Área 02 - Ciências Biológicas e da Saúde

Índice

  1. Avaliação do efeito da desinfecção e esterilização na microinfiltração de restaurações de resina composta em dentes humanos extraídos.
  2. 1. Prevalência de candidose bucal em pacientes submetidos ao transplante renal.
  3. A coleção de referência de abelhas do Label-Laboratório de Abelhas da Univille.
  4. A reconciliação medicamentosa como ferramenta para a minimização de erros de medicação aplicada ao Centro Hospitalar UNIMED, Joinville/SC.
  5. Abordagem farmacoterapêutica dos fatores de risco no período gestacional - epilepsia, diabetes e hipertensão
  6. Acompanhamento ambulatorial após acidente vascular cerebral na cidade de Joinville, 2010
  7. Ação antitumoral de exopolissacarídicos oriundos de cultivo submerso de Pleurotus sajor caju
  8. ANÁLISE DO CONHECIMENTO SOBRE EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL DOS RESPONSÁVEIS POR ALUNOS COM AUTISMO DA INSTITUIÇÃO ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO AUTISTA- AMA
  9. Análise Populacional e Estudo da Dieta Alimentar dos Felinos do Parque Estadual Acaraí, SC..
  10. Avaliação alimentar e antropométrica de pré-escolares da instituição pública GASP em Joinville, Santa Catarina, no ano de 2011
  11. Avaliação da associação entre o polimorfismo rs12979860 C/T no gene IL28B e a eficácia terapêutica nos pacientes com hepatite C crônica
  12. Avaliação da biodisponibilidade do ibuprofeno incorporado em microesferas utilizando blendas dos polímeros biodegradáveis PHBV e PLA
  13. Avaliação da genotoxicidade aguda e crônica das frações extrativas I e II de Pleurotus sajor caju em camundongos através do Ensaio Cometa.
  14. Avaliação do potencial de relação oncogenética entre tumores malignos incidentes na infância e os riscos ambientais prevalentes nas várias regiões do Estado de Santa Catarina
  15. Banco de Leite Humano da Maternidade Darcy Vargas: histórico e produção
  16. Caracterização estrutural e histoquímica de folha e caule de Austroeupatorium inulaefolium (H.B.K) R.M. King et Robinson (Asteraceae)
  17. Casuística de lesões bucais diagnosticadas na Clínica de Odontologia da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE no período de 1999-2010.
  18. Catálogo polínico de plantas medicinais apícolas como ferramenta de consulta para a palinologia
  19. Censo de macaco prego (CEBIDAE, GOLDFUSS, 1809) no Parque Estadual Acaraí, São Francisco do Sul, SC.
  20. Cinética dos efeitos tóxicos de nanopartículas de CuO ao organismo marinho Mysidopsis juniae
  21. Controle de qualidade do leite humano no banco de leite da maternidade Darcy Vargas em Joinville
  22. Determinação da responsividade cardiovascular a volume a partir da aferição manual da variação respiratória da pletismografia de pulso com uso de paquímetro.
  23. Diabetes mellitus tipo 1 sob a ótica de adolescentes: um olhar fenomenológico
  24. Diálogos sobre alimentação saudável com os pais ou responsáveis de escolares praticantes de natação
  25. Dieta de Alouatta guariba clamitans (Cabrera, 1940) em fragmentos de floresta na Bacia do Rio do Braço, Joinville, SC.
  26. Dinâmica de população em grupos de Alouatta guariba clamitans em fragmentos florestais do Distrito Industrial Norte de Joinville – SC.
  27. DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL DA TONINHA (Pontoporia blainvillei),NA BAÍA DA BABITONGA, SANTA CATARINA.
  28. Diversidade de Myrtaceae Adans. na Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão, Joinville, SC
  29. DIVERSIDADE DE MACROALGAS DOS COSTÕES ROCHOSOS DAS ILHAS DA RITA, TAMBORETES DO SUL E VELHA, SÃO FRANCISCO DO SUL, SC, NO PERÍODO DE PRIMAVERA-VERÃO 2010/2011.
  30. Diversidade de samambaias na bacia hidrográfica do rio cubatão
  31. Efeitos do treinamento físico aeróbico sobre o lactato e os leucócitos sanguíneos em modelo experimental de sepse
  32. Estudo do desenvolvimento de um Biobanco de DNA genômico humano no acidente vascular cerebral em Joinville, Santa Catarina.
  33. Implantação de banco de DNA genômico humano associado à Coorte JOINVASC
  34. Influência da passagem de embarcações na comunicação de tursiops truncatus (cetacea: delphinidae) no canal de laguna, sc.
  35. Levantamento avifaunístico em ambiente de laguna no pontal do Capri, litoral norte de Santa Catarina.
  36. Levantamento da avifauna nas ilhas costeiras em São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina.
  37. Levantamento da Mastofauna no Parque Municipal Morro do Finder
  38. Levantamento da prevalência dos polimorfismos C/T (rs12979860) e G/T (rs8099917) do gene IL28B na população de Joinville-SC
  39. Levantamento de espécies de abelhas no campus da Univille.
  40. O IMPACTO PSICOLÓGICO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NA VIDA DO PACIENTE
  41. Padronização de um método farmacológico para avaliação da atividade antihipercolesterolêmica da administração oral de microesferas contendo sinvastatina
  42. SURF INTELIGENTE
  43. Tabagismo após primeiro avc: resultados preliminares
  44. Teste do Desenho do Relógio: estudo com pacientes vitimados por Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) em seguimento no ambulatório de AVC da UNIVILLE – dados preliminares
  45. Utilização do forno de microondas para esterilização de utensílios de laboratório

Resumos

Avaliação do efeito da desinfecção e esterilização na microinfiltração de restaurações de resina composta em dentes humanos extraídos.

  • RODRIGO DE LIMA CARDOSO, Graduando, rodrigo.l@univille.br
  • Luciano Madeira, MSc, madeiraluciano@ig.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: desinfecção, esterilização, dentes humanos

Os dentes utilizados em pesquisas científicas, especialmente testes de adesão em dentina, devem ter um padrão de tratamento com o objetivo de garantir a integridade estrutural das estruturas histológicas envolvidas nos procedimentos adesivos. Sabe-se que a forma de desinfecção e armazenamento é uma variável de pesquisa que pode interferir diretamente nos resultados das pesquisas, especialmente, nos testes de adesão e microinfiltração. O objetivo deste estudo é a avaliação do efeito de diferentes soluções de desinfecção e esterilização na microinfiltração de restaurações em resina composta em dentes humanos extraídos.. A metodologia desenvolvida, adaptada do trabalho de Marson et al. (2007), utilizou 30 (trinta) terceiros molares extraídos e doados sob termo de consentimento livre e esclarecido. Sobre as superfícies vestibular e lingual desses dentes, foram preparadas e padronizadas cavidades classe V, em forma de caixa com dimensões de 3mm (mesio-distal), 2mm (ocluso-gengival) e 2mm de profundidade, com brocas tronco cônicas nº 330 (KG soresem, Brasil) em alta rotação. Os grupos de dentes passaram pela hibridização da dentina, com o sistema adesivo Ambar (FGM, Joinville/ Brasil), e restaurados com a resina composta Opallis, A3 (FGM, Joinville/Brasil) com o aparelho fotopolimerizador Radii (SDI). Finalizadas as restaurações, os espécimes foram armazenados em água destilada por 24 horas e então polidos com discos de lixa (Soft Lex Pop-on , 3M ESPE). Após acabamento e polimento os dentes foram imersos em solução de fucsina básica, durante 24 horas .Após esse período, os espécimes foram limpos e as restaurações, seccionadas no sentido vestibulolingual, com discos de diamante resultando em duas secções para cada restauração, sendo avaliada microinfiltração nas margens em esmalte e dentina analisando-se a extensão da penetração de corante. A avaliação será executada por dois examinadores de maneira cega, Os dados serão então coletados e registrados para posterior análise estatística.

1. Prevalência de candidose bucal em pacientes submetidos ao transplante renal.

  • BRUNA DA FONSECA WASTNER, Graduando, bruna.wastner@univille.br
  • Kesly Mary Ribeiro Andrades, MSc, keslyribeiro@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Candidose bucal, Transplante renal, Insuficiência renal crônica

Este trabalho tem por objetivo avaliar a prevalência de candidose bucal nos pacientes da Fundação Pró Rim – Joinville/SC submetidos ao transplante renal, incluindo a avaliação clínica e identificação microbiológica dos microorganismos encontrados na cavidade oral, além de coletar dados relativos ao regime imunossupressor prescrito ao paciente e à sua condição geral de saúde.A metodologia do estudo consiste na avaliação clínica do paciente, através de exame físico intra-oral e coleta de material para análise laboratorial por meio de uma raspagem em três sítios (palato, mucosa jugal e língua). Este constitui uma continuação do projeto de pesquisa vinculado a um Programa Institucional de Pesquisa (PIP) do curso de Odontologia, intitulado “Manifestações bucais em pacientes renais crônicos em hemodiálise e transplantados renais”, o qual teve como objetivo estudar as manifestações bucais dos pacientes em tratamento de hemodiálise, que se encontravam na fila para receber o transplante renal. Na primeira etapa do estudo, foram avaliados 41 pacientes adultos portadores de insuficiência renal crônica em tratamento dialítico atendidos na Fundação Pró-Rim Joinville/SC, de ambos os sexos e sem restrição de cor. A amostra atual foi constituída apenas por aqueles que já realizaram o transplante renal,o que corresponde a 8 pacientes. Dos 8 pacientes, 1 foi a óbito e 1 foi hospitalizado, portanto foram excluídos do estudo. Dos 3 pacientes avaliados até o momento, nenhum apresentava lesão clínica de candidose bucal. Destes, todos utizavam as medicações padrão para o período pós-transplante, como micofenolato de sódio, tacrolimus, prednisona, furosemida e alopurinol e um, além desses, utilizava atenolol, nifedipina e cloridrato de clonidina, por ser portador de hipertensão arterial sistêmica. No que diz respeito à análise laboratorial, apenas uma amostra já foi identificada, sendo esta positiva para Candida albicans, sendo que, na análise direta, duas apresentaram raras leveduras, e uma não. As amostras obtidas na primeira etapa da pesquisa serão reavaliadas para posterior comparação com as desta etapa. Portanto, ainda não foi possível estabelecer uma relação concreta ou obter conclusões sobre o estudo.

Apoio / Parcerias: Fundação Pró-Rim Joinville

A coleção de referência de abelhas do Label-Laboratório de Abelhas da Univille.

  • NICOLE LONGANO BOEING, Graduando, nicole.boeing@univille.br
  • Denise M.D.S Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Coleção biológica, Apifauna, Santa Catarina

As coleções biológicas compõem um testemunho da biodiversidade e um suporte para estudos de sistemática e taxonomia que permitem a identificação das espécies, dentre outras aplicações zoológicas. Visando identificar as abelhas silvestres que se constituem em polinizadores das formações vegetais que integram o estado de SC, foram realizados diversos levantamentos de espécies na região, utilizando redes entomológicas, desde 2001 até momento. Os 8 locais amostrados no Estado foram: São Francisco do Sul (Vila da Glória e Praia Grande - Ervino), Mafra (Areal), Garuva (Alto do Quiriri), São Bento do Sul (Rio Vermelho), Joinville (Caetezal e Univille) e Urubici. As formações vegetais abrangem: Floresta Ombrófila Densa Baixo Montana (área urbana e rural), Montana, Alto Montana, Mista, Restinga e Campo de Altitude. A coleção, depositada no Label - Laboratório de Abelhas da Univille, inclui 3285 indivíduos, distribuídos em 294 espécies, 66 gêneros e 20 tribos. Incluem as 5 subfamílias existentes no Brasil: Colletinae, Andreninae, Halictinae, Megachilinae e Apinae (não corbiculados e corbiculados) assim constituídas: Colletinae, 3 tribos, 8 gêneros, 8 espécies e 42 indivíduos; Andreninae, 82 abelhas, 2 tribos, 5 gêneros, 10 espécies e 8 morfoespécies; Halictinae, 1140 indivíduos, 2 tribos, 17 gêneros, 22 espécies e 91 morfoespécies; Megachilinae, 130 espécimes, 2 tribos, 4 gêneros, 7 espécies e 20 morfoespécies; Apinae não corbiculados, 595 integrantes, 10 tribos, 20 gêneros, 44 espécies e 49 morfoespécies; Apinae corbiculados, 1296 indivíduos, 1 tribo, 12 gêneros, 26 espécies e 8 morfoespécies. O local com maior abundância de abelhas foi o campus (615 indivíduos - 18,7% do número total da coleção) e com menor, o Alto do Quiriri (223 indivíduos). O local que apresentou a maior riqueza de espécies foi Mafra (96) e a menor, Urubici (30). Nenhuma espécie foi coletada em todas as áreas, concomitantemente. A espécie mais coletada foi Trigona spinipes Fabricius 1793 (323 exemplares), apenas no Alto do Quiriri não encontrada. Relatada como espécie abundante, apresenta características que favorecem sua abundância: agressividade das campeiras, ninhos construídos em diferentes locais de difícil acesso, hábito generalista de coleta e colônias populosas. Em Urubici, foram encontrados 2 espécimes do gênero Megommation, que inclui apenas uma espécie, de hábito crepuscular, Megommation insigne (Smith, 1853), ainda não assinalada para SC. A diversidade compilada de abelhas se constitui em elemento de importância na compreensão dos eventos biológicos além permitir definir estratégias de exploração racional e conservação dos recursos biológicos encontrados nas comunidades de vegetais e de animais.

A reconciliação medicamentosa como ferramenta para a minimização de erros de medicação aplicada ao Centro Hospitalar UNIMED, Joinville/SC.

  • DÉBORA ADRIANA FISCHER, Graduando, deborafischer@gmail.com
  • Januária Ramos Pereira Wiese, MSc, januariaramos@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: reconciliação medicamentosa, erros de medicação, admissão hospitalar

Introdução: Erros de medicação são uma das causas que mais levam a lesões e danos aos pacientes em ambiente hospitalar. Aproximadamente 46% dos erros de medicação ocorrem em prescrições médicas feitas na internação ou alta do paciente. Estudos demonstram que as discrepâncias entre os medicamentos utilizados pelos pacientes antes da internação hospitalar e aqueles listados no momento da admissão ocorrem em 30 a 70% dos casos. A reconciliação de medicamentos é descrita como um processo para obtenção de uma lista completa, precisa e atualizada dos medicamentos que cada paciente utiliza em casa e comparada com as prescrições médicas feitas na admissão, transferência e alta hospitalar, com o objetivo de diminuir a ocorrência de erros de medicação quando o paciente muda de nível de assistência à saúde. Objetivo:Demonstrar a importância da reconciliação medicamentosa para a redução de erros de medicação em unidade hospitalar. Metodologia: Estudo realizado no Setor de Internação Adulto do Centro Hospitalar Unimed, em Joinville/SC no mês de junho de 2011. Utilizou-se questionário adaptado a partir do instrumento desenvolvido por Ketchum e colaboradores para obtenção de dados referentes aos medicamentos utilizados de forma contínua; medicamentos utilizados anteriormente à internação; posologia; via e forma de administração; utilização de plantas medicinais e/ou medicamentos fitoterápicos. Resultados e Discussão: Foram entrevistados 69 pacientes, com faixa etária maior ou igual a 40 anos, sendo que 44 eram mulheres e 25 homens. Foram encontradas discrepâncias em 30 prescrições, principalmente relacionadas a: medicamentos de uso contínuo não incluídos nas prescrições hospitalares (n=19); duplicidade terapêutica, ocasionando administração de medicamento trazido de casa concomitantemente aos administrados no hospital (n=3); omissão medicamentosa, quando pacientes utilizavam medicamentos trazidos de casa com ou até mesmo sem autorização médica, mas sem que estes fossem acrescentados na prescrição hospitalar, impossibilitando a checagem diária das administração por parte da enfermagem (n=8). Nos casos de duplicidade terapêutica solicitou-se que os pacientes utilizassem apenas o medicamento prescrito no hospital. Para as outras discrepâncias foram elaboradas recomentações de intervenção direcionadas aos prescritores. Entretanto, a aceitação das intervenções foi quase nula, e muitos pacientes receberam alta sem haver alteração em suas prescrições hospitalares. A reconciliação medicamentosa mostra-se importante para a garantia de um tratamento de excelência, visto que, os erros de medicação podem prejudicar a saúde dos pacientes. É importante a conscientização dos profissionais envolvidos, sendo a comunicação entre eles um fator imprescindível para a melhoria do cuidado ao paciente.

