Área 03 - Ciências Humanas e Lingüística, Letras e Artes

Índice

  1. O Livro Didático na Educação Infantil Pública
  2. Coleções Etnográficas: As cerâmicas “Caseiras” de Araucária-PR, da coleção de Guilherme Tiburtius
  3. "A criação é de todas" entrelaços da psicologia e da pedagogia no âmbito da aprendizagem
  4. .A função social do acervo numismático do Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville/SC.
  5. A Arquitetura Histórica na Cidade Contemporânea: A Arquitetura na Expressão da Identidade em Joinville (SC) do Séc. XX ao XXI.
  6. A concepção antropológica e ética na medicina a partir de Yuval Noah Harari
  7. A concepção de desenvolvimento infantil difundida pela fundação Maria Cecilia Souto Vidigal
  8. A construção de subjetividades a partir de Michel Foucault em narrativas (auto)biográficas: a busca pelo conhecimento de jovens com esclerose múltipla
  9. A Extensão Universitária na Comunidade Quilombola Beco do Caminho Curto: Uma Experiência de Educação em Saúde
  10. A formação de Professores do ensino médio para uso das tecnologias digitais: Balanço de Produções Acadêmicas.
  11. A formação inicial do pedagogo: um olhar para o trabalho com estudantes com deficiência
  12. A leitura como instrumento de ressocialização e cidadania: remição penal
  13. A participação docente na (re) elaboração do projeto político pedagógico e no exercício da autonomia curricular no emiti, desafios para os docentes
  14. a produção de conhecimento em publicações sobre Trabalho e Formação Docente na América Latina e Caribe: primeiras aproximações
  15. A promoção da tolerância: intervenções do projeto de extensão EDUPAZ
  16. A propriedade na historiografia brasileira
  17. A relação público e privado na oferta de vagas na educação infantil no município catarinense de Joinville/SC
  18. A RESOLUÇÃO DE CONFLITOS NO CAMPO DO PATRIMÔNIO CULTURAL ARQUEOLÓGICO
  19. A RESPONSABILIDADE DOS “PRESTADORES DE SERVIÇOS DA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO” EM RELAÇÃO ÀS INFRAÇÕES DE DIREITOS AUTORAIS DA INTERNET FRENTE A DIRETIVA 2016/0280 (COD) PROPOSTA NA UNIÃO EUROPEIA
  20. Ações leitoras na comunidade
  21. Alemães ou nazistas?
  22. Além da Ilha: A Contemporaneidade nas Artes Visuais em Santa Catarina
  23. Arte efêmera: (im)possiblidade de patrimonialização
  24. ARTESANIAS COM IDOSOS: UMA PROPOSTA EDUCATIVA SENSÍVEL
  25. As ações de escrita nas licenciaturas da Univille
  26. As garantias fundamentais pela leitura de curtas-metragens
  27. AS LÁPIDES E OS ESCANDINAVOS: O CEMITÉRIO DO IMIGRANTE DE JOINVILLE COMO UM LOCAL DE MEMÓRIA
  28. As políticas de inclusão de estudantes com deficiência e a formação docente no curso de Direito: um olhar para Brasil e Chile
  29. AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA ADOTADAS POR DOCENTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE ITAIÓPOLIS-SC
  30. As repercussões da obrigatoriedade da matrícula na pré-escola na perspectiva das crianças
  31. As representações sociais sobre Direitos Humanos na Imprensa no município de São Bento do Sul
  32. ATOS PÚBLICOS DE LIBERAÇÃO DE ATIVIDADE ECONÔMICA NA MEDIDA PROVISÓRIA 881 DE 2019 SOB A ÓTICA
  33. Balanço de produções: estudantes transexuais e educação superior – uma discussão recente
  34. Bens culturais em disputa – novas perspectivas acerca da função social do patrimônio cultural
  35. Cidade e infância: os espaços públicos urbanos destinados a criança na cidade de Joinville
  36. Clube do Conto: leitura fruitiva, discussão e experiências literárias no espaço universitário
  37. Coisas do reino da Jurema: o catimbó e a cultura mestiça sob o olhar de Câmara Cascudo
  38. CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO: BALANÇO DE PRODUÇÕES ACADÊMICAS
  39. Entre Negados, esquecidos e desgraçados: Uma discussão sobre o sepultamento de negros(as) no Cemitério dos Imigrantes de Joinville/SC
  40. Estação da Memória de Joinville: usos do passado, patrimônio do presente
  41. Evidenciando Caminhos: A Compensação Em Alunos Com Deficiência Intelectual Na Educação Não-Formal
  42. Formação Docente para o uso das Tecnologias Digitais: pesquisa-ação
  43. Hibridismo na literatura infantil juvenil: contrapontos contemporâneos
  44. HISTÓRIA DOCUMENTADA E VIVIDA DO TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERTATIVIDADE (TDAH): O QUE DIZEM OS GESTORES DA EDUCACÃO SOBRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS
  45. Integração curricular na engenharia civil e resoluções acadêmicas para problemas concretos
  46. Laboratório de História Oral da Univille
  47. Liderança Autêntica numa Organização Autentizótica
  48. Lobateando-se: uma experiência literária
  49. Luiz Carlos da Silva, o Luiz Si: Contribuições ao Campo das Artes Visuais em Joinville
  50. Memória e linguagens culturais
  51. Narrativas da terceira idade: artesanias e imbricamentos do tempo/memória nas subjetividades
  52. Núcleo de Estudos e Atividades em Direitos Humanos III
  53. O cuidado de si: a construção de subjetividades a partir de Michel Foucault em narrativas (auto)biográficas de jovens com esclerose múltipla
  54. O currículo da educação de jovens e adultos nas diretrizes nacionais
  55. O currículo da educação em tempo integral em uma escola municipal de ensino da cidade de Joinville/sc
  56. O Currículo da Engenharia Civil: o cenário das pesquisas sobre concreto armado
  57. O currículo nacional em três países da América do Sul: Brasil, Argentina e Bolívia
  58. O homo oeconomicus e os sujeitos com esclerose múltipla
  59. O Joinvilense e o seu Museu: Representações sociais sobre o Museu Nacional de Imigração e Colonização
  60. O laboratório de materiais de construção civil: estrutura e práticas curriculares
  61. O Patrimônio Artístico no Sul De Santa Catarina: Um Estudo de Caso dos Trabalhos de Sérgio Honorato, Odete Calderan, Angélica Neumaier e Bel Duarte
  62. O silêncio na experiência sensível: o (entre)lugar nas práticas educativas musicais
  63. O USO DA MÚSICA COMO OBJETO DE PESQUISA E MATERIAL DIDÁTICO NO CAMPO DA HISTÓRIA
  64. O “DOCENTE DE APOIO À INTEGRAÇÃO” E SEU PAPEL NA INCLUSÃO DO ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA NA ESCOLA COMUM, NA PROVÍNCIA DE CÓRDOBA - ARGENTINA
  65. Os mamíferos marinhos: Uso e subsistência por povos pré-coloniais da Baía Babitonga.
  66. Pacto pela Educação em Direitos Humanos na Univille: uma análise dos resultados parciais
  67. Para além das críticas ao livro didático: potencializando a formação docente e o protagonismo a partir da coletividade
  68. PATRIMONIO NATURAL: MEMÓRIA E IDENTIDADE
  69. Pelos bastidores da UNESCO: a construção de consenso em torno de bens considerados patrimônio mundial
  70. Percursos narrativos: oficinas estéticas com crianças e seus processos de aprender
  71. Perspectiva dos professores do ensino médio sobre as tecnologias digitais de informação e comunicação
  72. Políticas educativas: analise dos objetivos da agenda 2030 -marco de ação para um educação inclusiva, equitativa de qualidade e aprendizagem ao longo da vida para todos
  73. Práticas educativas sensíveis na infância: contação, mediação e leitura de histórias
  74. Produções acadêmicas sobre estudos curriculares e tecnologias digitais do Ensino Médio nos programas de pós-graduação em Santa Catarina
  75. Proteção internacional dos conhecimentos tradicionais por meio da propriedade intelectual
  76. Prova Brasil e o público alvo da Educação Especial: uma análise a partir da rede pública municipal de ensino de São Bento do Sul/SC
  77. Residência pedagógica: experiências e os desafios vivenciados no ensino de história
  78. Simulado da OAB
  79. Toninhas (Pontoporiablainvillei), entre memórias, esquecimentos e rememoramentos
  80. TRABALHO DOCENTE JUNTO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: DELINEANDO TRAJETÓRIAS DE RELAÇÃO COM A ARTE E A EDUCAÇÃO
  81. UNESCO e a construção da noção de bens mistos: história e redes de influência
  82. Uso das tecnologias digitais por professoras de anos iniciais do ensino fundamental

Resumos

O Livro Didático na Educação Infantil Pública

  • Josiane Neves da Silva Sant´Anna , E, josisantanna@hotmail.com
  • Rosânia Campos, Dr(a), zana.c2001@gmail.com

Palavras-chave: Políticas públicas para Educação Infantil , Educação Infantil , Livro Didático

A pesquisa em andamento “O LIVRO DIDÁTICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL PÚBLICA, vinculada ao Projeto de pesquisa “Relação Público – Privado na Educação Infantil – RPEI”, do Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado, tem por objetivo analisar os conteúdos dos livros didáticos selecionados para as turmas de creche (0 a 3 anos) da rede municipal de Joinville, observando quais as concepções de educação infantil, de desenvolvimento e de aprendizagem são mediadas nesses livros. Nessa perspectiva será desenvolvida uma investigação documental, na qual, procuraremos: a) Conhecer e mapear como aconteceu o processo de seleção dos livros didáticos na esfera federal; b) Verificar e mapear como aconteceu o processo de seleção dos livros na rede municipal de Joinville; c) Como as interações e as brincadeiras, eixos estruturantes das práticas educativas para e na educação infantil são mediadas nos livros? d) Analisar os conteúdos dos livros didáticos identificando se contemplam as diferentes modalidades da educação (indígena, quilombola, do campo e especial). Para auxiliar nesse processo, foi desenvolvido uma revisão da produção bibliográfica, e uma seleção de documentos oficiais oriundos do MEC e FNDE que legislam a adoção do livro didático na Educação Infantil. As análises serão desenvolvidas a partir da perspectiva do materialismo histórico dialético, fundamentando-se em autores críticos que discutem o Estado, a educação e a prática na educação infantil. Após a sistematização dos dados, os mesmos serão categorizados, observando a recorrência dos conceitos e como referência para a análise de conteúdo, serão utilizadas as orientações de Bardin (2011). Essa pesquisa justifica-se pela relevância do tema e por se tratar, o livro didático para o professor de Educação Infantil, de uma ferramenta nova para a prática docente, pelo menos no que se refere a Educação Pública. Várias questões cabem nesta análise, podendo gerar boas e novas reflexões e ações nas políticas públicas para a Educação Infantil e nas relações e implicações entre os setores público e privado, assim como reflexões em torno dos desafios que encontramos para a construção de currículos que respeitem as crianças e as infâncias em seus saberes, tempos e espaços.

Coleções Etnográficas: As cerâmicas “Caseiras” de Araucária-PR, da coleção de Guilherme Tiburtius

  • Rosane Patricia Fernandes, MSc, rosepati@gmail.com
  • Dione da Rocha Bandeira, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Cultura Material, coleções etnográficas de cerâmica, Araucária-PR

Este trabalho faz parte de uma pesquisa de doutorado interdisciplinar vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade, na linha de Patrimônio, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. A pesquisa tem como principal objetivo contribuir com os estudos sobre o patrimônio histórico e cultural do estado do Paraná por meio de análises da Coleção de Cerâmicas “caseiras” Etnográficas do pesquisador e arqueólogo amador Guilherme Tiburtius, coletadas nas redondezas do município de Curitiba- PR, entre os anos de 1941 e 1942, que, de acordo com a literatura pesquisada, perfazem a soma de 316 (trezentos e dezesseis) vasos de argila, que atualmente estão na reserva técnica do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville - MASJ. A metodologia empregada ao trabalho é revisão bibliográfica e documental com utilização de fontes históricas e etnológicas, partindo da publicação, Äletere Hauskeramiik aus der Umgebung von Curitiba, Paraná, Südbrasilien de Guilherme Tiburtius (1968) e seus cadernos de campo. Do mesmo modo, em que se organiza o referencial teórico acerca da cultura material para compreender o contexto da coleção e do grupo que a produziu. Ademais, está sendo realizado levantamento de dados sobre a historiografia das localidades de coleta destas cerâmicas, neste recorte pesquisa-se o município de Araucária-PR onde foram coletados por Guilherme Tiburtius 33 (trinta e três) vasos cerâmicos. Em relação ao acervo físico e documental da coleção, já foi solicitado ao setor administrativo do MASJ acesso para a realização da pesquisa. De antemão, busca-se indícios que possam subsidiar discussões relacionadas à identidade do grupo produtor daquele conjunto cerâmico, ativando o patrimônio, por diversos significados que ele pode assumir em suas variações no tempo e no espaço. Focalizando seus usos sociais e simbólicos, problematizando as noções de patrimônio cultural – material e imaterial, apontando situações que se caracterizam pela inserção do mesmo em totalidades cósmicas, morais e sociais, daqueles grupos não citados na historiografia oficial dos lugares. Aquela Coleção Etnográfica, partindo das discussões da sua materialidade, não será apresentada apenas como o conjunto de coisas e contextos materiais de que se serve o homem na vida social, mas, principalmente, como a dimensão marcada pela expansão das capacidades do corpo e da mente para as sociedades. Esta discussão só é possível quando acionada por meio da análise da cultura material, como salienta Bittencourt (2011), Miler (2011-2013) e Gonçalves (2005).

Apoio / Parcerias: CNPq e FAP

"A criação é de todas" entrelaços da psicologia e da pedagogia no âmbito da aprendizagem

  • Lara Cristina Victor, Graduando, laracristinav16@gmail.com
  • Jeferson Andrade, Graduando, jefeandrade13@gmail.com
  • Julia Davet Hille, Graduando, juliadhille@gmail.com
  • Jessica Fernanda de Oliveira Antunes, Graduando, jessantunes@outlook.com
  • Paola Stefanon, Graduando, stefanon.paola@gmail.com
  • Allan Henrique Gomes, Dr(a), allanpsi@yahoo.com.br

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Formação Docente, Aprendizagem, Educação Especial

RESUMO: Entende-se que a aprendizagem e o desenvolvimento são conceitos importantes quando se pensa em processos educativos. Ancorados em conceitos defendidos por Vigotski (1998), compreende-se que a aprendizagem predispõe o desenvolvimento, sendo processos que funcionam concomitantemente, a cada novo aprendizado há um salto qualitativo no desenvolvimento do sujeito. Vigotski (1997) postula que o desenvolvimento ocorre de igual maneira em todos os sujeitos, inclusive naqueles que possuem alguma deficiência, o que irá se diferenciar é a maneira pela qual os sujeitos entram em contato com o conhecimento a partir das vivências construídas ao longo de sua história. Nessa perspectiva de diferentes tipos de acesso ao conhecimento, objetiva-se através deste estudo, evidenciar a percepção de estudantes de pedagogia do 4º ano da UNIVILLE sobre as diferentes possibilidades de aprendizagem. Para tanto, a metodologia adotada foi pesquisa-intervenção qualitativa de cunho exploratório, partindo das discussões de Rocha (2003, p.4) que afirma ser essa uma “proposta de atuação transformadora da realidade sócio-política, já que propõe uma intervenção de ordem micropolítica na experiência social”. Por conseguinte, a proposta foi elaborar uma oficina criativa denominada “A criação é de todas”, que foi dividida em dois encontros: um de criação e outro de discussão. O primeiro encontro foi realizado com dois grupos de cinco alunas, das quais todas eram professoras e precisaram elaborar um plano de aula, no entanto, uma integrante de cada equipe estava neste momento representando uma pessoa com deficiência. Após a finalização da vivência, todas elas receberam folhas em branco para que pudessem elaborar suas percepções sobre o que vivenciaram na oficina. No segundo encontro foi realizado uma roda de conversa da qual os mediadores trouxeram uma apresentação para relembrar o que havia sido feito no último encontro. Os dados foram tabulados a partir da análise de conteúdo de Franco (2009), retirou-se os indicadores e assim, constituiu-se dois eixos de análise: Aprendizagem e Formação Docente e Condições e Trabalho Docente. As discussões foram permeadas e fundamentadas a partir de preceitos da Teoria Histórico-cultural.

Apoio / Parcerias: Departamento de Pedagogia - UNIVILLE

.A função social do acervo numismático do Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville/SC.

  • Nicolas Marcos, G, nicolasmarcos.contato@gmail.com
  • Sandra P.L. de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Museu Nacional de Imigração e Colonização, Numismática

Este trabalho está vinculado ao projeto guarda-chuva “Museus e Espaços de Memória: representações, acervos e função social”, coordenado pela professora Sandra P. L. de Camargo Guedes. Para tanto, o objetivo desta pesquisa é entender a função social das coleções museais de Numismática, através do acervo presente no Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville (MNIC). Criado no ano de 1957, está localizado no centro da cidade em um edifício construído em 1870 e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1939. É um dos museus mais visitados de Santa Catarina e conta com um acervo de mais de sete mil peças, entre elas, um conjunto de vales produzidos na própria cidade ao final do século XIX. Esta coleção é desconhecida pelo público e ainda não foi pesquisada. A metodologia de trabalho foi organizada a partir das seguintes etapas: sondagem, estado da arte/revisão de literatura, pesquisa documental e análise dos resultados. Trabalho interdisciplinar, essa discussão enquadra-se numa problemática maior que insere a importância do estudo dos acervos dos museus que compõem o patrimônio cultural brasileiro. Acreditamos que a função social das coleções museais de Numismática está na junção das duas fases de sua vida social. Objeto de troca econômica cotidiana, a moeda é um elemento comum a todos os setores das sociedades e em sua relação com os indivíduos é utilizada como instrumento de poder simbólico, bem como é ressignificada e apropriada pelos grupos sociais. A partir do momento em que se torna objeto de Museu, expressará esta dinâmica de quando era meio circulante, porém ainda, será recondicionada à um discurso maior, vinculado ao propósito do espaço que a musealizou. Esta dinâmica confere às coleções museais de Numismática um status patrimonial, visto que, expressa em sua vida social, relações de curiosidade e poder, assim como contribui como objeto de Museu para a construção de memórias e identidades.

Apoio / Parcerias: Capes

A Arquitetura Histórica na Cidade Contemporânea: A Arquitetura na Expressão da Identidade em Joinville (SC) do Séc. XX ao XXI.

  • Cindi Caroline Serafim, , cindi.serafim@hotmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural edificado, Identidade, Ressignificação

Obras arquitetônicas são frequentemente objeto de estudo no âmbito do patrimônio histórico e cultural, afinal, estas peças são nomeadas testemunhos edificados das sociedades que nos precederam, de como viviam e de seus conhecimentos técnicos e artísticos. A Constituição Federal de 1988 inclui, diretamente, os termos edificações e conjuntos urbanos em sua conceituação de “patrimônio cultural nacional”. Sendo assim, muitas cidades (como também Joinville, SC) incluem em seus planos diretores, diretrizes para proteção deste patrimônio. Porém, a seleção dos imóveis que vão ou não pertencer a este conjunto considerado patrimônio cultural, pode ser controversa e é, por vezes, o centro de disputas envolvendo um jogo de vários interesses. Regularmente, a defesa para o tombamento de um imóvel, vem com a afirmação de que este bem pertence à “memória coletiva” local. Esse termo é um valor atribuído que não pode ser fisicamente aferido, o que torna tais discursos problemáticos. Por tanto, a pesquisa que se refere, objetiva analisar a arquitetura histórica de Joinville a partir de uma metodologia menos holística e mais objetiva, a fim de decifrar como, e em que medida a arquitetura participa da expressão das identidades dos citadinos e, a partir do processo de ressignificação, como os citadinos contemporâneos percebem e se relacionam com esta arquitetura. Para isso, a pesquisa parte de uma extensa pesquisa iconográfica e histórica para identificar as formas de expressão através da arquitetura em diferentes imóveis da cidade (um conjunto previamente definido). Após a análise desses dados, será realizada uma pesquisa a partir das discussões acerca das pesquisas quantitativas e qualitativas em Minayo e Sanches (1993) e das discussões sobre elaboração de questionários em Manzato e Santos (2012). O questionário elaborado será aplicado à habitantes da cidade para verificar o nível de percepção (ou falta de percepção) que os munícipes têm desse patrimônio histórico e suas impressões sobre os mesmos. A coleta desses dados se dará via formulário eletrônico. O extrato final dessas análises será discutido a partir de uma reflexão, pelo método da dialética, sobre o atual espaço urbano e a relação da população com seu patrimônio construído, a partir dos dados coletados nos primeiros capítulos e de revisão bibliográfica interdisciplinar que inclui teóricos da memória e do urbanismo. Espera-se, a partir dessa pesquisa, garantir dados que facilitem a problematização dos processos de tombamentos dos imóveis com valor histórico e arquitetônico da cidade de Joinville.

Apoio / Parcerias: FAP/Univille

A concepção antropológica e ética na medicina a partir de Yuval Noah Harari

  • Yasmim Roberta Ferreira , G, yasmimrobertaferreira@hotmail.com
  • Euler Renato Westphal, Dr(a), eulerwestphal@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ética , Melhoramento genético, Medicina

Apoio / Parcerias: Art.170 UNIEDU Pesquisa

A concepção de desenvolvimento infantil difundida pela fundação Maria Cecilia Souto Vidigal

  • Melissa Daiane Hans Sasson, MSc, melissa.daiane@gmail.com
  • Alícia C. C. Hille, G, ahille47@gmail.com
  • Rosânia Campos, Dr(a), zana.c2001@gmail.com

Palavras-chave: Políticas públicas para Educação Infantil , Educação Infantil , Relação Público - Privado

A construção de subjetividades a partir de Michel Foucault em narrativas (auto)biográficas: a busca pelo conhecimento de jovens com esclerose múltipla

  • Bianca Melatto, Graduando, raquelsenavenera@gmail.com
  • Bianca Melatto, Graduando, raquelsenavenera@gmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquelsenavenera@gmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquelsenavenera@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Subjetividades, (auto)biografias, razão

Este trabalho dialoga com uma série de outras pesquisas do Grupo de Pesquisa Subjetividades e (auto)biografias que têm como desafio analisar oito narrativas de histórias de vida de jovens diagnosticados com Esclerose Múltipla, coletadas e organizadas com o método de História Oral de vida. Essa análise exploratória busca entender como esses sujeitos se subjetivam, na condição de saúde e doença em seu cotidiano. Especialmente, esse trabalho discute na perspectiva de Michel Foucault, no tocante à vida cotidiana, a busca pelo conhecimento, na medida em que experimentam um estado de vulnerabilidade sentida após o diagnóstico. A partir dessa problematização foram recortados alguns esquemas teóricos de pensamento (Foucault, 1984; Kant, 1764) que balizaram a compreensão dos movimentos espontâneos de busca pelo conhecimento. Conhecer a doença e a si mesmo torna-se um processo de libertação que se dá através do uso da razão. Esse gesto se dá em paralaxe, ou seja, ao mesmo tempo em que se dobram em obediência à norma médica, se sentem livres para experimentam o corpo em novos investimentos.

