Área 02 - Ciências Biológicas e da Saúde

Índice

  1. A macrofauna bentônica e o plâncton uma área de extração de areia no Canal do Palmital (Baía da Babitonga, Santa Catarina)
  2. Abelhas nativas e plantas medicinais: interações
  3. ANÁLISE DOS HÁBITOS DE VIDA E SAÚDE DOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS DO CAF – UNIVILLE NOS ANOS DE 2009 E 2010.
  4. ANÁLISE DOS HÁBITOS DE VIDA E SAÚDE DOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS DO CAF – UNIVILLE NOS ANOS DE 2009 E 2010.
  5. Análise estrutural e histoquímica do caule e folha de Senna multijuga (Rich.) Irvin et Barn.
  6. Aptidão Física dos Idosos participantes do Projeto de Extensão AFISI
  7. Aspectos biológicos de Callinectes danae na baía da Babitonga (SC) e a relação com parâmetros da coluna d’água
  8. AULAS DE NATAÇÃO E O TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO
  9. Avaliação da evolução da maturidade da escolha profissional de adolescentes participantes de processos de orientação e informação profissional
  10. Avaliação do Acompanhamento Farmacêutico com Pacientes Portadores de Hepatite C Crônica Cadastrados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica na Farmácia Escola Univille/SMS/SUS: Estudo Piloto
  11. Aves da Baía da Babitonga
  12. Composição florística de angiospermas, samambaias e licófitas em 19 ilhas da Baía da Babitonga, Santa Catarina, Brasil.
  13. Educação em saúde promovendo qualidade de vida.
  14. Efeito da poluição sonora sobre o boto-cinza (Sotalia guianensis) na Baía da Babitonga
  15. Espaço Ambiental Babitonga
  16. Natação na Escola Saúde e Educação no ano de 2009
  17. O serviço farmacêutico e sua influência sobre o acesso aos medicamentos
  18. Primatas em fragmentos: implicações populacionais e interações com humanos.
  19. Projeto de extensão Tiarajú Ivy Marãey - Em busca da terra sem males
  20. Temais atuais em genética - uma questão complexa
  21. Variações das comunidades infaunais e ictioplanctônicas adjacentes à ilha da Paz (Santa Catarina, Brasil)

Resumos

A macrofauna bentônica e o plâncton uma área de extração de areia no Canal do Palmital (Baía da Babitonga, Santa Catarina)

  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.br
  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@yahoo.com.br
  • Mariana Serwi Oortman, Graduando, mare.bio@gmail.com
  • Edinéia Bieger, Graduando, neia_bieger@hotmail.com
  • Rafael Antônio Parizzi, Graduando, rafael@hotmail.com
  • Guilherme Augusto Dias Franco Mira Gabriel Daniel Conorath, Graduando, mira@hotmail.com
  • Alexandre Maimoni Mazzer, Dr(a), xmm@matrix.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Dragagem, Comunidades macrobentônicas e planctônicas, Canal do Palmital

A atividade de dragagem é uma das perturbações antropogênicas mais comuns em ambientes marinhos de substrato inconsolidado. A dragagem para uso de areia em construções, reposição de terra e a recuperação de praias tem se tornado um ramo importante na indústria e vem crescendo nas últimas décadas, tornando o processo de licenciamento ambiental mais exigente. O sedimento em áreas de dragagem é muitas vezes completamente defaunado e os impactos decorrentes da extração de areia em longo prazo são geralmente específicos para cada local e difíceis de prever. Outro efeito evidente é a suspensão de material particulado na coluna d’água, que reduz a radiação fotossintética disponível, tornando-o um sistema limitado por luz, afetando a biomassa planctônica. O presente trabalho visa determinar as variações dos parâmetros d’água, sedimento, macrofauna bentônica e plâncton em três áreas no canal do Palmital. As amostras foram obtidas próximo à desembocadura do rio Cubatão (P2), local onde ocorre a extração de areia e à sua montante (P1) e jusante (P3), consideradas áreas onde não ocorre essa atividade. Os valores de clorofila a não apresentaram uma variação expressiva entre os pontos, com média de 13,14 µg/L. O biovolume zooplanctônico decresceu a montante, apresentando o maior valor em P3, com 20 mL/arrasto. Polychaeta contribuiu com a maior densidade dos organismos macrobentônicos através de Polydora websteri em P2. O sedimento em P2 apresentou maior proporção de cascalho, com o acúmulo de areia e silte, além da presença de vários tubos de P. websteri, enquanto os demais pontos apresentaram uma fauna empobrecida. As características de P2 em relação a P1 e P3 indicam uma possível interferência no sedimento, reforçada por relatos locais, onde a jazida de areia em P2 foi bastante explorada em anos anteriores. Entretanto, os resultados encontrados fornecem informações preliminares sobre este ambiente ainda pouco estudado e onde foram visualizadas embarcações em plena atividade de extração de areia nessa porção do Canal do Palmital.

Apoio / Parcerias: Fundo de apoio à pesquisa - PRPPG

Abelhas nativas e plantas medicinais: interações

  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br
  • Caroline Furtado Noble, Graduando, carolinenoble@hotmail.com
  • Leonardo Neitzel, Graduando, neitzel@live.jp

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: biodiversidade, apifauna, interação inseto-flor

Abelhas nativas são importantes em termos de polinização e conservação de recursos naturais e as interelações que podem desenvolver com plantas medicinais apresentam interesse fitoterápico. Este trabalho tem por objetivos: verificar a localização espacial das plantas medicinais no arboreto nos jardins; estabelecer o calendário floral; registrar as condições ambientais da visitação apícola; detectar os recursos florais oferecidos; observar o padrão de visita realizado pelas abelhas; identificar os visitantes florais das plantas medicinais e montar uma coleção de referência de pólens (palinoteca). A metodologia envolveu a observação visual para plotagem da área em croquis manual; observação semanal das condições floríferas das plantas medicinais com registro fotográfico e amostragem de botões florais; registro das condições ambientais por meio de termohigrômetro; observação visual da identidade dos recursos explorados pelas abelhas e do padrão comportamental desenvolvido pelas mesmas na coleta de materiais apícolas; amostragem e identificação das abelhas; preparo da coleção de referência de pólens. As coletas tiveram a duração de 12 h cada. Os resultados se referem ao período de março 2009 a março 2010. O arboreto consta de 116 espécies botânicas, em 3 jardins contíguos, organizados em famílias botânicas, compostos químicos e plantas tóxicas. Todas as plantas medicinais floresceram no período de 12 meses de observação e 51 foram visitadas por abelhas. O pico máximo de plantas floridas e visitadas foi nos meses de outubro, novembro, abril e maio, sendo fevereiro e março os meses que tiveram menos espécies floridas. Nestes meses, a freqüência relativa de aproveitamento foi maior. Os recursos florais explorados pelas abelhas foram: néctar (63%), pólen (22%), pólen e néctar (13%). Não foram observadas preferências de visitação das abelhas nativas e de Apis mellifera com relação às plantas medicinais e tóxicas. Foram coletadas 866 abelhas e 3523 foram observadas, totalizando 4389 indivíduos amostrados. Foram identificadas até o momento 36 espécies de abelhas (Apinae, Halictinae e Megachilinae). As espécies mais abundantes foram Apis mellifera, Trigona spinipes e Tetragonisca angustula. Foram notadas as espécies Eulaema sp 1 e Coelioxis sp 1. Foram realizados 36 períodos de coleta, de 12 horas cada, totalizando 432 horas de coleta. O esforço de coleta resultou em 2,00 abelhas coletadas por hora. Foram preparadas as lâminas de referência de 17 espécies botânicas medicinais: Hibiscus sabdarifa; Alpinia zerumbet; Passiflora alata; Mimosa pudica; Bixa orellana; Cajanus cajan; Ocimum basilicum; Ocimum gratissimum; Plectrantus grandis;- Ricinus communis; Coleus blumei; Rubus rosifolius; Jatropha gossypiifolia;Sphagneticola trilobata; Dichorisandra thyrsiflora; Rosa chinensis; Catharanthus roseus

ANÁLISE DOS HÁBITOS DE VIDA E SAÚDE DOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS DO CAF – UNIVILLE NOS ANOS DE 2009 E 2010.