Apoio / Parcerias: FAP - Fundo de Apoio à Pesquisa

Abordagem farmacoterapêutica dos fatores de risco no período gestacional - epilepsia, diabetes e hipertensão

  • DAIANE APARECIDA DEVEGILI, Graduando, daianedevegili@yahoo.com.br
  • Eduardo Manoel Pereira, MSc, eduardo_manoel@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Gestantes, Risco, Tratamento

Doenças pré-existentes e seus respectivos tratamentos podem oferecer riscos à gestação, causando danos às gestantes e aos conceptos. Assim, o presente estudo teve como objetivo verificar as particularidades do tratamento da hipertensão, diabetes e epilepsia em gestantes, bem como as possibilidades de interações medicamentosas decorrentes do tratamento concomitante de duas ou mais destas patologias visando apontar condutas para a minimização de eventuais problemas relacionados ao uso de medicamentos. A metodologia empregada consistiu no levantamento de dados presentes na literatura atual coletados durante o período de março a outubro de 2011 para o desenvolvimento da pesquisa. Os artigos foram pesquisados nas bases de dados PubMed, Web of Science e Science Direct, englobando os que tenham sido publicados nos últimos cinco anos. Com relação aos resultados obtidos até o momento, verificou-se que o tratamento preconizado para diabetes é insulinoterapia, porém há várias abordagens questionando a utilização de outros hipoglicemiantes, tais como: sulfoniluréias, biguanidas, meglitinidas e as tiazolidinodionas. Contudo, não há evidências concisas da segurança destes fármacos durante o período gestacional. Para o tratamento da hipertensão, o anti-hipertensivo de escolha é a metildopa, e quando esta não é adequada, têm-se alternativas como: alfa e beta-bloqueadores adrenérgicos. Os inibidores da ECA e os bloqueadores da angiotensina II devem ser evitados, devido ao risco de causar insuficiência renal e más formações nos neonatos. Para tratar a epilepsia em gestantes, são fármacos de escolha: lamotrigina, oxcarbamazepina, tiagabina, carbamazepina, fenobarbital e o valproato. Interações medicamentosas relevantes, tais como os anti-hipertensivos que induzem a hiperglicemia por afetarem o tratamento hipoglicemiante de pacientes diabéticas. Metildopa pode provocar efeitos extrapiramidais quando associado a drogas antipsicóticas. A metformina interage com a furosemida resultando em queda de sua concentração sanguínea e meia-vida da última e aumento da concentração de metformina. Lamotrigina tem interações com agentes hipotensores, potencializando o efeito destes, e com indutores de enzimas hepáticas por afetar o metabolismo hepático de outros medicamentos. Tais evidências são importantes e devem ser consideradas dentro da relação risco-benefício para que seja feito uso racional de fármacos dentro de parâmetros confiáveis de segurança e eficácia.

Acompanhamento ambulatorial após acidente vascular cerebral na cidade de Joinville, 2010

  • PRISCILA FERST, Graduando, priferst@gmail.com
  • Anderson Ricardo Roman Gonçalves, Dr(a), roman@netvision.com.br
  • Norberto Luiz Cabral, MSc, nlcabral@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: acidente vascular cerebral, ambulatorial, dependência

Introdução: Em um estudo realizado na cidade de Joinville entre 2005 e 2006, a incidência bruta de AVC foi de 76,9 por 105, que quando ajustados para idade, tornam-se semelhantes aos dados apresentados em países desenvolvidos. Uma vez que a incidência é significativa, novos dados estão sendo coletados entre 2009 até 2012 para avaliar a recorrência de AVC, incluindo o acompanhamento ambulatorial destes paciente. Métodos: Estão sendo coletados todos os casos possíveis de AVC na cidade de Joinville entre 2009 a 2012. Com os dados obtidos no ano de 2010, iniciamos acompanhamento ambulatorial dos pacientes que apresentaram algum episódio de AVC no ano referido, efetuando ligações periódicas para os mesmos após sua alta. Em cada ligação, o paciente é questionado quanto ao acompanhamento médico após a alta do AVC, controle da pressão arterial, controle lipídico e glicêmico, tabagismo e evolução na Escala de Rankin. Sendo assim, analisamos o grau de dependência dos pacientes e a qualidade de vida dos mesmos. Resultados: Os dados estão sendo analisados, sendo que até o momento pudemos perceber que a maioria dos pacientes realiza exames periódicos com acompanhamento médico, seja ele em Unidades Básicas de Saúde ou unidades particulares. Grande parte dos pacientes faz controle periódico da pressão arterial, cessa tabagismo e mantém-se com baixo grau de dependência, segundo a Escala de Rankin. Conclusão: Aqueles pacientes que realizam acompanhamento médico adequado e periódico, com efetivo controle da pressão arterial evoluem melhor após o AVC do que aqueles que não despendem de atenção suficiente para sua saúde.

Ação antitumoral de exopolissacarídicos oriundos de cultivo submerso de Pleurotus sajor caju

  • BÁRBARA UBER PILONI, Graduando, bupi_@hotmail.com
  • Bruna Parmezani Pererira, Graduando, brunaparmezani@yahoo.com.br
  • Ivaneliza Simionato de Assis, MSc, ivaneliza@hotmail.com
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Márcia Luciane Lange Silveira, MSc, marcia.luciane@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Câncer, Sarcoma 180, Pleurotus sajor caju

A literatura recente demonstra que os polissacarídeos constituintes da parede celular dos fungos, apresentam atividades antitumoral, imunomodulatória, antiviral, antimicrobiana e antiparasitária. Estes compostos podem ser extraídos do corpo frutífero, do micélio e do caldo fermentado, por meio de métodos que envolve extrações à quente com água, etanol ou acetona. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade antitumoral do exopolissacarídeo obtidos a partir de cultivo submerso de Pleurotus sajor caju. O cultivo submerso foi conduzido em biorreator utilizando meio POL modificado e, após 14 dias, o caldo fermentado e a biomassa foram separados por filtração. Ao caldo fermentado foi adicionado etanol, mantido “overnight” a 4°C e o precipitado formado foi separado por centrifugação, sendo posteriormente liofilizado (PE1). Para os testes de atividade antitumoral, o PE1 foi diluído em PBS 0,01M (veículo, tampão fosfato) e testado em quatro diferentes doses (3, 10, 30 e 100 mg/Kg). Para cada dose testada foram utilizados 2 grupos de camundongos Swiss machos, grupo teste e grupo controle substância. Ainda, foram utilizados mais dois grupos como controle, o grupo controle positivo e o grupo controle negativo. Células de Sarcoma 180 (S180) foram inoculadas, via subcutânea, no dorso de cada camundongo pertencente aos grupos teste e ao controle positivo, na concentração de 5x106 cel/animal. O tratamento foi iniciado 24 horas após a indução, através da administração intraperitonial da solução de PE1, por 10 dias, uma vez ao dia, nas quatro diferentes doses. Os animais dos grupos controle positivo e controle negativo receberam o veículo na dose de 10 mg/Kg, diariamente, por 10 dias, via intraperitonial. A avaliação do desenvolvimento tumoral foi realizada após 3 semanas por determinação da massa e volume do tumor. A taxa de inibição foi obtida através de relação entre a massa do tumor do grupo teste e do grupo controle positivo. Os resultados obtidos demonstraram que os grupos tratados com PE1 apresentaram redução dos valores de massa e de volume do tumor, em todas as doses, quando comparados ao controle positivo. A taxa de inibição foi de 86%, 89%, 92% e 92% para as doses de 3, 10, 30 e 100 mg/Kg, respectivamente, indicando que o exopolissacarídeo PE1 promoveu inibições no crescimento do S180 nas quatro doses testadas, sendo as doses de 30 e 100 mg/Kg as que obtiveram a maior redução.

Apoio / Parcerias: Bolsa de iniciação científica CNPq

ANÁLISE DO CONHECIMENTO SOBRE EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL DOS RESPONSÁVEIS POR ALUNOS COM AUTISMO DA INSTITUIÇÃO ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO AUTISTA- AMA

  • JUSSARA MARIA GONÇALVES, Graduando, jussaramariagoncalves@yahoo.com.br
  • Clóvis Samuel Duarte, MSc, clovisciadasaude@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Autismo , Higiene bucal, epidemiologia

O autismo é um transtorno de incidência relativamente alta, tornando importante o conhecimento do cirurgião-dentista sobre suas características e possíveis implicações no tratamento odontológico. Pois, a doença cárie continua a apresentar alta prevalência em alguns grupos populacionais distintos. Muitas vezes, isto ocorre porque os responsáveis não recebem educação adequada em relação aos métodos preventivos existentes. Associados a este, outros fatores, como acesso restrito aos consultórios ou núcleos de tratamento odontológico por grande parte da população, contribuem para tal situação. Porém, através da parceria com a Instituição Associação de Amigos do Autista - AMA, tornou-se possível o desenvolvimento deste estudo que tem por objetivo principal, verificar o grau de conhecimento sobre saúde bucal dos responsáveis por alunos com autismo da Instituição Associação de Amigos do Autista-AMA, bem como a conduta destes frente ao atendimento odontológico, e orientar os responsáveis em relação a higienização bucal destes indivíduos. Para desenvolver este estudo obteve-se, primeiramente, a aprovação do projeto de pesquisa pelo CEP – Comitê de Ética em Pesquisa. Após a aprovação iniciou-se a coleta dos dados, sendo que esta ainda está sendo realizada através de um questionário de respostas objetivas, aplicado aos responsáveis, contendo questionamentos sobre educação e prevenção em saúde bucal, a conduta destes indivíduos na clínica odontológica, incluindo a necessidade de contenção física e sedação destes. Após a entrevista são dadas informações aos responsáveis sobre saúde bucal, a fim de facilitar a prática diária da higiene bucal do aluno e sua conduta perante o atendimento odontológico. Ainda não foram coletadas informações suficientes para determinar os resultados definitivos. Porém, após a obtenção destes dados a comunidade poderá ser beneficiada pela execução de ações educativas e preventivas, tendo em vista que essas informações mostrarão o método de inserção da Odontologia nas atividades diárias exercidas por estes alunos objetivando promover o desenvolvimento da prevenção.

Apoio / Parcerias: AMA- ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO AUTISTA

Análise Populacional e Estudo da Dieta Alimentar dos Felinos do Parque Estadual Acaraí, SC..

  • FRANCIELI WOITEXEM, Graduando, francieli.woitexem@univille.br
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, s.dornelles@univille.br
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Felinos, Acaraí, Ecologia Populacional

Apoio / Parcerias: PIBIC

Avaliação alimentar e antropométrica de pré-escolares da instituição pública GASP em Joinville, Santa Catarina, no ano de 2011

  • KAROLIN CRISTINE AUERHAHN, Graduando, karolin_cristine@hotmail.com
  • Marco Antonio Moura Reis, Dr(a), mmoura@infomedica.com.br
  • Christina de Medeiros, Graduando, tinamedicina@gmail.com
  • Ana Paula Fagundes da Silva, Graduando, anafagsilva@hotmail.com
  • Maria Beatriz Reinert do Nascimento, Dr(a), beanascimento@infomedica.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Antropometria, Alimentação, Pré-escolar

INTRODUÇÃO: A criança é um indivíduo em constante modificação, por isso a alimentação tem grande significado nessa fase da vida, ao garantir substratos para o crescimento e desenvolvimento do indivíduo. No cenário brasileiro, muitas são as crianças que sofrem de desnutrição, especialmente em comunidades menos favorecidas. As consequências dessa condição são inúmeras, há aumento do risco de adquirir infecções, apresentar déficit pondero-estatural e ter pior desempenho cognitivo. Para avaliar o estado nutricional infantil, a antropometria (aferição de peso e altura) é um dos principais métodos. Considerando tais conceitos, o objetivo deste trabalho foi de caracterizar o padrão alimentar e antropométrico das crianças pré-escolares matriculadas na instituição pública GASP. METODOLOGIA: Um recordatório alimentar foi aplicado para os pais ou responsáveis de todos os alunos da instituição GASP, sendo respondido de acordo com o consumo de alimentos dos alunos nos últimos sete dias. Ainda foi aplicado o Critério de Classificação Econômica Brasil. Foram aferidos peso e altura de todas as crianças da instituição. Os dados coletados serão digitados e armazenados no software Epidata. RESULTADOS: Sessenta e sete pais responderam aos questionários, não havendo recusas. Quatro crianças não passaram pela etapa da aferição de dados antropométricos, pois abandonaram a instituição. O número total de alunos que participaram de todas as etapas foi de sessenta e três. Os dados estão sendo digitados para posterior análise estatística. CONCLUSÕES: A pesquisa está em andamento, e a partir da análise cautelosa dos dados, palestras educativas sobre alimentação serão ministradas aos responsáveis pelas crianças, assim como orientações nutricionais serão dadas no âmbito escolar.

