Área 02 - Ciências Biológicas e da Saúde

Índice

  1. A infauna sublitoral do substrato inconsolidado adjacente à face protegida da Ilha da Paz (São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brasil)
  2. A influência de um programa de atividades físicas na força e na flexibilidade de idosos
  3. A macrofauna bentônica de uma área de extração de areia no canal do Palmital, Santa Catarina, Brasil
  4. A normalização da SvcO2 não implica na ausência de hipofluxo
  5. A percepção do AVC em pacientes de Joinville, Brasil: um estudo de base populacional com duração de 3 anos.
  6. Abundância, tamanho corporal e proporção sexual de Callinectes danae no canal da barra da baía da Babitonga
  7. Adesão ao tratamento da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) na Unidade Sanitária de Joinville/SC
  8. Anatomia ecológica do lenho de caule de Psidium catlleianum Sabine (Myrtaceae) ocorrente em duas fitofisionomias distintas de Santa Catarina.
  9. Análise anatômica quantitativa das fibras de bainhas e nervuras centrais dos segmentos foliares de Bactris gasipaes H.B.K (Arecaceae)
  10. Análise de possíveis efeitos adversos causados por anti-retrovirais em pacientes adultos portadores de HIV da Unidade Sanitária de Joinville e a possível relação com a adesão ao tratamento
  11. Análise e determinação da composição bioquímica da microalga marinha Chaetoceros affinis (Bacillariophceae), encontrada no estuário da Baía da Babitonga-SC.
  12. Análise estrutural e histoquímica de folha de Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby, Fabaceae
  13. Análise estrutural e histoquímica do caule de Senna multijuga (Rich.) Irvin et Barn.
  14. Aplicação de redes poliméricas semi-interpenetrantes (semi-RPI) para o estudo e modulação do perfil de liberação do piroxicam
  15. As associações infaunais sublitorais dos substratos inconsolidados adjacentes à face exposta da Ilha da Paz (São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brasil)
  16. Associação da vaginose bacteriana até a 20ª semana de gestação com o parto prematuro
  17. AVALIAÇÃO DA BIODISPONIBILIDADE DO FELODIPINO VEICULADO NA FORMA DE MICROPARTICULAS EM RATOS.
  18. Avaliação da capacidade tampão da saliva e do pH bucal após desafio cariogênico gerado por bochechos sucessivos com solução ácida (refrigerante) em escolares do distrito do Saí (São Francisco do sul / SC)
  19. Avaliação da propriedade anti-incrustante das macroalgas marinhas da Baía da Babitonga, SC através de bioensaios.
  20. Avaliação da sensibilidade da Reação em Cadeia da Polimerase e da hemocultura automatizada para a detecção dos Estreptococos do Grupo Bovis
  21. Avaliação de equações de estimação da filtração glomerular
  22. Avaliação do aumento da solubilidade do praziquantel incorporado em microesferas de poli(3-hidroxibutirato) e Eudragit E®
  23. Avaliação do efeito inibitório de exopolissacarídeos do caldo de cultivo de Pleurotus djamor sobre o crescimento de células tumorais in vitro.
  24. Avaliação do entendimento da prescrição médica pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em Joinville
  25. Avaliação do recrutamento de espécies invasoras nas regiões portuárias da Baía da Babitonga - São Francisco do Sul, SC
  26. AVALIAÇÃO DOS EFEITOS ANTIINFLAMATÓRIO E ANALGÉSICO DA ADMINISTRAÇÃO AGUDA DE FRAÇÕES EXTRATIVAS DE Pleurotus sajor caju EM CAMUNDONGOS
  27. Caracterização de assobios emitidos por Tursiops truncatus (Cetacea: Delphinidae) no canal de Laguna, SC.
  28. Características das anormalidades cardiocirculatórias em recém-nascidos de risco em uma unidade neonatal terciária em Joinville
  29. Cogumelos à mesa: desenvolvimento de receitas gastronômicas à base de Pleurotus
  30. Coletores artificiais de sementes de Perna perna (Linné, 1758): Número e distribuição de tamanho dos organismos em Enseada, São Francisco do Sul, Santa Catarina
  31. Composição da fauna de macroinvertebrados áquaticos da porção mediana do rio Cubatão do Norte, Santa Catarina.
  32. Contribuição ao conhecimento das espécies utilizadas para fins combustíveis durante o holoceno médio no Brasil central: considerações antracológicas e tecnológicas
  33. Criação de um protocolo para o atendimento odontológico de pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC)
  34. Cultivo de microcustáceos para ensaio de toxicidade crônica em ambientes marinhos
  35. Desenvolvimento de metodologia para investigação do polimorfismo T/C no promotor (-443nt) do gene codificante para a proteína Osteopontina (OPN) humana
  36. Desenvolvimento e padronização de metodologia para investigação do polimorfismo T/G de base única (SNP) na região promotora (-616nt) do gene OPN
  37. Desenvolvimentos de novos produtos com ênfase no eco-design
  38. Diagnóstico Histológico das Doenças Inflamatórias Intestinais em Joinville entre os anos de 1998 e 2007
  39. Diferenças na incidência de AVC entre regionais de saúde em Joinville: Uma ferramenta para a prevenção primária?
  40. DINÂMICA POPULACIONAL DOS GRUPOS DE ALOUATTA CLAMITANS (CABRERA, 1940) NOS FRAGMENTOS FLORESTAIS DO DISTRITO INDUSTRIAL NORTE DE JOINVILLE – SC.
  41. DISTRIBUIÇÃO DO GÊNERO CALLITHRIX NA CIDADE DE JOINVILLE, SC.
  42. Distribuição e abundância sazonal de estágios inicias de Loligo plei (Mollusca : Cephalopoda) na plataforma continental interna norte de Santa Catarina
  43. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA AVIFAUNA COSTEIRA DO COMPLEXO ESTUARINO DA BAÍA DA BABITONGA, NORTE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
  44. Diversidade de Bromélias em Ilhas da Baía da Babitonga, nordeste de Santa Catarina
  45. Diversidade de Lianas em Ilhas da Baía da Babitonga, nordeste de Santa Catarina
  46. Diversidade de samambaias e orquídeas em sete ilhas da Baía da Babitonga, nordeste de Santa Catarina.
  47. Diversidade Polínica das Plantas Medicinais Existentes no Arboreto do Campus Joinville da UNIVILLE
  48. ECOLOGIA DE CALLITHRIX PENICILLATA (SAGÜI-DE-TUFO-PRETO) NO PARQUE ZOOBOTÂNICO DE JOINVILLE – SC.
  49. Educação inclusiva e preconceito: atribuições de significados por alunos de séries iniciais
  50. ESPÉCIES ASSOCIADAS À PORTUNÍDEOS PELO MÉTODO DE PESCA DE ARRASTO DUPLO COM PORTAS NO CANAL DA BAÍA DA BABITONGA
  51. Estado nutricional e hábito alimentar de idosos freqüentadores do Programa de Atividade Física e Saúde para Idosos.
  52. Estudo Comparativo entre glibenclamida e metformina no tratamento da diabete melito gestacional
  53. FOTOIDENTIFICAÇÃO E VERIFICAÇÃO DO ÍNDICE DE RESIDÊNCIA DE Tursiops truncatus EM LAGUNA, SANTA CATARINA
  54. Identificações de ações ambientais e suas lideranças nas áreas urbanizadas do bairro Vila Nova e no Distrito de Pirabeiraba, em Joinville – SC
  55. Implementação de um Programa de Promoção de Saúde Oral no Colégio da UNIVILLE, voltado à educação de professores e alunos.
  56. Incidência de internações dos pacientes do ambulatório de doenças inflamatórias intestinais do hospital municipal são josé de joinville em 2009
  57. Intra murus: Ferramenta didática que enfatiza o uso das normas de biossegurança
  58. Índice de complicações da orquiectomia em coelhos
  59. LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA NA BARRA DA LAGOA DO ACARAÍ, SÃO FRANCISCO DO SUL, SANTA CATARINA.
  60. Linfopenia como marcador diagnóstico de sepse grave (SG)
  61. Melhora no cumprimento da prescrição do suporte nutricional enteral em pacientes internados na UTI após treinamento dos profissionais envolvidos no suporte nutricional do paciente grave
  62. Morbimortalidade da anastomose colônica com telescopagem comparada com a anastomose colônica término-terminal em coelhos
  63. NATAÇÃO NA FAIXA ETÁRIA 10 A 12 ANOS
  64. O papel da estratégia do Programa de Saúde de Família na prevenção de recorrência de Acidente Vascular Cerebral
  65. Os sentidos e significados atribuídos ao processo de inclusão escolar por pais de alunos que não apresentam necessidades educacionais especiais cujos filhos estudam em uma escola que atende alunos com deficiência
  66. Perfil de dissolução de micropartículas de Eugragit® E e PHB contendo sinvastatina
  67. PREVALÊNCIA DE PATÓGENOS CAUSADORES DE VAGINOSE E VAGINITES EM MULHERES ATÉ A 20ª SEMANA DE GESTAÇÃO ATENDIDAS NA REDE PÚBLICA DE JOINVILLE, SC.
  68. Proposição de plano de negócios em academias de ginástica: um estudo de caso
  69. Recursos florais de abelhas nativas no arboreto de plantas medicinais do campus Joinville da UNIVILLE
  70. Redução do Percentual de gordura e melhora da capacidade Cardiorrespiratória de idosos através da prática de Atividades Físicas com acompanhamento nutricional.
  71. Relação do gradiente veno-arterial de CO2 e gradiente artério-venosa (P(v-a)CO2/C(a-v)O2) não auxilia na detecção do metabolismo anaeróbico
  72. Relação do índice CPO-D e da dieta alimentar de pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à hemodiálise
  73. Repercussão terapêutica da variação respiratória da pressão de pulso (dPp) como dispositivo de segurança durante a ressuscitação do choque
  74. REPRESENTAÇÕES DOS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO EM JOINVILLE SOBRE A PSICOLOGIA
  75. TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO: UMA ESTRATÉGIA PARA O APERFEIÇOAMENTO DA HABILIDADE MOTORA DO NADAR
  76. Utilização da cera de abelha no combate a infestação da Polidora sp. (Polychaeta) em reprodutores de Haliotis rufescens
  77. VARIAÇÃO DA BIOMASSA FITOPLANCTÔNICA E PARAMETROS FÍSICO-QUÍMICOS EM DOIS ESTRATOS, NO CANAL DO RIO PALMITAL (BAÍA DA BABITONGA): OUTONO
  78. Variação do biovolume de zooplâncton e da clorofila a nas áreas Pontal, Vila da Glória e Ilha Tal Sul (baía da Babitonga, Santa Catarina)
  79. VARIAÇÃO DO BIOVOLUME DE ZOOPLÂNCTON NAS ESTAÇÕES DE OUTONO E INVERNO NO CANAL DO RIO PALMITAL, SÃO FRANCISCO DO SUL – SANTA CATARINA
  80. Variação sazonal da comunidade ictioplanctônicas na ilha da paz, são francisco do sul, santa catarina
  81. Variação temporal da ictiofauna das nascentes do rio Cubatão do Norte, Santa Catarina.
  82. Viabilidade da implantação do método de engorda do Octopus vulgaris (Cuvier 1797) (Mollusca, Cephalopoda, Octopodidae) na baía da Babitonga

Resumos

A infauna sublitoral do substrato inconsolidado adjacente à face protegida da Ilha da Paz (São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brasil)

  • ANDRÉIA TEIXEIRA DAVIES, Graduando, andreia.davies@univille.br
  • DANILO HENRIQUE NASS, Graduando, danilo-bio@hotmail.com
  • GIULIA CAROLINE BISINELA, Graduando, giu_bis@yahoo.com
  • JOSÉ MARIA DE SOUZA DA CONCEIÇÃO, MSc, zemaria@hotmail.com
  • ALEXANDRE MAIMONE MAZZER, MSc, mazzer@hotmail.com
  • LUCIANO LORENZI, Dr(a), llorenzi@ps5.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: infauna bentonica, ilha da paz, face protegida

A Ilha da Paz é a maior do Arquipélago das Graças, situa-se no litoral norte do estado de Santa Catarina e tem uma área de 218.000 m². O terreno é bastante acidentado, alcançando a altitude de 70 m. A ilha é um ponto importante para as atividades de pesca e turismo na região, além de estar próxima do canal de acesso ao porto de São Francisco do Sul. Nos substratos inconsolidados adjacentes a estas estruturas ocorrem associações de invertebrados bentônicos que se comportam de acordo com as variações ambientais geradas pela ação de ondas e correntes de fundo. No presente trabalho serão estudadas as variações dessas comunidades na face protegida da Ilha da Paz em distâncias de um e trinta metros. A partir de dois transectos pré estabelecidos serão escolhidos dois transectos,nos quais serão posicionados um ponto a um metro e outro a trinta metros da Ilha. Nesses pontos serão coletadas quatro amostras nas cristas e quatro nas cavas das marcas de ondulações para análise da infauna. Nos mesmos pontos serão retirados uma amostra de sedimento na cava e outra na crista da marca de ondulação. A coleta das amostras será feita com mergulho autônomo e a retirada das amostras com auxilio de tubos de PVC de 10 cm de diâmetro por 15 cm de altura. As amostras serão passadas através de uma malha de 500 micrômetros, guardadas em sacos plásticos e fixadas em formalina 10 % para posterior triagem e identificação dos organismos em microscópio estereoscópico. Para o sedimento serão determinadas as concentrações de matéria orgânica e carbonato de cálcio e as fracões de areia e finos ( silte e argila ). Com base em trabalhos similares, o sedimento na face protegida em geral é constituido por areias finas, melhor selecionadas e com menores teores de carbonato de cálcio. Segundo esses trabalhos, os poliquetas são dominantes e as comunidades tendem a ser similares independente da distância da estrutura . Por outro lado, essas observações são baseadas em outros autores e serão mais bem estabelecidas com as amostragens da Ilha da Paz.

A influência de um programa de atividades físicas na força e na flexibilidade de idosos

  • EDINEIA DA LUZ, Graduando, edineia.luz@bol.com.br
  • Luana Otto, Graduando, luana.otto@univille.br
  • Paula Stork Machado, Graduando, pauli_nha_sm@hotmail.com
  • Silmara Silva Mastroeni, MSc, silmara.mastroeni@univille.br
  • Carla Werlang Coelho, , carla.werlang@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: flexibilidade, força, idosos

Introdução: O Programa de Atividade Física e Saúde para Idosos (PAFSI), vem sendo desenvolvido na Univille há quatro anos objetivando o desenvolvimento dos quatro componentes da aptidão física para a saúde; Objetivo: Verificar a influência de um programa de atividades físicas na força e na flexibilidade de idosos. Metodologia: A amostra foi composta por 17 idosos (12 mulheres e 5 homens), com média de massa corporal 71,71 ± 8,5 kg (médio±desvio padrão), estatura 158,7±6,9 cm e idade 64,4±2,9 anos. A flexibilidade foi avaliada através do teste de sentar e alcançar (Banco de Wells), e a força através do teste de preensão manual (Dinamômetro), sendo que o pré-teste e o pós-teste foram separados por um período de 14 semanas de programa de exercícios físicos. O programa foi constituído de duas sessões semanais de 60 minutos. Uma sessão típica foi composta por 20 minutos de aquecimento articular e caminhada; 20 minutos com 8 exercícios resistidos (1 série com 12 repetições); 5 minutos de exercício aeróbico e 15 minutos de alongamentos específicos para flexibilidade. Depois de um período de 8 semanas, houve mudança no treino, passou a ser de 5 minutos de alongamento, 15 minutos de exercício aeróbico, 20 minutos com 8 exercícios resistidos (2 séries com 8 repetições); 5 minutos de exercício aeróbico e 15 minutos de alongamento. Foi trabalhada especificamente a musculatura mais utilizada para realizar as tarefas do dia-a-dia; os alongamentos foram realizados de maneira gradativa, de forma ativa e passiva, e executados por no mínimo 10 segundos. Conclusão: Com os resultados constata-se que houve uma grande melhora na flexibilidade e força para os dois gêneros. Considerando que nessa faixa etária os níveis de aptidão física tendam a decrescer, o programa de atividades físicas, com exercícios de musculação e de alongamentos, mostrou-se eficiente para reverter esta perda, e ainda, proporcionou melhora nos níveis de aptidão física para a saúde. Conclui-se que o programa de atividade física influenciou de maneira positiva nos resultados, melhorando a força e a flexibilidade dos idosos.

A macrofauna bentônica de uma área de extração de areia no canal do Palmital, Santa Catarina, Brasil

  • MARIANA SERWY OORTMAN, Graduando, mare.bio@gmail.com
  • ALEXANDRE MAIMONI MAZZER, Dr(a), alexandre.mazzer@univille.ney
  • JOSÉ MARIA DE SOUZA DA CONCEIÇÃO , Dr(a), jose.maria@univille.net
  • EDINÉIA BIEGER, Graduando, neia.bieger@gmail.com
  • GABRIEL DANIEL CONORATH , Graduando, gabriel@gmail.com
  • GUILHERME MIRA e RAFAEL PARIZZI, Graduando, rafa.parizzi@gmail.com
  • LUCIANO LORENZI, Dr(a), llorenzi@ps5.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Macrofauna bentônica, Dragagem, Santa Catarina

Os empreendimentos que envolvem atividades de dragagem com a finalidade de aprofundamento de canais de acesso a portos e a extração de matéria para a construção civil vêm se intensificando nos últimos anos. Entretanto, os procedimentos baseados na caracterização física e química da água e os testes de toxicidade são insuficientes para prever a totalidade dos efeitos que essas atividades podem causar nas populações e comunidades residentes. A macrofauna bentônica é um desses elementos, amplamente utilizado para a avaliação de impactos em ambientes costeiros e oceânicos. Esses organismos são escolhidos por possuírem baixa mobilidade e muitas vezes respondem a perturbações mesmo em níveis taxonômicos supra-específicos. O presente estudo determinou os componentes da macrofauna bentônica de três áreas distribuídas pelo canal do Palmital sob influência da extração de areia. As amostragens foram realizadas em um ponto do canal próximo à foz do rio Cubatão (P2), um ponto à montante (P1) e outro à jusante (P3) da foz. As amostras foram retiradas com um pegador Petersen, previamente lavadas em campo com o auxílio de sacolas com malha de abertura de 500 µm e fixadas para posterior triagem, identificação e quantificação dos organismos. Em geral Polychaeta contribuiu com a maior densidade dos organismos (70%), seguido de Plathyhelminthes (12%) e Crustacea (10%). A maior parte desses organismos (94%) ocorreu em P2, seguindo a mesma tendência de dominância de Polychaeta (66,4%), Plathyhelminthes (11,8%) e Crustacea (8,15%). Nas observações de campo e laboratório o sedimento em P2 apresentou cascalhos e seixos, com o acúmulo de matéria orgânica e a presença de vários tubos de Polychaeta quando comparado aos demais pontos onde dominou areia com uma fauna empobrecida. A retenção de matéria orgânica disponibilizou alimento e um ambiente relativamente estável, permitindo construção dos tubos. Assim, essas características distintas de P2 em relação a P1 e P3 indicam uma possível interferência no sedimento, reforçada por relatos locais, onde a jazida de areia em P2 foi bastante explorada em anos anteriores. Entretanto, os resultados são preliminares e aguardam análises mais detalhadas da macrofauna bentônica e do sedimento.