  • Fabrício Faitarone Brasilino, E, fabricio.brasilino@univille.br
  • Michele Gabarrom Pedro, Graduando, gislaine.pedro@univille.br
  • Carlos Alberto do Aragão, Graduando, carlosjunior@univille.br
  • Jerson Dutra, E, jerson.dutra@univille.br
  • Pedro Jorge Cortes Morales, MSc, pedro.jorge@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Acadêmicos, Atividade fisica, Hábitos de vida e saúde

A prática da atividade física regular nos possibilita como seres humanos a autonomia de simples tarefas do cotidiano. Esta prática tem como recurso prevenir o surgimento das doenças hipocinéticas que acometem os sedentários, levando consigo a convalescência do organismo. Antes de iniciarmos a prática, devemos nos munir de informações sobre o próprio estado de saúde e os hábitos salubres ou insalubres que nos norteiam (FERNANDES FILHO, 2003; NAHAS, 2003). O objetivo deste estudo foi analisar o perfil dos hábitos de vida e estado de saúde dos acadêmicos praticantes de atividade física do CAF-UNIVILLE nos anos de 2009 e 2010. Métodos: Foram analisados os históricos de saúde no total de 1497 avaliações morfofuncionais (Anamnese) do primeiro e segundo semestre de 2009 e primeiro semestre de 2010, realizados no laboratório de fisiologia do exercício-LAFIEX. Utilizou-se a análise comparativa observando o critério das perguntas fechadas em seus históricos. As questões versavam sobre: tabagismo, incidência de cardíacos na família, prática de atividade física, problemas cardíacos, problemas pulmonares, problemas alérgicos, problemas digestivos, fraturas/traumas osteomioarticulares, intervenções cirúrgicas, administração de medicamentos, distúrbios metabólicos, diabéticos na família. Resultados obtidos: Foram analisados o total de 704 avaliações do sexo masculino (23,6±6,7 anos) e 793 do sexo feminino (21,5±8,8 anos). A análise foi obtida comparando os seguintes dados em porcentagem para a resposta “sim” do grupo masculino e feminino dos dois semestres de 2009 e primeiro trimestre de 2010. A amostra masculina se diferenciou da amostra feminina por ter um hábito de vida e saúde mais relevante pois, fumam menos (≤1,5%), possuem menos problemas cardíacos na família (≤5,4%), pratica mais atividade física (≥22,3%), menos problemas pulmonares (<1,9%), menos problemas alérgicos (≤8,6%), menos problemas digestivos (≤ 8,6%), administram menos medicamentos (≤ 7,6%), possuem menos distúrbios metabólicos (≤ 2,9%) e possuem menos diabéticos na família (≤ 10,1%). A amostra feminina se diferenciou da masculina por: menos fratura e traumatismo (≤ 8%), intervenções cirúrgicas (≤ 3,6%) e problemas cardíacos (≤ 0,4%). Dentre os resultados apresentados utilizou-se a correlação de Pearson sendo identificado a correlação moderada positiva entre distúrbios metabólicos e tabagismo (r=0,70). Conclusão: a amostra masculina demonstrou estar mais ativa, o que corrobora com Morales (2002) e predisposta á condições de atenuar o aparecimento de doenças crônicas degenerativas não-transmissíveis em relação ao grupo feminino.

ANÁLISE DOS HÁBITOS DE VIDA E SAÚDE DOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS DO CAF – UNIVILLE NOS ANOS DE 2009 E 2010.

  • Fabricio Faitarone Brasilino, E, fabricio.brasilino@univille.br
  • Jerson Dutra, E, jerson.dutra@univille.br
  • Gislaine Gabarron Pedro, Graduando, gislaine.pedro@univille.br
  • Carlos Alberto do Aragäo, Graduando, carlosjunior@univille.br
  • Pedro Jorge Cortes Morales, MSc, pedro.jorge@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Academicos, Atividade física, Hábitos de vida e saúde

A prática da atividade física regular nos possibilita como seres humanos a autonomia de simples tarefas do cotidiano. Esta prática tem como recurso prevenir o surgimento das doenças hipocinéticas que acometem os sedentários, levando consigo a convalescência do organismo. Antes de iniciarmos a prática, devemos nos munir de informações sobre o próprio estado de saúde e os hábitos salubres ou insalubres que nos norteiam (FERNANDES FILHO, 2003; NAHAS, 2003). O objetivo deste estudo foi analisar o perfil dos hábitos de vida e estado de saúde dos acadêmicos praticantes de atividade física do CAF-UNIVILLE nos anos de 2009 e 2010. Métodos: Foram analisados os históricos de saúde no total de 1497 avaliações morfofuncionais (Anamnese) do primeiro e segundo semestre de 2009 e primeiro semestre de 2010, realizados no laboratório de fisiologia do exercício-LAFIEX. Utilizou-se a análise comparativa observando o critério das perguntas fechadas em seus históricos. As questões versavam sobre: tabagismo, incidência de cardíacos na família, prática de atividade física, problemas cardíacos, problemas pulmonares, problemas alérgicos, problemas digestivos, fraturas/traumas osteomioarticulares, intervenções cirúrgicas, administração de medicamentos, distúrbios metabólicos, diabéticos na família. Resultados obtidos: Foram analisados o total de 704 avaliações do sexo masculino (23,6±6,7 anos) e 793 do sexo feminino (21,5±8,8 anos). A análise foi obtida comparando os seguintes dados em porcentagem para a resposta “sim” do grupo masculino e feminino dos dois semestres de 2009 e primeiro trimestre de 2010. A amostra masculina se diferenciou da amostra feminina por ter um hábito de vida e saúde mais relevante pois, fumam menos (≤1,5%), possuem menos problemas cardíacos na família (≤5,4%), pratica mais atividade física (≥22,3%), menos problemas pulmonares (<1,9%), menos problemas alérgicos (≤8,6%), menos problemas digestivos (≤ 8,6%), administram menos medicamentos (≤ 7,6%), possuem menos distúrbios metabólicos (≤ 2,9%) e possuem menos diabéticos na família (≤ 10,1%). A amostra feminina se diferenciou da masculina por: menos fratura e traumatismo (≤ 8%), intervenções cirúrgicas (≤ 3,6%) e problemas cardíacos (≤ 0,4%). Dentre os resultados apresentados utilizou-se a correlação de Pearson sendo identificado a correlação moderada positiva entre distúrbios metabólicos e tabagismo (r=0,70). Conclusão: a amostra masculina demonstrou estar mais ativa, o que corrobora com Morales (2002) e predisposta á condições de atenuar o aparecimento de doenças crônicas degenerativas não-transmissíveis em relação ao grupo feminino.

Análise estrutural e histoquímica do caule e folha de Senna multijuga (Rich.) Irvin et Barn.