Apoio / Parcerias: Grupo de Assistência Social Paraíso

Avaliação da associação entre o polimorfismo rs12979860 C/T no gene IL28B e a eficácia terapêutica nos pacientes com hepatite C crônica

  • Bruna Cristina Bertol, Graduando, bruunab@hotmail.com
  • Simone Moreira, G, simonebioq@hotmail.com
  • Raquel Francine Liermann Garcia, G, drargarcia@terra.com.br
  • Mauro de Souza Leite Pinho, Dr(a), mpinho.joi@terra.com.br
  • Leslie Ecker Ferreira, MSc, leslie.ferreira@univille.br
  • Andréia Gutberlet, Graduando, deiagut@hotmail.com
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), phfranca@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Hepatite C, IL28B, Polimorfismo de nucleotídeo único (SNP)

Introdução: A Hepatite C é um problema de saúde pública mundial, acometendo aproximadamente 170 milhões de pessoas. Cerca de 80% dos infectados pelo vírus da hepatite C (HCV) evoluem para cronicidade, permanecendo sob risco significativo de cirrose e/ou carcinoma hepatocelular. O tratamento indicado para os portadores do genótipo viral 1 consiste de Interferon Peguilado-α associado à Ribavirina por 48 semanas, objetivando o alcance da Resposta Virológica Sustentada (RVS), caracterizada pela manutenção da negativação do RNA do HCV por no mínimo seis meses após o término da terapia. Os medicamentos, entretanto, além de possuírem eficácia limitada, são muitas vezes mal tolerados devido aos efeitos adversos. Fatores como o genótipo e carga viral e variações genéticas relacionadas ao hospedeiro têm sido associados com a capacidade de eliminação do vírus. GE et al. (2009) e TANAKA et al. (2009) foram os primeiros a identificar Polimorfismos de Nucleotídeo Único (SNPs) próximos ao gene IL28B fortemente associados à RVS na hepatite C crônica. Objetivo: Avaliar a frequência genotípica do polimorfismo rs12979860 C/T do gene IL28B em indivíduos controle e pacientes e sua possível influência sobre as taxas de RVS no tratamento da hepatite C crônica. Métodos: A análise incluiu 185 indivíduos não portadores do HCV (amostras residuais de sangue de doadores do HEMOSC) e 55 pacientes com hepatite C crônica portadores do genótipo viral 1 (amostras de sangue periférico obtidas via punção digital). A genotipagem consistiu em amplificação do segmento gênico contendo o SNP rs12979860 via Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) seguido de exposição à endonuclease Hpy166II e análise dos padrões de restrição gerados (RFLP). Os amplicons e fragmentos obtidos foram separados via eletroforese em gel de agarose e visualizados sob luz ultravioleta. Resultados: Dentre os indivíduos controle, 48,7% apresentavam genótipo C/C, 42,2% C/T e 9,2% T/T, enquanto 29,1%, 49,1% e 21,8% dos pacientes apresentavam genótipo C/C, C/T e T/T, respectivamente. Destes, 42,5% alcançaram a RVS (C/C 41,2%, C/T 41,2% e T/T 17,7%) enquanto os demais (57,5%) não a atingiram (C/C 26,1%, C/T 56,5% e T/T 17,4%). Conclusão: As frequências alélicas e genotípicas observadas não se mostraram relacionadas à RVS, o que pode ter sido influenciado pelo número relativamente pequeno de pacientes avaliados até o momento. Por outro lado, as frequências do alelo C e do genótipo C/C, anteriormente apontados como relacionados ao melhor prognóstico terapêutico, mostraram-se significativamente aumentadas no grupo controle se comparados aos pacientes analisados (p<0,05), corroborando o seu reconhecido papel protetor.

Apoio / Parcerias: Hospital Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre; Hospital Universitário Gaffrée e Guinle do Rio de Janeiro-RS; Hospital da Universidade Federal de Pelotas; Hospital Municipal São José de Joinville-SC; Centro de Hematologia e Hematoterapia de Santa Catarina-HEMOSC

Avaliação da biodisponibilidade do ibuprofeno incorporado em microesferas utilizando blendas dos polímeros biodegradáveis PHBV e PLA

  • VIRGINIA EMILIANA DA SILVA, Graduando, virginia_emiliana@yahoo.com.br
  • Eduardo Manoel Pereira, MSc, eduardo_manoel@yahoo.com.br
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Bianca Ramos Pezzini , Dr(a), pezzinibia@hotmail.com
  • Giovana Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Microesferas, Polímeros, Ibuprofeno

Micropartículas são sistemas carreadores de fármacos que apresentam diâmetro entre 1 μm e 1 mm. Um dos principais objetivos da elaboração das mesmas é possibilitar o controle da liberação de fármacos, com o intuito de manter os níveis sanguíneos por um período de tempo conhecido e pré-determinado. Entre os fármacos que vem sendo encapsulados em sistemas microparticulados destacam-se os anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES), como o ibuprofeno, que deve ser administrado 3 ou 4 vezes ao dia para a manutenção dos níveis plasmáticos sendo, portanto, um bom candidato para o desenvolvimento de formulações de liberação prolongada na forma de micro e nanopartículas. As microesferas foram preparadas através da técnica de emulsão e evaporação do solvente óleo em água (O/A) utilizando dois polímeros biocompatíveis e biodegradáveis: o poli(L-ácido láctico) - PLA e o poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato) - PHBV, em diferentes proporções (30/70 e 70/30). Os testes de caracterização in vitro incluíram a eficiência de encapsulação e a avaliação do perfil de liberação do fármaco. Os ensaios in vivo foram realizados em ratos da espécie Rattus norvegicus, da linhagem Wistar, submetidos a período de exposição de 1h, 2h, 6h e 12h, tanto de microesferas de ibuprofeno e ibuprofeno puro (25 mg/kg, via oral), quanto de veículo (carboximetilcelulose). As análises quantitativas de ibuprofeno no plasma sanguíneo dos animais foram realizadas por cromatografia líquida de alta eficiência. Os resultados apontaram altos valores de eficiência de encapsulação do ibuprofeno nas microesferas (100,4% e 93,6%, para as formulações preparadas com PHBV/PLA nas proporções de 30/70 e 70/30, respectivamente). Através dos resultados de liberação in vitro verificou-se que o emprego de maiores proporções de PLA no preparo das microesferas conduziu a um maior prolongamento da liberação do ibuprofeno. Nos ensaios in vivo foi detectada uma concentração plasmática máxima de ibuprofeno 2 h após a administração do fármaco puro. Por outro lado, após a sua incorporação às microesferas de PHBV/PLA (30/70), a concentração plasmática máxima foi detectada 6 horas após a administração, indicando a potencialidade desta formulação para prolongar a liberação in vivo do ibuprofeno.

Avaliação da genotoxicidade aguda e crônica das frações extrativas I e II de Pleurotus sajor caju em camundongos através do Ensaio Cometa.

  • TALITA MARIANA DERETTI, Graduando, talitaderetti@yahoo.com.br
  • CARINA BERNARDI, Graduando, carina.bernardi@hotmail.com
  • PAULO HENRIQUE CONDEIXA DE FRANÇA, Dr(a), phfranca@terra.com.br
  • MARCIA LUCIANE LANGE DA SILVEIRA, MSc, marcia_luciane@terra.com.br
  • Eduardo Manoel Pereira, MSc, eduardo_manoel@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Genotoxicidade, Pleurotus sajor caju, Ensaio Cometa

Cogumelos são parte integrante da dieta humana e podem ser fontes para o desenvolvimento de novas drogas. Dentro desse contexto, efeitos moduladores das funções orgânicas humanas que contribuem para o tratamento de certos tipos de tumor, ações antimicrobianas, anti-inflamatórias e analgésicas, foram atribuídos a compostos derivados de cogumelos da espécie Pleurotus sajor caju. Partindo das evidências de atividade antitumoral, o objetivo deste estudo foi avaliar o potencial genotóxico das frações extrativas I e II de corpo frutífero de Pleurotus sajor caju, em células saudáveis, após administração aguda e crônica em camundongos. Para tal, foram utilizados camundongos Swiss machos, pesando entre 20-30 g, separados em quatro grupos experimentais. O primeiro e segundo grupos receberam administração única de fração I ou II (10 mg/Kg, via intraperitoneal) e o terceiro e quarto grupos foram tratados com as mesmas frações por catorze dias. Um quinto grupo recebeu solução de carboximetilcelulose como controle negativo (0,1 mL/10 g, via intraperitoneal) e um último grupo recebeu ciclofosfamida (40 mg/Kg, via intraperitoneal) como controle positivo do teste. Para avaliação do efeito citotóxico foi utilizada a técnica do Ensaio Cometa, conforme descrito no Procedimento Operacional Padrão do INCQS/FIOCRUZ, que consiste em obter, a partir de células individualizadas, colocadas em agarose, lisadas, submetidas à eletroforese e coradas, uma matriz com um halo fluorescente. Células com DNA danificado formam um cometa, consistindo de uma cabeça (matriz nuclear) e uma cauda (DNA quebrado). A extensão do DNA que migrou relaciona-se ao dano ocorrido. Os cometas são qualificados em quatro diferentes classes: zero - ausência de cauda; um - pequena cauda; dois - grande cauda e três - totalmente danificado. Os resultados obtidos até o momento sugerem que as frações em estudo não apresentam genotoxicidade significativa quando administradas uma única vez, pois, os grupos de animais que receberam as frações apresentaram apenas cometas de classe zero, enquanto os animais tratados com ciclofosfamida apresentaram alta expressão de cometas classes dois e três.

Avaliação do potencial de relação oncogenética entre tumores malignos incidentes na infância e os riscos ambientais prevalentes nas várias regiões do Estado de Santa Catarina

  • PAULA ARRUDA TACLA, Graduando, paulatacla@hotmail.com
  • Carlos José Serapião, Dr(a), serapiao@donahelena.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Câncer, Infância, Ambiente

O câncer na criança é a primeira causa de morte infantil por doença nos países desenvolvidos. Considera-se que existam fatores identificáveis que predisponham o seu desenvolvimento, sejam fatores intrínsecos ao individuo ou ambientais. O objetivo do estudo é identificar a relação de causa e efeito entre fatores de risco ambiental, agentes físicos e químicos, e o surgimento de câncer em crianças do Estado de Santa Catarina. O estudo inclui todos os casos de tumores da infância referidos e registrados no Centro Estadual para Referência dos Tumores da Infância (CERTI) – SC. Os familiares recebem um questionário padronizado com dados epidemiológicos e demográficos relacionados a eles e à criança. Uma precisa localização geográfica permite comparar o local do evento neoplásico com a eventual existência de riscos ambientais, já conhecidos através de mapeamento prévio contido nos documentos oficiais da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Dessa forma, a criação do CERTI constitui um valioso banco de dados, ainda em construção, que será capaz de oferecer informes importantes para o estudo das neoplasias pediátricas.

Banco de Leite Humano da Maternidade Darcy Vargas: histórico e produção

  • CARLA CHIZURU TAJIMA, Graduando, carla.chizuru@univille.br
  • Marco Antonio Moura Reis , Dr(a), mmoura@infomedica.com.br
  • Joanna Tereza Parizotto, Graduando, joannaparizotto@gmail.com
  • Barbara Moller, Graduando, ba.moller@hotmail.com
  • Marcia Juliane Patricia Hertel Rovaris, MSc, marciajuliane@yahoo.com.br
  • Maria Beatriz Reinert do Nascimento, Dr(a), beanascimento@infomedica.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: banco de leite humano, aleitamento, neonatos

O Banco de Leite é um centro especializado, vinculado a um hospital materno e/ou infantil, responsável pelo estímulo à amamentação e por recolher, processar e realizar o controle de qualidade e a distribuição do leite materno doado. O primeiro banco de leite humano brasileiro foi implantado em 1943, na cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, existem 202 bancos de leite humano e 99 postos de coleta no país, supervisionados pela Vigilância Sanitária dos Estados e Municípios e pela ANVISA. Considerando-se que o leite humano deve ser a primeira opção de alimento para os neonatos prematuros ou de risco nas unidades neonatais, os Bancos de Leite representam uma solução de eficácia comprovada para este grupo de lactentes que não dispõem de aleitamento ao peito. O Banco de Leite da Maternidade Darcy Vargas foi criado em 1980, tornando-se um importante difusor de informações e centro de incentivo ao aleitamento materno oferecendo ainda informação técnica especializada, treinamento e capacitação de recursos humanos para outras unidades de saúde do Estado. Este trabalho objetivou caracterizar o banco de leite humano da Maternidade Darcy Vargas.

Tratou-se de um estudo descritivo sobre os bancos de leite humano do Brasil e, especialmente, da Maternidade Darcy Vargas. Realizou-se revisão bibliográfica sobre o tópico, selecionando-se material de livros-texto, teses, publicações de organismos nacionais e internacionais e artigos publicados e selecionados na base de dados MEDLINE. Posteriormente, o Banco de Leite da Maternidade Darcy Vargas foi situado no cenário estadual e nacional, baseado nos registros da RedeBLH, que infelizmente não é regularmente atualizado por todos as unidades do estado.

Entre abril e julho de 2011, realizou-se uma média mensal de 40 atendimentos em grupo e 1932 individuais. Foram feitas, em média, 99 visitas domiciliares mensais, a 55 doadoras, coletando-se 102 litros de leite humano, que beneficiaram 61 neonatos. Segundo os dados de 2011, Santa Catarina é responsável por 4% do leite coletado no Brasil e 23% da região Sul do país. Aproximadamente 10% das doadoras e 21% dos receptores da região sul pertencem a Santa Catarina. O leite coletado no Banco de Leite da Maternidade Darcy Vargas corresponde a 19% do volume coletado no Estado, beneficiando 14% dos receptores e 21% das doadoras de Santa Catarina.

Durante o período avaliado, o Banco de Leite da Maternidade Darcy Vargas foi o primeiro lugar em volume de leite coletado, distribuído e em número de doadoras e o segundo lugar em assistência aos neonatos.

Apoio / Parcerias: PPSUS/FAPESC - Maternidade Darcy Vargas

Caracterização estrutural e histoquímica de folha e caule de Austroeupatorium inulaefolium (H.B.K) R.M. King et Robinson (Asteraceae)

  • MAITTE THAÍSES HIANSDTS, Graduando, mahiansdts@gmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Austroeupatorium inulaefolium, caracterização estrutural, histoquímica

Folhas de erva-de-embira (Austroeupatorium inulaefolium (H.B.K) R.M. King et Robinson (Asteraceae)) são empregadas para combater estados gripais, tosses, bronquites e pneumonias. Testes fitoquímicos preliminares sugerem que essa espécie apresenta compostos secundários de interesse farmacológico. Este estudo buscou caracterizar a estrutura anatômica de folhas e caule de erva-de-embira e conhecer a histolocalização dos compostos secundários, relacionando sua presença à fase fenológica da espécie. Foram colatados ramos apicais em outubro/2010 e junho/2011, que correspondem respectivamente às fases estéril e fértil da planta. Folhas foram diafanizadas para reconhecimento das características de sua epiderme. Amostras de folhas e caule foram fixadas em sulfato ferroso e formalina, emblocadas em parafina e seccionadas em micrótomo de rotação para observação de sua estrutura e presença de compostos fenólicos. Amostras de folhas e caules foram seccionadas a mão livre para realização dos testes histoquímicos: alcalóides (Dragendorff, Ellram, Meyer e Wagner), amido (lugol), lipídios (sulfato azul do Nilo), polissacarídeos (reativo de Schiff), taninos (acetato de chumbo e vanilina clorídrica) e terpenos (Liebermann-Burchard). O caule eustélico tem sete feixes vasculares maiores intercalados por 6-8 feixes menores, ao redor de uma medula ampla, conferindo um aspecto externo angular, com sete costelas. O córtex tem 3-4 camadas de células parenquimáticas e 4-5 camadas de colênquima lamelar. Na folha, a epiderme uniestratificada tem paredes periclinais externas retas na superfície adaxial ou levemente onduladas na superfície abaxial e paredes anticlinais sinuosas em ambas as superfícies. Estômatos anomocíticos ocorrem unicamente na superfície abaxial. Tricomas tectores são preferencialmente multicelulares unisseriados, com 3-5 células, ou multicelulares multisseriados, inseridos entre até 15 células. Tricomas glandulares capitados e pedicelados estão inseridos entre 5 células. A lâmina foliar dorsiventral tem uma camada de parênquima paliçádico e 3-4 de parênquima lacunoso. Parênquima de preenchimento ocorre na porção abaxial da nervura central, adjacente ao colênquima anelar. Na fase estéril observou-se lipídios nos tricomas tectores, terpenos e provável presença de alcalóides nos tricomas glandulares, polissacarídeos na parede celular e amido, compostos fenólicos e polissacarídeos no mesofilo foliar. Na fase fértil evidenciou-se compostos fenólicos, lipídios e polissacarídeos nos tricomas tectores, e amido no mesofilo foliar; ausência de terpenos e resultados inconclusivos para taninos e alcalóides. No caule observou-se polissacarídeos nos tricomas tectores, alcalóides, amido, compostos fenólicos, lipídios e polissacarídeos nos tricomas glandulares e resultados inconclusivos para taninos e terpenos. Verificou-se que são necessários maiores conhecimentos sobre as características fenológicas das plantas quando se pretende utilizá-las com fins medicinais, para obter a ação terapêutica esperada.