A normalização da SvcO2 não implica na ausência de hipofluxo

  • MICHELE SALFER, Graduando, michele.salfer@gmail.com
  • JANAINA FEIJÓ, E, janafeijo@yahoo.com.br
  • LOUISE TRINDADE, E, louise_trindade@yahoo.com.br
  • KEITIANE KAEFER, E, michele.salfer@gmail.com
  • RODRIGO SOARES, E, rodrigosdasilva@hotmail.com
  • DIMITRI SAUTER POSSAMAI, Graduando, dimitripossamai@yahoo.com.br
  • GLAUCO ADRIENO WESTPHAL, Dr(a), glauco.w@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Svco2, hipofluxo, oxigenação tecidual

Objetivo: Determinar o perfil de oxigenação tecidual em pacientes com diagnóstico de choque circulatório durante a fase de ressuscitação hemodinâmica. Método: Estudo prospectivo e observacional em que se avaliou a saturação venosa central (SvcO2), lactato e gradiente venoso central-arterial de CO2 (CO2 Gap), antes e durante as 6 primeiras horas da ressuscitação hemodinâmica em pacientes chocados. SvcO2 < 70%, CO2 Gap ³ 6 mmHg e lactato > 2 mmol/l foram considerados sinais metabólicos de hipofluxo. Utilizou-se o teste do Qui-quadrado para comparação dos dados. Resultados: Avaliaram-se 88 combinações de medidas metabólicas (lactato, CO2 Gap e SvcO2) em 20 pacientes. Os conjuntos de medidas foram divididos em dois grupos: SvcO2 ³ 70% e SvcO2 < 70%. Houve grande freqüência de sinais metabólicos de hipofluxo apesar da SvcO2 ³ 70% (­CO2 Gap em 38% e ­lactato em 57% dos casos). Não houve diferença no número de ocorrências de ­CO2 Gap ³ 6 mmHg (SvcO2 ³ 70%: 22/60; 36% vs SvcO2 < 70%: 16/28; 57% - p=0,07) e de lactato > 2 mmol/l (SvcO2 ³ 70%: 17/60; 28% vs SvcO2 < 70%: 5/28; 18% - p=0,29) entre os grupos. Quinze dos 20 pacientes (75%) tinham SvcO2 ³ 70% antes de iniciar a ressuscitação hemodinâmica. Destes, 8 (53,3%) apresentavam CO2 Gap ³ 6 mmHg e 7 (46,4%) exibiam lactato > 2 mmol/l.Conclusão: No presente estudo, a incidência de SvcO2 ³ 70% foi alta, tanto na admissão quanto na fase de ressuscitação hemodinâmica, e está frequentemente associada a sinais de persistência de hipofluxo como CO2 Gap e lactato elevados.

A percepção do AVC em pacientes de Joinville, Brasil: um estudo de base populacional com duração de 3 anos.

  • ROBERTA GORGES WERLICH, Graduando, robertinhagw@hotmail.com
  • Priscila Ferst, Graduando, priferst@gmail.com
  • Talita Buss, Graduando, talita_buss@hotmail.com
  • Anderson Gonçalves, MSc, roman@netvision.com.br
  • Danieli Dadan, Graduando, dani_dadan@hotmail.com
  • Ana Carolina Luck, Graduando, ana_luck@hotmail.com
  • Norberto Cabral, MSc, nlcabral@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral, trombólise, interpretação

Introdução/Objetivo:A correta percepção e reação do paciente com sinais de AVC é uma etapa determinante para uma eficiente trombólise. Nosso objetivo foi reconhecer o perfil de interpretação dos sintomas do AVC da população. Material e Métodos: Entre janeiro de 2005 e dezembro de 2007 registramos prospectivamente todos os casos de AVC ocorridos na cidade de Joinville. As seguintes perguntas foram realizadas na instituição hospitalar, ao paciente ou a família no período agudo: O que pensou no início dos sintomas? Achou que ia melhorar? Achou que poderia ser um acidente vascular cerebral? E, descreva o que achou que era. Resultado: A partir de 1625 pacientes, 51,9% (844/1625) identificaram corretamente os sintomas como sendo AVC e 32,4% (527/1625) pensaram que pudessem melhorar. Os padrões mais comuns de resposta foram: 1. Foi acidente vascular cerebral: 34,4% (558/1625), 2. Adormecimento, com ou sem boca torta: 21,1% (343/1625), 3. Náuseas e mal-estar: 11,5% (186/1625), 4. Não sabiam o que era: 9,5% (155/1625), 5. Variação na pressão: 6,5% (99/1625), 6. Confusão na fala: 5,3% (86/1625), 7. Dor no peito: 3,4% (64/1625), 8. Dificuldade Visual: 2,3% (38/1625), 9. Labirintite: 2,2% (35/1625). Conclusão/Discussão: Embora uma grande proporção de pacientes dessa amostra tenha interpretado corretamente os sintomas de acidente vascular cerebral, os resultados “negativos” foram bastante úteis para um planejamento futuro de campanha para melhorar a trombólise na cidade de Joinville.

Abundância, tamanho corporal e proporção sexual de Callinectes danae no canal da barra da baía da Babitonga

  • FABIANE DA SILVA DÖGE, Graduando, fabiane.s@univille.br
  • Letícia Novaes Duarte, Graduando, lele_nd@yahoo.com.br
  • Rafael Vinícius Valério Navarro, Graduando, rafael_nr@hotmail.com
  • Claudiane Gouveia, Graduando, clau_goveia@hotmail.com
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@ps5.com.br
  • Harry Boos Junior, MSc, harryboosjunior@hotmail.com
  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Estuário, Portunideos, Salinidade

A baía da Babitonga é a área estuarina mais importante da costa norte do estado de Santa Catarina por ser área de desova de muitos vertebrados e invertebrados marinhos, e sendo biologicamente mais produtivas. O estuário também é considerado importante parte do litoral catarinense quanto ao desenvolvimento do ciclo de vida de espécies de Brachyura. O trabalho teve como objetivo verificar a abundancia, tamanho corporal e a proporção sexual dos portunideos no canal da barra da baía da Babitonga. Foram realizadas 5 coletas, de dezembro de 2008 a junho de 2009 (exceto janeiro e abril de 2009). Uma rede de arrasto de porta foi utilizada, a qual possui 5 metros de boca e malha de 20mm. Cada arrasto durou 8 minutos e em campo foram registrados os parâmetros ambientais salinidade e temperatura (°C). Os siris foram mantidos em sacos plásticos e etiquetados. Após cada coleta, os exemplares foram enviados ao laboratório para identificação, análise de sexo, largura do cefalotórax e peso. Em seguida foi calculada a abundância dos portunideos por arrasto mensalmente. A media da temperatura em dezembro foi de 23°C; fevereiro 25°C;março 26°C; maio 21,5°C e junho 18°C. A média da salinidade no mês de dezembro foi 33,5; fevereiro 32; março 28; maio 35,5 e junho 35. A abundância média por arrasto em dezembro foi de 36; em fevereiro foi 3,5; março foi de 3,5; em maio 29,5 e em junho 34. O tamanho dos portunideos variou de 61,1mm a 95mm em dezembro, fevereiro de 26,4 a 100,4; em março de 76,5 a 90,9, em maio de 65 a 100 e junho de 62mm a 104mm. A proporção sexual (fêmeas : machos) em dezembro foi 75 : 1, em fevereiro 6 : 1, março 7 : 0, maio 4,9 : 1 e em junho 67 : 1. Com esses resultados pode-se observar que nos meses em que a salinidade foi maior, o número de portunideos aumentou também. A temperatura não indicou influenciar no aumento ou diminuição do número de indivíduos. No caso da proporção sexual foram obtidas predominantemente mais fêmeas em todos os meses. Sugere-se estudos complementares para melhor compreensão desta distribuição.

Apoio / Parcerias: UNIVILLE/CEPSUL

Adesão ao tratamento da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) na Unidade Sanitária de Joinville/SC

  • ROMAN ORZECHOWSKI, Graduando, r.orzechowski@univille.br
  • Artur Alfredo Schemmer , MSc, artur.alfredo@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Adesão, AIDS , Tratamento

INTRODUÇÃO: O número de contágios pelo vírus do HIV está em ascensão mundial bem como os riscos associados à não adesão do tratamento ou conhecimento sobre a síndrome da imunodeficiência adquirida. O objetivo do trabalho é mostrar para equipe de saúde da Unidade sanitária de Joinville a taxa de não adesão de seus pacientes portadores do vírus e possíveis causas relacionadas. METODOLOGIA: A pesquisa de caráter transversal inicialmente foi baseada nos artigos atuais sobre infecção pelo vírus HIV. Dentro disso escolheu-se o questionário para avaliação do grau de adesão ao tratamento com validação nacional e científica. Foram entrevistados 206 pacientes portadores do vírus HIV de forma aleatória, sendo cadastrados no programa de DST/AIDS na unidade Sanitária de Joinville SC, as entrevistas ocorreram neste local, de forma individual, durante o período de 10 de janeiro a 5 de fevereiro de 2009 pelo mesmo entrevistador. A pontuação segundo o questionário varia de 17 a 85, com nota maior ou igual a 75 para indicar adesão adequada. Os dados foram analisados segundo planilha Excel. Com cálculo de erro padrão e intervalo de confiança. RESULTADOS: Dos 206 pacientes entrevistados, 21% seguem o tratamento rigorosamente prescrito pelo médico. Outros 41 % representando 85 entrevistados realizam tratamento bom e adequado, pois o escore desse grupo ficou entre 75 e 79 pontos. 37% dos entrevistados apresentaram baixa ou insuficiente adesão, com escore menor ou igual a 74 pontos, incluídos também o abandono de tratamento. 75% dos pacientes com baixa adesão relatam ter informação insuficiente sobre os medicamentos. Sobre o serviço prestado pelos funcionários públicos, a maioria está de acordo, 20% dos entrevistados argumentaram melhoras, no atendimento ao consultório médico, equipe da farmácia, bem como falta interação multiprofissional. Somente uma pessoa aderente é que relatou efeito colateral medicamentoso intenso, 0,65 [0,60 – 0,75] não sentem efeitos colaterais dentro do grupo aderentes. Excluído aqui os sinais do inicio do tratamento. Dos pacientes aderentes ao tratamento 0,72 [0,60 – 0,80] relatam apoio intenso da família ou amigos na adesão. CONCLUSÕES: Mais de 70% dos pacientes apresentam adesão adequada e o número de pacientes portadores de HIV não aderente ao tratamento na Unidade Sanitária de Joinville está de acordo com outros estudos comparativos. Informação insuficiente e efeitos colaterais das medicações são fatores importantes no abandono do tratamento. Apoio familiar tende a ser significativo e poderia ser comprovado com amostra mais expressiva, semelhante a satisfação dos pacientes em relação ao serviço médico.

Apoio / Parcerias: Secretaria Municipal de Saúde de Joinville Fapesc - Fundo de apoio a pesquisa do estado de Santa Catarina

Anatomia ecológica do lenho de caule de Psidium catlleianum Sabine (Myrtaceae) ocorrente em duas fitofisionomias distintas de Santa Catarina.

  • MERILLUCE SAMARA WEIERS, Graduando, meri.weiers@gmail.com
  • João Carlos Ferreira de Melo Junior, MSc, jc_melo@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Psidium catlleianum, Anatomia ecológica, Mata Atlântica

O estudo da anatomia ecológica reconhece a influência de fatores ambientais evidenciados nas características anatômicas e morfológicas das plantas, explicitando dessa forma a relação entre a estrutura da planta e o ambiente. Por isso, objetivou-se analisar qualitativamente de forma comparada a estrutura anatômica do lenho de Psidium cattleianum Sabine (Myrtaceae) encontrado em Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas na Ilha dos Herdeiros (São Francisco do Sul/SC) e outra em Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana no Monte Crista (Garuva/SC). Sendo a referida espécie pertencente à família Myrtaceae, popularmente conhecida por araçá, possui sua ocorrência desde a Bahia até o Rio Grande do Sul. Coletas e preparações histológicas do lenho de caule de 10 indivíduos foram confeccionadas seguindo-se as técnicas usuais de anatomia da madeira. As descrições anatômicas adotaram a terminologia proposta pela IAWA. Caracteristicamente, o lenho de P. cattleianum apresenta camada de crescimento distinta demarcada por mudança na freqüência e/ou diâmetro dos vasos, podendo assim formar às vezes anéis semiporosos, porosidade difusa, maioria dos vasos solitários, mas geminados e múltiplos de 3-9 presentes e placa de perfuração simples. Elementos de vaso com apêndices presentes em ambas às extremidades, seção transversal elíptica. Pontoações intervasculares areoladas diminutas e de disposição alterna. Parênquima axial apotraqueal difuso em agregado e parênquima radial heterogêneo formado por células quadráticas, eretas e procumbentes. Presença de máculas. Quando comparadas às características anatômicas dos indivíduos das duas fisionomias, constatou-se que estruturalmente as amostras da Ilha dos Herdeiros apresentaram fibras septadas, e que essas são quase em toda sua totalidade espessadas e achatadas e parênquima radial bisseriado e raramente unisseriado em oposição às amostras do Monte Crista em que as fibras septadas estavam ausentes, camada de crescimento sendo também distinta, porém além de alterações da freqüência e diâmetro tangencial dos vasos apresentam zonas de fibras achatadas e espessadas e parênquima radial unisseriado e raramente bisseriado. Coincidindo com as reportadas descrições da espécie estudada em outros ambientes, o lenho apresenta cristais prismáticos no parênquima axial (em célula não subdividida), porém com maior freqüência nos indivíduos da Ilha dos Herdeiros. Com todos esses caracteres observados, as mudanças nas características do lenho em função das variáveis ambientais em pequena escala, podem não ser somente qualitativas, necessitando dessa maneira análises quantitativas do lenho, para que seja comprovada a existência de outras adaptações nas duas fisionomias estudadas. As respostas a essas mudanças anatômicas são resultado da plasticidade fenotípica de cada espécie.

Apoio / Parcerias: FAP

Análise anatômica quantitativa das fibras de bainhas e nervuras centrais dos segmentos foliares de Bactris gasipaes H.B.K (Arecaceae)

  • SILKE GEHRMANN, Graduando, silke.bio@gmail.com
  • Marina Zambonato Farina, Graduando, minazf@hotmail.com
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br
  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karin@furb.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Anatomia da folha, Bactris gasipaes, fibras

Embora protegido por legislação específica e recentemente incluído na lista de espécies ameaçadas de extinção, o palmito juçara (Euterpe edulis Martius – Arecaceae) é largamente comercializado para produção de palmito em conserva. Uma alternativa para reduzir sua extração de populações naturais são as palmeiras-reais-da-Austrália (Archontophoenix sp.) e a pupunheira (Bactris gasipaes H.B.K.). A extração dos palmitos gera grande quantidade de resíduos. Para minimizar esse impacto ambiental, as fibras presentes nos resíduos podem ser utilizadas na confecção de compósitos do tipo resina de poliéster/fibra vegetal. Assim, os objetivos dessa pesquisa foram caracterizar quantitativamente as fibras dos resíduos da pupunha coletados na região do Quiriri, em Joinville/SC. As bainhas e nervuras centrais dos segmentos foliares foram separadas, seccionadas em filetes de até 3,0 cm de comprimento e 0,1 cm de diâmetro, os quais foram dissociados pelo método de Franklin. Parte deste material foi corado com fucsina, montado em lâminas semi-permanentes com glicerina e mensurado o comprimento, diâmetro tangencial e espessura de parede celular das fibras com uso de equipamento de análise de imagens acoplado ao microscópio de luz. Os dados foram analisados estatisticamente aplicando-se o teste t. Os resultados apontaram diferenças significativas para as três características analisadas, sendo que as fibras dos segmentos foliares são mais curtas (931,00 ± 367,80µm), de menor diâmetro (13,35 ± 3,17µm) e parede celular menos espessa (3,39 ± 1,23µm) do que as da bainha foliar. O tempo de maceração mais adequado foi de 22h para as nervuras centrais dos segmentos foliares, que apresentaram aproximadamente 45% da sua massa na forma de fibras, ao contrário das bainhas, que tem grande quantidade de parênquima de preenchimento entre as unidades vasculares. Para a aplicação em compósitos os rejeitos devem fornecer fibras em quantidade e com diâmetros reduzidos, o que aumenta a adesão fibra/matriz, sendo que os segmentos foliares mostraram-se mais adequados. O material dissociado pode ser utilizado na confecção de mantas a base de fibra vegetal semelhantes às de fibra de vidro, aplicadas na resina poliéster na proporção de 10% m/m, condição já estabelecida anteriormente em virtude da baixa densidade das fibras. O estudo mostrou que há diferença significativa nas dimensões das fibras de origem diferente e que a sua utilização na confecção de mantas como reforço em compósitos é viável, além de minimizar o impacto ambiental causado pelos resíduos da extração comercial da pupunha para produção de conservas.

Apoio / Parcerias: Governo do Estado - Artigo 170

Análise de possíveis efeitos adversos causados por anti-retrovirais em pacientes adultos portadores de HIV da Unidade Sanitária de Joinville e a possível relação com a adesão ao tratamento

  • GEOVANNA CRISTINA TEODOROVITZ ROEDER, Graduando, geovannactr@gmail.com
  • Maristela Adamovski, MSc, maris_imuno@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Terapia anti-retroviral, Adesão, efeitos colaterais

A adesão à terapia anti-retroviral é crucial para reduzir o risco de falha terapêutica no tratamento das infecções pelo HIV pois, além de aumentar a sobrevida do paciente, também reduz o risco de progressão para AIDS. Por ser uma terapia habitualmente combinada, está mais sujeita a efeitos adversos, os quais podem interferir na adesão, com conseqüente risco do desenvolvimento de cepas resistentes devido a mutação viral e prejuízo no tratamento do paciente. OBJETIVO: Avaliar a adesão à terapia anti-retroviral e a existência de possíveis efeitos colaterais provocados pelas drogas prescritas. METODOLOGIA: Após seleção aleatória dos casos, foram analisados os prontuários de 617 pacientes com idade superior a 20 anos, atendidos na Unidade Sanitária de Joinville no período entre 2000 e 2006. A coleta de dados foi estruturada a partir da aplicação de um protocolo padrão no qual optou-se por selecionar dados referentes às características biológicas (idade e sexo), escolaridade, adesão ao tratamento proposto, terapia indicada e presença e características dos efeitos colaterais. RESULTADOS: Dos 617 pacientes analisados, sendo 54,4% do sexo masculino, em 425 (68.9%) observou-se não-adesão ao tratamento anti-retroviral, sendo 95.5% desses por decisão do paciente. Não foram observadas diferenças significativas na adesão quanto ao sexo (p=0,257) e escolaridade (p=0,229). Entretanto, foi observada associação positiva entre a não-adesão e a idade (≤ 35 anos) (p<0,001). Em 126 pacientes (20,4%) foram observados efeitos colaterais, sendo mais frequentes aqueles caracterizados por sintomas gastrointestinais (67,2%). Observou-se associação significativa entre a ausência de efeitos colaterais e a não-adesão ao tratamento (p=0,028). Não foi possível identificar associação da ocorrência de efeitos colaterais com drogas anti-retrovirais específicas. CONCLUSÕES: A não-adesão ao tratamento foi freqüente (68,9%) entre os casos estudados, sendo sua maioria por iniciativa dos pacientes. O relato de efeitos colaterais, observado em 20,4% dos casos, não foi associado com a não-adesão.