  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com
  • Daniele Karini Pereira, Graduando, dany_dkp@yahoo.com.br
  • Joziane Gomes Luiz, Graduando, jozigl@gmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com
  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karinesemann@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Análise estrutural, Histoquímica, Compostos secundários

Senna multijuga (Rich.) Irvin et Barn. (Fabaceae - Cesalpinoidae) é uma árvore rústica e pioneira de ocorrência em quase todo o país, principalmente na Floresta Ombrófila Densa; podendo ser utilizada em recuperação de áreas degradadas e na ornamentação de áreas públicas. Estudos indicam que esta espécie apresenta alcalóides piridínicos e flavonóides, ambos de interesse para a indústria farmacêutica. Este trabalho teve por objetivos descrever a estrutura do caule e folha de Senna multijuga e pesquisar compostos secundários existentes nesses órgãos. Amostras de caule e folhas jovens, a cerca de 60 cm do ápice, foram obtidas de árvores que ocorrem no Jardim Botânico da UNIVILLE, Joinville – SC, seccionadas à mão livre e submetidas a técnicas usuais em microscopia para verificar seus aspectos estruturais. Testes histoquímicos foram realizados para evidenciar os compostos secundários. Os folíolos da folha pinada apresentam-se hipoestomáticos, com estômatos paracíticos, epiderme com células papilosas, muitos tricomas tectores e raros glandulares na face abaxial; e células achatadas na face adaxial. O mesofilo é bifacial, com células secretoras e idioblastos contendo drusas, cristais prismáticos ou grãos de amido próximos aos feixes vasculares. No caule jovem a epiderme apresenta tricomas tectores, córtex com oito a dez camadas de células circundando o floema e xilema primários, limitando uma ampla medula. Compostos fenólicos gerais foram observados em vários tecidos. Taninos ocorrem no parênquima clorofiliano da folha e no caule, flavonóides concentram-se nos tricomas tectores, alcalóides ocorrem no floema tanto no caule como na folha, compostos lipídicos foram observados na porção adaxial da epiderme foliolar. Embora tenha sido realizada a histolocalização dos compostos secundários com atividade biológica comprovada, bem como dos compostos fenólicos gerais, taninos, compostos lipídicos e amido, sugere-se a condução de novos estudos para conhecer a fenofases nas quais os metabólitos secundários da espécie são produzidos, para otimizar sua extração.

Apoio / Parcerias: FAPESC

Aptidão Física dos Idosos participantes do Projeto de Extensão AFISI

  • Andréia Fernanda Molletta, Graduando, andreia.moltta@hotmail.com
  • Mauren da Silva Salin, MSc, mauren.salin@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Atividade física, Aptidão física, Idosos

É consenso entre a comunidade científica sobre os benefícios da prática regular de atividade física na manutenção e melhora da capacidade física e funcional de idosos. Desta forma, o projeto de Extensão Atividade Física e Saúde para Idosos - AFISI da Univille desenvolveu em 2009, um programa de atividade física direcionado a melhora da saúde e da qualidade de vida da população idosa. O objetivo deste estudo foi comparar a aptidão física dos idosos participantes do projeto, nas avaliações físicas realizadas em abril e dezembro/2009. A amostra foi constituída por 36 idosos, 28 do sexo feminino e 8 do sexo masculino, com média de 63,55 anos de idade (±6,98). O instrumento utilizado para avaliar a aptidão física foi a bateria Teste de Aptidão Física para Idosos - TAFI de Rikli e Jones (2008). Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva simples (média e desvio padrão) e teste t pareado para comparar os resultados antes e após o período de execução do projeto. O nível de significância adotado foi de 5%. Os resultados encontrados mostraram diferença estatisticamente significativa para os testes de flexão de cotovelo (t= -4,14 e p≤ 0,0001), que avalia força de membros superiores, alcançar atrás das costas (t= -3,04 e p=0,004) que avalia a flexibilidade membros superiores e andar 6 minutos (t= -2,26 e p=0,030) que avalia a resistência aeróbica. Os testes que avaliam força de membros inferiores, agilidade e equilíbrio dinâmico e flexibilidade de membros inferiores apresentaram melhoras, porém, não estatisticamente significativas. Diante dos resultados observa-se que o programa de atividades físicas gerou incrementos na aptidão física dos idosos participantes do projeto. Sugere-se ainda uma especial atenção nas atividades físicas relacionadas às valências que não apresentaram melhoras significativas.

Apoio / Parcerias: Centro Ciências da Saúde e do Esporte da Universidade Estadual de Santa catarina (CEFID/UDESC); SESC Joinville.

Aspectos biológicos de Callinectes danae na baía da Babitonga (SC) e a relação com parâmetros da coluna d’água

  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@yahoo.com.br
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.br
  • Harry Boos-Júnior, MSc, Harry.Boos-Junior@ibama.gov.br
  • Fabiane da Silva Doge, Graduando, biodoge@hotmail.com
  • Letícia Novaes Duarte, G, lele_nd@yahoo.com.br
  • Rafael Vinicius Valério Navarro, G, rafavvn@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Portunidae, estuário, Sul do Brasil

A baía da Babitonga é um importante estuário de Santa Catarina, sendo área de desova e/ou crescimento de muitos vertebrados e invertebrados marinhos. O trabalho objetivou estudar a distribuição da abundancia, tamanho corporal e a proporção sexual de C. danae na baía da Babitonga em relação a parâmetros da coluna d’água. Foram realizadas 6 coletas, de dezembro de 2008 a julho de 2009 (exceto janeiro e abril) nas áreas Pontal, Vila da Glória e ilha Talsul. Uma rede de arrasto de porta (5m de boca e malha 20mm) foi utilizada para captura de C. danae. Cada arrasto durou 8 minutos, sendo registrados os parâmetros ambientais salinidade e temperatura. Amostras de zooplâncton foram obtidas com rede de plâncton cônica com fluxômetro, 40cm de boca, malha 200µm, a qual foi rebocada por dois minutos. Para a clorofila a, em cada área foi coletada uma amostra de água de superfície (100mL) e filtrada com filtros AP40, que foram acondicionados em papel alumínio, etiquetados e congelados para extração e análise em fluorímetro. Os siris foram mantidos em sacos plásticos e etiquetados. No laboratório, os exemplares foram identificados, separados por sexo, medidos na largura do cefalotórax e pesados. Em seguida calculada a abundância mensal por arrasto. A temperatura media foi 23; 25; 26; 21,5 e 18°C em dezembro, fevereiro, março, maio e junho, respectivamente. A salinidade média em dezembro foi 33,5; fevereiro 32; março 28; maio 35,5 e junho 35. A abundância média por arrasto em dezembro foi 36; em fevereiro 3,5; março 3,5; maio 29,5 e junho 34 indivíduos. O tamanho variou de 61,1-95mm em dezembro, fevereiro 26,4-100,4; março 76,5-90,9; maio 65-100 e junho 62-104mm. A proporção sexual (fêmeas:machos) em dezembro foi 75:1, fevereiro 6:1, março 7:0, maio 4,9:1 e junho 67:1. Em maiores salinidades o número de portunídeos aumentou, e a temperatura não indicou influenciar a variação do número de indivíduos. O biovolume zooplanctônico foi maior em maio e menor em julho, caracterizando outono e inverno. A clorofila a decresceu ao longo dos meses, caracterizando a passagem do período quente do ano para o frio. As médias do biovolume foram 84; 117 e 88mL/100m³, e da clorofila a foram 18; 21 e 16¼g/L para as áreas Pontal, Vila da Glória e ilha Talsul, respectivamente. A espécie ocorre de forma continua na área, com maiores densidades no fim da primavera e no outono. Contudo, sugere-se mais estudos sobre esta dinâmica distribuição.