Apoio / Parcerias: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Casuística de lesões bucais diagnosticadas na Clínica de Odontologia da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE no período de 1999-2010.

  • BRUNA DA FONSECA WASTNER, Graduando, bru.wastner@hotmail.com
  • Kesly Mary Ribeiro Andrades, MSc, keslyribeiro@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Prevalência, Estomatologia, Lesões bucais

Este trabalho tem por objetivo realizar um levantamento epidemiológico, por meio de análise retrospectiva das lesões bucais diagnosticadas na Clínica de Estomatologia da Universidade da Região de Joinville – Univille no período de 1999 a 2010, verificando a prevalência de lesões malignas e benignas diagnosticadas, obtendo o número total de pacientes atendidos e estabelecendo correlação entre a prevalência das principais lesões e fatores como faixa etária, cor, sexo e hábitos. Além disso, avaliar a coerência existente entre as hipóteses diagnósticas e o diagnóstico definitivo e, dentre os pacientes diagnosticados com lesões malignas, verificar quantos realizaram o tratamento e quais os resultados obtidos. A metodologia do estudo consiste na coleta de informações dos prontuários de Estomatologia da Universidade.Até o momento, foram avaliados 164 prontuários, sendo que 57 correspondiam a homens e 107 a mulheres. A média geral de idade dos pacientes foi de 43 anos, sendo a maioria composta por leucodermas (65,2%). Em relação aos hábitos etilismo e tabagismo, 69,5% dos pacientes relatou não ter estes hábitos, contrapondo 11% que afirmaram o oposto. Os demais (19,5%) referem-se a prontuários que não continham tal informação. Ao longo dos anos, observou-se que o número de pacientes vem aumentando consideravelmente, o que mostra a maior procura da comunidade pelos atendimentos e o aumento da credibilidade do serviço. Porém, um grande número de prontuários (74) tiveram que ser excluídos do estudo, seja por não estarem completamente preenchidos ou por não se tratarem de problemas do campo da Estomatologia. Dentre os 90 prontuários incluídos no estudo, 86 referem-se a lesões benignas e 4 a lesões malignas, sendo que os sítios mais acometidos foram palato duro (26 lesões), gengiva (16 lesões), lábio (15 lesões) e língua (12 lesões). Os menos acometidos, por outro lado, foram assoalho bucal (2 lesões), glândula salivar (2 lesões), estruturas ósseas (3 lesões) e palato mole (4 lesões). No entanto, dentre as 86 lesões benignas, 27 foram classificadas como lesões cancerizáveis. As lesões mais prevalentes foram candidose oral (8), líquen plano (8), fibroma (6), mucocele (5), queilite actínica (5) e papiloma escamoso (4). A conclusão a que se chega até o presente momento é que existe uma concordância com os dados obtidos e o que é descrito na literatura como o mais prevalente.

Catálogo polínico de plantas medicinais apícolas como ferramenta de consulta para a palinologia

  • ENDERLEI DEC, Graduando, enderlei@hotmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Catálogo apícola, pólen apícola, análise de pólen

A Palinologia é o estudo dos grãos de pólen produzidos por plantas superiores e esporos de plantas criptógamas. O conhecimento de sua morfologia é fundamental para a identificação das espécies vegetais, pois há correspondência das espécies com as formas, tamanhos, tipos / quantidade de aberturas, entre outras características. Sua parede externa, a exina, é formada por esporopolenina, proteína que apresenta alta resistência mecânica e estabilidade química, assim os grãos suportam altas concentrações de ácidos e bases fortes tornando-se possível a aplicação de diferentes técnicas que eliminam o conteúdo interno do esporomorfo, facilitando sua visualização. Diante dos resultados levantados sobre a apifauna do horto medicinal da Univille entre 2009 e 2011, e visando contribuir com a Melissopalinologia, estudo dos grãos de pólen em méis de abelhas, foram realizadas, até o momento, análises polínicas em 43 espécies comprovadamente medicinais, de 21 famílias botânicas, todas de interesse para esses polinizadores, o que sugere a presença de tais grãos de pólen no mel produzido pelas abelhas. Para a montagem das lâminas de grãos de pólen, foram coletados botões florais fechados para evitar contaminações. Foi utilizada a metodologia de acetólise ácida e as mensurações seguiram recomendações atualizadas. As análises resultaram em uma compilação de dados sobre as plantas e seus respectivos grãos de pólen, dando origem ao Catálogo Polínico de Plantas Medicinais Apícolas, catálogo online disponibilizado no site da Univille nos links: Home> Pesquisa> Laboratórios de Pesquisa> LABEL – Laboratório de Abelhas> Catálogo Polínico de Plantas Medicinais Apícolas. As fotos dos grãos de pólen apresentadas no catálogo foram realizadas em microscopia óptica e mensuradas com software específico, os tamanhos referindo-se às médias dos grãos. O catálogo traz informações sobre a fenologia das plantas observadas, as características florais e a morfologia dos grãos de pólen, incluindo o tipo da unidade polínica, tamanhos em vista polar e equatorial, simetria, polaridade, âmbito, forma, aberturas, ornamentações esculturais e espessura média da exina. Por se tratar de uma referência de acesso digital, gratuito e global, o trabalho foi publicado em versão bilíngüe a fim de facilitar sua busca na web. Atualmente, a palinoteca do Label - Laboratório de Abelhas da Univille é composta por 166 lâminas que compreendem todas as espécies disponibilizadas no catálogo. O catálogo permite abordar, entre outras, várias vertentes distintas em termos de linhas de pesquisa: com abelhas, plantas medicinais, grãos de pólen, ou ainda, uma combinação delas, o que reflete sua importância como fonte bibliográfica.

Censo de macaco prego (CEBIDAE, GOLDFUSS, 1809) no Parque Estadual Acaraí, São Francisco do Sul, SC.

  • NATANAÉL ANDRADE DE OLIVEIRA, Graduando, natanaelandrade@hotmail.com
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, psidnei@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: macaco-prego, Restinga, Floresta Atlantica

Antigamente a Floresta Atlântica e ecossistemas associados, cobriam 15% do país, hoje sua cobertura vegetal está reduzida a menos de 8 % da sua área original, em situação crítica e ritmo acelerado de destruição. No estado de Santa Catarina é citada apenas a ocorrência de dois primatas, o Macaco-prego Cebus nigritus e o bugio-ruivo Alouatta guariba clamitans. A espécie C. nigritus, ocorre nas diversas formações florestais na parte sudeste e meridional da Mata Atlântica, desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Esse estudo tem como objetivo realizar um censo para estimar o tamanho da população de macaco prego Cebus nigritus no Parque Estadual Acaraí em São Francisco do Sul, Santa Catarina. O parque possuiu uma área de 6.638 hectares situada na ilha de São Francisco do Sul, SC e de uma área de 29,00 hectares correspondente ao arquipélago dos Tamboretes, N 7.080.088,14m e E 747.199,28m, perfazendo uma área total de 6.667 hectares. Neste estudo foi utilizado o método dos transectos ou transeções lineares da família DISTANCE® de estimadores de densidade. Num primeiro momento foi estabelecido uma rede de trilhas para percorrer. Utilizou-se as trilhas já existentes na área, que foram mapeadas com auxílio de GPS. As transecções foram percorridas a pé numa velocidade média de 1 km/h.. Para cada transecção foram registrados em um protocolo de campo à hora inicial, hora final, e os encontros com os grupos de primatas. Para cada ponto de ocorrência, sempre que possível, foram anotados os seguintes dados: espécie, número de indivíduos, distância do observador ao animal, ângulo do observador ao animal, altura do grupo ou indivíduo do solo, data, hora, estrato da mata, e quando possível, composição sexo-etária e outras observações como a atividade no momento do encontro. A densidade apresentou-se baixa, 0,83 indivíduos por km², e 0,25 grupos por km². Concluindo-se que há 1,66 indivíduos e 0,50 grupos a cada 10 km. Foram avistados oito animais, em três grupos diferentes sendo dois machos adultos dois sub-adultos e uma fêmea sendo que três não foram identificados. Os encontros foram mais no lado norte do parque. A densidade de primatas no parque apresenta ser baixa, mas é preciso mais acompanhamento no local para que se tenha um resultado mais confiável.

Apoio / Parcerias: PIBIC

Cinética dos efeitos tóxicos de nanopartículas de CuO ao organismo marinho Mysidopsis juniae

  • RENATA AMANDA GONÇALVES, Graduando, re.amandag@gmail.com
  • Tamila Kleine, G, tkleine@terminalsc.com.br
  • Elaine Cristine Spitzner, G, elaine.spitzner@hotmail.com
  • Renata Falck Storch Böhm, MSc, renatastorch@hotmail.com
  • Cleiton Vaz, MSc, cleiton.vaz@univille.br
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Nanopartículas de CuO, Cinética Toxicológica, Mysidopsis juniae

As nanopartículas de óxido de Cobre (NP-CuO), são utilizadas na fabricação de tintas anti-incrustantes de barcos e navios e durante o processo de decomposição tornam-se potenciais contaminantes do meio aquático pois podem induzir efeitos deletérios em seus diferentes níveis tróficos. Os modelos toxicocinéticos ajudam a ilustrar a relação existente entre o período de exposição necessário para ocorrer efeitos tóxicos aos organismos e a concentração de exposição relacionada, sendo o objetivo deste estudo determinar a mortalidade dos organismos em função do tempo de exposição ao agente contaminante. Os organismos-teste selecionados para realização dos bioensaios, Mysidopsis juniae, são reconhecidos internacionalmente como organismos-padrão em testes de toxicidade. Os exemplares utilizados para o desenvolvimento dessa pesquisa foram cultivados no Laboratório de Toxicologia Ambiental da UNIVILLE - Unidade São Francisco do Sul de acordo com a Norma da ABNT NBR 15308/2005. Para a montagem do teste foram colocados 10 organismos, Mysidopsis juniae, com idade entre 3 e 5 dias de vida, em frascos estéreis contendo as seguintes concentrações de NP-CuO: 0; 9,4; 10; 11 e 12 mg/L, totalizando 200 mL em cada frasco, com salinidade 32, sendo realizados em triplicata. Os organismos foram mantidos em uma incubadora com fotoperíodo (12h luz: 12h escuro) e temperatura controlada de 25 ºC, sendo alimentados com náuplios de Artemia salina uma vez ao dia. A leitura do teste foi realizada a cada 2 horas nas primeiras 12 horas após a exposição ao contaminante e uma vez a cada 12 horas nas 24 horas seguintes, totalizando 48 horas, nas 48 horas seguintes a leitura ocorreu a cada 24 horas, totalizando 96 horas de teste, onde observou-se a mortalidade e imobilidade parcial dos organismos. Na maioria dos casos o efeito do contaminante teve início a partir de 12 horas de teste ocorrendo até as 48 horas iniciais, houve apenas um caso de letalidade antes (concentração 11 mg/L) e após este período (concentração 9,4 mg/L). A concentração que apresentou maior mortalidade (45%) foi a concentração de 12 mg/L. Com este resultado pode-se dizer que o período entre 12 e 48 horas iniciais ao contato com as nanopartículas de óxido de cobre são determinantes na mortalidade dos organismos, desta forma em caso de acidentes, medidas de controle e de ações corretivas devem ocorrer nas primeiras 12 horas de exposição, caso contrário os organismos já terão sido expostos durante tempo suficiente para ocorrer letalidade.

Apoio / Parcerias: FAP, ARTIGO 171

Controle de qualidade do leite humano no banco de leite da maternidade Darcy Vargas em Joinville

  • Bárbara Möller, Graduando, bamoller@gmail.com
  • Marco Antonio Moura Reis, Dr(a), mmoura@infomedica.com.br
  • Marcia Juliane Patricia Hertel Rovaris, MSc, marciajuliane@yahoo.com.br
  • Carla Chizuru Tajima, Graduando, carlatajima@yahoo.com.br
  • Joanna Tereza Parizotto, Graduando, joannaparizotto@gmail.com
  • Maria Beatriz Reinert do Nascimento, Dr(a), beanascimento@infomedica.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: leite humano, banco de leite, controle de qualidade

Justificativa e Objetivos: O Banco de Leite é um centro especializado, responsável pelo estímulo à amamentação e por recolher, processar e realizar o controle de qualidade e a distribuição do leite materno doado. Considerando-se que o leite humano deva ser a primeira opção de alimento para os neonatos prematuros ou de risco nas unidades neonatais, justifica-se avaliar o programa de controle de qualidade dos produtos processados nas unidades vinculadas à Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, em especial na Maternidade Darcy Vargas, em Joinville - SC. Este trabalho tem como objetivo descrever os exames utilizados para controle de qualidade físico-químico, controle de qualidade bacteriológico e identificar os resultados de acidez Dornic, crematócrito e cultura de leite humano. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, realizado na Maternidade Darcy Vargas, em Joinville-SC, entre abril e junho de 2011, a partir avaliação dos resultados analíticos, tanto microbiológicos como físico-químicos, obtidos das amostras lácteas doadas por nutrizes voluntárias ao banco de leite humano na Maternidade Darcy Vargas. Os aspectos pesquisados no leite humano ordenhado foram os referentes aos resultados de acidez Dornic, crematócrito e cultura. A acidez dornic é a acidez titulável do leite humano ordenhado expressa em Graus, e deve ser menor ou igual a 8ºD. O crematócrito é uma técnica analítica que permite fazer o cálculo estimado do conteúdo energético do leite humano ordenhado, e deve ser maior ou igual a 250 Kcal/L. O teste microbiológico é feito para averiguar a presença microrganismos leite humano ordenhado. Os dados estão sendo coletados dos documentos de registro padrão do banco de leite humano na Maternidade Darcy Vargas, e serão analisados posteriormente. Resultados: No período de janeiro a julho de 2011, foi realizada uma média mensal 27 atendimentos em grupo e 1887 atendimentos individuais. Foram feitas, em média, 95 visitas domiciliares mensais, a 52 doadoras, com coleta de 92 litros de leite humano, que beneficiaram 61 neonatos. A estimativa da qualidade do LH foi obtida por meio de experimentos microbiológicos com 250 culturas mensais para pesquisa de coliformes totais, e físico-químicos com 280 dosagens da acidez em graus Dornic e 250 dosagens do crematócrito para determinação do valor energético do leite humano a cada mês. Conclusão: O leite humano ordenhado recolhido e processado na Maternidade Darcy Vargas para ser distribuído aos prematuros deve estar dentro dos limites da normalidade, e aquele que não está é desprezado.

Apoio / Parcerias: PPSUS/FAPESC - Maternidade Darcy vargas

Determinação da responsividade cardiovascular a volume a partir da aferição manual da variação respiratória da pletismografia de pulso com uso de paquímetro.