Apoio / Parcerias: Unidade Sanitária de Joinville; FAPESC

Análise e determinação da composição bioquímica da microalga marinha Chaetoceros affinis (Bacillariophceae), encontrada no estuário da Baía da Babitonga-SC.

  • EDUARDO KATZER RONCHI, Graduando, eduardo.katzer@univille.br
  • Carla Keite Machado, G, carla.keite@univille.net
  • Regina Maria Miranda Gern, Dr(a), rgern@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Bioquímica, microalga, Bacillariophceae

Os estudos sobre microalgas apesar de não serem recentes, foram sempre limitados a poucos grupos e carentes de trabalhos adicionais para avaliação do potencial bioquímico, nutricional e comercial das microalgas. Porém, atualmente, muitas pesquisas em biotecnologia empregando o uso de microalgas vêm ganhando espaço no meio científico e biotecnológico em função destas apresentarem substâncias biologicamente ativas, tais como antioxidantes, ácidos graxos polinsaturados, polissacarídeos, proteínas imunologicamente ativas e compostos virostáticos, ganhando destaque economicamente em áreas como a nutrição, a saúde humana e animal, no tratamento de águas residuais e na produção de energia. Porém, o estudo das microalgas para a produção destes compostos ainda é principiante. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo agregar dados às pesquisas em biotecnologia microalgal e fornecer o estudo e análise da composição bioquímica presente na microalga marinha Chaetoceros affinis, propondo, assim, realizar análises de proteínas totais e hidrossolúveis, carboidratos totais, lipídeos totais, caracterização e determinação de ácidos graxos, análise de clorofila e cinzas. Até o momento foi realizado o isolamento da espécie escolhida através do método de pipetagem utilizando a pipeta de Pasteur, sendo na seqüência inoculada em meio de cultura f/2 de Guillard em tubos de ensaios de 20 mL com tampas, produzindo assim as cepas, que estão sendo mantidas em fotoperíodo constante, com lâmpadas fluorescentes. Atualmente, está sendo realizado o processo de estabilização do cultivo em frascos de Erlenmeyer de 100 mL que, após estabilizados, serão transferidos para frascos de Erlenmeyer de 1000mL para que seja obtida a biomassa suficiente para posterior análises bioquímicas propostas.

Análise estrutural e histoquímica de folha de Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby, Fabaceae

  • JOZIANE GOMES LUIZ, Graduando, jozigl@gmail.com
  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karin@furb.br
  • Daniele Karini Pereira, Graduando, daniele.karini@gmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, crinnert@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Senna multijuga, análise estrutural, histoquimíca

A biodiversidade dos ecossistemas brasileiros oferece uma gama de possibilidades, quando se trata de plantas para uso medicinal e como fornecedoras de recursos para a indústria farmacêutica. Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby, Fabaceae, é uma espécie nativa e pioneira, que está sendo investigada em busca de compostos secundários de interesse medicinal. O objetivo deste trabalho é realizar a caracterização estrutural e histoquímica da folha de S. multijuga buscando verificar se existe variação nos compostos secundários da planta investigada, de acordo com suas fases fenológicas. Foram coletados ramos vegetativos e férteis de espécimes de Senna multijuga que ocorrem no campus da UNIVILLE, a partir dos quais foram produzidas exsicatas, constituindo testemunhos depositados no Herbário Joinvillea, da UNIVILLE. O material coletado foi fixado em fixadores específicos (formalina neutra tamponada – FNT; sulfato ferroso – SFF; e formol, ácido acético e álcool – FAA); sofreu cortes a mão livre e/ou foi diafanizado segundo técnicas costumeiras em análises estruturais. Testes histoquímicos para alcalóides foram realizados com os reagentes de Dragendorff e Iodo Platinado; compostos fenólicos foram evidenciados por meio do fixador SFF. A epiderme adaxial dos folíolos apresenta células achatadas, sendo estas papilosas na epiderme abaxial. Muitos tricomas tectores unicelulares e raros glandulares sésseis ocorrem em ambas as faces dos folíolos. Estômatos unicamente na face abaxial, sendo predominantemente paracíticos. O mesofilo é bifacial, com grande quantidade de células secretoras. Drusas, cristais prismáticos e grãos de amido foram igualmente observados, especialmente próximo aos feixes vasculares. Compostos fenólicos foram identificados em todo o mesofilo foliar e na nervura central, destacando-se no parênquima paliçádico. Substâncias compatíveis com alcalóides têm sido detectadas por meio de iodo platinado e concentram-se nos feixes vasculares do limbo e da nervura central. Outros testes devem ser realizados para comprovar a existência das substâncias mencionadas; e além disso deve ser investigada a presença e localização de flavonóides e terpenos.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE; FAPESC.

Análise estrutural e histoquímica do caule de Senna multijuga (Rich.) Irvin et Barn.

  • DANIELE KARINI PEREIRA, Graduando, daniele.karini@gmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, crinnert@gmail.com
  • Joziane Gomes Luiz, Graduando, jozigl@gmail.com
  • Karin Esemann Quadros, Dr(a), karin@furb.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Senna multijuga, análise estrutural , histoquímica

Senna multijuga (Rich.) Irvin et Barn. (Fabaceae - Cesalpinoidae) é uma árvore rústica de ocorrência em quase todo o país, principalmente na mata pluvial da encosta Atlântica; é uma espécie nativa, ornamental e pioneira, podendo ser utilizada em recuperação de áreas degradadas. Estudos informam que essa espécie apresenta alcalóides piridínicos e flavonóides, de interesse para a indústria farmacêutica. Este trabalho tem por objetivo descrever a estrutura do caule de Senna multijuga e pesquisar compostos secundários existentes nesse órgão. Amostras de caule jovem, a cerca de 60 cm do ápice, foram obtidas de árvores que ocorrem no campus da UNIVILLE, Joinville – SC em duas fenofases nos meses de março e abril de 2009, quando ocorreram a floração e a frutificação respectivamente. O material obtido foi fixado em FAA (formol, ácido acético e álcool), FNT (formalina neutra tamponada) e SFF (sulfato ferroso em formalina). Foram realizados cortes a mão livre do material fixado em FAA para descrição estrutural, do material fixado em FNT para pesquisa de alcalóides e do material fixado em SFF para identificação de compostos fenólicos gerais. O caule apresenta epiderme com tricomas tectores, sendo gradativamente substituída por uma periderme fina. O córtex apresenta de oito a dez camadas de células. O câmbio já se encontra ativo, produzindo floema e xilema secundários. O xilema primário é facilmente identificável, ao redor da medula ampla. Compostos fenólicos foram identificados como substâncias de cor castanha a negra, encontradas em maior quantidade na periderme, floema e xilema primário e em idioblastos isolados na porção da medula próxima ao xilema primário. Embora tenham sido realizados testes para verificar a presença de alcalóides utilizando reagentes como Dragendorff e Iodo platinado, ainda não foram encontrados resultados confirmatórios para essas substâncias em caule jovem de Senna multijuga. Este trabalho faz parte de pesquisa mais ampla que visa também a caracterização anatômica e histoquímica da folha da espécie.

Apoio / Parcerias: FAP UNIVILLE; FAPESC

Aplicação de redes poliméricas semi-interpenetrantes (semi-RPI) para o estudo e modulação do perfil de liberação do piroxicam

  • Marli Bruder Carminatti, Graduando, marli.bruder@univille.br
  • Vivia Buzzi, MSc, stlvi@yahoo.com.br
  • Giovana Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Hidrogéis, Piroxicam, Micropartículas

Os hidrogéis são materiais formados de polímeros hidrofílicos que apresentam capacidade de absorver grande quantidade de água ou fluidos biológicos e liberar agente ativo de forma controlada. Uma das maneiras de obter microesferas de hidrogéis com tais características é por sistemas semi-RPI. A gelatina e alguns derivados de celulose podem ser usados como matrizes nesses sistemas. Neste trabalho estudou-se a encapsulação do Piroxicam em microesferas de gelatina/carboximetilcelulose (CMC) sob o modelo semi-RPI e avaliaram-se as melhores condições de encapsulação e liberação do fármaco. As micropartículas foram preparadas pelo método de emulsão reticulação em duplicata e aplicou-se um planejamento fatorial 23 cujos fatores foram CMC (10 ou 20% em relação à massa de gelatina), glutaraldeído (5 e 10%) e quantidade de Piroxicam na emulsão (20 ou 40 mg). A nomenclatura das amostras contem os parâmetros CMC, glutaraldeído e piroxican nos níveis inferior(-) e superior(+) nesta seqüência. As micropartículas foram separadas por filtração, lavadas, congeladas e liofilizadas por, no mínimo, 2h30. Caracterizaram-se as micropartículas por microscopia ótica e eletrônica de varredura (MEV), FTIR e difração de raios-x (DR-X). Além disso, determinou-se a eficiência de encapsulação (EE%) por HPLC, o grau de intumescimento e o perfil de liberação in vitro do Piroxicam. Os resultados apontaram que a EE% chegou a 10% quando houve aplicação de percentuais mais elevados de CMC e glutaraldeído. A análise morfológica demonstrou que as micropartículas apresentaram formas regulares, esféricas e superfície rugosa semelhante a esponjas. Observou-se ainda, a presença de Piroxicam na superfície das micropartículas, principalmente das amostras G4(-+-) e G5(+--) indicando que o fármaco estava parcialmente adsorvido e não encapsulado. A amostra G8(+++) apresentou menor quantidade de fármaco na superfície e para a G7(++-) essa característica é menos evidente. Os espectros de infravermelho das amostras confirmaram a presença do Piroxicam nas micropartículas e a análise comparativa de DR-X demonstrou que o fármaco manteve a estrutura cristalina. O teste de intumescimento indicou que o aumento da quantidade de glutaraldeído reduziu o grau de hidratação de 405,6% para 283,9%. A presença de CMC não influenciou significativamente essa propriedade. No ensaio de liberação as amostras G4(-+-) e G5(+--) apresentaram velocidades de liberação superiores (0,48 e 0,34 mg/Lmin) às registradas para G7(++-) e G8(+++) (0,27 e 0,22 mg/Lmin) concordando com as observações de MEV. Conclui-se que a EE% e o perfil de liberação de piroxicam foi melhor nas amostras com maiores concentrações de CMC e glutaraldeído (G7(++-) e G8(+++).

Apoio / Parcerias: FAP (Fundo de Apoio à Pesquisa)

As associações infaunais sublitorais dos substratos inconsolidados adjacentes à face exposta da Ilha da Paz (São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brasil)

  • DANILO HENRIQUE NASS, Graduando, danilo.nass@bol.com.br
  • Andréia Teixeira Davies, Graduando, deia.davies@gmail.com
  • Guilia Caroline Disinela, Graduando, giulia@gmail.com
  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzz@gmail.com
  • Alexandre Maimoni Mazzer, Dr(a), mazer@gmail.com
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@ps5.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Ilha da Paz, Infauna, São Francisco do Sul

Ilhas são definidas como qualquer corpo de terra que se eleva acima da superfície e está totalmente cercada por água. Ocorrem no mundo inteiro e podem estar isoladas ou formar arquipélagos. Pelo litoral catarinense estão distribuídas aproximadamente 130 ilhas, das quais sete formam o Arquipélago das Graças em São Francisco do Sul. A Ilha da Paz é a mais proeminente do arquipélago e está localizada nas coordenadas 26° 10,6’S – 48°29’W, possui um farol que orienta os navios na entrada do canal de acesso ao porto de São Francisco do Sul. Nas adjacências dessas estruturas são encontrados fundos inconsolidados onde se desenvolvem comunidades infaunais condicionadas pelas atuações de ondas e correntes sobre o sedimento e ação de predadores. Esses organismos muitas vezes abastecem a cadeia trófica e podem ser utilizados como bioindicadores, por responderem muito rapidamente às modificações no ambiente. O trabalho verificará as variações das comunidades bentônicas em fundos próximos e afastados da ilha. Assim, as amostragens serão realizadas nos períodos de inverno e verão na face exposta da Ilha da Paz em dois transectos paralelos, posicionados perpendicularmente à estrutura. Nesses transectos serão estabelecidos pontos a um e trinta metros da ilha nos quais serão coletadas oito amostras da infauna, sendo quatro na crista e quatro na cava das marcas de ondulação. Para a retirada das amostras será empregado o mergulho autônomo e, com auxílio de tubos de PVC com 10cm de diâmetro por 15cm de altura, as amostras serão removidas e levadas à superfície onde serão fixadas em formalina 10%. Amostras de sedimento serão coletadas com a retirada de uma amostragem na crista e outra na cava das marcas de ondulação de cada distância. As amostras com os organismos serão passadas por uma peneira de 0,5mm, a triagem e identificação serão realizadas com auxílio de um microscópio estereoscópico. Para o sedimento, serão determinadas as concentrações de matéria orgânica, carbonato de cálcio e tamanhos dos grãos através de técnicas apropriadas. De acordo com trabalhos similares, a porcentagem de carbonato de cálcio foi maior em faces expostas de ilhas, e o sedimento foi composto por grãos grosseiros. Esses mesmos trabalhos indicaram dominância de Polychaeta, com uma tendência de redução do número de espécies a um metro da estrutura, relacionada ao constante retrabalhamento do sedimento e à predação exercida por organismos residentes na estrutura rochosa. Entretanto, essas observações são preliminares e serão mais bem avaliadas após as amostragens na Ilha da Paz.

Associação da vaginose bacteriana até a 20ª semana de gestação com o parto prematuro

  • ELLEN CRISTINA MANISCALCO ALVARENGA, Graduando, ellenmaniscalco@hotmail.com
  • Jean Carl Silva, Dr(a), jean@clinicavitae.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Parto prematuro, Vaginose Bacteriana, Azitromicina

Resumo - A prematuridade é responsável por 70% da morbi-mortalidade perinatal nos países em desenvolvimento e sua ocorrência é inversamente proporcional à idade gestacional no parto e o peso ao nascer. Essa problemática existe e a grande preocupação são as crianças que nascem prematuramente, pois elas apresentam um maior risco para complicações durante toda a vida, incluindo paralisia cerebral e atraso no desenvolvimento intelectual (50% de todo dano neurológico infantil). Dentre os processos inflamatórios genitais, a Vaginose Bacteriana (VB) tem sido considerada a de maior associação com o trabalho de parto prematuro e Ruptura Precoce de Membrana (RPM) e Recém-Nascido de baixo peso. Considerando esta problemática de grande importância, o estudo verificando o impacto do rastreamento e tratamento das VB sobre o resultado do perinatal é uma medida de grande valor para conhecer e reduzir os fatores de risco para a prematuridade em nossa população. Objetivo - Avaliar a associação da VB em mulheres de primeira gestação até a 20ª semana com o parto prematuro. Método - Neste estudo foram incluídas todas as mulheres, que procuraram o serviço de pré-natal da rede pública da cidade de Joinville, em 2009, primeira gestação, até 20ª semana gestacional, não apresentavam nenhum fator de risco e doença de base, atendidas no Laboratório Municipal de Análises Clínicas. O diagnóstico para VB foi realizado pelos critérios determinados por Amsel e col., 1983 e Nuget e col., 1991. Todas a gestantes com VB e seus parceiros foram tratados com azitromicina, 1g em dose única, via oral. Resultados - Do total de 53 gestantes investigadas, 34 apresentaram sua biota normal, e 04 tiveram VB por Gardnerella vaginalis. Todas foram tratadas com azitromicina 1g dose única. Conclusão - a expectativa deste estudo é que o número de parto prematuro seja menor nas gestantes tratadas até a 20ª semana gestacional quando comparada com o grupo controle que segue a rotina do pré-natal da rede pública de saúde de Joinville.

Apoio / Parcerias: Laboratório Municipal de Análises Clínicas; Maternidade Darcy Vargas; Secretária de Saúde de Joinville

AVALIAÇÃO DA BIODISPONIBILIDADE DO FELODIPINO VEICULADO NA FORMA DE MICROPARTICULAS EM RATOS.

  • MILEINE MOSCA, Graduando, mileine.mosca@gmail.com
  • LUIZA CRISTINA BRANCO, Graduando, lulu_branco@gmail.com
  • GIOVANA CAROLINA BAZZO, Dr(a), gbazzo@uol.com.br
  • MELISSA ZÉTOLA, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • BIANCA RAMOS PEZZINI, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com
  • THEODORO MARCEL WAGNER, MSc, theowag@terra.com.br
  • EDUARDO MANOEL PEREIRA, MSc, dudump@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: FELODIPINO, MICROPARTICULAS, ANTI-HIPERTENSIVO

A hipertensão arterial, bem como as doenças cardiovasculares associadas, apresentam alta incidência principalmente na população idosa e uma ampla variedade de fármacos são opções para tratamento crônico dessa doença. Dentre eles, o felodipino, um fármaco bloqueador dos canais de cálcio, destaca-se pela elevada seletividade vascular e ação em diferentes alterações cardíacas. Contudo, apresenta baixa solubilidade em meio aquoso como fator limitante para sua melhor miscibilidade com os fluidos biológicos, o que resulta em reduzida biodisponibilidade do mesmo. Uma vez que procedimentos de microencapsulação podem promover modificação da liberação de fármacos de baixa solubilidade no organismo através da incorporação do princípio ativo em carreadores poliméricos e, por consequência, contribuir para melhor aproveitamento do medicamento, o intuito desse estudo foi avaliar o desempenho de um sistema de liberação inovador para aperfeiçoamento da biodisponibilidade do felodipino, veiculando-o na forma de micropartículas. Para tanto, ratos machos Wistar (n = 4) pesando entre 280-300g receberam felodipino puro (30 mg/Kg, via oral) ou na forma de micropartículas (30 mg/Kg, via oral) ou solução de carboximetilcelulose (CMC) 0,5% (0,1 mL/100g, via oral) e o sangue dos mesmos foi coletado vinte minutos após a administração oral e o plasma foi separado para dosagem da concentração sanguínea atingida pelo fármaco através de cromatografia líquida de alta performance. Animais que receberam apenas CMC não apresentaram felodipino no plasma analisado, enquanto que, animais que receberam felodipino puro e micropartículas do mesmo apresentaram, respectivamente, concentrações plasmáticas de 0,0125 ± 0,0015 e 0,06872 ± 0,0164 mg/mL de felodipino. Os dados permitem inferir que as micropartículas aumentaram significativamente a liberação de felodipino in vivo, aumentando sua biodisponibilidade, o que pode contribuir possivelmente para um efeito mais intenso no organismo devido à maior quantidade de fármaco presente bem como poderia permitir o emprego de doses menores de fármaco quando veiculado dessa forma, o que contribui para redução da toxicidade do fármaco.