Apoio / Parcerias: UNIEDU; FAP; CNPq/CAPES

A Extensão Universitária na Comunidade Quilombola Beco do Caminho Curto: Uma Experiência de Educação em Saúde

  • Professora Sirlei de Souza , Dr(a), professorasirlei@gmail.com
  • Jonathan Prateat , MSc, jonathanprateat@gmail.com
  • Tales Vicenzi , MSc, talesvicenzi@gmail.com
  • Aline Krein Moletta , Graduando, moletta.aline@gmail.com
  • Professora Doutora Sirlei de Souza , Dr(a), professorasirlei@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: educação em saúde , comunidade quilombola , promoção da saúde e prevenção de doenças

Introdução: O presente estudo tem por objetivo analisar o impacto das ações de promoção de cidadania na Comunidade Remanescente de Quilombola Beco do Caminho Curto. A situação de vulnerabilidade dessas populações deve-se ao regime escravista que ocorreu no Brasil durantes séculos. Essas comunidades são compostas por grupos de pessoas negras, de região rural ou urbana, que tenham ancestralidade seja com parentesco, seja com a terra, ou que se identifiquem com as práticas culturais e tradições. A partir do Projeto Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão foi possível desenvolver ações de educação, promoção e prevenção de saúde com adultos, adolescentes e crianças. A Comunidade Beco do Caminho Curto, se localiza na região norte de Joinville, Santa Catarina, em maio de 2019 foi concedido a certificação de Comunidade Quilombola pela Fundação Palmares. Objetivo: Foi contribuir para a promoção de saúde e prevenção de doenças, com ações de educação de saúde a fim de proporcionar uma melhora na qualidade de vida da população em questão. Análise: A partir de problemas expostos pelos membros da Comunidade foi possível desenvolver uma metodologia adequada. Metodologia: Por meio de uma roda de conversa realizada por alunos de Enfermagem, professores e membros da Comunidade, foi possível fazer uma anamnese dos principais problemas. A partir disso, o grupo do projeto elaborou as ações de educação em saúde: Uma oficina de higiene pessoal e bucal, voltadas às crianças e adolescentes, outra oficina de orientações de doenças crônicas transmissíveis e não transmissíveis voltada à população adulta. Diante da parceria com a Escola Municipal Fritz Benkendorf foi possível a realização das oficinas. Resultados: A promoção de saúde define-se por ações que contribua para mudança de hábitos. Diante disso foi possível observar, a progressiva autonomia e conhecimento da própria saúde, a importância de hábitos de higiene corretos, e tratamentos adequados. ODS atendida pelo projeto: Saúde e Bem-Estar.

Apoio / Parcerias: Escola Municipal Fritz Benkendorf.

A formação de Professores do ensino médio para uso das tecnologias digitais: Balanço de Produções Acadêmicas.

  • Felipe Poffo, Graduando, felipepoffo90@gmail.com
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: formação docente, tecnologias digitais, ensino médio

As tecnologias digitais vêm ganhando espaço no âmbito escolar devido ao avanço e acesso a elas na vida cotidiana das pessoas. Sua inserção se faz presente em todos níveis de ensino, mas a forma como tem ocorrido ainda é uma questão a ser conhecida. No que se refere ao ensino médio, o jovem que o frequenta é um usuário habitual das tecnologias digitais. Ao se considerar esse nível de ensino mais vulnerável da educação, tendo em vista à evasão, às altas taxas de reprovação e ao baixo desempenho dos estudantes, a inserção das tecnologias digitais nas práticas educacionais pode ser um fator que ajude esse jovem no processo de aprendizagem. Já para o professor é um desafio incluir as tecnologias digitais em suas aulas, pois muitas vezes não teve uma formação para fazê-lo. Por essa razão, é importante uma formação docente que contemple o uso das tecnologias digitais. De que forma e como tem sido contemplada essa formação é uma temática de interesse de pesquisa. Portanto, o objetivo deste estudo é analisar as produções acadêmicas, por meio de balanço de produções, disponíveis on-line, sobre formação docente e o uso das tecnologias digitais no ensino médio. A pesquisa é de caráter bibliográfico, com base em material já elaborado disponível na base de dados (acesso livre) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES e no site Periódicos Acadêmicos do Portal ScientificEletronic Library Online-SciELO. Foram objeto da análise os resumos dos trabalhos de 2014 a 2018, que foram selecionados a partir dos descritores formação docente, tecnologias digitais e ensino médio. Autores como Levy (1999), Oliveira (2003), Moran (2003), Marcelo (1999), Arroyo (2014) e Tardif (2002) fundamentaram a análise dos dados. Os resultados indicaram que a formação docente é uma necessidade para que as tecnologias digitais possam ser usadas em sala de aula e que os professores do ensino médio ainda se sentem inseguros em inseri-las em sua prática pedagógica. O balanço de produção ainda mostrou que há poucas pesquisas sobre esta temática, especialmente relacionadas ao ensino médio, o que indica esse como sendo uma temática emergente de pesquisa.

Apoio / Parcerias: CNPQ

A formação inicial do pedagogo: um olhar para o trabalho com estudantes com deficiência

  • Noeli da Silva Souza Conradi, E, noelicon@gmail.com
  • Sonia Maria Ribeiro, Dr(a), soniaproesa@gmail.com

Palavras-chave: Formação inicial , Pegagogia, Educação Especial

O marco histórico mundial da educação especial com foco no processo de inclusão teve início na década de 90, em Jomtien com a “Conferência Mundial sobre Educação para Todos: Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem” e com a Declaração de Salamanca (1994), dando início ao desenvolvimento da educação inclusiva. Os discursos internacionais voltados a inclusão escolar repercutiram na América Latina, no Brasil ganharam ênfase, as discussão entorno da política de inclusão, acessibilidade, currículo, formação docente e a preparação para atender o estudante com deficiência. O objetivo da pesquisa é verificar o processo de formação inicial e se são abordadas no currículo, as políticas de educação inclusiva voltadas ao estudantes com Deficiência, nos curso de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC e a Universidade do Atacama-UDA, no Chile. O estudo é um recorte da pesquisa de mestrado em desenvolvimento com o tema Formação inicial nos Cursos de Pedagogia no Brasil e Chile: e o trabalho Docente com Estudantes com Deficiência. O embasamento teórico fundamenta-se nos currículos das instituições, nas políticas de educação inclusiva, Ministério da Educação, 2008; Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, 2015; Política Nacional de Educacão Especial (Chile, 2005) e na revisão bibliográfica de alguns autores que consideram essa questão, como Saviani, Arroyo, Sacristán e Tardif. A pesquisa e um estudo bibliográfico e documental, com base no pressuposto histórico-cultural e análise qualitativa. Desse modo, pensar na formação inicial e atuação do pedagogo com o estudante com deficiência, na educação regular é continuamente desafiador. A formação inicial além de contemplar as abordagens teóricas, deve oportunizar a experiência prática ao Pedagogo. Tendo em vista os currículos acessados das instituições UFSC e UDA pode-se dizer que ambas apresentam disciplinas que tratam do tema inclusão do estudante com deficiência e diversidade, entretanto, não é possível afirmar que as disciplinas que compõem os currículos possibilitam ao futuro Pedagogo a construção de uma prática inclusiva.

Apoio / Parcerias: Bolsista PIBPG

A leitura como instrumento de ressocialização e cidadania: remição penal

  • Milena Menegassi da Silva, Graduando, miimenegassi@gmail.com
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: leitura, apenados, remição penal

O subprojeto A Leitura como Instrumento de Ressocialização e Cidadania: Remição Penal, vinculado ao Programa Institucional de Incentivo à Leitura – PROLER/ PROEX/ UNIVILLE, objetiva a promoção da inclusão social da pessoa presa, por meio da leitura e análise de textos produzidos no Presídio Regional de Joinville SD. Jackson dos Santos. O investimento em atividades leitoras em presídios visa promover o apenado num leitor, permitindo-lhe possibilidades de visões reconstrutoras de mundo. Em síntese, abrir espaços para o exercício da cidadania, da autoestima e reconstituição por meio da leitura e análise de textos, se constituiu como a meta do projeto que reafirma a função comunitária da Universidade da Região de Joinville. A metodologia adotada compreende as seguintes etapas: as resenhas desenvolvidas pelos apenados são distribuídas aos acadêmicos da universidade vinculados ao projeto, que analisam e formulam suas considerações avaliativas sobre as leituras, posteriormente encaminhadas às autoridades responsáveis para a remição de quatro dias de pena a cada leitura comprovada.

Apoio / Parcerias: Artigo 171: Apoio técnico ao Presídio Regional de Joinville SD. Jackson dos Santos

A participação docente na (re) elaboração do projeto político pedagógico e no exercício da autonomia curricular no emiti, desafios para os docentes

  • Leiri Aparecida Ratti, E, leiri.r@gmail.com
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Projeto político pedagógico, Autonomia curricular, Ensino Médio Integral em Tempo Integral

A partir das novas políticas curriculares, teve início em 2017 a implementação do Ensino Médio Integral em Tempo Integral – EMITI, uma parceria da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina - SED com o Instituto Ayrton Senna - IAS. Esta investigação objetiva analisar, com base na concepção dialética, a participação docente no processo de (re) elaboração do Projeto Político Pedagógico - PPP e do exercício da autonomia curricular na implementação do EMITI em uma escola de Santa Catarina. De perspectiva metodológica qualitativa, esta pesquisa conta com a aplicação de questionário aos docentes de uma das escolas contempladas com o programa. A construção da autonomia curricular e o PPP, segundo Morgado (2003), estão intrinsicamente ligados, visto que é na construção do projeto que tem início a autonomia curricular. O PPP é parâmetro fundamental para a gestão e organização da instituição de ensino, pois visa inseri-la num projeto mais amplo ou de renovação o que, de acordo com a dialética marxista, é criada no processo de participação em que o homem se transforma por sua própria ação na transformação social (VOIGT, 2018). Diante da análise da fala dos professores, observamos que as forças que organismos governamentais e não governamentais, aqui entendidos como SED e IAS, exercem sobre os indivíduos e a partir da realidade posta, são uma objeção à participação nas decisões curriculares, sendo que não é possível exercer a autonomia sem repensar o papel e a missão dos professores, agentes da construção da mudança (MORGADO, 2004). As contradições evidenciadas no estudo da implementação do EMITI, legislação, orientações e materiais pedagógicos, e prática docente, tendem a uma forte discussão com relação à possibilidade de construção da autonomia curricular aqui entendida como a capacidade da tomada de decisão dos professores no processo relacionado ao desenvolvimento curricular (MORGADO, 2003). Esta situação desencadeia nova questão: Quais medidas envolvendo políticas educacionais públicas e de ordem pedagógica devem ser tomadas para que se efetive a autonomia curricular? Partimos do pressuposto que investimentos e políticas públicas para a educação abarcam condições de promover, por meio de uma educação de qualidade, a redução das desigualdades, uma forma de contribuir com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS. Neste sentido, considerando que resultados apontam que não há clareza quanto ao que representa o exercício do poder de decisão na prática docente, como atender aos ODSs sem a autonomia necessária para atender aos anseios da comunidade local?

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille.

a produção de conhecimento em publicações sobre Trabalho e Formação Docente na América Latina e Caribe: primeiras aproximações

  • Beatrícia da Silva Rossini Pereira, E, beatricia_rossini@yahoo.com.br
  • Lilian Vegini Baptista, G, lilivegini@hotmail.com
  • Jeferson Andrade, Graduando, jefeandrade13@gmail.com
  • ALICIENE FUSCA MACHADO CORDEIRO, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: trabalho docente, América Latina, Formação Docente

Este trabalho faz parte de uma pesquisa em andamento do Grupo de Estudo e Pesquisa em Trabalho e Formação Docente (GETRAFOR) que tem como objetivo aproximar-se das publicações acadêmicas referentes à Trabalho e Formação Docente na América Latina. O grupo é composto por duas professoras coordenadoras, doutores, mestres, graduados e graduandos, divididos em três equipes, sendo que cada uma é responsável pelo levantamento em algumas bases de dados. As bases de dados selecionadas foram: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Biblioteca da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) e Rede Latino-Americana de Estudos sobre Trabalho Docente (REDE ESTRADO). Delimitou-se o período de busca das publicações entre 2009 e 2018, com idioma português e espanhol. Os resultados foram filtrados, possibilitando a seleção das principais publicações para uma leitura mais direcionada a fim de identificar as temáticas e abordagens mais comuns. Os próximos passos consistem na organização dos resultados e no compartilhamento através de publicações em eventos e periódicos, a fim de contribuir com a pesquisa na América Latina referente ao trabalho e formação docente.

Apoio / Parcerias: Capes/CNPq/ o presente trabalho foi realizado com recursos do fundo de apoio à pesquisa - FAP/UNIVILLE Brasil

A promoção da tolerância: intervenções do projeto de extensão EDUPAZ

  • Evelin de Freitas Costa, Graduando, evelindefreitas.job@gmail.com
  • Dalva Marques, MSc, dalva.marques@univille.br
  • Barbara Schminsky de França, Graduando, barbara.schminsky.franca@gmail.com
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: práticas educativas, projeto de extensão, educação básica

A intolerância e a violência têm se acentuado de inúmeras maneiras nas últimas décadas. Além das mídias naturalizarem a violência, as tecnologias digitais também têm servido para acentuar um comportamento hostil e a falta de diálogo. Se por um lado as tecnologias têm proporcionado acesso à informação e maior comunicação entre as pessoas, por outro, veem sendo utilizada para propagar a intolerância, o preconceito e a discriminação. Para Fairclough (2001), a exposição cotidiana à violência vai ajudando a banalizá-la, num processo de naturalização. O que num primeiro momento pode provocar indignação e estranhamento, posteriormente, passa a ser despercebido e reproduzido no discurso e no comportamento. Portanto, é urgente que princípios éticos e de respeito ao outro fundamentem as relações sociais a fim de que possamos construir uma sociedade menos violenta. Neste cenário, o projeto de extensão A linguagem da não-violência: uma possibilidade para a construção da cultura da paz – EDUPAZ- tem como objetivo desenvolver valores que contribuam para a cultura da paz ao conscientizar-se de que a linguagem é permeada pela violência, afetando a subjetividade e as relações humanas. Portanto, diversas ações têm sido desenvolvidas a fim de oportunizar espaços de discussão e formação de uma educação para a paz. Por meio de parcerias com a Secretaria Municipal de Educação e da Gerência de Educação do Estado, no ano de 2018 e 2019, foram oferecidas palestras para diversas turmas do ensino fundamental de escolas públicas (150 jovens do ensino médio e mais de 500 do ensino fundamental), assim como no Colégio da Univille (60 crianças). As palestras abordaram o conceito de violência, seus diferentes tipos e possibilidades de minimizá-la ou preveni-la. No ano de 2018, foi apresentada comunicação no I Congresso Internacional sobre práticas de aprendizagem integradoras e inovadoras, em Maceió. Também foi realizado o III Simpósio Educação para a paz com a temática “Suicídio no contexto educacional”, ocasionando um debate profícuo com o público presente. Pode-se inferir que as ações desenvolvidas pelos integrantes do projeto têm repercutido positivamente para levar as pessoas a refletirem sobre a violência que permeia a sociedade a fim de promover a tolerância e a paz.

Apoio / Parcerias: Secretaria de Estado de Educação- Joinville/SC Secretaria de Educação de Joinville Colégio Univille

A propriedade na historiografia brasileira

  • Lorenzo Giovani Gava, Graduando, lorenzo.jlle@gmail.com
  • Eleide Abril Gordon Findlay, MSc, efindlay@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: propriedade, historiografia, nacional

O presente trabalho está vinculado ao projeto de pesquisa intitulado “A mulher e a propriedade da terra” sob a coordenação da professora Eleide A G Findlay. O levantamento da historiografia brasileira relativa à concepção de propriedade se constitui em um procedimento primordial para a compreensão da possibilidade de acesso da mulher a propriedade da terra. Nessa perspectiva, visando atingir o objetivo de se identificar as concepções de propriedade registradas pela historiografia brasileira, se procedeu a um mergulho em uma historiografia nacional e estrangeira, em que os diferentes autores e suas obras, assentadas em diferentes correntes teóricas, têm se dedicado a análise e discussão do processo de constituição da propriedade da terra. Ao longo pesquisa ficou evidente a impossibilidade de isolar a discussão da propriedade do ordenamento jurídico já que desde o período colonial as normas legais se constituíram em importante fator de conformação da estrutura fundiária nacional. Nesse sentido, se procedeu a uma análise do ordenamento luso-brasileiro sempre considerando que entre a realidade concreta e as normas jurídicas existem divergências e contradições e, portanto, não se pode confundir as condições jurídicas com as condições históricas. A construção social de propriedade, assentada na formação econômica e social e ordenamento jurídico, se transformou de uma concessão- sesmaria- para aquela que seria consagrada pela perspectiva liberal, isto é, ao se constituir em objeto de compra e venda e, portanto, em uma mercadoria à disposição da economia de mercado, e transformada em propriedade privada. A concepção liberal de propriedade encontrou no direito moderno o sustentáculo de sua ideologia. No Brasil, desde a Constituição de1824, a inviolabilidade dos direitos civis e políticos garantiram o direito de propriedade em toda a sua plenitude. O direito sagrado e inviolável da propriedade foi incorporado às constituições nacionais a partir da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, oriunda da Revolução Francesa. Ao lado da liberdade e igualdade os direitos individuais sustentaram a concepção individualista de propriedade. A ideia de propriedade ser um bem, e de que seu proprietário poderia usufrui-la e usá-la como bem decidisse , produziu a concepção de propriedade patrimoniada, isto é, aquela de que toda a terra estava destinada a ser privada. Portanto, a partir do momento que a terra passou a ser uma mercadoria como outra qualquer, e que, trazia consigo uma reserva de valor, está sujeita a especulação do capital.

A relação público e privado na oferta de vagas na educação infantil no município catarinense de Joinville/SC

  • Janaína Silveira Soares Madeira, MSc, janaina@holzmadeira.com.br
  • Paola Stefanon Ferreira, Graduando, stefanon.paola@gmail.com
  • Rosânia Campos, Dr(a), zana.c2001@gmail.com

Palavras-chave: Políticas públicas para Educação Infantil , Educação Infantil , Relação Público - privado

A pesquisa realizada na linha de pesquisa de Políticas e Práticas Educativas, do Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE da Universidade da Região de Joinville - Univille e vinculada ao Grupo de Pesquisa em Políticas e Práticas para Educação e Infância - GPEI, discute a relação público e privado na oferta de vagas na Educação Infantil, onde é histórico o oferecimento de vagas públicas para atendimento de crianças por instituições privadas sem fins lucrativos, como instituições comunitárias, filantrópicas e assistenciais. Entretanto, novos arranjos estão sobrevindo entre o público e o privado para dar conta da demanda pela Educação Infantil, inclusive com a expansão de parcerias com instituições privadas com fins lucrativos. Desta forma, o objetivo da pesquisa é investigar a relação público-privado na oferta de vagas na Educação Infantil no Município catarinense de Joinville/SC, verificando o atual processo de conveniamento, analisando como se efetiva o credenciamento para oferta de vagas públicas nas instituições privadas, quais os mecanismos e procedimentos adotados no atendimento; e, ainda, analisando como e por quem são desenvolvidas as atividades nos centros de Educação Infantil conveniados. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, que teve como metodologia de construção de dados o questionário junto às instituições conveniadas e a entrevista realizada com a técnica da Secretaria Municipal. Posteriormente, os dados foram sistematizados e o referencial teórico utilizado para análise foi, de maneira predominante, os autores que apresentam uma perspectiva crítica do Estado e de sua função, consoante discussões e análises de Roger Dale. As informações levantadas se revestem de importância para a discussão das repercussões dessa política de ampliação de vagas como um novo desafio para as políticas públicas voltadas à Educação Infantil, posto que não é possível pensar a Educação Infantil independente do espaço no qual as crianças são alocadas, mormente porque as políticas públicas para a Educação Infantil devem garantir a equidade no atendimento das crianças, tendo por postulado que a garantia da vaga não equivale à qualidade da Educação Infantil. Os resultados indicam um processo de precarização do atendimento na Educação Infantil em Joinville, que tem priorizado a expansão do atendimento por instituições privadas em detrimento da oferta direta pelo Município, principalmente na etapa creche, importando na privatização da Educação Infantil, caracterizada pela nova forma de gestão pública, relacionada à atuação do Estado e da sociedade civil, marcada pelas diretrizes da Terceira Via, e assumindo o Estado o papel de agente fiscalizador.

A RESOLUÇÃO DE CONFLITOS NO CAMPO DO PATRIMÔNIO CULTURAL ARQUEOLÓGICO

  • João De Mattia Neto, G, joao@kmnn.com.br
  • Dione da Rocha Bandeira, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: patriimônio arqueológico, mediação, resolute de conflitos

A Lei n. 3.924, de 26 de julho de 1961 é o marco legal que inseriu no direito brasileiro a proteção ao patrimônio arqueológico, sendo posteriormente recepcionada pela atual Constituição Federal de 1988, que também protege o patrimônio arqueológico. No âmbito local, a Lei Orgânica do Município de Joinville igualmente resguarda o patrimônio arqueológico, sendo uma das poucas legislações municipais nesse sentido. Apesar da existência de inúmeras legislações protetivas, estas não têm sido suficientes para impedir ameaças e danos ao patrimônio arqueológico, sendo que toda vez que esse patrimônio é lesado as medidas jurídicas adotadas são as mesmas: o caminho tradicional do litigioso, sem que os partícipes vislumbrem uma maneira adequada para atender o interesse de todos os envolvidos. Na prática, tem-se a velha queda de braço entre os que querem usar o território no qual está o sítio arqueológico e os que defendem sua preservação. Vê-se que por tal caminho a relação é ganha-perde, que não atende o interesse de nenhum dos envolvidos. As instituições legalmente constituídas têm utilizado de forma indiscriminada o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) como forma de resolver esses conflitos, contudo, com foco maior na reparação financeira do que na reparação e proteção ao patrimônio atingido. O mesmo ocorre quando do ajuizamento de ações civis públicas, pois o processo segue o caminho tradicional do litigioso, não se adotando práticas modernas de se lidar com o conflito, ainda mais no campo do patrimônio arqueológico, o qual demanda o acionamento de diversos campos em razão da sua complexidade. O caminho tradicional do direito cada vez se mostra mais ineficiente para lidar com conflitos complexos. Mas poderiam existir outros caminhos? A medição poderia ser um destes? Mediação é um método autocompositivo de resolução de conflitos, em que um terceiro imparcial, denominado mediador, facilita o diálogo entre as partes para que em conjunto possam resolver o conflito, construindo suas próprias soluções com um olhar para o conflito como algo positivo. O presente trabalho se propõe a analisar se a mediação pode ser uma alternativa viável para proteger o patrimônio arqueológico, oferecendo uma resposta mais célere e efetiva, frente ao caminho tradicional da solução adjudicada. No debate jurídico, o dano causado ao patrimônio arqueológico é tido como dano ambiental, campo em que a mediação pode apresentar o tratamento adequado que se busca, com vias de proteção ao patrimônio e sustentabilidade.

Apoio / Parcerias: FAP

A RESPONSABILIDADE DOS “PRESTADORES DE SERVIÇOS DA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO” EM RELAÇÃO ÀS INFRAÇÕES DE DIREITOS AUTORAIS DA INTERNET FRENTE A DIRETIVA 2016/0280 (COD) PROPOSTA NA UNIÃO EUROPEIA

  • Matheus Poerner, Ensino Médio, matheuspoerner@gmail.com
  • Patrícia de Oliveira Areas, Dr(a), patricia.areas@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Direitos autorais, Proteção dos dados pessoais, Sociedade da informação

Com a evolução da globalização nos últimos tempos, houve um aumento da intensificação das informações na esfera digital, trazendo, com isso, uma necessidade cada vez maior de regulamentação e supervisão dos direitos autorais. Desta forma, em 2016 o Parlamento Europeu, órgão legislativo da União Europeia (UE), apresentou a proposta legislativa que mudaria as regras dos direitos autorais no âmbito da UE. Ao ser apresentada, uma das controversas mais questionada é o artigo 13, que estipula, em suma, a responsabilidade dos prestadores de serviços da sociedade de informação em casos de violações de direitos do autor na internet. Assim, o presente projeto tem como escopo a análise da responsabilidade dos “prestadores de serviços da sociedade de informação” em casos de violações de direitos autorais na internet contida na proposta legislativa apresentada na União Europeia em 2016, que objetiva instituir o mercado único digital, bem como a sua recente alteração em maio de 2019. Para tanto, a pesquisa foi desde a necessidade da análise da referida diretiva na sua primeira forma, assim como a recente alteração que trouxe mudanças significativas. Em primeiro plano, foi descrito a nova proposta da diretiva 2016/0280 (COD) relativamente a responsabilidade dos prestadores de serviços da sociedade de informação em comparação a diretiva vigente (Diretiva do Comércio Eletrônico), bem como identificado os impactos que a nova proposta pode causar para as plataformas online pelas infrações de direitos do autor. Em segundo plano, foi feito análise da atual modificação na proposta da diretiva que alterou toda a forma de instituir a responsabilidade das plataformas online. Para a realização da pesquisa, foi usado a método descritivo exploratório, com abordagens indireta e estudo bibliográfico indireto. Ainda, o método da pesquisa terá abordagem qualitativa e indutiva. Em relação à pesquisa documental, foi feito sobre as diretivas vigentes e a proposta em âmbito da União Europeia que trata da proteção do direito do autor, tal como documentos díspares, mas que contenham informações de utilidade para a realização da pesquisa. A presente pesquisa se mostrou relevante, posto que contribui na esfera do direito internacional privado, bem como no direito autoral, posto que irá auxiliar a entender como atualmente funciona e como se pretende modificar a responsabilidade das plataformas online por infrações de direito do autor.

