Área 03 - Ciências Humanas e Lingüística, Letras e Artes

Índice

  1. (RE)enquadramentos do olhar: retratos de lideranças femininas da Comunidade Quilombola Beco do Caminho Curto
  2. A dimensão estética como mobilizadora no trabalho do Direito
  3. A EDUCAÇÃO COMO PRINCÍPIO E O REFORÇO ESCOLAR COMO FERRAMENTA: A EXPERIÊNCIA COM A COMUNIDADE CAMINHO CURTO E A CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS DO ENSINO SUPERIOR
  4. A Europa contra a "Antieuropa": anticomunismo e antissemitismo na propaganda do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
  5. A FRESTA, AS FONTES OFICIAIS E OS PROCESSOS DE APAGAMENTO: ESCRAVIZADOS E POPULAÇÕES INDÍGENAS NOS RELATÓRIOS DE PRESIDENTE DE PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA (1835 – 1872)
  6. A gameficação do ensino da gramática
  7. A Importância da Coleta de Dados para o Desenvolvimento Sustentável de Balneário Barra do Sul, SC
  8. A influência do patrimônio cultural do centro histórico de São Francisco do Sul-SC e sua importância para a memória cultural.
  9. A INSERÇÃO DE PSICOLOGAS ESCOLARES EM UMA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO: as possibilidades de um trabalho colaborativo
  10. A preservação do patrimônio cultural: desafios e tendências
  11. A processo de constituição do Comitê Intergovernamental (ICPRCP) no interior da maquinaria patrimonial da UNESCO na passagem dos anos (1970-1980)
  12. A PSICOLOGIA COMO FUNDAMENTAÇÃO PARA AS ESTRATÉGIAS DE MOTIVAÇÃO NA MODULAÇÃO DE COMPORTAMENTO POR MEIO DA GAMIFICAÇÃO.
  13. A sobreposição territorial de áreas protegidas e a competência legislativa concorrente no contexto do Direito Ambiental brasileiro
  14. Ações de curricularização da extensão no Performa: sentidos e significados atribuídos pelos extensionistas
  15. Ações para continuidade do processo educativo na pandemia
  16. Análise do discurso de professores sobre a geração Z nascida na era tecnológica digital
  17. APLICAÇÃO DA METODOLOGIA ROTAÇÃO POR ESTAÇÕES NO UNINTEGRA – PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE INTENSIVA
  18. APLICATIVOS DIGITAIS EM PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
  19. Aprendendo como o meio em que vivo
  20. As experiências sensíveis com arte e cultura na formação em pedagogia
  21. AS REPRESENTAÇÕES VISUAIS NA GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870) EM QUESTÃO: POSSIBILIDADES DE PENSAR O ENSINO DE HISTÓRIA E A PESQUISA HISTÓRICA ATRAVÉS DA ANÁLISE DAS OBRAS DE CÁNDIDO LÓPEZ E DA ICONOGRAFIA DA IMPRENSA NO BRASIL E NO PARAGUAI.
  22. AUTONOMIA CURRICULAR E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: COMO TRANSFORMAR A ESCOLA EM UM ESPAÇO DE DECISÃO?
  23. Biblioteca ao ar livre - um espaço educativo para educação integral
  24. Cce de letramento literário com ênfase em literatura local – desafios e despertares em uma escola da rede pública estadual de Joinville – S
  25. Chega Aí Universitário1: uma proposta de acolhimento de universitários
  26. COMUNIDADE QUILOMBOLA BECO DO CAMINHO CURTO: APLICAÇÃO E EFICÁCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E AS IMPLICAÇÕES NA DEMORA DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
  27. Contos de fadas clássicos: papel e influência na contemporaneidade
  28. Criativamente
  29. CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO NA MESORREGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA: RELAÇÕES COM INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL
  30. CURRÍCULO ESCOLAR E AS DIVERSAS CULTURAS DO BRASIL
  31. DISCUSSÃO ARQUEOLÓGICA VOLTADA AOS BENS IMÓVEIS DE JOINVILLE
  32. DOCÊNCIA, TRABALHO E TERRITÓRIO: RASTROS DA EXPERIÊNCIA DE PROFESSORAS EM CONTEXTOS PERIFÉRICOS
  33. EDUCAÇÃO ESCOLAR E PRÁTICAS DO PIBID: CONSTRUINDO CAMINHOS PARA A PROMOÇÃO DE UMA CULTURA DA PAZ
  34. Educação Especial no Lar de Idosos
  35. Educação infantil (entre)laçada as experiências estéticas, narrativas e práticas educativas
  36. EMPADAS JERKE: TRANSIÇÕES, RUPTURAS E CONTINUIDADES NAS PRÁTICAS ALIMENTARES E GASTRONÔMICAS
  37. Enfrentando o discurso de ódio: uma análise da ressurgência do neonazismo no meio digital e seus limites legais.
  38. Entre a ancestralidade e a prática social: o patrimônio artístico dos povos indígenas na perspectiva da História da Arte Global
  39. Entre a civilidade e a barbárie: o retrato do natural nos relatórios dos Presidentes de Província de Santa Catarina, no século XIX
  40. Estágio em psicologia escolar: possibilidades de interveção
  41. Euclides da Cunha – Lima Barreto e Graça Aranha: autores a busca de leitores
  42. Experiências comunicativas de saberes históricos construídos no curso de História, Laboratório de História Oral da Univille (LHO) e Centro memorial da Univille (CMU): articulações entre História Pública e História Digital
  43. Experiências pedagógicas no Laboratório de História Oral e Centro Memorial da Univille: práticas e reflexões com a Educação Básica
  44. Experimentações didáticas: um relato de experiência educacional do uso de jogo de cartas sobre a revolução industrial
  45. Expografia institucional como decolonialidade
  46. Formação Continuada no Ensino da Arte
  47. Formação docente continuada e a questão da desigualdade social
  48. Fragilidades docentes e sensibilidade literária: uma experiência de acolhida para a retomada das práticas educativas
  49. Gamificação de moléculas químicas para disciplina de química
  50. História da Arte Global e o Apagamento de Classes Não-Dominantes
  51. História da Moda no Brasil: uma perspectiva decolonial
  52. IMPACTOS DE UM PROCESSO FORMATIVO-COLABORATIVO ENTRE PROFESSORES ALFABETIZADORES INICIANTES E EXPERIENTES AO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE
  53. Intensificação do trabalho docente com as tecnologias digitais no ensino fundamental
  54. Mapeando direitos humanos
  55. MÃOS NA MASSA: PIBID E AS AÇÕES NO MOVIMENTO MAKER
  56. MEMÓRIA AÇORIANA E CULTURA MATERIAL DAS ARMAÇÕES BALEEIRAS DO LITORAL NORTE CATARINENSE
  57. Memória social da Escola de Artes Fritz Alt: narrativas cartográficas de artistas-professores na cidade das indústrias
  58. Núcleo de estudos e atividades em direitos humanos
  59. O APRENDIZADO TAMBÉM ACONTECE FORA DA ESCOLA
  60. O ateliê de artista e o chão de fábrica – lugares possíveis para a poiética
  61. O CORPO NO CAMPO DA EXPERIÊNCIA ESTÉTICA
  62. O desenvolvimento sustentável e os modos de vida e trabalho em uma comunidade remanescente quilombola de São Franciso do Sul (SC)
  63. O espaço e suas funcionalidades
  64. O espelho trincado do progresso: o Convênio de Taubaté e os reflexos da crise cafeeira na economia brasileira durante a Primeira República (1889 – 1930)
  65. O mito do Eldorado e as tragédias socioambientais da mineração segundo George Henrique von Langsdorff (1824 a 1825)
  66. O processo de produção de conhecimento e conservação da coleção de gravuras do curso de Artes Visuais custodiado pela equipe técnica do CMU-LHO/UNIVILLE
  67. O programa Institucional de Pesquisa (PIP em Comunicação) e sua contribuição na formação de acadêmicos na iniciação científica (2020-2023)
  68. O SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO E A PERCEPÇÃO DAS MULHERES PRESAS NO PRESÍDIO FEMININO DE JOINVILLE COM BASE NOS TEMAS DO LIVRO "PRISIONEIRAS", DE DRÁUZIO VARELLA
  69. Os traços da mulher brasileira: uma jornada iconográfica entre os séculos XVII e XIX
  70. Painel sensorial: uma atividade para exploração do ambiente externo à sala de aula
  71. Patrimônio Cultural e Samba Em Joinville SC: Os Sujeitos da Música em Nossa Cidade
  72. Percurso de formação docente e as necessidades de aprofundamento teórico na visão dos professores
  73. Performance Narrativa: biografias de professoras no contexto de um percurso de formação continuada
  74. Plantando Educação
  75. Política e Imprensa em São Bento do Sul (SC) nos contextos do Integralismo e do Estado Novo (1936 - 1939).
  76. Práticas educativas para a promoção da leitura: entrevistas com professores da educação básica
  77. PRESENÇA DAS REDES SOCIAIS NO ENSINO SUPERIOR
  78. Projeto Institucional de Extensão - Juizado Especial Cível e CRAS
  79. PROJETO “ HISTÓRIAS DE VIDAS E MEÓRIAS DE PROFESSORAS/ES DO CAMPO DE ESINO DE HISTÓRIA”
  80. PROJETO “HISTÓRIAS DE VIDAS E MEMÓRIAS DE PROFESSORAS/ES DO CAMPO DO ENSINO DE HISTÓRIA” E A SUA TRAJETÓRIA
  81. Proposições à formação continuada de professores da educação infantil a partir de processos formativos desenvolvidos em uma rede municipal do Norte Catarinense
  82. Protagonismo do estudante na extensão universitária
  83. Psicologia escolar e mídias: que relação é esse?
  84. Quando o direito à cidade é negado: o sistema de transporte coletivo e das empresas de ônibus em Joinville
  85. REFLEXÕES DO PROJETO DE VIDA E DO PROFESSOR NA EDUCACÃO NEOLIBERAL
  86. Relato de Experiência - Processo de Orientação Profissional e de Carreira
  87. Resultados gerais do Game On
  88. Saberes Docentes constituídos por professores bem-sucedidos do Curso de Enfermagem
  89. Sarau Convite ao Delírio da Cia de Teatro da Univille
  90. SENTIDOS DO TERRITÓRIO NO TRABALHO DOCENTE: IMPLICAÇÕES POLÍTICAS E FORMATIVAS
  91. Sérgio Adriano H: da poética à estética ativista
  92. significações de professoras sobre seu fazer docente e sobre a Educação Especial
  93. SIMULADO OAB: PARTE 1
  94. SIMULADO OAB: PARTE 2
  95. Trabalho docente, desigualdade social e educação infantil: desafios e atravessamentos
  96. Traços da Modernidade: Uma investigação sobre valor e processo de registro patrimonial em edificações modernas de Joinville – SC.
  97. Uma análise da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na modalidade Educação Escolar Quilombola – Joinville (SC)
  98. WEBCAMMING: Transformações do Mercado do Sexo Frente à Pandemia
  99. “Pra não dizer que não falei das flores” (Geraldo Vandré): uma canção barulhenta em tempos de censura

Resumos

(RE)enquadramentos do olhar: retratos de lideranças femininas da Comunidade Quilombola Beco do Caminho Curto

  • Larissa Saraiva Halfen, Graduando, larissahalfen@yahoo.com.br
  • Diego Finder Machado, Dr(a), diego_finder@yahoo.com.br
  • Sirlei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: Comunidade Quilombola, fotografia, lideranças femininas

Esta comunicação tem o intuito de socializar uma experiência fotográfica realizada na Comunidade Quilombola “Beco do Caminho Curto”, localizada em Pirabeiraba- Joinville, sob a perspectiva do projeto fotográfico “Missão Artística”, organizado pela instituição NEFA – Núcleo de estudos em fotografia e arte. Levando um olhar sensível sobre a vida e a cultura desta Comunidade, a experiencia fotográfica teve ênfase nas lideranças femininas, em particular, Gorete Aparecida de Oliveira, Lúcia Catarina de Oliveira e Vanessa do Rosario Farias, que desempenham o papel fundamental na preservação da cultura quilombola, na luta por seus direitos e na preocupação de perpetuar a importância do seu povo para as próximas gerações. As mulheres da comunidade Quilombola Beco do Caminho Curto enfrentaram inúmeras adversidades ao longo de suas vidas, mas nunca desistiram de sua comunidade. Elas se apoiam mutuamente, compartilham suas histórias e compreendem profundamente a importância de manter viva a herança cultural quilombola. Quanto aos aspectos metodológicos, trata-se de uma abordagem participativa e etnográfica, fundamentado nas seguintes fontes: a) Pesquisa preliminar sobre a história e a cultura quilombola, com foco nas contribuições das mulheres quilombolas; b) Análise de entrevistas seguindo a metodologia de história oral, incluindo Gorete de Oliveira, a fim de registrar suas histórias pessoais e suas experiências de liderança e luta; c) Contato com as líderes da comunidade, estabelecido por meio das ações de ensino, pesquisa e extensão da Univille. Nesse processo, foi estabelecido as conexões e os objetivos do projeto. Desta forma, espera-se que esta comunicação, assim como o projeto, venha a contribuir para o aprofundamento das discussões sobre as remanescentes comunidades quilombolas que também compõem o tecido social da cidade, desafiando estereótipos e preconceitos, reconhecendo a herança cultural e a resiliência das comunidades quilombolas de Joinville. Essas líderes desempenham um papel fundamental em sua comunidade, na medida em que se capacitam e promovem a sensibilização de outras mulheres para reivindicar seus direitos territoriais, educacionais e culturais.

A dimensão estética como mobilizadora no trabalho do Direito

  • Johana Cristina Ribeiro Porto Novais, Graduando, johanacrisnovais@gmail.com
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), pillotto0@gmail.com

Palavras-chave: Dimensão Estética, Direito, Trabalho

A pesquisa está vinculada ao Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE) da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) e tem como objetivo refletir sobre a relevância da dimensão estética no que diz respeito ao olhar perceptivo, observador e argumentativo do profissional do Direito, necessários no trabalho que lida com o julgar e decidir. Os aspectos do trabalho do Direito dependem principalmente de “uma silenciosa abertura ao que não é nós e que em nós se faz dizer” (FRAYZE-PEREIRA, 2010, p. 24). A experiência estética, abre espaços para os processos de criação dos sujeitos e as relações entre o advogado perceptivo e o que está sendo capturado no ato da prática do direito. É uma forte aliada nos processos de trabalho do advogado/pesquisador, pois impulsiona a curiosidade, a especulação e o desprendimento de verdades absolutas. Ou seja, é preciso estar aberto a novas possibilidades, à imprevisibilidade e às novas descobertas. A pesquisa tem cunho qualitativo com viés bibliográfico, pois se deseja aprofundar os conceitos referentes a dimensão estética como mobilizadora do trabalho no campo do Direito. Portanto, se faz necessário uma base teórica consistente, o que requer um estado do conhecimento. Esse poderá sinalizar convergências entre o campo da estética e do Direito, que poderão me auxiliar nos percursos da investigação bibliográfica. Espera-se que a pesquisa contribua para os cursos da UNIVILLE: Direito, Artes Visuais e Pós-graduações (mestrados e doutorados), além de possíveis desdobramentos na Educação Básica, no que se refere aos direitos e deveres dos cidadãos. Espera-se também que os currículos dos cursos de Direito repensem sobre a importância da dimensão estética no trabalho do advogado e similares, que lidam no dia a dia com aspectos perceptivos, argumentativos e criativos. A partir do estado de conhecimento, percebe-se que os resultados parciais apontam para a ausência da educação estética nos currículos dos cursos de Direito, como: criação, percepção, imaginação, intuição e emoção. A dimensão estética pode resultar em profissionais do Direito mais abertos a perspectivas diversas e capazes de interpretar signos e símbolos de maneira mais ampla, enriquecendo assim suas tomadas de decisões. Além disso, a dimensão estética como mobilizadora no trabalho do Direito pode impactar a percepção pública do sistema jurídico, ao enfatizar a relevância da sensibilidade e reflexão estética no processo de tomada de decisões legais. Isso pode contribuir para uma compreensão mais humanizada e compassiva do sistema legal.

Apoio / Parcerias: UNIEDU Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE)

A EDUCAÇÃO COMO PRINCÍPIO E O REFORÇO ESCOLAR COMO FERRAMENTA: A EXPERIÊNCIA COM A COMUNIDADE CAMINHO CURTO E A CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DE ACADÊMICOS DO ENSINO SUPERIOR

  • Weslley Lisboa, Graduando, lisboakaua2215@gmail.com
  • Beatriz de Almeida Uber, Graduando, beatrizdealmeida1@gmail.com
  • Silei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: Comunidade quilombola, extensão universitária, formação acadêmica.

A participação no Projeto Integrado de ensino, pesquisa e extensão com a comunidade quilombola Caminho Curto, privilegia o trabalho colaborativo e enaltece a troca de experiência enriquecedora e transformadora. O projeto visa promover a educação integral para que crianças e adolescentes cresçam valorizando sua cultura e fortalecendo suas práticas. Ao longo do projeto de reforço escolar, pode-se perceber a importância do diálogo e da escuta ativa na construção de uma parceria respeitosa com os membros da comunidade. Além da ferramenta do reforço escolar, o projeto tem capacitado para a entrada no mundo do trabalho. A troca de conhecimento foi fundamental para entender suas necessidades, desafios e aspirações, e assim, colaborar de forma efetiva. Participar do reforço escolar com as crianças, adolescentes e jovens foi uma oportunidade única de imersão na realidade cotidiana deles. A convivência proporcionou um entendimento mais profundo das tradições, modos de vida e valores que regem essa comunidade. Além disso, permitiu observar de perto as dificuldades enfrentadas, como acesso limitado a serviços básicos e a preservação de seus territórios. No âmbito da pesquisa, tivemos a chance de contribuir para a produção de histórias orais, bem como analisar a documentação pública acerca da história dessa população. A coleta de dados e a análise proporcionam insights valiosos para a elaboração de estratégias de empoderamento e promoção de ações de pertencimento. A realização de oficinas e capacitações em conjunto com a população da comunidade Caminho Curto foi um dos pontos altos da experiência. Essas atividades não apenas fortaleceram vínculos, mas contribuíram para o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes relacionadas à cultura, os estudos e a pensar o futuro. Além disso, a sensibilidade e a ética foram aspectos cruciais ao lidar com questões sensíveis e históricas que permeiam a vida dos quilombolas. Por fim, a participação nesse projeto nos proporcionou uma visão mais ampla sobre o papel da extensão universitária e da pesquisa na transformação social. A experiência foi marcante não apenas pelo impacto positivo observado na comunidade, mas também pelo crescimento pessoal e profissional que resultou desse engajamento para os acadêmicos da Univille. O objetivo é que este resumo demonstre a profundidade e o valor da experiência adquirida confiante de que as lições aprendidas e as habilidades adquiridas serão valiosas em futuras colaborações e iniciativas voltadas para o desenvolvimento comunitário e a promoção da justiça social.

A Europa contra a "Antieuropa": anticomunismo e antissemitismo na propaganda do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

  • Wilson de Oliveira Neto, Dr(a), wilson.o@univille.br
  • Arthur Avis, Ensino Médio, lufyyarthur@gmail.com
  • Kimili Ritieli neuberger, Graduando, kimili.neuberger@univille.br
  • João Leandro dos Santos, Graduando, joao.leandro08@gmail.com
  • Fernanda Bories, Graduando, fernandajuniorbories@hotmail.com

Palavras-chave: Propaganda de guerra, Anticomunismo, Antissemitismo

A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar internacional travado entre 1939 e 1945. Ela foi protagonizada por duas coalizões de países - os Aliados e o Eixo. A seu respeito, o Reinhart Koselleck escreveu que ela foi uma guerra total em todos os sentidos, com reflexos na memória e nas práticas sociais das populações envolvidas. Ao longo do conflito, foram mobilizadas, aproximadamente 100 milhões de pessoas para os esforços de guerra dos aliados e das potências do Eixo. A propaganda e os regimes de comunicação são apontados pela literatura especializada como importantes meios de mobilização de civis e militares para as ações de guerra tanto nas frentes de combate quanto nas retaguardas civis. O objetivo deste trabalho é examinar um aspecto dessa mobilização por meio da propaganda de guerra do Eixo veiculada através das comunicações postais, isto é, dos correios. Com o desenvolvimento das artes gráficas e dos serviços postais durante a segunda metade do século XIX, as correspondências se tornaram suportes da propaganda para uma nascente sociedade de massa. Durante as guerras mundiais, esse tipo de regime de comunicação foi amplamente usado pelos países beligerantes como formas de manter a motivação para o esforço de guerra entre civis e militares. Para tanto, foram estudados documentos postais (bilhetes postais, cinderelas, marcas, selos postais, entre outros) emitidos e circulados entre os meios civis e militares da Alemanha e da Itália durante a guerra. Como fontes primárias, esses materiais revelaram conteúdos escritos e visuais baseados no anticomunismo e no antissemitismo como ameaças contra uma Europa imaginada pelas potências do Eixo que justificava o conflito iniciado em 1939, com a invasão alemã à Polônia. Na óptica da propaganda de guerra eixista, a Europa estava sob ameaça de uma "antieuropa" representada pelo Comunismo e pelo Judaísmo.

Apoio / Parcerias: - Projeto NEADHINTEGRA (Campus São Bento do Sul); - Colégio Univille (Campus São Bento do Sul).

A FRESTA, AS FONTES OFICIAIS E OS PROCESSOS DE APAGAMENTO: ESCRAVIZADOS E POPULAÇÕES INDÍGENAS NOS RELATÓRIOS DE PRESIDENTE DE PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA (1835 – 1872)

  • VANESSA HEIDMANN, Graduando, vanessa29082000@hotmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Palavras-chave: Relatórios de presidente de província, Escravidão, Santa Catarina

Já costumeiramente trabalhadas pela historiografia e sem a áurea dos documento inéditos, a qualidade e a diversidade de informações das fontes documentais como os Relatórios de Presidente de província podem aclarar melhor o funcionamento do Estado - assim, como as tensões, negociações e alianças entre os seus diversos atores. Ademais, essas fontes podem propiciar pesquisas que avancem por diversos caminhos não ficando restritas a História política e a História econômica como por vezes se pensa. Através de dados expostos nos relatórios de presidente de província é possível realizar inúmeras comparações e análises críticas em relação à historiografia adotada pela maioria das cidades do estado de Santa Catarina. Na Colônia Dona Francisca, atual Joinville, por exemplo, a narrativa da imigração germânica predomina quando se trata da história da cidade. No entanto, a população brasileira, formada por homens livres e escravizados, e a população indígena, estão presentes nesta mesma história, bem como, contribuíram tanto quanto os alemães para o desenvolvimento da colônia. A pesquisa parte de uma análise de dados qualitativa, valendo-se da metodologia da História Social (Cardoso e Vainfas, 1997) para discutir a presença da escravidão e das populações indígenas em Santa Catarina. busca-se, nesse sentido, refletir sobre os processos de apagamento e silenciamento que ainda resistem na história regional. Como resultados parciais destacamos o fichamento e a análise dos relatórios de presidente da Província de Santa Catarina no período entre 1835-1872. Os dados apontam a presença expressiva da população negra escravizada e das populações indígenas. Nesse sentido, a pesquisa contesta a hipótese que defende a visão de deserto demográfico até o processo de colonização realizada no pós-1850 pelas colônias agrícolas europeias.

A gameficação do ensino da gramática

  • Anna Julia de Souza Miguel, Graduando, anna.miguel@univille.br
  • Henrique Peters de Oliviera, Graduando, henrique.peters@univille.br
  • Henrique Peters de Oliviera, Graduando, henrique.peters@univille.br
  • Santolin Ferreira Junior, Graduando, santolin.junior@univille.br
  • Claudia Valéria Lopes Gabardo, MSc, claudia.valeria@univille.br

Palavras-chave: Ensino, Gramática, Jogos

Neste estudo, realizado na disciplina de Morfossintaxe, o objetivo principal foi desenvolver um jogo pedagógico destinado a promover o aprendizado sobre verbos. A metodologia envolveu várias etapas: inicialmente, foram ministradas aulas para fornecer aos alunos uma base sólida sobre o tópico a ser trabalhado, que neste caso eram as conjugações verbais. Em seguida, a turma foi dividida em grupos, e cada grupo foi incumbido de criar um jogo que incentivasse o aprendizado das conjugações verbais. O foco central era desenvolver um mecanismo de aprendizado que fosse agradável e envolvente, favorecendo a aprendizagem de forma lúdica. O referencial teórico propôs um estudo sobre o uso de jogos e atividades lúdicas como recurso pedagógico facilitador do processo de ensino e aprendizagem e teve autores como Kishimoto (2011), Macedo (2005), Rau (2007) e Antunes (2013). Para o ensino da gramática utilizou-se Cunha (2017). O grupo desenvolveu a "Corrida pelo Diploma", um jogo de tabuleiro baseado em turnos com perguntas e respostas. O jogo foi projetado para alunos do primeiro semestre do curso de letras e/ou do ensino médio, com o objetivo de avançar da “Matrícula” (a linha de partida do tabuleiro) até o “Diploma”. As regras do jogo consistiam em permitir de dois a quatro jogadores e usar um dado de seis lados. As questões eram em formato de múltipla escolha, com cartas embaralhadas, em que cada jogador deveria se mover após jogar o dado e responder a uma pergunta em 30 segundos. O jogo terminaria quando alguém alcançasse o “Diploma”. Cartas corretamente respondidas eram removidas; as incorretas permaneciam, e todas as cartas eram recolocadas, se esgotadas. Casas verdes têm perguntas simples, casas vermelhas têm perguntas complexas e, casas amarelas, eram compostas por ações, punições ou vantagens. Durante a apresentação do jogo, todos os alunos tiveram a oportunidade de experimentá-lo, e ficou evidente que ele foi uma ferramenta importante para consolidar conceitos complexos, como as conjugações verbais, de forma que, se aplicados em sala de aula, proporcionariam um aprendizado valioso. Dessa forma, o projeto de ensino mostrou-se relevante, pois permitiu o desenvolvimento de um método de ensino inovador, capaz de melhorar o trabalho educacional realizado pelos professores nas escolas.

A Importância da Coleta de Dados para o Desenvolvimento Sustentável de Balneário Barra do Sul, SC

  • Henrique Weiber Monteiro , Graduando, henrique.weiber2001@gmail.com
  • Celso Voos Vieira, Dr(a), celso.v@univille.br

Palavras-chave: Infraestrutura, Desenvolvimento Sustentável, Mapeamento

A obtenção de dados municipais desempenha um papel essencial no processo administrativo, fornecendo aos gestores locais informações fundamentais para promover o crescimento sustentável e melhorar a qualidade de vida dos residentes. Este estudo concentrou-se na coleta de dados para o município de Balneário Barra do Sul, SC, visando identificar as áreas que necessitam de investimento e acompanhar a implementação de políticas públicas anteriores. A área de estudo foi dividida em 18 setores, com equipes e veículos específicos designados para cada setor. O objetivo principal era avaliar a infraestrutura e os equipamentos disponíveis nas vias públicas, classificando-os em sete categorias: pavimentação, tratamento sanitário, água encanada, energia elétrica, drenagem e coleta de lixo, sendo a pavimentação subdividida em quatro tipos diferentes (sem pavimentação, asfalto, paralelepípedo ou lajota). Os resultados revelaram que mais de 80% do município de Balneário Barra do Sul possui acesso a água encanada, energia elétrica, drenagem adequada das vias e iluminação pública, indicando um alto nível de infraestrutura nessas áreas. No entanto, o esgotamento sanitário atende apenas 18% da população, demonstrando a necessidade de investimentos adicionais nesse setor. Além disso, mais de 61% das vias do município permanecem sem pavimentação, ressaltando a importância de direcionar recursos para melhorar a acessibilidade e a qualidade das estradas. Esses dados fornecem informações valiosas para os gestores municipais, permitindo que eles tomem decisões informadas sobre a alocação de recursos e o desenvolvimento de projetos e programas que impactem positivamente a vida dos cidadãos. Além disso, a coleta de dados contínua e o acompanhamento das políticas municipais anteriores são cruciais para garantir um crescimento sustentável e a atração de novos investimentos para Balneário Barra do Sul, SC.

Apoio / Parcerias: Secretaria do Meio Ambiente de Balneário Barra do Sul

A influência do patrimônio cultural do centro histórico de São Francisco do Sul-SC e sua importância para a memória cultural.

  • PÂMELA ZATTAR GUIMARÃES, Ensino Médio, pamelazguima2007@gmail.com
  • Luiz Fernando Klug, Doutorando(a), luiz.fernando.klug@univille.br

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Centro Histórico, Imóvel

Patrimônio cultural é um termo que identifica a história de uma sociedade e seus mecanismos comportamentais que ajudaram na construção da identidade própria de uma região. Significado dado a tal “objeto” que carrega memórias, conhecimentos, simbologias e principalmente evidencias de enredos datados que auxiliam o funcionamento da tal sociedade, além de influenciarem o desenvolvimento econômico, cultural e social da identidade histórico-cultural da região. O presente trabalho aborda as tensões e preocupações que envolvem o “documento vivo” que é São Francisco do Sul, mais precisamente o seu Centro Histórico, que carrega com si, mais de 400 imóveis tombados pelo IPHAN, nos quais possuem uma importância relevante para aqueles que vivem e visitam o local. De modo contíguo, São Francisco do Sul possui uma história datada de 1504, sendo popularmente reconhecida como a terceira cidade mais antiga do Brasil, com uma história de influência portuguesa e açoriana, que visivelmente apontam a diversidade arquitetônica do município. Tendo em vista a discussão em que se abrange a relevância cultural do patrimônio, o objetivo geral do trabalho é compreender de que forma os cidadãos francisquenses (re) significam e quais usos atribuem ao patrimônio cultural instituído no Centro Histórico da cidade. Em par do movimento modernista no Brasil, foram iniciadas as primeiras discussões sobre os aspectos de preservação do patrimônio cultural nacional, onde somente assim, houve uma preocupação mais arisca sobre a preservação das estruturas. Atualmente, com o estudo já feito, o resultado observado sobre a situação do Centro Histórico é de pouco engajamento e a descaracterização da identidade cultural de imóveis da comunidade, muitos sendo utilizados somente para uso comercial em massa e postalmente descartados pelos próprios munícipes da região, que pouco têm um contato direto com a própria cultura local, além dos resultados obtidos sendo a participação efetiva do 29° seminário Proler, que ajudou na conscientização maior do problema do trabalho e a análise bibliográfica prévia, onde abordou-se a realização de um e-book com finalidade educacional. Portanto, a metodologia usada para a realização deste trabalho baseou-se em um estudo que se enquadra em experiências de políticas culturais, com uma pesquisa qualitativa e quantitativa de um estado da arte, com base em diversos artigos científicos. Em primeiro momento, será feito um levantamento de dados referente ao interveio do município como um todo, para compreender se processo de revitalização patrimonial, que refletem nos demais imóveis da região e na decadência da paisagem natural do Centro Histórico.

A INSERÇÃO DE PSICOLOGAS ESCOLARES EM UMA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO: as possibilidades de um trabalho colaborativo

  • Jeferson Andrade, Mestrando(a), jefeandrade13@gmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Palavras-chave: psicologia escolar, educação básica, Lei N°13.935/2019

A Lei n.º 13.935/2019 representa uma conquista, um marco, para as lutas de profissionais da psicologia que se empenharam por mais de 19 anos para a sua aprovação. Com isto, cresce a necessidade de acompanhar a sua implementação, uma vez que esta também é uma preocupação de diversas entidades ligadas a profissão, como o Conselho Federal de Psicologia (CFP), a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), a Associação do Ensino em Psicologia (ABEP), entre outras, que demarcam a diligência para com os processos que envolvem a referida lei. A psicologia e a educação possuem enlaces cristalizados ainda no Brasil colônia – época em que ambas as áreas caminhavam para a sua consolidação –, contudo, é o movimento da psicologia escolar educacional crítica, que nasce durante a década de 1980, que estabelece mudanças estruturais importantes para a concepção de prática realizada neste âmbito. Deste modo, entende-se que é necessário compreender a inserção profissional no campo da psicologia escolar e seus antecedentes, sendo sob este objetivo que este trabalho se finda. Para isto, foram realizadas 5 entrevistas, a partir de uma perspectiva reflexiva, com profissionais da psicologia que atuam na rede municipal de uma cidade (Joinville) localizada no norte catarinense. A organização e a tabulação dos dados foram realizadas com base na Análise de Conteúdo de Bardin (2011) e Franco (2009), e toda a construção, bem como a argumentação das análises, foram feitas com base em autores da Teoria Histórico-cultural e a Pedagogia Histórico-critica. Os resultados estão organizados em três categorias: a primeira “ANTES DE BATER O SINAL: uma apresentação da trajetória profissional até a escola” aponta para um cenário de feminização da profissão de Psicologia e evidencia que todas as profissionais iniciaram sua carreira em contexto diferente da educação; Na categoria “QUANDO O SINAL BATE: profissionais adentram às escolas” se percebeu que a constituição das relações entre as profissionais da psicologia e docentes vem se dando por meio de expectativas, as quais foram constituídas por meio de um processo histórico, também expõe às fragilidades formativas das psicólogos escolares, o que dificulta a constituição de um diálogo entre as profissões. Por conta disto se constrói a terceira categoria, “ENTRE UM SINAL E OUTRO: a formação inicial e continuada em Psicologia Escolar”, pela qual se explicitou que nenhuma das profissionais faz curso de formação continuada, e que a formação iniciou se mostrou insipiente quando se trata da atuação em psicologia escolar.