Apoio / Parcerias: FAP

Avaliação da capacidade tampão da saliva e do pH bucal após desafio cariogênico gerado por bochechos sucessivos com solução ácida (refrigerante) em escolares do distrito do Saí (São Francisco do sul / SC)

  • SIMONE SIERRA ROCHA, Graduando, si_sierra@hotmail.com
  • Célia Maria Condeixa de França Lopes, MSc, cmcflopes@netvision.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Saliva , pH, Escolares

Este estudo teve como objetivo determinar a capacidade tampão salivar e o ph bucal de escolares do Distrito do Saí (São Francisco do Sul – SC), localidade que não possui água de abastecimento fluoretada, após desafio cariogênico gerado por sucessivos bochechos com solução ácida (refrigerante). O refrigerante foi a solução escolhida devido a sua grande aceitação e consumo pelas crianças, além de apresentar baixo pH, tendo assim um elevado potencial cariogênico. Uma das características protetoras da saliva é a neutralização dos ácidos da placa, através do seu sistema tampão, principalmente os bicarbonatos. Mas este mecanismo pode ser superado quando as crianças consomem produtos e bebidas ácidas contendo sacarose, em alta freqüência entre as refeições não estimulando suficientemente o fluxo salivar, o que, indiretamente, aumenta o tempo de biodisponibilidade da sacarose na boca, sem que haja suficiente neutralização de ácidos, gerando um desafio cariogênico que se não tratado poderá provocar a cárie dentária. A amostra utilizada foi de 12 crianças na faixa etária 5 à 9 anos. Para provocar esse desafio foram selecionados 3 sabores de refrigerantes (A - sabor Cola, B – sabor Guaraná, C – sabor laranja) dentre os mais encontrados e consumidos na localidade. As avaliações do pH salivar e da capacidade tampão foram realizadas com fitas indicadoras de pH sendo que cada amostra foi testada em datas diferentes e por todos os alunos. A capacidade tampão da saliva é responsável por impedir que o pH bucal atinja valores inferiores a 5,5 – em pacientes não expostos ao flúor – evitando o início do processo de cárie dentária. O pH foi medido em todas as etapas do experimento; início do experimento (ph inicial), após bochecho por 1 minuto de 20mls de refrigerante (procedimento este que foi repetido por 4 vezes consecutivas) e 10 minutos após o término dos bochechos (ph final). A média do pH inicial encontrado foi de 7,5; a amostra A, sabor “Cola”, gerou maior queda no pH bucal sendo capaz de atingir o valor de pH crítico de 5,5 em uma criança. A amostra B sabor “Guaraná” não foi capaz de reduzir o pH bucal ao valor crítico e o estudo com a amostra C, sabor “Laranja”, encontra-se em andamento.Conclui-se,até o momento,que apenas a amostra A, sabor “Cola” foi capaz de induzir o desafio cariogênico em apenas uma criança. E que a capacidade tampão salivar foi semelhante com os sabores de refrigerantes já testados.


Avaliação da propriedade anti-incrustante das macroalgas marinhas da Baía da Babitonga, SC através de bioensaios.

  • JACQUELINE SCHUMANN, Graduando, jacque_sh@hotmail.com
  • Katia Regina Sgrott Sauer Machado, Dr(a), katia_sauer@terra.com.br
  • Adriano Weidner Cacciatori Marenzi, Dr(a), marenzi@univali.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: bioincrustação , bioensaios, macroalgas

Bioincrustação é o processo natural, comum no ambiente marinho, de colonização e desenvolvimento de organismos em um substrato submerso, sendo este processo capaz de gerar graves prejuízos econômicos. A bioincrustação marinha desenvolve-se em estágios distintos. As macroalgas são susceptíveis à bioincrustação por serem sésseis e restritas à zona eufótica, área de boas condições para o crescimento de organismos incrustantes. Algumas espécies não possuem epibiontes, o que indica a ação de algum mecanismo anti-incrustante. A análise dos extratos de algas permite verificar seu espectro de ação em condições naturais. A identificação e o desenvolvimento de técnicas que permitam sua produção em larga escala podem tornar-se importantes para o desenvolvimento de métodos alternativos baseando-se nos extratos das algas. Este trabalho teve como objetivo analisar, através de bioensaios, a atividade anti-incrustante de macroalgas marinhas. As macroalgas foram coletadas e acondicionadas em sacos plásticos para transporte ao laboratório, onde foram cortadas em pedaços e colocadas em béqueres para serem liofilizadas, processo este que consiste no congelamento e evaporação. Foram reconhecidas como espécies adequadas para os testes, Ulva fasciata, Sargassum sp, Ceramium sp, Chaetomorpha sp, Hypenea sp e Laurencia sp. Os resultados preliminares indicam que as macroalgas encontradas podem ser usadas nos bioensaios que ainda serão realizados.

Apoio / Parcerias: FAP

Avaliação da sensibilidade da Reação em Cadeia da Polimerase e da hemocultura automatizada para a detecção dos Estreptococos do Grupo Bovis

  • RODRIGO NUNES DA LUZ, Graduando, rodrigoluz@univille.br
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), phfranca@terra.com.br
  • Leslie Ecker Ferreira, G, leka_ferreira1@hotmail.com
  • Mauro de Souza Leite Pinho, Dr(a), mpinho.joi@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Grupo Bovis, PCR, Cultura automatizada

A PCR (“Polymerase Chain Reaction”) é uma ferramenta da biologia molecular que possibilita a detecção de microrganismos com base em suas sequências gênicas. Via de regra, é uma técnica de maior sensibilidade que permite um diagnóstico precoce e a detecção do patógeno em baixas concentrações no material biológico, oferecendo novas perspectivas para a análise e detecção de agentes infecciosos, representando uma importante alternativa ao método de cultura convencional. Os membros do grupo Bovis são cocos gram-positivos, não-enterococos do grupo D de Lancefield, normalmente encontrado no intestino de animais e em 10-16% dos humanos. Estudos têm demonstrado a relação deste grupo com endocardite e câncer colorretal, sendo estes dados referentes à análise através de cultura. A reduzida experiência disponível na literatura até o momento referente aos estudos de biologia molecular do grupo Bovis não permite ainda uma melhor definição de sua sensibilidade diagnóstica. OBJETIVO: Comparar a sensibilidade entre a PCR e a hemocultura automatizada na detecção de bactérias do grupo Bovis. MÉTODO: Preparo de diluições seriadas decimais do microrganismo padrão em sangue para posterior análise pela PCR e pela cultura automatizada de alíquotas destas diluições. Na análise por PCR será utilizado um par de primers desenvolvido no laboratório de Biologia Molecular da UNIVILLE. RESULTADOS ESPERADOS: Definição da sensibilidade da técnica de PCR na detecção de bacteremia pelo grupo Bovis comparado ao sistema de cultura automatizada.

Avaliação de equações de estimação da filtração glomerular

  • LEONARDO LOPES MANNRICH, Graduando, l.lopes@univille.br
  • Anderson Ricardo Roman Gonçalves, Dr(a), roman@netvision.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: equações, creatinina sérica, filtração glomerular

Introdução: estimar a taxa de filtração glomerular (TFG) utilizando-se a medida da creatinina plasmática (Cr) e fórmulas validadas é ferramenta básica na prática clínica. No Brasil, as diretrizes da doença renal crônica recomendam o uso da fórmula de Cockroft-Gault (C-G), que utiliza como variáveis peso, altura e sexo. Em outros países utiliza-se a fórmula CKD-EPI que foi desenvolvida em uma população dos Estados Unidos da América e utiliza raça como variável, mas não inclui o peso. Nenhuma das duas fórmulas foi validada para uso em nosso país, bem como não há estudos comparando ambas em nossa população. Objetivo: o presente projeto tem como objetivo comparar as duas fórmulas buscando identificar variáveis que se relacionam com diferença maior que 10% entre os resultados das fórmulas. Métodos: em uma coorte de 1604 pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) foram aplicadas as equações de CKD-EPI e C-G. Foram identificados 3 grupos conforme a razão CG/CKD-EPI: variação >10% para cima (> 1,1), menor que 10% (0,9-1,1), e >10% para baixo (<0,9). Foram comparadas entre os grupos: idade, sexo, raça, peso, Cr, altura, índice de massa corpórea (IMC), triglicerídeos, LDL-coelsterol, colesterol total, acido úrico e glicemia. Resultados: em 66,1% dos pacientes as equações diferiram mais que 10%. A fórmula de C-G fornece valores 10% maiores que CKD-EPI em indivíduos não negros, com creatinina plasmática mais elevada, mais pesados, mais altos (conseqüentemente, com maior IMC), mais jovens e com níveis mais elevados de triglicerídeos. Por outro lado, os valores serão 10% maiores para CKD-EPI que C-G em indivíduos do sexo feminino, mais leves, mais baixos (com menor IMC), mais idosos, com valores de triglicerídeos, colesterol e ácido úrico mais baixos. Conclusão: é possível afirmar que cerca de 2/3 dos pacientes apresentam resultados distintos para TFG utilizando-se C-G e CKD-EPI. Há variáveis biológicas e antropométricas que acentuam essa diferença, para valores maiores ou menores. Não é correto considerar como iguais os valores de TFG obtidos por C-G e CKD-EPI. Estudos de validação de ambas as fórmulas são necessários em nosso meio.

Avaliação do aumento da solubilidade do praziquantel incorporado em microesferas de poli(3-hidroxibutirato) e Eudragit E®

  • ELIZABETH CRISTINA BRÜSKE, Graduando, elizabeth.cristina@univille.br
  • Gabriela Tambosi, Graduando, gabitambosi@yahoo.com.br
  • Giovana Carolina Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Praziquantel, Microesferas, Eudragit E®/PHB

O praziquantel é fármaco de escolha para o tratamento da esquistossomose, a qual faz parte das chamadas doenças negligenciadas. Embora o praziquantel seja o fármaco de escolha para o tratamento dessa doença, sua baixa solubilidade aquosa pode comprometer uma boa biodisponibilidade por via oral. No presente trabalho o praziquantel foi incorporado em microesferas preparadas com um biopolímero, o poli(3-hidroxibutirato) (PHB) e blendas com o polimetacrilato Eudragit® E através da técnica de emulsão-evaporação do solvente, com o objetivo de melhorar a solubilidade aquosa do fármaco. A formulação contendo somente PHB resultou em micropartículas esféricas com tamanho médio de 40,78 µm e com eficiência de encapsulação de 78,01%. Quando preparadas a partir de uma blenda de Eudragit® E/PHB na proporção de 1:1 as micropartículas apresentaram-se esféricas, porosas, com tamanho médio de 59,56 µm e eficiência de encapsulação de 35,27%. Quando preparadas a partir de uma blenda de Eudragit® E/PHB na proporção de 4:1 as micropartículas apresentaram-se esféricas, mais porosas que as formulações anteriores, com tamanho médio de 41,13 µm e com eficiência de encapsulação de 46,36%. Ensaios de dissolução in vitro demonstraram um aumento significativo da solubilidade aquosa do praziquantel quando incorporado às microesferas preparadas com a blenda Eudragit® E/PHB, sendo o melhor perfil apresentado o da formulação 3, quando os polímeros foram empregados na proporção de 4:1. O aumento da solubilidade do fármaco está associado, provavelmente, à elevada porosidade das microesferas. No entanto, ensaios de difração de raios-X estão sendo realizados para complementação dos resultados de dissolução, com o objetivo de verificar o estado físico do praziquantel nas microesferas.

Apoio / Parcerias: FAP- Fundo de Apoio à Pesquisa.

Avaliação do efeito inibitório de exopolissacarídeos do caldo de cultivo de Pleurotus djamor sobre o crescimento de células tumorais in vitro.

  • FERNANDA VIRGILIO POLI, Graduando, fernandavpoli@hotmail.com
  • Carmen Diamantina Teixeira, Dr(a), cheyder@terra.com.br
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Gianinni Apati, Dr(a), gianinni.apati@univille.br
  • Marcia Luciane Lange da Silveira, Dr(a), marcia_luciane@terra.com.br
  • Regina Gern, Dr(a), rgern@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus djamor, Exopolissacarídeos, Células tumorais

Os fungos têm sido reportados como uma fonte inesgotável de compostos bioativos como antibióticos, imunomoduladores e antitumorais. Dentre os fungos da classe dos Basideomicetos, está o cogumelo Pleurotus djamor, conhecido por apresentar polissacarídeos do tipo b-D-glicanos, que são constituintes da parede celular e excretados do micélio para o meio de cultivo (caldo fermentado). Estudos in vitro realizados com este cogumelo, sugerem propriedades imunoterapêuticas, que inibem ou eliminam o crescimento de células cancerígenas, através da produção de mediadores pró-inflamatórios e citocinas. O câncer caracteriza-se pelo crescimento desordenado de células que sofreram mutações em sua composição genética, determinando a formação de tumores. Este trabalho tem por objetivo avaliar o efeito inibitório, citotóxico e genotóxico destes exopolissacarídeos extraídos do caldo de cultivo de Pleurotus djamor Univille 001 sobre células humanas de adenocarcinoma de mama (CRL7222), de adenocarcinoma de cólon (HTB38),células normais de mama (CRL4010) e de cólon (1790) obtidas da ATCC (American Type Culture Collection). As quatro diferentes linhagens de células serão dispostas (5x104 cel/mL) em placas de 96 poços contendo meio de cultura MEMC e incubadas a 37oC e 5% de CO2. Após 24 h, as células serão inoculadas no meio de cultura contendo exopolissacarídeos em diferentes concentrações (0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 mg/mL) e incubadas novamente por 24, 48 e 72h. Para o estudo inibitório e citotóxico, serão utilizados os testes de viabilidade celular avaliada pelo método MTT, baseado na redução deste em corante formazam azul. Em seguida mede-se a absorbância associada à taxa de inibição do crescimento celular. Na análise morfológica, as células são fixadas em lâminas de vidro, coradas, e observadas em microscópio óptico invertido. Para o estudo de efeito genotóxico do exopolissacarídeo, será realizado o teste de Ensaio Cometa, onde as células serão submetidas a corrida eletroforética e observadas ao microscópio de fluorescência. Este trabalho encontra-se em fase de desenvolvimento. Até o momento, foi realizada a montagem e organização do Laboratório de Cultivo de Células da Univille e o preparo de meios de cultivo (MEM) e soluções para que se possam iniciar os testes in vitro.

Avaliação do entendimento da prescrição médica pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em Joinville

  • SELENE TEREZINHA MENIN BELOUS MUNHOZ, Graduando, selene.terezinha@univille.br
  • BRUNA KAROLINE PEREIRA, Graduando, BRUNAKP@HOTMAIL.COM
  • LUIZ PAULO DE LEMOS WIESE, MSc, luiz.wiese@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: PRESCRIÇÃO, ENTENDIMENTO, SUS

Introdução: De acordo com a OPAS (2002) a atenção farmacêutica é “um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica e compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde”. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Alguns autores demonstram que falta de informações a respeito da doença e do tratamento ou a não compreensão das informações recebidas dos profissionais da saúde podem ser determinantes para a não-adesão involuntária do paciente ao tratamento e a falta de informações relativas ao medicamento é um dos principais fatores responsáveis pelo uso em desacordo com a prescrição médica por 30% a 50% dos pacientes. Neste sentido, um bom entendimento do paciente em relação à sua prescrição médica, patologia, utilização correta do medicamento, suas ações esperadas ou adversas, são fatores a serem trabalhados para um maior sucesso na proposta de atenção ao paciente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Avaliar o entendimento da prescrição médica pelos usuários do SUS na Unidade de Saúde Regional Costa e Silva, entre os meses de outubro de 2008 e setembro de 2009. Metodologia: Será realizado um estudo transversal, observacional, utilizando como técnica de coleta de dados a análise documental e a utilização de instrumentos de pesquisa estruturados para avaliação do entendimento do paciente perante a prescrição médica, bem como sua classificação sócio-econômica-cultural. Os sujeitos da pesquisa serão pacientes que utilizam os serviços de farmácia da Regional de Saúde Costa e Silva, que preencham os critérios de inclusão e não se encaixem nos critérios de exclusão. Resultados: Até o momento foram abordadas 130 pessoas, dentre as quais 58 recusaram participar da pesquisa e 72 foram entrevistadas. Desse total, em 17 pessoas foi aplicado questionário piloto. As entrevistas ainda estão sendo realizadas e a computação dos dados será feita após o término das mesmas. Conclusão: Esperamos identificar neste trabalho uma variável fundamental para a efetividade do tratamento farmacológico prescrito, a compreensão por parte do paciente. A falta de entendimento da prescrição médica pode gerar problemas ao paciente desde uma não-adesão ao tratamento, tratamento não-resolutivo, agravo da doença e ainda intoxicações medicamentosas, tornando-se imprescindível a atuação do farmacêutico como última fonte de informação e orientação antes do início do tratamento.

Avaliação do recrutamento de espécies invasoras nas regiões portuárias da Baía da Babitonga - São Francisco do Sul, SC

  • ERICA CAROLINE BECKER, Graduando, erica.caroline@univille.br
  • Eduardo Katzer Ronchi, Graduando, eduardo.katzer@univille.net
  • Kátia Regina Sgrott Sauer Machado, Dr(a), katia_sauer@terra.com.br
  • Adriano Weidner Cacciato Marenzi, Dr(a), admarenzi@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: espécies invasoras, regiões portuárias, Baía da Babitonga

Espécies exóticas invasoras são organismos que, introduzidos fora da sua área de distribuição natural, podem ameaçar ecossistemas, habitats ou outras espécies. São a segunda maior causa de extinção de espécies no planeta, afetando diretamente a biodiversidade, a economia e a saúde humana. A água de lastro dos navios é potencialmente a mais importante via de introdução de espécies exóticas, causando danos aos ecossistemas marinhos como de água doce. É fundamental que seja feito um monitoramento do ambiente marinho para o controle e gerenciamento das bioinvasões nas áreas portuárias e, previamente, nas áreas pretendidas para a instalação destes terminais, para que se possa avaliar situações de risco e minimizar possíveis impactos. A Baía da Babitonga tem uma real vocação para abrigar estruturas portuárias e tendem a receber um número crescente de navios de grande calado, potencializando a introdução de espécies exóticas vindas de diversas regiões do planeta. O objetivo geral deste estudo é avaliar o grau de recrutamento/incrustação de larvas planctônicas de espécies exóticas na Baia da Babitonga, especificamente nos portos de São Francisco do Sul e Itapoá, como também monitorar uma área de cultivo de moluscos próxima. Para isto, um conjunto de 5 placas plásticas de PVC com 20 x 40 cm distribuídas dentro de um quadrado será utilizado para fixação de larvas. Este conjunto esta instalado em três profundidades diferentes (superfície, meio e fundo) do mar, em cada um dos três pontos de estudo. Sendo que com exceção do porto de Itapoá, nos outros locais os coletores já estão instalados e a cada três meses serão substituídos, totalizando 4 coletas ao longo de um anos e contemplando as 4 estações do ano. As placas coletoras serão retiradas e colocadas em uma bandeja com água do mar. Um reticulado de nylon de 15x15cm será colocado sobre a placa e encaixado em cima da área delimitada para a contagem dos organismos incrustados no período a fim de se determinar o recrutamento das espécies, tanto nativas como exóticas. O reticulado de nylon possui 100 pontos de intersecção e a contagem será realizada em cada um dos cem pontos. Para descrever a composição e a estrutura da comunidade serão analisados a riqueza, diversidade e dominância dos taxa e de espécies. Devido à dificuldade em estabelecer um contato formal com o porto, ocorreu um atraso para fixar os coletores nas áreas e no tempo desejadas, fato contornado porem deverá estender o período desta pesquisa.