Ações leitoras na comunidade

  • Matheus Gabriel da Silva Boff, Graduando, matheusgabriel.correio@gmail.com.br
  • Carolina Evelyn Silvano, Graduando, carolinasilvano@univille.br
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: cinema, leitura, crítica

Em tempo de informações massificadas, o cinema/arte abre espaços para romper modelos impostos pela mídia desconstruindo estereótipos e gerando possibilidades de reflexões sobre as realidades. O subprojeto Ações leitoras na comunidade, vinculado ao projeto Salve o cinema, possibilita discussões sobre a realidade desencadeadas por filmes selecionados que tematizam questões geradoras de reflexões sobre o social. A proposta desenvolvida em espaços comunitários segue as seguintes etapas: projeção do filme seguido de um momento de questionamentos que associam o filme à realidade, visando promover reflexões acerca de valores estigmatizados, pois, segundo Metz (2004), o cinema é um fato antropológico que apresenta uma certa quantidade de contornos que devem ser investigados, porque o filme desencadeia no espectador um processo perceptivo e afetivo. As reflexões sobre o cinema foram apoiadas em Aumont (2005), Deleuze (1990), Morin (2000), Metz (2004).

Alemães ou nazistas?

  • Wilson de Oliveira Neto, MSc, wilson.o@univille.br
  • Clarrisa Junkes Gomes Bueno, Graduando, scheila.bueno@yahoo.com.br

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Segunda Guerra Mundial, comunicação, fotografia

Entre 1942 e 1945, o Brasil participou da Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados. Em consequência, a imprensa brasileira foi abastecida com uma grande quantidade de propaganda de guerra americana, com destaque para as fotografias. O objetivo deste artigo é analisar a forma com a qual as forças armadas da Alemanha foram representadas nesse material fotojornalístico. Para tanto, foram examinadas as edições de jornais publicados no município catarinense de São Bento do Sul, que, entre 1943 e 1945, publicaram, em quase todas as suas edições, fotografias fornecidas pelas agências “Interamericana” e Serviço de Informações do Hemisfério ligadas ao comitê brasileiro do Escritório do Coordenador de Assuntos Interamericanos, responsável pela articulação da política de “boa vizinhança” na América Latina. Após a coleta e a contextualização das imagens publicadas, constatou-se a divulgação de representações em que as forças combatentes da Alemanha foram associadas ao Nazismo e a todo um julgamento moral decorrente dessa associação. A rotulação foi fundamentada por fotografias e legendas que procuraram desmoralizar militarmente e moralmente as forças terrestres alemãs que, em contrapartida, legitimaram a luta dos Estados Unidos e seus aliados durante o conflito.

Apoio / Parcerias: Fundo de Amparo à Pesquisa - FAP/Univille.

Além da Ilha: A Contemporaneidade nas Artes Visuais em Santa Catarina

  • Angela Luciane Peyerl, G, angela.peyerl@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Contemporaneidade, Arte

A importância em discutir a contemporaneidade na arte em Santa Catarina, surge de uma lacuna existente na própria historiografia da arte do Estado, temos uma discussão em torno do moderno e do contemporâneo, porém, este período ainda não foi estudado. Com o objetivo de analisar a transição do moderno para o contemporâneo em Santa Catarina, busca-se compreender quais eram os circuitos de arte existente e sua influência na poética dos artistas que se distanciam das questões estéticas presentes nas proposições artísticas de Florianópolis. Para pensar sobre esse processo da contemporaneidade e nessa transição de poéticas, propõe-se uma investigação cujo recorte histórico se dá entre a década de 70 a 90. Para essas discussões são necessários trazer o início do processo de modernização da capital em 1948, buscar o entendimento de como se cristaliza a teoria dos Mitos e Magias de Araujo (1977). Pauta-se também em Cherem (2011; 2016), Makowiecky (2013; 2014) que discutem a arte em Santa Catarina, no entanto, para o conceito de contemporaneidade busca-se em Agamben (2009) as referências. No capítulo III estabeleceu-se um diálogo com o contexto artístico nacional, entendendo os movimentos que aconteciam na arte e na história, em especial no eixo Rio - São Paulo, e os seus reflexos na arte em Santa Catarina. Para esta investigação trouxe ARCHER (2001), CANONGIA (2010), CHIARELLI (2002; 2011). Para a discussão do capítulo IV busca-se refletir sobre os locais e as instituições que abrigam os circuitos de arte e os seus desdobramentos para o eixo vale x norte de Santa Catarina, foi necessário pesquisar nos arquivos de artistas no Museu de Arte de Joinville e Museu de Arte de Santa Catarina, nos fundos de pesquisa do Centro de Documentação e Memória Histórica de Itajaí, Arquivo Histórico de Joinville e de Blumenau. A pesquisa tem como metodologia empregada para o desenvolvimento o método exploratório, com uma abordagem qualitativa e interdisciplinar, cujo aprofundamento e compreensão levam a um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto, razão pela qual optou-se por um levantamento bibliográfico arquivístico e acervos pessoais de artistas e familiares. A investigação será desenvolvida na linha de pesquisa Patrimônio, Memória e Linguagem do Programa de Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade, da Universidade da Região de Joinville - Univille. Vincula-se ainda ao Grupo de Pesquisa Arte, Cultura e Patrimônio – GEARCUPA.

Apoio / Parcerias: CAPES

Arte efêmera: (im)possiblidade de patrimonialização

  • Maria Eduarda do Rosário, Graduando, dudarozario1@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Arte efêmera, Contemporâneo, Patrimonialização

Essa investigação visa explorar a importância da patrimonialização na preservação da arte efêmera, vincula-se ao projeto ARCUPA – Arte Cultura e Patrimônio: Da Produção a Institucionalização – Relações e Tensões. A pesquisa segue a abordagem qualitativa e bibliográfica por meio de livros, dissertações, artigos sobre o tema estudado. Trabalha com fontes primárias como jornais, revistas, fotos e registros de exposições. Utiliza-se da pesquisa de campo, a partir de viagens e visita em exposições de arte contemporânea. Levantamento das obras que serão estudadas, documentação visual e forma de disponibilização público. Análise das obras sob a luz do embasamento teórico de referência, com o intuito da elaboração de textos analíticos e conceituais. As questões de pesquisas, depois de levantado o material, questionasse: Na arte, qual o significado de patrimônio? Uma obra efêmera, pelo fato dela não restar algo físico, pode ser patrimonializada? Como identificar um patrimônio artístico? Na busca de respostas para tais perguntas, a pesquisa se expande para questões ainda não abordadas até então. Porém a arte tem mudado com frequência, a arte contemporânea traz a expressão subjetiva sobre a obra de modo a nos fazer refletir sobre a vida cotidiana e seus paradoxos. A arte efêmera – que tem curta duração, pois é temporária - faz com que quem presenciou, viu ou tocou, guarde apenas memórias dessa vivência. A palavra patrimônio vem para nós como bens, riquezas de uma pessoa, com isso passou-se a ter uma ideia de patrimônio como propriedade. Entretanto, o patrimônio não se restringe somente a presença de um material tátil, e, sim, pode se encontrar em qualquer tipo de representação que advém da memória ou do efêmero. Assim, há a criação de novos tipos de campos de documentação, como os registros de multimídia ou dossiê digital, de tal forma a reunir todas as informações essenciais a serem disseminadas quando necessário. Ainda há instituições museológicas que preservam o que podemos chamar de patrimônios virtuais. Desse modo, as obras ali expostas são demonstrações da realidade, não sendo elas em si. Esse estilo de arte, sem matéria ou componente, nos faz repensar as tensões que existem nesse meio cultural tão complexo, abordando assim novos estilos de preservação desse bem, sem ser o material bruto apresentado.

ARTESANIAS COM IDOSOS: UMA PROPOSTA EDUCATIVA SENSÍVEL

  • Rita de Cássia Fraga da Costa, MSc, ritadacosta08@gmail.com
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), pillotto0@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Sensibilidades, Artesanias , Idosos

Como experiências em artesanias podem contribuir na formação cultural e construções identitárias dos idosos? Esta reflexão surgiu como ponto de partida para a pesquisa “Artesania: formação cultural, construções identitárias e experiências sensíveis na terceira idade”, integrada a linha Políticas e Práticas Educativas, do Programa de Pós-Graduação - Mestrado em Educação, da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) e ao Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE). Com o objetivo de investigar experiências sensíveis em artesania na terceira idade, em espaço não formal da educação, pelo viés da formação cultural e das construções identitárias, esse estudo teve como campo de pesquisa a unidade do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), no Jardim Paraíso, em Joinville, SC, no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos dos Idosos (SCFV), e foi desenvolvida com um grupo de onze idosos, de 60 a 72 anos. Para isso, empregamos a abordagem narrativa, guiadas por Benjamin (2012) e Clandinin e Connelly (2015), somados a essa contribuição, Petrykowski Peixe et al. (2014) deu luz ao conceito de artesania, Gohn (2011, 2014) originou esclarecimento à educação não formal; Adorno (2010) fez alusão à formação cultural e Hall (2006) cooperou no que diz respeito as construções identitárias, reiteradas com Bosi (1994) e Almeida (1998) nos trazendo um entendimento contemporâneo sobre os idosos. Os interlocutores desta pesquisa produziram cooperativamente, em uma experiência coletiva com as artesanias, durante seis encontros/oficinas, uma peça artesanal têxtil preenchida de registros de suas vidas, um ‘panô de memórias’. De tal modo que, entregues aos contágios de uma experiência sensível, estivemos criando entrelaçamentos entre o grande fluxo de memórias que surgiram semeadas em narrativas, construções/desconstruções/construções que brotavam diante das reflexões postas no fazer artesanal. Nesses movimentos de interação dessa prática educativa sensível, momentos constituídos de diversos saberes e múltiplas identidades, reconhecemos a ampliação das construções dos sentidos em suas múltiplas conexões, preenchendo esta fase da vida que sugere declínio e esvaziamento, de novas ressignificações. Por isso, tomamos a artesania, este refletir/fazer/refletir como possibilidade para (auto)cuidar da velhice, pois através desta experiência sensível, a criação, a fruição, a intuição, garantem outros modos de se relacionar consigo e com o mundo, restaurando memórias, construindo novas aprendizagens, bem-estar e saúde. O panô de memórias elaborado nesta pesquisa dissertação foi uma peça artesanal que possibilitou refletir acerca das potencialidades do fazer artesanato como linguagem, como interação social, e como prática educativa sensível para idosos.

Apoio / Parcerias: Bolsista da CAPES.

As ações de escrita nas licenciaturas da Univille

  • Tatiane Cristine da Silva, G, tatianecs.psi@gmail.com
  • Rosana Koerner, Dr(a), rosanamarakoerner@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: escrita, letramento acadêmico, professores

Este trabalho constitui a análise de um recorte da pesquisa que é realizada no grupo de pesquisa Letramento no Trabalho e na Formação de Professores – LETRAFOR da Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE, que tem como objetivo realizar pesquisas que relacionem as questões de letramento acadêmico com o trabalho e a formação do professor, considerando que a escrita tem papel fundamental nos espaços acadêmicos e que suas práticas podem refletir na formação de futuros agentes de letramento. Entende-se por letramento o campo de estudo “que preocupa-se fundamentalmente com investigações sobre a escrita, seus usos, suas funções e seus efeitos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade (...), tido como um fenômeno social complexo e heterogêneo (TERRA, 2013, p. 30). A metodologia utilizada para a coleta de dados foi a aplicação de um questionário a todos os professores dos cursos de Licenciatura independentemente de sua formação. A escolha desses sujeitos se deve a um reconhecimento das intensas práticas com a escrita que têm lugar na universidade e que, por meio delas, os estudantes são avaliados. O enfoque metodológico é aquele preconizado pela pesquisa qualitativa, que busca relacionar os dizeres dos sujeitos a formas particulares de inserção em práticas, no caso, com a escrita, reconhecendo valores e influências socialmente determinadas. O recorte deste trabalho se limitou à análise de quatro questões das vinte e nove apresentadas no questionário. Essa escolha se deu por tais questões se proporem a estudar a relação no que tange às propostas de escrita de docentes para seus estudantes. Os dados foram analisados à luz do referencial teórico sócio-cultural do letramento. Concluiu-se que a maioria dos respondentes sinaliza a dificuldade de grande parte dos estudantes relacionadas às habilidades de escrita, solicitam os mesmos gêneros de textos frequentemente privilegiados no mundo acadêmico. Em relação às práticas, os professores apontam suas estratégias de orientação a seus estudantes para que realizem as produções escritas solicitadas e que, apesar de suas orientações, os estudantes apresentam dificuldades. Esse, por assim dizer, desencontro na escrita de acadêmicos do ensino superior em relação ao que os professores deles esperam, é nomeado de prática institucional do mistério por Lillis (1999, apud FIAD, 2011).

As garantias fundamentais pela leitura de curtas-metragens

  • Rafaela Souza , Graduando, rafaelasouzars@outlook.com.br
  • Simone Lesnhak Willemann, Dr(a), simone.lesnhak@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: Curtas-metragens, Leitura , Cidadania

A ação que apresentamos é uma entre outras desenvolvidas pelo Programa Institucional de Incentivo à Leitura (PROLER), da UNIVILLE. Os objetivos do PROLER são promover ampliação dos usos da escrita por meio da leitura; desenvolver a compreensão de que a leitura é instrumento de desenvolvimento humano e expansão do conhecimento; ampliar as interpretações da sociedade e, por meio da leitura, o agir socialmente. Esta ação, “As garantias fundamentais pela leitura de curtas-metragens”, foi desenvolvida com estudantes de 9º ano do Ensino Fundamental, de escolas particulares e municipais. O projeto se iniciou com a seleção de curtas-metragens que abordassem os direitos presentes no caput artigo quinto da Constituição Federal do Brasil. Após essa seleção, foram agendados encontros com os estudantes junto às escolas. Nesses encontros, foram projetados os curtas-metragens; desenvolvida a discussão sobre o conteúdo do filme, feitas perguntas que levantassem o contexto sociocultural dos estudantes; por fim, apresentou-se o embasamento jurídico sobre os direitos e deveres dos estudantes e seus familiares quanto à segurança, igualdade, educação, saúde, vida, ir e vir; também, por último, foi realizada uma atividade de síntese dos encontros, desenvolvida em conjunto com os professores e diretores. Como principais resultados, em 2018, participaram do projeto cerca de oitenta estudantes; foram realizados sete encontros em duas escolas do município de São Bento do Sul; os estudantes apontaram situações de vida nas quais sentem seus direitos violados; três estudantes de Direito realizaram pesquisas e procuraram orientá-los sobre a busca de aplicação do artigo da Constituição pela família, pelo Estado, pela sociedade como um todo.

Apoio / Parcerias: Secretaria Municipal de Educação de São Bento do Sul Colégio da UNIVILLE SBS

AS LÁPIDES E OS ESCANDINAVOS: O CEMITÉRIO DO IMIGRANTE DE JOINVILLE COMO UM LOCAL DE MEMÓRIA

  • Rebeka Hilda Rodrigues, Graduando, bekahoezil13@gmail.com
  • Dione da Rocha Bandeira, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Imigração, Escandinavos, Cemitério do Imigrante Joinville

O projeto de iniciação científica “As lápides e os escandinavos: o Cemitério do Imigrante de Joinville como um local de memória”, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico (CNPq), procura estudar a presença dos imigrantes escandinavos (dinamarqueses, noruegueses, suecos e islandeses) na cidade de Joinville. No que tange ao Cemitério do Imigrante, a pesquisa visa discutir como as lápides podem carregar a memória dos escandinavos, visto que pouco se fala sobre suas representações sociais. O Cemitério do Imigrante de Joinville possui mais de 500 sepultamentos entre imigrantes protestantes de origem escandinava e alemã, assim como de seus descendentes mais próximos, além de escravos de origem africana e alguns católicos. Seu terreno já foi muito maior, mas o projeto "Cemitério do Imigrante: pesquisa, interdisciplinaridade e preservação", financiado pela FAPESP, indica que há estruturas de sepultamentos soterradas. A pesquisa “As lápides e os escandinavos….” vem mostrando que o número de sepultamentos de imigrantes escandinavos até o fechamento do Cemitério em 1913, não condiz com a quantidade dos que entraram na cidade no período de 1851 a 1881, que passam de 250 imigrantes. O método utilizado é uma revisão bibliográfica e análises do banco de dados da já citada pesquisa “Cemitério do Imigrante: pesquisa, interdisciplinaridade e preservação”, produzida pelo Arquivo Histórico de Joinville em conjunto com o Museu Arqueológico de Sambaqui e o Centro de Preservação de Bens Culturais, e do levantamento de sepultamentos produzido por Dilney Cunha, em 1995.

Apoio / Parcerias: CNPq

As políticas de inclusão de estudantes com deficiência e a formação docente no curso de Direito: um olhar para Brasil e Chile

  • Valdir Bittencourt Júnior , E, bittencourt_adv@terra.com.br
  • Sonia Maria Ribeiro, Dr(a), soniaproesa@gmail.com

Palavras-chave: Políticas de Inclusão, Educação Superior, Curso de Direito

Incluir socialmente a pessoa com deficiência significa torná-la participante da vida social, econômica e política, assegurando o respeito aos seus direitos no âmbito da Sociedade, pelo Estado e pelo Poder Público. Neste processo há que se reconhecer que a inclusão do cidadão com deficiência vincula-se ao seu reconhecimento como pessoa que apresenta limitações e/ou deficiências, não sendo essas deficiências excludentes dos direitos os quais possuem, cuja proteção e exercício dependem do cumprimento dos direitos humanos e garantias fundamentais. Nas últimas três décadas, discussões voltadas à educação inclusiva da pessoa com deficiência ganharam espaço na América Latina, garantido direito de acesso a educação às pessoas com deficiência nas Constituições dos respectivos países, todavia, embora referidos direitos estejam normatizados, há um árduo caminho para que se alcance o objetivo, explicitamente demonstrado em pesquisas, onde o percentual de inclusão de pessoa com deficiência no Ensino Superior é ínfimo. A pesquisa tem como foco dois países da América Latina, Brasil e Chile. Não pretende-se comparar, mas encontrar aproximações e distanciamentos das políticas públicas destes países, bem como compreender como ocorre o processo de inclusão do estudante com deficiência nos cursos de Direito na Universidade de São Paulo – USP (São Paulo), e no Chile na Universidad de Atacama – UDA (Atacama). A pesquisa será de cunho qualitativa, com análise documental das políticas públicas de inclusão dos países envolvidos e as políticas das respectivas instituições. Também servirão como fonte de dados, questionário e entrevistas com perguntas abertas e fechadas aplicadas aos gestores, docentes e discentes dos Cursos de Direito.Os dados acessados, até o momento, nos bancos de dados digitais dos países demonstram que tem havido um aumento nos últimos 10 anos no número de estudantes com deficiência que acessam a educação superior. Todavia, questiona-se se as Instituições de Ensino Superior contemplam tais direitos nas suas políticas internas. Por meio dos resultados espera-se compreender como os cursos de Direito, no Brasil e Chile, contemplam as políticas e inclusão a partir das orientações das políticas nacionais bem como sobre o processo de desenvolvimento profissional e práticas pedagógicas frente ao processo inclusivo no ambiente acadêmico.

Apoio / Parcerias: BOLSA CAPES

AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA ADOTADAS POR DOCENTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE ITAIÓPOLIS-SC

  • Kely Fernanda Estriser, G, kelyfe@bol.com.br
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: práticas pedagógicas, escrita, educação básica

Nos ambientes escolares acontecem muitas coisas ao mesmo tempo (Zabala, 1998). Por isso, o professor deve estar preparado para o enfrentamento destas questões. Um dos desafios que os profissionais enfrentam com frequência é o fato que normalmente os objetivos de sua disciplina já estão pré- determinados pela escola ou pelo livro didático ( Mello, 2008). Portanto, uma pesquisa em educação ( ou sobre educação) produz um saber, rigoroso como o é todo saber científico (Charlot, 2006). O trabalho caracteriza-se por um estudo qualitativo em que o objetivo primordial é a busca pelo entendimento das práticas pedagógicas no que tange à produção textual. O presente trabalho visa investigar sobre práticas pedagógicas adotadas pelos professores de Língua Portuguesa no que se refere à escrita, para compreender como são construídas e utilizadas na sala de aula. Após, observação e registro das referidas práticas, serão considerados para a análise, o perfil dos docentes e como as práticas utilizadas são entendidas como mediadoras da aprendizagem pelos professores. A observação de tais dados para composição da pesquisa ocorrerá em nove escolas do município de Itaiópolis, sendo quatro da rede municipal e cinco da rede estadual. Os professores envolvidos na pesquisa totalizarão 12 todos, atuando nas séries finais do ensino fundamental, Ensino médio . A intervenção e busca de dados acontecerão por meio de questionários e entrevistas semiestruturadas e gravadas, se houver necessidade. Os questionários servirão para compreender o porquê das escolhas e para saber se tais escolhas recebem influências e que influências são essas. As escolas em que os professores atuam localizam-se em diferentes locais do município, apresentando considerável diversidade o que poderá permitir uma qualificada coleta de dados, para análise, na direção do que propõe essa pesquisa. Segundo Zabala (1998) tudo o que realizamos em sala de aula enquanto docentes tem implicações diretas na formação do aluno. Desta forma, enxerga-se a possibilidade de, por meio da investigação das práticas docentes, compreender como tais práticas contribuem para a aprendizagem dos estudantes. Com base nisso faz-se necessário uma análise substancial para que os dados coletados sirvam de base ou contribuam para futuros trabalhos ou discussões a respeito do assunto. O trabalho terá como suporte teórico ZABALA (1998), CHARLOT (2006 e 2013) dentre outros na decorrer da pesquisa.