Apoio / Parcerias: CAPES PROSUC

A preservação do patrimônio cultural: desafios e tendências

  • Gabriela Aguiar, Graduando, gabi_aguiars@hotmail.com
  • Luana de Carvalho Silva Gusso, Dr(a), luana.gusso@univille.br

Palavras-chave: Patrimonio Cultural, Direitos Culturais, preservação

Este artigo acadêmico, aborda a importância da preservação do patrimônio cultural brasileiro, considerando sua dimensão material e imaterial. O Código Penal Brasileiro é analisado como uma ferramenta para a proteção desse patrimônio, visando compreender como a revisão legislativa pode aprimorar e contribuir para a conscientização e prevenção de crimes contra o patrimônio. A Diretriz 33 da Carta de Ouro Preto e o livro "Difícil Tolerância" de Yves Charles Zarka são utilizados como referências para fundamentar a discussão sobre a relação entre patrimônio, legislação e conscientização. Ademais, é explorado a maneira pela qual a revisão da legislação penal pode efetivamente concorrer para a valorização e salvaguarda do patrimônio cultural, fomentando a instauração de transformações comportamentais na coletividade. Para alcançar os objetivos propostos, será adotada uma abordagem metodológica que engloba pesquisa bibliográfica, análise documental e qualitativa. Essa abordagem permitirá a compreensão abrangente da legislação, sua aplicação prática e o contexto sociocultural em que os crimes patrimoniais ocorrem. Por fim, conclui-se que a revisão da legislação penal pode não apenas resultar em uma punição mais adequada para os infratores, mas também em um mecanismo de educação e respeito cultural. A união entre esforços legais, sociais e educacionais é essencial para a preservação do patrimônio cultural para as gerações presentes e futuras.

Apoio / Parcerias: não há

A processo de constituição do Comitê Intergovernamental (ICPRCP) no interior da maquinaria patrimonial da UNESCO na passagem dos anos (1970-1980)

  • Ana Gabriela Cardoso, Mestrando(a), anacarminati18@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Palavras-chave: UNESCO, Racismo, Colonialismo

Esta comunicação tem por objetivo socializar os resultados parciais de uma pesquisa histórica e documental vinculada ao Programa de Pós Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade (PPGPCS) da Univille. O propósito da pesquisa é analisar de que forma o Comitê Intergovernamental para a Promoção do Retorno de Bens Culturais a seus Países de Origem ou sua Restituição em Caso de Apropriação Ilícita (ICPRCP) e seus experts operaram no que concerne à restituição de bens culturais provenientes de países que sofreram ocupação colonial entre os anos de 1980 a 1991. No estudo do processo de constituição do Comitê, são analisados ofícios, relatórios, legislações e estudos técnicos, podendo perceber a predominância das discussões sobre racismo e colonialismo, visto que era um período em que muitos países colonizados estavam reivindicando a independência e espaços políticos. Nesse âmbito, os resultados parciais da pesquisa evidenciam que a criação do ICPRCP, no final dos anos 1970, se relacionou com eventos e debates mais amplos sobre patrimônio na UNESCO, conduzindo a disputas políticas e tomadas de decisão sobre o futuro do patrimônio na referida Organização.

Apoio / Parcerias: CAPES, FAPESC, FAP/Univille.

A PSICOLOGIA COMO FUNDAMENTAÇÃO PARA AS ESTRATÉGIAS DE MOTIVAÇÃO NA MODULAÇÃO DE COMPORTAMENTO POR MEIO DA GAMIFICAÇÃO.

  • Sabrina de Oliveira Pereira, Graduando, sabrina.pereira@univille.br
  • Gabrieli Serafim, Graduando, gabrieli.serafim@univille.br
  • Bruna Karnopp, Graduando, bruna.karnopp@univille.br
  • Juciane Barboza, Graduando, juciane.barboza@hotmail.com
  • Betina Armanini de Lima, Graduando, betina.lima@univille.br
  • LUIZ PAULO DE LEMOS WIESE, Doutorando(a), luizwiese@gmail.com

Palavras-chave: Gamificação, Motivação, Psicologia

Resumo: No contexto contemporâneo, foi necessário evoluir os processos de aprendizagem, que estão sendo impulsionados por abordagens multidisciplinares e tecnológicas, buscando aumentar os níveis de motivação e engajamento dos alunos. A gamificação surge nesse âmbito como uma estratégia para isso, uma vez que acelera o aprendizado, abarcando estratégias de motivações intrínsecas e extrínsecas para elevar o envolvimento dos sujeitos mesmo em atividades consideradas monótonas e de difícil execução ou ainda para modificar comportamentos desejáveis e indesejáveis. Salienta-se, também, que a gamificação baseia-se em teorias psicológicas, abarcando aspectos cognitivos, emocionais e sociais durante e posteriormente a aplicação da atividade de gamificação. Objetivo: O presente artigo visa discutir e preconizar as formas com as quais a Psicologia fundamenta as estratégias de motivação intrínsecas e extrínsecas para que possa ocorrer a modulação do comportamento através de uma revisão bibliográfica. Resultados: Os resultados iniciais de pesquisa demonstraram a existência de uma base de dados ainda em estágio de construção. Os resultados encontrados na busca pelos termos “Gamification” e “Psychology” nas diferentes bases da dados foram: PubMed (331), ScienceDirect (1.257), Scielo (3) e Cochrane Library (62). Ressaltamos que o número reduzido de achados na base Scielo se manteve, mesmo com a busca pelos termos em português ou espanhol. Estes números demonstram uma predileção pela publicação em língua inglesa e em revistas com escopo mais amplo voltada para educação e ciências sociais, que é o perfil da base ScienceDirect. Outro resultado importante obtido até o momento foi a detecção de uma tendência em transformação, identificada pelas ferramentas de análise temporal de publicações fornecidas pelas bases pesquisadas. Inicialmente o foco dos artigos eram preponderantemente voltados para a educação e hoje percebe-se uma elevada incidência na aplicação da gamificação na área da saúde. Conclusão: Com os dados parciais obtidos até o momento percebe-se o status de crescimento na publicação de artigos associando as bases psicológicas com as estratégias de gamificação. O presente trabalho está em fase de análise de resumos para a segunda triagem dos artigos.

A sobreposição territorial de áreas protegidas e a competência legislativa concorrente no contexto do Direito Ambiental brasileiro

  • Erika Léa Chamrek, Graduando, renataegert@gmail.com
  • Renata Egert, MSc, renataegert@gmail.com

Palavras-chave: áreas protegidas, competrencia, ambiental

O presente estudo trata do conflito normativo em razão da sobreposição territorial de áreas legalmente protegidas. O tema é relevante, pois analisa os conflitos normativos que resultam da coincidência de diferentes tipos de áreas protegidas num mesmo território, especialmente no que tange à aplicação integrada de instrumentos de ordenamento territorial pelos órgãos competentes, sendo foco as diferenças de escala e de objetivo de gestão. Os objetivos específicos são: a) Contextualizar as áreas protegidas nos níveis federal, estadual e municipal no ordenamento jurídico brasileiro; b) Identificar conflito normativo na hipótese de sobreposição territorial de áreas protegidas por instrumentos distintos; c) Discutir teses para solução dos conflitos previamente identificados. A expectativa deste estudo é atrair atenção para o tema, indicando eventuais conflitos normativos em razão de sobreposição de espaços ambientais com especial proteção e, oportunamente, teses para a solução destes. Na espécie, resultados parciais acusam a existência de disposições contraditórias no que tange à diferença na porcentagem de reserva legal de acordo com o instrumento normativo que a prevê, o que constitui objeto do presente estudo. A pesquisa tem abordagem bibliográfica e documental, enquanto o método é dedutivo.

Ações de curricularização da extensão no Performa: sentidos e significados atribuídos pelos extensionistas

  • Mayara Martins, Graduando, mayaramartins2012@gmail.com
  • Rafael Mendonça, Dr(a), rafael@ipz.org.br

Palavras-chave: curricularização da extensão, formação acadêmica, sentidos

A curricularização da extensão é uma abordagem que busca fortalecer a relação entre a universidade e a sociedade, oferecendo uma formação mais completa aos acadêmicos (GADOTTI, 2017). Essa integração das atividades de extensão com a formação acadêmica dos estudantes tem sido amplamente discutida nas instituições de ensino superior no Brasil (RIBEIRO, MENDES E SILVA, 2018). A curricularização da extensão é vista como uma estratégia crucial para a formação de profissionais engajados na transformação social e na construção de uma sociedade mais justa e solidária, além de promover a democratização do acesso ao conhecimento e o fortalecimento da relação entre universidade e sociedade (RIBEIRO, MENDES E SILVA, 2018). Dessa forma, o objetivo desta pesquisa é verificar os métodos e instrumentos utilizados nas ações de extensão dos acadêmicos de Psicologia, na matéria de Psicologia Educacional e compreender acerca dos sentidos e significados concedidos pelos extensionistas através das intervenções. Esta pesquisa é documental e bibliográfica. A pesquisa bibliográfica envolve revisar material já publicado sobre o tema e a pesquisa documental consiste em examinar materiais que ainda não foram analisados, como os registros e relatórios das atividades realizadas pelos acadêmicos de psicologia com alunos do ensino médio em São Bento do Sul. A introdução da experiência estética nas escolas permitiu observar, por meio dos registros documentados pelos extensionistas, a criação de sentidos e significados compartilhados com os alunos envolvidos durante esse período. Esses relatos evidenciam a capacidade de ressignificar sentidos por meio da arte. Nesse sentido, Camargo e Bulgacov (2008) defendem que a vivência estética amplia as possibilidades do indivíduo, possibilitando a construção de uma perspectiva que o estimula a enxergar a realidade a partir de diversas perspectivas. Portanto, essa pesquisa demonstra como a curricularização da extensão não apenas enriquece a formação acadêmica, mas também impacta positivamente a comunidade participante das ações de extensão, neste caso, os alunos do ensino médio em São Bento do Sul. Ressaltando a importância de uma intervenção em que a arte e a experiência estética desempenham um papel fundamental na construção de significados e na promoção de uma sociedade mais inclusiva e reflexiva.

Ações para continuidade do processo educativo na pandemia

  • Anna Julia de Souza Miguel , Graduando, anna.miguel@univille.br
  • Verônica Santos Improta Borges, Mestrando(a), veronica.borges@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Educação Básica, Tecnologias digitais, Processo educativo

O objetivo deste trabalho é analisar resultados de pesquisas e índices do censo escolar de 2020 do INEP sobre ações pedagógicas, durante a pandemia, em escolas públicas. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, focando duas temáticas: formação docente; comunicação com os estudantes e as famílias. Foram analisados três artigos científicos, publicados no ano de 2022, que abordaram os impactos da pandemia na educação básica pública, além de dados do censo escolar de 2020. Os artigos são: Professores em meio ao ensino remoto emergencial: repercussões do isolamento social na educação formal (FIALHO et al., 2022); Aulas presenciais, remotas e hibridas: O que pensam os alunos? (GRIEBLER et al., 2022) e O desenvolvimento profissional docente e educação básica na pandemia de COVID-19 (SILVA; SANTOS; BARRETO, 2022). Com relação à formação docente, o censo escolar de 2020 realizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira apontou que 79,9% das escolas estaduais e 53,7% das escolas municipais garantiram treinamento para o uso das TDIC, equipamentos e métodos para os professores. Foi adotado por 97,1% das escolas estaduais e 85,8% das escolas municipais a estratégia de realizações de reuniões virtuais para planejamento, coordenação e monitoramento. Os resultados das pesquisas relatados nos três artigos indicaram que houve formação, mas os professores participantes afirmaram que foi aligeirada e insuficiente para adotarem o ensino remoto. Disseram ter pouco ou nenhum acesso a equipamentos tecnológicos, assim como muitos dos seus alunos. Na pesquisa de Griebler et.al. (2022), os estudantes apontaram que tiveram dificuldade para acessar e acompanhar as aulas via tecnologia. Quanto às reuniões e planejamento, os professores indicaram que ocorreram, sobretudo, por avisos pelo whatsapp e vídeos com instruções para planejar as atividades pedagógicas. Outra solução adotada no ensino remoto, segundo o censo escolar (2020), foi a manutenção do canal de comunicação com a família e estudantes, tanto com a escola, quanto diretamente com os professores. Em relação a comunicação com a escola, a estratégia foi adotada por 92,1% das escolas estaduais e 77,0% das escolas municipais. Já em relação com a comunicação diretamente com os professores, 93,4% das escolas estaduais e 82,3% das escolas municipais adotaram essa prática. Os resultados das pesquisas dos artigos corroboram com essa ação, embora mencionem que não puderam alcançar todos os estudantes. Os dados analisados demonstram que a formação docente e a comunicação com os estudantes foram ações que tentaram minimizar os impactos da pandemia.

Apoio / Parcerias: Bolsista graduação IC CNPq Bolsista mestrado Capes

Análise do discurso de professores sobre a geração Z nascida na era tecnológica digital

  • Ana Beatriz Gonçalves Vieira, Graduando, ana.beatriz.goncalves.vieira@univille.br
  • Ana Paula Ribeiro Soares, Graduando, anapaula.ribeiro@univille.br
  • Bruna Pereira Vachoz, Graduando, bruna.pereiraa00@gmail.com
  • Fabíola Zanaga de Lima, Graduando, zanagalima@gmail.com
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Análise Crítica do Discurso, Professor, Geração Z

O presente trabalho, desenvolvido na disciplina de Análise do Discurso no curso de Letras, aborda a análise dos discursos de quatro professores da Rede Estadual de Ensino de Santa Catarina sobre a geração "Z". A pesquisa utilizou o método tridimensional da Análise Crítica do Discurso de Fairclough (2001), e buscou entender as percepções e estereótipos geracionais presentes nos discursos dos professores em contato com diferentes gerações. Os indivíduos da geração "Z", nascidos a partir da década de 1990, são caracterizados pela constante exposição à tecnologia digitais desde o nascimento. São denominados como geração da internet aprendem em rede e de modo difuso (JACQUES et al, 2015). A técnica de produção dos dados foi a entrevista semiestruturada, a qual, segundo Minayo e Costa (2018), oportuniza que os participantes expressem suas opiniões e ideias. Os professores respondem a perguntas sobre a geração "Z" em comparação com gerações anteriores, abordando temas como comprometimento, criação de filhos, trabalho, religião e política. Foram entrevistados dois professores da geração "X" (nascidos entre 1965 e 1978), um da geração "Y" (nascidos entre 1979 e 1996) e um da geração "Z" (nascidos entre 1997 e 2009). Os professores foram escolhidos por estarem em contato direto com as gerações em questão e por representarem um discurso afetado pela escola, de acordo com Althusser (1970), um Aparelho Ideológico do Estado. Na análise, buscou-se identificar ideologias nas falas dos sujeitos, relacionando-as com a lógica capitalista/neoliberal que afeta o discurso dos sujeitos e molda seus modos de pensar e enunciar. Os conceitos de ideologia, hegemonia e poder são explorados para entender como as práticas discursivas são afetadas pelos contextos sociais. Nas entrevistas, as pesquisadoras constataram que os entrevistados têm percepções diferentes sobre a geração "Z" em comparação com suas próprias gerações. Há evidências de uma ideologia capitalista presente nos discursos dos entrevistados, no que tange à responsabilização do indivíduo pelo sucesso ou fracasso da sua atividade profissional. Os resultados revelaram a presença de estereótipos geracionais ao considerarem que a geração Z tem menos maturidade para lidar com conflitos do que as anteriores, embora reconheçam que é maior que a geração atual. A experiência da docência na relação com os alunos permeia o discurso dos professores, quando apontam menos respeito pelas instituições. Para Fairclough (2001), a prática social e discursiva se objetiva no texto (fala) dos sujeitos, o que foi perceptível na fala dos professores sobre a complexidade das relações entre gerações.

APLICAÇÃO DA METODOLOGIA ROTAÇÃO POR ESTAÇÕES NO UNINTEGRA – PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE INTENSIVA

  • Karla Pfeiffer Moreira, MSc, karla.pfeiffer@univille.br
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br
  • Diego Alves de Miranda, Dr(a), diego.am@univille.br
  • Aline do Amaral Zils Costa, MSc, aline.amaral@univille.br
  • Cristina Ortiga Ferreira, MSc, cristina.ortiga@univille.br
  • Morgana Demarchi, G, m.demarchi@univille.br
  • Valeria Cristina Rufo Vetorazzi, MSc, valeria.rufo@univille.br

Palavras-chave: Rotação por estações, Metodologias ativas, Ensino Aprendizagem

O presente resumo apresenta um relato de experiência a partir da aplicação de uma metodologia ativa de aprendizagem, a rotação por estações, que ocorreu no Unintegra em fevereiro de 2023. O Unintegra trata-se da Profissionalização Docente Intensiva, promovido pelo Centro de Inovação Pedagógica (CIP) da Univille, que ocorre anualmente nos meses de fevereiro e julho. O CIP tem por missão promover ações de profissionalização docente a partir de concepções educacionais contemporâneas que incentivem reflexões e estudos com o foco em metodologias inovadoras de ensino aprendizagem. Nesse sentido, a abordagem de temas formativos para os professores durante o Unintegra também segue a aplicação de metodologias ativas objetivando o protagonismo dos docentes, bem como o incentivo a implementação dessas metodologias no cotidiano das salas de aulas. A metodologia rotação por estações consiste na aplicação de diferentes estratégias, tais como: realização de nuvens de palavras, quadro imagético, produção de texto após ouvir um podcast, que são trabalhadas em grupos e cada grupo tem um tempo pré determinado para realizar cada uma das atividades, sempre vinculado a um tópico ou conteúdo do conhecimento do acadêmico. Ao final do processo, cada grupo apresenta o resultado obtido nas atividades constituintes das estações. Esta metodologia é disruptiva, gerando a participação ativa do acadêmico, colocando-o como protagonista no desenvolvimento de seu aprendizado e promovendo a interação entre os estudantes. Após a realização de uma oficina utilizando a rotação por estações como metodologia no Unintegra de fevereiro de 2023, diversos professores participantes da oficina passaram a utilizar esta metodologia em suas aulas, como pode ser constatado através do banco de dados alimentado pelos dados contidos nos formulários encaminhados ao CIP para a reserva da sala de metodologias ativas. Portanto, objetiva-se relatar a aplicação de uma boa prática pedagógica na formação de docentes do ensino superior e evidenciar como essa ação formativa repercutiu na prática docente.

Apoio / Parcerias: Não se aplica

APLICATIVOS DIGITAIS EM PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

  • Tami Elise Michalak , Mestrando(a), tami.michalak@univille.br
  • Mateo Augusto Motta , Graduando, mateo.motta@univille.br
  • Nathalia Osório , Graduando, nathalia.osorio@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Tecnologias digitais, Ensino fundamental, Práticas pedagógicas

Este trabalho tem como objetivo analisar os resultados de pesquisas sobre o uso de aplicativos digitais nos anos finais do ensino fundamental. Para tanto, realizou-se um levantamento de artigos científicos, que Nóbrega-Therrien; Therrien (2004, p. 8) denomina de estado da arte, o qual tem como propósito “mapear e discutir uma certa produção científica/acadêmica em determinado campo do conhecimento”. Nesta pesquisa, realizou-se a busca nas plataformas SCIELO e Google acadêmico com os seguintes descritores: aplicativos digitais *OR* tecnologias digitais *AND* ensino fundamental II *AND* prática pedagógica, no período entre os anos de 2020 e 2023. Inicialmente, na SCIELO foram contabilizados nove trabalhos com a temática proposta, já na segunda plataforma foram localizados quinze resultados. Na sequência, os artigos foram analisados e três deles foram selecionados para este estudo. Brochado e Hornink (2020) realizaram uma pesquisa referente ao uso do aplicativo scratch, história em quadrinhos, a qual desenvolveram o trabalho com alunos de 6º e 7º anos nas aulas de Português. Os pesquisadores concluíram que o aplicativo auxiliou os estudantes a dominarem o gênero textual e a expressar suas ideias e emoções. Oliveira e Amaral (2020) desenvolveram um estudo nas aulas de matemática, em que analisaram como os estudantes avaliam o uso dos aplicativos: Socrative, para resolução de questões da Prova Brasil de 2017; Lensoo Create, para resoluções da avaliação de aprendizagem; WhatsApp, para esclarecimentos de dúvidas fora do horário das aulas; Criador de Painel em Quadrinhos e Stripcreator, para revisão de conteúdo. Os resultados apontaram que os estudantes apresentaram um maior interesse pela aprendizagem de Matemática com uso dos aplicativos. Censi e Jesus (2020) investigaram sobre o uso de aplicativos nas aulas de Inglês. Para isso, criou-se um grupo de diálogo com estudantes do 7º ao 9º ano para ouvir o que dizem sobre o uso do Duolingo. Conforme relatado, o aplicativo possui uma interface atrativa e intuitiva, lembra um jogo, é interativo e melhora o aprendizado. Assim, as pesquisadoras concluíram que os aplicativos são aliados da aprendizagem. Com os resultados apresentados, percebe-se que o uso do aplicativo será determinado pela disciplina. Alguns aplicativos são específicos, já outros podem ser utilizados por todas as áreas. Nesse sentido, os objetos de aprendizagem motivam a opção por um determinado aplicativo. Pode-se inferir que é necessário que o professor tenha conhecimento quanto ao uso do aplicativo digital, bem como da sua aplicação pedagógica, para que a aprendizagem do estudante ocorra de forma significativa.

Apoio / Parcerias: Bolsista mestrado CAPES Bolsistas graduação UNIEDU

Aprendendo como o meio em que vivo

  • Letícia Lehmann Ramalho, Graduando, leticia.ramalho@univille.br
  • Paula Michele Schmitz, Graduando, paula.schmitz@univille.br
  • BRIGIDA MARIA ERHARDT, MSc, brigida.maria@univille.br

Palavras-chave: Espaço de aprendizagem, contação de história, diferentes ambientes

As Vivências de Extensão do 1º semestre semestre de 2023, foram realizadas no Centro de Educação Infantil Pedro Paulo Hings Colin e teve como tema gerador os ambientes e espaços na perspectiva da educação integral, colocando o aluno na posição de protagonista, com o objetivo de proporcionar aos estudantes, experiências além da sala de aula, possibilitando aprendizagens significativas através de momentos ao ar livre, desenvolver habilidades criativas, cognitivas, além de estimular a atenção, concentração e percepção do mundo ao redor. Realizou-se os trâmites iniciais, elaborou-se o plano de ação e iniciou-se a ambientação com as pesquisas e observações; percebeu-se que os espaços e ambientes eram utilizados apenas como parte decorativa da escola, não sendo utilizado como espaço de aprendizagem. A pouca utilização dos espaços externos para as atividades de ensino, foi a principal dificuldade encontrada na escola. Por mais que a instituição tenha diversas opções de espaços ao ar livre, como: pomar, horta pedagógica, jardim, parques, esses ambientes não são utilizados de forma proveitosa pela escola. Após a definição da demanda, utilizou-se os seguintes procedimentos metodológicos, como: a elaboração do projeto de intervenção e a validação da proposta com a escola; o desenvolvimento se deu nas seguintes etapas: confecção de uma caixa surpresa, confecção de personagens a partir de material reciclável para utilização durante a contação das histórias, que serviria de suporte para o professor em sala de aula; houve a contação de história no pomar, seguido de uma investigação pelo CEI para descobrir quais animais habitam o local. As crianças utilizaram uma lupa como suporte e caminharam por todos os espaços, jardim, parque, pomar, horta e pátio, finalizando com registro das descobertas em formato de desenho. Piquenique no pomar. Momento de confraternização e finalização das atividades. Durante o desenvolvimento das etapas de vivências, observou-se, participação ativa dos alunos, tanto com relação aos espaços e ambientes explorados por eles, quanto aos registros, construções e descobertas evidenciadas nas propostas. Com a finalização das atividades, tivemos um retorno positivo dos responsáveis pela instituição, agradecendo pelo esforço e dedicação e por proporcionar aos estudantes possibilidades de aprendizagens de forma diferenciada, além de entender que é importante explorar os diferentes espaços e ambientes existentes no território como espaço de aprendizagem.

As experiências sensíveis com arte e cultura na formação em pedagogia

  • Rita de Cássia Fraga da Costa, Dr(a), ritadacosta08@gmail.com
  • Maura Maria Roth, Mestrando(a), mauraroth.adv@gmail.com
  • Eliana Stamm, E, elianastamm@gmail.com
  • Mirtes Antunes Locatelli Strapazzon, Doutorando(a), mirteslocatelli@gmail.com
  • Patrícia Regina de Carvalho Leal, MSc, profepaty10@gmail.com
  • Leila Regina Leidens Arcari, MSc, arcarileila@gmail.com
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), pillotto0@gmail.com

Palavras-chave: Experiências Sensíveis, Arte e Cultura, Pedagogia

O estudo está em desenvolvimento no Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE), vinculado aos Projetos: Experiências Estéticas e seus Imbricamentos nas Práticas Educativas (EIDE), no Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE), na Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) e ao Projeto de Pesquisa interinstitucional [EIDEINTER] Formação docente em e com Artes/culturas, coordenado pelo Grupo de Pesquisa: Arte na Pedagogia/GPAP, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, SP. A partir das questões: quais são as bagagens artísticas/culturais de acadêmicos do curso de Pedagogia? O que revelam? Como gerar a (cria)ção artística que consista em si mesmo uma ação formativa, cultural e investigativa? Busca mapear a bagagem artística/cultural de acadêmicos de Pedagogia e traçar linhas de atuação para potencializar as artes/culturas na formação docente. Esta pesquisa adota a A/r/tografia (A de Artist, R de Researcher, T de Teacher e GRAPH de grafia), pesquisa educacional baseada em Arte, como metodologia (DIAS; IRWIN, 2013). “O conhecimento produzido por meio das artes e suas possibilidades visuais e sonoras, a partir de territórios, objetos e sujeitos, são construções subjetivas em uma pedagogia estética/ética/cultural” (PILLOTTO et al, 2023, p. 34). Um campo de pesquisa orientado pela A/R/Tografia assume suas características, portanto, se faz fluído e dinâmico. Compreendemos que o conhecimento produzido por meio da arte e suas visibilidades (espaço, objeto e sujeito) são construções subjetivas em uma pedagogia cultural, visto que trata de aquisições desdobradas a partir das especificidades teórico-práticas das proposições que proporcionam experiências em/na/com Arte. Neste contexto, há uma conexão indivisível entre o fazer arte e os movimentos de ensinar e aprender. Com este entendimento, prospectamos e implementamos um laboratório de proposições pedagógicas com a Arte a uma turma de 22 graduandos em Pedagogia da Univille. Tempo/espaço desenvolvido na provocação da apreensão dos sentidos do mundo, expressões invocadas no (re)memorar, no expressar sentidos, depreendidas no imaginar, criar, expressar individual ou coletivamente empregando corpo, voz, narrativas e materialidades em uma prática formativa no perdurar de duas horas no desenrolar de uma oficina estética, numa sala de atividades da universidade. A produção deste campo de pesquisa está em análise, mas é possível afirmar que as narrativas criadas nas interações (re)desenharam memórias e preencheram de sentidos o encontro promovido entre pesquisadores e pesquisados. Neste viés, a partir do encontro realizado, foi possível constatar que a experiência estética abre passagens para outros modos de pensar, impulsionando outras possibilidades nas práticas de ensinar e aprender na formação destes futuros pedagogos.

Apoio / Parcerias: Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE)

AS REPRESENTAÇÕES VISUAIS NA GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870) EM QUESTÃO: POSSIBILIDADES DE PENSAR O ENSINO DE HISTÓRIA E A PESQUISA HISTÓRICA ATRAVÉS DA ANÁLISE DAS OBRAS DE CÁNDIDO LÓPEZ E DA ICONOGRAFIA DA IMPRENSA NO BRASIL E NO PARAGUAI.

  • Vinicius de Azevedo Antonio Vieira , Graduando, vinicius_antoniooo@hotmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Palavras-chave: Guerra do Paraguai, Iconografia, Ensino de História.

Este trabalho tem como objetivo analisar as representações visuais e narrativas políticas da Guerra do Paraguai (1864-1870), um dos conflitos mais devastadores e sanguinários das Américas do século XIX. O foco da pesquisa está na aplicação de abordagens teóricas que se baseiam na análise de imagens, reconhecendo a importância da iconografia como uma valiosa fonte primária para compreender as mentalidades sociais da época (BURKE, 2004; BENJAMIN, 2020). Inserindo a pesquisa na corrente historiográfica teórica conhecida como a Nova História (BURKE, 2003). As principais fontes primárias investigadas incluem as pinturas do artista Cándido Lopez (1840-1902), que retratou a guerra de forma detalhada, além de caricaturas e ilustrações veiculadas na imprensa brasileira e paraguaia. Os jornais "Semana Ilustrada" de 1861, "Paraguay Ilustrado" de 1865 e "El Centinela: periódico de la guerra de la triple alianza" de 1865, foram escolhidos por sua ampla circulação e disponibilidade de consulta, onde se encontram na Biblioteca Nacional Digital e no Centro de Artes Visuais Museu del Barro, no Paraguai. A pesquisa se propõe a investigar como o pintor argentino representou elementos sociais e políticos em suas obras relacionadas à Guerra do Paraguai (1864-1870). Além disso, busca compreender de que maneira a guerra foi retratada nas ilustrações da imprensa brasileira e paraguaia. Para alcançar esses objetivos, foram utilizadas metodologias investigativas que incluem a análise de fontes primárias, com o auxílio de fichas de análise iconográfica e discurso jornalístico, além disto, a produção de fichamentos de obras relevantes para a pesquisa (CHIAVENATTO, 1979; DORATIOTO, 2002; SALLES, 1990; PAULA, 2017; TORAL, 1995), utilizando como parâmetro uma pesquisa qualitativa. Um dos resultados da pesquisa foi a elaboração de atividades e oficinas voltadas para o ensino de história, explorando o potencial educativo das obras pictóricas e ilustrações da época, contribuindo assim com perspectivas educacionais mais renovadoras para o tema.

Apoio / Parcerias: Art. 170

AUTONOMIA CURRICULAR E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: COMO TRANSFORMAR A ESCOLA EM UM ESPAÇO DE DECISÃO?