  • ROMAN ORZECHOWSKI, Graduando, romanbis@yahoo.com.br
  • Rodrigo de Brito Cordeiro, E, rcordeiro009@yahoo.com.br
  • Thamy Pellizzaro de Oliveira, E, thamypellizzaro@gmail.com
  • Glauco Adrieno Westphal, Dr(a), glauco.w@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: pletismografia, pressão pulso, paquimetro

Introdução: Nas UTIs o dilema entre o risco da hipoperfusão e os malefícios da sobrecarga de volume é constante. A maioria delas não dispõe de instrumento controlador da variação hemodinâmica, não invasivo. Assim, importante validar uma medida de forma indireta, simples para controle hemodinâmico do paciente. Objetivo: O objetivo do presente estudo é testar a hipótese de que as aferições automática e manuais do delta Pplet e delta Pp com o uso de um paquímetro de alta precisão correspondem à medida do delta Pp realizada de forma convencional. Metodologia: Estudo prospectivo, não intervencionista, envolvendo pacientes hemodinamicamente instáveis necessitando verificação invasiva da pressão arterial, internados na UTI Geral do Hospital Municipal São José de Joinville, SC. Foram comparados entre si os dados relativos a verificação automática do delta Pp, verificação manual do delta Pp, verificação do delta Pp com paquímetro e verificação da delta Pplet com paquímetro. Foi utilizado um monitor Philipps, capaz de medir automaticamente o delta Pp a partir de um algoritmo incorporado ao equipamento. Resultados: Vinte e seis medidas foram identificadas como estado de não- responsividade a volume (delta PP manual < 10%) e 9 aferições identificaram situações de responsividade (delta PP manual > 10%).Por outro lado, a correlação entre delta PP e delta PP automático foi fraca (r = -0,35), assim como a concordância diagnóstica entre estas variáveis (kappa = 0,14; p = 0,11; VPP = 33% e VPN = 80%). Tanto a correlação quanto a concordância diagnóstica observadas entre delta PP e delta PPlet paq também foram fracas (r = - 0,05; kappa = 0,16; p = 0,21; VPP = 36% e VPN = 79%). Neste estudo observou-se boa correlação entre delta PP e delta PP paq (r = 0,77). O valor de delta PP paq que corresponde a delta PP de 10% é 14%. Utilizando o valor de delta PP paq = 14%, observa-se boa concordância entre delta PP e delta PP paq na discriminação de indivíduos responsivos e não responsivos a volume. (Kappa = 0,75; p < 0,01). O valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN) foram 87% e 93% respectivamente. Conclusões: As aferições automática do delta Pp realizada com o equipamento utilizado no estudo não parece ser confiável, assim como a verificação do delta Pplet com paquímetro de alta precisão. O delta Pp medido com o uso de paquímetro digital corresponde à medida do delta Pp realizada de forma convencional.

Apoio / Parcerias: Hospital Municipal São José - Joinville/SC

Diabetes mellitus tipo 1 sob a ótica de adolescentes: um olhar fenomenológico

  • MARIANA MANNES, Graduando, mariana.mannes@univille.br
  • Arlene Leite Nunes, MSc, arlenenunes@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Psicologia, comportamento alimentar, diabetes mellitus

O diabetes mellitus, de acordo com a literatura, é considerado um grave problema de saúde pública tendo em vista o impacto diagnóstico bem como as complicações decorrentes desta patologia e os custos que o tratamento acarreta. É apontada como a doença crônica mais comum na infância e adolescência. Tendo em vista os aspectos relacionados ao diabetes, associado ao período da adolescência, tem-se que os conflitos próprios da adolescência podem se intensificar, atingindo proporções maiores do que os adolescentes que não têm diabetes. Após o diagnóstico de diabetes, o adolescente se vê diante da necessidade de mudanças nos seus hábitos e em seu estilo de vida. O diabetes pode trazer para o dia-a-dia do indivíduo restrições, limitações, dependência de outras pessoas, de insulina, de exames, de dieta, dentre outros. Vale ressaltar que poucas pesquisas nessa área voltam-se aos aspectos subjetivos dos sujeitos acometidos por essa doença. A partir desse contexto, o presente projeto de pesquisa objetiva investigar e compreender a forma como adolescentes diagnosticados com diabetes mellitus tipo 1 percebem e vivenciam o período da adolescência. Para os fins desta pesquisa, utilizou-se os critérios da Organização Mundial da Saúde que compreende a adolescência na faixa etária entre 10 e 19 anos. A coleta de dados foi realizada por meio de uma entrevista semi-estruturada com 8 adolescentes – 4 do sexo feminino e 4 do sexo masculino. A análise das entrevistas ocorreu por meio dos passos propostos por Giorgi, a saber: 1) o sentido do todo/visão global; 2) divisão do relato em unidades de significado; 3) transformação em linguagem psicológica e 4) síntese das unidades de significado. Em seguida, utilizou-se os trajetos metodológicos propostos por Coppe: 1) a análise do depoimento dos participantes; 2) a categorização das sínteses específicas; 3) síntese geral e por fim, o diálogo reflexivo a partir de conteúdos empíricos e teóricos. De acordo com resultados parciais/pré-análise, foram identificadas 6 unidades de significado: impacto do diagnóstico; relação com a comida e restrições alimentares; controle do diabetes, relações familiares; atribuição de motivos para o desenvolvimento do diabetes; ser adolescente e ser diabético. A partir desses dados fica evidente nas falas dos adolescentes um movimento de contradição em relação ao diabetes sendo que ao mesmo tempo em que é referido como algo normal/natural, são relatados com frequência sentimentos negativos quanto ao controle e às restrições alimentares que provoca.

Diálogos sobre alimentação saudável com os pais ou responsáveis de escolares praticantes de natação

  • ANDRESSA LOPES PEREIRA, Graduando, dessa_swimmer@hotmail.com
  • PATRICIA ESTHER FENDRICH MAGRI, MSc, pef.magri@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Natação, escolares, alimentação saudável

Introdução: A natação, por ser uma atividade aeróbica, pode ser um importante fator para regulação do peso corporal, especialmente de pré-adolescentes que atualmente tem apresentado características de sobrepeso e obesidade. Acreditando nisso e entendendo que os pais e o profissional de Educação Física podem incentivá-los a praticar atividade física regular e adotar hábitos alimentares saudáveis, este ano desenvolve-se uma investigação articulada ao Projeto de Extensão Natação na Escola que propõe um programa de natação que priorize o trabalho em equipe, para a redução e ou controle do peso corporal. Este estudo tem por objetivo apresentar as ações realizadas para o trabalho em equipe, considerando o diálogo com os pais sobre os hábitos alimentares de seus filhos. Metodologia: O estudo iniciou após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa e reunião com os pais/responsáveis, para apresentação da proposta, procedimentos e assinatura dos Termos de Consentimento Livre Esclarecido- TCLE. Aceitaram participar do estudo 111 escolares, que frequentam as aulas de natação duas vezes por semana. As propostas de diálogo estabelecidas foram uma palestra sobre alimentação saudável, com uma nutricionista; conversas informais no intervalo das aulas e uma oficina de gastronomia, no projeto Sabor de Sobra. Além disso, durante as aulas são estabelecidos diálogos com os escolares sobre os hábitos alimentares. Resultados: Para palestra todos os pais foram convidados, mas apenas 40 participaram. Estes mostraram grande interesse e motivação, com o conteúdo, questionaram bastante e sugeriram uma oficina com alimentação saudável. Para a oficina, não foi possível convidar os escolares, somente seus pais e destes apenas três participaram. Os mesmos ouviram atentamente as dicas e informações apresentadas e disseram gostar da atividade mostrando-se muito satisfeitos e gratos pelo convite, relatando quererem participar mais vezes da ação. Quanto às conversas informais com os pais e os escolares, percebe-se que os mesmos têm consciência da importância da natação como atividade física e consideram que os maiores resultados da prática são observados na saúde. Conclusão: A partir das conversas com os pais ou responsáveis na reunião, na palestra e em conversar informais nos intervalos das aulas, percebe-se que os mesmos têm consciência da importância em incentivar a prática da natação como atividade física. Porém a ações de diálogos sobre alimentação saudável propostas até o momento, não tem alcançado o número de pais esperados, mas aqueles que participam valorizam, se sentem valorizados e manifestam que as informações contribuem para uma vida mais saudável de toda família.

Dieta de Alouatta guariba clamitans (Cabrera, 1940) em fragmentos de floresta na Bacia do Rio do Braço, Joinville, SC.

  • EMANUELE CORDEIRO, Graduando, emanuele.cordeiro@univille.br
  • SIDNEI DA SILVA DORNELLES, MSc, sdornelles@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Alouatta guariba clamitans, dieta, dispersão de sementes

A devastação e fragmentação da Mata Atlântica devido à ocupação humana compromete a sobrevivência de populações. No entanto, a espécie Alouatta guariba clamitans, endêmico da Mata Atlântica, consegue adaptar-se a esses hábitats e pode contribuir para a regeneração florestal, já que são considerados bons dispersores de sementes, devido a sua dieta classificada como folívoro-frugívora. No estado de Santa Catarina existem poucos estudos sobre A. g. clamitans. Este trabalho tem como objetivo avaliar a dieta e a qualidade de dispersão de sementes por Alouatta guariba clamitans em um fragmento florestal no Distrito Industrial Norte de Joinville (SC) que possui 74,3 ha. Para a análise da dieta dos bugios estão sendo identificados os grupos para posterior observação dos itens que compõe sua dieta. As árvores utilizadas pelo grupo para alimentação são marcadas, numeradas e classificadas. Também é feito a coleta de fezes, marcando e numerando os locais onde é visto um indivíduo defecando e identificando cada material coletado. As fezes são utilizadas para análise e classificação dos frutos consumidos e também para avaliar o bugio como dispersor ou predador de sementes da espécie consumida. No período de julho a agosto de 2011, foi realizado o reconhecimento do local de estudo e dos grupos de A. g. clamitans e este período foi considerado uma etapa piloto, que totalizou 6 dias de campo e cerca de 48 horas de esforço de campo. Durante este período ocorreram três encontros com grupos de bugio. Devido ao pouco tempo de trabalho de campo ainda não foram obtidos resultados conclusivos.

Apoio / Parcerias: Art. 171 (Governo do Estado)

Dinâmica de população em grupos de Alouatta guariba clamitans em fragmentos florestais do Distrito Industrial Norte de Joinville – SC.

  • ANTONIO AUGUSTO ROCHA NETO, Graduando, antonio.neto@univille.br
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Fragmentação, População, Alouatta

A fragmentação de habitats isola as populações dependentes da floresta, podendo extinguir ou diminuir estas devido a diversos problemas relativos ao pequeno tamanho populacional, como a endogamia, que acaba potencializando a expressão de genes deletérios na população. Este trabalho é uma continuidade do acompanhamento dos grupos de bugios (Alouatta guariba clamitans) em dois fragmentos de Floresta Ombrófila Densa de terras baixas no Distrito Industrial de Joinville (26o 14’21’’S e 48o52’02’’W). O trabalho teve iniciou em abril de 2011 e o método para detecção da presença ou a ausência foi feita pela observação direta dos animais e pela presença de vestígios como fezes. Até o momento, foi observado que o grupo do fragmento B que em 2009 se encontrava com sete indivíduos ainda se encontra na mesma área, mas agora se encontra dividido em dois subgrupos,um de dois indivíduos e outro com três indivíduos; o grupo do centro do fragmento A que ao final do ano de 2010 se encontrava com sete indivíduos agora se encontra com quatro e ainda no mesmo fragmento existe um outro grupo com quatro indivíduos que disputa território com o grupo do centro; o grupo do lado norte do rio (A) que era composto por quatro indivíduos e outro pequeno grupo compostos por três indivíduos em outro fragmento de floresta sem ligação com o maior ,ainda não foram localizados este ano. Os resultados apontam para uma intensa dinâmica de mudanças na área de uso dos grupos menores e de migrações de indivíduos entre os grupos e uma queda na densidade populacional nos fragmentos.

DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL DA TONINHA (Pontoporia blainvillei),NA BAÍA DA BABITONGA, SANTA CATARINA.

  • SUELEN MARIA BEECK DA CUNHA, Graduando, suelen.cunha@univille.br
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Palavras-chave: Toninha, Distribuição, área de vida

A Baía da Babitonga, no litoral norte de Santa Catarina, constitui-se num importante refúgio para uma população de toninhas, Pontoporia blainvillei, uma espécie de pequeno cetáceo odontoceto da família Pontoporiidae. A espécie está listada como “vulnerável” no Livro Vermelho da IUCN. O conhecimento sobre a área de vida de uma população é de grande importância para a elaboração de estratégias voltadas a sua conservação. O presente estudo teve por objetivos analisar a distribuição da população ao longo do ano, investigar a relação da distribuição com parâmentos ambientais como profundidade e maré, identificar áreas de uso preferencial e relacionar os dados coletados com estudos anteriores da mesma região. Para tanto, foram realizadas saídas de campo semanais, no período de março a julho de 2011, percorrendo uma rota pré-estabelecida com uma embarcação. Sempre que um grupo de P. blainvillei foi avistado, foi efetuada a aproximação para o registro da posição geográfica e contagem do número de indivíduos. Os dados foram plotados em uma base digital utilizando os recursos do programa Arcview 3.2, a partir do qual foi gerado um mapa de distribuição preliminar da população. Durante o período, a população foi registrada principalmente em áreas mais internas da baía, entre as ilhas Guaraqueçaba, Ilha Grande, Ilha das Claras e Ilha da Rita. Foi totalizado um esforço amostral de vinte e três horas e quarenta e seis minutos, quando foram avistados 138 indivíduos adultos e 1 filhote .O tamanho mínimo de grupo foi 2 e o máximo foi de 24 indivíduos, sendo 6,57 a média de indivíduos por grupo. A profundidade variou de 4 a 15 metros. Segundo estudos realizados anteriormente, a toninha não utiliza o habitat de forma homogênea, apresentando áreas de uso preferencial. A disponibilidade de alimento pode ser considerada o principal comportamento que determina a distribuição dos animais, assim como aquelas que representam ameaças diretas à população. A condição de mar foi considerada um fator fundamental na detecção desta espécie, sendo que não se realizaram saídas a campo com condições do mar acima de 2 na escala Beaufort. Esta população de toninhas depende diretamente da conservação da baía da Babitonga.

Diversidade de Myrtaceae Adans. na Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão, Joinville, SC

  • HARÁDIA CYTANIA MONIQUE SOUZA, Graduando, haradia.souza@univille.br
  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karin@furb.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: diversidade, rio cubatão, famílias botânicas

A Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão, inserida em área de domínio da Mata Atlântica, tem sofrido com a ocupação desordenada e a urbanização, criando uma paisagem fragmentada na qual se alternam áreas de vegetação com regiões onde predominam atividades voltadas à agropecuária, indústrias e moradias. Além disso, devido às diversas formas de ocupação do solo, as matas ciliares têm sido intensamente descaracterizadas, deixando de cumprir suas funções ecológicas. Visando fornecer informações sobre a cobertura vegetal dessa importante bacia hidrográfica, por meio do projeto FLORA pretende-se conhecer a diversidade de sua flora vascular. Os resultados aqui apresentados se referem à diversidade de Myrtaceae Adans., uma família botânica de distribuição expressiva no nordeste catarinense. Foram delimitados e georreferenciados pontos a partir da foz até as nascentes, considerando as sub-bacias dos tributários do Rio Cubatão, de acordo com o grau de preservação das áreas, sendo que as matas em estádio inicial de regeneração não foram amostradas. Nesta etapa do trabalho as coletas foram realizadas no Parque Ecológico Morro do Finder e nas áreas verdes do Kartódromo Internacional de Joinville, no Jardim Sofia e Empresa Franke Brasil, em Pirabeiraba. Amostras de plantas férteis foram coletadas e encaminhadas ao Herbário Joinvillea, para herborização e identificação, a qual foi realizada por meio de comparação com exsicatas do acervo, auxílio de especialistas e consulta a literatura específica. Até o momento foram identificadas 35 famílias botânicas, destacando-se Fabaceae, Melastomataceae, Piperaceae e Rubiaceae, sendo mais frequentemente observadas as espécies Piper martianum Kunth. (Piperaceae), Leandra fragilis Cogn. (Melastomataceae) e Psychotria suterella Müll. Arg. (Rubiaceae). Dentre as Myrtaceae, foram identificadas apenas quatro espécies: Campomanesia reitziana D. Legrand, Myrceugenia mircyoides (Cambess.) O. Berg., Myrcia anacardiifolia Gardner e Marlierea tomentosa Cambess. De um modo geral, Myrceugenia mircyoides e Myrcia anacardiifolia mostraram-se amplamente distribuídas nas áreas amostradas, mas Marlierea tomentosa foi a espécie de Myrtaceae dominante na área da empresa Franke Brasil. Uma vez que Myrtaceae é uma das mais importantes famílias da flora brasileira, sendo frequentemente citada como um dos grupos lenhosos dominantes em diversas formações vegetais, especialmente na Mata Atlântica, a baixa diversidade específica observada nas áreas amostradas pode indicar uma perda da biodiversidade na região de Joinville / SC.