Apoio / Parcerias: FAP

As repercussões da obrigatoriedade da matrícula na pré-escola na perspectiva das crianças

  • Janaina Schlüter , E, profejanna@gmail.com
  • Alexandra Emanuele Brand, G, alexandraembrand@hotmail.com
  • Rosânia Campos, Dr(a), zana.c2001@gmail.com

Palavras-chave: Políticas públicas para Educação Infantil , Educação Infantil , Oobrigatoriedade da Matricula na pré-escola

A presente pesquisa, em andamento, “As repercussões da obrigatoriedade da matrícula na pré-escola na perspectiva das crianças” está inserida na linha de pesquisa Políticas e Práticas Educativas do Programa de Pós-Graduação - Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, e é um desdobramento da pesquisa “guarda-chuva” do Grupo de Pesquisas em Políticas e Práticas Educativas para Educação e Infância – GPPEI, cujo objetivo é analisar a relação público - privado na oferta de vagas na Educação Infantil. Assim, esse estudo tem como objetivo analisar as repercussões da obrigatoriedade da matrícula na pré-escola na voz das crianças. Para tanto, foi realizado um estudo junto as crianças que até 2015 eram atendidas em período integral em instituições públicas da cidade, e que após as determinações municipais para ampliação de vagas na pré-escola, tiveram seu atendimento reduzido a período parcial. Esta é uma pesquisa qualitativa, fundamentada em autores do campo crítico da educação e organizada a partir de duas partes principais: revisão da produção acadêmica e pesquisa empírica a partir da qual os dados foram produzidos e analisados. Nesse estudo, desenvolvido a partir de indicações da etnografia, foram realizados acompanhamentos semanais junto a um grupo de crianças que frequenta uma instituição pública em um período, e instituição privada no período oposto. As observações e atividades foram desenvolvidas na instituição privada, bem como outras atividades, as quais foram todas registradas. Os dados foram posteriormente analisados, tendo como critério a recorrência de respostas. Após essa tabulação dos dados, os mesmos foram analisados procurando observar o que as crianças indicam sobre essa vivência da educação infantil em duas instituições distintas. Os resultados parciais indicam que a parcialização da pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos tem repercutido para elas vivências em dois espaços distintos e também tem refletido no dia a dia das famílias, pois necessitam além de pagar uma mensalidade, ainda precisam acionar algum mecanismo de apoio para levar as crianças até a outra escola no período oposto, já que trabalham fora. Assim, as crianças demonstraram relacionar-se nos dois espaços de maneiras distintas diferenciando os processos de ensino aprendizagem e as relações entre seus pares e entre os adultos envolvidos na pesquisa.

As representações sociais sobre Direitos Humanos na Imprensa no município de São Bento do Sul

  • Betsy Beuther, G, deuther.betsy@gmail.com
  • Milena dos Santos Oliveira, Graduando, milena_santosoliveira@yahoo.com
  • Bruna Heloisa Franke, Graduando, brunaheloisafranke@gmail.com
  • Wilson de Oliveira Neta, Ensino Médio, wilhist@gmail.com
  • Leonardo Rosá Flenik, Graduando, leonardo.rflenik@gmail.com
  • Eduardo Silva, MSc, edu.silva@univille.br

Palavras-chave: Imprensa, Direitos Humanos, Representações Sociais

Nos últimos anos é perceptível o aumento da discussão sobre direitos humanos fora do ambiente acadêmico. Contudo, ao mesmo tempo em que há grande importância em popularizar e democratizar o debate sobre o tema, de outro lado, percebe-se que há distorções na forma como se veicula o assunto. Sabe-se que a mídia de forma geral, desde o período da redemocratização, estabeleceu, quase sempre, um sentido negativo ao termo “Direitos Humanos”. Partindo desse pressuposto, o problema que surge dessa dinâmica envolve analisar as representações socias sobre direitos humanos na imprensa do Município de São Bento do Sul. Dessa forma, os objetivos da pesquisa envolvem conceituar direitos humanos, investigar colunas, matérias e editoriais do jornal A Gazeta de São Bento do Sul que reproduzem temas de direitos humanos e analisar quais são os argumentos recorrentes no jornal A Gazeta sobre o tema e a que estão relacionados. Para tanto, foi utilizado método qualitativo bibliográfico para revisão da literatura acerca de direitos humanos e método qualitativo - quantitativo para buscar a expressão “Direitos Humanos” dentro dos periódicos. A pesquisa foi refinada no período compreendido entre Junho de 2015 e Junho de 2019, no qual foram encontradas aproximadamente 142 menções à direitos humanos. Como resultado, até o momento, verificou-se que a expressão “direitos humanos” foi associada à vários temas, porém, grande parte das matérias reproduzem e reforçam o senso comum em seu aspecto pejorativo em relação aos Direitos Humanos.

ATOS PÚBLICOS DE LIBERAÇÃO DE ATIVIDADE ECONÔMICA NA MEDIDA PROVISÓRIA 881 DE 2019 SOB A ÓTICA

  • Valéria Peretti Kopsel, Graduando, kopselperetti@gmail.com
  • FREDERICO JORGE, Dr(a), fwjorge@fwjorge.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: atos públicos , atividade econômica, medida provisória

A discussão da intervenção do Estado na economia vem ganhando espaço no cenário atual, sendo constantes as tentativas de se diminuir o poder estatal no espaço econômico. Neste sentido, foi criada a Medida Provisória n.º 881, de 30 de abril de 2019, a qual institui a Declaração de direitos de Liberdade Econômica, cujo objetivo foi trazer garantias à liberdade de iniciativa por meio da diminuição do poder estatal na economia. Diversas foram as mudanças trazidas pela supracitada medida, contudo, o presente trabalho foca sua atenção nas mudanças trazidas quanto à necessidade de atos públicos de liberação para exercer determinadas atividades econômicas. Destarte, a pesquisa buscou compreender as mudanças trazidas pela Medida Provisória no que concerne à concessão de alvarás e demais atos de liberação de atividades econômicas às atividades de baixo risco, bem como a analisar a possibilidade, trazida pela MP, de aprovação tácita de atividade econômica. A pesquisa utilizou-se de abordagem qualitativa, do tipo bibliográfica, com método dedutivo e aprofundamento descritivo. Foi feita a análise da MP número 881, de 30 de abril no inciso I e IX do artigo 3º. Ainda, buscou-se analisar a legislação, jurisprudência e doutrina nacional com o intuito de melhor compreender os graus de risco da atividade econômica. Por fim, foi realizada análise de doutrina e legislação para compreender a possibilidade de aprovação tácita de funcionamento da atividade econômica. A análise realizada demonstrou que houve iniciativa, por parte do governo federal, de se delimitar as quais as atividades econômicas de baixo-risco, havendo, contudo, a necessidade de se esperar passar o período de adaptação dos agentes econômicos para se compreender quais serão os impactos gerados pela mudança trazida pela MP. Diante disto, é possível perceber a relevância temática da presente pesquisa, uma vez que se preocupa em analisar questão que causará diversos impactos tanto no campo jurídico quanto no campo econômico.

Balanço de produções: estudantes transexuais e educação superior – uma discussão recente

  • Flavia Regina Gonçalves Corrêa, E, flaviargcorrea@gmail.com
  • Marialva Linda Moog Pinto, Dr(a), marialvamoog@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Transexuais, Educação Superior, Balanço de produções

O trabalho ora apresentado é um recorte da pesquisa em andamento no Programa de Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville – Univille, intitulada “Políticas de gênero e o direito à educação superior no cotidiano educacional de pessoas transexuais”. O estudo tem como objetivo analisar se as políticas que garantem o direito das pessoas transexuais na Educação Superior estão respeitadas no dia a dia das IES. Este recorte trata-se de um balanço das teses e dissertações encontradas no banco de dados da CAPES com o intuito de avaliar o que já foi produzido sobre o tema. Foram encontradas um total de 497 pesquisas a partir do descritor “transexuais”, sendo sua maioria nas áreas da saúde e das ciências jurídicas e apenas 34 pesquisas realizadas nos programas de pós-graduação em educação. No entanto, somente 06 (seis) possuem relação direta com a temática da transexualidade em estudantes da educação superior e destas, somente 01(uma) teve como contexto da pesquisa uma instituição de educação superior de Santa Catarina. Entende-sqae assim, que a pesquisa proposta no PPGE da Universidade da Região de Joinville é relevante para ampliar os estudos e discussões acerca da transexualidade nas instituições de educação superior de todo o país.

Bens culturais em disputa – novas perspectivas acerca da função social do patrimônio cultural

  • Jaqueline de Jesus Hoiça, G, jaquehoica@gmail.com
  • Sandra P.L. de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Repatriação de Bens Culturais, Função Social

Este trabalho visa apresentar a pesquisa em andamento denominada “A imaterialidade do material: acervos e lugares de memória em disputa”, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade (PPGPCS), e ao projeto guarda-chuva “Museus e Espaços de Memória: representações, acervos e função social” (MEM), da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. O estudo tem como objetivo compreender os processos de disputas em torno dos bens culturais materiais relacionados a Guerra do Paraguai na contemporaneidade, buscando conhecer os discursos, sentidos e memórias que são ativados nesses processos. Disputas em torno da repatriação e restituição de bens culturais materiais estão cada vez mais em discussão no âmbito acadêmico e são pautas de debates em instituições como a ONU e a UNESCO. Os casos conhecidos revelam que este é um tema complexo e que mobiliza a comunidade internacional a pensar e problematizar a questão. Assim, a referida pesquisa busca contribuir com as discussões ao estudar a temática a partir de disputas pela repatriação de bens culturais na perspectiva da América do Sul, mais especificamente a partir dos bens relacionados à Guerra do Paraguai. Para isso, a pesquisa terá como metodologia o desenvolvimento de um estado da arte que pretende conhecer o estado atual da produção científica sobre o tema, a localização e análise dos discursos presentes em documentos processuais e relacionados aos acervos de museus ou lugares de memória que estejam em litígio. Desse modo, pretende-se conhecer as diferentes discussões em torno da função social do patrimônio cultural, especialmente ao identificar os objetivos e as intencionalidades que permeiam os discursos por parte de cada um dos lados envolvidos.

Apoio / Parcerias: Capes

Cidade e infância: os espaços públicos urbanos destinados a criança na cidade de Joinville

  • VANESA CRISTINE KÖHLER, E, vanesakohler@gmail.com
  • MARIA CECILIA TOMASI, G, ceciliatomasi10@hotmail.com
  • Rosânia Campos, Dr(a), zana.c2001@gmail.com

Palavras-chave: Políticas públicas para Educação Infantil , Educação Infantil , Espaços públicos urbanos

A presente pesquisa documental, em andamento, “Cidade e infância: os espaços públicos urbanos destinados a criança na cidade de Joinville” está inserida na linha de pesquisa Políticas e Práticas Educativas do Programa de Pós-Graduação - Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, e é um desdobramento da pesquisa “guarda-chuva” do Grupo de Pesquisas em Políticas e Práticas Educativas para Educação e Infância – GPPEI. O objetivo deste estudo é averiguar a política pública destinada a infância na cidade de Joinville em relação a oferta de praças que oportunizem as crianças espaços públicos para brincar. Para tanto, foi realizada revisão documental no site da Prefeitura de Joinville, compreendendo as secretarias de Agricultura e Meio Ambiente-SAMA, Infraestrutura Urbana-SEINFRA, Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável-SEPUD e no Sistema de Informações Municipais Georreferenciais-SIMGeo. Se trata de pesquisa qualitativa, fundamentada em autores do campo crítico da educação e organizada a partir de duas partes principais: revisão da produção acadêmica e pesquisa documental a partir da qual os dados foram produzidos e analisados, por meio da análise do discurso proposta por Fairclough (2001). Os resultados parciais indicam que não há equidade na oferta de praças na malha urbana (bairros) da cidade e falta equipamentos adequados ao público infantil nestes espaços, sinalizando carência na oferta e nas oportunidades de acesso aos espaços públicos/praças para brincar.

Clube do Conto: leitura fruitiva, discussão e experiências literárias no espaço universitário

  • Isabela Giacomini, Graduando, isabela.giacomini@hotmail.com
  • Fernanda Cristina Cunha, Graduando, fercunhac@gmail.com
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Discussão Literária, Extensão Universitária, Mediação de Leitura

O Programa de Literatura Infantil (PROLIJ) da Univille mantém, desde o segundo semestre de 2017, o Clube do Conto, um dos projetos vinculados que visa fomentar e promover a discussão literária e a leitura fruitiva, atuando no espaço universitário ao passo que estende a participação a comunidade externa. O Clube do Conto é um projeto contínuo, em que os participantes se reúnem quinzenalmente, entre os meses de abril a novembro, totalizando cerca de 13 encontros anuais. A cada encontro, um novo conto, que lido previamente pelos membros, é discutido. Em todas as discussões há um mediador de leitura, que busca levar pontos para discussão e fomentar novos pontos de vista nos leitores do grupo, que complementam com suas percepções e análises. Tendo em vista que o mediador de leitura é uma figura central nesse processo, a fala de Reyes (2006) expressa o objetivo do projeto ao trazê-lo: “O trabalho do mediador de leitura não é fácil de reduzir a um manual de funções. Seu ofício essencial é ler de muitas formas possíveis: em primeiro lugar para si mesmo, porque um mediador de leitura é um leitor sensível e perspicaz [...]. Em segundo lugar, um mediador cria rituais, momentos e atmosferas propícias para facilitar os encontros entre livros e leitores”. Para que esses momentos sejam propiciados entre leitores e mediadores, algumas etapas de organização os precedem. Entre elas estão o processo de seleção dos contos a serem discutidos ao longo do ano, levando em consideração que cada mês possui uma temática central que interliga as narrativas. A escolha e convite dos mediadores de acordo com suas áreas de conhecimento, envolvendo alunos e docentes da Univille e a abertura das inscrições semestrais. Paralelamente, ocorre a divulgação da grade de encontros pelas redes sociais, cartazes e e-mail e em seguida acontecem os encontros em si. Desde 2017 foram realizados 29 encontros, com a discussão de 31 obras, com a participação de 131 pessoas, sendo 15 assíduos atualmente. O Clube do Conto envolve alunos dos mais diferentes cursos, além de funcionários e docentes da instituição e membros da comunidade. Ainda que os resultados continuem aparecendo por não ser uma iniciativa conclusa, o projeto tem mostrado grande significância aos envolvidos, que trazem relatos orais ou escritos, ao término dos encontros, sobre suas experiências com o grupo e com as leituras literárias propostas, que transformam quem as lê e principalmente quem as discute coletivamente.

Coisas do reino da Jurema: o catimbó e a cultura mestiça sob o olhar de Câmara Cascudo

  • Evelyn de Jesus Jeronimo , Graduando, evelyndocumentos@outlook.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Câmara Cascudo , Patrimônio Cultural, saberes médico-religiosos

O presente projeto de pesquisa de iniciação científica teve por objetivo analisar os discursos presentes na literatura brasileira e nos livros produzidos por folcloristas brasileiros sobre a representatividade cultural da planta sagrada jurema. A pesquisa foi desenvolvida através do método da análise do discurso, utilizando como fonte primária textos literários, cartas e pesquisas folclóricas, que abordam o tema das religiosidades da jurema. Nesse sentido, a história ambiental e a história das religiões se torna lócus privilegiado para pensar o papel do entrelaçamento das culturas indígenas, afro-brasileiras e os saberes médico-religiosos no Brasil. Luís da Câmara Cascudo teve uma vasta vida acadêmica dedicada aos estudos das culturas populares brasileiras nas regiões Norte e Nordeste. O presente trabalho analisou uma das suas obras, o livro Meleagro, publicado em 1951. Mais especificamente, buscou-se fazer uma análise crítica sobre a narrativa de minimização da cultura negra e indígena no catimbó. Intentamos, desse modo questionar o apagamento de um patrimônio brasileiro com bases nos saberes e nas ancestralidades indígenas e afro-brasileiros pela aproximação excludente com o mundo europeu e demonstrar que suas práticas religiosas e medicinais se constituíram pela construção de uma cultura mestiça no Brasil. Enfim, como conclusão podemos destacar que embora Câmara Cascudo reforce uma visão que minimizava a contribuição da cultura negra na formação da sociedade brasileira, ressalta-se a importância de analisar “Meleagro” (1951) por se tratar de um livro construído em 20 anos, com depoimentos e pesquisas sobre a Magia branca do Brasil. De fato, a presença da jurema nessas feitiçarias, e precisamente na flora medicinal que tem peso no catimbó, associaram-se fortemente à cultura negra e indígena muito mais do que a cultura europeia. Por sua vez, as questões apresentadas por Câmara Cascudo ainda são extremamente relevantes e atuais. Como se sabe, as interpretações sobre a formação da sociedade brasileira envolveram os estudos sobre as religiões e um fluxo de comparações entre as contribuições das diversas identidades brasileiras. Mas, a nosso ver, rever Meleagro reacende a questão que não se pode mais abordar o folclore sem pensar o apagamento e a perseguição das religiões afro-brasileiras que entrelaçam plantas, memórias, violência, preconceitos, mas, igualmente, por uma ciência pouco reconhecida que ainda é defendida fortemente pelos juremeiros do catimbó.

Apoio / Parcerias: CNPQ

CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO: BALANÇO DE PRODUÇÕES ACADÊMICAS

  • Alisson Gonçalves Paulus, Graduando, alipaulus98@gmail.com
  • JANE MERY RICHTER VOIGT, Dr(a), jane.mery@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: CURRÍCULO, ENSINO MÉDIO, PRODUÇÃO ACADÊMICA

O currículo do Ensino Médio sempre foi campo de disputa de diferentes projetos sociais, os que defendem a apropriação dos conhecimentos historicamente produzidos com vistas ao processo de humanização e de emancipação, e os que defendem o potencial desse nível de ensino para a inserção no mercado de trabalho (KRAWCZYK, 2013). Assim, o presente estudo teve por objetivo identificar e analisar pesquisas sobre o currículo do Ensino Médio, para que se possa identificar lacunas e possibilidades para novas investigações, além de compreender os movimentos das investigações nessa área. Esta pesquisa, de abordagem quantitativa e qualitativa, contou com fonte de dados teses e dissertações depositadas no banco de teses da CAPES e de artigos disponibilizados no portal Scientific Electronic Library Online – SciELO e do portal EBSCOhost, considerando o período de 2015 a 2018. Com a análise dos dados foram organizadas as seguintes categorias de distribuição: a) artigos científicos, dissertações e teses; b) metodologia de investigação; c) produção científica quanto os objetos de investigação. Os dados foram analisados com base nas contribuições de teóricos da área do currículo como Silva (2016), Moreira e Candau (2007), Moreira e Silva (2013) e das políticas curriculares que tem como foco o Ensino Médio, como os estudos de Krawczyk (2011) e de Lopes e Macedo (2014). Os resultados evidenciam que o número de pesquisas sobre o currículo do Ensino Médio vem crescendo no período investigado. Das produções encontradas, 74% são teses e dissertações sobre o currículo do ensino médio. Constatou-se que essa produção se concentra nas regiões Sudeste e Sul, com respectivamente 41% e 26,6% dos trabalhos publicados, seguidos pelas regiões Norte, Centro-oeste e Nordeste com 13%, 10% e 9,4% respectivamente. Também se observou que 76,3% dos trabalhos são desenvolvidos em universidades públicas e 23,7% nas instituições privadas. Quanto à abordagem metodológica, a qualitativa prevalece nas teses e dissertações realizadas; 49% trabalhos apresentaram abordagem qualitativa, 5% quanti-qualitativa, 1,5% quantitativas e 44,5% trabalhos não apresentavam seu método no resumo. A entrevista com 44%, observação com 19% e questionário com 14% foram os instrumentos de coleta de dados mais mencionados nos resumos das teses e dissertações analisadas. Considerando todas as produções, os temas mais recorrentes nas palavras-chave foram: educação escolar em 27,5% dos trabalhos, política curricular em 13%, política educacional em 13% e currículo integrado em 12%. A análise dos resumos revela que as pesquisas buscam, em sua maioria, compreenderas reformulações curriculares propostas para esse nível de ensino.

Apoio / Parcerias: Cnpq

Entre Negados, esquecidos e desgraçados: Uma discussão sobre o sepultamento de negros(as) no Cemitério dos Imigrantes de Joinville/SC

  • Rhuan Carlos Fernandes, Graduando, rhuanfernandes23@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gamil.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural Afro-brasileiro, Paisagem, Cemitério dos Imigrantes

A presente pesquisa de iniciação científica buscou analisar o processo de esquecimento da história das populações negras da cidade de Joinville-SC. O objetivo principal foi dialogar com a Historiografia oficial utilizando novas fontes levantadas através da metodologia da história oral. Neste sentido, os principais resultados foram oito entrevistas com pesquisadores (as), militantes e religiosos (as), envolvidos ou conhecedores (as) dos acontecimentos envolvidos na homenagem aos negros (as) sepultados (as) no cemitério dos imigrantes. A análise das fontes orais evidencia além do esquecimento, o apagamento da história das populações negras de Joinville resultado das narrativas produzidas pelos intelectuais da cidade voltadas para a construção da identidade local e a sua reprodução pela mídia e governos municipais. De outra monta, percebe-se que a militância negra e parte da historiografia recente visibilizar colocar no debate público as populações negras da cidade. As entrevistas evidenciam que a partir das reivindicações dos movimentos negros de Joinville, em consonância com ações governamentais a partir do ano de 2009, foi possível colocar no debate público a história das populações negras de Joinville, no entanto, as mudanças de governos congelaram a visibilidade desta pauta nos últimos anos. Como conclusão, podemos destacar que os esforços em prol de uma história das populações negras têm feito avançar as análises até então consolidadas pela historiografia tradicional de uma história que se pautava em uma mitologia joinvillense de uma origem ligada exclusivamente à germanidade. As entrevistas realizadas durante o período de vigência do projeto são os primeiros passos da composição de um banco de dados/acervo para salvaguardar e ressaltar a importância da História das populações negras de Joinville.

Apoio / Parcerias: CNPq

Estação da Memória de Joinville: usos do passado, patrimônio do presente

  • Vinicius José Mira, G, viniciusmira1987@gmail.com
  • Diego Finder Machado, Dr(a), diego_finder@yahoo.com.br
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Patrimônio Ferroviário, História de Joinville

Esta comunicação tem por objetivo socializar resultados parciais de uma pesquisa de iniciação científica que busca compreender historicamente como se deu os processos de patrimonialização da antiga Estação Ferroviária de Joinville (atual sede da Estação da Memória). Até o final da pesquisa, por meio da História Oral, pretende-se entrevistar e analisar narrativas de pessoas e grupos cujas vivências de algum modo conectam-se à história da referida Estação. Nessa direção, busca-se conhecer se e como essas pessoas foram envolvidas nas estratégias de patrimonialização da Estação, assim como discutir seus vínculos afetivos para com o referido bem. Em linhas gerais, esta pesquisa caracteriza-se como uma pesquisa documental que se vale de bibliografia de apoio e de registros institucionais, em âmbito político, do processo de patrimonialização. Por pesquisa documental entendemos aquela que vai a procura de fontes custodiadas em acervos de natureza diversa (arquivos históricos, centros de documentação, escolas, sindicatos, empresas, igrejas, bibliotecas, entre outros). O resultado parcial a ser apresentado no SUCST diz respeito aos usos da “Estação da Memória” enquanto unidade patrimonial e espaço cultural de Joinville, bem como a contraposição do discurso das instituições e agentes públicos responsáveis pela patrimonialização desse bem. Ademais, esta pesquisa encontra-se vinculada ao projeto “Pelos bastidores da UNESCO: a construção de consenso em torno de bens considerados patrimônios mundiais (PCM II)", financiado pelo Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille, bem como está articulada aos estudos e pesquisas empreendidos pelo grupo “Cidade, Cultura e Diferença da Univille (GPCCD)”.

Evidenciando Caminhos: A Compensação Em Alunos Com Deficiência Intelectual Na Educação Não-Formal

  • Jeferson Andrade, Graduando, jefeandrade13@gmail.com
  • ALICIENE FUSCA MACHADO CORDEIRO, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: trabalho docente, educação especial, Arte

O conceito de compensação em Vigostski (1997) têm certa importância para o pensar nos impasses contemporâneos relacionados a participação das pessoas com deficiência nos processos sociais, e o que pode ser feito para diminuir esses impasses. Algumas leis concedem base e amparo legal para que sujeitos com deficiência tenham acesso a qualidade de vida, autonomia, bem-estar e educação. No que se refere ao atendimento educacional destes sujeitos, os ambientes de educação não-formal tem tido uma participação significativa, segundo Manica (2017). Portanto, a pesquisa em questão propõe-se a evidenciar aspectos ligados ao processo de compensação em alunos com deficiência intelectual, os quais fazem parte de uma instituição de ensino não formal, que visa o ensino de Artes. Como insturmento de coleta de dados foram utilizadas entrevistas semiestuturadas com dois sujeitos, uma do sexo feminino e outro do sexo masculino, residentes da cidade de Joinville, Santa Catarina, e participantes do projeto desde a sua criação. As análises foram ancoraradas em pressupostos da Análise de conteúdo de Franco (2009), assim como na Teoria Historico Cultural. A discussão se dá a partir de uma categoria intitulada “Entre atos, telas, instrumentos musicais e canções – O ensino de Artes como caminho para a apropriação”. A argumentação se discorre a partir da apropriação desses sujeitos de conhecimentos através da arte, tendo em vista que esses conhecimentos podem ser utilizados de forma consciente em suas tarefas diárias concedendo-lhes novas possibilidades. Os resultados revelam que o processo de compensação se dá em vários momentos da trajetória educacional, e que estes precisam ser evidenciados, atividades como pintar um quadro e apresentar uma peça de teatro, requerem uma gama de conhecimentos apropriados tão importantes quanto o seu resultado, portando destaca-se que qualquer aprendizado é resultado de uma apropriação, que deve ser considerado.