  • Evelise Miranda Thomaselli Teichert, Mestrando(a), evelise.teichert@univille.br
  • Lucimara Suzana de Souza Kumlehn, Mestrando(a), suzysouzakumlehn@gmail.com
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Palavras-chave: Currículo, Autonomia Curricular, Projeto Político Pedagógico

O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito da disciplina Teorias e Práticas Curriculares no Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). Os aportes teóricos da disciplina nos levaram a refletir sobre os desafios do cotidiano escolar que, sustentados no Projeto Político Pedagógico (PPP), demandam autonomia curricular. Desse modo, o objetivo deste estudo é refletir sobre a relação entre o PPP de escolas de Educação Básica e a construção da autonomia curricular. Para isso, foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa a partir de um estudo bibliográfico. A autonomia curricular e o PPP, conforme Morgado (2000), estão ligados e são fundamentais para a cultura educativa e democrática, em que a escola se torna um bem comum. Nas vivências de colocar o currículo em prática, o professor se comunica e conhece seus alunos, e a comunidade a que pertence. Sendo assim, a escola se torna um espaço social, onde professores, essencialmente, movem seus alunos para o conhecimento. O currículo então é o norteador das práticas educativas (VOIGT; ALEXANDRE; PILLOTTO, 2022). A construção do projeto curricular de cada escola, concretiza-se no PPP, que é uma oportunidade de diálogo pedagógico, permitindo que educadores, membros da comunidade escolar, como diretores, coordenadores e pais reflitam sobre as práticas pedagógicas. Na construção da autonomia curricular cabe ao professor algumas responsabilidades, como ter conhecimento sólido e constante atualização para desenvolver inovações curriculares (MORGADO, 2011). O desenvolvimento profissional do professor deve ser contínuo e gradativo. Na escola, a formação docente também é fundamental para o currículo praticado e seus desafios, que quando passamos para a autonomia curricular e conseguimos inserir um PPP que reconhece a comunidade e suas individualidades, e que oportuniza a autonomia curricular visando a escola como um espaço educacional de conhecimento cultural e da sociedade, permitindo também um currículo democrático e com o envolvimento da comunidade escolar (VOIGT et al., 2021). Ao refletir sobre a relação entre o PPP de escolas de Educação Básica e a autonomia curricular, os autores estudados afirmam que o professor assim como a comunidade escolar fazem parte do processo. Assim, a escola torna-se um espaço de tomada de decisões curriculares, deixando de ser apenas um local onde as decisões são impostas de fora para dentro.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille - FAP/UNIVILLE.

Biblioteca ao ar livre - um espaço educativo para educação integral

  • Geovana Guszak Christmann, Graduando, geguszak96@gmail.com
  • BRIGIDA MARIA ERHARDT, MSc, brigida.maria@univille.br

Palavras-chave: potencializando espaços, espaço de leitura, biblioteca

As Práticas Curriculares Integradas é componente obrigatório no curso de Pedagogia EaD da Univille. A oferta acontece em quatro momentos ao longo do curso, com o objetivo de articular teoria e prática. Em 2023, se teve como tema gerador os ambientes e espaços na perspectiva da educação integral. Para realizar as atividades do componente, definiu-se a E.E.B Titolívio Venâncio Rosa, localizada no município de Araquari, que atende em média 600 estudantes da educação básica dos anos finais, ensino médio e educação de jovens e adultos. Após realizar os trâmites, a ambientação e conhecer a realidade da escola, identificou-se que por conta da alta demanda de alunos a escola teve que desativar a biblioteca escolar e transformá-la em sala de aula. Com a desativação da biblioteca, em conversa com a diretora, definiu-se como demanda identificar um local para disponibilizar os livros para o acesso pelos estudantes. O objetivo do projeto foi contribuir com a escola no sentido de definir, delimitar e organizar um espaço para promover a leitura ao ar livre. Os procedimentos metodológicos foram: Identificar o local, delimitar o espaço, definir os livros que ficariam à disposição dos estudantes e a organização do momento de acesso aos livros. A intervenção com os estudantes, no local - biblioteca ao ar livre, aconteceu durante duas semanas nos intervalos das aulas. Os livros organizados em mesas para que os alunos pudessem manusear e fazer a leitura, em um ambiente arborizado; possibilitou-se o empréstimo do livro, aos interessados, por um período de sete dias, anotando, o nome do aluno, turma e título do livro. Obteve-se como resultados por parte dos estudantes: envolvimento, interesse e curiosidade pelo ambiente e pelos livros; observou-se que quando um educando devolvia o livro, outro já esperava para emprestar e conversavam sobre a história. Teve professor de português que levou os alunos para realizar leitura e roda de conversa; o professor relatou que a turma do sexto ano que era ativa no projeto, ficou mais segura em escrever uma redação, já que escreveram sobre o livro de seu interesse. Aprendi com esse projeto que todos gostam de ler, mas alguns ainda não acharam a leitura certa para si; aprendi que certos ambientes só precisam de uma atenção, carinho e zelo para serem transformados em locais aconchegantes e cheios de vida. A experiência resultou em muita troca de ideias e saberes, para os alunos e principalmente para a acadêmica.

Cce de letramento literário com ênfase em literatura local – desafios e despertares em uma escola da rede pública estadual de Joinville – S

  • Ramone Abreu Amado Jasper Soares , Mestrando(a), rahparapsico2023@gmail.com
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br

Palavras-chave: Componente Curricular Eletivo; , Letramento Literário; , Práticas Educativas

No intuito de atender à demanda de efetivação do CCE (Componente Curricular Eletivo) de letramento literário como parte flexível do currículo do NEM (Novo Ensino Médio) efetivou-se prática pedagógica em uma escola pública estadual da região de Joinville – SC no ano de 2022. Tendo como suportes teóricos fundantes o Currículo base do ensino médio no território catarinense: caderno 4: componentes curriculares eletivos: construindo e ampliando saberes/portfólio dos(as) educadores(as) (2020) e a obra Letramento Literário – Teoria e Prática (2021) do doutor em educação pela UFMG Rildo Cosson, a experiência desenvolvida durante dois semestres com duas turmas de jovens educandos envolveu a leitura e a escrita autoral de textos literários com ênfase no fomento de eventos de letramento, tais como a criação de um varal literário e a viabilização de palestra com escritor local, tendo culminância na promoção de um concurso literário que envolveu toda a comunidade escolar. Tal exercício se deu por desafios, como o da novidade da proposta da disciplina em âmbito curricular e escassez de formação e material para sua efetivação; porém, os esforços de uma educadora somados aos de estudantes abertos à experimentação possibilitaram a instauração de saberes e fazeres significativos relacionados à leitura e escrita literárias.

Apoio / Parcerias: UNIVILLE, CAPES, Grupo de pesquisa: LEPED

Chega Aí Universitário1: uma proposta de acolhimento de universitários

  • Beatriz Milene Silva, Graduando, beamilene105@gmail.com
  • Bianca Schlickmann, Graduando, bianca.schlickmann28@gmail.com
  • Juliana Rodrigues, Graduando, jur3413@gmail.com
  • Poliana Damaso, Graduando, polidamaso.trabalhos@gmail.com
  • Thaline Martins de Oliveira, Graduando, thalineolv@gmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Palavras-chave: Psicologia educacional, psicologia escolar, Universidade

O período de transição do Ensino Médio para o Ensino Superior pode ser desafiador para os estudantes, resultando em angústias, problemas de saúde mental e evasão. A Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) reconhece esses desafios e oferece apoio através do setor Central de Relacionamentos com Estudantes (CRE), que inclui serviços de atendimento psicológico e suporte à aprendizagem. O foco deste trabalho é o projeto de Estágio Curricular Supervisionado em Psicologia Educacional na UNIVILLE, em parceria com o CRE, que visa promover reflexões sobre a experiência universitária e o desenvolvimento de uma identidade acadêmica. O projeto "Chega Aí Universitário" em 2023 começou ser estruturado em um diálogo com o supervisor do Campo de Estágio, o Psicólogo do CRE, e foi concebido como um espaço de acolhimento e socialização para universitários, centrado na troca de experiências. Os encontros têm como metas: identificar as necessidades dos estudantes relacionadas ao ambiente acadêmico, promover interações entre eles e na comunidade universitária, desenvolver autonomia e compreensão sobre a vida universitária, além de criar um ambiente acolhedor, ético e livre de julgamentos. Os encontros semanais oferecem acolhimento e escuta ativa, visando relações horizontais. São baseados em autores de referência na temática de cada encontro, sempre se amparando na psicologia histórico-cultural. Tópicos discutidos incluem identidade universitária, estereótipos dos cursos de graduação, hábitos de estudo, diversidade acadêmica e emoções relacionadas à vida universitária. A iniciativa da UNIVILLE, através do CRE e do Curso de Psicologia, demonstra compromisso com o bem-estar e a integração dos estudantes, tornando os desafios da transição para o Ensino Superior um foco de discussão.

COMUNIDADE QUILOMBOLA BECO DO CAMINHO CURTO: APLICAÇÃO E EFICÁCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E AS IMPLICAÇÕES NA DEMORA DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

  • Camila Venturi de Sant’ Ana, Graduando, camila.venturi@hotmail.com
  • Caroline Martins, Graduando, carolinemartins3012@gmail.com
  • Julia Uhlmann, Graduando, julia.uhlm@gmail.com
  • Sirlei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: comunidade quilombola, regularização Fundiária, direitos humanos

O presente artigo busca compreender a aplicabilidade e eficácia das políticas públicas em comunidades reconhecidas quilombolas, em especial àquelas concernentes à regularização fundiária da Comunidade Beco do Caminho Curto, em Joinville/SC. O tema é de extrema relevância pois, haja vista a demora na titulação das terras quilombolas, denota-se a vulnerabilidade e invisibilidade desses grupos frente ao Estado e à sociedade. É sabido que, por meio da criação de leis e políticas públicas voltadas às comunidades quilombolas, objetiva-se a obtenção da proteção dos seus direitos e da sua cultura, sendo, portanto, importante ao combate à negligência estatal e da sociedade. Ocorre que, apesar de serem somente 6 etapas a serem concluídas para regularizar as terras quilombolas, a excessiva demora no processo de titulação das terras impossibilita esses grupos de usufruírem a integralidade de seus direitos. A partir desse contexto, evidencia-se a tentativa de processos de construção das identidades culturais e empoderamento étnico, contudo, diante da discriminação, preconceito e lentidão dos processos de regularização das terras, as comunidades quilombolas permanecem sem o aproveitamento eficaz das políticas públicas a eles destinadas. A pesquisa configura-se como abordagem qualitativa, visando a compreensão da realidade vivenciada pelo grupo social quilombola, além de dados quantitativos, relacionados à quantidade de comunidades quilombolas que já possuem a certificação fundiária e aquelas que apenas possuem o título parcial, bem como os territórios já delimitados e os que estão em andamento. Desta forma, os resultados obtidos demonstram as consequências prejudiciais aos grupos quilombolas que não possuem sua terra devidamente certificada pelo INCRA, bem como que, mesmo com a criação e existência de diversas políticas públicas destinadas a estes grupos, sua aplicabilidade e eficácia não são possíveis, diante da ausência, total ou parcial, de titulação das terras.

Contos de fadas clássicos: papel e influência na contemporaneidade

  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br
  • Ana Beatriz Gonçalves Vieira, Graduando, anabeatrizgoncalvesvieira@gmail.com
  • Bruna Pereira Vacholz, Graduando, bruna.pereira@gmail.com
  • Bruno Nacimento Antunes, Graduando, brunogoncalvesantunes@gmail.com
  • Dayele Meier, Graduando, d.meier@gmail.com
  • Julia Eduarda Leite, Graduando, juliaeduardalwite@gmail.com
  • Jean Marques Lima, Graduando, jmarqueslima@gmail.com

Palavras-chave: Literatura Infantil Juvenil , Contos de fadas , contrapontos contemporâneos

Esse resumo apresenta a experiência de estudantes do 5º semestre/2023 de Letras, apoiados em pesquisas do PROLIJ - Projeto de Extensão Institucional de Literatura Infantil Juvenil, durante o componente curricular de Literatura Infantil Juvenil. Um dos tópicos do referido componente versa sobre as origens dos contos de fadas clássicos, como se disseminaram e como permanecem no imaginário contemporâneo. A partir dos estudos sobre o tema que prevê leituras de COELHO, 1991 e 2000; e, CAGNETI, 2013, os estudantes, em duplas, escolheram um personagem dos contos clássicos sobre o qual gostariam de pesquisar. Após a escolha, foi introduzido o conceito e “revisitamento” aos estudos e os estudantes passaram a procurar “marcas” das personagens clássicas no universo contemporâneo. Eles deveriam criar quadros comparativos, apresentando características dos personagens clássicos em contraponto aos atuais, evidenciando um outro olhar sobre os clássicos. Os resultados da atividade apontaram para um movimento de revisão das vozes do passado, sendo redimensionadas para a realidade presente. Um exemplo é o “Lobo Mal”, personagem de 1697, de Charles Perrault, que devora Chapeuzinho Vermelho e sua amada vovozinha, que surge na tela do cinema, no filme “Deu a louca no Chapeuzinho” do diretor Cory Edwards, em 2006, como um repórter investigando um crime, isto é, em outro papel, diverso do conto de 1697. Os quadros comparativos foram transformados pelos estudantes em 9 banners e foram expostos em duas feiras de livro da região e servirão de apoio lúdico e pedagógico em futuros estudos sobre o tema, bem como em intervenção do Curso de Letras e do PROLIJ em escolas e espaços culturais de Joinville e região.

Apoio / Parcerias: FAEX Curso de Letras

Criativamente

  • Iasmin Oliveira Salazar Martins, Graduando, iasminsalazar88@gmail.com
  • Alena Rizi Marmo Jahn, Dr(a), alena.marmo@univille.br

Palavras-chave: Criatividade, Sensibilidade, Inovação

O objetivo do Criativamente é promover nos estudantes de diferentes cursos da Universidade o exercício e desenvolvimento de soft skills, em especial a criatividade, o pensamento crítico e a inovação, necessárias para as profissões do futuro e para o desenvolvimento humano. O exercício da criatividade requer a prática do olhar de procura, o qual conduz ao aprofundamento do olhar. O exercício da arte, por meio da experiência estética, seja pela contemplação ou pela produção poética, promove tal aprofundamento, o que conduz na identificação e resolução de problemas de forma criativa e inovadora. E é deste cidadão e profissional que o mundo contemporâneo necessita. Não existe tecnologia que seja capaz de tecer novas ideias tomando por base diferentes informações, ou de encontrar soluções inteligentes para a resolução de problemas, ou mesmo de absorver novas mudanças e explorá-las a seu favor. Neste sentido, é o profissional dotado de criatividade que encontrará lugar nas profissões do futuro. Assim, por meio do CRIA, são disponibilizados aos professores e aos estudantes participantes, advindos dos cursos de Artes Visuais, Design de Animação, Design Gráfico, Arquitetura e Direito, experiências artísticas no Ateliê Livre, no Centro de Artes e Design, por meio da proposição de desafios e resolução de problemas poéticos desenvolvidos por meio do exercício da criatividade na exploração de linguagens e procedimentos da arte. No primeiro bimestre, as proposições envolveram o autoconhecimento por meio de atividades em desenho e escritos que resultaram em pintura à tinta guache sobre tela. No segundo bimestre, as atividades estão sendo desenvolvidas no laboratório de gravura a partir da xilografia. Como resultado, estamos produzindo manualmente um livro exposição cuja proposta é “o desenho do impossível”. Ao final das atividades, as produções realizadas serão expostas e será realizado um bate-papo aberto à comunidade. As discussões e trocas as realizadas entre professores e estudantes de diferentes cursos, em um ambiente no qual é construída, a cada encontro, uma atmosfera propícia à crítica, à sensibilidade e ao exercício criativo, certamente estão fazendo a diferença na rotina, nos estudos e na formação de todos e todas que estão fazendo parte do projeto.

CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO NA MESORREGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA: RELAÇÕES COM INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

  • Murilo Augusto Gregory da Luz , Graduando, murilo.luz@univille.br
  • Jorge Luís do Nascimento, Mestrando(a), jorge.nascimento@univille.br
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Palavras-chave: Currículo, Desenvolvimento Regional, Novo Ensino Médio

Diante das demandas da implementação do Novo Ensino Médio - NEM em Santa Catarina e, partido do pressuposto de que a oferta educativa nesse nível de ensino pode representar oportunidades para promover desenvolvimento econômico e social da região, esta pesquisa tem como objetivo: identificar e analisar características do desenvolvimento regional da mesorregião norte de Santa Catarina, para que se possa estabelecer relações com a organização curricular do NEM. De abordagem qualitativa, a pesquisa é exploratória, pois realiza um levantamento sobre aspectos do desenvolvimento regional da mesorregião norte de Santa Catarina. Para isso, foi utilizado o site da Federação Catarinense de Municípios - FECAM, sobre o Índice de Desenvolvimento Municipal Sustentável (IDMS) de municípios do estado de Santa Catarina. De acordo com as informações encontradas no site da FECAM, o desenvolvimento regional compreende um esforço das sociedades locais na formulação de políticas que visão impulsionar questões que possam tornar a região protagonista de seu processo de desenvolvimento. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, essas políticas podem auxiliar na redução das desigualdades econômicas e sociais, criando oportunidades e dando condições para que haja crescimento econômico, geração de renda e, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida da população. Dentre os eixos de intervenção previstos na referida política, está a educação e assim, a qualidade da educação básica também pode contribuir para amenizar as desigualdades nos setores produtivos, culturais e sociais. De acordo com o site da FECAM, o IDMS tem como objetivo avaliar cada município segundo o seu nível de desenvolvimento sustentável. Ainda, o IDMS é uma ferramenta que auxilia os agentes públicos a situarem-se em relação ao cenário atual e a prospectarem cenários futuros e desejáveis, visando a conquista de índices mais elevados de sustentabilidade e bem-estar social. Dentre os índices a serem destacados na mesorregião norte catarinense (dados de 2020, considerando uma variação de 0 a 1), temos os da dimensão sociocultural: 0,736; dimensão econômica: 0,57; dimensão ambiental: 0,491; dimensão político institucional: 0,650. Ao observarmos os índices, percebemos que ainda há aspectos a serem melhorados, especialmente na dimensão ambiental, considerando que as políticas da mesorregião devem ser capazes de promover o bem-estar social e econômico da sua população, potencializando o uso dos recursos naturais de forma sustentável, garantindo a qualidade de vida e progresso da população. Esta é uma dimensão que não está desvinculada das demais, mas é imprescindível que seja abordada nos currículos no Novo Ensino Médio.

Apoio / Parcerias: UNIEDU/UNIVILLE FAP/UNIVILLE

CURRÍCULO ESCOLAR E AS DIVERSAS CULTURAS DO BRASIL

  • Lucimara Suzana de Souza Kumlehn, Mestrando(a), suzysouzakumlehn@gmail.com
  • Diego Finder Machado, Dr(a), diego.f@univille.br
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Palavras-chave: Currículo, Multiculturalismo, Educação Básica

O presente trabalho está vinculado à uma pesquisa de Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). O tema da investigação contempla disputas em torno da necessidade de um currículo que respeite e dialogue com as diversas culturas existentes no nosso país. Assim, o objetivo dessa comunicação é refletir sobre a relevância de um currículo cultural, uma vez que as diferenças culturais estão integradas à história do nosso país. Foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir de um estudo bibliográfico, que busca compreender o que integra uma situação, em suas interações e influências (ANDRÉ; GATTI, 2010). Os resultados da pesquisa bibliográfica empreendida contemplam ideias de autores que defendem a necessidade da relação entre educação e cultura. Para Candau (2013) e Arroyo (2013), nosso país tem uma estrutura multicultural significativa, onde relações interétnicas fazem parte da nossa história, porém aí vemos uma relação injusta e dolorosa, especialmente, no que se refere aos indígenas e afrodescendentes. As particularidades das questões multiculturais, estão crivadas por posicionamentos acadêmicos e sociais, pelas militâncias e políticas públicas. Seu surgimento é decorrente das lutas de grupos sociais discriminados e excluídos. Para Candau (2013), um multiculturalismo aberto e interativo destaca a interculturalidade e é essencial para a composição da sociedade democrática, pluralista e inclusiva, que associa políticas de igualdade com políticas de identidade. A mesma autora defende que esses aspectos devem ser contemplados nos currículos escolares. Contudo, mesmo diante das lutas de movimentos indígenas e negros, para os quais muitos direitos estão garantidos, como na Lei Federal n.º 10.639/03 e na Lei Federal n.º 11.645/08, que torna obrigatório ensino sobre a história e cultura Afro-brasileira e Indígena na educação básica em escolas públicas e particulares, problemas como o racismo estrutural estão longe de serem resolvidos. Para Walsh (2009) é necessário uma interculturalidade crítica, uma pedagogia e práxis que questione, transforme, que manifeste ações na sociedade, com projetos interculturais apontando uma perspectiva da decolonidade, pauta de lutas das comunidades afro e indígenas há anos. Considerando essas questões, ancoradas em pesquisa bibliográfica, conclui-se que refletir sobre as questões multiculturais volta nossa atenção para o currículo escolar e sua relação com os contextos sociais. Os autores indicam que é necessário seguirmos buscando um currículo cultural que incorpore lutas pelo direito as identidades, culturas, valores, universos simbólicos, linguagens, direito ao reconhecimento e a produção cultural, para que tenhamos uma educação democrática e emancipatória.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille - FAP/UNIVILLE

DISCUSSÃO ARQUEOLÓGICA VOLTADA AOS BENS IMÓVEIS DE JOINVILLE

  • Laura de Oliveira dos Santos, Graduando, lauradeo.dossantos@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Palavras-chave: Prefeitura de Joinville, sítio arqueológico histórico, proteção do patrimônio

Esta pesquisa trata-se de um contato inicial, através de uma perspectiva arqueológica, com a questão do patrimônio material em Joinville. Neste sentido, seguindo a lista de bens tombados da Prefeitura Municipal de Joinville, foi realizada uma análise de cada imóvel e questionado quais imóveis apresentam maior potencial para serem considerados sítios arqueológicos históricos. A importância de pensar na possibilidade de imóveis já tombados tonando-se sítios arqueológicos está em poder intervir arqueologicamente em obras que forem realizadas, para que não se perca, por exemplo, possíveis vestígios materiais que não estão visíveis na superfície. As metodologias aplicadas foram, revisão bibliográfica principalmente sobre arqueologia histórica, patrimônio arqueológico e patrimônio cultural; análise histórica dos imóveis e comparação com os critérios ditados pelo Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville. O resultado desta pesquisa foi uma planilha com todos os imóveis tombados de Joinville, com seu nome, localização, se deveria se tornar um sítio arqueológico e o porquê, caso a resposta do campo anterior seja “sim”. Estima-se que haja continuidade nessa discussão e que futuramente a relação de imóveis com potencial para se tornar sítios arqueológicos seja enviada ao IPHAN para ser realmente concretizada.

Apoio / Parcerias: Laboratório de Arqueologia e Patrimônio Arqueológico/LAPArq da Univille

DOCÊNCIA, TRABALHO E TERRITÓRIO: RASTROS DA EXPERIÊNCIA DE PROFESSORAS EM CONTEXTOS PERIFÉRICOS

  • Yasmin Caroline da Silva, Mestrando(a), yasmincarolinesilva@yahoo.com.br
  • Alicia Alves, Graduando, alicia.loens@gmail.com
  • Allan Henrique Gomes, Dr(a), allan.gomes@univille.br

Palavras-chave: Docência, Proteção Social, Território

O presente trabalho de pesquisa tem como foco os Percursos de Trabalho e Formação Docente em contextos de vulnerabilidade social e desigualdades. A pesquisa adotou uma abordagem participativa, envolvendo encontros com duas professoras do novo ensino médio. Os encontros foram divididos em cinco eixos: 1. Eixo Bibliográfico: compreende o estudo da formação e experiência acadêmica das professoras da rede pública. 2. Eixo Trabalho: Aborda as práticas educativas, didáticas, metodológicas, recursos, desafios no contexto social das escolas públicas. 3. Eixo Conceitual: explora conceitos relacionados à vivência das professoras. 4. Eixo Estético: utiliza música, filmes e manifestações artísticas para contribuir com a formação das professoras. 5. Eixo Coletivo: estabelece a importância das trocas de experiências entre as professoras, promovendo a colaboração e resolução de problemas. Esses encontros investigaram os desafios enfrentados na escola pública do bairro Itinga, situado na divisa entre Joinville/SC e Araquari/SC, permitindo compreender as características sociais, econômicas e culturais desse território e seu impacto no trabalho docente. A pesquisa visa aprofundar a análise das diversidades existentes na rede educacional, buscando rastrear as questões sociais enfrentadas cotidianamente pelas professoras participantes. Nos encontros as professoras contaram dos desafios sociais que envolve a vida de alguns estudantes (jovens) que precisam contribuir com o sustento familiar e, para isso, por exemplo, se ausentam da escola uma hora antes do término das aulas por conta do emprego. O estudo também reflete sobre os motivos que levaram as professoras a trabalharem nessa localidade, incluindo a busca por uma casa própria. Apesar das desigualdades sociais, essas professoras desempenham um papel fundamental no desenvolvimento intelectual e emocional de seus alunos, promovendo um ensino reflexivo e crítico. Elas estão comprometidas com a educação como instrumento de luta contra as desigualdades sociais, oferecendo aulas de reforço e acolhendo os estudantes e suas famílias. Mesmo imersas nas demandas do trabalho docente, mantêm a esperança de um futuro melhor para seus educandos, muitos deles de baixa renda, outros ainda aliciados por organizações criminosas, alguns deles imigrantes, entre outras expressões das vulnerabilidades constitutivas do território. Portanto, este trabalho busca conhecer e reconhecer a ação docente transformadora, evidenciando a multidimensionalidade do magistério, especialmente no Brasil, em que as professoras além do ensino, precisam estar atentas as condições sociais e por vezes, agir sob o prisma da proteção social.

Apoio / Parcerias: Secretaria Municipal de Educação de Araquari

EDUCAÇÃO ESCOLAR E PRÁTICAS DO PIBID: CONSTRUINDO CAMINHOS PARA A PROMOÇÃO DE UMA CULTURA DA PAZ

  • Jeferson Miranda , Graduando, jeferson.miranda@univille.br
  • Luciana Bebiana da silveira, E, luciana.bebiana@yahoo.com.br
  • Carlos Roberto Gonçalves , Graduando, roberto.amrm@outlook.com
  • Eduardo Branco Cavalheiro , Graduando, eb.cavalheiro1998@gmail.com
  • Lilian Spieker Rodrigues de Lima , Graduando, lilian.srdelima@gmail.com
  • Cristina Ortiga Ferreira, MSc, cristina.ortiga@univille.br

Palavras-chave: Pibid, Caraer Conta, cultura da Paz

Este artigo apresenta um relato de experiências realizadas por bolsistas do PIBID, em uma escola estadual na cidade de Joinville, envolvendo alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Acontecimentos na escola no período pós pandemia, sinalizaram a necessidade de trabalhar valores e promover a boa convivência escolar e em sociedade. O objetivo central desta atuação consistiu em um novo pensar em relação ao “eu na sociedade”, tendo como base os pilares do “Caráter Conta”. O projeto "Caráter Conta", originalmente denominado "Character Counts", foi concebido em 1996 e inicialmente implementado no estado da Dakota do Sul (EUA). Se baseia na exploração de seis pilares que formam o caráter: respeito, responsabilidade, sinceridade, senso de justiça, zelo e cidadania, e trabalha as diversas ramificações da vida de crianças e adolescentes com opiniões, personalidades e origens distintas, contribuindo para uma sociedade democrática. O programa é uma parceria entre a ONG "Os Companheiros das Américas", Virgínia State University e a Secretaria de Educação do Estado. Na implementação do projeto aqui relatado, os alunos foram apresentados a cada um dos seis pilares do projeto Caráter Conta, utilizando abordagens lúdicas e interativas, que os estimularam a ser protagonistas na construção de uma cultura de paz. Foram utilizadas diversas metodologias, como musicalização, criação de painéis interativos (árvore da gratidão), aulas expositivas, gamificação através do lúdico utilizando de ferramentas digitais, além da utilização de outros espaços para realização de dinâmicas. Essas abordagens tiveram por objetivo, promover a internalização do conhecimento para que o estudante possa atuar de maneira autônoma e criativa no desenvolvimento de uma cultura de paz. Assim expondo de forma prática a construção ética influenciada pelos valores dos pilares. Como culminância do projeto, foi realizado um concurso de redações para alunos do 5º ano, no qual eles compartilharam suas reflexões e aprendizados relacionados aos pilares do Caráter Conta. As redações ofereceram uma visão aprofundada das mudanças nas percepções e comportamentos dos estudantes durante o projeto, proporcionando uma evidência tangível do impacto positivo do projeto. Estes resultados já promovem um retorno positivo na realidade escolar do estudante, incentivando a continuar a desenvolver o conhecimento e uma prática ética, destacando a relevância da educação baseada nos pilares do caráter na formação de cidadãos responsáveis, conscientes, críticos e ativos na sociedade.

Apoio / Parcerias: Capes

Educação Especial no Lar de Idosos

  • Viviane Razzini Pintarelli, Graduando, viviane.pintarelli@gmail.com
  • Eliane Klemann Greter, Graduando, eliane.greter@univille.br
  • Lilian Spieker Rodrigues de Lima, Graduando, lilianlima@univille.br
  • Brigida Maria Erhardt, MSc, brigida.maria@univille.br

Palavras-chave: Educação especial, lar de idosos, vivências de extensão

Vivências de Extensão é componente obrigatório no curso de Educação Especial articulando a teoria e a prática, em diferentes espaços. No segundo semestre de 2022, a proposta era desenvolver um trabalho relacionando a Educação Especial com espaços educativo não formais, e optamos por realizá-lo em uma Casa de Repousos. Esta experiência teve como objetivo desenvolver atividades que estimulassem os idosos e promovessem sua saúde integral (biopsicossocial) com contação de histórias exercitando a atenção, memória e afetividade; aplicação de jogos e brincadeiras estimulando o raciocínio lógico, capacidade de resolver problemas, atenção, afetividade e socialização; e estimular a coordenação motora e sensorial com almofadas e manguito. Os aspectos metodológicos utilizados foram: a observação do ambiente, pesquisa de artigos e relatos de experiências em casas de repousos ou com idosos e produção de materiais e produção de uma tarde lúdica com os residentes da Casa de Repousos. Os materiais produzidos foram: Um manguito e duas almofadas sensoriais inserindo elementos táteis, como: elásticos, flor de sisal e de fuxico, miçangas, zíperes, botões, fecho e velcro. Foram utilizadas texturas, cores e linhas variadas para provocar diferentes sensações. Este material foi pensado para os momentos ociosos no sofá, permitindo aos idosos, com e sem visão, o aperfeiçoamento do sentido tátil, o trabalho da coordenação motora e o entretenimento. Produzimos jogos para deixar na casa de repouso, pensando no exercício cognitivo e na socialização dos idosos, estes foram impressos e plastificados: um “Cobras e Escorregadores”, um “Corrida até 100”, dois “Tangran", um “Dobble”, um “Jogo da Velha” em feltro e um jogo com cards para pareamento com palitos de picolé. Na tarde lúdica, realizou-se contação de história com: “A Colcha de Retalhos” de Nye Ribeiro e Conceil Corrêa da Silva, por tratar da saudade, lembranças e aconchego, instigando memórias antigas. Realizamos a brincadeira da “Batata Quente” proporcionando descontração, socialização e partilha de memórias de vida. Finalizamos apresentando os jogos e também as peças produzidas para uso dos idosos. Findo o projeto, o sentimento foi de missão cumprida, as atividades foram positivas, além de termos deixado materiais para que essa ação não se resumisse a uma tarde e continuasse promovendo ocasiões de interação entre eles e familiares em visita. Considera-se que público idoso precisa de um olhar sensível e respeitoso pois cada um já percorreu sua trajetória, já viveu o ponto alto das suas capacidades e deixou seu legado e impressões no mundo.

Educação infantil (entre)laçada as experiências estéticas, narrativas e práticas educativas

  • Silvane Junior Leandro, Mestrando(a), u39087@joinville.edu.sc.gov.br
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), pillotto0@gmail.com

Palavras-chave: Práticas Educativas, Documentação Pedagógica, Experiência Estética

A pesquisa está vinculada ao Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE), bem como ao Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado em Educação, da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). As questões de pesquisa são: a Documentação Pedagógica pode ser um instrumento de visualidade nos processos sensíveis de professores e crianças da Educação Infantil? Como as Experiências Estéticas e as narrativas, articuladas à Documentação Pedagógica podem nortear as práticas educativas docentes e vice-versa? A partir dessas questões, o objetivo é tematizar as experiências estéticas e as narrativas articuladas a documentação pedagógica como norteadora das práticas educativas na educação infantil. Os autores que tem contribuído para tais reflexões são: Abrahão (2018); Fochi (2016, 2021); Kohan (2010); Meira e Pillotto (2023). O campo de investigação aconteceu na Rede Municipal de Ensino de Joinville - Escola Municipal Presidente Castello Branco Extensão, com 25 crianças da educação infantil. A pesquisa tem cunho qualitativo, com viés narrativo (auto)biográfico. Foram desenvolvidas 8 Proposições Estéticas com 16h, divididas em duas horas de duração para cada encontro. Os procedimentos metodológicos foram: observação/interação das Proposições Estéticas, anotações, registros fotográficos, produções das crianças. A pesquisa está em sua última etapa que é articular o planejar, o fazer/refletir e o registrar/ressignificar como fundamentais na Documentação Pedagógica. A pesquisa contribuirá para os profissionais que atuam na educação infantil, em especial para os que exercem a docência. As considerações parciais ampliaram nossa compreensão sobre a importância do planejar, executar, registrar e documentar como ação cíclica. Nessa perspectiva, as experiências estéticas podem envolver docentes e crianças, em um percurso de conhecimento e saberes, capaz de nutrir as sensibilidades e aprendizagens. A documentação pedagógica, imbricada nas experiências estéticas ganham significados no sentido viabilizar o cotidiano escolar, as manifestações expressivas e os processos de aprendizagem. A conexão entre o planejar, realizar, registar, refletir, documentar e ressignificar são fundamentais em uma educação pelo sensível, que prima pela qualificação humanitária, compreendendo a criança como autora social e partícipe da sociedade. Além disso, reiterou a importância da observação, da escuta e do olhar sensível, destacadas pelas experiências estéticas nutridas pelas sensibilidades.