Apoio / Parcerias: CEPSUL/IBAMA

AULAS DE NATAÇÃO E O TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO

  • Andressa Lopes Pereira, Graduando, dessa_swimmer@hotmail.com
  • Patricia Esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Natação, ´Treinamento, Proprioceptivo

A inclusão do treinamento proprioceptivo em aulas contribui para interpretação das sensações de pressão e controle da água principalmente nas extremidades (mãos e pés) tornando possível desenvolver a habilidade de controlar o fluxo da água permitindo o domínio do corpo, noção de tempo e espaço, para alcançar uma propulsão eficiente e com menor gasto energético. Nesse sentido este estudo teve por objetivo incluir o treinamento proprioceptivo em aulas de natação como estratégia de aperfeiçoamento da habilidade motora do nadar e incentivar a prática de movimentos apropriados às características físicas e que permitam aos nadadores melhorar a técnica e deslocarem-se com maior eficiência. O estudo iniciou após aprovação pelo Comitê de Ética e assinatura dos Termos de Consentimento Livre Esclarecido pelos responsáveis. A pesquisa foi do tipo experimental. Participaram do estudo 16 jovens nadadores, distribuídos aleatoriamente em Grupos Controle(GC) e Experimental(GE). Iniciaram-se as aulas que observaram a estruturação de conteúdos do Projeto Natação na Escola: Saúde e Educação. Nas atividades diárias somente para o grupo experimental foi incluído o treinamento proprioceptivo. O programa foi desenvolvido durante nove meses com avaliações periódicas (observações diretas e filmagens) a cada oito semanas. A filmagem e a observação direta estiveram associadas ao desenvolvimento de um percurso de 32 metros nos estilos crawl e costas, sendo 16 metros de cada estilo. Para o nado Crawl, no pré-teste o GC obteve a média de 15,75 braçadas (DP ± 2,05) e o GE de 16,75 (DP ± 1,39). No pós-teste, o GC aumentou a média para 16 braçadas (DP ± 1,85) e o GE conseguiu melhorar para 15,12 braçadas (DP ± 1,36). Para o nado Costas, no pré-teste, os valores de média foram de 18 braçadas (DP ± 1,85) para o GC e 18,75 braçadas (DP ± 1,67) para o GE. No pós-teste, o GE apresentou uma melhora de 3,38 braçadas, passando para 15,37 braçadas (DP ± 1,51), enquanto o GC apresentou a melhora de apenas 0,75 braçada, com a média de 17,25 (DP ± 2,92). Com esses resultados é possível dizer que os alunos que participaram do treinamento proprioceptivo diminuíram o número de braçadas dos estilos crawl e costas para o mesmo percurso e, além disso, apresentaram maior motivação pelas aulas e atividades, confirmando que o treinamento proprioceptivo proposto de forma sistemática contribui para a melhora a técnica nos estilos da natação e incentiva a prática para o aperfeiçoamento técnico da habilidade motora do nadar.

Avaliação da evolução da maturidade da escolha profissional de adolescentes participantes de processos de orientação e informação profissional

  • Alexandre Cidral, Dr(a), alexandre.cidral@univille.br
  • Bruna Freitas, Graduando, bruna.emmanuele@univille.br
  • Juliana Testoni, Graduando, juliana.testoni@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Escolha profissional, Orientação profissional, Adolescência

Processos de orientação e informação profissional são oferecidos aos adolescentes com vistas a promover o desenvolvimento da maturidade para a escolha profissional. O objetivo deste projeto foi avaliar a evolução da maturidade da escolha profissional de adolescentes participantes destes processos. A pesquisa cumpriu cinco etapas: definição e planejamento do processo de orientação e informação profissional; caracterização do perfil e do nível de maturidade da escolha profissional dos participantes antes do processo; execução do processo de orientação e informação profissional; análise da evolução do nível de maturidade da escolha profissional dos participantes após o processo. A equipe do projeto foi composta pelo professor coordenador e duas acadêmicas do curso de Psicologia da UNIVILLE. Os participantes foram oito estudantes do terceiro ano do ensino médio de escolas públicas e privadas de Joinville-SC. Inicialmente foram realizadas entrevistas individuais semi-estruturadas com o intuito de traçar o perfil escolar, profissional e familiar dos participantes. Além disso, foi aplicada individualmente a Escala de Maturidade para a Escolha Profissional (EMEP) para determinar o nível de maturidade antes do processo de orientação e informação profissional. Na sequencia, os participantes integraram um grupo de orientação e informação profissional que realizou 10 encontros nos quais foram trabalhados, por meio de dinâmicas de grupo, o autoconhecimento, o processo de escolha e o conhecimento da realidade educacional e profissional. Durante os encontros foi aplicada a técnica da observação participante com o intuito de obter dados sobre a participação dos adolescentes nas dinâmicas propostas. Após o processo de orientação e informação profissional foram realizadas entrevistas semi-estruturadas individuais em que os participantes puderam avaliar as atividades realizadas e responderem novamente a EMEP. A análise qualitativa considerou dados obtidos antes, durante e após a orientação e informação profissional. Os resultados apontaram para a efetiva contribuição do processo de orientação e informação profissional na evolução do nível de maturidade dos participantes. Os participantes apontaram as dinâmicas relativas a autoconhecimento e conhecimento da realidade educacional e profissional como as que mais contribuíram para o seu processo de escolha profissional. Além disso, relataram a importância da orientação e informação profissional para a diminuição do nível de ansiedade e aumento da auto-confiança sobre a definição das possibilidades educacionais e profissionais. Por fim, os resultados proporcionaram subsídios para a melhoria dos serviços de orientação e informação profissional oferecidos à comunidade pela Universidade, contribuindo com a preparação dos jovens para o ingresso na educação superior e no mercado de trabalho.

Avaliação do Acompanhamento Farmacêutico com Pacientes Portadores de Hepatite C Crônica Cadastrados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica na Farmácia Escola Univille/SMS/SUS: Estudo Piloto

  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@gmail.com
  • Lígia Hoepfner, MSc, ligia.hoepfner@gmail.com
  • Januaria Ramos Pereira Wiese, MSc, januariaramos@gmail.com
  • Mareni Rocha Farias, Dr(a), marenif@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Hepatite C, Qualidade de vida, Acompanhamento

A Hepatite C é um problema mundial significativo, com amplo impacto social e econômico. O tratamento ideal ainda não foi estabelecido, sendo o interferona 1 alfacona (INF) associado à ribavirina o único tratamento aprovado para a doença, e apesar de seus baixos índices de resposta e acentuados efeitos colaterais carrega a expectativa de modificar o curso evolutivo da doença. O presente trabalho realizou um estudo piloto para avaliação de um desenho de acompanhamento farmacêutico com pacientes portadores de Hepatite C Crônica na Farmácia Escola UNIVILLE/SMS/SUS. Foram entrevistados 15 pacientes em uso de terapia combinada Interferona 1 Alfacona e Ribavirina, avaliando-se o nível de conhecimento dos pacientes quanto à doença e ao tratamento, as características da doença e dos pacientes, reações adversas ao tratamento, resultados de exames laboratoriais e a qualidade de vida dos pacientes. Dois pacientes apresentavam processos aprovados para receber Interferon convencional, um processo aprovado para Interferon peguilado 120 mcg, e doze processos aprovados para Interferon Peguilado 180 mcg. A maioria dos pacientes afirmou existir vacina para hepatite C. Para 20% dos pacientes a Hepatite C pode ser tratada sem remédios, 86,7% apresentavam esperança quanto à cura da doença e cerca de 90% afirmaram que a gravidade da doença depende do tipo do genótipo. Os resultados são preliminares e a análise precisa ser complementada com os dados do final do tratamento. É ainda necessário elaborar indicadores referentes ao processo de dispensação dos medicamentos na metodologia do estudo. O conhecimento que os pacientes apresentam sobre a doença e o tratamento, com os reforços típicos para o desenvolvimento de vínculo e adesão à terapia, apresentam algumas características que podem ser questionadas em relação à consciência individual sobre o tratamento. Os resultados permitem afirmar que a doença e o tratamento da Hepatite C configuram uma condição complexa para o indivíduo, infringindo sérias dificuldades para seguir o tratamento. O manejo do uso dos medicamentos precisa ser acompanhado, pois além de representar um esquema terapêutico complexo, muitas vezes associado ao tratamento de outras doenças, é necessário avaliar os resultados e o estado do paciente de forma a conduzir o tratamento mais adequadamente possível.