Apoio / Parcerias: CNPq

Formação Docente para o uso das Tecnologias Digitais: pesquisa-ação

  • Anelise Muxfeldt Trentini , E, anelise.trentini@ielusc.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: formação docente, tecnologias digitais, pesquisa-ação

Com o crescente uso das tecnologias digitais na educação, torna-se necessário um preparo mais abrangente do docente quando se apresentam as novas possibilidades agregadas às práticas pedagógicas. Para tanto, este estudo tem como objetivo propor uma formação docente coletiva fundamentada na ideia da pesquisa no processo formativo e na prática pedagógica. Pretende-se por meio dos objetivos específicos: identificar as concepções de ensino e práticas pedagógicas usadas com as tecnologias digitais; verificar a relação teoria e prática dos professores participantes; analisar as práticas pedagógicas propostas. Este estudo terá uma abordagem qualitativa, que, segundo Minayo (2010), caracteriza-se por privilegiar a compreensão e/ou a interpretação de uma dada realidade ou problemática, ao invés de mensurá-la. A metodologia utilizada será a pesquisa-ação, que é uma forma de mobilizar os participantes a construírem novos saberes de forma coletiva. A pesquisa-ação educacional é principalmente uma estratégia para o desenvolvimento de professores pesquisadores de modo que eles possam utilizar suas pesquisas para aprimorar seu ensino e, em decorrência, o aprendizado de seus alunos (TRIPP, 2005). Os participantes desta pesquisa serão seis professoras que lecionam para a 3ª série do ensino fundamental de um colégio particular da cidade de Joinville. A pesquisa ocorrerá em 2019/2020, com encontros de estudos, reflexões, relatos e diálogos a respeito das práticas pedagógicas dessas seis professoras, mediadas pelas tecnologias digitais. Será apresentado e decidido em conjunto com as professoras um plano de trabalho e um cronograma para os encontros. Esses momentos se caracterizarão por estudos de textos, planejamento de atividades mediadas pelas tecnologias digitais, as quais serão aplicadas em suas respectivas turmas e relato dos resultados das atividades desenvolvidas. O Plano Inicial a ser apresentado para as participantes da pesquisa é o seguinte: 1º encontro- apresentação das participantes, explicação sobre a proposta, discussão do plano de trabalho, cronograma e temas a serem estudados; 2º encontro- estudo e discussão do primeiro texto; 3º encontro- estudo e discussão do segundo texto; 4º encontro- elaboração de uma atividade com uso das tecnologias; 5º encontro- relato e análise reflexiva dos resultados da atividade desenvolvida; 6º encontro- relato e análise reflexiva dos resultados da atividade desenvolvida. Os dados serão as discussões nos encontros, que serão filmados e transcritos para posterior análise. Espera-se que a participação nos encontros possa promover a prática das professoras com vista a inserção das tecnologias de forma crítica e emancipatória.

Hibridismo na literatura infantil juvenil: contrapontos contemporâneos

  • Jennifer Bretzke Meier, Graduando, jennibmeier@gmail.com
  • Camilla Moraes, Graduando, cami.mmoraes@gmail.com
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Hibridismo, Literatura Infantil, Letramento Literário

Este resumo tem por objetivo apresentar o projeto de pesquisa – Hibridismo na Literatura Infantil-Juvenil – contrapontos contemporâneos, vinculado ao Programa de Literatura Infantil Juvenil – PROLIJ – da Universidade da Região de Joinville –UNIVILLE. O referido projeto, que está em andamento, objetiva investigar o processo de hibridação dentro do campo da literatura infantil-juvenil, a fim de verificar como esse processo vem se materializando na contemporaneidade, uma vez que ainda não se tem de forma clara os seus impactos e consequências nas mais diversas relações, por conta de seu imensurável crescimento e amplitude nos últimos anos. Para isso, os pesquisadores estão analisando obras literárias do repertório infantil e juvenil, com circulação na última década, para identificar a concretização desse processo. Utilizando-se de teóricos da linguagem, como Barthes (1956), de Canclini (2001) para embasar o processo de hibridação, de Hutcheon (1991) para falar de alguns movimentos pós-modernos, de Andruetto (2012) e Cagneti (2013) para discorrer sobre a literatura infantil-juvenil e de Cosson (2009) para trazer à tona o letramento literário e a escolarização da literatura, a pesquisa, de base bibliográfica, busca enveredar-se na temática e fazer um levantamento de obras que tragam essas características e que sejam relevantes, principalmente, no âmbito educacional, seja ele formal ou não. Falar de literatura infantil e juvenil nos tempos atuais é necessariamente ter que lidar com as manifestações sociais que emergem dos livros. Por outro lado, é também necessário analisar as possibilidades de trabalhar com essas concepções pós-modernas dentro do espaço de educação por meio da mediação docente. Nesse sentido, trabalhar o texto híbrido com crianças e jovens, principalmente no contexto escolar, requer do docente alguns cuidados e é por isso que se traz o conceito de letramento literário (o processo de apropriação da literatura enquanto linguagem), sobre o qual Cosson (2009) discorre ao falar do processo de escolarização da leitura da literatura e em que medidas se trabalha com ela em sala de aula de uma maneira significativa.A partir de leituras e análises aprofundadas, tem sido possível delinear aspectos híbridos de cada obra e inferir relações mais profundas entre texto e imagem. Com isso, tem-se o objetivo de fazer uma seleção dos textos para mediar a leitura em sala de aula e a partir dessa seleção construir grupos de obras que ao serem analisadas possam chegar aos leitores de forma significativa.

Apoio / Parcerias: FAP/FAEX

HISTÓRIA DOCUMENTADA E VIVIDA DO TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERTATIVIDADE (TDAH): O QUE DIZEM OS GESTORES DA EDUCACÃO SOBRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS

  • Geisa Simone Hille, G, geisinha.hille@gmail.com
  • ALICIENE FUSCA MACHADO CORDEIRO, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: trabalho docente, transtorno do déficit de atenção, políticas públicas

O presente estudo, propõe-se a analisar, dentro de um contexto histórico, a trajetória e a inserção do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) nas políticas públicas educacionais de Santa Catarina, bem como, de que maneira esse transtorno é compreendido pelos gestores educacionais. A pesquisa que se encontra em desenvolvimento, conta com algumas indagações importantes, que servirão como eixo norteador para guiar os estudos, por exemplo: em que contexto o TDAH foi inserido nas legislações da educação especial de Santa Catarina, qual é a sua trajetória dentro desta legislação e como os gestores educacionais compreendem a inserção deste transtorno nas políticas públicas educacionais. Esta pesquisa, possui aporte teórico metodológico no materialismo histórico dialético, utilizando análises documentais e entrevistas semiestruturadas para compor o corpus de análise do trabalho. Em um primeiro momento, após análise documental, alguns dados já se mostraram relevantes, como por exemplo, um aumento exacerbado do consumo da medicação conhecida como Ritalina para o tratamento do TDAH, que segundo pesquisa do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), houve um aumento de 775% no consumo da droga. Portanto, denota-se um elevado e preocupante aumento da utilização desta medicação, o que nos leva a refletir sobre a possibilidade de existir um processo de medicalização da vida, ou seja, este processo de medicação está sendo utilizado pela medicina para mascarar questões de outra natureza, geralmente de natureza social. Neste sentido, após estudos iniciais, constatou-se que há discussões e preocupações entre alguns pesquisadores acerca deste tema. Sendo assim, pesquisar a história documentada e vivida do TDAH nas políticas públicas educacionais bem como de que maneira os gestores educacionais o compreendem, é importante para compreender como está se lidando com o diagnóstico e o tratamento do TDAH. Também podemos constatar que ao realizar o balanço de produção para a presente pesquisa, este mostrou que o presente tema encontra-se silenciado e ainda pouco estudado considerando o estado de Santa Catarina. Assim, entende-se como fundamental aprofundar as discussões teóricas e empíricas envolvendo o tema da pesquisa.

Apoio / Parcerias: Este trabalho foi realizado com recurso do Fundo de apoio a pesquisa FAP /UNIVILLE BRASIL

Integração curricular na engenharia civil e resoluções acadêmicas para problemas concretos

  • Felipe Arnold, Graduando, felipearnold1@hotmail.com
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Integração curricular, Engenharia civil, Irrigação

Esta pesquisa tem como objetivo relacionar o currículo da Engenharia Civil com a solução de um problema real, a irrigação de pequenas propriedades no estado de Santa Catarina. A proposta consiste em apresentar e defender uma integração curricular, cuja ênfase está nas unidades temáticas e na resolução de problemas e não no conhecimento, como se dá tradicionalmente (BEANE, 2003). Para isso, foi realizada uma pesquisa, de abordagem qualitativa, sobre documentos que envolvem a problemática da irrigação em pequenas propriedades, a construção de um “carneiro hidráulico” e o currículo da Engenharia Civil. Os estudos mostram que em nosso estado existem muitos produtores familiares, que não podem utilizar as mesmas técnicas como as de uma fazenda de grandes proporções. Porém, a irrigação das plantações se faz necessária e exige eficácia. A Empresa de Pesquisa e Extensão Rural de Santa Catarina - EPAGRI, em 2009 preocupou-se com a dificuldade que um pequeno agricultor da cidade de Frei Rogério-SC tinha para dessedentação dos bovinos de sua propriedade, tendo seu sistema de bombeamento elétrico furtado duas vezes, procurou outro sistema, com ajuda de tratores para bombear a água, porém por ser oneroso demais tornou-se inviável. Para auxiliá-lo, A EPAGRI, instalou um “carneiro hidráulico” feito com peças de PVC, criando assim um sistema de fornecimento de água com tecnologia de baixo custo. O “carneiro hidráulico” é uma tecnologia de bombeamento de água desenvolvida no século XVIII pelo francês Joseph Michel Montgolfier, utiliza somente da força da gravidade para recalcar a água a longas distâncias e cotas mais altas. A EPAGRI montou uma oficina na cidade de Frei Rogério para ensinar a replicar o sistema de bombeamento alternativo. Não existem pesquisas para mostrar a eficiência do sistema após sua implantação, porém, de acordo com dados do site da EPAGRI, mais de 3000 famílias de uma determinada região conseguiram replicar o sistema. O desenvolvimento deste sistema resolveu um problema de recurso hídrico e teve um impacto por ser uma tecnologia limpa e renovável, social e de baixo custo, cumprindo dois objetivos dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável impostos pela ONU. Na relação com o currículo da Engenharia Civil, observou-se que o desenvolvimento de um carneiro hidráulico envolve conhecimentos sobre mecânica do fluídos, mecânica geral, física e cálculo diferencial e integral. Desta experiência podemos depreender a importância do desenvolvimento de projetos relacionados ao nosso cotidiano, que tragam benefícios para as pessoas e para o meio em que vivemos.

Laboratório de História Oral da Univille

  • Roberto Montes Filho, Graduando, robmontesfilho@gmail.com
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com
  • Paulo Henrique Vernillo, Graduando, phvernillo@gmail.com
  • Éwerton de Oliveira Cercal, Graduando, ewerton.cercal@gmail.com
  • Thainá Takemoto, Graduando, takemotothaina@gmail.com
  • Bruna Carolina de Souza, Graduando, brunacarolinasouza1999@gmail.com
  • Ana Gabriela Cardoso, Graduando, anacarminati18@gmail.com
  • Diego Finder Machado, Dr(a), diego_finder@yahoo.com.br
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: História Oral, Gestão documental, Acervos

O LHO/Univille se define como um espaço de experimentação voltado à promoção e difusão da metodologia da História Oral em Joinville e outras regiões de atuação da Univille. Suas linhas de pesquisa são articuladas as do Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille (Patrimônio e Memória Social; Patrimônio Cultural e Sustentabilidade), bem como as linhas que integram o Projeto Político Pedagógico do Curso de História da Univille (Patrimônio Cultural; História Regional; História e educação). O seu acervo é composto pela doação de entrevistas orais resultantes de projetos de ensino, pesquisa e/ou extensão desenvolvidos por professores e alunos da Univille ou de outras instituições. O LHO/Univille, atualmente, possui cerca de 700 entrevistas, distribuídas em quase 50 coleções. A interação do LHO com projetos de ensino, pesquisa e extensão se dá por meio de empréstimos de tecnologias da informação e comunicação para realização de entrevistas orais (gravadores e câmeras fotográficas, filmadoras etc.), assessoria para a realização e o processamento técnico de entrevistas (elaboração de roteiro, de termo de doação e de sumário da entrevista), disponibilização pública de um banco de dados virtual contendo o áudio das entrevistas, transcrições e demais documentos relacionados. O LHO/Univille possui cerca de 700 entrevistas, distribuídas em quase 50 coleções. Tal acervo encontra-se catalogado conforme os Procedimentos Operacionais Padrão do LHO/Univille que, por sua vez, foram desenvolvidos com base em documentos técnicos ligados à gestão de documentos de interesse histórico (ISAD, normalizações do CONARq, entre outros). Além disso, o LHO/Univille também conta com uma Comissão de Acervo, formada pelo coordenador do LHO/Univille (seu presidente nato), pelo coordenador do curso de História da Univille, pelo coordenador do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade, por dois professores indicados pelo colegiado do curso de História e por dois professores indicados pelo colegiado do PPG em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille. A Comissão de Acervo do LHO/Univille se reúne, no mínimo, duas vezes ao ano, e, extraordinariamente, quando solicitado pelo seu presidente. Tal Comissão tem função deliberativa sobre: descarte e eliminação de documentos do acervo, incorporação de novas entrevistas orais ao acervo, propor reformulações nos objetivos e nas estratégias de ação do LHO. As publicações, projetos e outros detalhes sobre o LHO encontram-se disponíveis em: https://lhouniville.wixsite.com/novo

Liderança Autêntica numa Organização Autentizótica

  • Sabrina Beatriz Rosá, Graduando, sabisbrasil@gmail.com
  • MARIO NENEVE, Dr(a), mneneve@uol.com.br

Palavras-chave: Liderança, Liderança Autêntica, Organizações Autentizóticas

A pesquisa teve como tema Liderança Autêntica e sua influência na organização. O objetivo foi compreender a relação da liderança autêntica e o reflexo no clima dos liderados, sob uma premissa de comprometimento e como extensão de propósito de vida na empresa, denominado teoricamente como “autentizótico”. A liderança autêntica é uma abordagem de liderança que enfatiza a construção da legitimidade de um líder por meio de relações honestas com seus seguidores, onde o líder valoriza as contribuições dos seguidores construídos sobre uma fundação ética (GARDNER, et al., 2011). Já Organizações autentizóticas são aquelas em que se pressupõe existir um espírito de camaradagem; credibilidade do superior; comunicação aberta e franca com o superior; oportunidades de aprendizagem (KETS DE VRIES, 2001). Embasado na teoria na qual se defende uma causa e efeito entre liderança autêntica e organizações autentizóticas, buscou-se no empírico, através de uma organização reconhecida em São Bento do Sul, a Buddemeyer S.A. A pesquisa foi efetuada em 2019, abrangendo o corpo de dirigentes (líderes) e funcionários da empresa. Para obter a coleta de dados foram instrumentalizados dois questionários já validades teoricamente. Um para a mensuração da liderança autêntica “Questionário da Liderança Autêntica (em inglês Authentic Leadership Questionaire – ALQ), com dezesseis fatores que avalia as principais características atribuídas à liderança autêntica: autoconsciência, transparência relacional, perspectiva moral internalizada e processamento balanceado. No que se refere às organizações autentizóticas foram elencados 21 itens que englobam as dimensões de comprometimento com a organização; a orientação afetiva para com a organização; comprometimento afetivo juntamente com um sentido de obrigação moral de permanecer na organização. Os questionários, pois definidos teoricamente com afirmativas em que se validam a liderança autêntica e organizações autentizóticas para serem respondidos na estrutura da tabela Likert em 5 é de concordância absoluta e 1 de discordância absoluta. A aplicação dos questionários se deu na organização em que todas as lideranças em número de 48 responderam via eletrônica e os funcionários liderados, em número de 62 através de um formulário aplicado em uma sala de aula. Analisadas as respostas houve uma média superior a 4 em ambos os focos: a existência de Liderança Autêntica e tratar-se de uma Organização autentizótica. Confirmou-se pois que na Organização Buddemeyer predomina a liderança autêntica e que é ela se é percebida como organização autentizótica, ratificando no estudo empírico o que os teóricos defendem,

Lobateando-se: uma experiência literária

  • Ana Luíza Silva Sanches, Graduando, ana270700@gmail.com
  • Julia Eduarda Werle, Graduando, eduardawerle19@gmail.com
  • Samara Carvalho Gonçalves, Graduando, samaracarvalhogoncalves@gmail.com
  • Heloisa Fernanda Borchardt, Graduando, helo.wisahb@gmail.com
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia , Dr(a), berenice.rocha@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Práticas pedagógicas, Lobato, Educação básica

A literatura é uma linguagem que expressa a criatividade e imaginação que representa o mundo, o homem, as relações e a vida. Por estar baseada nas experiências humanas, o processo de criação literária será sempre complexo, fascinante, misterioso e essencial, pois, diante das constantes transformações, a noção da literatura é identificada pelas intervenções de tempo, espaço, ação, linguagem, estruturas poéticas, valores éticos ou metafísicos, entre outros, que constituem a ponte entre atuar sobre as mentes, em especifico às vontades ou ações, e sobre os espíritos, em que se expandem as emoções, paixões, desejos e sentimentos. No que se refere à literatura infantil, direcionada principalmente às crianças, o conhecimento se desenvolve por meio do sensível, do imaginário e do criativo de forma mais intensa que por meio do intelectual. Dessa maneira, na realidade em que o aluno está inserido, é necessário que o pensamento mágico seja priorizado para que esse se sinta atraído a criar e a desenvolver o prazer pela leitura. Logo, a proposta do projeto de prática pedagógica tem por objetivo a aplicação de obras literárias que explorem o contexto das crianças e que incentivem sua identificação em personagens que possuem características relacionadas a sua realidade. Nesse contexto, o escritor brasileiro Monteiro Lobato é considerado o percursor do movimento literário infantil, visto que as suas produções são inovações que retratam a vida cotidiano do povo brasileiro, os costumes, a flora e a fauna. Considerando esses pressupostos, a metodologia utilizada para a aplicação da proposta partiu da leitura de uma obra de Lobato, Reinações de Narizinho, seguida da construção de um projeto para estudantes da educação básica que foi aplicado na turma do 2º ano do curso de Letras, na matéria de Literatura Infantil Juvenil. Os estudantes participaram da proposta que foi materializada por uma pequena peça de teatro que envolveu toda a turma. Em seguida, para finalizar a aplicação da proposta, os estudantes construíram livretos, a partir de materiais ilustrativos dispostos livremente, atuando como co-autores de novos textos, anunciando a possibilidade efetiva de aplicação em turmas da educação básica.

Luiz Carlos da Silva, o Luiz Si: Contribuições ao Campo das Artes Visuais em Joinville

  • Larizza Bergui de Andrade, MSc, larizza.b.a@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio artístico, História da arte, Pinturas murais

Esta proposta de comunicação expõe a atuação artística, social e cultural do artista plástico Luiz Carlos da Silva (1941-2011), conhecido como Luiz Si, na cidade de Joinville onde atuou (1978–2011), como pintor, engajado nos movimentos e organizações culturais e artísticas como AAPLAJ, a Coletiva de Artistas de Joinville, entre outros movimentos em prol da difusão das artes plásticas em Joinville. Como professor de desenho e pintura da Escola de Artes Fritz Alt, instalada na Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior e, sua relevante atuação sociocultural pelo projeto “O artista na educação”, projetado e executado pelo próprio artista em vinte e uma Escolas Municipais de Joinville, do qual a pesquisa atribuiu enfoque. Problematiza-se, no entanto, o fato de ainda não ter sido citado em pesquisas científicas na cidade, considerando sua relevante contribuição. Fez-se necessário uma análise documental em fontes primárias (catálogos, convites de exposições e matérias de jornais) encontrados no Arquivo Histórico de Joinville e na Biblioteca do Museu de Arte de Joinville; pesquisa de campo com entrevistas de três professoras, na função de diretora na época em que o projeto foi executado e, observação, in loco, dos locais onde os murais foram produzidos. A pesquisa resultou em um registro sobre o artista, suas produções artísticas e sua atuação sociocultural em Joinville pelo projeto “O artista na educação”, que contribuiu para a sistematização da história da arte em Joinville e Santa Catarina. Partindo de uma poética baseada na experimentação de técnicas e materiais que norteiam a concepção moderna de arte, Luiz Si produziu inúmeros quadros que possibilitaram a construção de um estilo próprio na busca constante da liberdade expressiva pela técnica com destaque nos vários tipos de texturas, resultado de pesquisas experimentais com produtos químicos. As figuras surgiram a partir dos resultados desses experimentos de forma secundária. As pinturas murais, produção parte do projeto “O artista na educação”, caracterizam uma nova fase do pintor, em que, paisagens multicores, aliadas a elementos representativos na cultural local foram produzidas similarmente em vinte e uma Escolas Municipais de Joinville, como parte de um projeto sociocultural que objetiva diminuir a distância entre arte e comunidade periférica da cidade. Além das pinturas murais, o projeto abarcava aulas gratuitas de desenho e pintura, no contra turno das aulas, para alunos interessados e projetos interdisciplinares, realizados pelos professores e fomentados pelo artista a partir de sua obra pintada nas paredes da escola.

Apoio / Parcerias: CAPES

Memória e linguagens culturais

  • Luana Seidel, Graduando, luana.s.1@univille.br
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: leituras no ciberespaço, linguagens, memórias

O subprojeto Memória e linguagens culturais, vinculado ao projeto Deslocamentos de Linguagens e Interfaces Culturais I, é decorrente de pesquisas imbricadas ao ensino/pesquisa/extensão para o desenvolvimento dos blogs Poética Tecnológica e Imbricamentos de Linguagens, que objetivam divulgar experimentos de leitura e produções literárias autorais no Caderno Literando n.7, publicação on-line que gera potencialmente uma rede ilimitada de trocas pela web. Segundo Levy (1996), a virtualização do texto e da leitura na web atualizam diferentes memórias, que se organizam como reservas documentais, dados que asseguram um endereço e redes de indicadores como organizações “seletivas e subjetivas do estoque”. Logo, o ciberespaço propõe experimentos de leituras partilháveis em grupo. A intenção de promover e divulgar experimentos de deslocamentos de linguagens é a de ampliar olhares leitores na intersecção das linguagens. Percebe-se que a tecnologia possibilita a coletivização e o fluxo das informações. Assim, a leitura transforma-se num jogo que movimenta imagem/texto/ sons ao promover uma interação inter e intratextual geradora de um fluxo contínuo de criação, no qual se intercambiam papeis, ora se lê, ora se posta registros autorais. As postagens nos blogs Poética Tecnológica e Imbricamentos de Linguagens sinalizam que as leituras partilhadas na web rompem fronteiras e estabelecem diálogos entre textos literários, críticos e históricos. O Caderno Literando aciona a recepção literária de textos produzidos a partir de leituras autorais, tendo como referência o pensamento de Santaella (2003) que defende a escolha do meio de comunicação adequado aos novos ambientes sociais. Os conceitos sustentadores das discussões são de Santaella (2003), Lévy (1996), Shah (2005), Canclini (2008) e Ferreira e Orrico (2002).