Apoio / Parcerias: UNIEDU Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação

EMPADAS JERKE: TRANSIÇÕES, RUPTURAS E CONTINUIDADES NAS PRÁTICAS ALIMENTARES E GASTRONÔMICAS

  • Gabriel Henrique de Oliveira Furlanetto, Graduando, gabriel.furlanetto@univille.br
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), r.bmeira@gmail.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio cultural, Empadas Jerke, Práticas alimentares e gastronômicas

As Empadas Jerke são um estabelecimento gastronômico familiar localizado na cidade de Joinville (SC), que completou 100 anos de existência no ano de 2022. Atualmente, esse comércio se responsabiliza pela produção e venda de salgados, principalmente empadas de massa folhada, alimento que predomina na produção, ambiente, símbolos e crônicas do estabelecimento. Diante disso, foi criado um projeto de pesquisa que teve como objetivo principal discutir as práticas alimentares e gastronômicas presentes nas Empadas Jerke, em especial atenção ao que estivesse envolvido com as empadas de massa folhada. Para tanto, na metodologia foram utilizadas a revisão de literatura, o levantamento e a análise de fontes documentais e, principalmente, a História Oral para o desenvolvimento da pesquisa. Chegou-se à consideração de que a lancheria e as suas empadas estão adentradas na criação de uma tradição e, por consequência, em necessidades alimentares simbólicas, marcadas por memórias afetivas-gustativas, sociabilidades e etnicidade. Leva-se em conta as premissas do historiador Massimo Montanari e, também do filósofo, Paolo Rossi, que mencionaram os alimentos não apenas como objetos de ação humana voltados para a satisfação das necessidades fisiológicas, pois, conjuntamente, são instrumentos culturais. Nessa questão, um dos entrevistados da pesquisa, filho do fundador do estabelecimento – muito envolvido com o passado joinvilense do final da primeira metade e início da segunda metade do século XX –, expôs memórias que se referem aos contextos mais antigos das práticas alimentares em torno das empadas de massa folhada. Contudo, dois outros entrevistados – netos do fundador – trouxeram narrativas que dizem respeito às práticas alimentares do final do século XX até a atualidade, caracterizadas pelo trânsito da tradicionalidade local à diversidade social e cultural. Tendo como base as discussões do sociólogo Claude Fischler, que mobilizou o conceito de “imperialismo alimentar” para discutir as rupturas alimentares. Os resultados apresentados pela pesquisa mostram: a) que o comércio, Empadas Jerke, é fruto da paulatina inserção do globalismo em Joinville somado ao fenômeno das migrações internas; b) que as práticas alimentares e gastronômicas desse comércio passaram por alterações, rupturas e continuidades durante a sua trajetória, no pressuposto de que o alimento não é algo isolado das circunstâncias sociais e culturais daqueles que se apropriam de suas configurações nutricionais.

Apoio / Parcerias: CNPq Laboratóriio de História Oral

Enfrentando o discurso de ódio: uma análise da ressurgência do neonazismo no meio digital e seus limites legais.

  • Raquel Valentini, Graduando, raquel.valentini@univille.br
  • Wilson de Oliveira Neto, Dr(a), wilson.o@univille.br

Palavras-chave: Direitos Humanos, Neonazismo, Internet

Este estudo visa investigar a expansão do neonazismo, um movimento ideológico que reabilita elementos do nazismo com ênfase no contexto brasileiro. Será analisado como métodos de comunicação em massa são empregados para legitimar seu discurso de ódio. Além disso, busca-se examinar o papel da Lei 7.716/89 como instrumento jurídico para enfrentar a apologia neonazista e também como uma salvaguarda contra interpretações distorcidas do Princípio da Liberdade de Expressão. Essa pesquisa pretende oferecer uma compreensão mais aprofundada da propagação do neonazismo nas redes sociais e de suas implicações legais e sociais no Brasil. A análise foi baseada nas pesquisas de Adriana Dias, especialista no neonazismo no Brasil por meio da internet. Suas investigações revelam a organização de grupos neonazistas em ambientes virtuais, identificando 334 células neonazistas ativas no país, número que chegou a 530 em 2021. Essa pesquisa contribui para uma compreensão aprofundada da expansão do neonazismo nas redes sociais, evidenciando sua conexão com a legislação e o contexto brasileiro, proporcionando uma visão mais abrangente sobre o fenômeno. O neonazismo representa uma ameaça concreta à paz social e ao Estado democrático de direito, pois prega uma ideologia de supremacia racial que promove a intolerância e o ódio contra grupos étnicos e minorias. A pesquisa utilizou abordagens qualitativas e quantitativas para analisar a expansão nas redes sociais, compreendendo as motivações dos neonazistas e fornecendo dados numéricos. O objetivo foi embasar estratégias de combate à ameaça à paz social e à democracia. Desta forma, espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam para um maior entendimento das estratégias utilizadas pelo neonazismo para se propagar nas redes sociais e como a Lei 7.716/89 pode ser uma ferramenta para enfrentá-lo. Até o momento, foi constatada diversas manifestações de neonazismo no Brasil, especialmente, no estado de Santa Catarina. A internet é um dos meios pelos quais o neonazismo é disseminado. Paralelamente, também foi contatado um esforço das autoridades públicas em investigar as denúncias e realizar inquéritos policiais. Por último, também foi constatado a fragilidade da legislação empregada no combate ao neonazismo devido ao seu caráter vago e genérico o que torna necessário o seu aperfeiçoamento.

Entre a ancestralidade e a prática social: o patrimônio artístico dos povos indígenas na perspectiva da História da Arte Global

  • Louine Henrieth de Moura Correia, Doutorando(a), louinedemoura@gmail.com
  • Alena Rizi Marmo Jahn, Dr(a), lemarmo@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Palavras-chave: Patrimônio Artístico, Povos originários, História da Arte Global

O presente trabalho refere-se ao estudo das manifestações artísticas dos povos originários do Brasil, com foco na compreensão das complexas relações entre essas expressões culturais e os desafios teóricos e metodológicos enfrentados no campo do Patrimônio Cultural. A pesquisa visa contribuir para o debate conceitual e metodológico, na medida que desvela os desafios enfrentados no campo do patrimônio cultural, da história da arte global e sua relação com as práticas artísticas dos povos indígenas. Com uma abordagem interdisciplinar, integra a articulação entre a História da Arte e o Patrimônio Cultural, esperamos contribuir para uma compreensão mais profunda e sensível sobre as manifestações artísticas dos povos originários do Brasil dentro do campo patrimonial. Contribui também para a identificação dos artistas indígenas que estão presentes nos circuitos da arte e as transformações nas produções artística tradicionais para as de arte contemporânea, bem como detectar as possíveis influências entre as poéticas indígenas e não indígenas. Neste sentido a abordagem advém dos estudos de Aby Warburg, autor essencial para a percepção visual destas influências nas respectivas poéticas e que trouxe uma perspectiva mais aberta da história da arte. A investigação tem potência e agrega aporte teórico aos estudos que estão em curso na contemporaneidade. As referências que embasam este estudo são Aby Warburg (2015), Ailton Krenak (2020; 2022), Arthur Danto (2012), Davi Kopenawa (2015), Hains Belting (2012), Bruce Albert (2023) entre outros. Nesta etapa do estudo Jaider Esbell, Daiara Tukano, Denilson Baniwa, Carmésia Emiliano e Joseca Yanomami são alguns dos artistas levantados cuja poética decorre de suas subjetividades ancestrais.

Apoio / Parcerias: CAPES

Entre a civilidade e a barbárie: o retrato do natural nos relatórios dos Presidentes de Província de Santa Catarina, no século XIX

  • Lucas Jair Petroski, Graduando, lucaspetroski20@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), r.bmeira@gamil.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com

Palavras-chave: História Ambiental, Civilização e Barbárie, Relatórios de Presidente de Província de Santa Catarina

Este estudo, visa compreender a relevância do patrimônio natural catarinense, descrever a pesquisa parcialmente realizada sobre os Relatórios dos Presidentes de Província de Santa Catarina com ênfase às descrições que relatam a natureza local no século XIX. A pesquisa objetivou investigar os interesses e objetivos contidos nos relatórios de Província de Santa Catarina sobre o ambiente natural catarinense e entender como a relação do ser humano com a natureza está expressa neles. Buscou-se compreender a visão humana sobre a flora, a fauna e a geografia da região de Santa Catarina por intermédio de conexões entre os discursos presentes nos relatórios e as descrições contidas em diários de viagem do século XIX. A metodologia empregada tem por base teórica pensadores da história ambiental (Donald Woster e José Augusto Pádua), da paisagem (Simon Schama) e de obras que discutem o conceito de barbárie e civilização (“Dicionário de conceitos históricos” de Kalina Vanderlei Silva e “Civilização e barbárie” de Adauto Novaes). Nos repositórios do SciELO e Google Escolar, pesquisou-se artigos que tratassem do patrimônio cultural catarinense, do conceito de civilização, do conceito de barbárie e dos olhares sobre o natural. As fontes utilizadas foram, principalmente, os Relatórios de Presidentes de Província de Santa Catarina (acessados digitalmente no site “Center for Research Librarys”) e complementadas com os diários de viajantes do século XIX que estiveram no território catarinense (John Wave, Ave Lallemant, Saint Hilaire). A pesquisa histórica começou com um mapeamento das páginas dos relatórios que descrevem as relações entre o ser humano e o natural, criando-se bancos de dados (Microsoft lists e Microsoft Acess) com as informações necessárias para fichar-se as partes importantes. Os resultados parciais obtidos salientam as narrativas sobre os desastres naturais, a agricultura, a exploração de recursos, a construção de estradas, vilas, pontes, o comércio, os assassinatos de “colonos” por “bugres”, a fauna e a flora. Concluiu-se que os relatórios narram a conquista da “civilização sobre o barbarismo” e da domesticação da natureza, contribuindo para o discurso de que o civilizado (colonizador) é bom, urbano, culto e educado e os bárbaros (os “bugres” e a mata) são violentos, selvagens e indômitos.

Apoio / Parcerias: UNIEDU

Estágio em psicologia escolar: possibilidades de interveção

  • Eduardo Zunino, Graduando, eduardozunino98@gmail.com
  • Luisa Calvet Benkendorf , Graduando, luisabenk@gmail.com
  • Luiza Renata de Oliveira, Graduando, luizaoliveirapsic@gmail.com
  • Pedro Augusto Campos da Silva, Graduando, campospedrosilva@gmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Palavras-chave: psicologia escolar, educação básica, emoção

O projeto de estágio em psicologia educacional, realizado na Escola Municipal Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou, teve seu objetivo elaborado após observações participantes realizadas pelos acadêmicos, em que foram considerados diferentes aspectos e relações que compõem o campo escolar. Desta forma, os estagiários adentraram o cotidiano escolar buscando compreender as relações que se estabelecem naquele ambiente de ensino. A partir das observações, foi definido em conjunto com a equipe técnica da escola e em supervisão que o foco do trabalho seriam os estudantes dos sétimos e oitavos anos do ensino fundamental. Assim, o objetivo geral centrou-se em proporcionar aos estudantes possibilidades de elaboração e compreensão do meio e de si, a fim de desenvolver os conceitos de rede de apoio e espaços seguros, de forma que estes possam identificá-los em seus diversos âmbitos sociais. As turmas que participaram do projeto foram os sétimos e oitavos anos no período vespertino, ao decorrer do ano. No primeiro semestre foram realizadas oficinas estéticas com duas turmas do sétimo ano, intercalando-as a cada 15 dias entre as duas turmas. Já no segundo semestre, está sendo efetuado o projeto com as turmas do oitavo ano. As oficinas estéticas foram realizadas por meio de encontros semanais visando a criação de um espaço para a manifestação dos estudantes, utilizando expressões artísticas como forma de buscar o diálogo com os adolescentes. Com as oficinas notou-se a necessidade dos estudantes terem uma escuta qualificada na qual pudessem compartilhar suas dificuldades e angústias em relação tanto ao ambiente escolar e familiar, quanto às diferentes formas de adolescer. Foram expressas diferentes emoções, desde tristeza a sentimentos melancólicos e ansiosos na maioria dos estudantes, além de sentimentos como raiva e medo. Uma estratégia para buscar novas significações para as formas de sentir e expressar emoções foi utilizar o livro “Emocionário” (PEREIRA; VALCARCEL, 2013). Segundo Zanella (2020), “a arte tem um efeito profundo e de grande alcance nos diversos aspectos da psicologia humana, não só sobre a imaginação e os sentidos, como também sobre o pensamento e a vontade”. Desta forma, a atuação da psicologia através de expressões artísticas torna-se certeira no contato com estes estudantes, ao mesmo tempo em que proporciona para os mesmos novas formas de enxergar a psicologia. Escutar os adolescentes nas suas necessidades, sofrimentos e alegrias endossa e proporciona um espaço de escuta e fala para os estudantes, que muitas vezes trouxeram queixas de não serem vistos ou ouvidos.

Euclides da Cunha – Lima Barreto e Graça Aranha: autores a busca de leitores

  • Anna Júlia de Souza Miguel, Graduando, anna.julia@univille.br
  • João Manoel Madalena dos Santos, Graduando, jmanoel@univille.br
  • Amanda Louise Schmitz, Graduando, amanda.schmitz@univille.br
  • Henrique Peters de Oliveira, Graduando, henrique.peters@univille.br
  • Ivomara Borges dos Santos Bandeira, Graduando, ivomara.bamdeira@univille.br
  • Pamella Aparecida Artur, Graduando, pamella.artur@univille.br
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br

Palavras-chave: Literatura Brasileira , Contexto Histórico Cultural , Pré-Modernismo

Esse resumo apresenta a experiência de estudantes do 4º semestre/2023 de Letras, durante o componente curricular de Literatura Brasileira 2. Um dos tópicos da referida disciplina apresenta estudos sobre um período específico da literatura nacional: o pré-modernismo. Esse período foi marcado por situações sócio culturais que emergiram da transição da monarquia para a república, o evento da Primeira Guerra Mundial e das vanguardas europeias que transfiguraram as tendências do realismo e parnasianismo nacionais, (BOSI, 1997). A partir desse contexto foi solicitado aos estudantes que, em grupos, por meio da metodologia de “Aula Invertida” trouxessem para as aulas subsequentes ao solicitado, informações sobre três autores que publicaram livros sob a influência do contexto descrito acima. São eles: Euclides da Cunha, autor de Os Sertões, de 1902; Lima Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma, de 1911; e, Graça Aranha autor de Canãa, de 1902. Na data marcada para a apresentação da pesquisa, os estudantes, em forma de seminário, apresentaram os resultados de seus estudos. As conclusões trazidas pelos estudantes, apontam para a necessidade dos estudos sobre o contexto histórico cultural das épocas em que as obras são escritas para compreender, de forma ampla, a razão das temáticas trazidas pelos escritores, sem antes considerar a literariedade contida nas narrativas dos escritores acima citados. E, motivados pelos resultados da pesquisa, os grupos criaram 3 banners, com as informações que servirão de apoio didáticos a outras turmas e para uso, eventual, em estágios curriculares obrigatórios, já que o tema é comum, principalmente, no Ensino Médio.

Apoio / Parcerias: FAP - Curso de Letras

Experiências comunicativas de saberes históricos construídos no curso de História, Laboratório de História Oral da Univille (LHO) e Centro memorial da Univille (CMU): articulações entre História Pública e História Digital

  • Lucas Petroski, Graduando, lucaspetroski20@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernando.sossai@univille.br

Palavras-chave: Tecnologia digital, Comunicação, História Pública Digital

Esta comunicação tem o intuito de socializar resultados parciais do Plano de Trabalho produzido no âmbito do “GT Comunicação e Interação Digital - curso de História”, associado ao Laboratório de História Oral e Centro Memorial da Univille. Num contexto de grandes avanços das tecnologias digitais - e com o aumento na fluidez de informações, notícias e publicidade de dados - se faz necessário que o fazer da História, especialmente nos marcos da História Digital e História Pública, enfoque a qualidade e o aprofundamento do conhecimento, tendo seu conteúdo referenciado, baseado em fontes e devidamente amparado em historiografia pertinente. Sob esse espírito, o objetivo geral daquele Plano consiste em requalificar e fortalecer o relacionamento digital do curso de História, do LHO e do CMU com as comunidades interna e externa à Universidade, sobretudo fazendo uso das diversas possibilidades e instrumentos da cultura digital contemporânea. Assim, vem sendo produzido objetos digitais visando uma melhor comunicação e interação com diferentes públicos, procurando democratizar saberes históricos gerados, na e a partir da Univille, tanto em sites quanto redes sociais (vídeos, infográficos, cards, entrevistas orais, textos informativos, entre outros). Também, visa-se ampliar o alcance e o engajamento com os eventos do curso de História, do LHO e do CMU (aulas públicas e experimentais, congressos e semanas de história, feiras, exposições). Os resultados parciais obtidos foram: a (re)criação de identidades próprias do curso de História da Univille, CMU e LHO, melhora na comunicação e interação destas áreas, ampliação e democratização dos saberes históricos produzidos nestes espaços, melhoria do engajamento e do número de seguidores nas redes sociais dos referidos espaços, além de efetivamente unir teoria e prática em História Digital e História Pública. Conclui-se que as experiências do Plano de trabalho foram positivas. Contudo, ainda é necessário acompanhamento técnico e teórico para a produção de objetos digitais ainda mais significativos às comunidades interna e externa à Universidade.

Apoio / Parcerias: FAEX

Experiências pedagógicas no Laboratório de História Oral e Centro Memorial da Univille: práticas e reflexões com a Educação Básica

  • Anthonia Voss Sell, Graduando, anthoniavsell@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Palavras-chave: Educação Básica, Fontes históricas, Patrimônio arquivístico

O objetivo desta comunicação é compartilhar ações educativas realizadas, durante o primeiro semestre de 2023, no Laboratório de História Oral e Centro Memorial da Univille (LHO/CMU), envolvendo numerosos estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da cidade de Joinville (SC), em especial as práticas pedagógicas relativas às oficinas de análise de fontes históricas integrantes dos acervos destes espaços e roteiros patrimoniais realizados no Centro do munícipio. No total, foram realizados atendimentos para alunos de seis escolas da Educação Básica de Joinville, sendo um deles fora do ambiente da Universidade. Uma das oficinas, realizada no Centro da cidade, teve como objetivo aproximar os estudantes ao patrimônio cultural joinvilense, a partir de diferentes roteiros/itinerários. Ademais, este relato de experiência discute os objetivos de um acervo de natureza histórica, para além de sua organização, acondicionamento e conservação de objetos e documentos, explorando seu uso popular e educacional através da elaboração de oficinas temáticas e exposições. A disponibilização do acervo para a comunidade escolar possibilita um contato direto com fontes históricas para análise do passado em associação ao presente, muitas vezes, conectando as histórias de vida dos estudantes ou de suas famílias às histórias da cidade e/ou do país. Os recorrentes atendimentos expressam a demanda por atividades que extrapolam o cotidiano escolar. Por fim, destaca-se a interação entre estudantes universitários que são bolsistas do LHO/CMU ou do Programa de Residência Pedagógica com os estudantes e docentes da Educação Básica, proporcionando diferentes experiências e uma mediação reflexiva da interpretação de fontes históricas.

Apoio / Parcerias: FAEX, PRP/CAPES

Experimentações didáticas: um relato de experiência educacional do uso de jogo de cartas sobre a revolução industrial

  • Lucas Jair Petroski, Graduando, lucaspetroski20@gmail.com
  • Gabriel de Oliveira Wandersee, Graduando, gabrielwandersee@gmail.com
  • Diego Finder Machado, Dr(a), diego.f@univille.br
  • Claudia Valeria Lopes Gabardo, MSc, claudia.valeria@univille.br

Palavras-chave: Jogo didático, Gamificação, Ensino de História

Este trabalho apresenta um relato de experiências de dois residentes do Programa de Residência Pedagógica na escola-campo, Escola de Educação Básica Giovanni Pasqualini Faraco (GPF), onde lecionaram aulas de regência norteadas pelo preceptor, Diego Finder Machado. O objetivo em sala de aula era que os alunos, por intermédio de jogo didático a respeito da Revolução Industrial e com a explicação dos professores residentes, compreendessem as narrativas durante e após a Primeira e a Segunda Revolução Industrial (o mundo do trabalho, os trabalhadores e o ambiente). Além disso, visou-se que os estudantes fossem capazes de identificar os sujeitos, agentes participantes e suas relações nos processos de industrialização, urbanização da Europa e exploração da África, buscando entender como o domínio europeu sobre países africanos e latino-americanos foi justificado pelo poder da propaganda capitalista com discursos que desqualificavam países considerados de menor avanço tecnológico e urbano. Concomitantemente, buscou-se que os alunos interligassem a divisão de classes no período das revoluções industriais (operário-burguês) com a divisão de classes do cotidiano fabril no tempo presente (empregado-empregador), inteligindo, também, que os avanços tecnológicos, aprimoramentos dos espaços e do tempo de trabalho não resultaram, necessariamente, em melhores condições de vida ao trabalhador. A metodologia se desenvolveu ao longo de sete aulas, sendo três aulas de explicação do conteúdo (1ª Revolução Industrial, 2ª Revolução Industrial, Revolução Industrial no Brasil e em Joinville), duas aulas de avaliação utilizando-se de análise de imagem e duas aulas para a explicação e aplicação do jogo didático (gamificação) sobre a temática das revoluções industriais. Para cada jogo, foram desenvolvidos 21 cartas e um tabuleiro. São necessárias 5 peças diferentes para representar cada jogador e 5 peças iguais para as perguntas. Após os grupos (de 3 até 5 pessoas) serem formados, um dos participantes do grupo inicia pegando uma carta e dando a dica para a pessoa que está a sua esquerda, se este errar, a chance passa para o outro participante à esquerda, sucessivamente. Se acertar com uma dica, o participante anda 5 casas no tabuleiro, se for com duas dicas, 4 casas, assim por diante. Concluiu-se que a aplicação do jogo didático elevou o interesse e a participação dos alunos em sala de aula, aumentando o aprendizado dos conteúdos, tirando dúvidas e mobilizando, até mesmo, os alunos que não prestavam muita atenção nas demais aulas expositivas.

Apoio / Parcerias: Programa de Residência Pedagógica/CAPES

Expografia institucional como decolonialidade

  • Daniele Cristina Mendes Beltramini, Doutorando(a), danielemendesbeltramini@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Palavras-chave: Patrimônio Artístico, Expografia, Decolonialidade

A exposição é o momento em que uma obra de arte ganha visibilidade e interage com o público, pois gera diálogos e vivências. Evidencia a relevância da reflexão sobre as dinâmicas de visibilidades e invisibilidades, impulsionadas pelas ações expositivas. A curadoria envolve a análise e discussão de obras e artistas em espaços expositivos como museus e galerias, abrange das pesquisas às exposições, dos ateliês aos livros, das instituições à comunidade, e vice-versa. Por meio desses percursos, desenha-se uma narrativa, que será a mensagem do projeto curatorial, cuja linguagem busca destacar o diálogo com a coletividade. Essa narrativa requer pesquisa e um olhar crítico sobre o que é apresentado. Os curadores desempenham um papel fundamental nesse processo, pois é preciso repensar não só a relevância do que se propõe discutir, mas também como fazê-lo. A pesquisa, traz esse debate sobre o protagonismo social dentro da instituição museológica. Tem como objetivo investigar como a perspectiva decolonial na expografia de museus e galerias podem promover uma representação mais justa e inclusiva de histórias e culturas apagadas. As instituições de referência são o MASP e a Pinacoteca de São Paulo por alinharem-se nesta perspectiva. É fundamental se pensar em espaços culturais que possam valorizar e hierarquizar de forma equitativa todas as narrativas. Promover práticas curatoriais inclusivas é uma ferramenta possível para eliminar a existência de um protagonismo social. Faz-se necessário olhar para além da exposição e dos artistas abarcados, mas, também para as equipes que constituem as instituições. Quem são seus curadores, mediadores, diretores, educadores, produtores e montadores. Como se trabalha a linguagem artística ou o tema da curadoria dentro das instituições? Qual é a relevância histórica, contexto local e a representatividade das exposições e coleções situadas nas instituições? As práticas expográficas institucionais, inclusive do processo de seleção, curadoria, apresentação e interpretação das exposições, são problematizações que promovem uma representação mais justa e inclusiva de saberes, histórias e culturas no contexto brasileiro? A pesquisa é interdisciplinar entre a área do patrimônio cultural, da museologia e da história da arte, com estudo de campo, fontes primárias e secundárias do período compreendido entre os anos de 2013 e 2023. Os dados levantados e analisados até o momento a partir de referenciais teóricos e bibliográficos, previamente selecionados, a exemplo da análise da exposição "Denilson Baniwa: Escola Panapaná", baseada na narrativa mítica baniwa, evidencia a decolonialidade nos espaços expositivos. Postura alinhada ao processo instaurado na atualidade.

Apoio / Parcerias: CAPES

Formação Continuada no Ensino da Arte

  • Ana Beatriz Teodoro, Graduando, ana.artescola@univille.br
  • Alena Rizi Marmo Jahn, Dr(a), lemarmo@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Palavras-chave: Arte na Escola, Formação Continuada, Ensino da Arte

O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre as ações de formação continuada do grupo de estudos com professores de arte da rede municipal de ensino de Balneário Barra do Sul, SC, em parceria com o Projeto de Extensão Institucional Arte na Escola, da Univille. A visão que norteia a dinâmica dos encontros tem o entendimento de que estes sejam compartilhados, interativos, em um ambiente de troca de conhecimento, experiências e escuta entre os professores e a sua coordenação. Assim, os encontros acontecem no próprio ambiente da escola, uma vez por mês, durante as horas/atividade dos professores. Há um acordo na parceria interinstitucional entre as Secretarias de Educação e o Arte na Escola para que a organização do horário de aulas nas escolas possibilite que as horas/atividade de arte sejam concentradas no mesmo dia da semana e mesmo horário; esse procedimento viabiliza que os encontros e as trocas aconteçam durante o período em que o professor está na escola. Cada docente traz a sua vivência de sala de aula com conteúdos, abordagem metodológica, fundamentos, dificuldades e superações. Esse compartilhamento possibilita a reflexão sobre a sua prática e respectivo registro, possibilitando que o relato contribua para a reflexão dos demais professores, que muitas vezes enfrentam problemáticas similares e identificam nesses momentos novas possibilidades de superação e aprofundamento teórico. Nos encontros são compartilhados materiais pedagógicos que possibilitam o contato com o artebr, a DVDteca, o uso do site do Arte na Escola, bibliografia, entre outros. Os encontros não se restringem somente ao estudo teórico, mas também ao deslocamento a exposições de arte em museus, bienais e galerias, contribuindo para a fruição sensível do professor com a produção artística no original, a observação de curadoria e a expografia das obras. O professor passa a ter uma outra percepção da relação artista, obra e o sistema da arte, ampliando o seu repertório artístico e cultural, o que reflete em sua prática docente.

Apoio / Parcerias: FAEX

Formação docente continuada e a questão da desigualdade social

  • Henriko Kratsch, Graduando, henrikokratsch@gmail.com
  • Letícia de Andrade, MSc, ldandrade@outlook.com
  • Gabriela Kunz Silveira, MSc, gabikunz@gmail.com

Palavras-chave: Formação docente, Desigualdade social, Psicologia da Educação

Este texto comunica uma experiência de iniciação científica vinculada ao projeto integrado intitulado Percursos formativos docentes e discentes na rede de educação básica – PERFORMA. O projeto PERFORMA foi concebido como um percurso de formação docente que caminha em uma perspectiva crítica, colaborativa e comunitária, que contempla e se interessa pela trajetória e saberes docentes, com uma metodologia pautada em processos participativos, dialógicos e criativos. O objetivo geral desta investigação é analisar os sentidos sobre desigualdade social construídos em um percurso de formação continuada com professoras/es, realizado pelo projeto PERFORMA, no ano de 2021. Para tanto, foi realizada uma pesquisa documental, tendo como fontes os documentos presentes no acervo do projeto PERFORMA, sendo os selecionados para esta pesquisa relatos e transcrições literais referentes ao eixo conceitual. A partir da leitura atenta dos documentos selecionados foi possível identificar padrões e temas, e em seguida agrupadas as informações em categorias temáticas. A temática “desigualdade social” foi central no percurso analisado, fato que contribuiu para a comunicação de variadas percepções e entendimentos dos sentidos e consequências da desigualdade. Os participantes da formação expressaram diversas perspectivas sobre a desigualdade social, desde aquelas relacionadas à distribuição desigual de recursos econômicos até as que abordam questões de raça, gênero, cultura e poder. Foi notável a diversidade de entendimentos, refletindo a complexidade desse fenômeno social. A escola pode ser compreendida como um contexto importante para a desconstrução das narrativas de desigualdade e para a promoção da igualdade de oportunidades. Os relatos dos professores destacaram como a desigualdade social se manifesta nas escolas, afetando o acesso aos recursos e as interações entre os estudantes e professoras/es. Além disso, evidenciou-se o impacto das políticas educacionais no enfrentamento da desigualdade. A percepção da desigualdade na escola foi marcada por questões relacionadas à classe social, raça e gênero, e a perspectiva interseccional colaborou para a compreensão desse fenômeno. Considera-se que a pesquisa documental no acervo do projeto PERFORMA evidenciou a necessidade contínua de questionar e combater as estruturas que perpetuam a desigualdade e promover a transformação social por meio da educação. O debate pode contribuir para ampliar o conhecimento sobre a desigualdade social no contexto educacional, destacando a importância da sensibilização, da interseccionalidade e do papel dos professores na promoção da igualdade e da justiça social.

Apoio / Parcerias: Bolsa de iniciação científica Uniedu.

Fragilidades docentes e sensibilidade literária: uma experiência de acolhida para a retomada das práticas educativas

  • Paulo Roberto Fernandes, Mestrando(a), dr26713@gmail.com
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), pillotto0@gmail.com

Palavras-chave: Prátivas Educativas, Sensibilidade Literária, Docência

A pesquisa está vinculada ao Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE), bem como ao PPGE- Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). A questão de pesquisa é: como a Literatura pode contribuir para sinalizar potencialidades e fragilidades nas práticas educativas dos professores tendo as sensibilidades como ponto de partida? A partir dessa questão, o objetivo é refletir sobre as experiências literárias na docência como mobilizadoras nas relações de sensibilidades no contexto da Educação Básica. Os autores que subsidiam a pesquisa são: Candido (2011), Todorov (2009), Lobato (2016, Meira e Pillotto (2022), Duarte Jr (2001), Alfonsi e Placco (2013), Ostetto (2011), Celorio (2015 e 2019) e Masschelen e Simons (2015). O método é a narrativa (auto)biográfica, a qual foi balizadora de 4 Ateliês Literários com 4 professores atuantes no Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino. O uso de Ateliê biográfico, é um procedimento que inscreve a história de vida em uma dinâmica prospectiva, considerando a dimensão da narrativa como construção da experiência do sujeito e da história de vida como espaço de mudança aberto ao projeto de si (DELORY-MOMBERGER, 2006). Os instrumentos de coleta/produção foram: narrativas (sonoras, visuais e corporais) individuais e coletivas, fotografias e gravações multimídia. Os 4 ateliês desenvolvidos tiveram a Literatura e as experiências estéticas como meio de expressividade dos professores, que narraram: para alguém você é necessário, você não pode simplesmente abandonar, porque a gente, onze anos de educação, várias e várias vezes, da vontade de abandonar tudo... eu saía chorando da escola jurando não botar mais o pé lá... aí no dia seguinte eu ia para escola [...] no momento que eu entrava lá, ganhava um beijinho, uma florzinha (Profa. A). São esses pequenos gestos que nos fazem forte, que nos estimulam a lutar pelo que realmente acreditamos... (Profa. B). Eu sou 32 anos professora de Educação Física e não tenho stress nenhum, sou apaixonada pelo que faço, eu posso dar aula mais 32 anos ... (Profa. C). São essas e outras narrativas, que impulsionaram a pesquisa, permeada por ações sensíveis, tendo a literatura como instrumento capaz de potencializar as práticas educativas e as sensibilidades. A pesquisa está na fase de análise, tendo como base o princípio compreensivo- interpretativo de Bertaux (2010). As conclusões preliminares apontam que a Literatura possibilita tocar o sensível e compreender as fragilidades de cada um para que no coletivo possamos desenvolver práticas educativas significativas.