DIVERSIDADE DE MACROALGAS DOS COSTÕES ROCHOSOS DAS ILHAS DA RITA, TAMBORETES DO SUL E VELHA, SÃO FRANCISCO DO SUL, SC, NO PERÍODO DE PRIMAVERA-VERÃO 2010/2011.

  • JAIANE LAZZARETTI, Graduando, jaiane.lazzaretti@univille.br
  • Kátia Regina Sgrott Sauer Machado, Dr(a), katia_sauer@terra.com.br

Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI, Itajaí

Palavras-chave: Macroalgas, Costões Rochosos, Ilhas de São Francisco do Sul

Os ecossistemas costeiros bentônicos são um dos ambientes marinhos mais produtivos do planeta e apresentam organismos de grande importância ecológica e econômica. As algas são importantes produtores primários e base da cadeia trófica marinha. Este trabalho se propôs a conhecer a diversidade de macroalgas marinhas encontradas no período de primavera-verão de 2010/2011 nos costões rochosos da Ilha da Rita (26º15’4.76”S e 48º42’27.42”O), Velha (26º10’53.66”S e 48º29’19.00”O) e Tamboretes do Sul (26º23’11.06’S e 48º31’29.94’O), localizadas em São Francisco do Sul, SC. A Ilha da Rita encontra-se dentro do complexo estuarino da Baía da Babitonga. A Ilha Velha fica próxima à desembocadura da Baía da Babitonga, sofrendo influência da pluma estuarina. A Ilha de Tamboretes do Sul é a menor das três ilhas e é influenciada pelo hidrodinamismo oceânico. Foram realizadas amostragens não destrutivas das macroalgas através do método do ponto-intersecção, lançando aleatoriamente, por 10 vezes, um quadrat de 15 x 15 cm nos costões. Quando não foi possível realizar a identificação das espécies no campo, as algas foram coletadas, colocadas em recipientes com formalina a 4% e identificadas no laboratório de microscopia da UNIVILLE, com auxílio de bibliografia especializada. O levantamento da ficoflora se baseou em uma observação em cada ilha nas seguintes datas: Ilha da Rita, 05/10/2010; Ilha Velha, 11/12/2010; Ilha de Tamboretes do Sul, 28/04/2011. A Ilha Velha apresentou maior riqueza de espécies, seguida pela Ilha de Tamboretes. A Ilha da Rita apresentou menor riqueza, provavelmente devido à grande quantidade de sedimento e nutrientes. Este padrão já havia sido observado no trabalho realizado no período de outono-inverno nos mesmos locais. Na Ilha Velha, as algas vermelhas calcáreas (Jania spp.) e as algas pardas filamentosas (Heterosiphonia gibesii) predominaram, enquanto na Ilha de Tamboretes do sul, além das algas pardas filamentosas, tufos de algas verdes, dominadas por Enteromorpha spp., foram bastante abundantes. Já na Ilha da Rita, as algas verdes pertencentes ao gênero Enteromorpha, além de tapetes de algas vermelhas, foram as espécies dominantes. A Ilha da Rita, por se encontrar num ambiente estuarino, não apresentou algas pardas. O pequeno tamanho das algas dificultou sua identificação em nível de espécie, em todas as ilhas. O presente estudo faz parte do primeiro levantamento de macroalgas marinhas dos costões rochosos em Ilhas de São Francisco do Sul, fornecendo dados para monitoramentos e manejo do ecossistema local.

Apoio / Parcerias: FAPESC FAP/ UNIVLLE

Diversidade de samambaias na bacia hidrográfica do rio cubatão

  • FRANCINE SCHMOELLER, Graduando, francine.schmoeller@hotmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Rio Cubatão, Biodiversidade, Flora vascular

A Mata Atlântica apresenta elevado índice de biodiversidade e podem ser encontradas diversas formações vegetacionais e ecossistemas, entre eles a Floresta Ombrófila Densa. A Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão, inserida em área de domínio da Mata Atlântica, tem sofrido com a ocupação desordenada e a urbanização, criando uma paisagem fragmentada na qual se alternam áreas de vegetação com regiões onde predominam atividades voltadas à agropecuária, indústrias e moradias. Além disso, devido às diversas formas de ocupação do solo, as matas ciliares têm sofrido grande supressão, deixando de cumprir suas funções ecológicas. Por meio deste trabalho buscou-se conhecer e identificar a diversidade da flora vascular, especialmente de samambaias, encontrada na Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão. Foram delimitados e georreferenciados pontos a partir da foz até as nascentes, considerando as sub-bacias dos tributários do Rio Cubatão, de acordo com o grau de preservação das áreas, sendo que as matas em estágio inicial de regeneração não foram amostradas. Nesta etapa do trabalho as coletas foram realizadas no Morro do Finder e nas áreas verdes do Kartódromo Internacional de Joinville, no Jardim Sofia e Empresa Franke, em Pirabeiraba. Foram coletadas amostras de plantas férteis, as quais foram encaminhas ao Herbário Joinvillea, para herborização. A identificação foi realizada por meio de comparação com exsicatas do acervo e consulta a especialistas e literatura específica. Até o momento foram identificadas oito famílias de samambaias, destacando-se Aspleniaceae, Blechnaceae (Blechnopsis brasiliensis (Desv) C. Presl.), Cyatheaceae (Cyathea atrovirens (Langsd. & Fisch.) Domin), Polypodiaceae (Campyloneurum minus Fée, Pleopeltis angusta Humb. & Bonpl. ex Willd.), e Thelypteridaceae (Thelypteris dentata (G. Forst.) E. P. St. John). As espécies mais encontradas foram Campyloneurum minus (nas formas de vida epífita, rupícola ou terrícola) e Thelypteris dentata (terrícola). Dentre as licófitas, a única espécie observada foi Lycopodiella cernua (L.) Pic. Serm. Ainda em relação às samambaias, a maior diversidade específica foi verificada no Morro do Finder, área que se encontra em bom estado de conservação, característica essencial para a manutenção da biodiversidade.

Efeitos do treinamento físico aeróbico sobre o lactato e os leucócitos sanguíneos em modelo experimental de sepse

  • CHARLISE AGUILERA, Graduando, chazinha@gmail.com
  • Glauco Adrieno Westphal, Dr(a), glauco.adrieno@univille.br
  • Carla Werlang Coelho, MSc, carla.werlang@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Efeito, treinamento, sepse

Efeitos do Treinamento físico AERÓBICO sobre O LACTATO E OS LEUCÓCITOS SANGUÍNEOS EM MODELO EXPERIMENTAL DE SEPSE

CHARLISE Aguilera / CARLA Werlang Coelho/ GLAUCO Adrieno Westphal

Introdução: Sepse é a resposta inflamatória sistêmica secundária a um processo infeccioso de alta incidência e elevada mortalidade. Nos protocolos hospitalares para detecção precoce da sepse são utilizados alguns parâmetros dentre eles os níveis de acidose e o número de lecucócitos. É consenso na literatura que o treinamento de baixa a média intensidade e longa duração tem a capacidade de melhorar as defesas do organismo bem como diminuir a acidose metabólica. Assim, é possível que o treinamento físico aeróbico prévio a indução de sepse tenha a capacidade de atenuar esse processo inflamatório, diminuindo os índices dessas variáveis. Objetivo: Avaliar os efeitos do treinamento físico sobre o lactato e os leucócitos sanguíneos em modelo experimental de sepse. Métodos: Ratos machos Wistar (20 semanas), distribuídos aleatoriamente em 4 grupos: SHAM, SHAM treinado (SHAMT), CLP e CLP treinado (CLPT). Os grupos SHAMT E CLPT, após teste de esforço máximo, foram submetidos a treinamento físico (TF) durante 8 semanas em esteira rolante (60 minutos, 5 dias por semana, a 60% da velocidade máxima encontrada no teste de esteira). Os grupos CLP e CLPT foram submetidos à indução da sepse por ligação e punção cecal (CLP) e os grupos SHAM e SHAMT à falsa cirurgia, sendo sacrificados dois dias após a cirurgia para extração do sangue e tecidos. Foram analisadas as concentrações sanguíneas de lactato e dos leucócitos. Os dados foram tratados estatisticamente através da estatística descritiva e do teste ANOVA two-way considerando significativo valores menores que p<0,05. Resultados: a concentração de lactato e de leucócitos sanguíneo do grupo CLP (3,7 ±0,4 mMol/L; 7131,7 ±478,4 mm3) foi significativamente maior do que do grupo Sham (1,7±0,1 mMol/L; 3432,5±290,9 mm3) e do ShamT (1,6 ±0,2 mMol/L; 4081,7±410,7 mm3); já o grupo CLPT no lactato (2,4 ±0,5 mMol/L) apresentou valores baixos iguais aos grupos Sham e ShamT, porém nos leucócitos (5148,9±415,5 mm3) também foi significativamente menor que o grupo CLP. Conclusões: Percebe-se que os valores de lactato e de leucócitos estão significativamente elevados no grupo de animais sépticos sedentários (CLP) porém no grupo de animais sépticos treinados (CLPT) esses valores estão diminuídos comparados ao grupo sedentário. O TF pré sepse propiciou a manutenção de valores da acidose e dos leucócitos próximos aos valores dos grupos não sépticos.

Estudo do desenvolvimento de um Biobanco de DNA genômico humano no acidente vascular cerebral em Joinville, Santa Catarina.

  • FERNANDA CAROLINA CANI DE SOUZA, Graduando, fernanda_carolina@msn.com
  • PAULO HENRIQUE CONDEIXA DE FRANÇA, Dr(a), phfranca@terra.com.br
  • Norberto Cabral, Dr(a), nlcabral@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Biobancos, DNA, Biorrepositórios

INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) resulta da restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, causando lesão celular e danos nas funções neurológicas. As causas mais comuns são os trombos, o embolismo e a hemorragia. O AVC apresenta-se como a segunda causa de morte no mundo e enquadra-se como a principal causa de incapacidade neurológica dependente de cuidados de reabilitação. Apesar de esclarecida a fisiopatologia do derrame, a etiologia ainda é duvidosa. A falta de dados em muitos países dificulta a efetivação de medidas eficazes para a prevenção, tratamento e reabilitação do AVC. Neste sentido, a implementação de um banco de dados epidemiológicos e genéticos pode auxiliar a identificação de genes predisponentes à doença e apontar possíveis alternativas terapêuticas. OBJETIVO: Descrever as dificuldades para montagem de um banco de dados e aplicação dessa metodologia, como comportar-se diante da família e do paciente, como treinar a equipe de coleta, enfermagem e laboratorial para garantir o arquivamento impecável e a interpretação fidedigna dos dados. MÉTODOS: Para a viabilização do banco de amostras de DNA proposto, vem sendo coletada uma amostra sanguínea (12 ml), via punção venosa, de todos os pacientes que manifestaram AVC (quaisquer subtipos) residentes na cidade de Joinville-SC. Adicionalmente, para cada paciente é realizada a coleta de sangue de dois a três indivíduos controle (não consanguíneos, e que compartilhem socialmente do mesmo ambiente de convívio ou raio geográfico). Faz-se a apresentação da pesquisa ao paciente e seus familiares, pela equipe de extração e enfermagem, e aplica-se o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Estão vinculadas à pesquisa as instituições Hospital Municipal São José, Hospital da Unimed de Joinville, Hospital Dona Helena e Hospital Regional. RESULTADOS: a aplicação do TCLE para inclusão do caso a pesquisa deve ser feita de forma clara e condizente ao âmbito sócio cultural que estão inseridos. As amostras sanguíneas coletadas são armazenadas dentro de uma caixa térmica até serem entregues ao laboratório, lá são armazenadas no refrigerador (4-10ºC). Responsabiliza-se o recebedor das amostras em anotá-las no caderno de recebimento e guarda-las na geladeira para futuramente seguir o processo de extração do DNA genômico humano e serem registradas no banco identificadas por um número. CONCLUSÃO: a prática de desenvoltura para um banco de dados não é simples e precisa da atenção e preocupação do gestor em treinar sua equipe com qualidade.

Implantação de banco de DNA genômico humano associado à Coorte JOINVASC

  • KARILENE DALPOSSO, Graduando, ka_dalposso@hotmail.com
  • Eduardo Schimidt Bertazzo Silveira, Graduando, dusuke@gmail.com
  • Leslie Ecker Ferreira, MSc, leka_ferreira1@hotmail.com
  • Norberto Luiz Cabral, Dr(a), cabral@neurologica.com.br
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), phfranca@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: AVC, Biobanco, DNA

Cerca de 5,7 milhões de mortes por ano no mundo estão relacionadas ao AVC (Acidente Vascular Cerebral). No Brasil, ocorrem 137 a 168 casos a cada 100.000 pessoas. Enquanto a maioria dos episódios podem ser atribuídos a fatores de risco modificáveis , como a hipertensão, idade e doenças prévias, não se consegue explicar porque alguns indivíduos apresentam maior susceptibilidade ao AVC quando expostos às mesmas condições ambientais. O diagnóstico clínico e laboratorial de AVC pode ser complexo, desconhecendo-se biomarcadores confiáveis ou genes preditivos de risco de desenvolvimento da doença. Atualmente, vários estudos demonstram que a implantação de um banco de DNA com grande número de indivíduos bem caracterizados, composto por acometidos e controles, é essencial para a realização de estudos de análise genômica ampla. Considerando o impacto sócio-econômico da doença e a existência de um levantamento prospectivo, de base populacional, em doenças cerebrovasculares em Joinville, objetivou-se implantar um banco de amostras de DNA relativo à coorte JOINVASC. Especificamente, buscou-se extrair e purificar o DNA genômico humano a partir de amostras de sangue de pacientes e controles participantes da coorte, assim como qualificar e quantificar o DNA obtido. Portanto, foram incluídos todos os pacientes com AVC diagnosticado de setembro/2010 em diante, recorrentes ou não, e até três indivíduos controle (não consanguíneos e de faixa etária equivalente), somente residentes na cidade de Joinville-SC. Após coleta de 12 mL de sangue venoso de cada indivíduo, as amostras foram enviadas ao Laboratório de Biologia Molecular da UNIVILLE, onde a separação do DNA genômico foi realizada pelo método “fenol-clorofórmio” (adaptado do protocolo da equipe da Dra. Íscia L. Cendes / UNICAMP). O DNA foi qualificado através de eletroforese em gel de agarose a 1%, seguido de exposição à luz ultravioleta. O rendimento e o grau de pureza do DNA extraído foram avaliados via espectrofotometria (leituras à 260/280 nm). As amostras de DNA foram armazenadas sob codificação segura à -80°C. Até o mês de julho de 2011, foram incluídas amostras de DNA de 318 pacientes e 333 controles. Espera-se que, num futuro próximo, o banco implantado e em expansão possa servir ao estudo de análises genômicas, contribuindo com o desenvolvimento de novos exames diagnósticos e a definição de alvos terapêuticos.