Apoio / Parcerias: Universidade Federal de Santa Catarina

Aves da Baía da Babitonga

  • Alexandre Venson Grose, G, ale.grose@hotmail.com
  • Elaine Juliana Cercal, G, nani_juliana@hotmail.com
  • Ethiene Cristine Age, G, ethiene@yahoo.com.br
  • Carolina Pereira Dias, G, carol_biomar@hotmail.com
  • Thamires Reis, Graduando, thamiresreis@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), marta.cremer@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: avifauna, baía da Babitonga, ecologia

O Projeto Aves teve como principais objetivos o levantamento das espécies que ocorrem no estuário da Baía da Babitonga e litoral adjacente, a identificação de áreas importantes para a avifauna e variações sazonais de abundância e diversidade. As amostragens foram conduzidas ao longo de 3 anos, entre fevereiro de 2007 e janeiro de 2010. Foram utilizados diferentes métodos para a coleta de dados e diferentes áreas foram avaliadas. Três grandes regiões do estuário (canal de acesso, Linguado e Palmital) foram amostradas através de transecções de barco ao longo das margens da baía. Amostragens de ponto fixo, realizadas ao longo do dia com varreduras a cada 10 minutos, ocorreram nas planícies de maré formadas na desembocadura dos rios Olaria e Alvarenga. Transecções a pé foram realizadas na coroa do Capri, na praia do Forte e na desembocadura da laguna do Acaraí. Para todas as amostragens foram registradas as espécies, número de indivíduos e habitat utilizado (vegetação, área alagada e área exposta). Foram registradas 62 espécies de aves, distribuídas em 27 famílias e 9 ordens. A avifauna da região inclui aves tipicamente marinhas (n = 6); aves aquáticas de hábitos costeiros (n = 30); aves migratórias, tanto do sul do hemisfério sul (n =2) como do hemisfério norte (n = 15); e aves de ambiente de borda, em geral passeriformes (n = 9). Dentre as praias, a praia do Forte apresentou a maior diversidade, provavelmente associada a presença de diferentes habitats. As planícies de maré dos rios Olaria e Alvarenga apresentaram comunidades semelhantes, representadas principalmente por espécies mais tolerantes a presença humana. Contudo, a planície do Capri destacou-se como área relevante para a alimentação e descanso das espécies migratórias neárticas, assim como área de descanso para as espécies marinhas. Considerando as regiões do estuário, o Linguado apresentou a maior diversidade a abundância. Foram observados indícios de que pelo menos 6 espécies de aves aquáticas reproduzem no interior da baía (Nycticorax mycticorax, Nyctanassa violacea, Phimosus infuscatus, Egretta caerulea, Ardea cocoi e Egretta thula) e três nos ambientes de praia (Haematopus palliatus, Rallus longirostris e Athene cunicularia).Os dados indicam a importância da Baía da Babitonga como área de alimentação para as aves marinhas, que reproduzem nas ilhas costeiras adjacentes; como refúgio e área de alimentação para as espécies migratórias; como área de alimentação e reprodução para muitas espécies aquáticas/costeiras.

Apoio / Parcerias: Cemave

Composição florística de angiospermas, samambaias e licófitas em 19 ilhas da Baía da Babitonga, Santa Catarina, Brasil.

  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karin@furb.br
  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Baía da Babitonga, Florística, Ilhas

O complexo hídrico da Baía da Babitonga tem cerca de 160Km2 e está localizado na região nordeste do estado de Santa Catarina. Em seu interior ocorrem 24 ilhas, cuja beleza cênica contribui de forma consistente com o turismo regional. A vegetação é composta por Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, Restinga e Manguezal. Por meio do projeto “Ilhas da Babitonga – diversidade em ecossistemas insulares, sua composição florística tem sido estudada desde 2004. O objetivo deste trabalho foi conhecer a diversidade de angiospermas, samambaias e licófitas de ocorrência insular. Foram coletadas amostras em 19 das 24 ilhas da Baía da Babitonga: Alvarenga, Araújo de Dentro, Araújo de Fora, Araújo do Meio, Barcos, Cação, Claras, Corisco, Flores, Grande, Guaraqueçaba, Herdeiros, Mandigituba, Maracujá, Murta, Papagaios, Queimada, Redonda e Rita. Foram realizadas coletas de plantas férteis mensalmente ao longo de 6 anos, totalizando 60 excursões. Todo o material foi incorporado ao acervo do herbário JOI, da Universidade da Região de Joinville. Foi registrada a ocorrência de 94 famílias botânicas, sendo 80 de angiospermas, 13 de samambaias e uma de licófitas. As famílias mais diversas entre as angiospermas foram: Asteraceae com 52 espécies, Orchidaceae, 34 espécies e Fabaceae com 28 espécies, esta se destacando como a família mais amplamente distribuída, ocorrendo em todas as 19 ilhas. Algumas das espécies mais frequentes foram: Schinus terebinthifolia Raddi (Anacardiaceae), Tillandsia stricta Sol. ex Sims (Bromeliaceae) e Laguncularia racemosa (L.) C.F. Gaertn. (Combretaceae). Entre as samambaias destacou-se a família Polypodiaceae com 14 espécies presentes em 14 ilhas, Polypodium L. como o gênero com maior número de espécies e Rumohra adiantiformis (G. Forst.) Ching (Dryopteridaceae) como a espécie com maior distribuição (presente em 15 ilhas). As licófitas estão representadas apenas por Lycopodiella cernua (L.) Pic. Serm (Lycopodiaceae) presente em uma ilha. A Ilha Grande apresentou a maior diversidade, com 155 espécies pertencentes a 60 famílias botânicas. As informações obtidas por meio deste levantamento florístico constituem-se em dados relevantes para o conhecimento da flora regional, ainda pouco estudada.

Apoio / Parcerias: FAPESC

Educação em saúde promovendo qualidade de vida.

  • Luiz Paulo de Lemos Wiese, MSc, luizwiese@gmail.com
  • Tainá Bartel, Graduando, tainabartel@gmail.com
  • Delourdes Nazario, Graduando, ludryl_81@hotmail.com
  • Cynthia H Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com

Palavras-chave: Plantas Medicinais, Educação em Saúde, Uso Racional

USO RACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS (URPM)

As plantas medicinais têm seu uso relatado desde tempos remotos, pelos mais diversos povos. A fitoterapia, recurso terapêutico freqüentemente praticado por meio da automedicação, pode trazer riscos aos seus usuários por se fundamentarem na crença de que “o que é natural não faz mal”. Todas as classes socioeconômicas no Brasil usam plantas medicinais devido às heranças culturais, ao baixo custo, e pela sua pressuposta eficácia. Contudo, há uma grande lacuna a ser preenchida através de ações que busquem melhorar a difusão do conhecimento sobre o uso seguro e racional de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos, entre elas, a disponibilização de informações que devem ser transmitidas aos prescritores, dispensadores e aos usuários da fitoterapia. A Universidade não pode ser entendida como detentora de conhecimento, mas sim aprimoradora, permitindo uma troca de informações e viabilizando o avanço científico. Ela produz conhecimento a partir da experiência com a comunidade sendo imprescindível sua interação com a sociedade, compreendendo suas dificuldades e necessidades para referenciar sua formação com os desafios que terá de enfrentar.