Apoio / Parcerias: UNIEDU Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE)

Gamificação de moléculas químicas para disciplina de química

  • Karla Pfeiffer Moreira, MSc, karlapfeiffer@gmail.com
  • Ricardo Leite, MSc, ricardo.favvo@gmail.com
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br
  • Eduarda Gorges Bitencourt, Graduando, eduarda.bitencourt@univille.br
  • Juciane Barboza, Graduando, juciane.barboza@univille.br
  • Kamila Massing Nosvitz, Graduando, kamila.nosvitz@univille.br
  • Luiz Wiese, Doutorando(a), luizwiese@gmail.com

Palavras-chave: Gamificação , Impressão 3D, Moléculas de química

Introdução: A dificuldade que grande parte dos estudantes de fases iniciais dos cursos de graduação que dispõe a disciplina de química é tentar compreender alguns conteúdos de Química Orgânica. Esses podem estar relacionados à forma como certos assuntos são abordados. Um exemplo disso é a dificuldade na compreensão de conteúdos que tratam de ideias no plano tridimensional, devido ao uso predominante do quadro de duas dimensões. Dessa forma, através da demanda advinda ao Projeto Integrado Game On entendeu-se a necessidade da docente para suas aulas, idealizou-se então o “Kit Molecular” como recurso didático gamificado que pudesse exercer uma função de mediação por instrumentos no processo, estando presente tanto no mundo concreto quanto no mundo simbólico, engajando o aluno para tal. Objetivos: Usar a gamificação nas aulas de Química Orgânica para tornar lúdico o ensino da Química Orgânica, estimulando a interação e o trabalho em equipe entre os alunos. Metodologia: Para a montagem das moléculas foi confeccionado com o suporte de uma impressora 3D os modelos de esferas impressos em filamentos e a confecção de cartas de desafios. Resultados: Os átomos impressos na cor branca em tamanho grande representam o carbono, com 24 unidades impressas. Os demais átomos são representados pelo modelo de esfera de tamanho médio, a sua diferenciação entre átomos foi por cores, com impressão de 49 unidades. Foram impressas 54 unidades de hidrogênio em tamanho pequeno. As ligações foram representadas por bastões com encaixe nas esferas representando as ligações, com 21 unidades. Assim, para diferenciar as esferas nos átomos correspondentes, foi utilizado tinta à base de água para pintar conforme os elementos (oxigênio, nitrogênio, carbono, fósforo e enxofre) a serem utilizados. Para que o processo de ensino-aprendizagem por meio da gamificação torne o processo atrativo, foram confeccionados cards para um jogo que será aplicado entre equipes divididas na sala de aula. Os cards são diferenciados por nível de dificuldade através de cores. Cards vermelhas (4 pontos) com nome popular da substância; Cards azuis (3 pontos) com nome químico; Cards verdes (2 pontos) com representação química plana e Cards roxas (1 ponto) com representação estrutural. Por fim, a equipe que tiver maior pontuação vence o desafio. Conclusão: Por fim, a partir das observações feitas e os resultados obtidos, torna-se evidente a necessidade por buscar alternativas que despertem o interesse do aluno e colaborem com a compreensão dos assuntos estudados para, assim facilitar o processo de ensino-aprendizado.

Apoio / Parcerias: Pró-Reitoria de Extensão; Uniedu; FAP/ Univille e Fast Parts

História da Arte Global e o Apagamento de Classes Não-Dominantes

  • Nágela Soares dos Santos Passos, Graduando, nagela.passos@univille.br
  • Alena Rizi Marmo Jahn, Dr(a), lemarmo@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Palavras-chave: História da Arte, Global, Decolonialidade

A investigação desenvolvida gira em torno da História da Arte Global, cuja abordagem metodológica foi a pesquisa bibliográfica a partir de autores como Hans Belting (2012), Arthur Danto (2006), Alessandra Simões (2021), entre outros livros e artigos científicos que tratam deste tema. A investigação discute a quase inexistência de representação de mulheres, indígenas e afrodescendentes ao longo da história da arte, devido a uma visão eurocêntrica, elitista e machista que dominou por muito tempo. Por meio da pesquisa, é analisado como essa visão excludente se desenvolveu ao longo dos anos e como as novas produções artísticas estão surgindo como protesto para promover mudanças nessa narrativa. As conclusões finais destacam que essa reescrita da história da arte envolve uma análise crítica das narrativas dominantes, a descoberta e promoção de artistas marginalizados e a contextualização de obras de arte em diferentes culturas e períodos históricos. As novas produções artísticas que surgem como protesto desempenham um papel crucial nesse processo de mudança, desafiando as normas estabelecidas, corrigindo erros históricos, dando voz à classes marginalizadas e promovendo a valorização da diversidade de perspectivas e contribuições artísticas. Em síntese, a pesquisa aponta para uma evolução positiva na escrita da história da arte, que está se tornando mais inclusiva e diversificada, à medida que a sociedade reconhece a importância de reconhecer e celebrar as vozes e contribuições de grupos anteriormente excluídos.

Apoio / Parcerias: PIBIC/CNPq

História da Moda no Brasil: uma perspectiva decolonial

  • Cecília Pereira Ferreira, Graduando, cecilia58771@gmail.com
  • Alena Rizi Marmo Jahn, Dr(a), lemarmo@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Palavras-chave: Moda, Decolonialidade, Brasil

Esta pesquisa é de natureza qualitativa e bibliográfica, cujo objetivo foi levantar e analisar os dados coletados sobre a história da moda no Brasil, em uma perspectiva decolonial. A base teórica construída a partir de levantamentos nas bases EBSCO, CAPES e livros possibilitou perceber a problemática que envolve os diversos conceitos e abordagens sobre e de moda. Analisou-se as influências e ausências das culturas, que se caracterizam como apagamentos intencionais da história, como por exemplo: a moda realmente surgiu na Europa e um dos motivos da tomada do Brasil foi usufruir da matéria prima oferecida neste país para ser utilizada na moda e vestuário europeu. Antes do Brasil ser invadido, os povos originários não tinham uma relação corpo e roupa, mas, corpo e adereço, o que resultou em um processo de hibridização, no qual os portugueses passaram a usar adereços e os indígenas passaram a usar vestimentas, ou seja, a mudança foi mútua. Apesar da Europa ser referência na moda, nem tudo é de fato originário de lá, pois muito foi tomado dos povos originários de cada região colonizada, no entanto, foram ignoradas da história as verdadeiras raízes. Hoje, a vestimenta é vista principalmente como uma forma de comunicação, pois a indumentária possibilita distintas formas de manifestações, é também utilizada como índice de destaque entre classes sociais e comunidades, assim como era priorizado antigamente. Mas muito mais importante do que a divisão de tribos, é a identificação de pessoas que se reconhecem como uma comunidade e se fortalecem em prol de uma revolução. A colonização induziu todo um sistema capitalista e racial, que criou uma sociedade com base na discriminação e no abuso de poder. Razão pela qual enxergar a moda como uma forma de comunicação e utilizá-la a favor da humanidade é uma maneira de revolucionar o meio em que se vive a favor de resgatar as origens em busca de uma efetiva mudança.

Apoio / Parcerias: Artigo 171

IMPACTOS DE UM PROCESSO FORMATIVO-COLABORATIVO ENTRE PROFESSORES ALFABETIZADORES INICIANTES E EXPERIENTES AO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE

  • Rita Buzzi Rausch, Dr(a), ritabuzzirausch@gmail.com

Palavras-chave: Desenvolvimento Profissional Docente, Comunidade Formativa, Alfabetização

Esta investigação tem como objetivo compreender os impactos de um processo formativo-colaborativo entre professores experientes e professores iniciantes que atuam com turmas de alfabetização ao desenvolvimento profissional docente. Neste contexto, busca-se desenvolver uma pesquisa de abordagem qualitativa e colaborativa. Os participantes são professores experientes e iniciantes que atuam na alfabetização na Rede Municipal de Ensino de Joinville –SC. Nesta pesquisa, considera-se professor iniciante o profissional que atua há menos de três anos na docência e professor experiente o que atua há mais de 15 anos. Como arcabouço teórico, a pesquisa pauta-se em Nóvoa (1999, 2019); Garcia (1999); Marcelo e Vaillant (2015; 2017); e Imbernón (2000; 2010). Tais autores defendem que a formação seja potencializadora das práticas, com trocas de experiências e partilhas de saberes, por meio de processos colaborativos. Dialoga-se também com Desgagné (2007) e Ibiapina (2008) que tratam da pesquisa colaborativa. A análise dos dados inspira-se na Análise Textual Discursiva de Moraes e Galiazzi (2006). Como procedimento de produção de dados, realizou-se entrevistas narrativas e constituiu-se uma comunidade formativa. As entrevistas narrativas foram realizadas no intuito de possibilitar que os professores iniciantes apresentem os seus dilemas diante da docência, e os professores experientes compartilhem lições provindas de suas experiências na profissão. Dentre os principais desafios dos iniciantes destacam-se: compreensão dos conceitos de alfabetização e letramento; metodologias específicas para alfabetizar; trabalho colaborativo na escola; e a relação entre professores e famílias. Os experientes mencionaram como principais lições: leitura como eixo do planejamento; a questão dos métodos; reflexão da prática e a formação continuada em rede/autoformação. Após a análise das entrevistas foram elencados, colaborativamente, eixos de discussão na comunidade formativa - Dimensão conceitual: alfabetização e letramento; Dimensão processual: a alfabetização em contexto de letramento; Dimensão organizacional: a ação pedagógica alfabetizadora; Dimensão identitária: a identidade alfabetizadora. A comunidade formativa está em andamento, e até o momento, foram realizados sete encontros. Tais encontros são audiografados e cada participante está fazendo seus registros em um diário de aprendizagem, para posterior análise. Como impactos parciais percebe-se que a vivência colaborativa vem possibilitando a construção de novos significados e sentidos referentes a ação de alfabetizar, impulsionando o desenvolvimento profissional das professoras iniciantes e experientes, concomitantemente. A pesquisa pretende “inovar de dentro”, colaborando com a ressignificação da formação de professores, tornando os professores protagonistas de seu desenvolvimento profissional, de maneira que sejam atuantes em uma escola cada vez mais complexa e que necessita ser reflexiva e inovadora.

Apoio / Parcerias: CNPq

Intensificação do trabalho docente com as tecnologias digitais no ensino fundamental

  • Juliana Santana Rubik , Mestrando(a), juliana.rubik@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Tecnologias digitais, Trabalho docente, Ensino Fundamental

O objetivo deste trabalho é analisar o papel das tecnologias digitais no trabalho docente, cujos resultados aqui apresentados fazem parte de uma pesquisa de mestrado. A técnica de produção de dados foi o grupo de discussão, que, segundo Meinerz (2011), oportuniza momentos e espaços interativos com os participantes da pesquisa, considerando o contexto em que se encontram e sua visão do fenômeno estudado. Participaram da pesquisa oito professores dos anos iniciais do ensino fundamental de uma escola municipal pública de Araquari/SC. Ocorreram três encontros, nos quais os professores relataram e analisaram suas experiências e práticas pedagógicas com uso das tecnologias digitais. Uma das temáticas que emergiram das falas dos participantes foi a intensificação do trabalho que se deu devido ao constante acesso às tecnologias em qualquer momento, especialmente, por meio das redes sociais. Os professores mencionaram situações nas quais a disponibilidade deles é requerida em horários que não estão inclusos na jornada de trabalho deles. Para Fidalgo, et al. (2016), o modelo socioeconômico neoliberal defende a redução da presença do Estado e a reestruturação do setor produtivo, exigindo que o indivíduo seja eficiente, polivalente, de tal forma que se responsabilize pelo sucesso ou fracasso da sua atividade laboral. Essa lógica tem afetado o trabalho docente ao trazer novas demandas e atribuições conferidas ao professor. Outro aspecto que surgiu nas falas dos participantes foi em relação à adequação das aulas num modelo de ensino remoto durante a pandemia. A escola em que os participantes atuam utilizou material impresso do conteúdo e das atividades pedagógicas, o qual foi produzido pelos professores em conjunto com a Secretaria. Após a entrega do material e a realização das atividades pelos alunos, os professores recebiam para correções e acompanhamentos, portanto não foi utilizada plataforma digital. Porém, no dispositivo do WhatsApp foram criados grupos das turmas para manter contato com os alunos e as famílias, que foram mantidos ativos na volta às aulas presenciais. Essa situação foi identificada pelos participantes como abusiva, pois as famílias requisitam, a qualquer hora, orientações aos professores sobre as atividades pedagógicas que são desenvolvidas nas aulas presenciais e que estão disponíveis nos cadernos dos alunos. Percebe-se que o uso do WhatsApp parece ter se transformado em uma central-tira-dúvidas de 24 horas, porém, na relação escolar, o atendente é apenas um profissional disponível, o professor. É preciso refletir sobre essa situação que tem se naturalizado e intensificado o trabalho docente.

Apoio / Parcerias: Apoio Bolsista Capes

Mapeando direitos humanos

  • Jessica Leontina Alves Ramos, Graduando, jessica_leontina05@hotmail.com
  • Cleber Jasson Moraes Abreu, Graduando, cleber.abreu@univille.br
  • Eliene Barreto Sabino, Graduando, eliene.sabino@univille.br
  • Luiz Felipe da Silva Bezerra, Graduando, luiz.bezerra@univille.br
  • BRIGIDA MARIA ERHARDT, MSc, brigida.maria@univille.br

Palavras-chave: Direitos humanos, espaços, aprendizagem

A presente experiência foi desenvolvida no componente de Vivências de Extensão II, do curso de Geografia, visando contemplar a temática de espaços e ambientes na perspectiva da Educação Integral, prevista no Currículo do Território Catarinense e uma Educação para os Direitos Humanos. Inicialmente, definiu-se a Escola Deputado Nagib Zattar. Após levantamentos realizados e a identificação da demanda, elaborou-se a proposta de intervenção para o 3º ano do ensino médio, com o objetivo de desenvolver atividades relacionadas à promoção dos Direitos Humanos e a compreensão da realidade da comunidade, identificando direitos ou a ausência deles. Validou-se a proposta com o professor aplicada em aulas de Geografia. O desenvolvimento das atividades, envolveu a divisão da turma em grupos; cópias da Declaração de Direitos Humanos foram distribuídas, lidas, discutidas e despertaram a curiosidades dos estudantes; disponibilizou-se tablets e o aplicativo Google Maps aos estudantes para realizar pesquisas na região, em volta da escola e suas casas, anotando os locais que consideravam representar direitos humanos, como: lugares públicos (parques, correios, escolas), os prédios de serviço público (posto de saúde, bombeiros, postos policiais) e outros lugares que são importantes para a comunidade (mercados, cemitérios, postos de gasolina). Após, foi disponibilizado um pedaço de papel kraft aos grupos para desenhar um mapa com os elementos observados e considerados importante. As atividades foram mediadas pelos graduandos, com perguntas norteadoras sobre os direitos e a forma “prática” como estes estavam presentes no dia a dia. Para finalizar as atividades, os estudantes apresentaram os mapas e responderam a pergunta: “Que direitos humanos estavam associados aos diferentes lugares do mapa?” Destaca-se que o objetivo principal do projeto foi alcançado; os estudantes se envolveram na realização das atividades, demonstraram surpresa ao entender a funcionalidade de um local que para eles era comum e que passou a ser interpretado como direito dos cidadãos. As avaliações dos estudantes, sobre a atividade foram positivas, pois aprenderam na prática algo que parecia abstrato. Durante a discussão e socialização dos resultados, relataram que um dos direitos mais negligenciados estava relacionado ao direito a livre circulação, enfrentada pelos imigrantes e refugiados por todo o mundo e apresentaram a falta de acessibilidade às pessoas com baixa mobilidade. Concluímos, que é possível explorar espaços do território, oportunizando aprendizagens significativas para os estudantes e contribuindo para o desenvolvimento das habilidades profissionais, articulando teoria e prática.

MÃOS NA MASSA: PIBID E AS AÇÕES NO MOVIMENTO MAKER

  • Rodrigo Luiz da Silva, Graduando, rodrigo.luiz.da.silva@univille.br
  • Eliete Martins Fernandes do Rosário, E, eliete.rosario@gmail.com
  • CRISTINA ORTIGA FERREIRA, MSc, cristina.ortiga@univille.br

Palavras-chave: Pibid, Maker , Metodologias Ativas

Há muito tempo a escola apresenta os mesmos moldes: salas com carteiras enfileiradas diante de uma lousa onde o professor anota a aula, dita frases e o aluno escreve no caderno. Há muito também se tem relatos das mudanças promovidas no interior das escolas, dialogando com novos fazeres e condutas. Neste segundo cenário, a tecnologia é uma grande aliada. Entretanto para que haja uma efetiva mudança é necessário revisitar os cursos de licenciatura, romper com o tradicional e aventurar-se no estudo de novos dispositivos pedagógicos. Este resumo apresenta a síntese do trabalho maker que vem sendo realizado na escola Municipal Adolpho Bartsch com estudantes do ensino fundamental 1, acadêmicos e supervisora do programa PIBID/ Univille. A Robótica Educacional é uma atividade prática que tem o objetivo instigar o estudante a construir o próprio conhecimento, através da realização de uma ação. Nesta metodologia foca-se na pesquisa, descoberta e construção de um produto como resultado da aquisição de conhecimentos, de modo que seja capaz de interagir com a realidade, investigar e materializar os conceitos aprendidos, desenvolvendo a capacidade para formular e equacionar problemas. Com esse cenário os alunos aprendem a pensar de forma mais estruturada nos três pilares da robótica: mecânica, elétrica e programação. Na linguagem de programação, palavras e sequências de números viram códigos que, por sua vez, determinam os comandos que serão executados pelo computador. Nas atividades semanais desenvolvidas com a participação do PIBID, são utilizados Chromebooks com Scratch, para a criação de ambientes e personagens que potencializam o aprendizado de português e matemática. O kit Atto, é outro recurso, de construção e prototipagem para organização das ideias. Estas práticas compõe a Robótica sustentável da escola que combinam peças do kit, e as feitas com materiais reciclados, simplificando e agilizando a realização de projetos e permitindo aos alunos exercitarem sua criatividade e atuarem como protagonistas. Percebe-se que a vivência maker vem despertando a criatividade e o espírito inventivo em todos os envolvidos (crianças e pibidianos). Na formação destes futuros professores, assim como nas crianças, a resiliência, flexibilidade, a capacidade de identificar, analisar e solucionar problemas e uma comunicação mais fluida é fundamental. Quando trata-se dos benefícios da robótica educacional comumente destaca-se o incentivo de trabalho em grupo, raciocínio lógico, estimulação da criatividade e desenvolvimento de habilidades para solucionar situações adversas, e isso é o que se vê nestes momentos maker. Uma aprendizagem fluida e com sentido.

Apoio / Parcerias: Capes

MEMÓRIA AÇORIANA E CULTURA MATERIAL DAS ARMAÇÕES BALEEIRAS DO LITORAL NORTE CATARINENSE

  • Eduardo da Silva de Castilho, G, eduardoedsdc@gmail.com
  • ROBERTA BARROS MEIRA, Dr(a), rbmeira@gmail.com
  • Maria Cristina Alves, MSc, mariacristinaalves22@gmail.com
  • João Pacheco de Souza, MSc, joaopachecosouza@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio material, Itapocorói, Ilha da Graça

AA presente comunicação surge a partir do projeto de iniciação científica vinculado ao Laboratório de Arqueologia e Patrimônio Arqueológico da UNIVILLE (LAPArq). A pesquisa pretende colaborar com a compreensão do processo de colonização açoriana no estado de Santa Catarina durante o Brasil colonial, vinculado ao estabelecimento das armações baleeiras como prática de importância econômica majoritária para as vilas coloniais do litoral do período e a influência cultural na matriz histórica do estado, se refletindo em diversos traços materiais e imateriais presentes na atualidade. A partir disso, tem-se como objetivo, refletir sobre a retomada da figura do açoriano como produto mercantil à Santa Catarina, a partir da década de 1970, entretanto, sem apoio ao patrimônio histórico vinculado a esta população, em especial no norte catarinense, que, em contrapartida com o litoral sul, foi relegado. Também, procura-se vislumbrar as duas armações presentes no litoral norte catarinense, Itapocorói (Penha) e Ilha da Graça (São Francisco do Sul), que, no levantamento bibliográfico já realizado, mostram-se com interessantes singularidades em seus contextos históricos de formação, além de outras fontes já levantadas demonstrarem a pertinência da patrimonialização destes dois sítios a partir de seus vestígios materiais. Para a realização deste estudo, estão sendo realizadas leituras a partir de fontes bibliográficas acerca da presença das armações no Brasil meridional, constituição dos municípios de Penha e São Francisco do Sul e a cultura açoriana como importante parte formadora da imaterialidade do litoral catarinense, além de buscas nos arquivos de Joinville, Itajaí, Florianópolis, hemerotecas digitais entre outras bases de dados pertinentes. Após o término dessa etapa de leitura, pretende-se realizar visitas de campo às duas armações do norte de Santa Catarina, realizando análises arqueológicas dentro destes espaços, bem como a publicação de um artigo que amplie o debate da importância historiográfica das armações e a reflexão da falta de apoio do poder público ao tombamento e preservação de sítios arqueológicos históricos.

Apoio / Parcerias: Laboratório de Arqueologia e Patrimônio Arqueológico

Memória social da Escola de Artes Fritz Alt: narrativas cartográficas de artistas-professores na cidade das indústrias

  • Juliana Rossi Gonçalves, Doutorando(a), julirossi@gmail.com
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Palavras-chave: Escola de Artes Fritz Alt; Escola de artes;, Artista-professor; Memória social;, Cidade industrial.

O presente resumo é referente à uma pesquisa tese que delineia a trajetória de criação e difusão cultural da Escola de Artes Fritz Alt (EAFA) inserida no contexto social e cultural da cidade de Joinville/SC. A pesquisa tem por objetivo compreender a influência da EAFA para o desenvolvimento cultural de uma cidade industrial, por meio da atuação de seus artistas-professores. A pesquisa de cunho qualitativo (Flick, 2004) apoia-se na cartografia por meio de Deleuze e Guattari (2000), Uriarte (2017) e Passos, Kastrup e Escóssia (2015). Inicialmente, traçou-se uma trajetória histórica da industrialização de Joinville ligada à imigração alemã, por meio de pesquisa documental e bibliográfica a partir de Cunha (2008), Souza (2008), Bossle (1988), Guedes (2020) e Coelho (2000; 2011). A partir disso, aferiu-se que as primeiras manifestações artísticas e de lazer da cidade são relacionadas aos grupos de imigrantes que criaram associações culturais e grupos de teatro, canto e dança. Em meio a esse movimento, grupos de mulheres se reuniam para socializar e praticar atividades manuais e artísticas, que influenciaram outros grupos que se reuniam para aprender pintura em porcelana. Na década de 1960, a existência de diversos núcleos foi um dos fatores que estimulou a criação da EAFA. Os artistas que se destacavam na cidade eram convidados a lecionar na instituição, um traço do passado que perdura na atualidade, pois a maioria dos professores atuantes são artistas visuais, revelando uma nova identidade: a do “artista-professor”. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com ex artistas-professores e artistas-professores ativos da EAFA, utilizando preceitos da pesquisa narrativa por meio de Clandinin e Connelly (2011), sendo que as concepções sobre a identidade do artista-professor são abordadas a partir de Santaella (2007), Lampert (2017, 2018, 2019), Daichendt (2009, 2011) e Iavelberg (2017). A pesquisa bibliográfica dos conceitos de memória é fundamentada em Le Goff (1990), Ricœur (2012) e Assmann (2011; 2016). A partir das memórias narradas nas entrevistas, conclui-se que os artistas-professores da EAFA tiveram e têm um papel fundamental no desenvolvimento cultural da cidade de Joinville, considerada uma cidade “industrial”, ressignificando-a como uma cidade “pluricultural”, composta por uma diversidade identitária e artística. Os resultados obtidos evidenciam linhas de conexão entre uma escola de artes pública, seus artistas-professores e uma cidade industrial, pois o processo de industrialização da cidade foi estimulado pelos movimentos imigratórios alemães do século XIX, que geraram manifestações culturais que culminaram na criação de uma escola de artes na década de 1960.

Apoio / Parcerias: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por meio do Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias de Ensino Superior (PROSUC).

Núcleo de estudos e atividades em direitos humanos

  • Elvis Feliciano, Graduando, elvis.feliciano@univille.br
  • Graciane de Oliveira, MSc, gracianeoliveira@univille.br
  • Janaina Gabardo Jelinsky, Graduando, janaina.jelinsky@univille.br
  • Wilson de Oliveira Neto, Dr(a), gracianeoliveira@univille.br

Palavras-chave: direitos humanos, violência, saúde mental

Neadhintegra é um projeto integrado da Univille, que atua com estudos e ações voltadas aos direitos humanos na comunidade acadêmica e entornos. A metodologia baseia-se em estudos científicos com temas relacionados à defesa aos direitos humanos, e abarca os pilares de ensino, pesquisa e extensão universitária. O objetivo geral é analisar os Direitos Humanos como um campo de saberes transversais indispensáveis na compreensão da sociedade. No pilar Estudos, os alunos realizam a leitura de textos recomendados pelos professores e na sequência reunem-se com o intuito de discutir o texto e aprofundar o conteúdo. Esses textos e discussões muitas vezes, promovem pesquisas. No pilar sobre extensão, o NEADHINTEGRA, realiza ações de conscientização sobre os fenômenos sociais, tais como racismo, homofobia, misoginia e demais fatores relacionados a violência humana, muitas vezes naturalizada na sociedade. Para atingir os objetivos do projeto, foi realizado até a presente data o evento Café Filosófico, com a temática "Mulheres na Ciência". Mural conceitual no campus universitário no dia do Orgulho Gay, explicando a sigla LGBTQIA+; Roda de conversa sobre violência contra a mulher. Roda de conversa no CRAS e no campus sobre setembro amarelo e valorização da vida e Oficinas sobre a Diversidade de Gênero. O projeto ainda encontra-se em andamento e os resultados parciais já revelaram a urgência dessas temáticas nas propostas ofertadas e a necessidade de continuar dialogando e informando as pessoas sobre essas temáticas atravessadas pelos direitos humanos. Foi possível verificar que a desconstrução de preconceitos é um caminho largo a se percorrer e que projetos como este tendem a contribuir na saúde mental da população.

Apoio / Parcerias: Univille

O APRENDIZADO TAMBÉM ACONTECE FORA DA ESCOLA

  • Nelson Edson de Lima, Graduando, nelson.lima@univille.br
  • Vera Lucia Oliveira de Lima, Graduando, vera.lima@univille.br
  • Felipe da Silveira, Graduando, felipesilveira@univille.br
  • André Tallys Betin, Graduando, andre.betin@univille.br
  • BRIGIDA MARIA ERHARDT, MSc, brigida.maria@univille.br

Palavras-chave: entorno da escola, espaço de aprendizagem, pontos de referência

A temática das Vivências de Extensão II, no primeiro semestre de 2023, no curso de Geografia foi trabalhar com os ambientes e espaços na perspectiva da educação integral. Nessa perspectiva, inicialmente, a equipe fez levantamentos no Projeto Político Pedagógico e realizou entrevistas com professores e supervisor a escola, para identificar a demanda a ser trabalhada no contexto da unidade escolar. Na sequência, numa conversa entre os integrantes do grupo, questionou-se se as crianças conheciam realmente, o ambiente em que a escola estava inserida? Os alunos sabem seus pontos de referência, suas paisagens, suas curiosidades? Pois, muitos alunos não têm mais a oportunidade de andar pelo seu próprio bairro ou até demonstram pouco interesse naquilo que o rodeia, diariamente. A proposta teve como objetivo fazer com que as crianças conhecessem mais sobre onde a escola se localiza e tudo que há de bom em sua volta; O grupo elaborou a proposta de intervenção com o roteiro para a visitação, fez a validação com o professor da escola e na sequência organizou os materiais de acordo com o roteiro. No dia agendado, com a devida autorização, os alunos dos terceiros anos do ensino fundamental da escola Professora Nair da Silva Pinheiro, acompanhados pelos acadêmicos, saíram para uma caminhada com roteiro em que constavam os pontos de referências a serem visitados, como: Rio Cubatão, Aeroporto de Joinville, Pracinha Vila Cubatão, Unidade Básica de Saúde da Família Cubatão, Comunidade Nossa Senhora dos Anjos. Em todos os pontos foram apresentadas informações e curiosidades sobre sua história. Ao retornar à escola, os alunos receberam perguntas variadas dentro do que eles observaram durante a caminhada acompanhada de um “agrado” e também uma folha para desenhar a partir do roteiro aquilo que registraram. Ao finalizar o desenho, fez-se uma conversa sobre as atividades realizadas e os desenhos foram expostos para toda a escola. Durante e após a caminhada, foi possível notar um interesse maior das crianças pelos pontos visitados, principalmente no aeroporto e na pracinha. Muitas crianças não conheciam e até tinham medo de sair da escola e observou-se que foram ficando mais confiantes durante o trajeto. A experiência de conhecer os locais, conversar com pessoas que vivem e trabalham no entorno da escola, fez com que as crianças demonstrassem mais interesse na atividade proposta. A partir da atividade realizada, entendemos que é possível explorar o território como espaço de aprendizagem.

O ateliê de artista e o chão de fábrica – lugares possíveis para a poiética

  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br
  • Arselle de Andrade da Fontoura, MSc, arselle.a@univille.br
  • Alena Rizi Marmo Jahn, Dr(a), lemarmo@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio industrial, Arte, Chão de fábrica

O ateliê é tradicionalmente o lugar de atuação do artista, do exercício de sua poiética, onde vivencia a tensão do seu embate frente à matéria que se propõe a enfrentar em intenso diálogo e consequente transformação. Para o artista, o seu ateliê é quase sagrado, intimista, local onde o seu ser artista experimenta a sua potência. Entretanto, na segunda metade da década de 80, Luiz Henrique Schwanke, artista joinvilense, desloca-se deste lugar e passa a vivenciar a sua poiética diretamente na fábrica da CIPLA, empresa de Joinville que produz objetos plásticos utilitários. Analisa formas, cor e texturas de baldes, bacias, mangueiras, maletas, galões e perfis plásticos que resultam da produção industrial, percebe nesses objetos um vigor poético. Vislumbra a potencialidade de transformação sem que precise, se quer tocá-lo, ou seja, sem que haja a intervenção de sua gestualidade sobre eles. Então, solicita àqueles que operam as máquinas que os produzem, que participem do seu processo criativo. A partir do acumular e do repetir os objetos vão se transformando na percepção de quem agora os vê. Em organizações justapostas e ressignificadas surgem estruturas geométricas quadradas, retangulares e circulares. Para o artista há mobilização de seu repertório poético, cultural e suas experiências estéticas; para os trabalhadores da fábrica surge um novo brilho no olhar sobre o que produzem mecanicamente na fábrica sem que, até então, lhes despertassem a atenção sensível. Uma quebra na rotina de trabalho na fábrica para o despertar de sua sensibilidade naquele lugar que, por vezes, é entediante em função de um processo contínuo. No entanto, é pelo processo repetitivo do mesmo objeto que a transformação sensível acontece. O autor do trabalho é o artista, mas a execução é dos operários, todavia, artista e operários ali, no chão de fábrica se transformam. Esta apresentação visa refletir sobre o patrimônio industrial pela perspectiva da arte, neste contexto, pelo deslocamento do artista para o ambiente fabril. Sublinha-se que este trabalho é um desdobramento do projeto “Entre lugares e memórias: um estudo histórico sobre o patrimônio industrial e políticas de desenvolvimento no norte de Santa Catarina (Século XX – XXI”, financiado pela FAPESC.