Apoio / Parcerias: Artigo 170 - PESQUISA

Narrativas da terceira idade: artesanias e imbricamentos do tempo/memória nas subjetividades

  • Rita de Cássia Fraga da Costa, MSc, ritadacosta08@gmail.com
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: narrativas, artesanias, terceira idade

Quais imbricamentos do tempo/memória foram tecidos nas narrativas artesaniadas produzidas por um grupo de terceira idade do CRAS-Jardim Paraíso? Esta reflexão é o ponto de partida da pesquisa “Narrativas da terceira idade: artesanias e imbricamentos do tempo/memória nas subjetividades” integrada à linha Patrimônio, Memória e Linguagem, do Programa de Pós-Graduação – Doutorado em Patrimônio Cultural e Sociedade, na Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) e ao Grupo de Estudos Imbricamentos de Linguagens (UNIVILLE). As reflexões derivam dos dados de uma pesquisa/dissertação defendida em 2018, junto ao Programa de Pós-Graduação – Mestrado em Educação (UNIVILLE), coletados em ações desenvolvidas no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos dos Idosos (SCFV), do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Jardim Paraíso, em Joinville/SC, com um grupo de onze idosos de 60 a 72 anos. Os objetivos são: tencionar, demarcar e problematizar os imbricamentos do tempo/memória tecidos nas narrativas artesaniadas de um grupo de terceira idade do CRAS-Jardim Paraíso. As análises das abordagens narrativas estão sendo guiadas por conceitos de Clandinin e Connelly (2015) e Benjamin (2012), somados às contribuições de Petrykowski Peixe et al. (2014) que investigam os processos de artesanias. As questões de memória e identidade foram exploradas a partir de Hall (2006) e Candau (2016), enquanto que as discussões sobre o ser/estar idoso e a sensibilidade humana foram apoiadas em leituras de Bosi (1994), Almeida (1998), Duarte Jr (2010) e Maffesoli (1998). Relatamos as experiências com as artesanias tendo como base os processos narrativos de construir/desconstruir/construir uma tradição de saberes, apropriando-se de conhecimentos relacionados aos recursos humanos e naturais do espaço onde habitam, bem como os movimentos de interações com o outro constituídos de (re) atualizações memoriais, (re) desenhando identidades, (re) fazendo apropriações patrimoniais e (re)conectando-se a múltiplos saberes. Esta pesquisa pretende ampliar as reflexões sobre a terceira idade e propor novos olhares tendo como referências as narrativas relacionadas aos deslocamentos de tempo/memória vislumbrando possíveis relações com ações de patrimonialização. Ainda, é destaque neste projeto a importância do movimento interdisciplinar, pois entendemos que as narrativas atravessam o campo da estética, das linguagens, da antropologia. Pelas narrativas construídas, seja pela artesania, ou outras linguagens, acreditamos ser possível articular vários campos de conhecimentos e sentidos. Assim sendo, a proposta dessa tese visa ampliar olhares para subsidiar ações dirigidas para terceira idade, especialmente no reconhecimento dos saberes dos idosos e na busca pela manutenção da formação e valorização cultural desses sujeitos.

Apoio / Parcerias: CAPES

Núcleo de Estudos e Atividades em Direitos Humanos III

  • Sarah Francine Schreiner, E, sarahfrancine@yahoo.com
  • Eduardo Silva, MSc, edu.silva@univille.br

Palavras-chave: Direitos Humanos, Educação, Cidadania

Desde o ano de 2015, alguns professores do curso de Direito vêm se debruçado sobre a Educação em Direitos Humanos. Em 2016 funcionou oficialmente pela primeira vez o Núcleo de Estudos e Atividades em Direitos Humanos (NEADH). Neste primeiro ano com muito mais sonhos do que capacidade de efetivação, foram realizadas inúmeras atividades de parceria, eventos, e educação em Direitos Humanos. No ano seguinte, em 2017, com mais conhecimento prático sobre a realidade de um projeto de extensão deste porte, foi possível encorpar o NEADH. Neste sentido em 2017, pudemos participar ativamente do grupo do Pacto Universitário sobe Educação em Direitos Humanos. Da mesma forma, foi consolidado o grupo de estudos com acadêmicos dos mais variados cursos do campus São Bento do Sul. Em 2018, foi dado mais uma vez a continuidade do projeto, popularizando sua atividade entre os cursos do campus São Bento do Sul. A página do Facebook ganhou atividade semanal. Vários voluntários aderiram ao projeto. Este ano, ampliamos nossa atividade nas redes sociais com a página no Instagram, fortalecemos o grupo de estudos e desenvolvemos um estudo específico sobre acessibilidade. Tudo isso vai ao encontro das temáticas cada vez mais urgentes no meio social e acadêmico, tais como: terrorismo, desigualdade social, desigualdade de gênero, fome, crise migratória, guerras civis, conflitos religiosos e políticos, violência e criminalidade.

O cuidado de si: a construção de subjetividades a partir de Michel Foucault em narrativas (auto)biográficas de jovens com esclerose múltipla

  • Gustavo Henrique Cardoso Nart, Graduando, raquelsenavenera@gmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquelsenavenera@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Subjetividades, (auto)biografias, Esclerose Múltipla

O desafio desta pesquisa é compreender o processo de subjetivação de sujeitos em condição de saúde e doença, partindo da coleção de oito histórias de vida de jovens diagnosticados com Esclerose Múltipla, coletadas e organizadas com o método de História Oral de vida. Este trabalho recorta três dessas narrativas para exposição e discussão. A análise problematiza o entendimento de como esses corpos se subjetivam nos processos cotidianos de relações com o outro no espaço coletivo para uma consciência de si enquanto na condição de saúde e doença. Discute a subjetivação, na condição de adoecimento crônico, na perspectiva de Michel Foucault (1984) a partir do conceito “cuidado de si”, que ocorre entre práticas dietéticas e terapêuticas com o corpo. Os resultados desta pesquisa desdobram-se no processo que foi apreendido como um fluxo em ruptura com a consciência de si no momento do diagnóstico da Esclerose Múltipla. Esta condição torna-se o fator que possibilita novas perspectivas em suas narrativas sobre o que significa estar doente ou estar saudável. Na medida em que experimentam um estado de vulnerabilidade do diagnóstico e dos limites do corpo doente, experimentam práticas de liberdade que se dão através da autonomia dietética – que se tensionam com a obediência à terapêutica da razão e norma médica – caracterizando em suas narrativas uma paralaxe de subjetivação das práticas entre a liberdade e obediência nos cuidados com o corpo e suas limitações

Apoio / Parcerias: UNIEDU; CNPq/Capes; FAP

O currículo da educação de jovens e adultos nas diretrizes nacionais

  • Marilei Schackow Moraes, E, marilei.mswm@gmail.com
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Currículo, Educação de Jovens e Adultos, Diretrizes curriculares

Esta pesquisa tem como objeto de estudo as diretrizes curriculares que orientam o processo educativo da Educação de Jovens e Adultos - EJA no Brasil. A questão que nos mobilizou foi: As diretrizes curriculares propostas nos documentos oficiais atendem as expectativas de formação dos jovens e adultos que frequentam a EJA? Portanto, o objetivo desse trabalho é refletir sobre o currículo da EJA previsto nas diretrizes curriculares. Haja vista que a EJA é uma modalidade de ensino que tem por finalidade formar adultos capazes de compreender o mundo e sua complexidade, para que possam participar da sociedade de forma ativa e dinâmica com possibilidade de transformação. Neste viés, destaca-se que as preocupações com as práticas curriculares desenvolvidas neste segmento não podem ser limitadas apenas às escolhas metodológicas, mas considerar os impactos das ações pedagógicas na condição da vida dos estudantes. O referencial teórico contempla os estudos, numa perspectiva crítica, sobre a Base Nacional Curricular Comum; a Educação de Jovens e Adultos e o currículo. A pesquisa foi teorizada com os estudos de Arroyo (2007), Machado (2009), Freire (1987, 1992 e 2018) Moreira e Silva (2011) para a análise dos Documentos Oficiais que apresentam as Diretrizes da BNCC. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, realizada por meio de estudo documental, que de acordo com André (2013) a busca nos documentos curriculares e nas produções já realizadas sobre o tema nos permite encontrar elementos para uma reflexão sobre o currículo nesse nível de ensino. Com base nas análises concluímos que as diretrizes curriculares propostas na BNCC não determinam um modelo pedagógico próprio para a Educação de Jovens e Adultos. Sendo assim, uma base curricular comum deveria oportunizar um currículo que garanta o acesso e permanência dos educandos na EJA. Para esses estudantes, uma proposta curricular problematizadora contribuiria para uma análise crítica sobre o meio social. Os documentos oficiais teriam que garantir uma educação para a dialogicidade, pois numa prática dialógica se solidifica o refletir e o agir de seus sujeitos transformando-os e humanizando-os (FREIRE, 1987). Com essa perspectiva de currículo, as práticas dos educadores terão que buscar alternativas que remetam os sujeitos que frequentam as aulas na EJA a uma visão crítica da sociedade. Para tanto, o currículo terá que contemplar formas que auxiliem o sujeito a “se emancipar da instabilidade a que a sociedade os condena” (ARROYO, 2007, p.10).

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille.

O currículo da educação em tempo integral em uma escola municipal de ensino da cidade de Joinville/sc

  • Carlos Huller, E, huller.carlos@hotmail.com
  • JANE MERY RICHTER VOIGT, Dr(a), jane.mery@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Currículo, Projeto Político Pedagógico, Tempo Integral

O Plano Nacional de Educação determina, entre suas estratégias e diretrizes, uma política educacional que trate da educação em tempo integral. Uma escola em tempo integral demanda um currículo ainda mais integrado, que para Leite (2012), é um currículo que contempla uma articulação entre a cultura escolar e a cultura de origem dos alunos. O presente texto tem como objetivo apresentar e refletir sobre algumas especificidades do currículo de uma escola em tempo integral do município de Joinville-SC. Esta pesquisa é de abordagem qualitativa, considerando que em educação os fatos acontecem de maneira muitas vezes desordenada, que dificulta isolar as variáveis envolvidas e também apontar com clareza os responsáveis por determinado efeito (LÜDKE; ANDRÉ, 1986). A pesquisa foi realizada em uma instituição de Ensino Fundamental no município de Joinville-SC, que oferece ensino em tempo integral do sexto ao nono ano. Foram analisados o Plano Político Pedagógico - PPP e informações divulgadas no site da Secretaria Municipal de Educação do munícipio e da Associação de Pais e Professores. Utilizou-se a análise de conteúdo como metodologia para análise e interpretação dos dados coletados, justificando a importância de um currículo que atenda a formação integral em tempo integral, com objetivo de evitar o desenvolvimento de um currículo segmentado e fragmentado (ALVES, 2012). Os resultados indicam uma escola que apresenta um currículo composto por disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, História, Inglês, Artes, Educação Física e Ensino Religioso. De acordo com o PPP, para atender as particularidades da comunidade na qual a escola está inserida, o currículo traz o ensino do idioma alemão. O currículo também contempla disciplinas pertencentes à área técnica para pré-qualificação em Agropecuária, para isso conta com o apoio de um setor do município responsável pelas questões agropecuárias, que disponibiliza os técnicos, o transporte escolar e auxílio na manutenção de equipamentos agrícolas. Essas disciplinas compõem o ensino em tempo integral na instituição, com a proposta de manter um diálogo entre conteúdos teóricos e práticos. A análise dos materiais remete justamente à importância de um currículo integrado, construído e vinculado às necessidades da comunidade em que a escola está inserida, que busque atender a formação integral em tempo integral com objetivo de possibilitar atividades significativas para os estudantes. A partir dos resultados pode-se ainda contribuir para uma construção de políticas públicas que possam contemplar a ampliação de ofertas de escolas em tempo integral na cidade de Joinville.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille.

O Currículo da Engenharia Civil: o cenário das pesquisas sobre concreto armado

  • Gabriela Grimm, Graduando, gabigrimmgg63@gmail.com
  • JANE MERY RICHTER VOIGT, Dr(a), jane.mery@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Currículo, Concreto Armado, Engenharia Civil

A produção científica é elemento fundamental para a organização dos currículos dos cursos de formação. Dessa forma, ao pensar a formação e o currículo do curso de Engenharia Civil, percebemos ser necessário compreender os movimentos traçados pela pesquisa acadêmica. Diante disso, esta pesquisa teve como objetivo realizar um balanço de produções acadêmicas considerando as áreas do currículo da Engenharia Civil. A pesquisa tem abordagem quantitativa e qualitativa, pois o objetivo não é apenas contabilizar quantidades, mas compreender os fenômenos e seus movimentos. A partir das diretrizes para cursos de engenharia, foram estabelecidos descritores para realizar as buscas no Banco de Teses e Dissertações da Capes. Essa pesquisa apresenta os resultados obtidos pelo descritor “concreto armado”, por ser o descritor que apresentou o maior número de resultados. As pesquisas sobre concreto armado são muito importantes para a área da Engenharia Civil por ser elemento responsável pela estabilidade das estruturas. Para Porto (2015), o concreto não é suficiente para resistir às tensões das estruturas, por isso são acrescentadas barras de aço, formando um conjunto denominado concreto armado. "Concreto armado" foi o descritor principal para essa pesquisa, a partir deste foram utilizados outros descritores relacionados, como: "concreto auto adensável ", “concreto auto adensáveis”, realizando-se, assim, diversas combinações. Na busca da produção acadêmica sobre concreto armado, inicialmente foram encontrados 9764 resultados. Após o refinamento, no qual foram utilizados os seguintes critérios: os anos 2015 a 2018, a Grande Área de Conhecimento: Engenharia, a Área de Conhecimento: Engenharia civil, a Área de Concentração: Construção civil e o Nome do Programa: Engenharia civil, foram encontradas 750 teses e dissertações das quais foram selecionados 39 trabalhos que dirigiam seu título ao concreto armado. Após a leitura dos resumos, as informações foram organizadas por meio de tabelas e gráficos, o que permitiu delinear alguns aspectos do cenário das pesquisas sobre concreto armado. A análise dos resultados revelou o aumento de dissertações e teses sobre temáticas relacionadas ao concreto armado no período investigado. Além disso, também foi possível observar o protagonismo da Universidade Federal de Santa Catarina nessa área. Esses resultados mostram o quanto a pesquisa e as produções científicas são dinâmicas e que as temáticas que emergem desses estudos devem ser incorporadas nos currículos, discutidos coletivamente, para que a formação do engenheiro civil possa contemplar as inovações e avanços da área.

Apoio / Parcerias: Artigo 171

O currículo nacional em três países da América do Sul: Brasil, Argentina e Bolívia

  • Silmara dos Santos da Cunha, E, silmarasc1@gmail.com
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Políticas curriculares, Currículo nacional, América do Sul

No que se refere às políticas educacionais, pode-se observar vários movimentos em todo o mundo. Na América do Sul, segundo Oliveira (2000), as políticas são democráticas somente para agências de financiamento internacional e investidores estrangeiros, para a população, de forma geral, ela parece uma abstração. Considerando as recentes políticas curriculares, esta pesquisa que tem por objetivo principal analisar os documentos curriculares nacionais de três países da América do Sul: Brasil, Bolívia e Argentina, identificando características diferenciadoras. A escolha por esses países se deve ao fato de serem países da América do Sul que sofreram recentes alterações no currículo nacional, buscando compreender os movimentos históricos, políticos, sociais e econômicos que resultam nas políticas educativas de cada país. De abordagem qualitativa, esta investigação está sendo realizada por meio de análise documental. Os dados foram coletados nos sites oficiais dos ministérios de educação de cada país. Para análise dos dados utiliza-se a metodologia da análise de conteúdo, referenciada por Bardin (2011). Importante mencionar que a análise dos dados é realizada com base em autores como Pacheco (2002; 2018), Apple (2011), Moreira e Tadeu (2011), Ball (2014), Oliveira (2000) que fundamentam este trabalho nas abordagens teóricas sobre currículo e políticas educacionais e curriculares. Os resultados trazem informações de que currículo nacional de cada país recebe nomes diferentes: no Brasil chama-se Base Nacional Comum Curricular e foi aprovada em 2018; na Bolívia, Currículo Regionalizado de la Nación, aprovado em 2019; na Argentina, Diseño Curricular Para El Nível Primário, aprovado em 2017. Os modos de organização do ensino fundamental também são diferentes: no Brasil é do 1º ao 9º ano; na Argentina, do 1º ao 7º ano; e na Bolívia, do 1º ao 7º ano. Destaca-se o currículo plurinacional da Bolívia, em respeito à língua Yuracaré e em relação às diferenças históricas e culturais do país. No Brasil os documentos curriculares não contemplam a diversidade cultural, a exemplo da indígena, o que não garante o acesso dos estudantes às culturas regionais e locais. As análises indicaram que os documentos curriculares nacionais nos três países são elaborados a fim de orientar a prática educativa e que são organizados por meio da rotina institucional. Ressaltamos que é necessário um olhar sobre os discursos homogeneizantes vinculados às ideologias neoliberais que organismos transnacionais que impõem suas orientações e práticas, definindo políticas curriculares na América do Sul.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille

O homo oeconomicus e os sujeitos com esclerose múltipla

  • Bruna de Souza Medina, Graduando, raquelsenavenera@gmail.com
  • Bruna de Souza Medina, Graduando, raquelsenavenera@gmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquelsenavenera@gmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquelsenavenera@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Narrativas de vida, Homo Oeconomicus, Esclerose Múltipla

Este artigo nasce dos estudos realizados no Grupo de Pesquisa Subjetividades e (auto)biografias, que envolve as especificidades do campo (auto)biográfico e os estudos de subjetividades, realizados a partir de Michael Foucault. A pesquisa conta com um acervo de histórias de vidas de pessoas com Esclerose Múltipla (EM), coletadas a partir do método História Oral de Vida, com um corpus de oito histórias de jovens com EM. Seu objetivo é analisar as narrativas desses jovens e suas relações com o mundo do trabalho, a partir do estudo da descrição do homo oeconomicus em Michael Foucault (2008). Identifica-se na experiência do diagnóstico dos sujeitos as relações de trabalho e doença que põem em funcionamento as dinâmicas de suas relações de interesses. Revela que ao mesmo tempo em que há um assujeitamento à lógica econômica, a sensação do sujeito é de liberdade. Com isso, os sujeitos ao buscarem novas formas de se manter no mundo trabalho, que tem uma pratica excludente com as pessoas em condição de doença, continuam, mesmo que inconscientemente, a reproduzir essa mesma lógica econômica, operando assim um modo de ser, uma subjetividade do homo oeconomicus, que está presente em todos os aspectos da vida.

Apoio / Parcerias: CNPq/Capes; FAP

O Joinvilense e o seu Museu: Representações sociais sobre o Museu Nacional de Imigração e Colonização

  • Murilo Ristow Catarina, Graduando, muriloristowc@gmail.com
  • Sandra P.L. de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Representações Socials, Museu Nacional de Imigração e Colonização e

Este trabalho é uma síntese da pesquisa “Representações Sociais da população de Joinville sobre o Museu Nacional de Imigração e Colonização”, financiado pelo PIBIC/CNPq/Univille e visa compreender as representações da população de Joinville sobre o Museu Nacional de Imigração e Colonização. Trata-se de um recorte da pesquisa Representações Sociais sobre o Patrimônio Cultural de Joinville, coordenada pela orientadora, e que visou conhecer as representações que os diferentes grupos sociais da cidade possuem sobre o patrimônio cultural de Joinville. A metodologia utilizada consistiu na aplicação de um questionário com 44 questões, em uma população de 898 indivíduos, dividida nos diferentes bairros da cidade. Este levantamento resultou na formação de um vasto banco de dados cuja análise foi feita a partir de planilhas e gráficos dinâmicos no software Excel. Destes, foram selecionadas questões que abordavam os museus, direta ou indiretamente, para interpretação, tendo como base a Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici. Um dos resultados encontrados foi o da constatação de que o Museu Nacional de Imigração e Colonização é lembrado como um dos guardiões da história da cidade, e que uma parte da população o conhece graças a visitas escolares, além de que o museu é considerado um ponto turístico, dentre outros resultados. Os resultados da pesquisa apontam para a representação desse Museu como o guardião da verdade histórica de Joinville.

Apoio / Parcerias: CNPq; SIMDEC/Jlle

O laboratório de materiais de construção civil: estrutura e práticas curriculares

  • Giulia Rosa de Oliveira Sales , Ensino Médio, giuliasalesgtba@hotmail.com
  • William Schafer Godoi, Ensino Médio, williamschafgodoi@gmail.com
  • Gabriela Grimm, Ensino Médio, Gabigrimmgg63@gmail.com
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Práticas Curriculares, Laboratório de Materiais e Construção Civil, Engenharia Civil

Os laboratórios de cursos de graduação normalmente são utilizados para a realização de ensaios referentes à pesquisa científica e de trabalhos de conclusão de curso. Pensando no curso de Engenharia Civil e na importância do uso de laboratórios para proporcionar prática curriculares interdisciplinares, especialmente no laboratório de materiais de construção, nossas questões versam sobre: Como os professores utilizam o laboratório em suas aulas? De que maneira esse laboratório pode auxiliar o estudo de temas inseridos no currículo? Qual a infraestrutura necessária para desenvolver práticas curriculares? Portanto, o objetivo dessa pesquisa investigar as potencialidades do uso do laboratório de materiais da construção civil ao colocar em prática o seu currículo. A pesquisa, de abordagem quantitativa e qualitativa, se desenvolveu numa universidade da região norte de Santa Catarina que oferece diversos cursos de engenharia, dentre eles o de Engenharia Civil. A coleta de dados foi realizada por meio de observação de campo e análise de documentos. Além da busca de referencial teórico sobre o tema, foram realizadas as seguintes atividades: a) pesquisas em sites de instituições da região que oferecem o curso de Engenharia Civil e possuem um laboratório de materiais da construção civil; b) levantamento de equipamentos do laboratório em estudo; c) levantamento fotográfico dos espaços e equipamentos; d) análise das informações à luz da literatura sobre o tema; e) elaboração de relatórios. Os resultados apontam que o lócus da pesquisa comporta boa quantidade de equipamentos, porém ainda possui 71,4% da quantidade de equipamentos/materiais da universidade com o maior número, dentre as pesquisadas. Há equipamentos/materiais comuns em todos os laboratórios das instituições pesquisadas como: agitadores elétricos de peneiras; argamassadeira; betoneira; esclerômetro; ferramentas e vidrarias; mesa de adensamento por queda; peneiras. Além disso, há alguns equipamentos/materiais disponíveis apenas em instituição pública como o aparelho de teste de aderência, comparador de expansibilidade de argamassa e aparelho de retenção de água de argamassa. Quanto às práticas curriculares, verificou-se que os estudantes desenvolvem atividades como: protótipos de ponte, de estrutura de pilar, de viga e de laje; que também podem envolver questões interdisciplinares. O laboratório também é usado em práticas curriculares de disciplinas como a Introdução à Engenharia Civil, para desenvolver projetos, conhecer um pouco mais sobre os materiais e aprender na prática a usar os materiais corretamente. Diante dos resultados, reiteramos o pensamento de Leite (2012) sobre a importância do diálogo entre as diferentes áreas que compõem o currículo, nesse caso da Engenharia Civil.

Apoio / Parcerias: Artigo 170.