Apoio / Parcerias: FAP (Fundação de Apoio a Pesquisa da Univille)

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS ANTIINFLAMATÓRIO E ANALGÉSICO DA ADMINISTRAÇÃO AGUDA DE FRAÇÕES EXTRATIVAS DE Pleurotus sajor caju EM CAMUNDONGOS

  • JOANA DE SALLES, Graduando, joaninhasalles@gmail.com
  • MARLI BRUDER CARMINATTI, Graduando, marlibruder@gmail.com
  • MARCIA LUCIANE LANGE DA SILVEIRA, MSc, marcia.luciane@univille.br
  • SANDRA APARECIDA FURLAN, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • EDUARDO MANOEL PEREIRA, MSc, eduardo_manoel@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus, inflamação, analgesia

Caracterização de assobios emitidos por Tursiops truncatus (Cetacea: Delphinidae) no canal de Laguna, SC.

  • STHEFANIE CAROLINE MEDEIROS, Graduando, tefy.medeiros@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), marta.cremer@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Assobios, Faixa audível, Tursiops truncatus

As informações sobre a caracterização de assobios emitidos por Tursiops truncatus ainda são escassas no Oceano Atlântico Sul Ocidental, onde somente dois trabalhos foram realizados até o momento. Este trabalho objetivou analisar as características dos assobios produzidos por Tursiops truncatus na região de Laguna, SC. Nesta área é comum a ocorrência de interações positivas entre pescadores e golfinhos na pesca da tainha. A obtenção dos registros sonoros foi realizada aleatoriamente entre 2008 e 2009. O sistema de aquisição do som foi composto por um hidrofone e um gravador digital permitindo o registro de sons até uma freqüência máxima de 96 kHz. As gravações foram feitas a partir da margem da praia da Tesoura, próxima a desembocadura do canal, em razão ao acesso e a proximidade dos golfinhos. Além disso, a pesca cooperativa é mais intensa nesse local. Em laboratório, os registros foram analisados através dos recursos do programa Avisoft – SAS Lab 4.4. Para análise dos assobios foram gerados sonogramas, a partir dos quais foi possível caracterizar e mensurar os assobios quanto à frequência inicial e frequência final, frequência mínima e frequência máxima, número de pontos de inflexão, freqüência dos pontos de inflexão e duração. Foram analisadas 14,5 horas de gravação e registrados 1.195 assobios. Na faixa audível foram analisados 550 assobios e excluídos 641 por não apresentaram contornos espectrais visivelmente claros; na faixa ultra-som foram analisados 3 assobios e excluído apenas 1. A taxa de emissão foi de 1,35 e 0,004 assobios/minuto, respectivamente. Assobios de até 5 pontos de inflexão foram encontrados. Dentre os assobios analisados na faixa audível, foi encontrada a maior frequência de ocorrência para assobios do tipo descendente e ascendente e regular, e a menor freqüência para o assobio modulado com 4 pontos de inflexão. Na faixa ultra-som foi registrado um assobio em três categorias, sendo elas: ascendente, descendente-ascendente e modulado com 2 pontos de inflexão. Os dados indicam que 99,66% dos assobios emitidos pela espécie na comunicação social estavam presentes na faixa audível, mantendo-se semelhante ao já registrado em outros trabalhos de bioacústica. A freqüência variou de 1,7 a 20,7 kHz e a duração entre 0,014 e 1,571s. A abundância e variedade de sons emitidos por T. truncatus refletem sua importância ecológica e social que é de grande interesse para o entendimento da comunicação animal. Além de contribuir para estudos comparativos sobre o repertório sonoro e padrões de produção desse cetáceo no ambiente natural.

Apoio / Parcerias: FAP - Fundo de Apoio a Pesquisa

Características das anormalidades cardiocirculatórias em recém-nascidos de risco em uma unidade neonatal terciária em Joinville

  • LUIZ FERNANDO NEGRAO CUNHA, Graduando, luizfernandonc@hotmail.com
  • Geovanna Cristina Teodorovitz Roeder, Graduando, geovannactr@gmail.com
  • Marco Antonio Moura Reis, Dr(a), mmoura@infomedica.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: recém-nascidos, cardiopatias, disturbios cardiocirculatórios

O nascimento é um processo biológico que impõe ao recém-nascido vários processos adaptativos necessários para a sua sobrevivência extra-uterina. As adaptações relacionadas ao sistema cardiovascular são as mais complexas e associadas a maior risco de falhas. A identificação das anormalidades cardiovasculares em recém-nascidos é fundamental, sendo a definição etiológica a base para a apropriada atenção às suas necessidades e garantia da sua recuperação. OBJETIVO: Este estudo se propõe a identificar e caracterizar as principais anormalidades cardiocirculatórias ocorridas na primeira semana de vida em recém-nascidos de alto risco em uma unidade neonatal pública em Joinville-SC. METODOLOGIA: Foi realizado estudo de coorte prospectivo dos pacientes admitidos no Serviço de Alto Risco Neonatal (SARNEO) da Maternidade Darcy Vargas em Joinville-SC, entre o período de 01/06/2008 a 31/05/2009, dos quais foram selecionados aqueles que apresentaram anormalidades cardiocirculatórias que necessitaram medidas diagnósticas ou terapêuticas específicas nos primeiros 7 dias após o nascimento. Foram coletadas informações acerca das suas características sociais e biológicas, com ênfase àquelas relacionadas às manifestações cardiovasculares, métodos diagnósticos e terapêuticos necessários, e o desfecho dos casos. Os dados foram analisados por estatística descritiva.

Cogumelos à mesa: desenvolvimento de receitas gastronômicas à base de Pleurotus

  • AMANDA THAISE HUTTL, Graduando, amanda.huttl@gmail.com
  • Ligia Maria Betti , G, gastronomia@univille.net
  • Elisabeth Wisbeck , Dr(a), ewisbeck@univille.br
  • Agata M. Britto Oliveira , E, agata.britto@univille.net
  • Marcia L.Lange Silveira , MSc, marcia.luciane@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: cogumelos, receitas, pleurotus

Os fungos do gênero Pleurotus, cogumelos comestíveis, tem elevado valor nutricional devido a presença de aminoácidos essenciais, ácidos graxos insaturados, proteínas, carboidratos, fibra bruta, vitaminas do complexo B, ácido fólico, potássio, fósforo e ferro em sua estrutura. Apesar de ser considerado nutricionalmente completo, o consumo anual de cogumelos no país está em torno de 70 gramas por habitante, sendo este consumo praticamente de Agaricus bisporus (champignon). O aumento e a diversificação do consumo perpassam pela disponibilidade de espécies diferentes de cogumelos, pela informação sobre o valor nutricional e a sua utilização em receitas gastronômicas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi criar alternativas de consumo de cogumelos do gênero Pleurotus, através de receitas, buscando incentivar a produção deste fungo. O desenvolvimento das preparações ficou a cargo da acadêmica do curso de gastronomia que, entre outras habilidades, pode desenvolver preparações diferenciadas em relação ao mercado visando difundir a utilização de alimentos pouco conhecidos. Foram elaboradas seis preparações com cogumelos frescos das quais quatro foram aprovadas por degustação, uma tortilla, uma pizza com cebola brunoise e berinjela, um creme doce com características semelhantes a mingau e um coquetel com creme de cacau, mel e canela. Foram calculados os valores calóricos para as preparações aprovadas

Coletores artificiais de sementes de Perna perna (Linné, 1758): Número e distribuição de tamanho dos organismos em Enseada, São Francisco do Sul, Santa Catarina

  • MARILIA DE OLIVEIRA DUGAICH, Graduando, mah_tlpf@hotmail.com
  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: molusco, juvenis, cultivo

O Perna perna é um dos maiores mexilhões, chegando a atingir 17 cm de comprimento. Nas condições climáticas de Santa Catarina essa espécie apresenta um crescimento bastante rápido em cultivo, passando de 2 para 8 cm, que é o tamanho comercial, num período de aproximadamente 7 meses. Porém, mesmo em condições favoráveis a obtenção de sementes ainda apresenta carência de informações, sendo assim, necessita-se agregar conhecimento à produção de mariscos P. perna de forma mais detalhada, a fim de melhorar as bases científicas para uma exploração sustentável deste recurso biológico na área de São Francisco do Sul, Santa Catarina. Chama-se de semente ao jovem mexilhão que é utilizado para colocação no sistema de crescimento ou engorda. O tamanho desses jovens varia dependendo do local e método de obtenção, mas, de maneira geral, pode-se considerar como os animais entre 20 e 30 milímetros de comprimento. Neste estudo foram quantificados e medidos os juvenis de P. perna obtidos com cabos coletores azul de fio de polietileno e branco de fio de poliamida, em Enseada (São Francisco do Sul), com o objetivo de saber se o tipo de coletor oferece resultados distintos em termos de qualidade e quantidade de sementes destes organismos. Para esse estudo foram realizadas três coletas, sendo a primeira com o cabo submerso por 42 dias, a segunda 66 dias e a terceira 153 dias. O material coletado foi armazenado e triado, os indivíduos foram quantificados e medidos. Os cabos brancos apresentaram maior quantidade de mexilhões na primeira e na segunda coleta, tendo em média 76 e 107 indivíduos/metro, respectivamente. Estes cabos também apresentaram indivíduos maiores na ultima coleta, 48,6% dos indivíduos tinham entre 30 e 50 mm. Já o cabo azul apresenta maior quantidade de indivíduos na última coleta, com uma média de 232 indivíduos/metro, sendo que esses indivíduos são menores, já que 83% dos organismos tinham entre 1 e 30mm. Este fato estaria associado ao maior número de micro-habitats que o cabo branco teria oferecido, através da diferenciação de alguns fatores ambientais como luminosidade, salinidade, temperatura e hidrodinâmica, dentro de um ambiente maior (o próprio cabo, nesse caso). Essas informações sugerem que para um cultivo contínuo, sem retirar as sementes dos coletores, o cabo branco é mais favorável. Porém ao se tratar apenas de produção de sementes, buscando diminuir a pressão sobre bancos naturais, o cabo azul apresentaria melhores resultados.

Apoio / Parcerias: FAMASC

Composição da fauna de macroinvertebrados áquaticos da porção mediana do rio Cubatão do Norte, Santa Catarina.

  • DEREK FELIPE DE CAMPOS, Graduando, derek.felipe@univille.br
  • Rosemary Aparecida Brogim, Dr(a), rbrogim@terra.com.br
  • Pedro Carlos Pinheiro, Dr(a), pedro.c@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Macroinvertebrados bênticos, Bioindicadores, Bacia hidrográfica do Cubatão do Norte

A adoção da bacia hidrográfica tem sido utilizada como unidade de planejamento, pois representa a funcionalidade de seus elementos. O reconhecimento da integridade das áreas através do uso de indicadores biológicos é de suma importância, pois consiste em retratar as alterações ocorridas na microbacia, sejam essas de origem antrópica ou natural. Os macroinvertebrados aquáticos constitui importante grupo de ambientes lóticos e lênticos, atuando no metabolismo do ecossistema como agente redutor do litter, da ciclagem dos nutrientes e do fluxo de energia, sendo grande parte da preferência alimentar da ictiofauna. A distribuição, ocorrência e abundância da macrofauna bêntica dependem muito das características ambientais predominantes, principalmente quanto à corrente, substrato, disponibilidade de alimento, abrigo contra predação e estabilidade do ambiente. O objetivo deste trabalho é analisar e comparar a composição de macroinvertebrados áquaticos da porção mediana do rio Cubatão do Norte ao longo das estações do ano. As coletas tiveram caráter sazonal de julho de 2008 a junho de 2009, as análises físico-quimicas da água foram obtidas por meio do amostrador de multiparametros multiprobe. Para a analise da abundância da comunidade de macroinvertebrados aquáticos foi utilizado um amostrador ativo do tipo “D-Net” nas margens e bancos de folhas, tomados um total de 5 arrasto por 3 minutos. Para a análise da densidade foi utilizado o amostrador de fundo Surber com área de 0,09m2,um total de 5 amostras foram tomadas visando obter um número representativo de organismos. A fauna de macroinvertebrados aquáticos apresentou elevada diversidade com 54 taxa nas duas estações amostrais, a estação amostral 1 (Davet) apresentou menor número de taxa (40) e abundância relativa (34,35%) em comparação com a estação amostral 2 (entroncamento) que teve maior número de taxa (53) e abundância relativa (65,64%) mostrando a melhor conservação desta. A ordem mais abundante foi Ephemeroptera (41,18%) representados por 3 taxa, seguida por Díptera (18,58%) com 6 taxa e Coleoptera (13,25%) com 7 taxa. A família mais representativa foi Baetidae (22,08%) seguida por Chironomidae (16,71%) e Elmidae (10,74%). A fauna de macroinvertebrados aquáticos revelou que a porção mediana do rio Cubatão do Norte apresenta-se bem estruturada e acompanha as modificação ambientais de origem antrópica.

Apoio / Parcerias: Fap/UNIVILLE; MHNCI

Contribuição ao conhecimento das espécies utilizadas para fins combustíveis durante o holoceno médio no Brasil central: considerações antracológicas e tecnológicas

  • FERNANDO ANDREACCI, Graduando, f.andreacci@univille.br
  • João Carlos Ferreira de Melo Júnior, MSc, jc_melo@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Antracologia, carvão concentrado, qualidade do carvão vegetal

Através do estudo dos fragmentos de carvão recolhidos de sedimentos arqueológicos, campo da antracologia, é possível reconstituir o paleoambiente e o paleoclima, além de inferir sobre a utilização da madeira por populações passadas. Para tal, os fragmentos devem ser recolhidos mediante sistematizada amostragem e classificação dos carvões dispersos ou concentrados. Os carvões concentrados, em geral se originam de fogueiras que tiveram uma curta utilização de tempo, podendo ser associados ao preparo de alimento ou atividades especializadas que são reconhecíveis a partir de critérios arqueológicos. A determinação botânica desses carvões permite relacionar a presença das espécies identificadas com suas propriedades específicas de utilização, podendo elucidar questões relacionadas à escolha de matérias primas combustíveis por populações pretéritas. Este trabalho teve por objetivo identificar taxonomicamente os carvões provenientes de restos de fogueiras paleoíndias evidenciadas no sitio arqueológico Lapa do Santo – MG durante escavações efetuadas em 2007. Procurou-se também, através de consultas bibliográficas, relacionar a estrutura do lenho dos carvões arqueológicos à qualidade energética, com a finalidade de contribuir sobre aspectos relacionados à possível escolha de combustível das populações paleoíndias do Brasil Central. Os carvões foram recuperados a partir da flotação do volume total de cada fogueira isolada. A estrutura anatômica foi analisada em microscópio de luz refletida e a identificação taxonômica foi feita mediante as comparações entre anatomia dos carvões arqueológicos com uma coleção de referência de lenho atual carbonizado e bibliografias. Foi obtida uma assembléia de 762 fragmentos de carvões, dos quais muitos foram descartados por apresentarem dimensões inadequadas para determinação taxonômica de espécies folhosas tropicais. A estrutura anatômica dos carvões permitiu a identificação das espécies Aspidosperma nitidum, A. tomemtosum, Styphnodendron adstringens e Dalbergia miscolobium, dos gêneros Dimorphandra, Astronium/Myracrodruon e Prockia/Casearia, além de 5 morfotipos. A datação radiocarbônica das fogueiras, feita pelo laboratório BETA Analytic revelou que elas pertencem ao holoceno médio, com idade calibrada de 4450-4290 AP. Diversos estudos demonstram que a composição química e física da madeira influencia diretamente na qualidade dos produtos gerados por sua carbonização. Foram constatados na literatura valores médios a altos para os teores de lignina e densidade básica da madeira, além de poder calorífico superior de valor elevado para as espécies identificadas. Essas propriedades influenciam em uma queima durável, de fácil ignescência e com grande potencial energético. Sendo assim, as madeiras identificadas mostram-se próprias para a cocção de alimentos, principalmente de forma rudimentar, como era feito pelas populações paleoíndias do Brasil central.

Criação de um protocolo para o atendimento odontológico de pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC)

  • FABIOLA ROBERTA PIZZOLATTI, Graduando, fabiola.roberta@univille.br
  • Kesly Mary Ribeiro Andrades, MSc, keslyribeiro@hotmail.com
  • Lucia Fátima de Castro Ávila, MSc, lucia.de@univille.net
  • Constanza Marin de Los Rìos Odebrecht , MSc, Constancm.geo@terra.com.br
  • Luiz Carlos Machado Miguel, Dr(a), lcmmiguel@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Protocolo, Hemodiálise, Odontologia

Apoio / Parcerias: Fundação Pró-Rim de Joinville

Cultivo de microcustáceos para ensaio de toxicidade crônica em ambientes marinhos

  • TAMILA KLEINE, Graduando, tamila.kleine@gmail.com
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ecotoxicologia, Mysidopsis juniae, cultivo

A ecotoxicologia estuda os efeitos tóxicos causados por poluentes tanto naturais como sintéticos, sobre qualquer constituinte de ecossistemas. O cultivo do microcrustáceo Mysidopsis juniae em laboratório na unidade São Francisco do Sul da UNIVILLE tem como objetivo o seu uso em testes de toxicidade crônica com amostras de água de ambientes marinhos. Seu cultivo segue a Norma Técnica L5. 251 da CETESB (1995), e para a sua alimentação é utilizada Artemia salina. O procedimento de cultura segue a norma – L05.021/1987 - da CETESB (1987). O cultivo de Mysidopsis juniae necessita de acompanhamento constante de parâmetros como a salinidade, oxigênio dissolvido, pH e temperatura. Também são executadas limpezas semanais dos aquários, alimentação diária, contagem dos organismos para determinação das taxas de natalidade e mortalidade e checagem do funcionamento do mecanismo de aeração. Testes de sensibilidade ainda serão realizados para confirmação da confiabilidade dos ensaios com esses organismos. Até o presente momento os resultados indicam uma adequada adaptação dos mesmos em laboratório, com altas taxas de natalidade.

