis são sítios arqueológicos constituídos principalmente por amontoados de conchas e foram construídos por uma sociedade complexa de caçadores, pescadores e coletores e fazem parte dos sítios protegidos por Lei como Patrimônios Arqueológicos. Este trabalho tem como objetivos (1) dialogar com as principais literaturas produzidas anteriormente para a região, (2) propor hipóteses para discussão da territorialidade das sociedades sambaquianas, relacionadas às escolhas ambientais, a morfologia dos sítios, possíveis funções e a temporalidade dos sambaquis, (3) entender as dinâmicas destas sociedades durante as variações do nível relativo do mar no quaternário e (4) interpretar a ocupação da territorialidade das populações pretéritas, diante das suas cronologias e das variações relativas do nível do mar no quaternário. Sua relevância se expressa não pela carência de informações destes Patrimônios Arqueológicos no contexto Regional, mas diante da fragmentação e contundência das pesquisas anteriores, gerando uma lacuna para discussão sobre a construção do território regional ao longo dos últimos 7.000 anos. A pesquisa foi realiza com o apoio Técnico dos Membros do Grupo de Estudos em Arqueologia e Cultura Material - ARQUEOCULT da UNIVILLE desde 2015. Foram empregados métodos qualitativos e quantitativos multidisciplinares e interdisciplinares, no estudo e interpretação do paleoambiente, com base na cronologia dos sítios e morfometria dos sambaquis. Os resultados são interpretados por meio do cruzamento de dados envolvendo datações, estudos do solo dos sítios, estudos sobre as influências das variações do Nível Relativo do Mar (NRM) no Quaternário e a simulação do provável processo de formação do território. Esta pesquisa é parte integrante do Projeto, Cultura Material e Patrimônio Arqueológico Pré-Colonial da Costa Leste da Ilha de São Francisco do Sul/SC - Contribuição para uma Arqueologia da Paisagem e Costeira e Estudos de Etnicidade, financiado pela FAPESC, com apoio da UNIVILLE.

Vivências do Projeto de Extensão “Roda de Leitura”

  • Jade Grosskopf, Graduando, jadegrosskopf@hotmail.com
  • TAIZA MARA RAUEN MORAES, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Extensão universitária, Leitura, Socialização do cotidiano

O projeto de extensão “Roda de leitura” vinculado ao Programa Institucional de Incentivo à Leitura - PROLER – Univille, objetivou compartilhar e socializar a leitura com um grupo de usuários de Álcool e outras Drogas na cidade de Joinville em parceria com o CAPS-AD, intercambiando a leitura de textos, livros, poemas, músicas e curta-metragem. A parceria foi desenvolvida no âmbito municipal junto a Secretaria da Saúde e do atendimento à população do Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e outras Drogas. As intervenções foram realizadas durante os meses de outubro a dezembro de 2015, totalizando em sete encontros. Utilizou-se a metodologia participativa, visando o diálogo, a reciprocidade e transformação do lugar do sujeito através da leitura. O grupo integrou o projeto por adesão voluntária. Os encontros tiveram um número regular de participantes, vinte pessoas em média, com a idade entre 18 a 67 anos, totalizando dezessete homens e três mulheres. A proposta atingida foi a de estabelecer mecanismos de reinserção social através da leitura, da comunicação e da escrita, ou seja, uma troca de saberes sobre o cotidiano por intermédio de textos selecionados por acadêmicos de Psicologia vinculados ao Programa Institucional de Incentivo à Leitura –Proler/Univille. Plantar pequenos relatos-sementes se constituiu a força motriz do projeto, reafirmando a visão de Walter Benjamin (2011), segundo a qual o ato de contar histórias intercambia experiências, pois a experiência passa de pessoa para pessoa sendo a fonte que alimenta todos os narradores.

Apoio / Parcerias: Extensionista Programa Institucional de Incentivo à Leitura - PROLER/UNIVILLE

“Era uma vez”... fragmentos de algumas memórias da Sociedade Harmonia Lyra e do Theatro Nicodemus

  • Pedro Romão Mickucz, G, petter_roman@hotmail.com
  • TAIZA MARA RAUEN MORAES, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio cultural, Memórias, Música

A pesquisa intitulada “Hoje é dia de concerto: Uma análise do Theatro Nicodemus e da Sociedade Harmonia Lyra como espaços fomentadores do patrimônio musical de Joinville”, surgiu a partir das discussões do Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade pela Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. A partir de diálogos construídos no grupo de pesquisa “Imbricamentos de Linguagens” percebeu-se a necessidade de compreender como os diferentes espaços culturais da cidade serviram como palco de relações de convívio / conflito; e como relatos de diferentes sujeitos que frequentaram/frequentam esses espaços culturais são constituídos a partir da música instrumental. Com uma abordagem qualitativa (GONÇALVES, 2014, p.34), revisitamos a bibliografia dos espaços culturais de Joinville, análise de documentos no Arquivo Histórico de Joinville e entrevistas orais, com base na Metodologia da História Oral visando recuperar memórias de uma musicista e de uma frequentara desses espaços de sociabilidade. Os dois espaços selecionados estão localizados estrategicamente no centro da cidade, e na mesma rua – XV de Novembro. Assim, as discussões provocadas pela pesquisa, reflete sobre a representatividade que esses espaços tiveram no cenário cultural, e amplia perspectivas ao trabalhar com patrimônio material e imaterial, analisando as subjetividades que as memórias e a música propiciam para as práticas e representações no campo cultural (MENESES, 2015, p.45). Os resultados parciais coletados até o momento, são fragmentos de narrativas orais e documentos históricos, que confrontados, possibilitam novas leituras da produção musical em Joinville no século XX e XXI (NETO, 2012, p.18). Metaforicamente percebemos que as narrativas coletadas exemplificam o quanto essas histórias representam a vida cultural, tal qual os palcos dos espaços pesquisados – “somos atores de um drama, crispações humanas e comédia” (DINIZ, 1958, p.14).

Apoio / Parcerias: BOLSISTA FAP/UNIVILLE