O Patrimônio Artístico no Sul De Santa Catarina: Um Estudo de Caso dos Trabalhos de Sérgio Honorato, Odete Calderan, Angélica Neumaier e Bel Duarte

  • Mikael Miziescki, , miziescki@gmail.com
  • Fernando César Sossai, Dr(a), fernando.sossai@univille.br
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Arte Contemporânea, Extremo Sul de Santa Catarina , Patrimônio Artístico

O objetivo principal desta comunicação é problematizar a produção artístico-cultural do extremo sul catarinense (de 2005 a 2019), identificando seus principais desafios e potencialidades patrimoniais, tomando como referência o trabalho dos artistas Sérgio Honorato, Odete Calderan, Angélica Neumaier e Bel Duarte. Nesse sentido, pretende-se discutir o complexo processo de produção e conceituação do moderno e do contemporâneo na arte, bem como seus atravessamentos de sentidos em torno de questões que envolvem a interdisciplinaridade, o feminismo e certos dogmas religiosos, a subjetividade, patrimônio artístico, poética, memória e identidade. Trata-se do objeto de estudo da dissertação intitulada “A Arte Contemporânea do Extremo Sul Catarinense: Poética, Movimentação e Desafios Patrimoniais” desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da UNIVILLE, cujo referencial teórico considera as reflexões de Nathalie Heinich (2011, 2016; 2009), Fernando Cocchiarale (2006; 2007), Paul Ricœur (2007), Zygmunt Bauman (2012), Andreas Huyssen (2000), Anne Cauquelin (2005) e Henri-Pierre Jeudy (2005) na tentativa de compreender as potencialidades e os desafios do patrimônio artístico do extremo sul catarinense na contemporaneidade.

Apoio / Parcerias: CAPES

O silêncio na experiência sensível: o (entre)lugar nas práticas educativas musicais

  • Antonio Marcio do Amaral, G, sfc_marcio@hotmail.com
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), pillotto0@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Experiência Sensível, Silêncio, Educação Musical

O presente texto apresenta a pesquisa (auto)biográfica - O (entre)lugar nas práticas educativas musicais: silêncio na experiência sensível, que se integra à linha de pesquisa Políticas e Práticas Educativas, do Programa de Pós-Graduação – Mestrado em Educação, da Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE. Seu objetivo trata de Investigar o (entre)lugar nas práticas educativas musicais como experiência sensível no silêncio. Temos nos apropriado de Foucault (2008) e Deleuze (2002) para a compreensão do conceito de (entre)lugar, como espaço em que o silêncio assume importante papel na experiência sensível. A partir das obras de teóricos da educação e da filosofia, buscamos desenvolver a problemática do silêncio por meio do diálogo entre narrador e autores. Schafer (1991) descreve suas experiências enquanto educador musical e, por conseguinte, Cage (2002) e Araújo (2018) se tornam referenciais teóricos sobre o silêncio em nossa pesquisa. Spinoza (1983), por sua vez, fundamenta o conceito de afeto, base de conhecimento também para os pensamentos de Foucault (2008) e Deleuze (2002), que dissertam sobre a questão do (entre)lugar. A metodologia apropriada é a (Auto)biográfica com enfase na narrativa, uma vez que o silêncio nas experiências sensíveis em educação musical são narrativas extraídas da própria história do pesquisador. Para subsidiar a abordagem (auto)biográfica, Abrahão; Passeggi (2012), torna-se fundamental nessa caminhada investigativa, assim como Larossa (2002), Meira; Pillotto (2010) e Benjamin (1994) que tratam da narrativa e da experiência sensível. As práticas educativas musicais, vividas pelos sujeitos propositores/pesquisadores que se encontram como narradores nesta narrativa (auto)biográfica, estão diluídas no percurso desta pesquisa em andamento. Este recorte forma o tempo e o espaço onde as experiências sensíveis do silêncio se constituíram e, ainda, constituem-se em práticas educativas de música. O momento da narrativa coloca seu autor a rememorar e, trazendo o passado ao presente da escrita, experiencia novamente suas vivências. Por esse viés, o (auto)questionamento que impulsiona todo o desenvolver da narrativa se define pelo anseio de apreender o conceito de (entre)lugar trazido por Deleuze (2002) e Foucault (2008) por meio do silêncio na música. Assim, os narradores/pesquisadores buscam um vislumbre teórico das pausas na notação musical como ilustrações deste estar (entre) os lugares de entorno ao nosso eu. Como resultados parciais, compreendemos que narrar as próprias experiências sensíveis como possibilidade de silêncio na educação musical, pode contribuir para a (re)invenção docente, do pesquisador e do aprendiz.

Apoio / Parcerias: PICPG

O USO DA MÚSICA COMO OBJETO DE PESQUISA E MATERIAL DIDÁTICO NO CAMPO DA HISTÓRIA

  • Ian Pogan, Graduando, campodoirani@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: música, fonte histórica, docência

A música é indubitavelmente um significativo objeto de pesquisa, com inúmeras possibilidades de uso como fonte e de abordagens teórico-metodológicas. Além disso, é também um potente elemento no uso em sala de aula. A pluralidade de possibilidades evoca o veio interdisciplinar da música, criando assim, pontes e interfaces com outras áreas do conhecimento, como a sociologia, a musicologia, artes, dentre outras áreas. No campo da história, especificamente, essa pluralidade cria possibilidades do uso da música como fonte primária, indo desde partituras instrumentos musicais, biografia dos compositores e intérpretes, as técnicas utilizadas nas composições ou nas gravações, dentre outros objetos e sujeitos, evidenciam essa ampla gama. Disto, foi desenvolvida entre 2018 e 2019, três oficinas com a presente temática e aplicadas nas turmas do 3º e 2º Ano do curso de História da Universidade da Região de Joinville. O desenvolvimento da oficina deu-se primeiramente, pela revisão bibliográfica, que teve como objetivo desenvolver uma noção ampla acerca da música na pesquisa e docência, não somente no campo da história, mas dialogando com outras áreas do conhecimento. A revisão bibliográfica rendeu a confecção de uma tabela de análise musical, aplicada nas oficinas. O resultados obtidos foram, o avanço na discussão do uso da música na pesquisa principalmente ligado à possibilidade interdisciplinar, e também quanto as possibilidades de abordagens metodológica (destaque para o uso da ficha de análise), Houve também diálogos significativos quanto ao uso da música em sala de aula. Isto posto, as oficinas puderam ensaiar possibilidades pouco atentadas acerca da música como objeto de pesquisa e docência em história.

O “DOCENTE DE APOIO À INTEGRAÇÃO” E SEU PAPEL NA INCLUSÃO DO ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA NA ESCOLA COMUM, NA PROVÍNCIA DE CÓRDOBA - ARGENTINA

  • Beatrícia da Silva Rossini Pereira, E, beatricia_rossini@yahoo.com.br
  • Lilian Vegini Baptista, G, lilivegini@hotmail.com
  • ALICIENE FUSCA MACHADO CORDEIRO, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: trabalho docente, educação especial, Argentina

Este trabalho, vinculado a linha de pesquisa Trabalho e Formação Docente, do Programa de Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, aborda um recorte de uma pesquisa em andamento, que tem por objetivo geral compreender como se constitui as políticas públicas de Educação Especial na educação básica argentina, com enfoque no trabalho docente na província de Córdoba. O foco deste apresenta-se na análise de um dos objetivos específicos da pesquisa que visa analisar como se desenvolve o trabalho docente na educação básica, considerando a Educação Especial. Para tal, o estudo pautou-se em uma abordagem qualitativa. Participaram da pesquisa duas técnicas da Educação Especial do Ministério da Educação e, duas docentes da modalidade de Educação Especial, todos da Província de Córdoba, que especificamente nesta localidade, são denominadas de “Docentes de apoio à integração” (DAI). A coleta de dados ocorreu por meio de pesquisa bibliográfica e documental, entrevista semiestruturada e questionário on line com perguntas abertas e fechadas. Os dados coletados foram organizados a partir dos preceitos da “análise de conteúdo” (FRANCO, 2012; MORAES, 1999). Entre os referenciais teóricos que sustentam as discussões podem ser destacados: Vigotsky (1983), Michels (2011), Bueno (2013), Oliveira; Pini; Feldfeber (2011), Huberman (1995), Mendes; Vilaronga; Zerbato (2011), e os documentos que norteiam as políticas nacionais e provinciais, como: publicações do Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia (2009; 2011) e do Governo da Província de Córdoba (2010; 2014; 2016; 2017), as Leis nº 26.206 (2006) e nº 9870 (2010), e Resoluções do Conselho Federal de Educação nº155 (2011), nº 174 (2012) e nº 311 (2016), bem como a Resolução nº 667 (2011) da Província de Córdoba. Os resultados parciais revelam que os participantes possuem formação específica na área de Educação Especial, com atuação tanto na escola especial quanto na escola comum. Entre suas atribuições estão a atenção, assessoramento e orientação, e a capacitação aos professores e familiares, bem como o trabalho conjunto com o professor da escola comum como apoio na integração dos estudantes com deficiência. Destaca-se também as condições de trabalho asseguradas legalmente e a realidade apontada pelas docentes em sua prática. O trabalho conjunto/colaborativo com o docente da escola comum e a responsabilização de todos os atores no processo de integração são pontos relevantes e enfatizados tanto na fala dos docentes quanto na legislação vigente.

Apoio / Parcerias: o presente trabalho foi realizado com recursos do fundo de apoio à pesquisa - FAP/UNIVILLE Brasil

Os mamíferos marinhos: Uso e subsistência por povos pré-coloniais da Baía Babitonga.

  • Tatiane Andaluzia Kuss da Silveira, Graduando, tatiane.andaluzia@gmail.com
  • Dione da Rocha Bandeira, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Cetáceos, Sambaquis, Baía Babitonga

A região do complexo estuarino da Baía Babitonga que apresenta águas calmas que abrangem as cidades de Araquari, Balneário Barra do Sul, Itapoá, Garuva, Joinville e São Francisco do Sul, no litoral norte de Santa Catarina, abriga duas espécies residentes de cetáceos, a Toninha (Pontoporia blanvillei) e o Boto-cinza (Sotalia guianensis). Além destes dois pequenos cetáceos, outras espécies frequentam o litoral de São Francisco do Sul. Estes animais possuem registros de ocorrência nos sambaquis da baía entre 6.000 a 1.000 anos A.P(antes do presente). Esta comunicação refere-se à pesquisa que tem como objetivo levantar informações sobre a relação entre humanos e cetáceos ao longo da história e entender sua ecologia e biologia como subsídios para uma base de dados de discussão em relação aos sambaquianos da Babitonga. O método utilizado na pesquisa foi a revisão bibliográfica em livros, artigos, dissertações e teses sobre o tema e análise preliminar do acervo do Museu Arqueológico de Joinville - MASJ. Os resultados da pesquisa bibliográfica indicam que esses animais possuem uma relação com o ser humano, as vezes positiva, vezes negativa, desde seus primórdios. Há registros pré-históricos de que o homem utilizou esses animais para a produção de artefatos, como recurso alimentar e em suas representações simbólicas. Em algumas regiões podem-se ver cenas registradas em cavernas que indicam a interação do homem com os cetáceos. Os ossos desses animais já foram utilizados para vários fins em vários povos em épocas diferentes. Na Baía Babitonga atualmente se tem registro de 20 sambaquis com a presença desses animais.

Apoio / Parcerias: FAP

Pacto pela Educação em Direitos Humanos na Univille: uma análise dos resultados parciais

  • Sirlei de Souza , Dr(a), professorasirlei@gmail.com
  • Fernanda Brandão Lapa , Dr(a), flapa@iddh.org.br
  • Daniela Mafra , Graduando, danielamafra@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Direitos Humanos , Educação em Direitos Humanos , Pacto Nacional Universitário de Diversidade e Direitos Humanos

Os resultados aqui apresentados referem-se ao Projeto intitulado “Pacto pela Educação em Direitos Humanos” parceria estabelecida entre a Universidade da Região de Joinville/Univille e Ministério da Educação/ MEC no ano de 2017. A Univille foi a primeira instituição de Santa Catarina a aderir ao Pacto que culminou na criação do Comitê de Educação em Direitos Humanos (CEDH). Configurou-se como um projeto de ensino, pesquisa e extensão, bem como, de gestão. Foram planejadas e realizadas inúmeras ações de conscientização em Direitos Humanos desde sua adesão até o presente momento, culminando na criação do CEDH (Comitê de Educação em Direitos Humanos), atualmente formado por professores, pessoal administrativo e estudantes da universidade. O CEDH desenvolve campanhas e ações na defesa dos Direitos Humanos em todos os espaços da universidade em Joinville, São Bento do Sul e São Francisco do Sul. O objetivo da presente comunicação é analisar os resultados preliminares desenvolvidos pelo Comitê, publicizando suas ações e problematizando sua abrangência dentro do espaço acadêmico no sentindo de promover a cultura de defesa dos Direitos Humanos. ODS atendida pelo projeto: Redução das desigualdades

Para além das críticas ao livro didático: potencializando a formação docente e o protagonismo a partir da coletividade

  • Isabela Giacomini, Graduando, isabela.giacomini@hotmail.com
  • Laila Wilk Santos, Graduando, lailawilk42@gmail.com
  • Emanueli Cristina Lunelli, Graduando, lunellimanu@gmail.com
  • Wellington Luiz Vojniek, Graduando, wellingtonvojniek@gmail.com
  • Lucas Arruda Tacla, Graduando, lucastacla@gmail.com
  • Daniela Fernanda Bauer, Graduando, daniela.dani.bauer@gmail.com
  • Laiza Caroline Guerreiro Castelar, Graduando, lgcastelar@gmail.com
  • Theodora Rosskamp Kalbusch, Graduando, theodoraksch@gmail.com
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Diálogos, Formação Docente, Livro Didático

O trabalho desenvolvido na disciplina Análise de Materiais Didáticos, do curso de Letras, é resultado de leituras e debates realizados em sala, acerca das possibilidades de articulação entre a Língua Portuguesa na Educação Básica e o livro didático. Como efeito das provocações em pensar no livro didático e quais as melhores maneiras de utilizá-lo, elaborou-se um livro didático que atendesse aos apontamentos realizados. O material é composto por oito capítulos, nos quais são abordados o conceito de gêneros textuais e algumas de suas manifestações, movimentos artísticos, estudos gramaticais, interpretação de texto e linguagem teatral. O objetivo da atividade foi o de fazer os professores em formação, a partir de um olhar crítico sobre o livro didático desenvolvido no decorrer das aulas, pensarem em um material que pudesse superar as limitações pontuadas e apresentar um modelo do que seria um bom material para uso no ensino de Língua Portuguesa. Para sua execução, os oito estudantes que participaram da elaboração do livro didático, valeram-se de dois encontros para discussão e alinhamento do que seria abordado e de que formas isso seria materializado, etapa na qual também foi definida a série alvo e o conteúdo a ser explorado ao longo dos capítulos por cada membro do grupo. Posteriormente, ocorreu a criação de um arquivo editável em ambiente virtual, para que todos pudessem acessar o documento, digitando, fazendo alterações e conexões com os assuntos dos demais integrantes. Paralelamente, o grupo manteve diálogos, sugerindo ideias uns aos outros e estabelecendo relações entre o que cada um fazia individualmente. Após a fase de criação, com conteúdos, exercícios, tabelas, imagens e gêneros complementares, passou-se para a formatação dos capítulos e da estruturação do livro. Como resultado, obteve-se um livro didático digital de autoria coletiva, com 110 páginas, sendo que cada capítulo ficou sob a responsabilidade de um dos membros, e a apresentação final em uma das aulas da disciplina. Nesse momento cada um pôde falar do processo de criação e da experiência de trabalhar conjuntamente para formular um material didático com potencial uso em práticas educativas. Concluiu-se com o trabalho que o desenvolvimento de um olhar crítico-reflexivo para com materiais didáticos é crucial, mas que momentos durante a graduação, em que se possibilita a construção de um material a partir do diálogo, são essenciais para encorajar os futuros docentes a produzirem seus próprios instrumentos de trabalho, valendo-se dos contextos educacionais, culturais e socioeconômicos em que atuarão.

PATRIMONIO NATURAL: MEMÓRIA E IDENTIDADE

  • DÉBORA CRISTINA PEYERL, E, deborapeyerl@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: ambiente , patrimônio , cultural

O presente trabalho foi elaborado como requisito para a aprovação na disciplina Memória Identidade, do Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da UNIVILLE e tem por objetivo fazer uma breve análise da memória e a identidade no pensamento ambiental e sua relação com a formação do conceito de patrimônio natural. Por meio da revisão bibliográfica o texto primeiramente discorre sobre como no decorrer da vida humana no planeta, a relação do ser humano com a natureza se desenvolveu e a trajetória do pensamento ambiental até a necessidade de proteção/patrimonialização. No segundo momento apresentamos uma rápida abordagem sobre identidade e memória coletiva e na sequência, a construção do conceito de patrimônio natural. Mais que certezas, o texto retrata inquietações a serem aprofundadas em trabalhos futuros.

Pelos bastidores da UNESCO: a construção de consenso em torno de bens considerados patrimônio mundial

  • Gabriel Lima de Castro, Graduando, gabriellimadecastro@gmail.com
  • Arselle de Andrade da Fontoura, Ensino Médio, arselle.fontoura@gmail.com
  • Moroni Vidal, Graduando, moronialmeidavidal@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio mundial, UNESCO, construção de consenso

Esta comunicações propõe socializar resultados do projeto de pesquisa intitulado "Pelos bastidores da UNESCO: a construção de consenso em torno de bens considerados patrimônio mundial". Tal projeto visou compreender de maneira mais aprofundada como transcorreu, no âmbito das relações de bastidores que perpassaram a UNESCO, durante a década de 1970, o processo de elaboração e difusão internacional de enunciados consensuais a respeito dos 12 primeiros bens oficializados pela UNESCO como patrimônios mundiais. Para além disso, também buscamos identificar as disputas travadas entre experts, gestores e instituições colaboradoras da UNESCO, no que tange às tentativas dessa Organização de construir e difundir, internacionalmente, valores positivos para bens que considerava dignos de serem elevados à categoria de patrimônio mundial. Nesse âmbito, procuramos refletir sobre mecanismos operados por agentes integrantes de redes de influência envolvidas com a produção e difusão de enunciados consensuais sobre patrimônio mundial no interior da UNESCO. Para tanto, além da pesquisa bibliográfica (artigos, livros e trabalhos acadêmicos de natureza diversa), analisamos um expressivo conjunto de fontes históricas coletadas na sede do UNESCO Archives, em Paris/França.

Percursos narrativos: oficinas estéticas com crianças e seus processos de aprender

  • Daiane de Melo Gava , E, daianedemelo1712@gmail.com
  • Carla Clauber da Silva, Dr(a), carlaclauber@hotmail.com
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), pillotto0@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação pelo Sensível, Crianças, Narrativas

A pesquisa ora apresentada e em andamento no curso de Pós-Graduação- Mestrado em Educação, na Universidade da Região de Joinville- UNIVILLE e incluída no Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE) está sendo desenvolvida no 2º Ano do Ensino Fundamental 1 da Rede Pública Municipal de Joinville, SC. O objetivo é compreender como se dão as relações de afeto entre professor e crianças no ambiente escolar e quais suas implicações nas narrativas infantis e nas práticas educativas. A pesquisa de abordagem qualitativa/narrativa, finalizou a sua primeira etapa – fundamentação teórica. Estamos na segunda etapa, a experiência oficinas estéticas, que serão também nossa produção de dados com: gravações em multimídia, fotografia, cadernos de anotações (observações/percepções) e narrativas infantis. A terceira etapa se destinará a análise das produções dos dados coletados, que poderão sinalizar as relações de afeto entre as crianças e professora, e suas implicações nos processos de ensinar e aprender. Nesse sentido, a escola tem papel determinante no compromisso de acolhe-la, respeitando suas singularidades, especialmente num contexto em que o individualismo predomina e que se valoriza muito mais a cognição em detrimento do sensível. Portanto, é imprescindível que seus professores e gestores, incluam em seus fazeres e pensares, práticas educativas voltadas ao sensível, a fim de que as crianças usufruam de momentos em que a experiência e as descobertas possam de fato tocá-las pela sensibilidade. Afinal, ser criança, é viver em um mundo carregado de imaginação, o que gera seu espírito curioso, ousado e aberto a novas experiências. Como afirma Skliar (2014, p. 167) sobre o tempo da criança “[...] não acontece por concentração, disciplina, esforço, aplicação, dedicação. Acontece por animalidade.” É necessário, que se construam laços afetivos entre quem está aprendendo – as crianças e quem está mediando – o professor, numa relação permeada de confiança, o que impulsiona o sentimento de amorosidade. (MEIRA; PILLOTTO, 2010). Nesse sentido, Kohan (2002, p. 129) nos provoca a pensar que “[...]não ensinam e nem deixam aprender os que pensam que ensinar tem a ver com explicar e aprender com compreender e reproduzir o explicado”. A abordagem metodológica, centra-se nas narrativas, tendo Clandinin e Connelly (2015) como base conceitual e metodológica. Esperamos poder contribuir com a reflexão de professores, gestores e comunidade de uma forma geral, sobre quais as contribuições de uma educação que prima pelas relações de afeto na constituição de um sujeito crítico e sensível.

Perspectiva dos professores do ensino médio sobre as tecnologias digitais de informação e comunicação

  • Ivan Ernesto Floriano, E, ivan.kxe@gmail.com
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: tecnologias digitais, práticas educativas, ensino médio

Diante da forte presença das tecnologias digitais de informação e comunicação na atualidade, e pela percepção da utilização pelos adolescentes em todos os espaços sociais, interessa conhecer qualitativamente as repercussões que os referidos dispositivos acarretam para o processo de ensino/aprendizagem. O fenômeno das tecnologias, abrangente e onipresente em nossas vidas, ao que tudo indica, ocasiona modificações em nosso cérebro, comportamentos e experiências sociais. Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo compreender como o uso das tecnologias digitais de informação e comunicação pelos alunos do ensino médio tem afetado as relações e atividades pedagógicas. A pesquisa é de abordagem qualitativa, segundo Gatti (2013), ela está mais preocupada com o processo do que com o produto, que nortearão a análise e permitirão a elaboração de novos conhecimentos. O instrumento utilizado para coleta de dados foi a entrevista semiestruturada. Seis professores do ensino médio de duas escolas públicas participaram da entrevista, que foi gravada e, posteriormente, transcrita. A fundamentação teórica que pautou esta investigação foram Nicolaci-da-Costa (2002), Rich (2013), Carr (2011), Santaella (2013) e Kenski (2007). A análise preliminar dos dados apontam que na percepção dos professores, os estudantes têm dificuldades na utilização das tecnologias digitais direcionadas para atividades de aprendizagem escolar. Os docentes indicam que há uma falta de domínio por parte dos alunos de apropriação das tecnologias para além das redes sociais e de aplicativos de jogos.

Apoio / Parcerias: Programa de Iniciação Científica de Pós-Graduação Stricto Sensu- UNIVILLE

Políticas educativas: analise dos objetivos da agenda 2030 -marco de ação para um educação inclusiva, equitativa de qualidade e aprendizagem ao longo da vida para todos

  • Luiza Valdebenito Neves, Graduando, luiza.valdebenito@gmail.com
  • Marialva Linda Moog Pinto, Dr(a), marialvamoog@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Políticas , Educação, Agenda 2030

O presente trabalho é um recorte da pesquisa “Políticas em Educação: Desafios para Garantir o Direito e a Qualidade Educativa – EDUQUALI” e tem como objetivo analisar o Marco de Ação para um Educação Inclusiva, Equitativa de Qualidade e Aprendizagem ao Longo da Vida (ODS 4), cotejando com as políticas educacionais vigentes no Brasil. A Agenda 2030 é um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade, pensadas e decididas por chefes de Estado e de Governo e altos representantes mundiais, na Organização das Nações Unidas (ONU). Ela também busca fortalecer a paz universal com mais liberdade. Os dezessete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas que foram anunciadas, demonstram a escala e a ambição desta nova Agenda universal. Para esse estudo interessa especialmente o “ODS 4”, Eles se constroem sobre o legado dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e concluirão o que estes não conseguiram alcançar. Trata-se de uma pesquisa documental, qualitativa de cunho interpretativo que toma o documento da Agenda 2030, para entender que objetivos e metas propõe para o futuro da Educação (ODS 4). A partir dos resultados, pretende-se desvelar na política educativa, que concepção de Qualidade e de Direito à Educação têm sido pensado pelo grupo hegemônico, em especial no âmbito da educação superior atual. Tais resultados trarão clareza para a elaboração de novas políticas, visando beneficiar e qualificar instituições de educação Superior, futuros profissionais no mercado de trabalho e a sociedade em geral.