Apoio / Parcerias: FAPESC

O CORPO NO CAMPO DA EXPERIÊNCIA ESTÉTICA

  • Talita Montes , Graduando, talimontes2406@gmail.com
  • Fernando Lucio Mendes, Graduando, fernandoluciomendes344@gmail.com
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), pillotto0@gmail.com

Palavras-chave: Experiência Estética, Corpo, Práticas Educativas

O projeto de pesquisa: O corpo no campo da experiência estética está vinculado ao Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE) da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). O projeto tem como objetivo refletir sobre o corpo no campo da experiência estética, a fim de potencializar e as conexões entre a educação, a estética e a educação física. O corpo, é um campo de descobertas e transcendência. Para Strazzacappa (2001, p. 12), “[...]. Somos corpos, corpos/sentimentos, movimentos, desejos, medos e ação. Somos corpos traduzindo subjetividades que não se reduzem em palavras, mas em gestos”. A abordagem metodológica estará pautada na A/r/tografia, ou seja, acontece num constante tornar-se; numa relação viva com a pesquisa, modificando percepções e conhecimentos (IRWIN; SPRINGGAY, 2013). É ainda uma “teoria entendida como um intercâmbio crítico que é, reflexivo, responsivo e relacional, que está em contínuo estado de reconstrução e conversão em outra coisa” (IRWIN; SPRINGGAY, 2013, p. 139). Etapas metodológicas: 1) Participação nos encontros do Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE); 2. Estado do conhecimento; 3) Estudo relacionado ao método a/r/tográfico e ampliação das questões teórico/metodológicas; 4) Desenvolvimento da pesquisa bibliográfica e recolha de dados; 5) Análise dos dados coletados e produzidos; 6) Socialização em eventos científicos de resultados parciais e finais da pesquisa; 7) Envio de artigos para submissão em periódico e eventos científicos; 8) Apresentação da pesquisa ao Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE), no curso de Educação Física e eventos da UNIVILLE. Espera-se com o projeto de pesquisa apresentado, mobilize as ações de pesquisa do EIDE e do NUPAE, destacando a experiência estética como fundamental na interação entre a educação, a estética e a Educação Física, imbricados pelo/no corpo. Espera-se resultados significativos para os referidos cursos da UNIVILLE: Educação Física, Artes Visuais e Pós-graduações (mestrados e doutorados), além dos desdobramentos na Educação Básica. Como resultados parciais de pesquisa, a partir da participação dos encontros do NUPAE e das leituras já realizadas, percebo que é necessária uma maior articulação da área de educação Física com a dimensão estética do corpo e ainda, maior articulação entre a percepção de si e do outro. Compreendendo a experiência estética como alicerce para o conhecimento do corpo-si e do corpo-outro, aspecto que tangencia o contexto da educação, da arte e da Educação Física e das possibilidades interdisciplinares.

Apoio / Parcerias: UNIEDU Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE)

O desenvolvimento sustentável e os modos de vida e trabalho em uma comunidade remanescente quilombola de São Franciso do Sul (SC)

  • Erika Léa Chamrek, Graduando, erikachamrek@gmail.com
  • Diego Finde Machado, Dr(a), diegofindermachado@gmail.com
  • Denis Fernando Radun, Doutorando(a), denisradun@gmail.com
  • Sirlei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: comunidade quilombola SFS, desenvolvimento sustentável, modos de fazer- trabalho

O presente estudo é realizado junto ao projeto de ensino, pesquisa e extensão intitulado “Caminhos para a cidadania em comunidades remanescentes quilombolas de Joinville e região: vivências de ensino, pesquisa e extensão com a comunidade Beco do Caminho Curto”, cujo foco é a questão quilombola na região de nordeste de Santa Catarina. Trata-se de pesquisa, realizada em 2022, a respeito de uma comunidade remanescente quilombola em São Francisco do Sul/SC, a comunidade da Tapera, e o direito à exploração dos recursos naturais por comunidades tradicionais. Essa comunidade pratica, há décadas, a extração de samambaia-preta de área de preservação permanente nas proximidades do lugar onde está situada. O objeto do estudo refere-se à garantia dos direitos culturais perante a legislação ambiental brasileira, no contexto de São Francisco do Sul, com viés de analisar os bens tutelados nos artigos 215 e 225, da Constituição Federal, a partir das dimensões da sustentabilidade. Para tanto, os objetivos específicos são: a) descrever o conflito entre a garantia às manifestações culturais e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; b) identificar a diferença entre os princípios fundamentais dos artigos 215 e 216, da Constituição Federal; c) discutir teses para a solução do conflito descrito. Os resultados parciais indicam que há divergência de interesses ao se tratar da proteção das manifestações culturais de população tradicional em colisão com a proteção do meio ambiente natural e das espécies nativas em razão do extrativismo vegetal. No que tange à metodologia, tem-se que este estudo adota abordagem bibliográfica e documental, enquanto o método é dedutivo.

O espaço e suas funcionalidades

  • Idaiane Pires Mainardes de Souza, Graduando, idaiane_pms@yahoo.com
  • Eliane Sobral Bonfim Ferreira, Graduando, elaine.sobral@univille.br
  • Kevlen Pereira Lima, Graduando, kevlen.lima@univille.br
  • BRIGIDA MARIA ERHARDT, MSc, brigida.maria@univille.br

Palavras-chave: Espaços educativos, materiais alternativos, desenvolvimento integral

A temática das vivências de extensão II, referente ao primeiro semestre de 2013, foi trabalhar com os ambientes e espaços na perspectiva da educação integral. Nesta perspectiva, se fez levantamentos na escola para identificar a demanda a ser trabalhada. O Centro de Educação Infantil Acolher, atende 70 crianças de 2 a 6 anos e 50 crianças em contraturno escolar do 1º ao 3º ano; durante a realização das atividades de ambientação, como visitas e entrevistas pode-se observar que os ambientes disponíveis são usados de forma aleatória, então o grupo de acadêmicas se dispôs a criar alguns itens para dispor nesses espaços, visando otimizar alguns espaços e sugerir possibilidades de utilização de outros. Após identificação da demanda, realizou-se o planejamento e a validação da proposta com a escola. Na sequência, iniciou-se o desenvolvimento das ações para efetivação da intervenção, como: coleta de materiais que seriam utilizados e a confecção dos itens que seriam disponibilizados nos diferentes espaços do Centro de Educação Infantil. A ideia era fazer alguns itens de cozinha para o parque e a pintura de alguns jogos no piso. A pintura não foi possível realizar, então foram confeccionados jogos em outro material. Utilizou-se pallets, Cd’s velhos, materiais alternativos como caixas de papelão, tampas de garrafas, torneiras, bacia, tecidos, EVA, papel Kraft. Com a ajuda do profissional da unidade educativa, foi construído com os pallets a pia e o fogão, a geladeira, o forno, e o jogo. Apesar da instituição ter muito claro a ideia de educação integral, a utilização dos vários espaços como auxiliadores de aprendizagem, é pouco visado, e a intervenção proporcionou à equipe da escola e às universitárias uma visão abrangente de uso de materiais e formas de utilizar os espaços visando o desenvolvimento integral das crianças. Ao finalizar as atividades da intervenção, destacamos que os objetivos foram alcançados, como: demonstrar às professoras a possibilidade de construção de itens e brinquedos com materiais simples; a possibilidade de usar jogos como recurso no auxílio de reforço escolar, e no desenvolvimento psicomotor. Bem, como incutir a ideia de que as funcionalidades dos espaços, vão além daquelas que se apresentam de forma direta. Por fim, destaca-se que a experiência proporcionou ótimas aprendizagens, às acadêmicas.

O espelho trincado do progresso: o Convênio de Taubaté e os reflexos da crise cafeeira na economia brasileira durante a Primeira República (1889 – 1930)

  • Jessica Fernanda Barauna, G, jessicafernandaabaraunaa@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Palavras-chave: Convênio de Taubaté, cafeicultura, história econômica

Ao se tornar a mercadoria mais comercializada e valiosa do Brasil, o café passou por um imenso crescimento, com seu plantio aumentando a cada ano desde o período do Império até a Primeira República. Porém, a produção alcançou níveis mais altos que a demanda mundial pelo produto, resultando em crises de superprodução. Devido a relevância da mercadoria na economia nacional, surgiu a necessidade de encontrar soluções para valorizar o preço do café. Foi nesse contexto que surgiu o Convênio de Taubaté em 1906, um acordo firmado entre os maiores estados produtores de café - São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais -, que tinha como objetivo estabilizar os preços do café por meio da intervenção governamental na oferta e demanda do produto. No entanto, o Convênio recebeu críticas por parte de alguns setores da sociedade, e economistas argumentavam que o Convênio era uma medida artificial e que não resolvia o problema estrutural da superprodução de café no Brasil. Dessa forma, a pesquisa aqui apresentada buscou, principalmente, analisar as influências do Convênio de Taubaté na economia brasileira durante a Primeira República (1889 – 1930) e suas consequências na economia e política nacional. Para atingir esse objetivo, realizamos a análise de fontes primárias e secundárias, com destaque para obras do Departamento Nacional do Café, que apresentam diversos documentos da época (como cartas, dados, mensagens e propagandas, os planos, programas, relatórios oficiais e a legislação). A pesquisa se pautou pela metodologia da história econômica e da história agrária (Cardoso e Vainfas, 1997). Ao realizar a análise das fontes e consultar dados do período, percebemos que o Convênio conseguiu estabilizar os preços do café no mercado internacional, garantindo a sobrevivência da economia brasileira, tendo em vista que o produto foi por muitos anos a maior referência na economia exportadora do país, além de garantir empregos nas lavouras para trabalhadores assalariados e manter a economia centralizada. Porém, também causou conflitos políticos entre os estados produtores de café e o Governo Federal, atrasando a industrialização brasileira e gerando o aumento da interferência do governo na economia. Assim, embora o Convênio de Taubaté tenha sido importante para estabilizar os preços do café no mercado internacional, suas limitações estruturais e os impactos no aumento das desigualdades sociais, ambientais e econômicas mostraram a necessidade de uma diversificação econômica mais ampla e sustentável para promover um crescimento econômico mais justo e equilibrado.

Apoio / Parcerias: CNPq

O mito do Eldorado e as tragédias socioambientais da mineração segundo George Henrique von Langsdorff (1824 a 1825)

  • THAINÁ CAMILA TAMBOSI, G, thaina_tbs@hotmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Palavras-chave: George Henrique von Langsdorff , história indígena, história ambiental

A constituição do território de Minas Gerais a partir do final do século XVII está profundamente ligada às atividades de mineração que marcaram sua paisagem em suas diversas dimensões, seja ela humana ou ambiental- como no caso dos rios e solos. Apesar do auge desta atividade ter ocorrido nos dois séculos anteriores, nas primeiras décadas do século XIX ela ainda se fazia notar nas vilas, arraiais e cidades por onde percorreu a expedição liderada pelo naturalista russo George Henrique von Langsdorff, principalmente pela sede pelo metal precioso enraizado no pensamento de muitos colonos e viajantes. Nesta pesquisa, buscamos analisar as impressões de Langsdorff, detalhadamente descritas em seus diários de campo, do trecho entre Rio de Janeiro e Minas Gerais no período entre 1824 a 1825, a fim de compreender a maneira na qual esta atividade econômica impactou o meio ambiente e os modos de vida das populações indígenas. Para este estudo foi desenvolvido uma pesquisa bibliográfica sobre produções relevantes para o tema, bem como análise de fontes históricas, sendo o principal objeto de análise o primeiro volume dos diários de Langsdorff traduzidos para o português e organizado por Danuzio Gil Bernardino da Silva em parceria com a Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz. A história ambiental, a história indígena e as discussões interdisciplinares sobre o patrimônio ambiental nortearam a análise do corpus documental. Em seus relatos, as palavras riqueza e pobreza aparecem repetidas vezes como um sinônimos da atividade mineradora. Apesar de contraditórias, ambas estão relacionadas a questões econômicas desta exploração, com uma distribuição de riqueza muito desigual. O mito do El Dorado permeou fortemente o imaginário daqueles que se desafiam a explorar os morros e rios em busca de enriquecimento rápido, no emprego de técnicas que são apresentadas pelo viajante como uma verdadeira loucura em se tratando do esforço utilizado e dos danos ambientais provocados. As populações indígenas são vistas neste processo como obstáculos à atividade, com menção ao extermínio encorajado pela coroa portuguesa, mas também praticado pelos colonos nas disputas por terra. O alcoolismo de indígenas são relatos também presentes em seus escritos, tido pelo naturalista como uma resposta ao processo de catequização. Por fim, apesar de possuir cenários e condições por vezes distintas, tais relatos nos provocam a pensar a relação entre diferentes tempos históricos, onde a exploração e a violência contra a natureza, pobres, negros e indígenas continuam sendo o modus operandi das atividades de mineração.

Apoio / Parcerias: CNPq

O processo de produção de conhecimento e conservação da coleção de gravuras do curso de Artes Visuais custodiado pela equipe técnica do CMU-LHO/UNIVILLE

  • Mariza Carolina Menegaro, Graduando, marizacarolina@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio artístico, Gravura, Artes visuais

Resumo: A comunicação visa compartilhar resultados parciais dos trabalhos de pesquisa e conservação realizados junto à coleção de gravuras do curso de Artes Visuais, a qual é custodiada pela equipe técnica do Laboratório de História Oral e Centro Memorial da Univille. Tal acervo, possui pouco mais de 20 anos de formação, sendo composto por gravuras enviadas por diversos artistas brasileiros entre os anos de 2000 e 2010, embora algumas gravuras sejam datadas de anos anteriores (décadas de 1970 a 2000). Assim, alguns dos aspectos metodológicos vem sendo trabalhados das seguintes formas: a) Por meio da higienização mecânica e conservação preventiva adequada aos padrões normativos internacionalmente aceitos; b) Pesquisas bibliográfica e documental no próprio acervo do Centro Memorial da Univille, resultando, neste primeiro momento, na catalogação detalhada das obras de arte e registro de sua história de formação (elaboração de Ficha Técnica e Biografia dos artistas); c) Registo fotográfico profissional, em estúdio especializado (CAD/Univille), de todas as gravuras da coleção (registros de superfície pictórica, em geral e em detalhes, e de dimensionamento). Desse modo, o objetivo tem sido produzir mais conhecimentos sobre a coleção de gravuras, visando a elaboração e publicação de um catálogo de tais obras direcionado à comunidade de Joinville e Região, além de difundir a importância do acervo para a pesquisa em Arte e promover ações a respeito do patrimônio artístico custodiado pelo Centro Memorial e Laboratório de História Oral da Univille.

Apoio / Parcerias: FAEX

O programa Institucional de Pesquisa (PIP em Comunicação) e sua contribuição na formação de acadêmicos na iniciação científica (2020-2023)

  • Gabriel Rosá Davini, Graduando, gabriel.davini@univille.br
  • Juliana Cristina Kolombesky da Silva, Graduando, jukolombesky@gmail.com
  • Maria Arielle da Silva, Graduando, maria.arielle10@gmail.com
  • Eloísa André Flores, Graduando, eloisaandreflores@outlook.com
  • Jonathan Prateat, MSc, jonathanprateat@gmail.com
  • Sirlei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: imigração haitiana, redes sociais, iniciação científica

O presente resumo está vinculado ao Projeto de Comunicação Inclusiva: O olhar do imigrante haitiano na construção de conteúdo em redes sociais, relacionado ao Programa Institucional de Pesquisa em Comunicação da Universidade da Região de Joinville (Univille). O projeto tem como objetivo, investigar se (e como) as plataformas sociais podem ser utilizadas como ferramenta de inclusão da comunidade haitiana na cidade de Joinville (SC). Teve seu início em 2020, com dois professores da área da comunicação. O projeto envolveu 23 alunos bolsistas. Em um primeiro momento, foram efetuadas 08 (oito) entrevistas com imigrantes haitianos (2020-2021). A continuação das pesquisas realizadas com imigrantes deu-se a partir da análise de suas redes sociais, utilizando-se de uma metodologia qualitativa, baseada no "modelo de análise de perfis em mídias sociais". Desse modo, foram realizadas 27 (vinte e sete) análises em mídias sociais durante o ano de 2022, materializadas em publicações e comunicações. Foram realizadas submissões e apresentações acerca da temática migratória; dentre elas podemos destacar: a aprovação de 07 (sete) artigos na Semana Acadêmica de Direito da Univille (SADU, 2020-2023); de 04 (quatro) comunicações (2022/2023) no Congresso Catarinense de Comunicação e Mediações Contemporâneas (Comunica SC); apresentação de 02 (dois) vídeos e 03 (três) banners na Semana Univille de Ciência, Sociedade e Tecnologia (SUCST, 2020-2023); aprovação de 07 (sete) Artigos de Iniciação Científica (2020-2023, Vol. 23 a 25 - Caderno de Iniciação Científica da Univille); e publicação de 01 artigo na Revista Passagens (Qualis B2) intitulado “Imigração Haitiana em uma cidade de colonização germânica (Joinville/SC -Brasil): Uma outra visão historiográfica como suporte para a resistência”. Toda pesquisa deu suporte também para pensar a proposta de Mestrado Profissional em Comunicação e Mediações Culturais, recém aprovado pela Capes e que será ofertado em 2024 na Univille. Concluindo, percebemos que as plataformas sociais não contribuíram de forma expressiva no processo de inclusão do imigrante haitiano na sociedade joinvilense. Pelas análises nas mídias sociais, não se constatou a presença de narrativas de pertencimento desse indivíduo para com a comunidade receptora. Por outro lado, percebe-se que as mídias sociais deram palco a uma parcela da sociedade que perpetua discursos discriminatórios e que mitigam o desenvolvimento de uma política pública de acolhimento dos imigrantes aqui na região. Quando a formação de acadêmicos na iniciação científica tanto o número quando a publicação dos trabalhos que projetos mais duradouros contribuem de forma eficaz no desenvolvimento da maturidade em pesquisa.

O SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO E A PERCEPÇÃO DAS MULHERES PRESAS NO PRESÍDIO FEMININO DE JOINVILLE COM BASE NOS TEMAS DO LIVRO "PRISIONEIRAS", DE DRÁUZIO VARELLA

  • Edna Thayná Passos Peirão, Graduando, thayna.peirao@gmail.com
  • Janaína Silveira Soares Madeira, Dr(a), janainasoaresmadeira@gmail.com

Palavras-chave: Sistema Carcerário , Prisioneiras, Direitos Humanos

A pesquisa realizada na curricularização da extensão da disciplina de Direitos Geracionais do Curso de Direito da Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE, discute a situação atual do sistema carcerário feminino no Brasil, por meio da comparação de dados, verificação de estatísticas, percepções e opiniões das mulheres presas no Presídio Feminino de Joinville, com base nos temas abordados no livro "Prisioneiras", lançado em 2017 por Dráuzio Varella. Na obra o autor expõe a situação de mulheres encarceradas, exteriorizando a falta de políticas públicas para uma vida digna, demonstrando o abandono jurídico e familiar a que estão inseridas no sistema penitenciário. Assim, é possível estabelecer um paralelo entre os dados e as experiências das presas em Joinville com àquelas detentas do Presídio Carandiru, em São Paulo, durante a década de 90, que inspiraram a obra analisada. Desta forma, através de pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa, apoiada em dados oficiais provenientes do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC), dentre outros, é possível identificar que as experiências e emoções das mulheres presas em Joinville são similares as retratadas na obra de Dráuzio Varella. Os resultados da pesquisa apontam que, apesar das diferenças entre as unidades prisionais de Joinville e a retratada no livro "Prisioneiras", é possível tecer uma crítica ao encarceramento em massa de mulheres, na sua maioria jovens e mães provedoras do lar, questionando o sistema penitenciário e a própria sociedade, quanto a ressocialização dessas mulheres desviantes da conduta social típica.

Os traços da mulher brasileira: uma jornada iconográfica entre os séculos XVII e XIX

  • Ana Paula Pagno Laurindo, Graduando, anapaulapagno.laurindo@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Palavras-chave: História das mulheres, Escravidão, Ensino de história

Os pintores estrangeiros, selecionados devido a sua formação em escolas artísticas importantes e relação com monarcas europeus, se instalaram no Brasil em diferentes épocas. Entre eles estão: Albert Eckhout, holandês que permaneceu no Brasil por sete anos (1637-1644), desenvolvendo forte atividade como documentarista da fauna e flora, e registrando a cultura e fisionomia dos sujeitos históricos que habitavam a região. Carlos Julião, italiano, alferes das forças armadas portuguesas que, entre 1763 e 1781 viaja à China, Índia e ao Brasil, produziu uma série de desenhos aquarelados a respeito da vida cotidiana, indumentária e trabalho escravo. Maria Graham, inglesa, que esteve no Brasil entre 1821 e 1825, publicou como fruto da estadia um diário de sua viagem, ilustrado com gravuras. Por fim, nas primeiras décadas do século XIX, o Brasil recebeu Jean- Baptiste Debret que desembarcou no Brasil em 1816, com a “Missão Artística Francesa”, permanecendo por 15 anos e sendo contemporâneo à Maria Graham, realizando trabalhos oficiais para a Coroa Portuguesa e pinturas cotidianas das ruas do Rio de Janeiro. Todos os pintores enumerados acima tiveram como ponto comum traçar as imagens femininas do período colonial e do Império. Os espaços femininos que abarcam o comércio, a festa e a grande lavoura são marcados por momentos de sociabilidade e de violência, demonstrando a construção de redes contra uma sociedade patriarcal. A pesquisa é qualitativa e discute pelo viés da análise iconográfica (KOSSOY, 2014) a história das mulheres e a história da escravidão (DEL PRIORE, 1997; MATOS, 2003; PINSKY e PEDRO, 2012; SCHWARCZ e STARLING, 2015; TUTUI, 2015). O objetivo foi analisar a história das mulheres negras no Brasil e os impactos econômicos e culturais da presença das populações africanas através das iconografias pelo viés dos pintores estrangeiros. Buscamos discutir uma obra de cada um dos pintores, analisando seu contexto e suas particularidades. Tentamos explicar a utilização da mão-de-obra escravizada feminina nos espaços rurais e urbanos e as estratégias de resistência de que lançaram mão em diferentes contextos. Todo o trabalho foi desenvolvido visando a abordagem dessas obras na educação básica, devido à falta de visibilidade iconográfica nos livros didáticos. Como resultados parciais destacamos a participação em eventos acadêmicos, como a semana de história, a realização de oficinas para graduandos da Univille, o avanço da análise das fontes e a integração da pesquisa com a educação básica através do Programa Residência Pedagógica.

Apoio / Parcerias: Pesquisa e desenvolvida com financiamento do Art.170

Painel sensorial: uma atividade para exploração do ambiente externo à sala de aula

  • Vithória Aparecida Machado Külkamp, Graduando, vmkulkamp@gmail.com
  • BRIGIDA MARIA ERHARDT, MSc, brigida.maria@univille.br

Palavras-chave: Painel sensorial, ambiente externo, ambiente educativo

Foi observado que o projeto político pedagógico do CMEI Raio de Sol é muito bem estruturado, no planejamento constam várias atividades que utilizam o espaço fora de sala e o bairro para que o processo de ensino-aprendizagem seja mais eficaz, valorizando a cultura e a realidade dos alunos. E, com o período de vivências somado às informações obtidas através das entrevistas, foi possível identificar que realmente são utilizados todos os espaços disponíveis da unidade escolar e que as professoras se encontram preparadas para executar suas funções com um ótimo nível de conhecimento. Dado o exposto, o problema a ser trabalho foi: Como podemos explorar ainda mais o ambiente externo à sala de aula? Assim, notou-se que a iniciativa do projeto vivências extensão II surge como colaboração, tendo como objetivo geral da proposta o desenvolvimento e exposição de um painel sensorial feito com objetos não estruturados e recicláveis, coloridos e com texturas diferentes, para potencializar o uso externo à sala de aula. Para o desenvolvimento completo da atividade, o procedimento metodológico da proposta é dividido em cinco partes: Pintura do Pallet – Lixar, pintar e envernizar o pallet, deixando seguro para uso; Organizar materiais – separar os materiais que serão utilizados, limpar e/ou pintar; Fabricar brinquedos recicláveis – confecção do ábaco feito de tampinhas de garrafa pet com arame e chocalhos com minigarrafas pet e diferentes tipos de grãos; Confeccionar o Painel Sensorial – pregar e/ou colar todos os materiais no pallet, de maneira organizada para que as crianças possam, juntas, brincarem e se expressarem; Aplicar a proposta de intervenção – deixar as crianças livres para aproveitar o painel sensorial. Com o painel sensorial, o ambiente externo à sala de aula foi potencializado, transformando um espaço que antes não era utilizado em ambiente educativo. As crianças socializaram, se divertiram e vivenciaram uma experiência lúdica. Compreendi que cada criança é única e sua imaginação e criatividade são imensuráveis, elas ressignificaram a maioria dos objetos, como por exemplo; O suporte em argola que foi enfeitado com várias fitas coloridas, onde imaginava-se que seria utilizado como uma “cesta” para jogar bola, virou um chuveiro; teve criança lavando a mão embaixo do registro, sem ter a torneira; e os grãos que foram utilizados no chocalho foram plantados, demonstrando o amor, cuidado e respeito à natureza.

Patrimônio Cultural e Samba Em Joinville SC: Os Sujeitos da Música em Nossa Cidade

  • Arthur Boettcher Rocha, Graduando, arthur.rocha@univille.com
  • Luana de Cravlho Silva Gusso, Graduando, luana.gusso@univille.br

Palavras-chave: Patrimonio Cultural, Direitos Culturais, Musica

O estudo trata sobre patrimônio cultural e samba em Joinville/SC, visando identificar os sujeitos da música no referido munícipio. Sendo assim, a pesquisa ainda está em andamento e busca indentificar a influência dos povos africanos na cultura brasileira, com foco no samba. Para tanto, estão sendo utilizados métodos de pesquisa interdisciplinares, como revisão bibliográfica e a pesquisa documental. Os resultados parciais, indicam a relevância do samba como patrimônio cultural, em especial a partir do Kenia Club, e sua influência das matrizes afro-brasileiras em Joinville. Nesse sentido, aponta-se uma importante formas de educação patrimônial para a preservação do legado de artistas locais. Assim, a pesquisa destaca a riqueza do samba como parte da identidade cultural brasileira e local, como parte do Patrimonio Imaterial de Joinville.

Apoio / Parcerias: não há

Percurso de formação docente e as necessidades de aprofundamento teórico na visão dos professores

  • Beatriz Pottratz , G, pottratzbeatriz@gmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Palavras-chave: formação de professores, Formação docente, TRabalho docente

A pesquisa realizada teve como objetivo conhecer os temas solicitados pelos professores participantes do PERFORMA como relevantes para aprofundamento teórico e relacionar esses temas com os níveis de ensino desses professores. O PERFORMA é um projeto de pesquisa, ensino e extensão da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), voltado para percursos formativos docentes e discentes na rede de educação básica. Esse projeto se desenvolve em cinco eixos temáticos: biográfico, trabalho docente, conceitual, estético e coletivo. Entre suas diretrizes e práticas envolve um outro modo de fazer o processo formativo docente continuado; com uma relação dialógica nos encontros realizados, acolhendo as memórias, retomando as vivências escolares, conceitos e significados do que é ser e qual o fazer docente (Cordeiro; Gomes, 2021). Esta pesquisa foi viabilizada a partir da bolsa de estudos de iniciação científica, artigo 171, do Programa de bolsas do governo catarinense denominado UNIEDU e esteve vinculada ao Núcleo de Pesquisa em Educação, Política e Subjetividades (NEPS), que se estrutura junto a graduação em Psicologia e ao Mestrado em Educação da UNIVILLE. Em busca por seu objetivo, a metodologia desta pesquisa se centrou na perspectiva qualitativa e na análise de conteúdo (Franco, 2005). A coleta de dados foi implementada através do banco de dados do PERFORMA, procedimento esse que possibilitou o levantamento e agrupamento dos temas solicitados pelos professores. A análise da coleta revelou cinco categorias, sendo estas: o relacionamento professor x aluno (educação emancipatória e empática, troca de conhecimento entre ambos, acolhimento das demandas dos discentes); a profissão professor (trabalho coletivo/interdisciplinar, condições de trabalho, saúde mental na docência, direitos profissionais, questão salarial, ética e didática); questões sociais (educação antirracista, questões de gênero); o aluno (diferentes tipos de aprendizagem, inclusão da educação especial, retrocesso acadêmico reforçado pela Covid-19); e a escola (implementação do novo ensino médio). Pelos resultados obtidos foi possível perceber que os temas com maiores menções eram voltados para as questões relacionais vivenciadas pelos docentes em seu dia a dia de trabalho.

Apoio / Parcerias: bolsa artigo 170 uniedu

Performance Narrativa: biografias de professoras no contexto de um percurso de formação continuada

  • Guilherme José Senem, Graduando, senem.guilherme@outlook.com
  • Gabriela Kunz Silveira, MSc, gabikunz@gmail.com
  • Allan Henrique Gomes, Dr(a), allan.gomes@univille.br

Palavras-chave: Docência, Biografia, Narrativa

O presente estudo tem se debruçado na metodologia participativa PERFORMA que promove um percurso de formação continuada com professores da rede pública de ensino. Esse percurso é dividido em eixos temáticos que buscam tratar de cada dimensão específica da experiência docente. São eles: biográfico; trabalho docente; conceitual; estético e coletivo. Este projeto trata do eixo Biográfico, com o objetivo de compreender a forma como os professores constroem e narram suas histórias de vida nos processos de biografização, bem como identificar as implicações da biografia em percursos de formação continuada contribuindo para a formação pessoal e profissional dos docentes. Esta investigação vem sendo desenvolvida desde o ano de 2021, partindo de uma revisão bibliográfica dos conceitos relacionados a dimensão biográfica, passando pela análise de transcrições e narrativas do acervo do projeto, juntamente com discussões dentro do grupo de pesquisa, tendo como produto a confecção de um artigo e um capítulo para o livro do projeto PERFORMA. Temos como resultados a forma como as narrativas vão se construindo escapando da cronologia dos acontecimentos e se desenvolvendo ao redor de temas e acontecimentos que o narrador conta por ser mais significativa em sua trajetória de vida, pelo menos no contexto do percurso de formação em que está participando. As narrativas biográficas refletem o contexto histórico-cultural do professor narrador e também seu presente. Outro ponto quase intrínseco é a identidade docente e sua importância na vida destes indivíduos. Quando falamos nessa identidade, queremos tratar da relação entre professor/a e estudante futuro professor/a dentro da graduação ou magistério, algo próprio da licenciatura. Dessa forma, nas palavras de Frauendorf et al (2016, p. 352) as narrativas “podem ser usadas ainda metodologicamente, ao serem incorporadas às outras possibilidades formativas, permitindo, àquele que narra, interpretar, analisar, estruturar, organizar, reorganizar e refletir sobre acontecimentos” em um momento de formação pessoal. No decorrer da pesquisa verificamos como o passado e o presente se unem na memória desses indivíduos refletindo, ressignificando e fortalecendo os sentidos que dão às suas experiências. E que essa atividade se torna essencial em um percurso de formação continuada de professores voltado para a experiência docente pois valoriza e respeita as trajetórias dos entrevistados e permite um vínculo para as demais dimensões do percurso.