Influência da passagem de embarcações na comunicação de tursiops truncatus (cetacea: delphinidae) no canal de laguna, sc.

  • NATACHA ZIMMERMANN DOS SANTOS, Graduando, na_santos123@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Tursiops truncatus, poluição sonora, assobios

Os cetáceos dependem do som para se comunicar, procurar comida e encontrar parceiros. Contudo, qualquer som produzido por ação antrópica aumenta o ruído total do ambiente e pode representar uma fonte de poluição sonora. Este trabalho teve como objetivo verificar a ocorrência de alterações na estrutura dos assobios produzidos por Tursiops truncatus durante atividades de pesca cooperativa antes e durante a passagem de embarcações. A gravação dos sons foi realizada na praia da Tesoura, em Laguna, onde a interação entre os golfinhos e os pescadores é mais intensa. As amostragens ocorreram nos anos de 2008, 2009 e 2010. O sistema de aquisição foi composto por um hidrofone e um gravador digital, com freqüência de amostragem de 96 kHz. Foram realizadas gravações sem a presença de embarcações e durante a passagem destas no canal. Os registros foram analisados em laboratório através do programa Avisoft – SAS Lab 4.1, onde foram gerados sonogramas, definidos os tipos de assobio e mensurados a frequência inicial, frequência final, duração e amplitude. Para cada tipo de assobio foram analisados os mesmos parâmetros. A ocorrência de variações nestes parâmetros com e sem a presença de embarcação foi analisada utilizando teste t. Foram selecionados aleatoriamente 90 assobios sem a presença de embarcação e analisados 90 assobios com embarcação, sendo 40 ascendentes, 28 descendentes, 54 regulares e 58 modulados. Foi observada diferença significativa apenas no tipo de assobio modulado no parâmetro duração (p=0,000003). Nos outros tipos de assobios não foram identificadas mudanças em nenhuma das categorias analisados quando comparadas as situações com e sem a passagem de embarcação (p > 0,05). Isto pode estar associado ao fato de que os animais estejam adaptados à movimentação de embarcações no canal, tendo em vista que estas passam sempre no mesmo local, em trajetória constante e em velocidade relativamente baixa. Contudo, é importante a continuação deste trabalho na região de Laguna e em outras regiões, buscando analisar o efeito da poluição sonora em todo o repertório sonoro da espécie, assim como sobre outros aspectos da vida destes animais .

Apoio / Parcerias: PIBIC; FAP; UNIVILLE

Levantamento avifaunístico em ambiente de laguna no pontal do Capri, litoral norte de Santa Catarina.

  • THAMIRES CRISTINA PENA REIS, Graduando, thamires.reis@univille.br
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: composição, aves, riqueza

Ambientes marinhos e costeiros como praias, planícies de maré, lagunas, manguezais e marismas são ocupados por diferentes espécies de aves, servindo como locais de descanso e forrageamento. O trabalho teve como objetivo analisar a composição da avifauna no ambiente lagunar do pontal do Capri, em São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina. O estudo foi realizado em um ambiente de laguna (26º10’59.45’’S – 48º34’05.14’’O), localizado no pontal do Capri que fica junto ao canal de acesso da Baía da Babitonga. A área de estudo é caracterizada como um ambiente lagunar do pontal do Capri e reúne diferentes micro-habitats como: manguezais, marismas, restinga, praia estuarina, planície de maré.No período de julho de 2010 a junho de 2011 foram realizadas semanalmente transecções lineares a pé. Cada amostra foi composta por duas transecções: a transecção A – B iniciou próximo ao duto da Petrobras e seguiu até o fim da margem sentido nordeste (26º10’38.89’’S – 48º33’43.04’’O), a transecção A – C, teve início no duto da Petrobras e seguiu até as proximidades da abertura de um canal artificial, no sentido sudoeste (26º11’07.94’’S – 48º34’14.21’’O), em ambas as transecções foram observadas as duas margens: noroeste e sudeste. Em cada amostragem foram registradas todas as espécies de aves, o número de indivíduos de cada espécie, assim como o ambiente utilizado e a atividade realizada por cada indivíduo. As espécies foram observadas e contabilizadas com auxílio de binoculares e identificadas com a ajuda de guias de campo específicos. As aves foram classificadas como: marinhas, aquáticas, migratórias e terrestres, de acordo com CREMER & GROSE (2010). Foram realizadas 38 amostragens, sendo registrados 2.807 indivíduos (com possíveis recontagens), pertencentes a 40 espécies, inseridas em 22 famílias de aves. Das espécies registradas, 5 foram classificadas como aves marinhas, 9 como aves migratórias, 10 como aves aquáticas e 16 foram consideradas aves terrestres. As espécies com maior freqüência de ocorrência foram: Pitangus sulphuratus, Larus dominicanus, Vanellus chilensis e Haematopus palliatus (91,7 a 100%). Rynchops niger se destacou apresentando a maior freqüência relativa na comunidade (56,57%). Dentre as espécies registradas, 96,01% são residentes e 3,99% são migratórias (visitantes neárticas). O trabalho destaca-se por seu pioneirismo, já que não foram realizados outros levantamentos na região. A área de estudo apresentou elevado potencial como habitat para a comunidade de aves, abrigando espécies que reproduzem, repousam e se alimentam no local, e também espécies migratórias que utilizam o local para descanso e forrageamento.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

Levantamento da avifauna nas ilhas costeiras em São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina.

  • TAMARA APARECIDA CARLINI, Graduando, tamara.carlini@univille.br
  • Thamires Cristina Pena Reis, Graduando, thamiresreis@hotmail.com
  • Daniela Fink, G, Dani.fink@gmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Identificação, Aves, Arquipélago das graças

Ilhas são importantes habitats utilizados por espécies de aves, que servem como local de descanso, pouso e alimentação.As aves desempenham um importante papel no controle populacional das espécies de presas e no fluxo de energia do ecossistema.O presente estudo teve como objetivo caracterizar as espécies de aves que ocorrem nas ilhas costeiras de São Francisco do Sul.A área de estudo compreendeu as ilhas pertencentes ao Arquipélago das Graças: Ilha Pirata (26°9’54.99 “S, 48°29,7.16”O), Ilha do Veado (26°9’59.57 “S, 48°28’53.34” O), Ilha Jaribatuba (26º20,1 73” S, 48º49,1. 72” O) e a Pedra da Baleia (26°10’2.00 “S, 48°28’32.86” O), onde foram realizadas transecções mensalmente e/ou quinzenalmente utilizando embarcação a motor em baixa velocidade ao redor das ilhas.As amostragens ocorreram entre os meses de março a agosto de 2011. As espécies foram observadas utilizando binóculos bushnell (7x50) e contabilizadas através de um contador manual de quatro dígitos e posteriormente identificadas com guias de identificação de aves. Até o momento foram realizados 8 censos, sendo registrados todos os indivíduos que estavam pousados sobre as pedras, vegetação, na água e os que estavam sobrevoando as ilhas.A nomenclatura taxonômica seguiu o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2011).Foram registradas 16 espécies de aves pertencentes a 12 famílias. As espécies registradas e sua abundância relativa foram: Larus dominicanus (57,15%), Fregata magnificens (27,26%), Sula leucogaster (8,88 %), e Coragyps atratus (5,96%), seguido por Haematopus palliatus (0,33%), Pitangus sulphuratus (0,10%), Sterna hirundinacea (0,08%), Caracara plancus (0,04%), Milvago chimachima (0,04%), Rupornis magnirostris (0,04%), Phalacrocorax brasilianus (0,03%), Thalasseus acuflavidus (0,03%), Cathartes aura (0,01%), Charadrius collaris (0,01%), Milvago chimango (0,01%) e Spheniscus magellanicus (0,01%).O grande número de registro das espécies de Larus dominicanus e Sula leucogaster pode estar relacionada ao seu ciclo de vida pois utilizam as ilhas como local de reprodução.Coragyps atratus foi considerado a espécie predadora mais abundante no local, onde outros estudos mostram que a espécie consome ovos e filhotes de espécies como atobás, gaivotas e trinta réis. Até o momento os dados mostraram que as ilhas de estudo, servem como local de reprodução de duas espécies de aves marinhas: Larus dominicanus e Sula leucogaster, e que também ocorre outras espécies que utilizam as ilhas para atividades de descanso e alimentação.Os resultados ainda são preliminares, sendo assim torna-se necessário a continuação do estudo.

Levantamento da Mastofauna no Parque Municipal Morro do Finder

  • RODRIGO GALDINO, Graduando, rodrigo.galdino@univille.br
  • SIDNEI DA SILVA DORNELLES, MSc, sidnei.silva@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Mastofauna, Mamíferos, Finder

Os fragmentos de florestas situados dentro das cidades podem abrigar uma vasta diversidade biológica, pois são nesses locais que plantas e animais encontram abrigo. Inventariar a fauna e flora de uma determinada porção de um ecossistema é o primeiro passo para sua conservação e uso racional. Sem que haja um conhecimento mínimo sobre quais organismos ocorrem nesse local, e sobre quantas espécies podem ser encontradas nele, é virtualmente impossível desenvolver qualquer projeto de preservação. O objetivo deste trabalho foi inventariar a riqueza de espécies da mastofauna terrestre de pequeno e médio porte, na região do Parque Municipal Morro do Finder, em Joinville, SC. O levantamento da mastofauna está sendo realizados através de armadilhas de contenção viva (modelos sherman e tomahawk), armadilhas de interceptação e queda, armadilhas fotográficas e percurso de transectos lineares na área do parque. Até o presente momento foram totalizadas 36 armadilhas/noite e 25 km percorridos no parque. Alguns mamíferos já foram observados na área de estudo: duas espécies de pequenos roedores (ainda não identificadas), uma espécie de roedor de médio porte (Dasyprocta azarae), duas espécies de marsupiais (, Didelphis aurita e Didelphis albiventris), uma espécie de pequeno marsupial (ainda não identificada) e uma espécie do gênero Dasypus. O estudo ainda não foi concluído, portanto, é provável que a diversidade de mamíferos na área do Morro do Finder aumente com as próximas amostragens.

Levantamento da prevalência dos polimorfismos C/T (rs12979860) e G/T (rs8099917) do gene IL28B na população de Joinville-SC

  • ANDRÉIA GUTBERLET, Graduando, andreia.gutberlet@univille.br
  • Bruna Cristina Bertol, Graduando, bruunab@hotmail.com
  • Simone Moreira, G, simonebioq@hotmail.com
  • Raquel Francine Liermann Garcia, G, drargarcia@terra.com.br
  • Leslie Ecker Ferreira, MSc, leslie.ferreira@univille.br
  • Mauro de Souza Leite Pinho, Dr(a), mpinho.joi@terra.com.br
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), phfranca@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Hepatite C, IL28B, Polimorfismos de nucleotídeo único

Introdução: Em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 130 a 170 milhões de pessoas estão cronicamente infectadas pelo vírus da hepatite C (HCV). Atualmente, o tratamento padrão envolve a associação de Interferon Peguilado-α (PegIFN-α) e Ribavirina (RBV) por 24 a 72 semanas. Estudos realizados por Ge et al. (2009) e Tanaka et al. (2009) demonstraram que Polimorfismos de Nucleotídeo Único (SNPs) próximos ao gene IL28B humanono cromossomo 19, denominados rs12979860 e rs8099917, estão fortemente associados com o sucesso do tratamento da hepatite C à base de IFN. Especificamente, os alelos, rs12979860 (C) e rs8099917 (T) relacionam-se à melhor resposta ao tratamento. Até o momento no Brasil, apenas Lunge et al. (2011) estudaram o SNP rs12979860, porém no contexto da avaliação da eliminação espontânea do HCV em pacientes co-infectados com o HIV. Objetivo: Estimar a prevalência dos polimorfismos rs12979860 C/T e rs8099917 T/G do gene IL28B em população não portadora do HCV em Joinville-SC. Materiais e Métodos: As amostras de sangue de 199 doadores foram coletadas no hemocentro local. A seguir, a extração do DNA genômico humano ocorreu por meio do kit Qiamp DNA Mini (Qiagen), de acordo com as instruções do fabricante. A amplificação de ambos os segmentos contendo os SNPs foi realizada via Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), em reações paralelas, porém empregando-se a mesma termociclagem. Para a estratificação dos genótipos, foi estabelecida a técnica de análise de “Polimorfismos de Comprimentos de Fragmentos de Restrição” (RFLP), utilizando-se as endonucleases Hpy166II e BsrDI para os SNPs rs12979860 e rs8099917, respectivamente. Os produtos resultantes da digestão enzimática foram submetidos à eletroforese em gel de agarose. Resultados: Até o momento, foram genotipadas 164 amostras. As prevalências genotípicas obtidas referentes ao SNP rs12979860 foram C/C 48,8%, C/T 42,7% e T/T 8,5%, enquanto para o SNP rs8099917 obteve-se 68,3%, 29,9% e 1,8% para os genótipos T/T, T/G e G/G, respectivamente. Conclusão: No presente estudo, foram encontrados, com maior frequência, os genótipos C/C (rs12979860) e T/T (rs8099917), os quais, de acordo com a literatura, estão fortemente relacionados à melhor resposta ao tratamento da hepatite C e à eliminação espontânea do vírus. A genotipagem desses polimorfismos poderá futuramente contribuir para o estabelecimento de terapias personalizadas, oferecendo maiores esperanças de cura aos portadores do HCV. Adicionalmente, o conhecimento da prevalência genotípica dos SNPs estudados poderá contribuir com a definição de estratégias regionalizadas de enfrentamento da hepatite C.

Apoio / Parcerias: Centro de Hematologia e Hematoterapia de Santa Catarina - HEMOSC.

Levantamento de espécies de abelhas no campus da Univille.