O projeto “Uso Racional de Plantas Medicinais” em execução desde 2005, vem atendendo a população de Joinville por meio de palestras, oficinas, exposições, jogos, entre outras atividades; sempre levando à comunidade, dentre informações de diversas fontes, o conhecimento produzido na UNIVILLE, através do NUPRAV (Núcleo de Pesquisa em Produtos Naturais “Prof. Ricardo Alessandro Vieira”). Vários levantamentos etnofarmacológicos foram realizados sob a égide desse núcleo e em todos os casos verificou-se que as comunidades investigadas nem sempre empregavam as plantas medicinais de forma segura, e o que é mais preocupante, muitas vezes utilizavam plantas sem conhecê-las adequadamente. O projeto URPM vem apresentando resultados significativos, uma vez que, somente em 2009 esteve envolvido em mais de 25 eventos junto à comunidade, atendendo cerca de 2000 pessoas, por meio de atividades como palestras, gincanas e oficinas sobre o uso racional de plantas medicinais (mais detalhes no blog “Uso Racional de Plantas Medicinais”, no endereço http://urpm.blogspot.com/). Os extensionistas participaram de entrevistas e atuaram em diversos eventos nas mais diferentes localidades, possibilitando ao acadêmico o contato com outras culturas, outras instituições, outras formas de abordagem sobre o mesmo tema, enriquecendo a diversidade de idéias e metodologias utilizadas no projeto de extensão. Essa abordagem permitirá ainda a articulação do ensino na graduação com a pesquisa e extensão, e reflexão sobre a educação e atuação de nossos egressos na comunidade de Joinville.

Efeito da poluição sonora sobre o boto-cinza (Sotalia guianensis) na Baía da Babitonga

  • Anelise Colin Holz, G, annelise_colin@hotmail.com
  • Beatriz Schulze, G, beatrizschulze@hotmail.com
  • Carolina Pereira Dias, G, carol_biomar@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), marta.cremer@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: poluição sonora, Sotalia guianensis, baía da Babitonga

O trabalho teve como objetivo analisar o efeito da poluição sonora de pequenas embarcações sobre os sons de comunicação social de Sotalia guianensis na Baía da Babitonga, assim como caracterizar acusticamente as principais fontes emissoras e o repertório sonoro da espécie. Foram coletados registros sonoros da espécie em três momentos: na ausência, presença e após a interferência sonora causada pela passagem de uma embarcação a motor. Foram utilizadas embarcações de 15 e 60 HP para a realização dos testes. O sistema de aquisição acústica foi composto por um hidrofone calibrado, com capacidade de aquisição plana até 100 kHz, acoplado a um gravador digital Fostex com freqüência de amostragem de até 192 kHz. Quando um grupo de botos era localizado, o barco com o equipamento acústico se mantinha mais próximo possível. Com ajuda de rádios talk-about este barco matinha contato com o outro barco, que fazia a passagem pelo grupo de botos em distância pré-determinada. As gravações foram armazenadas em arquivos de 2 minutos e a distância do barco era registrada continuamente com o auxílio de um rangefinder. Em laboratório as gravações foram analisadas através do programa Avisoft 4.4. A ocorrência de variações na estrutura dos assobios foi analisada através do teste de Kruskal-Walis. Foram registrados 7.169 assobios, sendo que 4.781 foram analisados. A espécie produz assobios ascendentes, descendentes, côncavos, convexos, regulares e com 2, 3, 4, 5 e 6 inflexões, sendo que o ascendente foi o mais representativo (n = 4.050). A freqüência variou de 0,7 a 78,3 kHz. Com relação a passagem de embarcações, o maior número de assobios foi registrado após a passagem. Considerando todos os assobios juntos, o teste de Kruskal-Walis demonstrou a existência de diferenças na freqüência inicial (H (2, N = 4681) = 73,14340; p = 0,000), na freqüência final (H (2, N = 4681) = 17,43073; p = 0,0002), na duração (H (2, N = 4681) = 82,11734; p = 0,000) e na amplitude H (2, N = 4681) = 64,37632; p = 0,000). Observou-se uma tendência geral de aumento de freqüência durante a passagem dos barcos, associado a uma redução na duração dos assobios para diferentes tipos de assobios. Em alguns casos, a freqüência é maior durante a passagem e retorna aos valores do “antes” na situação “depois”. Assobios mais curtos estão associados a uma menor amplitude, o que refletiu resultados semelhantes para estes dois parâmetros na análise

Apoio / Parcerias: Fundação O Boticário de Proteção à Natureza

Espaço Ambiental Babitonga

  • Camila Meirelles Sartori, G, milams2@hotmail.com
  • Beatriz Schulze, G, beatrizschulze@hotmail.com
  • Mariana de Lima Flach, Graduando, mariana.flach@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), marta.cremer@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: sensibilização ambiental, recursos naturais, ambientes marinhos

O trabalho teve como objetivo sensibilizar a comunidade local sobre a importância de preservar os recursos naturais da Baía da Babitonga e ambientes costeiros em geral, assim como organizar e manter um acervo biológico da fauna da região sul. Para tanto, foi construído um espaço para visitação da comunidade, onde esta pode conhecer um pouco da fauna costeira do Estado. A construção deste espaço iniciou-se em 2008, estando localizado na Unidade São Francisco do Sul da UNIVILLE. Este local vem sendo continuamente incrementado, com a preparação de novos materiais. O local conta atualmente com cerca de 15 esqueletos, 11 moldes, 2 animais formolizados, 12 animais taxidermizados, 12 baners e 1 painel. Os visitantes podem obter as informações diretamente através dos baners, mas também com os estagiários que acompanham a visita. Para as escolas podem ser desenvolvidas atividades diferenciadas mediante agendamento. O trabalho dos estagiários inclui, além da orientação das visitas, a preparação dos materiais, sua manutenção e a organização do acervo biológico. O acervo biológico está estruturado em coleções e já conta com cerca de 700 animais tombados. No ano de 2009 foram recebidos 120 visitantes, número este que deverá ser incrementado nos próximos anos a partir da distribuição de um folder e divulgação do espaço. A observações indicam que a maioria das pessoas tem pouca informação sobre a fauna da região e que a visita contribui para ampliar seus conhecimentos, assim como para sensibilizar com relação a conservação dos ambientes marinhos onde vivem estes animais. O material do acervo tem sua origem a partir de projetos de pesquisa, projetos de prestação de serviços e das informações fornecidas por moradores sobre animais encontrados mortos nas praias ou estradas. Consideramos muito importante a continuidade deste trabalho, assim como uma maior divulgação do espaço para as escolas e a comunidade em geral. Através do espaço cria-se uma oportunidade de divulgar para a comunidade os resultados dos projetos desenvolvidos pela universidade com relação a fauna silvestre.