Apoio / Parcerias: Pibic art. 170, FAP

Desenvolvimento de metodologia para investigação do polimorfismo T/C no promotor (-443nt) do gene codificante para a proteína Osteopontina (OPN) humana

  • ROGER HOEL BELLO, Graduando, roger.hoel@univille.br
  • ADAUTON MICHELON, Graduando, adauton_michelon@hotmail.com
  • TALITHA GIRRANI TEIXEIRA RIBEIRO, Graduando, tagirrani@gmail.com
  • LESLIE ECKER FERREIRA, G, leslie.ferreira@univille.br
  • PAULO HENRIQUE CONDEIXA DE FRANÇA, Dr(a), phfranca@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: gene OPN, proteína Osteopontina, polimorfismos de base única (SNP's)

A Osteopontina (OPN) é uma proteína secretada na matriz extracelular, permitindo adesão celular e migração de células inflamatórias. A OPN é considerada a principal glicoproteina fosforilada dos ossos e é expressa em número limitado de outros tecidos, como fígado, rins e dentina, atuando como citocina indutora da resposta imune. Em anos recentes, autores japoneses observaram quatro polimorfismos de base única (SNP’s) encontrados na região promotora (-155, -443, -616 e -1748nt) do gene OPN. Destes, o SNP na posição -443nt apresentou significância quando associado à atividade inflamatória no fígado de portadores crônicos de hepatite C. Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que há 170 milhões de portadores no mundo, estando 4,6 milhões destes no Brasil. A forma crônica da infecção pode levar à cirrose hepática e ao carcinoma hepatocelular e, na maioria dos casos, estes quadros severos podem ser evitados ou postergados com um tratamento antiviral eficaz. Visando analisar o polimorfismo na posição -443nt do gene OPN, está sendo desenvolvido e padronizado um método de determinação das variantes (C/C, C/T e T/T) baseado na técnica SSP-PCR (Sequence Specific Primers - Polymerase Chain Reaction). Esta técnica faz uso de três iniciadores de amplificação específicos (primers), que foram desenhados e definidos utilizando-se softwares de acesso livre (BioEdit, ClustalW e Primer3). Destes três primers, um permanece constante e os outros dois são específicos para cada variante polimórfica de interesse. As extrações de DNA de amostras de sangue periférico foram realizadas com emprego do “Qiamp DNA Mini Kit”, seguindo o protocolo do fabricante. A termociclagem da reação foi estabelecida através de testes com gradientes de temperatura de pareamento dos primers na seqüência alvo em aparelho XP Cycler, tendo sido estabelecida a temperatura ótima (64ºC). Os amplicons são submetidos à eletroforese submersa (tampão TBE) em gel de agarose a 1% contendo brometo de etídeo (0,5 ug/mL). A confirmação da amplificação é feita via exposição à luz ultravioleta em transluminador, seguido de registro digitalizado (MiniBis Pro, DNR Bioimage Systems). Conforme o planejado, verificou-se que o segmento gênico amplificado contém 346 pares de bases comparado, com emprego de um padrão de tamanhos (“Ladder 100pb”). O método desenvolvido será utilizado na investigação da frequência do polimorfismo T/C no promotor (-443nt) do gene OPN em um grupo de pacientes com hepatite C crônica na região de Joinville SC.

Apoio / Parcerias: CNPq/Edital Universal 2008; FAP/UNIVILLE

Desenvolvimento e padronização de metodologia para investigação do polimorfismo T/G de base única (SNP) na região promotora (-616nt) do gene OPN

  • TALITHA GIRRANI TEIXEIRA RIBEIRO, Graduando, tagirrani@gmail.com
  • LESLIE ECKER FERREIRA, G, leslie.ferreira@univille.br
  • ADAUTON MICHELON, Graduando, adauton_michelon@hotmail.com
  • ROGER HOEL BELLO, Graduando, roger_rhb@hotmail.com
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), phfranca@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Polimorfismos de base única (SNP’s), OPN, SPP-1

A infecção pelo vírus da Hepatite C (HCV) atinge aproximadamente 170 milhões de indivíduos no mundo. O HCV é um importante causador de hepatite crônica, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular em humanos. O gene OPN (também conhecido como SPP-1) localiza-se no cromossomo 4 (4q21-q25) e contém 7 éxons, sendo 6 portadores de seqüências codificantes. Este gene codifica uma proteína do sistema imunológico denominada “Osteopontina” (OPN) que possui relevância em alguns aspectos da hepatite C, como susceptibilidade à infecção e resposta ao tratamento. O gene OPN apresenta quatro “polimorfismos de base única” (“SNP’s”) associados à intensidade da atividade inflamatória e perfil de resposta ao tratamento em pacientes com hepatite C crônica. Esses estão localizados nas posições -443, -155, -616 e -1748nt do promotor do gene, encontrando-se os três últimos em desequilíbrio de ligação. O presente trabalho tem como objetivo padronizar uma metodologia para a determinação do “SNP” na posição -616nt, anteriormente correlacionado com a Resposta Virológica Sustentada em pacientes japoneses portadores de Hepatite C Crônica. Inicialmente realizou-se a busca das sequências desejadas no “GenBank” e, em seguida, o desenho dos primers (oligonucleotídeos iniciadores) com inclusão de mutação “sítio-dirigida”, utilizando o software “Primer3”. Com o auxílio da ferramenta computacional BLAST (“Basic Local Alignment Sequence Tool”), os oligonucleotídeos candidatos foram verificados quanto a possibilidade de pareamentos inespecíficos através da pesquisa de similaridade com todas as seqüências depositadas no “GenBank”. Em paralelo seguiu-se a seleção de uma enzima de restrição que reconhecesse o “SNP” -616nt (T/G), através da ferramenta “NEB Cutter”. Padronizou-se a extração de DNA a partir de amostras de sangue armazenadas em cartão FTA-Elute® seguindo as especificações do fabricante. A padronização da etapa de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) deu-se com a determinação da temperatura e tempo ideais da ciclagem térmica. Os produtos de PCR foram submetidos à eletroforese submersa em gel de agarose a 1% e tampão TBE, obtendo-se o fragmento esperado e correspondente a 214pb. A padronização da digestão dos amplicons com a enzima BfuAI encontra-se em andamento. Com o término do desenvolvimento da metodologia proposta, esta será utilizada no levantamento da frequência dos alelos do “SNP” -616nt do gene OPN em um grupo de pacientes brasileiros com Hepatite C Crônica com resposta terapêutica conhecida.

Desenvolvimentos de novos produtos com ênfase no eco-design

  • TUANY KOHLER, Graduando, tuany.kohler@gmail.com
  • Victor R. L. Aguiar, MSc, cdht@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ecodesign, fibras naturais, projeto de produto

O projeto “Desenvolvimentos de novos produtos com ênfase no eco-design” objetiva resgatar conhecimentos gerados na Univille, acerca de materiais desenvolvidos a partir de resíduos e polímeros biodegradáveis, investigando, a partir dos dados compilados, possibilidades de sua aplicação no desenvolvimento de produtos com ênfase no ecodesign. Este objetivo apóia-se na valorização de produtos naturais e peças geradas a partir de processos artesanais, atendendo a atual necessidade de utilização de matérias primas renováveis com histórico de descarte, em especial as fibras naturais, cuidando do meio ambiente, por meio de ecodesign e favorecendo o desenvolvimento sustentável. A abordagem metodológica refere-se à revisão bibliográfica das pesquisas relacionadas a resíduos e polímeros biodegradáveis e preparação e caracterização de amostras dos materiais para composição do acervo da materioteca. Os principais resultados englobam os dados compilados dos materiais ambientalmente amigáveis gerados na Univille, a coleta de amostras de materiais para composição do acervo da materioteca para análise de suas características do ponto de vista do design e possíveis aplicações desses materiais em produtos de baixa complexidade, como puxadores, brinquedos e artigos decorativos. A Univille produz os seguintes materiais ambientalmente amigáveis: Papel Reciclado com Fibras, Fibra de Bananeira, Fibra de Pupunheira Reforçada com Resina, Fibras de Pupunheira Quebrada, Pet Biodegradável, Compósito de Borracha biodegradável (aplicado em próteses de menisco). A partir da coleta de dados a respeito desses materiais, através de revisão bibliográfica e testes realizados, estabeleceu-se as fichas catalográficas da materioteca para facilitar o acesso aos materiais. A análise de consumidor e de mercado e todo o registro do processo de gestão estabelecem o novo produto a ser desenvolvido com ênfase no ecodesign, seguindo-se do desenvolvimento desses produtos. Com esse projeto espera-se adquirir maior visibilidade aos produtos desenvolvidos com ênfase no ecodesign, salientado sua importância para o meio ambiente e comprovar a aplicabilidade desses produtos para fins comerciais.

Diagnóstico Histológico das Doenças Inflamatórias Intestinais em Joinville entre os anos de 1998 e 2007

  • DEBORA RAQUEL RIGON NARCISO, G, deboranarciso@hotmail.com
  • Carina P Pacheco, G, carinappacheco@yahoo.com.br
  • Juliana Bizatto, G, jubizatto@hotmail.com
  • Harry Kleinubing Junior, Dr(a), hkleinubing@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: DII, histologia, epidemiologia

1 a 12 para cada 100.000 habitantes de acordo com a região geográfica. Acometem pacientes jovens, economicamente ativos e apresentam alta morbidade, gerando grande custo econômico, além de causar diferentes impactos no grau de satisfação de vida. Estudos sugerem que as DII vêm aumentando sua incidência lentamente, o que pode dever-se à melhora no diagnóstico e/ou estar relacionado à mudança de hábitos alimentares. OBJETIVO: determinar o diagnóstico histológico das doenças inflamatórias intestinais em Joinville entre os anos de 1998 e 2007. MATERIAL E MÉTODO: Os bancos de dados do Serviço de Patologia de Joinville (SIP) e do Centro de Anatomia Patológica e Imuno-Histiquímica (CAPI) foram consultados à procura de registros de DII de 1998 a 2007, através do CID ou laudo anátomo-patológico. Foram incluídas biópsias endoscópicas e peças cirúrgicas com diagnóstico de DC, RCU e DII das quais foram levantados o número de casos de cada ano e estratificado por diagnóstico, sexo e idade. RESULTADOS: Dos 642 pacientes avaliados verificou-se 298 casos de RCU, 160 casos de DC e 184 casos de DII não especificadas. Dessas 642 pessoas, 338 eram mulheres (52,65%). Em 1998 foram identificados 23 casos de DII e em 2007 136 casos. Dos 458 pacientes com diagnóstico diferencial firmado, 65,07% apresentavam retocolite ulcerativa e 34,93% doença de Crohn. CONCLUSÕES: As DII em Joinville mostraram-se de incidência semelhante entre homens e mulheres com aumento lento e progressivo dos diagnósticos. A retocolite ulcerativa foi mais prevalente do que a doença de Crohn. O aumento da incidência de DII em Joinville mostrou-se compatível com a literatura mundial nessa amostra.

Diferenças na incidência de AVC entre regionais de saúde em Joinville: Uma ferramenta para a prevenção primária?

  • PRISCILA FERST, Graduando, priferst@gmail.com
  • Anderson R R Gonçalves, MSc, roman@netvision.com.br
  • Norberto L. Cabral, MSc, nlcabral@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Incidência, Acidente vascular cerebral, Regionais de saúde

Introdução: Em Joinville, no Brasil, a incidência bruta de AVC em 2005-6 foi de 76,9 por 105, que, quando ajustado à idade, são semelhantes aos encontrados em países desenvolvidos. As evidências atuais sugerem uma associação inversa entre o nível socioeconômico e a incidência de AVC. Como Joinville e o Brasil como um todo apresentam desigualdades sociais e também diferenças geográficas na incidência de acidente vascular cerebral, um potencial para a prevenção primária pode existir. Assim, o objetivo é medir a incidência sobre cada um dos nove distritos de saúde da cidade (DAC), a fim de avaliar se existem gradientes nas taxas entre eles. Métodos: Foram prospectivamente verificados todos os casos possíveis de curso ocorrendo na cidade de Joinville no período de 2005-2007 e posteriormente determinado a incidência ajustadas por idade para cada um dos nove DAC, bem como a sua renda média, escolaridade, idade média e a proporção da área abrangida por um programa de cuidados primários de saúde governamentais (GPHCP). Resultados: Dos 1734 casos de AVC registrados, 1034 foram primeiro evento. No período 2005-7, a incidência bruta Joinville foi 69,5 (95% CI, 65.3-73.9) por 105. A incidência entre DAC variou de 42,6 (29,5-61,4) para 85,0 (71.1-101.3). A análise de regressão linear com todas as variáveis incluídas mostrou que as diferenças de incidência só foram correlacionadas com anos de escolaridade (r = - 0,824, p = 0,006). Conclusões: Anos de educação pode explicar uma grande variação na incidência entre os distritos. Por outro lado, GPHCP e renda parecem não influenciar as taxas. Estes resultados podem ser úteis para orientar a alocação dos recursos na política de prevenção primária.

DINÂMICA POPULACIONAL DOS GRUPOS DE ALOUATTA CLAMITANS (CABRERA, 1940) NOS FRAGMENTOS FLORESTAIS DO DISTRITO INDUSTRIAL NORTE DE JOINVILLE – SC.

  • ANTONIO AUGUSTO ROCHA NETO, Graduando, antonio.neto@univille.br
  • GUILHERME HARNOUD EVARISTO, G, gui.evara@gmail.com
  • SIDNEI DA SILVA DORNELLES, MSc, sdornelles@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Alouatta clamitans, Fragmentação, Joinville

O processo de fragmentação isola as populações dependentes da floresta, podendo extinguir ou diminuir estas devido a diversos problemas relativos ao pequeno tamanho populacional, como o aumento de cruzamentos consangüíneos. Esta consangüinidade pode aumentar a expressão de genes deletérios na população. Este trabalho é uma continuidade do acompanhamento dos grupos de bugios (Alouatta clamitans) em dois fragmentos de Floresta Ombrófila Densa no Distrito Industrial de Joinville (26o 14’21’’S e 48o52’02’’W). O trabalho iniciou em abril de 2009 e o método para detecção da presença ou a ausência foi feita pela observação direta dos animais e pela presença de vestígios como fezes. Até o momento, foi observado que o grupo do fragmento B permanece com sete indivíduos como no ano anterior; o grupo do centro do fragmento A também permanece com sete indivíduos; o grupo da borda do fragmento A cresceu de quatro para cinco indivíduos; o grupo do lado norte do rio (A) que era composto por quatro indivíduos reduziu para um; e um novo grupo com três indivíduos foi localizado em um pequeno fragmento dentro da área da empresa ao lado da Whirpool. Os resultados apontam para uma intensa dinâmica de mudanças na área de uso dos grupos menores.

DISTRIBUIÇÃO DO GÊNERO CALLITHRIX NA CIDADE DE JOINVILLE, SC.

  • FLAVIO BEILKE, Graduando, flavio.beilke@univille.br
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Callithrix, Distribuição, Joinville

Representantes do gênero Callithrix têm sido introduzidos acidentalmente nas regiões sudeste e sul do Brasil. O gênero é onívoro e oportunista e pode competir com outras espécies nativas. Em Joinville, estudos sobre o impacto do gênero Callithrix nos ecossistemas e sua atual distribuição são inexistentes. Neste estudo, os fragmentos florestais na zona norte, nordeste, leste e oeste de Joinville foram vistoriados em busca de informações sobre a ocorrência destes primatas. A aferição foi feita por meio de conversas com moradores locais e verificações nas referidas áreas atrás de vocalizações e vestígios. Até o momento foi constatada a presença de Callithrix penicillata em oito fragmentos, totalizando dez grupos, variando de três até quinze indivíduos. A maior concentração de grupos ocorre na zona leste. Na APA Serra Dona Francisca não foi observada a presença de sagüis. Todos os grupos avistados encontravam-se nas áreas de borda dos fragmentos e próximos às residências, das quais muitas vezes recebem alimentos. Já ocorreram mortes por atropelamento e por choques elétricos nas tentativas dos sagüis cruzarem de um fragmento para outro. Trabalhos com calitriquídeos demonstram que a flexibilidade comportamental e a estratégia oportunista pode ser a causa do sucesso de sobrevivência em fragmentos pequenos e isolados.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio a Pesquisa - Univille

Distribuição e abundância sazonal de estágios inicias de Loligo plei (Mollusca : Cephalopoda) na plataforma continental interna norte de Santa Catarina

  • Marcelo Soeth, Graduando, marcelo.soeth@univille.br
  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Lula, Estágios iniciais, Plâncton

Loligo plei é uma lula costeira, semélpara, carnívora que possui altas taxas de crescimento. Ocupa um nível intermediário na cadeia trófica tendo grande importância para as comunidades bentônicas e pelágicas. O grupo também possui uma grande importância econômica, sendo a pesca costeira de lula susceptível de ser plenamente explorada ou sobre explorada. L. plei é um recurso pesqueiro com expressivo valor comercial, sendo principal responsável pelas grandes biomassas de lulas capturadas em Santa Catarina. O objetivo deste trabalho foi estudar a variação sazonal de estágios iniciais de L. plei na plataforma continental interna norte de Santa Catarina. As amostras utilizadas neste estudo são procedentes do projeto “Levantamento e Avaliação das Populações de Camarão Branco e Rosa na baía da Babitonga e Plataforma Adjacente”. Uma parceria da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (IBAMA). A área de estudo compreende a plataforma continental interna norte de Santa Catarina, seguindo três radias referente à Barra do Sul, baía da Babitonga e Coroados (PR), abrangendo as isóbatas de 10 a 40m. As amostras foram obtidas no período de 2005 a 2006 através de arrastos oblíquos com rede bongo (300µm e 500µm). Foram mensurados os descritores físicos e químicos de superfície e fundo. As temperaturas (ºC) médias para primavera (nov. 2005), verão (mar. 2006), outono (abr. 2006) e inverno (julho de 2006) foram respectivamente 23,92, 26,86, 24,91 e 20,83. A salinidade foi 33,94, 36,88, 36,22 para verão, outono e inverno respectivamente. O biovolume (mL/10m³) foi de 6,66, 6,02, 9,77 e 2 para primavera, verão, outono e inverno respectivamente. Um total de 18 indivíduos foram capturados, sendo a freqüência relativa de 5,55, 66,66, 27,77 e zero para primavera, verão, outono e inverno respectivamente. No verão na isóbata de 40m foi registrada a maior densidade de estágios inicias de L. plei, 1,01 (ind/10m³). Na isóbata de 40m as densidades foram 0,11, 1,01 e 0,26 para primavera, verão e outono respectivamente. Na isóbata de 20m as densidades foram 0,11 e 0,18 para verão e outono respectivamente. Nenhum indivíduo foi capturado na isóbata de 10m, assim como no inverno. As altas temperaturas registradas no verão neste estudo foram consideradas como o principal fator para as maiores densidades registradas de estágios iniciais de L. plei. Temperaturas maiores beneficiariam os estágios iniciais da espécie, proporcionando desenvolvimento mais rápido e maior sucesso na sobrevivência, tanto na incubação quanto no plâncton.

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA AVIFAUNA COSTEIRA DO COMPLEXO ESTUARINO DA BAÍA DA BABITONGA, NORTE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

  • LUCIANA CLARO FRANCO CHISTE SILVA, Graduando, luciana.claro@univille.br
  • ALEXANDRE VENSON GROSE, G, ale.grose@hotmail.com
  • MARTA JUSSARA CREMER, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: aves costeiras, estuário, baía da Babitonga

Estuários são ambientes de transição entre o continente e o oceano, e disponibilizam grande abundância de nutrientes, proporcionando uma alta variedade de recursos alimentares. A disponibilidade de recurso na área resulta em agregados multi-específicos, e conseqüentemente interações entre indivíduos. Este estudo foi realizado no complexo estuarino da baía da Babitonga e teve como objetivo identificar e quantificar as espécies que compõem a comunidade avifaunística de três setores do estuário. Para a realização dos censos utilizou-se uma embarcação motorizada, binóculos Bushnell (7x35) e guias de identificação. Mensalmente foram realizadas transecções em três setores da baía: canal do Linguado (16,88 km), canal do rio Palmital (15,97 km) e canal de acesso da baía (12,31 km). As amostragens foram realizadas de fevereiro a julho de 2009, sendo realizados 12 censos (6 em cada área), totalizando 25 horas de observação. Foram registradas 43 espécies inseridas em 21 famílias. As espécies mais abundantes foram: Phalacrocorax brasilianus, Larus dominicanus, Thalasseus sandvicensis, Egretta caerulea e Charadrius semipalmatus, correspondendo a 30%, 16,5%, 14,8%, 11,2% e 7,4% respectivamente. Estas espécies foram registradas em todos os setores, assim como Ardea cocoi, Chloroceryle amazona, Cathartes aura, Megaceryle torquata, Ardea alba, Egretta thula, Fregata magnificens, Milvago chimachima, Nycticorax nycticorax, Pandion haliaetus, Caracara plancus, Pitangus sulphuratus e Vanellus chilensis, as quais ocorreram em menor abundância. A área que apresentou maior diversidade de espécies foi o canal do Palmital, com a ocorrência de espécies exclusivas, como Tringa flavipes, Chloroceryle americana e Charadrius collaris. Egretta caerulea foi a espécie mais abundante na área, com 35,7% de freqüência relativa, seguida de Megaceryle torquata, com 10,5%. O canal do Linguado teve a segunda maior diversidade, com espécies exclusivas, como: Anas bahamensis, Butorides striata, Bubulcos íbis, Calidris pusilla, Conirostrum bicolor, Nyctanassa violacea, Podicephorus major, Rollandia rolland, Turdus amaurochalinus e Turdus rufiventris. O canal de acesso da baía da Babitonga foi a área que obteve menor diversidade. Destaca-se a presença de espécies ainda não registradas na região, como P. major, R. rolland e Chroicocephalus maculipennis. Algumas espécies migratórias neárticas estiveram presentes, como: C. semipalmatus, C. pusilla, A. macularius, P. haliaetus, T. flavipes e T. melanoleuca. Os dados mostram a diferença da comunidade avifaunística entre os setores, destacando o potencial do complexo estuarino da baía da Babitonga como local de alimentação, descanso, ou até rota de passagem, para diversas comunidades de aves da região e até mesmo para espécies migratórias.