Apoio / Parcerias: Apoio Bolsa Iniciação Cientifica - PIBIC

Práticas educativas sensíveis na infância: contação, mediação e leitura de histórias

  • Luíza Corrêa Cunha , E, luiza.c@hotmail.com
  • Berenice Rocha Zaboot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br
  • Silvia Sell Duarte Pillotto , Dr(a), pillotto0@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Sensibilidades , Infâncias , Contação de Histórias

RESUMO: O estudo Práticas educativas sensíveis na infância: contação, mediação e leitura de histórias é parte integrante da pesquisa Vozes infantis: entre contação de histórias e leituras as narrativas se (re)inventam, em andamento do Programa de Pós Graduação (Mestrado em Educação) da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) e do Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE). O objetivo deste estudo é pensar sobre as narrativas infantis, suas escutas e oralizações, pautadas nas práticas de contação, medição e leitura de histórias com crianças. Também o de entender essas práticas educativas - contação, mediação e leitura - não somente como recursos pedagógicos, mas sobretudo, como fruidoras de processos inventivos, diferenciando cada um desses conceitos. Considerando como referenciais teóricos relacionados aos processos de experiências educativas, temos os autores Freire (1980; 2013); Aganbem (2008), Larrossa (2015); Cunha e Carvalho (2017); para experiências estéticas, sensíveis e criadoras as autoras Meira; Pillotto (2010) e Ostrower (2014); e para as experiências literárias Yunes e Pondé (1989); Manguel (2001); Machado (2004); Coelho (2006); Petit (2009); Busatto (2012); Rouxel (2012); Cagneti (2013); Miranda e Morais (2015). Como abordagem metodológica, a pesquisa tem o viés das narrativas em Benjamin (1994); Clandinin e Connely (2015); Souza, Martins e Tourinho (2017). A pesquisa de campo, trazida neste recorte, foi realizada na turma do Pré "B" do Colégio Univille, em Joinville - SC, tendo o intuito de mobilizar as crianças a criarem suas próprias narrativas. Neste sentido, algumas questões iniciais mobilizaram essa investigação: as experiências sensíveis literárias podem ser fruidoras de processos inventivos? Como as crianças narram suas próprias histórias? As contações ouvidas e também narradas pelas próprias crianças contribuem para os processos de relações humanas, de sensibilidade e “afetamento”? Com a finalização da pesquisa de campo e nossas impressões iniciais, entende-se que a partir da práticas educativas literárias as crianças despertam-se para processos de criação e (re)invenção, de modo que conseguem narrar suas percepções da história e para além dela, dessa forma, este trabalho poderá contribuir para a reflexão sobre as experiências sensíveis das narrativas, da contação de histórias e práticas educativas na infância.

Produções acadêmicas sobre estudos curriculares e tecnologias digitais do Ensino Médio nos programas de pós-graduação em Santa Catarina

  • Jaqueline Basílio de Mendonça, Graduando, jaque.basilio@hotmail.com
  • Gabriel Blasius Sutil de Oliveira , Graduando, gabriel.blasius@univille.br
  • Jane Mery Richter Voigt , Dr(a), jane.mery@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ensino Médio, Estudos curriculares, Tecnologias digitais

As discussões acerca do Ensino Médio reúnem grupos de pesquisadores que discutem a necessidade de reformas curriculares que possam tornar este nível de ensino atrativo e significativo para os estudantes além de atender às necessidades do mundo do trabalho. A preocupação com os baixos índices do IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e os altos índices de evasão escolar também alertam para a necessidade de se desenvolver pesquisas afim de compreender as questões que repercutem na qualidade do ensino médio. Enquanto fase final da educação básica, seu propósito é de acesso ao mercado de trabalho ou de preparação para o ensino superior. Esta proposta tem como objetivo identificar e analisar as pesquisas acadêmicas em nível de mestrado e doutorado, com temáticas voltadas ao currículo e ao uso das tecnologias digitais no Ensino Médio em Santa Catarina. Os resultados podem auxiliar na implementação de políticas curriculares, assim como, na indicação para novos campos de estudos. Essa pesquisa poderá contribuir para os estudos curriculares e uso da tecnologias digitais vinculados ao Grupo de Pesquisa em Estudos Curriculares, Docência e Tecnologias – GECDOTE; assim como ao Observatório do Ensino Médio em Santa Catarina – OEMESC. O objetivo desta comunicação é apresentar o panorama inicial das universidades catarinenses que oferecem Programas de Pós-Graduação em Educação – PPGE. A natureza desta pesquisa é qualitativa, pois esses dados podem auxiliar na compreensão dos fenômenos e dos movimentos da pesquisa (GONÇALVES et al, 2004). Os dados foram coletados em sites oficiais dos programas de pós-graduação em educação em Instituições de Ensino Superior de Santa Catarina vinculadas ao sistema Acafe; da Universidade Federal de Santa Catarina e do Instituto Federal de Santa Catarina. Foram encontrados 11 PPGEs no estado de Santa Catarina que oferecem mestrado em Educação, sendo que 7 possuem tanto mestrado quanto doutorado. Além disso, apenas 3 programas oferecem mestrado profissional. Na distribuição por mesorregiões observamos que há 01 PPGE na região serrana, 02 no oeste, 01 no norte, 02 no Vale do Itajaí, 03 na grande Florianópolis e 02 no sul do estado. Após todo esse levantamento será possível identificar e organizar as produções acadêmicas por tema, objetivo geral, referencial teórico, metodologia e resultados apresentando e comparando estes com base no referencial teórico construído. Contudo, espera-se levantar áreas carentes de pesquisa e mostrar os avanços nas áreas amplamente pesquisadas sobre o currículo e o uso das tecnologias no Ensino Médio em Santa Catarina.

Apoio / Parcerias: CNPQ

Proteção internacional dos conhecimentos tradicionais por meio da propriedade intelectual

  • Vitória Regina Petermann, Ensino Médio, petermannvitoria@outlook.com
  • Marco Antonio da Silva, Graduando, patricia.areas@univille.br
  • Patrícia de Oliveira Areas, Dr(a), patricia.areas@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio cultural, Propriedade Intelectual, Conhecimentos tradicionais

Durante séculos as comunidades indígenas do mundo todo adquiriram, usaram e transmitiram para as gerações conhecimentos acerca de expressões, costumes, práticas e crenças. Tais conhecimentos necessitam proteção por se tratarem de bens intelectuais dos povos. Com o passar do tempo, foi se intensificando a necessidade da proteção dos conhecimentos tradicionais e, com isso, estabeleceu-se no ano de 2000, a Comissão Intergovernamental da OMPI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual – sobre a Propriedade Intelectual e os Recursos Genéticos, os Conhecimentos Tradicionais e o Folclore (IGC), com o intuito de estudar, criar e analisar instrumentos de proteção internacional dos conhecimentos tradicionais, com o intuito de resguardar tais bens intelectuais pertencentes aos povos. Além dos esforços da Comissão, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual vem trabalhando em diversos projetos com a finalidade de proteger os conhecimentos tradicionais. O objetivo geral desta pesquisa é identificar os mecanismos existentes no plano internacional, como forma de proteção da propriedade intelectual, por meio de uma exclusividade de mercado e seu impacto para o patrimônio cultural. Como objetivos específicos têm-se levantar dados e informações a partir da bibliografia pertinente à proteção dos conhecimentos tradicionais, sob a ótica de uma exclusividade de mercado e seus impactos para o patrimônio cultural; avaliar o esforço de preservação dos conhecimentos tradicionais, partindo das normas internacionais existentes e vigentes; identificar os mecanismos existentes no plano internacional para a proteção dos conhecimentos tradicionais e do patrimônio cultural, e a possível exclusividade de mercado; analisar a aplicação, por parte dos Estados, da Convenção de Diversidade Biológica (CDB) e, produzir artigo científico para a publicação e socialização da pesquisa realizada. O projeto será dividido em duas partes, sendo a primeira focada na parte teórica, com a pesquisa bibliográfica para o levantamento de dados e informações, para então passar à transcrição do conteúdo obtido. Por último, após concluídas as pesquisas e obtidas as informações necessárias, será desenvolvido o artigo científico, com o intuito de expor as possíveis propostas de instrumentos internacionais para proteção dos conhecimentos tradicionais. Ainda, o método utilizado será o indutivo. Ademais, A pesquisa possibilitará o levantamento e análise acerca da relevância dos conhecimentos tradicionais e os mecanismos utilizados para a proteção internacional de tais conhecimentos, que poderão ser utilizados como fundamentação para elaboração de novos trabalhos.

Prova Brasil e o público alvo da Educação Especial: uma análise a partir da rede pública municipal de ensino de São Bento do Sul/SC

  • Karin Rank Liebl, E, karinsbs10@gmail.com
  • Iana Gomes de Lima, Dr(a), iana_glima@yahoo.com.br
  • Marialva Linda Moog Pinto, Dr(a), marialvamoog@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Prova Brasil, Educação Especial, Práticas Avaliativas

Esta pesquisa objetiva analisar como tem sido realizada a Prova Brasil para os estudantes do 5Ú ano, público alvo da educação especial, em escolas da rede pública municipal de São Bento do Sul/SC. Trata-se de um estudo com análise qualitativa (GATTI, 2006) dos dados coletas por meio de entrevistas semiestruturadas (ZAGO, 2011) realizadas com professoras do 5Ú ano, pedagogas e gestoras de três escolas da referida rede de ensino. Como aporte teórico para a compreensão das avaliações em larga escala e seu processo de consolidação como indicativo de qualidade educacional após as reformas de Estado, ocorridas a partir dos anos 1990, bem como o esclarecimento dos princípios do gerencialismo nas discussões educacionais utilizou-se os estudos de Afonso (2009), Bonamino e Sousa (2012), Lima (2016), Sousa (2014; 2018) e Minhoto (2013). Para a compreensão do modo como a inclusão dos estudantes com deficiência ocorreu, utilizaram-se os estudos desenvolvidos por Kassar e Meletti (2012), Pletsch e Oliveira (2015), Araújo (2015), Kassar e Rebelo (2017), Kassar (2002; 2011) e Fernandes (2011). Por fim, para analisar a relação entre a consolidação das avaliações em larga escala e a inclusão dos estudantes público alvo da educação especial no contexto educacional brasileiro após as reformas de estado dos anos 1990, foram utilizados os estudos de Marin e Braun (2018) Mello e Hostins (2018), Rebelo e Kassar (2018), Sousa (2018). Como metodologia para a análise dos dados coletados foi utilizada a Análise Temática proposta por Braun e Clarke (2006; 2013), com suporte no estudo realizado por Lima (2016). Tal método de análise é subdividido em seis etapas, que abarcam a análise das questões que são recorrentes nas falas das entrevistadas, indicadas em temas, sendo estes analisados por meio dos estudos realizados na área educacional. Como resultados preliminares, encontram-se indicativos que a Prova Brasil, em certa medida, não atende à demanda de adaptações necessárias para as necessidades dos estudantes público alvo da educação especial por se tratar de um modelo homogêneo, que vai de encontro com a diversidade existente no ambiente escolar. Ademais pode-se inferir que, com a preocupação em atingir e até de superar a meta estabelecida para o resultado dessa prova, ocorre um certo grau de esvaziamento nos conteúdos desenvolvidos no decorrer do ano letivo, priorizando as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.

Apoio / Parcerias: Bolsista CAPES

Residência pedagógica: experiências e os desafios vivenciados no ensino de história

  • Pedro Romão Mickucz, MSc, petter_roman@hotmail.com
  • Thainá Takemoto, Graduando, takemotothaina@gmail.com
  • Ian Pogan, Graduando, campodoirani@gmail.com
  • Paulo Henrique Vernillo, Graduando, phvernillo@gmail.com
  • Helço Correio de Melo Júnior, Graduando, helco.junior@gmail.com
  • Gabriel Lima de Castro, Graduando, gabriellimadecastro@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Residência Pedagógico, História, Formação Docente

O programa de iniciação à docência Residência Pedagógica é um fomentado pela CAPES à nível nacional e de modo pioneiro. Iniciado em 2018 na Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE, e estruturado em 5 núcleos dos cursos de licenciaturas: Biologia, Artes visuais, Educação Física, Letras e História. O núcleo de História foi formado por acadêmicos dos 3o ano do curso, baseado entre bolsistas e voluntários. A escola escolhida para o projeto foi, a Escola Municipal Professor João Bernardino da Silveira Júnior, localizada no bairro João Costa, Joinville/SC. O projeto visou oportunizar uma imersão dos acadêmicos no cotidiano escolar, propiciando vivências e regências em sala de aula que se distinguem dos resultados obtidos no Estágio Curricular Obrigatório.. Mas fazendo o balanço entre o ideal e real, alguns elementos foram significativos durante o programa. Desafios, obstáculos, mas também de boas venturas das quais os residentes depararam no percurso. Os desafios de uma carga horária elevada, as obrigatoriedades dos estágios, a distância do campo de estágio, se por um lado esses foram alguns dos desafios encarados, a generosidade dos estudantes e de parte significativa dos docentes da escola, foram salutares no transcorrer do projeto, e deram uma ressignificação no ato da docência.

Apoio / Parcerias: CAPES/CNPQ

Simulado da OAB

  • Frederico Wellington Jorge, Dr(a), fwjorge@fwjorge.com.br
  • Beatriz Regina Branco, MSc, beabranco@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Simulado, OAB, Exame

Verifica-se que nas últimas duas décadas ocorreu no Brasil um considerável aumento do número de cursos de Direito e pensando na sustentabilidade do Curso de Direito da Univille necessário se faz atentar para a qualidade de nossos egressos. Um indicador do grau de habilitação técnica do egresso é o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, o qual muitos dos egressos devem(rão) se submeter para serem credenciados a profissão de advogado. O projeto “Simulado do Exame de Ordem”, desenvolvido pelo Curso de Direito já se consolidou como mais um procedimento a ser tomado para garantir o fortalecimento da qualidade do curso, tanto para fins estratégicos como para preparação e aprovação dos egressos na OAB e outros concursos públicos. Ainda, este projeto tem o intuito de estimular o estudo para o Exame de ordem, e também para identificar os conteúdos que precisam de reforço, e envolver o corpo docente em uma atividade interdisciplinar. Pretende-se com este projeto habilitar nossos alunos para um a obtenção de um melhor resultado e a submissão destes ao Projeto Simulado de forma gratuita, além de contribuir com tal objetivo, vai ao encontro dos objetivos intrínsecos de uma universidade comunitária como a Univille. Assim, com a oferta do Projeto Simulado, garantido pela Universidade como Projeto FAEG, oportuniza a preparação e aumento de qualidade de ensino aos alunos afetados, em especial dos sétimos, oitavos, nonos e décimos períodos do Curso de Direito, com sua submissão à prova simulada do Exame de Ordem, com o objetivo de preparar os acadêmicos para o Exame de Ordem e para enfatizar os conteúdos já ministrados ao longo do curso, preparando-os bem como contribuindo para o aumento de qualidade do ensino oferecido pela Univille.

Toninhas (Pontoporiablainvillei), entre memórias, esquecimentos e rememoramentos

  • Naira Rosana Albuquerque , E, naira.albuquerque@univille.br
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: toninha, memória , patrimônio

A pesquisa “Toninhas (Pontoporiablainvillei), entre memórias, esquecimentos e rememoramentos” busca compreender as relações de memória e esquecimento de comunidades ribeirinhas no entorno da Baía Babitonga (SC) com relação às toninhas.A toninha é um dos golfinhos mais antigos do mundo, pertencendo a uma linhagem ancestral de botos de rio. Atualmente, é considerado o golfinho em maior risco de extinção do Atlântico Sul Ocidental. São Francisco do Sul a elegeu como mascote em 2009. Tal reconhecimento se deve ao fato de, há alguns séculos, os francisquenses e as toninhas dividirem o mesmo ambiente. Nascem, vivem, se alimentam, criam suas famílias e morrem nas mesmas águas. A partilha desse espaço faz com que a toninha componha a memória coletiva desses ribeirinhos, um patrimônio comum de recordações.Se a construção da memória necessita de uma comunidade afetiva e a constituição da memória individual resultaria da combinação das memórias dos diferentes grupos nos quais, o sujeito está inserido, a toninha, transforma-se em sujeito no caráter relacional da memória. Ela contribui para a manutenção e coesão do grupo, na medida em que ajuda a produzir o sentimento de identificação entre seus membros para com o espaço, conferindo materialidade e estabilidade a esse modo de vida. A toninha representa a identidade local dos pescadores artesanais da Baía Babitonga, agregando representações imagéticas e sígnicas do que é viver as margens de uma das baías mais importantes do país. As tramas de vida do pescador e da toninha se cruzam e entrecruzam. Um influindo na vida do outro, o pescador que outrora matou a toninha, hoje auxilia na sua conservação. A toninha que no passado era vista como inimiga, hoje pode ser uma aliada na defesa do território. Sendo assim, compreender essa relação se constitui uma frente de defesa desse patrimônio natural e cultural. Para dar cabo de tal serão realizadas entrevistas com 20 moradores do entorno da Baía que possuam alguma ligação com a pesca artesanal. Os entrevistados serão assim divididos: cinco na faixa etária de 05 a 15 anos; cinco de 16 a 25 anos; cinco entre 26 e 45 anos e cinco com mais de 45 anos. Por meio de um questionário estruturado e uma entrevista semiestruturada pretende-se desenhar graus de relação entre os entrevistados e a toninha. Para auxiliar nas análises, serão selecionados três entrevistados para um estudo de caso por meio da técnica “História de vida”.

Apoio / Parcerias: CAPES

TRABALHO DOCENTE JUNTO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: DELINEANDO TRAJETÓRIAS DE RELAÇÃO COM A ARTE E A EDUCAÇÃO

  • Fabiano Furlan, G, furlan.psicanalise@gmail.com
  • ALICIENE FUSCA MACHADO CORDEIRO, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: trabalho docente, educação especial, Arte

Este artigo apresenta o recorte de uma dissertação de mestrado em educação vinculada à linha de pesquisa Trabalho e Formação Docente, do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade da Região de Joinville – Univille. Os participantes foram 06 professores da educação não formal de um instituto de artes que realiza projetos sociais junto a pessoas com deficiência intelectual. O objetivo que se coloca é analisar as trajetórias percorridas pelos participantes na relação com a arte e a educação, buscando compreender como estes diferentes percursos dos participantes impactam no trabalho docente. A coleta de dados ocorreu mediante entrevistas semiestruturadas. A organização dos dados se deu mediante um processo de organização e sistematização fundamentado em preceitos da “Análise de Conteúdo” (FRANCO, 2003; MORAES, 1999). Como referencial teórico que sustentou a análise destacamos Vigotski (1996; 1997; 2001; 2010) em suas teorizações sobre deficiência, arte, processos educativos e desenvolvimento humano; Barroco (2007; 2012) autora de filiação vigotskiana utilizada para complementar e aprofundar tal pespectiva; e Gohn (2010; 2015) com o objetivo de contextualizar e debater as especificidades da educação não formal. Os dados revelam que os participantes apresentam em suas histórias de vida vivências de ensinar, em momentos que antecederam sua entrada como professores de artes no instituto, tais como na adolescência e na própria vida universitária. Os dados também apontam para o fato destes participantes compreenderem que o trabalho docente junto a pessoas com deficiência intelectual deve estar alicerçado em uma noção de alargamento de tempo, rompendo deste modo, com a noção de trajetórias lineares e homogêneas do aprender. As vivências estéticas que se produzem no ensino das artes surge na fala dos participantes como um processo que pode impulsionar o desenvolvimento das pessoas com deficiência intelectual, haja vista que neste espaço as diferenças não são tomadas como aspecto negativo, mas valorizadas nas relações que se estabelecem no processo de ensino/aprendizagem. Neste sentido, a arte como técnica social do sentimento pode contribuir para que as pessoas com deficiência intelectual muitas vezes privadas de vivências educativas possam superar aquilo que Vigotski denominou de sentimento de menos valia, consequência das vivências que se desenvolvem em uma sociedade organizada para um tipo ideal humano.

Apoio / Parcerias: CAPES

UNESCO e a construção da noção de bens mistos: história e redes de influência

  • Moroni de Almeida Vidal, Graduando, moronialmeidavidal@gmail.com
  • Arselle de Andrade da Fontoura, MSc, arselle.fontoura@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Palavras-chave: UNESCO, Patrimônio Mundial, Bens Mistos

Esta comunicação visa apresentar a pesquisa de iniciação científica “UNESCO e a construção da noção de bens mistos: história e redes de influência”, que tem como objetivo compreender a trajetória da definição da noção de bens mistos na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO, e as redes de influência, que proporcionaram a patrimonialização desses bens. Para o desenvolvimento deste trabalho, foi realizada a pesquisa bibliográfica e a análise documental das fontes investigadas no Arquivo da UNESCO em Paris e nos sites oficiais da organização, do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios - ICOMOS e da União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN. Este projeto de pesquisa está vinculado ao projeto intitulado “Pelos bastidores da UNESCO: a construção de consenso em torno de bens considerados patrimônios mundiais – Fase II” (PCM-II), coordenado pelo professor Dr. Fernando Cesar Sossai (Departamento de História). Ademais, também se associa aos recentes estudos empreendidos pelo grupo de pesquisa Cidade, Cultura e Diferença da Univille (GPCCD).

Uso das tecnologias digitais por professoras de anos iniciais do ensino fundamental

  • Fábia Ramos da Cruz Clemente , G, fabia_clemente@hotmail.com
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: práticas educativas, tecnologias digitais, primeiros anos do Ensino Fundamental.

As tecnologias digitais são instrumentos que têm mediado a atividade humana. Muitas crianças nascidas a partir de 2010 se relacionam com elas cotidianamente. Estão desenvolvendo formas de aprender e de se relacionar diferentes das gerações anteriores. Utilizam alguns recursos tecnológicos com naturalidade e facilidade, antes mesmo do processo de alfabetização. As escolas também perceberam essas mudanças consideráveis e têm inserido as tecnologias digitais com finalidades pedagógicas, propondo atividades articuladas aos objetivos do conteúdo didático. Portanto, este trabalho irá apresentar alguns resultados obtidos em uma pesquisa de mestrado, que teve por objetivo analisar as práticas pedagógicas dos professores alfabetizadores que utilizam as tecnologias digitais em suas aulas. A pesquisa foi um estudo de caso de caráter etnográfico, que exige a estada do pesquisador no campo de pesquisa a fim de conhecer o cotidiano dos sujeitos envolvidos. Para André (1995), esse tipo de pesquisa permite reconstruir-se os processos e as relações no contexto escolar. Assim, foram feitas observações da escola e de aulas em um primeiro e um segundo ano nas aulas em que eram utilizadas as tecnologias digitais. Os dados da pesquisa foram obtidos a partir da consulta a documentos da escola como o Projeto Político Pedagógico e Planejamento de aulas, do diário de bordo da pesquisadora que registrou as observações realizadas e da entrevista com três professoras (duas regentes de cada uma das turma e uma da sala de informática). A fundamentação teórica pautou-se em Sampaio (2003) e Tfouni (1995). A análise de dados se deu com base nos pressupostos da análise de conteúdo, baseada em Franco (2005). Os dados apontam que as professoras promovem práticas focadas na fixação dos conteúdos que objetivam o processo de alfabetização, especialmente, por meio de jogos. As crianças têm facilidade em lidar com alguns recursos tecnológicos, mas há preocupação das professoras em capacitá-las para o desenvolvimento de habilidades técnicas para o seu uso como instrumento pedagógico.

Apoio / Parcerias: CNPQ