Apoio / Parcerias: UNIEDU Art170

Plantando Educação

  • Emily Benta, Graduando, emily.benta@univille.br
  • Alex Crystian Fagundes, Graduando, alex.fagundes@univille.br
  • BRIGIDA MARIA ERHARDT, MSc, brigida.maria@univille.br

Palavras-chave: Horta escolar , educação ambiental, espaço educativo

Definiu-se a escola Dr. George Keller para realizar as Vivências de Extensão II, no 1º semestre de 2023, localizada na rua São Gonçalo, 523 bairro Jardim Iririú, no município de Joinville, atualmente, a escola atende estudantes da educação básica do ensino fundamental dos anos iniciais e finais e ensino médio. O tema gerador para as vivências de extensão foi explorar ambientes e espaços na escola na perspectiva para promover a educação integral. Após os trâmites iniciais, organizou-se as atividades a serem realizadas, com o objetivo de contribuir com a escola, construindo um espaço para o desenvolvimento da educação ambiental, para que desde cedo, os estudantes desenvolvam valores mais humanizados e formar cidadãos com a capacidade de buscar soluções para a problemática ambiental. Durante a ambientação e o levantamento de informações, percebeu-se que existia uma horta inativa; ao realizar a entrevista com a supervisão, perguntou-se se havia intenção de implantar novamente a horta na escola; a resposta foi positiva e definiu-se como demanda a reativação da horta escolar. Passou-se a realizar o planejamento das ações e a definição das necessidades para realizar a reconstrução e ativação da horta, mostrando que a horta escolar podia ser uma ferramenta rica para o ensino da educação ambiental. Posteriormente, foi feito o reconhecimento do terreno e a validação da proposta de intervenção, com a definição do período para a execução das atividades, a sistemática do trabalho, como: limpeza no local (retirada das pedras, entulhos, ervas daninhas, galhos etc.); a correção e preparo do solo; a compostagem com terra adubada dos canteiros da horta; realizou-se campanha de arrecadação de insumos, apresentação do tema a supervisão e professor para envolver os estudantes no plantio das sementes e hortaliças; posteriormente, realizou-se o plantio das mudas com a ajuda das crianças. Os resultados e objetivos traçados por essa proposta de intervenção foram positivos, pois foi possível reconstruir a horta; além disso, a horta possibilitará trabalhar com crianças objetos de conhecimentos, desenvolvimento de atividades educativas na perspectiva da educação ambiental e as crianças aprenderam sobre o consumo alimentar mais saudável, se entregaram ao conhecimento, ao novo e buscaram aprender mais sobre horta e meio ambiente, colocando a mão na massa, criando, assim, um vínculo positivo com muita curiosidade, cooperação e trabalho em grupo. Destaca-se que a experiência de olhar para os espaços da escola, com o objetivo de potencializá-lo para o processo ensino aprendizagem foi muito significativo.

Política e Imprensa em São Bento do Sul (SC) nos contextos do Integralismo e do Estado Novo (1936 - 1939).

  • Richard Ewald Prigg Rosa, Graduando, richard2002p@gmail.com
  • Wilson de Oliveira Neto, Dr(a), wilson.o@univille.br

Palavras-chave: Política, Integralismo, Estado Novo

Em 1932, a Ação Integralista Brasileira (AIB) iniciava suas atividades em São Paulo (SP), vindo a se tornar, pouco tempo depois, o maior movimento fascista fora da Europa. Nas eleições de 1936, a AIB elegeu vinte candidatos para prefeituras ao redor do Brasil, sendo oito deles apenas em Santa Catarina. Na região norte catarinense, Joinville ocupou um papel central na propagação da doutrina integralista. Graças à esta cidade, o Integralismo chegou até São Bento do Sul, no alto da serra Dona Francisca. No ano de 1937, entretanto, os integralistas se viram encurralados pelo governo de Getúlio Vargas, que, já sob a forma do Estado Novo, colocou na ilegalidade todos os partidos políticos. Acuados, muitos camisas-verdes se viram diante de um dilema: optar pelo silêncio, muitas vezes no exílio, ou adequar-se à nova conjuntura. Este trabalho tem como objetivo analisar a trajetória do Integralismo em São Bento do Sul, com destaque para dois aspectos da sua história: o político e jornalista Ernesto Venera dos Santos e seu periódico “O Aço"; a forma como ambos se adaptaram após a instalação do Estado Novo, em novembro de 1937. Para tanto, foi examinada a coleção do jornal “O Aço” disponível no Arquivo Histórico de São Bento do Sul, dando ênfase para os números correspondentes aos anos de 1936, 1937 e 1939. A metodologia empregada consistiu na leitura das edições analisadas, seguida da sua discussão feita à luz de uma revisão da literatura sobre imprensa, história, Integralismo e Estado Novo. Este esforço permitiu identificar alguns aspectos fundamentais do Núcleo Integralista são-bentense, como o ano de fundação, o número estimado de filiados e as figuras de destaque. Também foi possível acompanhar a trajetória política de Ernesto Venera dos Santos e seu periódico após a instalação do Estado Novo. Como averiguado, após um período de aparente inatividade, tanto “O Aço” quanto seu dono e dirigente retornaram à vida pública em 1939, desta vez despidos da antiga ideologia camisa-verde e enquadrando-se nas exigências de seu antigo algoz, o regime estadonovista.

Apoio / Parcerias: Arquivo Histórico de São Bento do Sul - AHSBS. Programa de Mentoria - Univille.

Práticas educativas para a promoção da leitura: entrevistas com professores da educação básica

  • THAYANE MINERVI DE OLIVEIRA, Graduando, thayane.minervii@gmail.com
  • Rosana Mara Koerner, Dr(a), rosanamarakoerner@hotmail.com

Palavras-chave: Leitura, Professores, Práticas exitosas

Trata-se de uma pesquisa sobre como os professores moldam o ensino da leitura e influenciam na formação de novos leitores, considerando a importância da leitura no contexto educacional. Ouvir o que os professores têm a dizer sobre suas práticas de leitura bem-sucedidas é um esforço para dar visibilidade à forma como percebem seu papel como agentes de letramento na promoção da leitura entre seus alunos. Isso cria uma oportunidade valiosa para sua própria formação e reformulação profissional bem como para o avanço do ensino da leitura, considerando que professor é aquele que promove as atividades de leitura, delineando-as de acordo com os objetivos estabelecidos para os diferentes níveis de ensino com os quais trabalha. Para atingir o objetivo de contribuir para as discussões sobre o papel dos professores como agentes de letramento, conduzimos entrevistas com professores de diversos contextos educacionais, abrangendo desde a Educação de Jovens e Adultos (EJA) até o ensino fundamental. A seleção dos participantes seguiu a estratégia conhecida como "snowball", na qual os participantes iniciais indicam novos entrevistados criando uma rede que se expandiu até atingir o que é chamado de "ponto de saturação" dos dados, conforme descrito por Wha (apud Baldin; Munhoz, 2011, p. 50). Com base em duas entrevistas transcritas, foi possível notar que os professores compartilham uma paixão pela leitura e demonstraram reconhecer sua importância no processo educacional. Ambos mantêm uma prática contínua de leitura relacionada ao trabalho e reconhecem a importância de se manterem atualizados em suas respectivas áreas e a relevância de suas práticas de leitura em sala de aula, seja no ensino de literatura ou como contadores de histórias. Também enfatizam a importância de criar um ambiente propício para o desenvolvimento do hábito de leitura entre os alunos, e reconhecem o poder transformador da leitura em suas salas de aula. Reforça-se, pois, o papel fundamental dos professores como agentes de letramento (KLEIMAN, 2006) na formação de novos leitores e a importância de valorizar suas experiências no ensino da leitura. REFERÊNCIAS BALDIN, Nelma; MUNHOZ, Elzira M. Bagatin. Educação ambiental comunitária: uma experiência com a técnica de pesquisa snowball (Bola de Neve). Revista eletrônica Mestrado Educação Ambiental. v. 27 jul /dez, 2011. KLEIMAN, Angela B. Processos identitários na formação profissional: o professor como agente de letramento. In CORRÊA, Manoel Luiz Gonçalves. & BOCH, Françoise (Org.s). Ensino de língua: representação e letramento. Campinas-SP: Mercado de Letras, 2006.

PRESENÇA DAS REDES SOCIAIS NO ENSINO SUPERIOR

  • Elisan Nadrowski, Mestrando(a), elisan.nadrowski@gmail.com
  • Nicoly Cristina Ott , Graduando, nicoly.ott@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Redes sociais, Ensino Superior, Práticas pedagógicas

As redes sociais têm adentrado na vida das pessoas de forma contumaz. Elas são usadas para manter contato com familiares e amigos, buscar informações, gerar entretenimento, oportunizar novas experiências e conhecer pessoas. No que tange ao ensino superior, na modalidade presencial, os professores têm se deparado com estudantes usando frequente de celulares durante as aulas, cuja conexão está muito atrelada às redes sociais. Assim, o objetivo deste trabalho é discutir sobre a presença das redes sociais nas práticas educativas do ensino superior. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, a qual, segundo Pizzani et al. (2012), visa aprofundar os temas em estudo. Sobre comunicação e cultura digital foram estudados Castells (2005) e Kenski (2012) e sobre redes sociais no ensino superior, foram trazidos Rodrigues (2016) e Favero (2016). Os estudos indicaram que em um mundo digital, novas formas de interação são estabelecidas, sendo as redes sociais uma das mais utilizadas atualmente. Para Castells (2005), a comunicação na cultura digital ocorre em rede, que é composta por grupo de nós interligados. As redes podem ser aumentadas ilimitadamente, agrupando novos nós, contanto que a comunicação seja mantida. As redes sociais são compreendidas como sites de relacionamentos e de informação, sendo as mais populares: Instagram, Facebook; Twiter e Whatsapp. Os jovens estão conectados nessas redes, as quais “trazem novas e diferenciadas possibilidades para que as pessoas possam se relacionar com os conhecimentos e aprender” (Kenski, 2012, p. 47). Assim, sua utilização pode ajudar o processo de ensino e aprendizagem, além de facilitar a interações entre os professores e os estudantes. O uso de recursos tecnológicos digitais leva a uma ressignificação do que é aprender e ensinar, o que para Kenski (2012) deve contemplar as possibilidades comunicativas e informativas no ciberespaço. Com relação ao ensino superior, Rodrigues (2016) afirma que a formação superior requer um profissional que possa atuar na sociedade do conhecimento, na qual o mundo virtual expande o processo educativo dos que dela participam e atuam. Já a partir dos resultados de sua pesquisa, Favero (2016) constatou que alguns professores têm inserido os sites das redes sociais em suas aulas com êxito. Assim, defende que a universidade pode incentivar seu uso pedagógico pelos docentes, reconhecendo as redes sociais como ambientes de aprendizado quando utilizados de forma crítica e conectada com as necessidades do processo de ensino e dos alunos.

Apoio / Parcerias: UNIEDU

Projeto Institucional de Extensão - Juizado Especial Cível e CRAS

  • Beatriz Regina Branco, MSc, beatriz.regina@univille.br

Palavras-chave: Juizado, Cível, Cras

O Projeto Institucional de Extensão - Juizado Especial Cível e CRAS é desenvolvido pelos acadêmicos do Curso de Direito de Joinville. O primeiro tem por objetivo o atendimento jurídico à população da Comarca de Joinville, em causas que se enquadrem na Lei 9.099/95, Juizados Especiais Cíveis, em procedimentos de até 20 SM, com a elaboração de peças iniciais e protocolos/atermação da ação judicial, na plataforma do Tribunal de Justiça (PROC) e orientações jurídicas a população. O segundo, CRAS, realiza atendimentos à população carente no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) do bairro Jardim Paraíso, em convênio com a Prefeitura Municipal de Joinville-SC. Após o atendimento, sendo viável, os procedimentos são encaminhados ao Poder Judiciário. Ambos tem o objetivo de preparar nossos acadêmicos, através da extensão, para o mercado de trabalho. A metodologia utilizada consiste no atendimento presencial para a comunidade de Joinville, em sala própria da Secretaria do Juizado Especial Cível no Campus universitário da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE e atendimento presencial no Centro de Referencia da Assistência Social (CRAS), do bairro Jardim Paraíso. No ano de 2022, Foram atendidas de forma presencial, 593 pessoas na Secretaria do Juizado Especial, localizado nas dependências da Univille. Através do projeto houve também o atendimento presencial e virtual no CRAS do bairro Jardim Paraíso, totalizando 114 pessoas assistidas. Desta forma, o total de atendimentos do Projeto Institucional totaliza 707 pessoas.

Apoio / Parcerias: Pró-Reitoria de Ensino – PROEX Prefeitura Municipal de Joinville Tribunal de Justiça de Santa Catarina Curso de Direito Univille – Joinville Curso de Psicologia Univille - Joinville

PROJETO “ HISTÓRIAS DE VIDAS E MEÓRIAS DE PROFESSORAS/ES DO CAMPO DE ESINO DE HISTÓRIA”

  • Geovana Pereira Dias, Graduando, geovanapereira426@gmail.com
  • Yomara Feitosa Caetano de Oliveira Fagionato, Dr(a), yoliveirafagionato@gmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquelsenavenera@gmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquel.venera@univille.br

Palavras-chave: Ensino de História, História Oral, Experiência

Esse relato de experiência tem como objetivo abordar e discutir acerca do projeto “Histórias de vidas e memórias de professoras/es do campo do Ensino de História” que possui o intuito de organizar um acervo de histórias de memórias de pesquisadoras/es do ensino de História, utilizando a metodologia da história oral para construir um acervo de fontes sobre o campo em que atuam e relatar suas experiências dentro do meio acadêmico e sua trajetória de vida que os fizeram a chegar no ramo de pesquisa. Está ampliando a compreensão, está sendo desenvolvido por professoras/es e pesquisadoras/es de todo o Brasil que estão realizando entrevistas com diferentes gerações de professores atuantes no campo do ensino de história e de bolsistas que estão atuando nas transcrições das entrevistas. Nesse relato de experiência, consideramos o termo de acordo com a definição dada por Bondía (2002, pg 21), que entende a experiência como “A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca”. A metodologia utilizada para a construção do projeto é a História Oral e para o processo de transcrição é utilizado o POP “A Busca de Outro e de Nós: Um projeto de história oral para o campo de ensino da história” (VENERA; ANDRADE, 2022). As transcrições se iniciaram no dia 27/06 com a colaboração das/dos alunas/os Aldry Pereira Chaves, Eduardo da Silva Castilho que participou no início das transcrições e Geovana Pereira Dias, a partir dessas transcrições que ainda estão sendo produzidas ocorre as interações dos estudantes juntamente com os professores inseridos no projeto, as discussões acerca do que é ouvido e discutido dentro das entrevistas, abordagem dos relatos de experiência na vida dos pesquisadores entrevistados, discutimos sobre as histórias relatadas, pois a experiência deste projeto é ouvir e transcrever as palavras ditas que trazem sentimentos, no texto de Bondía (2002, pg 25) discorre sobre “A experiência é a passagem da existência, a passagem de um ser que não tem essência ou razão ou fundamento, mas que simplesmente “ex-iste” de uma forma sempre singular, finita, imanente, contingente.” A cada dia percebemos a evolução do projeto, a cada entrevista realizada, transcrições feitas notamos o quanto a história oral é importante de ser discutida, sentir e entender todas as vivências dos pesquisadores e professores envolvidos, as paixões que os fizeram se tornarem o que são.

Apoio / Parcerias: Este projeto recebe apoio do Fundo de Apoio a Pesquisa, FAP Univille; da FAPESC pelo bolsa artigo 171; Termo de Outorga Nº: 2023TR00090 e Termo de Outorga Nº: 2023TR000350 e bolsa PIBIC/CNPq

PROJETO “HISTÓRIAS DE VIDAS E MEMÓRIAS DE PROFESSORAS/ES DO CAMPO DO ENSINO DE HISTÓRIA” E A SUA TRAJETÓRIA

  • ALDRY PEREIRA CHAVES, Graduando, aldrypchaves@gmail.com
  • Yomara Feitosa Caetano de Oliveira Fagionato, Dr(a), yoliveirafagionato@gmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquelsenavenera@gmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquel.venera@univille.br

Palavras-chave: Ensino da História, História Oral, Memória

O objetivo desse resumo é fazer uma apresentação do Projeto “Histórias de vidas e memórias de professoras/es do campo do Ensino de História” e de sua trajetória. O projeto “Histórias de vidas e memórias de professoras/es do campo do Ensino de História” está sendo realizado em conjunto com a ABEH e o Museu da Pessoa e uma rede de pesquisadoras/es de todo o Brasil, que se unem para construir um acervo da história de seu campo de atuação. O projeto se utiliza da metodologia da história oral para a construção desse acervo, utilizando Henri Bergson (1999), Maurice Halbwachs (1990) , Jaqcues Le´Goff (1990) e Eclea Bósi (1994) para discutir memórias, histórias de vida e sua importância na construção de uma história coletiva. O projeto surgiu a partir da percepção de que as memórias das pessoas que constituíram o campo estavam se perdendo, e que seria necessário ser realizado um processo de coleta dessas memórias para a construção de um acervo, que ficará disponível para consulta no Museu da Pessoa e nos Laboratórios de História Oral das Universidades envolvidas no projeto. O acervo está sendo construído no intuito de compreender melhor o perfil das/os pesquisadoras/es que construíram esse campo, o espaço que ele ocupou e ocupa nos dias de hoje, e os desafios que foram enfrentados e que ainda persistem na atualidade no campo do ensino da história. A seleção dos participantes foi realizada utilizando um levantamento dos Anais de Simpósios da ABEH (Associação Brasileira de Ensino de História), ANPHU (Associação Nacional de História) e periódicos, utilizando o Currículo Lattes para confirmação do que o sujeito considera valorizar na construção de sua trajetória acadêmica. Após realizadas as entrevistas de história oral, os bolsistas realizaram as transcrições, seguindo um Procedimento Operacional Padrão, POP, neste caso, o projeto possui um POP próprio, intitulado “A Busca de Outro e de Nós: Um projeto de história oral para o campo de ensino da história”, organizado pelas Pesquisadoras Raquel Alvarenga Sena Venera e Juliana Alves de Andrade. Os resultados se apresentam na forma dessas transcrições realizadas, que serão utilizadas como fontes para pesquisas, atividades, entre outras possibilidades.

Apoio / Parcerias: Este projeto recebe apoio do Fundo de Apoio a Pesquisa, FAP Univille; da FAPESC pelo Termo de Outorga Nº: 2023TR00090 e Termo de Outorga Nº: 2023TR000350 e bolsa PIBIC/CNPq

Proposições à formação continuada de professores da educação infantil a partir de processos formativos desenvolvidos em uma rede municipal do Norte Catarinense

  • Lucilene Simone Felippe Oliveira , Mestrando(a), lucilene.felippe@gmail.com
  • Rita Buzzi Rausch, Dr(a), ritabuzzirausch@gmail.com

Palavras-chave: Formação continuada de professores , Educação Infantil; , Prática docente.

Esta pesquisa está vinculada ao GETRAFOR – Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho e a Formação Docente e à Linha de Pesquisa Políticas Educacionais, Trabalho e Formação Docente. Possui como objetivo geral propor contribuições à formação continuada de professores da Educação Infantil a partir de processos formativos desenvolvidos em um município do Norte Catarinense. Os objetivos específicos são: a) Conhecer os princípios que orientam a prática docente e a formação continuada de professores da Educação Infantil de um município do Norte Catarinense; b) Caracterizar os processos formativos promovidos pela rede municipal e pelos Centros Municipais de Educação Infantil aos professores; e c) Apresentar proposições à formação continuada de professores da Educação Infantil. A metodologia utilizada consiste em abordagem qualitativa e sócio-histórica e os procedimentos de produção de dados foram: entrevista semiestruturada com cinco coordenadoras pedagógicas; técnica de complemento com nove professoras e 10 auxiliares de sala; grupo de interlocução com seis professoras e sete auxiliares de sala – as mesmas profissionais que completaram a técnica de complemento; questionário com três assessoras pedagógicas da Secretaria Municipal de Educação – SEMED. Para a análise de dados, ancoramos na Análise de Conteúdo de Bardin. O aporte teórico apresenta autores como: Contreras; Imbernón; Nóvoa; Kramer; Oliveira et al.; Oliveira; Ostetto; e Vaillant e Marcelo. Os resultados quanto aos princípios que orientam a prática docente e a formação continuada de professores da Educação Infantil apontam para os princípios éticos, estéticos e políticos; a criança como protagonista; e as interações e as brincadeiras. Quanto aos processos formativos, evidenciamos que a rede municipal investigada promove reuniões pedagógicas, palestras e oficinas no decorrer de um ano letivo. E, por fim, apresentamos algumas proposições à formação continuada de professores, dentre as quais, destacamos: pedagogia da escuta: os professores e auxiliares de sala como protagonistas do seu desenvolvimento profissional docente; formação continuada centrada no contexto educacional; educação estética na formação continuada de professores da Educação Infantil; cultura colaborativa; os professores como sujeitos de produção do conhecimento; a documentação pedagógica como dispositivo da formação continuada de professores da Educação Infantil; e a coordenação pedagógica como formadora de professores na Educação Infantil. Almejamos que esta pesquisa contribua com a formação continuada de professores da Educação Infantil da rede municipal investigada, de modo que os processos formativos desenvolvidos sejam planejados com os profissionais, atendendo as necessidades formativas e reverberando na prática docente.

Protagonismo do estudante na extensão universitária

  • Eliziane Meurer Boing, Dr(a), elizianemeurer@univille.br
  • Jorge Rafael Matos, Doutorando(a), jorgematos@univille.br

Palavras-chave: Extensão, Curso de Direito., profissão

Como estratégia de creditação para fins de adesão a legislação foram criados por semestre componentes curriculares específicos denominados de Vivências de Extensão, o presente relato é de uma dessas experiências, desenvolvida no segundo semestre de 2022, com a turma do quarto semestre do curso de Direito, os acadêmicos tinham como objetivo: as ações extensionistas surgem como formação sistêmica por meio da integração entre ensino e extensão, neste semestre voltado para eventos, em forma de feira. Uma feira de profissões é o momento de contato entre os profissionais e os estudantes, bem como o momento de este aluno entrar em contato com o mundo do trabalho. Por conta da aproximação do estudante com o mundo do trabalho, a Univille desenvolve essa feira e o público-alvo são alunos do ensino médio na cidade de São Bento do Sul/SC e região, sendo que na edição de 2022, houve aproximadamente 2000 alunos participando. Metodologia: desenvolvida por meio do uso de metodologias ativas como brainstorming e discussão em pares, realizadas para confecção de um projeto para o espaço do curso, a abordagem sobre Direito Penal, as atividades foram desenvolvidas em etapas durante as aulas de Vivências de Extensão IV, no primeiro bimestre o embasamento do conhecimento teórico sobre a ação, com a elaboração do plano de trabalho, definição da temática, organização do desenho do evento e mapeamento da forma de comunicação e divulgação do estante do curso. No segundo bimestre a execução do projeto na realização da feira, nos dias 18/19 e 20/10/2022. Os acadêmicos montaram uma “Cena de Crime”: (i) início do crime, (ii) local do crime, (iii) a Delegacia (Polícia Civil), (iv) prisão (cadeia), sendo que em cada etapa havia uma representação do fato, foi elaborado um cronograma de atendimento por parte dos alunos. Após a feira foi elaborado um fechamento com a turma, considerando a participação individual e coletiva, assim como o que sentiram, como foi interagir com os alunos. Resultados: a experiência da atividade apresentou aspectos positivos, que o estande recebeu 1657 visitantes, e foi perceptível que houve uma integração entre a teoria e a prática realizada em campo, além da vivência ter sido enriquecedora para os discentes, eles sugeriram dar continuidade a atividade pela socialização do conhecimento, promoção da formação humanística e aproximação entre o currículo, cidadania e profissão.

Psicologia escolar e mídias: que relação é esse?

  • Emily Maria Barros Carvalho, Graduando, emilymbarroscarvalho@gmail.com
  • Isabella Arevalo Henao, Graduando, bellaarevalohenao9@gmail.com
  • Raquel Cristiane Bays, Graduando, raquelbays@gmail.com
  • Viviane Luiza Castelhano, Ensino Médio, vivilcastelhano@gmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Palavras-chave: psicologia escolar, Mídias, Educação básica

Este trabalho tem como objetivo realizar um relato de experiência desenvolvido no Estágio Curricular Supervisionado em Nível Específico em Psicologia Escolar. Promovendo na escola, espaços abertos ao diálogo como condição para a construção do conhecimento e dos vínculos, favorecendo a criação de sentido pessoal e coletivo, autonomia, pertença e de visão crítica dos fenômenos escolares. Durante o período de estágio, participamos do cotidiano da escola com o intuito de compreender, de forma mais abrangente, a realidade dos alunos, professores e funcionários. Segundo Paulo Freire a escola é um espaço de transformação social e pessoal. Sua visão destaca a educação como instrumento de libertação, onde o diálogo e conscientização são construídos durante o processo educacional. Como embasamento para as intervenções propostas, consideramos sobretudo as questões sócio-históricas da comunidade escolar, possibilitando atividades contextualizadas e sensíveis às necessidades e peculiaridades da escola (ALVES, 2009). A metodologia de intervenção privilegia ações com grupos de alunos, produção de materiais em colaboração com a equipe pedagógica e a criação de conteúdos para mídias digitais. Percebemos a dimensão que os recursos tecnológicos da atualidade poderiam alcançar, se utilizados a favor da escola. Desta forma, desenvolvemos um podcast como estratégia de trabalho. O intuito foi unir o binômio juventude e tecnologia, implementando a gravação de episódios voltados para temas como o que é ser criança, o que é ser estudante, o que é ser professor, a partir de depoimentos e relatos de alunos, professores e funcionários. As redes sociais e recursos audiovisuais foram utilizadas como ferramentas para amplificar o alcance do podcast, desenvolvido em parceria com a escola. Criamos um perfil no Instagram para o projeto, permitindo que a comunidade escolar acompanhasse os episódios e participasse das discussões. Observamos impactos positivos destas atividades, trazendo um espaço livre para produção e expressões dos estudantes, em conformidade com os princípios dialógicos de Freire (1996). Enfatizando a convicção de que o ambiente escolar não deve ser meramente um veículo de transferência de conhecimento, mas, sim, um espaço que promova ativamente a construção autônoma do conhecimento. Mudanças no ambiente de aprendizado foram percebidas, caracterizadas por uma maior abertura às interações e participações. Tanto professores quanto alunos passaram a envolver-se de forma mais ativa no processo educacional, apresentando relações mais sólidas e colaborativas. Compreendemos que a escola não é apenas um campo educacional, mas também um campo de desenvolvimento social e subjetivo, e desta forma, alcançamos os resultados esperados do projeto.

Quando o direito à cidade é negado: o sistema de transporte coletivo e das empresas de ônibus em Joinville

  • VITOR AUGUSTO JOENK, Graduando, vitorjoenk@yahoo.com.br
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Palavras-chave: Direito à Cidade, História do transporte, empresas de ônibus

O tema do transporte coletivo é central dentro do sistema social e econômico em que vivemos. Gregori (2020) afirma que "O país só funciona se os transportes coletivos funcionarem". Este tema é constantemente debatido dentro da concepção de direito à cidade, que para Harvey (2009) "está além de um direito ao acesso àquilo que já existe: é um direito de mudar a cidade de acordo com o nosso desejo mais íntimo." Em Joinville, a primeira experiência de transporte coletivo se deu através de um sistema de bondes puxados por tração animal, inaugurado em 1911 pela Empresa Ferro-Carril Joinvilense. O serviço de transporte coletivo por ônibus surgiu em 1926, com uma empresa fundada por Gustavo Vogelsanger. Já as empresas que operam o serviço atualmente foram fundadas em 1963 (Transtusa) e em 1967 (Gidion). Esse sistema, que vem sendo administrado de maneira privada desde sua origem e visa o lucro, é sustentado pela cobrança (tarifa) em cima dos usuários do transporte. Esta tarifa aumentou 425% nos últimos 22 anos, enquanto o uso do transporte coletivo pela população vem caindo quase ininterruptamente nesse período: de 2.852.588 viagens em 2010 para 1.164.199 viagens em 2021. Uma queda que não necessariamente é suprida por outros transportes motorizados, como mostram números da Prefeitura: em 2010, o Transporte Coletivo representava 24% dos deslocamentos realizados em Joinville, enquanto o modal A Pé ocupava 23%. O objetivo da pesquisa é analisar a história da formação e do desenvolvimento do sistema de transporte coletivo e das empresas de ônibus no município de Joinville, o modelo de transporte coletivo adotado no município, a relação de sua administração privada com o direito à cidade e a evolução do sistema de tarifa de ônibus e seu impacto na mobilidade urbana e na vida dos trabalhadores de Joinville. A pesquisa está utilizando a perspectiva teórica e metodológica da história social para analisar um conjunto de fontes e de referências levantado em diversos acervos documentais do município, em especial do Arquivo Histórico de Joinville. Como considerações parciais, ressaltamos o levantamento e a análise das fontes documentais no Arquivo Público de Joinville e o estado da arte sobre o transporte público no Brasil. O projeto busca repensar um modelo de transporte que obriga parte da população a realizar a maioria de seus deslocamentos à pé, restringido o seu Direito à Cidade. Nesse sentido, as políticas públicas devem abarcar outros modelos possíveis de transporte coletivo.

Apoio / Parcerias: Art. 170

REFLEXÕES DO PROJETO DE VIDA E DO PROFESSOR NA EDUCACÃO NEOLIBERAL

  • Dirce Grein, Mestrando(a), dircegreinbio@gmail.com
  • Nélida Alves Hoepers , Mestrando(a), nelidacjh@gmail.com
  • Lenita de Villa, Mestrando(a), lenitadevillar@gmail.com
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Palavras-chave: Educação Neoliberal, Projeto de Vida, Currículo

O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito da disciplina Teorias e Práticas Curriculares no Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). Diante da reformulação do currículo do Novo Ensino Médio (NEM), esta pesquisa tem como objetivo analisar o papel do componente Projeto de Vida e do professor num contexto de valorização da educação empresarial e o sujeito neoliberal, considerando as perspectivas dos teóricos como Sacristan (2017), Dardot e Laval (2017). De abordagem qualitativa, a pesquisa contou com revisão bibliográfica e análise documental, consultando artigos científicos e documentos oficiais, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Currículo Base do Território Catarinense (CBTC). Após a leitura dos materiais, as ideias foram organizadas em categorias de análise, buscando problematizar o papel do Projeto de vida no currículo, assim como o do professor. Os resultados indicam que o Projeto de Vida tem como objetivo o desenvolvimento de competências de desempenho, autorregulac'ao e tomada de decisão, essenciais a educação de viés empresarial. O professor atua como tutor, transmitindo conhecimentos técnicos e habilidades práticas relevantes para o mercado de trabalho. Autores como Sacristán (2017) mencionam que, no contexto do neoliberalismo, a educação e submetida a lógica da concorrência e produtividade, pressionando os professores a formarem estudantes competitivos e adaptáveis às demandas do mercado. Isso pode resultar na valorização do ensino de habilidades práticas em detrimento da formação crítica e reflexiva. A lógica neoliberal pode, assim, transformar o componente curricular Projeto de Vida em uma ferramenta de controle, comprometendo a formação integral e reduzindo a educação a uma preparação exclusiva para o mercado de trabalho. Para Dardot e Laval (2017), os professores são cada vez mais avaliados por indicadores de produtividade e eficiência, levando a padronização do ensino e a perda de autonomia na definição de conteúdos e metodologias. Para os autores, o papel do professor no neoliberalismo e reduzido ao de um agente de formação profissional, inserido em um sistema de educação voltado para o mercado e submetido a lógica da concorrência e controle. Diante do estudo empreendido, conclui-se que é fundamental repensar a concepção do Projeto de Vida e do papel do professor, resgatando a dimensão humanista da educação. Os documentos curriculares devem ser repensados criticamente para promover uma educação que valorize uma formação cidadã, o desenvolvimento da criticidade e a emancipação dos sujeitos, contrapondo-se aos valores da educação empresarial e do sujeito neoliberal.