  • DANIELE DE OLIVEIRA, Graduando, dani.oliv3ira@gmail.com
  • Denise M.D.S. Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Joinville, apifauna, diversidade

As abelhas têm nas plantas uma fonte abundante de energia, sendo a principal consequência da interação abelha-flor a polinização, de importante papel na reprodução das plantas, pois consiste na transferência do pólen de uma flor para outra, garantindo assim a fecundação e proporcionando variabilidade genética. Visando corroborar as relações ecológicas ocorrentes entre abelhas nativas e plantas medicinais, foram observadas suas interações no campus Joinville da Univille. Em 2009 e 2010, o trabalho foi realizado no horto medicinal da universidade, composto por 3 jardins, com 116 espécies de plantas, de 42 famílias e, na etapa atual, foi estendido a todos os jardins do campus. Foram estabelecidas observações mensais, com duração de 12 horas diárias, desde fevereiro de 2011. As abelhas eram procuradas sobre as plantas floridas, em paradas de cinco minutos em cada planta e foram capturadas com redes entomológicas sendo posteriormente preparadas para a identificação. As informações sobre indivíduo coletado e planta foram registradas em banco de dados. Foram amostradas, de fevereiro a junho de 2011, 1430 abelhas, das quais 1219 foram apenas registradas: Apis mellifera L. 1758, espécie exótica introduzida (661 indivíduos) e Trigona spinipes Fabricius 1793 (558 indivíduos). As abelhas capturadas (211 indivíduos) se incluem em 20 espécies. Em termos de predomínio de subfamílias, em ordem decrescente, ocorreram Apinae corbiculados (principalmente Apis mellifera e Trigona spinipes), Halictinae (Augochloropsis sp e Pseudoaugochlora sp), Apinae não corbiculados (Exomalopsis sp), Xylocopina (Xylocopa (Neoxylocopa ) sp) e Megachilinae (Megachile (Ptilosaroides) sp. Foi notada a presença de Epicharis (Epicharana) sp, da tribo Centridini, de espécies solitárias, cujas fêmeas coletam óleo das famílias botânicas Malpighiaceae e Krameriaceae, com ninhos escavados em barrancos ao abrigo da luz. No período de observação, no campus todo, constatou-se a existência de 40 espécies botânicas, de 23 famílias, de interesse dos polinizadores. Destas, 23 se encontravam no horto medicinal e outras 17 fora deste. As famílias botânicas mais visitadas quantitativamente foram Lamiaceae e Asteraceae. O estudo anterior, realizado apenas no horto, apontou 52 espécies de plantas apícolas e agora alcançam-se 69 para o campus. As novas observações demonstram que as abelhas procuram outras plantas também, possivelmente devido à concentração humana nas proximidades do ambiente do horto. Assim como evidenciam o interesse das abelhas por muitos táxons, num sistema de escolha e compartilhamento entre as espécies da apifauna, apontando a importância das pesquisas neste campo, com o objetivo de se conhecer as preferências florais desses polinizadores.

O IMPACTO PSICOLÓGICO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NA VIDA DO PACIENTE

  • KARINE GOMES WOHLKE, Graduando, karinegw@gmail.com
  • Maria Gabriela Ramos Ferreira, MSc, mariagabrielarf@gmail.com
  • Carla Heloísa Cabral Moro, Dr(a), carlahcmoro@gmail.com
  • Selma Cristina Franco, Dr(a), scfranco@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: acidente vascular cerebral, pesquisa qualitativa, experiência de vida

Esta pesquisa teve como objetivo conhecer o impacto psicológico que o acidente vascular cerebral (AVC) causa na vida dos sobreviventes. Para tanto, utilizou-se os seguintes instrumentos para a coleta de dados: o Mini Exame de Estado Mental (MEEM) (FOLSTEIN, 1976; BRUCKI, 2003), Inventário de Depressão de Beck (BDI) (BECK, 1961; CUNHA, 2001) e uma entrevista semiestruturada. Os dados quantitativos foram expostos em frequência e percentual, enquanto que os dados qualitativos foram agrupados em três categorias: percepção do paciente sobre a interação com a família após o AVC, aspectos positivos na vida após a doença e a definição do AVC segundo a percepção do paciente. O relato dos pacientes revela que 53,8% perceberam que a interação com a família está a mesma após a doença, 26,7% apreenderam aspectos positivos relacionados à vida e, contudo, 52,2% dos pacientes apresentaram uma percepção negativa da doença. Portanto, discutir os aspectos psicológicos que determinada doença ocasiona na vida do paciente é importante para proporcionar formas de tratamento que vão além do acompanhamento médico e medicamentoso. O acompanhamento psicológico poderá permitir que esse paciente ressignifique suas experiências de vida após a doença.

Padronização de um método farmacológico para avaliação da atividade antihipercolesterolêmica da administração oral de microesferas contendo sinvastatina

  • IZABEL CRISTINA CELESKI, Graduando, iceleski@univille.br
  • Jaqueline Kock Fergütz, Graduando, mfergutz.joi@terra.com.br
  • Eduardo Manoel Pereira , MSc, eduardo_manoel@yahoo.com.br
  • Giovana Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Bianca Ramos pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: padronização , sinvastatina, microesferas

Os fármacos pouco solúveis representam um obstáculo ao desenvolvimento de formas farmacêuticas sólidas de uso oral, devido à baixa biodisponibilidade que costumam apresentar. Um exemplo é a sinvastatina, um agente antihipercolesterolêmico, cuja grande importância terapêutica justifica a realização de estudos farmacotécnicos e farmacológicos para a obtenção de novas formulações farmacêuticas, apesar de sua limitada biodisponibilidade. O objetivo deste trabalho foi padronizar um método para a indução de um estado de hipercolesterolemia em ratos, mediante a administração intraperitoneal (i.p.) de dexametasona (DEXA), e avaliação da atividade antihipercolesterolêmica da administração via oral (v.o.) de microesferas contendo sinvastatina (5 mg de sinvastaina/Kg), em comparação com a sinvastatina não-microencapsulada. Uma solução de carboximetilceluose (CMC) 0,5% (0,1 mL/100g) foi usada como veiculo para a administração v.o. da sinvastatina microencapsulada e não-microencapsulada. Os animais foram divididos em seis grupos, que receberam os seguintes tratamentos: Grupo 1 - CMC v.o. e salina i.p. ; Grupo 2 - sinvastatina v.o. e salina i.p.; Grupo 3 - microesferas de sinvastatina v.o. e salina i.p.; Grupo 4: CMC v.o. e DEXA i.p.; Grupo 5: sinvastatina v.o. e DEXA i.p.; Grupo 6: microesferas de sinvastatina v.o. e DEXA i.p. O tratamento foi realizado durante 15 dias, sendo a dexametasona administrada na dose de 2,0 mg/Kg durante a primeira semana e 0,5mg/Kg durante o restante do período de tratamento. Então, os animais foram eutanasiados e o sangue coletado para as análises, no pasma, de: concentração de colesterol total (CT), concentração de lipoproteína de alta densidade colesterol (HDL-c) e concentração de triglicerídeos (TG). Os seguintes resultados foram obtidos: houve diferença significativa nos níveis plasmáticos de CT apenas entre os grupos 3 e 4, sendo os demais iguais entre si. Houve diferença significativa entre os níveis plasmáticos de HDL-c do grupo 4 e dos demais. No entanto, não houve diferença entre os níveis de HDL-c dos grupos 1, 2, 3, 5 e 6, não sendo possível evidenciar os efeitos dos tratamentos. Houve diferença significativa entre os níveis plasmáticos de TG do grupo 4 e dos demais. No entanto, não houve diferença entre os níveis de TG dos grupos 1, 2, 3, 5 e 6, não sendo possível evidenciar os efeitos dos tratamentos. Os resultados demonstraram que o modelo de indução do estado de hiperlipemia foi inconsistente, não sendo adequando para avaliar o efeito da administração v.o. de sinvastatina microencapsulada e não-microencapsulada sobre os níveis plasmáticos de CT, HDL-c e TG.

Apoio / Parcerias: CNPq

SURF INTELIGENTE

  • LUCAS DE ASSIS VOLTOLINI, Graduando, lucas.assis@univille.br
  • Patricia Esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: fundamentos, surf, piscina

O Projeto Surf Inteligente surgiu com a intenção de aproximar os escolares da rede pública de ensino, das atividades aquáticas. A proposta contempla o desenvolvimento de um programa de iniciação ao surf na piscina, que facilite e incentive o desempenho na modalidade em ambiente natural (praia).O Surf é um esporte radical e de natureza que pode ser praticado o ano todo, mas principalmente no verão, quando muitos têm a oportunidade de estarem nas praias. Neste sentido, praticar o surf pode ser uma alternativa para manter-se ativo, ou para aproveitar melhor as férias. O objetivo deste estudo é apresentar as atividades realizadas e os resultados alcançados até o mês de agosto. As atividades iniciaram após aprovação pelo Comitê de Ética e assinatura dos Termos de Consentimento Livre Esclarecido pelos pais e ou responsáveis dos escolares e consistem em aulas na piscina e prática na praia com vinte e cinco escolares. As aulas acontecem duas vezes por semana, com duração de 45 minutos e incluem a aprendizagem do nadar e conteúdos do surf, como história, movimentos fundamentais (remada, sentar, girar e ficar de pé sobre a prancha), regras e segurança. Como estratégia incentiva-se um trabalho cooperativo para fazer o deslocamento da prancha sobre a água, simulando o surf. O surf caracteriza-se como uma habilidade motora aberta, sendo assim procura-se diversificar ao máximo as condições reguladoras na expectativa de contribuir com a prática do esporte em ambiente natural. Todo mês é realizada uma aula na piscina em que se propõe uma atividade diferente, na qual os alunos são desafiados a participar de atividades recreativas diferenciadas, como foi à quadrilha junina. Uma viagem à praia já foi realizada, e os escolares puderam experimentar a prática em ambiente natural e mostrar o que são capazes de realizar. Atualmente as aulas na piscina são divididas em ciclos, considerando os estilos da natação e as atividades de surf. Como resultados é possível dizer que os alunos aprenderam a nadar e que aderiram ao programa de Surf com muita motivação e disposição para aprender e continuar vivenciando novas experiências. Com base nestas observações acredita-se que os alunos que participam regularmente das atividades evidenciarão uma aprendizagem de sucesso, e que os resultados irão expressar esta hipótese na segunda viagem para prática do surf na praia, a qual poderá confirmar ou não se a aprendizagem dos fundamentos do surf na piscina pode ser transferida para o ambiente natural – praia.

Tabagismo após primeiro avc: resultados preliminares

  • ALEXANDRE DONISETE ALEIXO, Graduando, alexandre.aleixo@univille.br
  • Maria Gabriela Ramos Ferreira, MSc, mariagabrielarf@gmail.com
  • Carla H. Cabral Moro, Dr(a), carlahcmoro@gmail.com
  • Selma Cristina Franco, Dr(a), scfranco@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: tabagismo, avc, hábito

Resumo: O tabagismo é um fator de risco vascular modificável que pode acarretar a ocorrência do AVC. Este é um estudo transversal, que incluiu pacientes que sofreram AVC do tipo isquêmico em primeiro evento e que eram tabagistas na ocorrência do AVC, demonstrado através de registro em prontuário. O objetivo deste trabalho foi verificar se houve a cessação do tabagismo nos pacientes que estavam em seguimento ambulatorial no Ambulatório Universitário da UNIVILLE. Após esclarecimento ao paciente sobre o TCLE e sua assinatura, o pesquisador realizou entrevista objetivando obter dados sobre o hábito de fumar do paciente. Resultados: Os resultados apresentados são preliminares. Foram entrevistados 48 pacientes. A média de cigarros fumados antes do AVC foi de 27,68 cigarros ao dia. 28 pacientes deixaram de fumar após AVC. 20 pacientes mantiveram o hábito de fumar, tendo antes do AVC, média de consumo de 27,25 cigarros ao dia, e após o AVC, consumo de 11,08 cigarros ao dia. 45 pacientes declararam receber orientação médica sobre os riscos do tabagismo em relação ao AVC. 19 declarou morar com outros fumantes. Este estudo demonstra que metade dos pacientes deixou de fumar e para aqueles que mantiveram o hábito, houve uma redução importante.

Teste do Desenho do Relógio: estudo com pacientes vitimados por Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) em seguimento no ambulatório de AVC da UNIVILLE – dados preliminares

  • KARINE GOMES WOHLKE, Graduando, karinegw@gmail.com
  • Maria Gabriela Ramos Ferreira, MSc, mariagabrielarf@gmail.com
  • Carla Heloísa Cabral Moro, Dr(a), carlahcmoro@gmail.com
  • Selma Cristina Franco, Dr(a), scfranco@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: acidente cerebrovascular, teste do desenho do relógio(TDR), cognição

O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é caracterizado pela oclusão total ou parcial das artérias do sistema nervoso central causando uma interrupção na circulação sangüínea de parte do cérebro. Uma forma simples de avaliar o prejuízo cognitivo do paciente é através do Teste do Desenho do Relógio (DTR), cujo escore varia de 0 a 10. Este estudo teve como objetivo verificar se existe diferença no desempenho do Teste do Desenho do Relógio (TDR) entre pacientes que sofreram AVCI. A pesquisa se realizou no Ambulatório de AVC da UNIVILLE, onde 96 voluntários responderam a um questionário epidemiológico estruturado e realizaram o TDR. Os dados foram analisados de forma descritiva e através dos testes ANOVA e t de Student. Foi observada diferença estatisticamente significativa entre o desempenho dos pacientes quando comparado ao dos controles, mas não foi possível detectar diferença no desempenho dos pacientes com lesão de hemisfério direito e com lesão em hemisfério esquerdo. Os dados obtidos demonstram que o TDR é um instrumento adequado para o rastreio de alterações cognitivas em pacientes vítimas de AVC, mas não para lateralização do déficit

Utilização do forno de microondas para esterilização de utensílios de laboratório

  • CIZETE LOBERMEYER, Graduando, clobermeyer@univille.br
  • Giannini Pasiznick Apati, MSc, giapati@hotmail.com

Palavras-chave: microondas, esterilização, utensílios de laboratório

Esterilização é um processo de promoção da completa eliminação ou destruição de todas as formas de micro-organismos que poderiam ser desenvolvidos durante o ciclo de vida útil do item considerado. Existem características importantes que devem ser observadas no método de esterilização escolhido como: eficácia na destruição dos micro-organismos e esporos; o processo deverá ser de fácil padronização; não danificar o material submetido à esterilização; os resíduos resultantes não podem ser tóxicos. O forno de microondas vem a algum tempo sendo pesquisado e utilizado na descontaminação da comida para pacientes hospitalizados. Tem sido utilizado, também, em laboratórios de microbiologia. O efeito não térmico das microondas tem um papel na inativação dos microrganismos na suspensão através da formação de peróxido de hidrogênio e de outra transformação química de moléculas pequenas, tais como a clivagem de ligações químicas. O objetivo deste projeto consiste na avaliação da utilização do forno de microondas para esterilizar pequenos utensílios de laboratório, ou seja, na validação de uma nova metodologia de esterilização para a utilização em casos emergenciais em laboratórios. Foram submetidos à ação das microondas tubos de ensaio contendo 5 mL de meio de cultivo a fim de avaliar a perda de volume durante a esterilização. Ponteiras de 200 µL foram contaminadas, pipetando-se culturas e isoladas de E.coli e Candida albicans previamente crescidas com concentração de 2,9E7 e 4,9E5 UFC/mL, respectivamente. Após a contaminação foram submetidas à ação das microondas, em diferentes tempos de exposição (de zero a 10 min). Para verificação da eficiência do método ponteiras esterilizadas foram adicionas individualmente em tubos de ensaio contendo 5 mL de meio de cultivo esterilizados em autoclave a 121°C por 15 min. Os tubos foram incubados a 37°C por 48h, em caso de turvação, constatava-se a presença de micro-organismo. Verificou-se que a exposição às microondas não foi eficiente para esterilização de tubos contendo meio de cultura devido à grande perda de volume média apresentada, 46,6% após 1 min de exposição e 78,4% após 2 min. Espera-se minimizar esta perda utilizando um esterilizador de mamadeiras. Quanto à esterilização de ponteiras após 8 min de exposição às microondas 80% das ponteiras apresentavam-se esterilizadas, independente do micro-organismo com o qual ela foi contaminada. Lembrando que essa carga microbiana é alta e que esse procedimento será utilizado para esterilizar ponteiras lavadas, esse processo será validado expondo ponteiras limpas a ação das microondas para verificar se é eficaz para uso estéril.