Apoio / Parcerias: Museu do Capão da Imbuia

Natação na Escola Saúde e Educação no ano de 2009

  • Patricia Esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@hotmail.com
  • Marilis Pacheco da Silveira Santos, Graduando, magri@ielusc.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: natação, escolares, extensão


Natação na Escola Saúde e Educação no ano de 2009 - SIEPE


Este trabalho tem por objetivo relatar as ações realizadas no projeto de extensão Natação na Escola: Saúde e Educação em 2009. Em andamento desde 2005 o projeto atende escolares da rede pública de ensino de Joinville na faixa etária de dez a doze anos.Todos os escolares que participam das atividades, aprendem a nadar e a conviver de forma segura nos diferentes espaços aquáticos,bem como aprendem a assimilar hábitos de higiene, segurança e saúde relacionados à prática de atividades aquáticas. Como extensão da universidade esse projeto inclui anualmente acadêmicos (as) do curso de Educação Física que monitoram as aulas de natação com os escolares. Para realizar essa tarefa eles (as) são orientados à sistematizarem suas ações de maneira que associem os conteúdos
das diferentes disciplinas cursadas na graduação aos conteúdos específicos da natação. No ano de 2009, isso se concretizou especialmente com a associação do estágio obrigatório e a elaboração de propostas de ensino articuladas a esse projeto. Foram quatro temas diferentes: melhora do equilíbrio corporal; melhora da flexibilidade; o uso de recursos visuais como estratégia de motivação para prática e a inclusão de uma proposta de orientações sobre salvamento aquático. Além desses temas, investigou-se a inclusão do treinamento proprioceptivo em aulas de natação associado ao programa PIBIC. Os resultados alcançados apontaram para a valorização das atividades de extensão articuladas ao ensino e a pesquisa, pois se encontrou nessa integração uma possibilidade de viabilizar o projeto nesse ano, uma vez que ele não tinha orçamento aprovado. Com isso os acadêmicos(as) e a comunidade continuaram beneficiados e outras crianças puderam aprender a nadar e se desenvolver, como mostrou o trabalho de equilíbrio corporal realizado com 33 escolares da Escola Municipal Prof. Avelino Marcante, divididos em grupo experimental(GE) e controle(GC), conforme a opção da família em aderir ou não a natação. O GE contou com 17 alunos, e o grupo controle com 16 alunos da 5ª série do ensino fundamental. O instrumento de pesquisa utilizado foi o teste de equilíbrio do Flamingo, proposto por Johnson & Nelson. Durante três meses o GE participou de um programa de natação e o GC, continuou com suas atividades rotineiras. Esse estudo mostrou que crianças do grupo experimental, tiveram um desenvolvimento relevante em relação à melhora do equilíbrio corporal, o que demonstra que as atividades desenvolvidas na piscina tiveram influência nos resultados alcançados com os escolares tanto quanto certamente contribuíram para formação acadêmico profissional.


Apoio / Parcerias: Fundação de Esportes e Lazer de Eventos de Joinville - FELEJ

O serviço farmacêutico e sua influência sobre o acesso aos medicamentos

  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@gmail.com
  • Mareni Rocha Farias, Graduando, marenif@yahoo.com.br
  • Januaria Ramos Pereira Wiese, MSc, januariaramos@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: acesso, medicamentos, Joinville

A constituição brasileira de 1988 garante o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde. A universalização do direito à saúde ampliou a disponibilidade de medicamentos à população brasileira por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, mais de vinte anos após a criação do SUS, não podemos afirmar que os benefícios trazidos pelo emprego de medicamentos nas ações de cuidados em saúde sejam, de fato, adequados para as necessidades nacionais. A despeito do reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde dos medicamentos como insumos essenciais à saúde já na década de 70 e da introdução do conceito de uso racional de medicamentos na década de 80 do século XX, o acesso aos medicamentos tem sido traduzido pela mera disponibilidade desses produtos nos serviços de saúde e na sua caracterização como mercadoria destinada a proporcionar lucro para indústrias, farmácias e profissionais. Como consequências, as intoxicações por medicamentos, reações adversas e interações medicamentosas, além de iatrogênias cada vez mais freqüentes e severas têm motivado a discussão em torno da prescrição e da dispensação de medicamentos, no contexto dos serviços de saúde. Essa situação denota a necessidade de responder a uma questão crucial: como compreender o acesso às ações e serviços de cuidados em saúde, garantido como direito fundamental no Brasil? Nesse sentido, a farmácia tem um papel fundamental na consecução do acesso e promoção do uso racional de medicamentos. Porém, pouco foi desenvolvido com o objetivo de investigar de forma consistente o serviço de farmácia na realidade nacional. Assim, o presente estudo pretende avaliar a influência do serviço farmacêutico sobre o acesso aos medicamentos no município de Joinville-SC. Por meio de um estudo exploratório, prospectivo, observacional, de corte transversal, do tipo investigação avaliativa de serviço de saúde, as unidades de saúde do município, farmácias comunitárias de prestador privado e os usuários dos serviços comporão o retrato da complexidade envolvida na questão do acesso aos medicamentos. O primeiro resultado desse processo é a discussão sobre o conceito de acesso. Como elementos do acesso aos serviços de saúde e aos medicamentos deve-se considerar a predisposição, a disponibilidade e a necessidade. As distorções observadas atualmente parecem corresponder à atenção da sociedade voltada a ofertar serviços e medicamentos em detrimentos dos demais domínios.

Apoio / Parcerias: Universidade Federal de Santa Catarina

Primatas em fragmentos: implicações populacionais e interações com humanos.

  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br
  • Antonio Augusto Rocha Neto, Graduando, antonioarn@ig.com.br
  • Flavio Beilke, G, flavio_bacons@hotmail.com
  • Guilherme Harnoud Evaristo, G, gui.evara@gmail.com
  • Isabela Sampaio Rockenbach, G, belasr@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: primatas, fragmentos, Mata Atlantica

Embora ainda existam grandes remanescentes de Floresta Atlântica no nordeste catarinense, o aumento de áreas desmatadas para usos humanos tem aumentado a fragmentação principalmente das florestas em áreas de planície. Deste processo, emerge um grande número de conseqüências sobre as populações de primatas, como a diminuição dos hábitats disponíveis, isolamento de populações, e aumentando da zona de contato entre animais silvestres e humanos. O projeto Primatas do Nordeste Catarinense (PNC) teve por objetivo estudar alguns aspectos da ecologia dos primatas locais, com a finalidade de subsidiar estratégias e ações conservacionistas na região. Ao longo de três anos monitorou a população de bugios (Alouatta clamitans) residente em um fragmento florestal no Distrito Industrial de Joinville. Através da observação direta dos grupos, da busca de vestígios (fezes) e de vocalizações, o projeto tem registrado a presença dos bugios nos fragmentos principais. A principal consideração é que o tamanho populacional continua aumentando, totalizando 26 indivíduos divididos em cinco grupos que ocupam três fragmentos. O tamanho dos grupos varia de 3 a 7 indivíduos. O projeto também levantou informações sobre as populações de calitriquídeos em Joinville. A espécie encontrada, Callithrix penicillata, é introduzida, onívora e oportunista adaptando-se muito bem a ambientes periantrópicos. Os grupos de C. penicillata foram registrados utilizando-se de entrevistas informais e buscas ativas nos locais com suspeita da presença da espécie. Encontrou-se a espécie em oito fragmentos com grupos que variaram de três a quinze indivíduos, e admite-se que esta ocupação pode ser maior. Aparentemente C. penicillata está ocupando pequenos fragmentos e bordas de fragmentos maiores próximos a residências, onde geralmente recebe alimento. Esta espécie ainda não foi encontrada em áreas bem preservadas e ocupando o interior de grandes fragmentos, o que sugere uma dependência do alimento oferecido. Por fim, além das pesquisas desenvolvidas o projeto tem contribuído com a formação de pesquisadores na área de primatologia e conservação da biodiversidade.