Apoio / Parcerias: FAP-UNIVILLE

Diversidade de Bromélias em Ilhas da Baía da Babitonga, nordeste de Santa Catarina

  • TALITA MACÊDO MAIA, Graduando, talitammaia@yahoo.com.br
  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, crinnert@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Baía da Babitonga, Diversidade, Bromélias

A Baía da Babitonga localiza-se na região Nordeste do estado de Santa Catarina, sendo caracterizada pela presença de diversas ilhas estuarinas, cuja composição florística está sendo investigada. As ilhas da Baía da Babitonga detêm uma grande biodiversidade, apresentando importante papel ecológico para a região. As bromélias constituem uma família botânica abundante e bem representada nas formações vegetacionais do Bioma Floresta Atlântica, no qual o nordeste catarinense encontra-se inserido. Por meio desse trabalho, que integra o projeto “Ilhas da Babitonga: diversidade florística em ecossistemas insulares”, vinculado ao Programa Institucional Babitonga, pretende-se conhecer a diversidade de bromélias nas ilhas Cação, das Claras, Corisco, Mandigituba, Maracujá, Queimada, Redonda e da Rita. O levantamento das espécies consiste na realização de excursões semanais às ilhas, com coleta de exemplares férteis. O material coletado é herborizado, identificado e incorporado ao acervo do Herbário Joinvillea, da UNIVILLE. Até o momento foram identificadas quatorze espécies, de quatro gêneros: Aechmea e Vriesea contribuem com cinco espécies, seguidas por Tillandsia com três espécies e Bromelia com apenas uma. Mandigituba é a ilha que apresenta maior diversidade de bromélias: Aechmea candida E. Morren., A. nudicaulis Griseb., A. ornata Baker., Bromelia antiacantha Bertol., Tillandsia stricta Sol. e Vriesea philippocoburgi Wawra. Tillandsia stricta Sol. é a espécie com distribuição mais ampla, ocorrendo em todas as ilhas amostradas. As demais ilhas do Complexo Hídrico da Baía da Babitonga continuarão sendo estudadas, uma vez que as informações ora obtidas ainda não são conclusivas. O levantamento florístico das ilhas da Baía da Babitonga já ocorre há vários anos e contribui com dados que poderão se constituir em elementos úteis ao monitoramento dos ecossistemas insulares, bem como subsidiar programas de educação ambiental e de manejo sustentável para a região.

Apoio / Parcerias: Art. 170/ GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Diversidade de Lianas em Ilhas da Baía da Babitonga, nordeste de Santa Catarina

  • FRANCIELI WOITEXEM, Graduando, francieli.woitexem@univille.br
  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karin@furb.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Lianas, Baia da Babitonga, Floristica

Lianas são plantas que nascem no solo e com o crescimento perdem sua habilidade de sustentação, utilizando diferentes modos e suportes para alcançarem a luz solar. Este trabalho objetivou conhecer a diversidade de espécies de lianas, verificar a similaridade na distribuição, ocorrência de variação em diferentes tipos de vegetação e ilhas, visando uma melhor caracterização na composição florística de lianas no complexo insular da Baia da Babitonga. As coletas foram realizadas de forma aleatória, de abril a agosto de 2009, em toda a extensão das ilhas do Cação, Alvarenga, Claras, Corisco, Mandigituba, Maracujá, Queimada, Redonda, Rita. Amostras férteis foram coletadas, herborizadas, identificadas e incluídas no acervo do Herbário Joinvillea (JOI) da UNIVILLE. As espécies estão distribuídas em 22 gêneros e 13 famílias, com destaque para: Asteraceae (11 espécies); Fabaceae (8 espécies) e Convolvulaceae (7 espécies). A comparação entre as ilhas mostrou que existe uma maior similaridade entre as espécies das ilhas localizadas mais no centro da Baía do que com as ilhas mais próximas ao continente. A quantidade e diversidade de espécies nas ilhas podem estar relacionadas com o tipo de solo, ação antrópica, competição entre espécies e herbívora. Este trabalho faz parte do projeto Ilhas da Babitonga: diversidade florística em ecossistemas insulares e terá continuidade até dezembro de 2009.

Apoio / Parcerias: PIBIC – UNIVILLE

Diversidade de samambaias e orquídeas em sete ilhas da Baía da Babitonga, nordeste de Santa Catarina.

  • KATLYN MORAÊS, Graduando, katlyn.bio@hotmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, crinnert@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: samambaias, orquídeas, ilhas da Babitonga

A vegetação do complexo hídrico da Baía da Babitonga pertence ao domínio da Mata Atlântica, bem estruturada no nordeste catarinense, com grande diversidade de espécies, destacando-se as samambaias e orquídeas. As samambaias, diferente das orquídeas, não produzem flores nem sementes, constituindo um grupo bem diversificado e distribuído, atualmente incorporado à divisão Monilophyta. As orquídeas (família Orchidaceae) são plantas terrestres, epífitas ou rupícolas que exibem características altamente especializadas para atrair insetos e proporcionar a polinização cruzada. Com este trabalho, vinculado ao projeto Ilhas da Babitonga: diversidade florística em ecossistemas insulares, pretendeu-se conhecer a diversidade de samambaias e orquídeas nas ilhas Cação, Queimada, Corisco, Mandigituba, Maracujá, Claras e Redonda, verificando suas formas de vida e áreas de ocorrência. Coletas de material fértil foram realizadas em cada ilha e levadas ao Herbário Joinvillea – UNIVILLE, onde foram herborizadas, identificadas por meio de literatura específica e consulta ao acervo, no qual foram posteriormente incorporadas. As coletas de Orchidaceae resultaram na identificação das espécies Epidendrum latilabre Lindl., E. rodriguesii Cogn. e Polystachya estrellensis Rchb. na ilha Cação; E. latilabre Lindl. e Oncidium barbatum Lindl. na ilha Mandigituba e E. latilabre Lindl. nas ilhas das Claras e Corisco. Em todas as ilhas predominou a forma de vida epífita, embora Polystachya estrellensis ocorra na forma rupícola. De samambaias foram coletadas 21 espécies, sendo os dados a seguir apresentados por ilha com a espécie em destaque entre parênteses: Ilha do Cação - 10 espécies (Blechnum serrulatum Rich.); Ilha das Claras - 10 espécies (Pecluma pectinatiformis (Lindm.) M.G. Price); Ilha Mandigituba - 10 espécies (Cyathea atrovirens (Langsd. & Fisch.) Domin); Ilha Redonda - 9 espécies (Pleopeltis angusta Humb. & Bonpl. ex Willd.); Ilha do Corisco - 7 espécies (Rumohra adiantiformis (G. Forst) Ching); Ilha Queimada - 4 espécies (Nephrolepis pectinata (Willd.) Schott); Ilha Maracujá - uma espécie (Pteridium aquilinum (L.) Kuhn). Entre todas as famílias de samambaias, predominou a família Polypodiaceae. Verificou-se que a forma de vida rupícola foi a predominante, com vinte espécies (como Polypodium latipes Langsd. & L. Fisch.), seguida de treze espécies terrícolas (como Anemia phyllitidis (L.) Sw.) e doze epífitas (como Microgramma vacciniifolia (Langsd. & Fisch.) Copel.). As espécies coletadas encontravam-se em áreas com vegetação compatível à Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas e restinga, não sendo observadas no manguezal. Pretende-se com estes dados contribuir para o conhecimento mais amplo da flora insular da Baia da Babitonga e subsidiar estratégias para a sua conservação.

Apoio / Parcerias: Art.170 (Governo do Estado)

Diversidade Polínica das Plantas Medicinais Existentes no Arboreto do Campus Joinville da UNIVILLE

  • LEONARDO NEITZEL, Graduando, leonardo.neitzel@univille.br
  • Caroline Furtado Noble, Graduando, carolinenoble@hotmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: abelhas, plantas medicinais, pólen

É sabido que as abelhas podem se aprovisionar de espécies botânicas consideradas tóxicas para o homem para a elaboração de certos produtos apícolas. Este fato recomenda atenção e estudos, haja vista suas implicações. Desta maneira, propõe-se verificar as inter-relações desenvolvidas pelas abelhas nativas sem ferrão, junto às plantas medicinais existentes no arboreto da Univille, com a finalidade de detectar associações abelha-flor, que permitam o desenvolvimento de estratégias de manejo apícola direcionadas. Este trabalho com as plantas medicinais do arboreto da Univille tem como objetivos: verificar sua localização espacial; estabelecer seu calendário floral; detectar os recursos florais oferecidos em termos de pólen e néctar e montar sua coleção de referência de pólens (palinoteca). A localização espacial das plantas medicinais foi verificada com auxílio de tecnologia GPS. Realizando-se visitas semanais ao arboreto, registrou-se o estágio de floração de cada planta e detectaram-se os recursos florais oferecidos pelas mesmas. A coleção de referência de pólens destas está sendo confeccionada. Atualmente, o conjunto de plantas medicinais da UNIVILLE abriga 121 táxons botânicos de 41 famílias, havendo ainda alguns não identificados. As famílias botânicas estão distribuídas em três jardins contíguos, cada um com área de 276 m2. O primeiro jardim é organizado em famílias botânicas (69 espécies), o segundo por compostos químicos (54 espécies); e o terceiro por plantas tóxicas (28 espécies). Entre os meses de abril e julho de 2009, 95 espécies, das 121 catalogadas, apresentaram algum estágio de floração. Destas 95 espécies que floresceram, 38, de 20 famílias diferentes, foram visitadas por abelhas. As famílias mais representativas são Asteraceae e Lamiaceae, ambas com 17 espécies cada uma. Os recursos florais oferecidos pelas plantas medicinais de maio a julho de 2009 foram predominantemente de néctar, o que pode ser reflexo da singularidade do arboreto. Para o pólen da espécie botânica Bixa orellana, foram obtidas as seguintes medidas: VE ( c1= 7,29µ ± 8,88 e c2= 35,77µ ± 2,28) e VP (c = 24,54µ ± 2,33), com colpos (c1= 17,48µ ± 1,35 e c2= 2,04µ ± 0,44µ). Para a espécie Passiflora alata: VP (c=76,02µ ± 7,45) e até a abertura do colpo c=57,93µ ± 7,45) e VE (c1=66,18µ ± 3,51µ e c2=71,71µ ± 3,90). Em razão da sazonalidade das plantas, os resultados ainda são preliminares.

ECOLOGIA DE CALLITHRIX PENICILLATA (SAGÜI-DE-TUFO-PRETO) NO PARQUE ZOOBOTÂNICO DE JOINVILLE – SC.

  • ISABELA SAMPAIO ROCKENBACH, Graduando, belasr@gmail.com
  • Joane Prata, Graduando, joane.prata@univille.br
  • Sidnei S. Dornelles, MSc, psidnei@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Callithrix,, Dieta,, Joinville.

O sagüi-de-tufo-preto (Callithrix penicillata) foi introduzido há vários anos em regiões de Mata Atlântica do sudeste e do sul do Brasil. É uma espécie generalista e competitiva com alto potencial de dispersão, reprodução e hibridação. É arborícola e tem uma dieta frugívora/insetívora, mas também consomem flores, ovos, invertebrados, e exudatos de plantas (goma), um dos principais itens alimentares. O objetivo deste estudo foi identificar a dieta e hábitos do grupo de sagüis do Parque Zoobotânico de Joinville. Os animais foram observados utilizando o método ad libitum entre às 8 e 17 horas do dia. Até o momento, foram totalizadas 60 horas de observação do bando no parque. O grupo é composto por sete animais, sendo seis machos e uma fêmea. As observações demonstram que os animais aparentemente dependem dos alimentos que os tratadores e visitantes do parque fornecem. Os alimentos fornecidos pelos tratadores do parque são somente frutas, mas os visitantes fornecem alimentos com um grande teor de gordura como biscoitos, chips e chocolates. O grupo se locomove até o parque somente para se alimentar em dois períodos do dia: pela manhã e pela tarde. Após cada período de alimentação, retornam para a floresta do Morro Boa Vista.

Educação inclusiva e preconceito: atribuições de significados por alunos de séries iniciais

  • MARIANA MANNES, Graduando, mariana.mannes@univille.br
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação, Psicologia, Preconceito

O ambiente escolar comporta uma diversidade de indivíduos que se traduz na convivência entre pessoas de diferentes gerações, classes sociais, etnias, capacidades físicas e mentais, dentre outras diferenças. Assim, uma das temáticas que transversaliza o processo de escolarização refere-se ao preconceito que no contexto escolar pode ser vivenciado de diferentes formas e por razões diferentes. Desta forma, o projeto de pesquisa intitulado ‘’Educação inclusiva e preconceito: atribuições de significados por alunos de séries iniciais’’ teve como objetivo geral investigar quais situações são interpretadas por alunos de séries iniciais como situações de preconceito. Para tanto, esta pesquisa de campo foi realizada em quatro colégios do município de Joinville – dois colégios da rede municipal e dois colégios da rede estadual, sendo que o público-alvo consistiu nos estudantes da 4ª série dessas escolas. As atividades propostas ao longo do desenvolvimento da pesquisa em cada uma das escolas ocorreram em três momentos distintos. No primeiro momento ocorreu o desenvolvimento de dinâmicas de grupo, de modo a introduzir uma discussão sobre diferenças com os estudantes. Posteriormente, para coletar dados utilizou-se como instrumento a elaboração de desenhos e redações pelos estudantes a respeito do tema preconceito, sendo que estes corresponderam ao segundo e terceiro momentos da pesquisa. Em relação à discussão dos resultados, utilizou-se a abordagem sócio-histórica, a qual compreende o homem em uma relação dialética com o seu ambiente histórico e social, sendo esse sujeito ao mesmo tempo único e singular. Dentre os principais resultados obtidos, temos que em um total de 75 desenhos foram evidenciadas 90 situações de preconceito, sendo que em 42,2% dos desenhos foram relatadas cenas de preconceito em relação a deficientes, principalmente deficientes físicos; em seguida em 23,3% das cenas foi referido preconceito étnico-racial, 6,7% preconceito de gênero enquanto que 26,7% das crianças relataram situações relacionadas à temática das diferenças, sem categorizar uma forma de preconceito. Dos sujeitos, 78,9% relataram já ter presenciado pelo menos uma forma de preconceito e o local mais apontado em que essas situações ocorreram foram espaços públicos (28,9%). Das 66 redações analisadas foram relatadas 107 situações de preconceito e novamente o preconceito relacionado a deficientes físicos foi descrito com maior freqüência sendo que nesta etapa 97,2% das crianças referiram já ter presenciado cenas de preconceito. Dessa forma, podemos concluir que o estigma relacionado às pessoas com deficiência, apesar da discussão intensa sobre inclusão social/escolar, ainda é fortemente manifestado em nossa sociedade e presenciado pelas crianças.

ESPÉCIES ASSOCIADAS À PORTUNÍDEOS PELO MÉTODO DE PESCA DE ARRASTO DUPLO COM PORTAS NO CANAL DA BAÍA DA BABITONGA

  • RAFAEL VINÍCIUS VALÉRIO NAVARRO, Graduando, r.vinicius@univille.br
  • LETÍCIA NOVAES DUARTE, Graduando, lele_nd@yahoo.com.br
  • Daliana Bordin, G, ddbordin@bol.com.br
  • Fabiane da Silva Döge, Graduando, biodoge@hotmail.com
  • Harry Boos-Júnior, Dr(a), harry.boos@univille.br
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), luciano.lorenzi@univille.br
  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: estuário, recursos pesqueiros, manguezais

A baía da Babitonga é a área estuarina mais importante da costa norte do estado de Santa Catarina, com manguezais que abrangem uma área de 6.200 ha, apresentando uma superfície de 130 km² e profundidade média de 6m, que comporta variadas atividades pesqueiras artesanais. É neste local que as principais espécies de pesca passam grande parte de seu ciclo de vida, quer seja durante a reprodução ou crescimento. O trabalho objetivou o estudo de espécies correlatas a portunídeos na pesca de arrasto. O material é originário de coleta realizada no mês de junho. O petrecho utilizado na captura de Portunídeos do presente trabalho foi a rede de arrasto duplo com portas, lançada ao fundo e arrastada com o auxílio do motor da embarcação. Foi realizado o registro dos parâmetros físicos e químicos do local de amostragem. Para temperatura ocorreram valores iguais de 18ºC em superfície e fundo, o que também ocorreu para os valores de salinidade, 35. O esforço de pesca no local de amostragem foi de 8 minutos e do total de organismos capturados foi sub-amostrado parte dos organismos da fauna acompanhante aleatoriamente (10% do total) para posterior análise laboratorial. Os organismos capturados compreenderam 3 grupos: peixes, cefalópodes e crustáceos. Para o primeiro dos 3 grupos foi relatada a presença de 12 espécies, Stellifer brasiliensis, Paralonchurus brasiliensis, Menticirrhus americanus, Micropogonias furnieri, Sphoeroides testudineus, Symphurus tesselatus, Etropus crossotus, Citharichthys spilopterus, Achirus lineatus, Cynoscion microlepidotus, Diplectrum radiale e Rhinobatos horkelii. Destas, Stellifer brasiliensis foi a mais representativa, com comprimento total, parcial e peso médio de 62,52mm e 48,73mm e 3,62g, respectivamente. Seguida por Paralonchurus brasiliensis e Cynoscion microlepidotus com medidas médias de 200,71, 158,14 e 79,64, e de 84,57mm e 67,14mm e 6,32g, respectivamente. Em relação aos cefalópodes foi registrada a presença de Loliguncula brevis, representada por 11 indivíduos com peso médio de 0,92g, para os crustáceos foi observada a presença de apenas de Farfantepenaeus paulensis, sendo 3 indivíduos com peso médio de 9,25g. Com essa gama de espécies que o complexo estuarino da baía da Babitonga comporta, seja como berçário, local de alimentação ou reprodução, podemos concluir que é de grande importância realizar mais estudos sobre esse extraordinário ecossistema, para um futuro plano de manejo de seus recursos biológicos.