Apoio / Parcerias: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES

Relato de Experiência - Processo de Orientação Profissional e de Carreira

  • Camila Rodrigues da Silva, Graduando, camilamilarsilva@gmail.com
  • Sabrina de Bairros Zancanaro, MSc, sabrinazancanaro@univille.br

Palavras-chave: Orientação , Profissional, Carreira

A Orientação profissional e de Carreira (OPC) possui objetivo orientar os indivíduos na tomada de decisão no aspecto profissional, mercado de trabalho, oportunidades, o fazendo refletir sobre si e suas escolhas e seu futuro profissional, explorando assim suas incertezas. Geralmente a OPC se direciona a jovens que estão se formando no ensino médio e desejam frequentar o ensino superior ou técnico, ou ainda, que estão em busca de seu primeiro emprego (URCAMP,2022). Sob esse panorama, o projeto traz um relato de experiência de acadêmico e professora de uma intervenção feita na disciplina de OPC no 4º ano de Psicologia da Universidade da Região de Joinville, campus de SBS, com jovens do 3º ano do ensino médio do colégio. A intervenção aconteceu em 8 sessões de duração de 1 hora, focado em três momentos, como autoconhecimento, conhecimento das profissões e escolha. São utilizados vários instrumentos como: - Entrevista inicial para conhecer mais da vida jovem, expectativas, incertezas entre outros fatores para elaboração mais assertiva do processo de OPC. – Técnicas pautadas em cada momento do processo de orientação. Como por exemplo, técnicas para completar, onde mapeamos interesses dos jovens. Atividade sobre Habilidades com o objetivo de aprimoramento de conhecimento sobre estas. - Conhecimento e imersão profissional que permite o conhecimento de quais profissões tem a ver com o seu escopo de atuação. - Planejamento e construção de um plano de ação dos próximos passos após sua decisão de curso e área de atuação. -Entrevista com um profissional, para esclarecimento de dúvidas, curiosidades, mercado de trabalho, funcionamento das áreas de atuação, remuneração, órgãos de fiscalização, dentre outras. - Devolutiva/Feedback, para o encerramento do processo de OPC. Diante disto, constatou-se que através das atividades foi possível mapear habilidades, afinidades, interesses de atuação, mercado de trabalho, bem como auxiliar no processo de escolha do adolescente quanto a decisões profissionais, contribuindo para sua vida e futuro.

Apoio / Parcerias: Colégio Univille

Resultados gerais do Game On

  • Karla Pfeiffer Moreira, MSc, karlapfeiffer@gmail.com
  • André Werlang Garcia, MSc, andre.garcia@univille.br
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Doutorando(a), berenice.rocha@univille.br
  • Eduarda Gorges Bitencourt, Graduando, eduarda.bitencourt@univille.br
  • Juciane Barboza, Graduando, juciane.barboza@univille.br
  • Betina Armanini de Lima, Graduando, betina.armanini@univille.br
  • Luiz Wiese, Doutorando(a), luizwiese@gmail.com

Palavras-chave: curricularização da extensão, octálise, gamificação

Introdução: O Projeto Integrado Game On em 2023 concentrou-se em atender as demandas advindas da sociedade e aplicar técnicas de gamificação de maneira multidisciplinar, visando aprimorar a qualidade do ensino-aprendizagem. Este resumo destaca as principais ações e atividades do projeto ao longo do ano. Objetivo: Atender as demandas recebidas. Planejar as ações referente a dificuldade triada com o solicitante. Aplicar a gamificação para abordar desafios educacionais do cotidiano. Qualificar a metodologia de ensino-aprendizagem por meio de atividades e estratégias educacionais adaptadas às demandas da rede de ensino. Metodologia: Para cada atividade, o projeto analisou demandas pré-existentes e desenvolveu estratégias específicas. O projeto realizou oficinas para professores da rede pública, utilizando o modelo de octálise para integrar a gamificação ao ensino. Resultados: Durante as oficinas, os professores aprenderam a implementar a gamificação em suas salas de aula. As oficinas ocorreram em 16/05 e 23/05, com a presença de 25 convidados. Na Escola Germano Tim e na Escola Bailarina Liselott Trinks, foram desenvolvidos projetos semelhantes para abordar problemas comportamentais dos alunos, como agitação, faltas e dificuldades de aprendizado. Identificaram-se também as preferências dos alunos. Estratégias de gamificação foram aplicadas, incluindo premiações para melhorar o engajamento dos alunos. Essas ações ocorreram em 26/05 na Escola Germano Tim apenas com visitação e em 17, 18 e 19/07 na Escola Bailarina Liselott Trinks com 43 convidados. Participamos também do Road Show de Curricularização da Extensão. Os presentes puderam participar de uma roda de conversa, a qual foi explanado o que o projeto faz, de que forma atua para então saber a sua aplicabilidade em algum momento da sua disciplina. Esse evento, ocorrido em 01/08, contou com a participação de 40 pessoas. Em colaboração com o Projeto Brinequo, o Projeto Game On conduziu uma Oficina de Gamificação para alunos de Design, com foco na criação de brinquedos. A gamificação complementou a proposta do projeto parceiro. A atividade ocorreu em 21/08, com a presença de 14 alunos. Outros resultados foram alcançados mas farão parte de publicações posteriores. Conclusão: As ações do Projeto Game On atenderam com êxito as demandas estabelecidas, envolvendo um amplo público. Os participantes puderam aprimorar suas práticas educacionais com o conhecimento da gamificação. Assim, para o segundo semestre, teremos um evento próprio do Game On, de forma presencial e online.

Apoio / Parcerias: Uniedu; FAP/ Univille

Saberes Docentes constituídos por professores bem-sucedidos do Curso de Enfermagem

  • Luciene Gomes Pimenta Cabral, Mestrando(a), lupimenta@ofnet.com.br
  • Rita Buzzi Rausch, Dr(a), ritabuzzirausch@gmail.com

Palavras-chave: Desenvolvimento Profissional Docente, Saberes Docentes, Educação Superior

Esta pesquisa está vinculada ao GETRAFOR - Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho e a Formação Docente e a Linha de Pesquisa Políticas Educacionais, Trabalho e Formação Docente. Tem como objetivo geral elucidar os saberes constituídos por professores universitários bem-sucedidos do Curso de Enfermagem no seu percurso profissional docente. Os objetivos específicos são: a) analisar as características de “bons professores” na compreensão de estudantes concluintes no curso de enfermagem; b) conhecer a trajetória de vida profissional docente de professores bem-sucedidos da enfermagem; c) identificar os principais saberes que constituem a identidade docente de professores bem-sucedidos da enfermagem. A metodologia consiste em abordagem qualitativa do tipo estudo de caso. A produção de dados foi gerada em duas etapas. A primeira com a aplicação de questionário on-line a 12 alunos concluintes do curso de enfermagem, no ano de 2022, e a segunda a partir de entrevista narrativa, realizada presencialmente, com cinco professores escolhidos pelos alunos como professores bem-sucedidos do curso. A análise dos dados foi realizada utilizando a técnica de análise de conteúdo de Bardin. O aporte teórico fundamenta-se nos seguintes autores: Freire, Tardif, Cunha, Nóvoa, Schulman, Vaillant e Marcelo Garcia. Nesta fase da pesquisa temos concluído o primeiro objetivo específico e os resultados apontam como principais saberes dos professores bem-sucedidos, na compreensão dos alunos: os saberes pedagógicos; inter-relacionais; afetivo-emocionais e disciplinares. No momento está em análise o segundo objetivo específico que busca conhecer a trajetória de vida profissional docente de professores bem-sucedidos. Para esta fase foram construídos os seguintes eixos de análise: Trajetórias pessoais, motivações e sentimentos dos professores; Interfaces entre o curso de enfermagem e a formação docente; Iniciação na carreira docente; e a formação continuada como estruturante na formação do docente da educação superior. A realização desta pesquisa busca reconhecer as trajetórias de vida de professores enfermeiros bem-sucedidos e consequentemente a valorização do professor que é a uma demanda social há muito defendida.Também pretende problematizar a necessidade de políticas públicas de formação de professores específicas à educação superior no Brasil.

Sarau Convite ao Delírio da Cia de Teatro da Univille

  • Ewa Camila Matos de Oliveira, Graduando, milamattos9@gmail.com
  • Rafaela Kowalski, Graduando, rafaela.kowalski@univille.br
  • Angela Emilia Finardi, MSc, angela.finardi@gmail.com

Palavras-chave: criação coletiva , performance, narração de histórias

A Cia de Teatro da Univille montou e estreou em 2023 o sarau Convite ao Delírio, um exercício performativo com narração de contos e poemas. Este relato trata da experiência dos participantes no processo de criação coletiva e o nível de satisfação na estreia. O processo criativo foi realizado em doze encontros com oficina de corpo e voz, jogos teatrais, seleção de textos e ensaios. Instigados pela discussão sobre a sociedade líquida de Zygmunt Bauman, os participantes trouxeram textos para compor o Sarau, que iniciaria com Convite ao Delírio, de Eduardo Galeano. O elenco se dividiu em grupos de trabalho, coordenados pela Prof.ª Ma. Angela Finardi. A estreia ocorreu em 02 de setembro de 2023, na Sala de Teatro Antonin Artaud, para 67 pessoas. Após a estreia foi enviado ao elenco um formulário pelo googleforms para avaliar o nível de satisfação e solicitar que expressassem a experiência em uma frase apenas. Também foi investigado se desejavam dar continuidade às apresentações do Sarau. O nível de satisfação na estreia, o retorno recebido da plateia foi ótimo em 100% das respostas, assim como o desejo em dar continuidade. Os termos superação, partilha e alegria foram recorrentes nas frases enviadas O teatro é uma arte viva e efêmera que permite lapidação da comunicação a cada encontro com diferentes públicos. A vontade expressada pelos participantes em continuar apresentando Convite ao Delírio demonstra satisfação com a estreia, coesão do elenco da Cia e que este está cumprindo o objetivo de inserção comunitária.

SENTIDOS DO TERRITÓRIO NO TRABALHO DOCENTE: IMPLICAÇÕES POLÍTICAS E FORMATIVAS

  • Alicia Alves, Graduando, alicia.loens@gmail.com
  • YASMIN CAROLINE DA SILVA, Mestrando(a), yasmincarolinesilva@yahoo.com.br
  • Allan Henrique Gomes, Dr(a), allan.gomes@univille.br

Palavras-chave: Docência, Educação Estética, Proteção Social

São muitas as nuances que ocorrem na relação entre o território e os processos escolares, a simbiose em torno desses dois aspectos repercutem, significativamente, nas experiências de professores/as e estudantes. Vale demarcar que o território é compreendido como um “lugar em que desembocam todas as ações, todas as paixões, todos os poderes, todas as forças, todas as fraquezas, isto é, onde a história do homem plenamente se realiza a partir das manifestações da sua existência” (Santos, 2006, p. 13). Compreender o território, é considerar as vivências (Vigotski, 2010) dos sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, o que potencializa uma educação transformativa, compreendendo que o sujeito “não apenas está no mundo, mas com o mundo” (Freire, 2019, p. 55). É partindo desta perspectiva de território que se constituiu a proposição da Iniciação Científica, com o objetivo investigar o modo como as questões do território são significadas por professores/as participantes de um percurso de formação docente. Na intencionalidade dessa investigação, a pesquisadora participou da mediação de um percurso de formação continuada para professores/as no ano de 2023, que ocorreu em um território de complexidades e demandas sociais no município do Araquari. Ao total 14 professoras participaram do percurso, que compôs cinco encontros individuais híbridos e cinco encontros coletivos presenciais. A pesquisadora teve a oportunidade de acompanhar os encontros coletivos de todas as participantes e também pode, em parceria com outra pesquisadora, acompanhar e mediar os encontros individuais de duas professoras. O percurso em questão recorre a uma metodologia participativa, reconhecendo os participantes como “coprodutores do conhecimento” (Streck, 2016, p. 538). Nesse sentido, os/as pesquisadores/as se inserem horizontalmente, escutandoCOM, em um diálogo que se disponibiliza ao encontro (Pereira; Sawaia, 2020). A configuração do percurso formativo delineado a partir desta corporatura, pode fomentar a narrativa das professoras voltadas para suas experiências diárias no território, promovendo autoreflexões e reflexões “sobre seu tempo e seu espaço” (Freire, 2019, p. 52). Os efeitos do projeto pode ser analisado a partir dos encontros do percurso, em que se verificou que as questões do território são reconhecidas nos atravessamentos da prática pedagógica, onde as professoras, inventivamente, promovem práticas outras ponderando os desafios do trabalho docente onde lecionam. Ademais, pode-se sobrevir que as relações políticas e formativas estão imbricadas nos sentidos que as professoras atribuem ao território, repercutindo na sua prática pedagógica.

Apoio / Parcerias: Secretaria Municipal de Educação de Araquari

Sérgio Adriano H: da poética à estética ativista

  • Larissa Halfen, Graduando, larissahalfen@yahoo.com.br
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernando.sossai@univille.br

Palavras-chave: Arte, Estética, Ativismo

Esta comunicação pretende socializar resultados parciais sobre um projeto de pesquisa enquanto bolsista vinculada ao Laboratório de História Oral e Centro Memorial da Univille, cuja finalidade seria debater a trajetória poética do artista Sérgio Adriano Dias Luz, mais conhecido pelo nome artístico Sérgio Adriano H. Único artista negro incluído no livro “Construtores das Artes Visuais: cinco séculos de arte”, joinvilense de Santa Catarina, na comunicação, iremos debater desde seus primeiros contatos com a arte, passando por sua graduação em Artes Visuais na Univille, seu mestrado, até seus momentos atuais, cujas obras e performances vão além do Brasil. Suas obras dialogam entre si e todas possuem um conceito muito delicado e de profunda reflexão. Importante ressaltar como ele trabalha com os objetos do cotidiano e os carrega de simbologia. Sua vasta produção artística foca no apagamento social do negro, e parte de seu trabalho é desconstruir as verdades postas por aqueles que escreveram a história, propondo novas perspectivas de leituras, de tal forma que, rompa os preconceitos e paradigmas. Quanto aos seus aspectos metodológicos, nossa comunicação se desdobra de um projeto que se encontra fundamentado nas seguintes fontes: a) Pesquisas bibliográficas que reúnem as informações e dados do projeto; b) Pesquisa histórico-documental do acervo do curso de Artes Visuais custodiado no Centro Memorial da Univille; c) Mídias digitais. Nesse contexto, espera-se que esta comunicação, assim como o projeto, venha contribuir para o aprofundamento das discussões sobre a cultura afrodescendente, sua influência nas artes, bem como trazer discussões sobre a constante tentativa de diminuir, invalidar e degradar as manifestações culturais, religiosas e artísticas dos ancestrais africanos trazidos de maneira forçada pelos colonizadores. Nessa direção, o projeto pretende elaborar, a partir da análise da arte afro-brasileira e da poética do artista joinvilense Sérgio Adriano H, a questão da arte produzidas por e sobre afrodescendentes no Brasil. Nesse sentido, nosso estudo já produziu como resultado parcial uma análise sobre como o preconceito racial é criticado no trabalho artístico – e na poética – de Sérgio Adriano H, abordando questões raciais e de gênero de maneira crítica na contemporaneidade.

Apoio / Parcerias: FAPESC, UNIEDU.

significações de professoras sobre seu fazer docente e sobre a Educação Especial

  • Carolina Cieslinski, Mestrando(a), carolinacie7@gmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Palavras-chave: formação de professores, educação especial, Atendimento Educacional Especializado

Este trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado acerca das significações de professoras sobre seu fazer docente e sobre a Educação Especial. Tais significações foram analisadas em um percurso de formação pautado na dialogicidade (FREIRE, 2021) e na valorização dos saberes docentes com um grupo de oito professoras do Atendimento Educacional Especializado (AEE) em uma cidade da região norte de Santa Catarina. O percurso contou com uma entrevista individual e sete encontros em grupo. Para esta abordagem fizemos um delineamento e um recorte com o seguinte problema: Quais as significações das docentes do percurso sobre a constituição destas profissionais como docentes no AEE considerando suas trajetórias acadêmico-profissionais? O objetivo se compôs em apreender as significações nas trajetórias acadêmico-profissionais das professoras como constituição de sua docência. Os pressupostos da Psicologia Sócio-histórica e da análise nos Núcleos de Significação (AGUIAR; OZELLA, 2003; 2013) embasam a apreensão das significações que são tomadas articulação entre sentidos e significados para explicar os indivíduos engendrados nas relações sociais e histórias. A análise das significações produzidas pelas participantes mostra sua constituição efetivada por meio de diferentes formas de aproximação com a área da educação, algumas por uma idealização do que é ser professora na infância, ou pelo incentivo de um familiar e ainda um desejo pela mudança na atuação profissional. A formação inicial e continuada mostra-se etapa imprescindível para compreensão da trajetória destas profissionais; a maior parte delas teve sua formação inicial na modalidade EAD e as significações apresentadas evidenciam uma lacuna significativa nos conteúdos referentes à Educação Especial. Gatti et al (2019, p. 54) discorre a fragilidade deste modelo ao referir-se a “polos pouco equipados, tutoria pouco preparada e estágios realizados em condições insatisfatórias”. Da formação continuada, as significações apontam que se centraram nos conhecimentos da área da saúde que considera quaisquer especificidades de aprendizagem como patologia (LEONARDO; SILVIA, 2022). Concebemos as docentes para além de sua formação acadêmica e, apoiados na perspectiva sócio-histórica, consideramos as condições concretas (MARX; ENGELS, 2006) que agem sobre o seu fazer docente, por sua vez, não possibilitam efetivamente a plena inclusão dos estudantes. Contudo, as trajetórias revelam a constituição das professoras na docência, em um movimento de realização e desrealização (ANTUNES, 1995) pois, é notório o esforço destas profissionais, para além das condições que se apresentam, na realização de estratégias pedagógicas, onde alcançam em muitos e exemplares momentos, o desenvolvimento dos estudantes com deficiência.

Apoio / Parcerias: Bolsista FApesc

SIMULADO OAB: PARTE 1

  • Beatriz Regina Branco, MSc, beatriz.regina@univille.br
  • FREDERICO WELLINGTON JORGE, Dr(a), fwjorge@fwjorge.com.br

Palavras-chave: Simulado, Oab, Direito

Este projeto tem o intuito de estimular o estudo para o Exame de ordem, sendo que a aprovação é requisito obrigatório para que o bacharelado possa exercer a profissão conforme exigência da Lei Federal 8.906/94 para se tornarem advogados. Oferecemos a prova aos acadêmicos desde o sétimo período, o que demonstra que o presente projeto abarca um grande número de alunos. Diante de todo esse contexto, a relevância do presente Projeto é destaque no Curso de Direito da Univille, tendo em vista que estamos oferecendo essa oportunidade aos nossos alunos há mais de 12 anos.No ano de 2023-1, foram inscritos no simulado 114 alunos, sendo 58 do 7º Semestre, 51 do 9º Semestre, e 5 do 10º Semestre, totalizando 114 alunos. Os resultados demonstram que os alunos aderiram em massa, tendo em vista que somente 11 alunos faltaram a prova.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio ao Ensino de Graduação (FAEG/Univille); Curso de Direito Univille - Joinville

SIMULADO OAB: PARTE 2

  • Beatriz Regina Branco, MSc, beatriz.regina@univille.br
  • Waldemar Moreno Júnior, Dr(a), waldemar.moreno@univille.br

Palavras-chave: Simulado, Oab, Direito

Este projeto tem o intuito de estimular o estudo para o Exame de ordem, sendo que a aprovação é requisito obrigatório para que o bacharelado possa exercer a profissão conforme exigência da Lei Federal 8.906/94 para se tornarem advogados. Oferecemos a prova aos acadêmicos desde o sétimo período, o que demonstra que o presente projeto abarca um grande número de alunos. Diante de todo esse contexto, a relevância do presente Projeto é destaque no Curso de Direito da Univille, tendo em vista que estamos oferecendo essa oportunidade aos nossos alunos há mais de 12 anos.No ano de 2023-1, foram inscritos no simulado 114 alunos, sendo 58 do 7º Semestre, 51 do 9º Semestre, e 5 do 10º Semestre, totalizando 114 alunos. Os resultados demonstram que os alunos aderiram em massa, tendo em vista que somente 11 alunos faltaram a prova.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio ao Ensino de Graduação (FAEG/Univille); Curso de Direito Univille – Joinville

Trabalho docente, desigualdade social e educação infantil: desafios e atravessamentos

  • Amanda Camiccia Tasca, Graduando, amandatascaaa@gmail.com
  • Fernanda de Fatima Cassimiro Alcântara, Mestrando(a), fernandafca.silva@gmail.com
  • Allan Henrique Gomes, Dr(a), allan.gomes@univille.br

Palavras-chave: Docência, Proteção Social, Território

Há um contínuo debate sobre o lugar da educação no enfrentamento das questões ligadas à desigualdade social. Em alguns momentos, é criada uma expectativa exagerada na educação, enquanto em outras ocasiões, a mesma é identificada como a perpetuadora da estrutura desigual da sociedade. Dessa forma, a educação, mesmo em sua manifestação ampla quanto à sua configuração escolar, constitui a estrutura social e, consequentemente, espelha as pressões, as divergências e os conflitos existentes nessa ordem social (Garcia e Yannoulas, 2017). Portanto, o presente trabalho delineou como objetivo conhecer a vivência de professoras atuantes em contextos de desigualdade social compreendendo o modo como significam o seu trabalho e atuação docente. Através dessa temática visa refletir o modo como a desigualdade atravessa o trabalho de professoras em contextos na cidade de Joinville e estudar a literatura em Psicologia e Educação que pautam discussões no campo da desigualdade social. Essa comunicação é resultante de um projeto de iniciação científica vinculado ao Núcleo de Pesquisa em Educação, Políticas e Subjetividades – NEPS e que vem colaborando com a pesquisa de mestrado em educação: “Sentidos que professores/as que atuam em escolas públicas em contextos de desigualdade sociais atribuem à escola e a trabalho docente”. Do ponto de vista metodológico, realizou-se o acompanhamento de entrevistas semi-estruturadas com cinco professoras de instituições públicas de educação infantil de um território periférico da cidade de Joinville. Após o trabalho de campo, com o auxílio da literatura em Psicologia e Educação, foras realizadas análises sobre o modo como a desigualdade atravessa o trabalho docente na educação infantil. Durante esse processo, pode-se compreender que para além da dimensão estrutural da desigualdade social, as professoras percebem formas mais evidentes e imediatas da desigualdade, tais como as diferenças de condição financeira entre as famílias de seus educandos. Percebeu-se também na análise, a relação feita por elas entre a desigualdade social e o território periférico em que atuam: foi possível notar a frustração como um efeito da falta de recursos, por não conseguirem oportunizar algumas experiências às crianças. Dessa forma, como conclusão parcial desse estudo, nota-se as dificuldades enfrentadas pelas professoras da educação infantil em contextos de vulnerabilidade social, sendo necessário a continuação dos estudos sobre a temática, vinculando o trabalho acadêmico com o enfrentamento da desigualdade social no âmbito escolar e a luta pelo ensino equitativo e de qualidade, com vistas ao desenvolvimento e bem-estar das crianças.

Apoio / Parcerias: UNIEDU

Traços da Modernidade: Uma investigação sobre valor e processo de registro patrimonial em edificações modernas de Joinville – SC.

  • Tayná Vicente, Doutorando(a), taynavicentee@gmail.com
  • Alena Rizi Marmo Jahn, Dr(a), lemarmo@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Ensino Médio, nadja.carvalho@univille.br

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Valor Patrimonial, Arquitetura Moderna

Esta comunicação parte da dissertação defendida no Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade, da Univille. O estudo teve como principal objetivo identificar e discutir os critérios de valor para o registro dos bens na salvaguarda patrimonial e entender o processo de registro da cidade de Joinville (SC), a partir das suas edificações modernistas. O recorte arquitetônico escolhido sucede da percepção sobre a salvaguarda das edificações que se inserem nesta categoria no município, pois, atualmente, estão às margens dos processos de salvaguarda, com apenas alguns exemplares sob proteção, o que resulta em obras modificadas ou demolidas. Sendo assim, foi realizada uma análise sobre os valores atribuídos aos bens patrimonializados na cidade, com o intuito de compreender de que maneira esses critérios refletem na imagem da cidade, na memória, na identidade dos cidadãos e assim, obter um panorama de como as edificações modernistas se inserem neste contexto. Para este fim foi realizada uma pesquisa bibliográfica, para o embasamento teórico e documental, com consulta em arquivos, projetos e documentos físicos e digitais, seguida de pesquisa de campo, para observação e catalogação de edificações por meio de inspeção visual. Apresentou-se assim uma parte do conjunto de obras arquitetônicas modernistas, demonstrando seu caráter cultural, de transmissão e de qualificação da malha urbana; uma discussão sobre os valores patrimoniais empreendidos a favor dos bens; como a falta de instrumentos de proteção ocasionadas pela carência de reconhecimento como bens culturais. Ao final foi apresentado um inventário para essa produção arquitetônica e meios de aproximação da comunidade com os bens, por meio de um percurso pela malha urbana; com a intenção de estimular e subsidiar futuros estudos sobre essas edificações, apresentá-las como um conjunto de valor patrimonial e demonstrar a relevância do patrimônio moderno, que praticamente não possui pesquisas e estudos, pois há uma valorização do passado em detrimento do presente, sendo assim, uma perda da nossa história recente.

Apoio / Parcerias: PIC-PG

Uma análise da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na modalidade Educação Escolar Quilombola – Joinville (SC)

  • Maria Cristina Reiser, Graduando, reisermariacristina@gmail.com
  • Diego Finder Machado, Dr(a), diegofindermachado@gmail.com
  • Isadora Nunes Rodrigues, Graduando, isadorarodrigues72@gmail.com
  • Sirlei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@gmail.com

Palavras-chave: Educação Escolar Quilombola, Educação de jovens e adultos, direitos humanos

A pesquisa, ora apresentada, tem como objetivo problematizar a Educação de Jovens e Adultos (EJA), na modalidade Educação Escolar Quilombola, como meio para reparação dos danos causados pelo racismo estrutural no Brasil. A Educação Escolar Quilombola, em Santa Catarina, adotou a Pedagogia da Alternância, que considera o “tempo escola” e o “tempo comunidade”, com intuito de atender a realidade diferenciada das comunidades quilombolas e o processo de aprendizagem dos estudantes. Para melhor compreensão, foi realizada uma análise qualitativa dos dados oficiais publicados recentemente, que denunciam a grave situação do baixo desempenho e evasão escolar envolvendo a população negra no Brasil. Também foi analisado um conjunto de dados provenientes da aplicação de questionários junto a 12 estudantes do EJA - Educação Escolar Quilombola, moradores do entorno e da comunidade remanescente quilombola Beco do Caminho Curto. De tais dados, consta-se que 4, dos 12 entrevistados, não tiveram acesso à educação formal., ainda em 2023, podemos observar índices alarmantes de analfabetismo. De acordo com os dados do IBGE, em 2022, entre as pessoas pretas ou pardas com 15 anos ou mais de idade, 7,4% eram analfabetas, mais que o dobro da taxa encontrada entre as pessoas brancas (3,4%). Por fim, foram mobilizadas as ideias de autores como Silvio Almeida, Paulo Freire e bell hooks, que contribuíram para o entendimento da educação como base para a autonomia e a construção efetiva de práticas de liberdade. Os dados analisados indicam a necessidade urgente de políticas públicas efetivas de valorização de uma educação de qualidade, levando-se em conta as diferenças culturais e as subjetividades dos educandos, em sua realidade social. Esta pesquisa faz parte do projeto integrado de ensino, pesquisa e extensão “Caminhos para a cidadania em comunidades remanescentes quilombolas de Joinville e região: vivências de ensino, pesquisa e extensão com a comunidade Beco do Caminho Curto”, financiado pela Univille.

WEBCAMMING: Transformações do Mercado do Sexo Frente à Pandemia

  • GABRIELLE KORCZAGIN PADILHA, Graduando, gabrielle.padilha@univille.br
  • Eduardo Silva, Dr(a), edu.silva@univille.br

Palavras-chave: Webcamming, Pandemia, Trabalho Sexual

Desde as primeiras descrições do mercado do sexo, identificados na Grécia Antiga, a violência e o estigma social o atravessam. Evidencia-se neste momento uma distinção entre mulheres consideradas boas e aquelas tidas como más por exercer a sua sexualidade. O desenvolvimento social e tecnológico viabilizou novas possibilidades de atuação para os trabalhadores sexuais, dentre os quais destaca-se o webcamming. Surgido nos anos 2000, o webcamming apresenta-se como uma nova modalidade de trabalho sexual no qual os profissionais, majoritariamente mulheres cis-gênero chamadas de camgirls, performam cenas eróticas diante da webcam sendo remuneradas por tal ação. A partir da pandemia da COVID-19 observa-se um crescimento exponencial das plataformas de webcamming. Por exemplo, segundo dados da revista Veja (2020), o site Camera Hot afirmou que no período entre os dias 1 e 19 de março de 2020 houve um aumento de quase 300 mil visitantes em comparação com o mesmo período do mês anterior. A mídia intensificou este processo ao propagar manchetes como “As camgirls brasileiras estão enchendo o bolso na quarentena” (VICE, 2020). Diante disso, baseada na ótica das profissionais do ramo, a presente pesquisa objetivou compreender de que forma a pandemia e as relações midiáticas influenciaram a expansão do webcamming e as consequências deste processo, com ênfase nos aspectos de violência e estigma social. Para tal realizou-se um estudo qualitativo cartográfico apoiado na netnografia. A partir do parecer de aprovação do CEP n° 5.691.384 de 07/10/2022, os dados adquiridos subsidiaram a realização de entrevistas semi estruturadas efetuadas com sete mulheres cis-gênero, com faixa etária superior a 18 anos e que atuaram no webcamming entre o período de março de 2020 e novembro de 2022. Constatou-se que o webcamming não é uma modalidade delimitada. Tanto as profissionais quanto grande parte dos estudos da área, o equiparam à pornografia ou à prostituição. Entretanto, esta delimitação mostra-se fundamental para garantir a regulamentação, a segurança e a dignidade dos profissionais que atuam nas plataformas digitais. As influências pandêmicas e midiáticas são claras para as profissionais, inclusive em suas próprias trajetórias. Todavia, suas experiências se dão de formas variadas mas amplamente permeadas pela violência, que não é apenas cometida pelos clientes mas por toda estrutura da sociedade que busca, através controle da sexualidade, manter a dominação sobre os corpos.

Apoio / Parcerias: Essa pesquisa contou com o apoio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC/CNPq.

“Pra não dizer que não falei das flores” (Geraldo Vandré): uma canção barulhenta em tempos de censura

  • Gleidiane Flor da Silva, Graduando, gleidiane.silva@univille.br
  • Beatriz Caroline Meyer, Graduando, beatriz.meyer@univille.br
  • Victor Renato Raulino, Graduando, victorraulino@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Práticas pedagógicas, Análise do Discurso, Música

Vivemos em uma sociedade marcada por ideologias neoliberais e posições conservadoras e um avanço tecnológico que afeta as relações sociais e a educação. Nesse cenário, as práticas pedagógicas precisam propor atividades questionadoras, reflexivas e críticas. Assim, este trabalho tem por objetivo apresentar uma análise discursiva da letra da música Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré (1979), desenvolvido durante a disciplina de Análise do Discurso, do curso de Letras da Univille, no ano de 2022. Dentre as manifestações artísticas, as letras de música contêm, para além de recursos poéticos e artísticos, significados e intenções que extrapolam a materialidade linguística e que cumprem objetivos diversos de acordo com o contexto sociocultural em que são produzidas e a intencionalidade de seus autores. Dessa forma, as produções musicais tanto são influenciadas por forças ideológicas que estruturam as relações sociais, como influenciam na formação e no agir dos sujeitos em uma determinada sociedade. A metodologia utilizada é de caráter qualitativo e cuja análise se dá com base na pressupostos teóricos e metodológicos da Análise do Discurso, tendo como referência Orlandi (1993, 2000, 2001). Uma área de estudos linguísticos em que se investiga a linguagem enquanto prática social, considerando as relações de poder e ideologias imbricadas ao discurso construído socialmente. Ao se realizar a análise da letra da música de Vandré, foi considerado o contexto em que foi lançada, período da ditadura militar no Brasil (1964-1985), tornando-se um dos hinos estudantis de protesto à situação vivida. O refrão da letra, repetido oito vezes, pode ser interpretado como uma convocação aos brasileiros contra a ditadura, o que constituiria segundo Orlandi (2001) um tipo de silêncio: o constitutivo do discurso ao apagar algumas palavras em detrimento de outras. O deslizamento de sentido (efeito metafórico) pelas palavras “flores” e “canhão” é identificado ao se relacionar à ideologia pacifista Flower Power (interdiscurso), criticando a diplomacia como forma de combate à violência e à opressão armada. Em tempos de censura, essa canção foi um chamado, oculto por efeitos artísticos no discurso, à luta contra a ditadura e pela democracia. Salienta-se, portanto, a importância de se promover o estudo do discurso na educação básica, considerando que possibilita compreender como as ideologias e as relações de poder se materializam nos enunciados. A proposição de práticas pedagógicas com base na Análise do Discurso, torna possível uma formação reflexiva e crítica e a transformação das relações de poder na sociedade.