Projeto de extensão Tiarajú Ivy Marãey - Em busca da terra sem males

  • Christina de Medeiros, Graduando, tinamedicina@gmail.com
  • Susana Bovi Kaster, Graduando, susi.bk@gmail.com
  • Karolin C. Auerhahn, Graduando, karolin_cristine@hotmail.com
  • Oscar G. Morais Jacobsen, Graduando, oscargabrielmj@hotmail.com
  • Caroline Indiara Coltro, Graduando, carolindiara@hotmail.com
  • Sirlei de Souza, MSc, professorasirlei@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Comunidades Indígenas, Saúde, Prevenção

O Projeto de extensão Tiarajú Yvy Marãey [yvy = terra, marãey = que não acaba, não estraga, não adoece] - cujo nome significa a busca da “terra sem males” – desenvolve um trabalho de promoção a saúde e prevenção a doença na comunidade indígena “Tiarajú Guarani Mbyá”, localizada no município de Araquari. Este projeto tem como proposta trabalhar a interdisciplinaridade dos cursos da saúde e a realidade sócio-econômica cultural das comunidades indígena guaranis, proporcionando a interação entre o saber científico e comunitário e a organização do sistema de saúde. Método: Os trabalhos foram organizados em oficinas e jogos lúdicos, com a participação dos acadêmicos, professores, comunidade indígena, os profissionais da aldeia (professores, agente de saúde e sanitaristas) e o cacique. Foram abordados a história da comunidade indígena Tiarajú Guarani Mbyá, os aspectos da doença e saúde sob o ponto de vista da comunidade e acadêmico, resgate do uso das ervas medicinais e como manter a saúde bucal, no período de março a dezembro de 2009.

Resultados: "Extensão é um trabalho que fazemos hoje para que outros colham os frutos amanhã". Ao final de dez meses o Projeto Tiarajú “plantou” hábitos saudáveis de atenção e prevenção a saúde na comunidade indígena. A mensuração das trocas do conhecimento entre os acadêmicos e a comunidade é uma tarefa difícil, mas pelos relatos do cacique e os profissionais da aldeia foi possível visualizar os resultados. Todos os trabalhos foram registrados em uma cartilha educativa bilíngue, onde há os registros das trocas do conhecimento e a vivência dos acadêmicos/comunidade, ampliada sua formação no campo do trabalho social e humano. Conclusão: Constatou-se que os guaranis possuem um "tempo" diferente da nossa sociedade, um tempo que não prioriza o resultado imediato, exemplo, dias chuvosos impossibilitam as ações dentro da comunidade. Outra característica constatada é que nem todos falam fluentemente o português, principalmente as mulheres e crianças, mas todos falam o guarani e quando são abordados assuntos dos quais não queiram falar, iniciam a fala em guarani. Este projeto de extensão terá continuidade em 2010, onde às ações serão ampliadas com a participação de um professor e acadêmicos de história.PALAVRAS-CHAVES: Comunidades Indígenas, Saúde, Prevenção

Temais atuais em genética - uma questão complexa

  • Valéria Cristina Rufo Vetorazzi, MSc, vcrv@uol.com.br
  • Dalva Marques, MSc, dozol@terra.com.br
  • Pricila da Silva, Graduando, priciladasilva@hotmail.com
  • Marcos Fabiano Costa, Graduando, narcos_fabiano_jlle@hotmail.com

Palavras-chave: pré-conceitos, genética, atualidades

O presente trabalho teve como objetivo buscar informações sobre o conhecimento que os alunos do ensino médio, de escolas públicas, em Joinville, apresentavam sobre temas atuais em Genética. O Grupo Genética na Escola, através de palestras possibilitou os alunos conhecer e discutir temas com a oportunidade de desmistificar pré-conceitos adquiridos através de informações sem uma possível fundamentação científica, uma vez que a mídia vem noticiando com grande frequência experimentos realizados no Brasil e no exterior, muitas vezes de forma sensacionalista. O resultado dos estudos realizados, bem como seus benefícios e malefícios foram apresentados durante 45 minutos. A necessidade de colocar os prós e contras das pesquisas realizadas, foram itens fundamentais em nosso trabalho que possuía a finalidade de não só proferir palestras mas dar oportunidade para uma tomada de consciência, e liberdade para este cidadão formar uma opinião sobre o assunto. Em 2009 foram realizadas 17 palestras para 910 alunos, nos períodos matutino, vespertino e noturno. Foram respondidos questionários pelos alunos antes e depois das palestras sobre os temas: células - tronco, clonagem, transgênico e terapia gênica. Ficou evidenciado, através das respostas apresentadas pelos alunos, que conhecer sobre temas atuais é importante, pois desta forma, podem opinar de maneira mais consciente a respeito de uma tema atual e de grande relevância dentro da área da saúde. Pode-se perceber também que os alunos, em sua grande maioria, citaram que conheciam os temas através da televisão, evidenciando sua importância na educação e responsabilidade em conduzir informações corretas. Portanto, fica claro a importância que os meios de comunicação, principalmente a televisão apresenta para os nossos jovens, necessitando estes meios trazer informações verídicas e bem fundamentadas cientificamente. A televisão é um dos meios de comunicação, junto a internet, mais popular para a formação de opinião, assim, o conhecimento adquirido através deste meio sempre preocupa os professores. A partir de pesquisas simples e diretas como esta, poderemos, como educadores, repensar a importância da discussão em sala de aula que nos leva a um conhecimento da nossa população estudantil, seus pré – conceitos, suas posições perante temas atuais e sua inserção no mundo como cidadãos.

Apoio / Parcerias: PROEX, UNIVILLE

Variações das comunidades infaunais e ictioplanctônicas adjacentes à ilha da Paz (Santa Catarina, Brasil)

  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.br
  • José Maria de Souza Conceição, Dr(a), zzze.maria@yahoo.com.br
  • Alexandre Maimoni Mazzer, Dr(a), xmm@matrix.com.br
  • Danilo Henrique Nass, Graduando, danilo.nass@bol.com.br
  • Andréia Teixeira Davies, Graduando, deia.davies@gmail.com
  • Giulia Caroline Bisinela, Graduando, bisinela@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Infauna bentônica, Ictioplâncton, Ilha da Paz

A presença de ilhas em ambientes marinhos confere características próprias às massas d’água e aos fundos inconsolidados adjacentes e é comum a formação de redemoinhos em faces protegidas de ilhas costeiras devido à interação das correntes com a estrutura. Esse efeito na coluna d’água afeta significativamente o transporte e a distribuição do sedimento e a concentração do plâncton. Assim, ocorrem variações ambientais tanto na coluna d’água quanto no sedimento, onde as comunidades são condicionadas pela ação de ondas, correntes e predadores residentes na estrutura. O litoral catarinense é composto por aproximadamente 130 ilhas, entre as quais a ilha da Paz, que está localizada no município de São Francisco do Sul. O trabalho estuda as comunidades infaunais e ictioplanctônicas nas adjacências dessa ilha. Até o momento foram realizadas amostragens no verão, restantando as de inverno. As amostras da infauna, do ictioplâncton, do sedimento e da coluna d’gua foram coletadas na faces exposta e protegida da ilha. Os organismos da infauna e ictioplâncton estão sendo triados, quantificados e identificados conforme literatura específica. No sedimento esão sendo analisadas as proporções dos tamanhos dos grãos e as concentrações de matéria orgânica e carbonato de cálcio. Em campo foram determinadas a temperatura, condutividade, oxigênio dissolvido, salinidade e pH da coluna d’água. Segundo as observações em campo, ocorreu maior porcentagem de carbonato de cálcio biodetrítico com grãos grosseiros e a formação de marcas de ondulação na face exposta da ilha, enquanto na face protegida ocorreu maior acúmulo de sedimento fino sem a formação de marcas de ondulação. Segundo as análises preliminares da infauna, os grupos mais abundantes, independente da face da estrutura, foram Polychaeta e Nematoda. Para o icitioplâncton são esperadas densidades expressivas de estágios iniciais de famílias de importância comercial. Entretanto, essas observações são preliminares e ficarão mais consistentes após as análises detalhadas das amostras da infauna, ictioplâncton, sedimento e água coletadas no verão de 2010 na ilha da Paz.

Apoio / Parcerias: Fundo de apoio à pesquisa - PRPPG