Apoio / Parcerias: CEPSUL/IBAMA

Estado nutricional e hábito alimentar de idosos freqüentadores do Programa de Atividade Física e Saúde para Idosos.

  • LUANA OTTO, Graduando, luana.otto@univille.br
  • Carla Werlang Coelho, MSc, carla.werlang@univille.br
  • Edineia da Luz, Graduando, edineia.luz@bol.com.br
  • Paula Stork Machado, Graduando, pauli_nha_sm@hotmail.com
  • Silmara Silva Mastroeni, MSc, silmara.mastroeni@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: idosos, frequência alimentar, antropometria

Introdução: Os países em desenvolvimento vêm apresentando uma mudança no perfil epidemiológico passando da predominância de doenças infecto contagiosa para uma maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Manter hábitos saudáveis é importante na prevenção de DCNT que geralmente aparecem no indivíduo idoso prejudicando sua qualidade de vida. Objetivo: Avaliar o estado nutricional e o hábito alimentar de indivíduos que frequentam o Programa de Atividade Física e Saúde Para Idosos, ano 4 (PAFSI 4). Metodologia: Trata-se de um estudo transversal envolvendo idosos do PAFSI 4. Foram entrevistados 29 idosos no mês de maio de 2009. Os indivíduos foram pesados e medidos e responderam a um questionário de frequência alimentar. A classificação do estado nutricional foi realizada de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC) específico para idosos; e a frequência do consumo de alimentos foi classificada através de escores. Os alimentos consumidos foram divididos em dois grupos (Grupo I: alimentos considerados de risco para o desenvolvimento de DCNT e Grupo II: alimentos protetores ou não considerados de risco). Resultados: A média de idade de idosos foi de 66±4,3 anos, sendo a maioria do sexo feminino (82,8%). A média de desvio padrão de IMC encontrados foram 29,37±4,71kg/m², com valores mínimo e máximo de: 23,77kg/m² e 49,12kg/m², respectivamente. Ao classificar o estado nutricional a maioria dos idosos apresentou sobrepeso (72,4%), sendo esta condição mais prevalente entre as mulheres (81%). Quanto à frequência alimentar, a média de consumo de alimentos do Grupo I foi menor (0,16) comparado ao consumo de alimentos do Grupo II (0,42). Entretanto, não houve diferença significativa deste consumo entre os idosos classificados como eutróficos versus sobrepeso (p>0,05). Conclusão: O perfil nutricional do grupo estudado revelou elevada prevalência de excesso de peso corporal, apesar da média maior de consumo de alimentos considerados saudáveis. Entretanto, sabe-se que existe dificuldade na avaliação do hábito alimentar através do relato do indivíduo, devido à veracidade das informações. O estado nutricional encontrado demonstra a necessidade do incentivo de indivíduos desta faixa etária à prática de um estilo de vida saudável.

Estudo Comparativo entre glibenclamida e metformina no tratamento da diabete melito gestacional

  • JULIANA BIZATTO, Graduando, jubizatto@hotmail.com
  • Carina Paula Pacheco, Graduando, carinappacheco@yahoo.com.br
  • Jean Carl Silva, Dr(a), jean@clinicavitae.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: diabete melito gestacional, hipoglicemiantes orais, gestação de alto risco

BACKGROUND: A insulina é uma terapia efetiva para controlar a glicemia materna na Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), porém cara e inconveniente. O uso de insulina necessita habilidade para manuseio, armazenamento e refrigeração que podem ser o maior problema nos muitos países em desenvolvimento. O uso de hipoglicemiante oral seria uma alternativa barata e de simples administração, além de ser igualmente segura a insulina de acordo com estudos randomizados recentes. OBJETIVO: Analisar os resultados preliminares da utilização da glibenclamida e da metformina no tratamento do Diabete Mélito Gestacional. MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado aberto, iniciado em julho de 2008, com previsão para término julho de 2010. Os sujeitos deste estudo são gestantes portadoras de DMG diagnosticadas entre a 11ª e 33ª semana de gestação, e que necessitam de tratamento medicamentoso para controle glicêmico, após terem assinado o termo de consentimento esclarecido. As pacientes são randomizadas para o uso de glibenclamida ou metformina, no serviço de gestação de alto risco da Maternidade Darcy Vargas. Os desfechos primários avaliados são efetividade, com o controle glicêmico, e segurança, com o peso do recém-nascido (RN) e glicemia capilar periférica (GCP) do RN na 1ª, 3ª e 6ª hora. RESULTADOS: Das 90 pacientes selecionadas até o momento, seis foram excluídas. Do total, 37 gestantes tiveram seus filhos, 18 foram randomizadas para o grupo da metformina e 19 no da glibenclamida. Não encontramos diferença nos grupos quanto à Idade, índice de massa corporal, ganho de peso durante a gestação. Seis (16,2%) pacientes necessitaram troca de terapia, três em cada grupo. Não encontramos diferença no peso fetal (p=0,72), seis (16,2%) RNs foram considerados GIGs, quatro no grupo da glibenclamida e dois no da metformina. As GCPs da 1ª (p=0,33) e 6ª hora (p=0,36) não apresentaram diferença, porém na 3ª hora a GCP foi menor (p=0,04) no grupo da glibenclamida. Apenas no grupo da glibenclamida três (8,1%) RNs apresentaram hipoglicemia (VN>39mg/dl). Três (8,1%) RNs necessitaram de cuidados em unidade de terapia intensiva, 1 por taquipnéia transitória, outro por prematuridade e o terceiro sem causa esclarecida. CONCLUSÃO: Até o presente momento comprovamos a efetividade das drogas sobre controle glicêmico, e sua segurança com poucos casos de RNs GIG e hipoglicemia neonatal. A escassez de sujeitos no estudo nos impossibilita inferir qual droga é melhor. Aguardamos randomização de mais gestantes e seus respectivos partos.

Apoio / Parcerias: Maternidade Darcy Vargas; Hospital Dona Helena; Hospital Unimed

FOTOIDENTIFICAÇÃO E VERIFICAÇÃO DO ÍNDICE DE RESIDÊNCIA DE Tursiops truncatus EM LAGUNA, SANTA CATARINA

  • RENAN LOPES PAITACH, Graduando, renan_ptch@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Fotoidentificação, Tursiops truncatus, Laguna

A fotoidentificação de pequenos cetáceos é uma técnica empregada na identificação de organismos em meio natural que consiste na obtenção de imagens que evidenciem características físicas que permitam identificá-los enquanto indivíduos. Este procedimento serve para diversas finalidades, como estimar áreas de vida, verificar níveis de residência e obter informações comportamentais. O objetivo do presente trabalho foi fotoidentificar a população de Tursiops truncatus que ocorre no canal de Laguna, criando-se um catálogo. A partir deste, estimar o índice de residência dos organismos catalogados, comparando com estudos anteriores da mesma população. O estudo ocorreu na praia da Tesoura, junto ao canal de desembocadura da lagoa do Santo Antônio, onde se verifica uma interação interespecífica rara entre T. truncatus e pescadores, denominada “pesca cooperativa”. Em campo as fotografias foram obtidas em terra, devido à proximidade dos animais em relação à praia. Foi utilizada uma máquina fotográfica digital Canon EOS 20D de 8 megapixels com lente zoom de 300mm. Os esforços foram direcionados para a captura de imagens da nadadeira dorsal em ângulo paralelo ao fotógrafo, de modo a expor marcas naturais, como “nicks”, nas bordas da nadadeira. Em laboratório as imagens foram transferidas para um computador e analisadas. Foram consideradas como inapropriadas para identificação as fotos que não representavam bem o individuo, seja por desajuste de foco ou ângulo desfavorável. Também foram desconsideradas imagens de indivíduos que não possuíam marcas suficientes para identificação. O nível de residência foi calculado a partir da equação: Índice de Residência (IR) = número total de avistagens do indivíduo/número de meses de esforço. Até o presente momento foram realizadas sete saídas a campo em meses diferentes, entre fevereiro de 2007 e julho de 2009, sem que houvesse um intervalo regular entre elas. Totalizaram-se 2321 fotos, sendo que 90% foram consideradas inapropriadas para identificação, das quais 8% foram de indivíduos que possuíam marcas insuficientes. Foram identificados e catalogados dezoito indivíduos, que receberam uma numeração. Treze indivíduos tiveram IR = 14%; três tiveram IR = 28%; um indivíduo teve IR = 42%; e um teve IR = 71%. O nível de residência de um organismo está diretamente ligado aos recursos alimentares e condições ambientais da região. Desta forma, é importante conhecer os padrões de residência de populações costeiras de pequenos cetáceos para contribuir com medidas de conservação destas espécies. O presente trabalho ainda esta em andamento para possibilitar resultados mais precisos.

Apoio / Parcerias: FAP - UNIVILLE

Identificações de ações ambientais e suas lideranças nas áreas urbanizadas do bairro Vila Nova e no Distrito de Pirabeiraba, em Joinville – SC

  • ANDREIA NUNES DA SILVA DE CAMPOS, Graduando, andreia.nunes.silva@univille.br
  • Elzira Maria Bagatin Munhoz, MSc, elzira.b@univille.br
  • Geisa Randig Tavares, Graduando, bio.geisa08@gmail.com
  • Nelma Baldin, Dr(a), nelma@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Relação educação e sensibilização ambiental, Educação ambiental, Lideranças estudantis e comunitárias

Este estudo, referente ao Projeto de Pesquisa “Identificação de ações ambientais e lideranças comunitárias nas áreas urbanizadas do bairro Vila Nova e no Distrito de Pirabeiraba, em Joinville – SC”, é uma fase do Projeto ESENSI (Educação e sensibilização: representações do patrimônio histórico, sócio – cultural e ambiental para as políticas sociais), ao qual está vinculado. Nessa etapa, busca-se delimitar e reconhecer as ações da área ambiental, relacionadas à relação educação e sensibilização ambiental e executadas pelas lideranças comunitárias e escolares (que serão devidamente identificadas) dos Bairros onde a pesquisa está sendo aplicada. Com essas informações, busca-se a organização de um banco de dados para que subsidiem as etapas que futuramente serão executadas no referido projeto. Este estudo possibilitará análises das ações de mobilização social em torno da questão sócio-ambiental, voltadas para a compreensão da dinâmica de organização dos processos coletivos e sociais. O objetivo geral é “comparar as informações coletadas junto às duas comunidades estudadas acerca da relação ‘educação sensibilização’ no que se refere a história, ao patrimônio, e ao ambiente, decorrente de um levantamento das fontes de informações junto à comunidade”. Em termos de metodologia, cumprem-se atividades como: Organização e revisão de estudos e leituras das informações sobre as áreas em estudo já disponíveis; buscar novas referências bibliográficas quanto à relação educação e sensibilização ambiental; delimitar as regiões em estudo com a definição daquelas urbanizadas; cadastramento e caracterização de ações de educação ambiental em andamento e referentes ás unidades escolares, e lideranças comunitárias com efetivo engajamento sócio – histórico ambiental nas comunidades em estudo; preparação de roteiros de questões para a aplicação de entrevistas pré-estruturadas; socialização dos resultados da pesquisa por meio de seminário acadêmico e elaboração de um artigo científico. Como a presente pesquisa constitui-se na etapa exploratória e diagnóstica do projeto ao qual está vinculada, com sua devida aplicação, espera-se: a sistematização do banco de dados das áreas em estudo, com as necessárias delimitações sócio– geográficas; a caracterização das principais atividades de cunho ambientalista realizadas nas comunidades em estudo, bem como de seus atores sociais e de suas principais lideranças (escolares e comunitárias), para que em uma etapa posterior, possam subsidiar as ações pedagógicas e ambientais a serem aplicadas e previstas no projeto ESENSI.

Implementação de um Programa de Promoção de Saúde Oral no Colégio da UNIVILLE, voltado à educação de professores e alunos.

  • BRUNO MONGUILHOTT CROZETA, Graduando, brunocrozeta@yahoo.com.br
  • EDWARD WERNER SCHUBERT, MSc, ewschubert@ig.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: educação, escovação, saúde bucal

O indivíduo traz do ambiente familiar hábitos de higiene bucal e dieta; que podem potencializar o risco de doenças bucais, especialmente a cárie dental. A escola representa um instrumento favorável na promoção da saúde oral pelo fácil acesso aos estudantes e seus professores. Os alunos encontram-se em seu ambiente, onde a receptividade das orientações é melhor. Os professores possuem um envolvimento psico-social com os alunos, e se devidamente orientados, interferem favoravelmente na difusão e consolidação de conhecimentos. Este conjunto “professores motivados”, que passam a ser instrumentos da disseminação do conceito “saúde bucal”, e “alunos estimulados” à promoção de saúde oral, alicerçados nos procedimentos preventivos, aperfeiçoam hábitos de alimentação e de higiene bucal. Este trabalho reconheceu as dificuldades e implantou um programa de promoção de saúde bucal diferenciado, voltado à motivação e educação de escolares e professores do ensino fundamental do Colégio da UNIVILLE (Joinville – SC). Caracterizado pela orientação e supervisão da higiene bucal dos alunos, em paralelo com a instrução de professores. Os participantes foram divididos em grupos, e realizadas atividades específicas: amostra A ( escolares - 1º ao 5º ano.): questionário inicial, teatros animados, escovação supervisionada, música, atividades lúdicas e questionário final. amostra B (professores do 1º ao 5º ano).: questionário inicial, palestras de orientação e conscientização sobre saúde bucal e questionário final. O levantamento do grau de conhecimento sobre higiene bucal, permitiu o saneamento das falhas observadas, e reforço dos pontos positivos, pela realização de atividades diferenciadas. Os alunos interagiam com os pesquisadores (música e teatro), percebendo que o profissional de saúde é amigo (atividades lúdicas) e que o hábito de higiene bucal pode ser um momento de diversão. Aos professores foram desmistificados os segredos da saúde bucal, mostrando uma promoção de saúde bucal simplificada, que bem conduzida, resulta em ganhos relevantes nos hábitos dos escolares. Este trabalho de motivação que vem sendo realizado (término novembro/2009) apresenta resultados parciais promissores. São eles: valorização da saúde bucal por crianças e professores; aumento do entusiasmo em realizar as atividades; as informações de promoção de saúde oral chegam aos familiares; nos professores, mudança de hábitos escovando os dentes de seus alunos após o lanche; interação na disseminação da saúde oral. Merece destaque a repercussão positiva no ambiente domiciliar, relatada espontaneamente pelos pais. Ao final das atividades, a elaboração de uma cartilha educativa, com foco nos assuntos abordados será desenvolvida e disponibilizada a todos os alunos e professores da escola.

Incidência de internações dos pacientes do ambulatório de doenças inflamatórias intestinais do hospital municipal são josé de joinville em 2009

  • GUSTAVO DE MATOS, Graduando, gutomatos4@hotmail.com
  • Heitor Andrade Cesar de Oliveira, Graduando, heitor_oliveira@hotmail.com
  • Harry Kleinubing Jr, Dr(a), hkleinubing@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Doença Inflamatória Intestinal, Hospitalização, Incidência

Introdução: As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) principais são a Retocolite Ulcerativa (RCU) e a Doença de Crohn (DC). São doenças crônicas que cursam de maneira imprevisível, com períodos de remissão e atividade, que quando graves necessitam de internação hospitalar. Objetivo: verificar a incidência de internações dos pacientes assistidos pelo Ambulatório de DII do Hospital Municipal São José de Joinville (HMSJ) no ano de 2009. Metodologia: os pacientes do ambulatório de DII do HMSJ quando internados foram entrevistados para obtenção de dados demográficos, informações a respeito da história da doença, tratamentos antes e durante a internação. Resultados: dos 115 pacientes assistidos no ambulatório do HMSJ, 7 (6%) necessitaram internação hospitalar. Os pacientes hospitalizados foram 4 do sexo masculino e 3 do sexo feminino, com idade média de 41,8 anos. Destes, 5 eram portadores de DC (71%) e 2 RCU (29%). O tempo médio de permanência dos pacientes no hospital foi de aproximadamente 31 dias. As crises graves foram o principal motivo de internação entre os pacientes, com 58% dos casos, já fístula e estenose intestinal representaram 14% cada. O tempo de diagnóstico de DII foi em média 4 anos e 7 meses. Antes da internação as medicações utilizadas pelos pacientes foram: corticóides (40%), imunossupressores e aminossalicilatos (30% cada). Durante o período hospitalar o corticóide foi utilizado em 50% das vezes, antibióticos 25% das vezes, Imunossupressores e Infliximabe 12,5% das vezes. Procedimentos cirúrgicos foram realizados em 29% dos pacientes e 42% deles já apresentaram alguma internação prévia em função da DII. Conclusões: até o momento a incidência de internação nos pacientes do Ambulatório do HMSJ foi semelhante à literatura, foram causadas principalmente por crises da doença, e na grande maioria devido à DC (71%). Entretanto, tiveram tempo de duração maior. Observou-se também alta recidiva de internações, em 42% dos casos, e quanto às cirurgias, 21% já havia realizado anteriormente à internação. E mesmo número foi encontrado para cirurgias na internação atual (21%).

Intra murus: Ferramenta didática que enfatiza o uso das normas de biossegurança

  • FELIPE BEHLING GOMES, Graduando, felipe.behling@univille.br
  • Francieli Siqueira dos Passos, Graduando, francieli_rs@yahoo.com.br
  • Guilherme Debortoli, Graduando, guilhermedebortoli@yahoo.com.br
  • Ana Verônica PM Pazmino, MSc, anaverpw@yahoo.com
  • Marco Fabio Mastroeni, Dr(a), marco.mastroeni@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Biosseguranca, Jogos, Laboratório

Objetivo: Desenvolver um jogo interativo, do tipo tabuleiro, voltado ao tema biossegurança em laboratórios de pesquisa, saúde e áreas afins. Metodologia: O jogo, elaborado a partir de uma parceria entre os Departamentos de Design e de Ciências Biológicas no período de março de 2008 a agosto de 2009, teve sua idéia projetada segundo uma entrevista realizada com os alunos do Curso de Biossegurança da Univille, em sua 10ª edição. Como resultado dessa entrevista, 89,8% dos alunos relataram preferência por um jogo de biossegurança tipo tabuleiro. O jogo foi elaborado utilizando-se como base uma das ferramentas utilizadas anualmente nos Cursos de Biossegurança da Univille. Tal ferramenta foi aprimorada até chegar-se a um tamanho, lay out e forma lúdica ideais. Um protótipo do jogo foi testado com alunos do Curso de Ciências Biológicas e professores dos cursos de Engenharia Química, Farmácia, Ciências Biológicas e Biologia Marinha em agosto de 2009. O nome Intra murus, designação em latim para “dentro dos limites”, fornece a idéia de montar um laboratório utilizando-se os limites previstos na biossegurança. Resultados: O Intra murus foi construído nos seguintes materiais/peças: 1 Tabuleiro em chapa metálica, representando a planta baixa de um laboratório; 23 equipamentos utilizados em laboratórios de microbiologia, biotecnologia e biologia molecular, produzidos em manta imantada; 1 Tabuleiro Pré-laboratório, produzido em adesivo impresso sobre uma chapa de PVC tamanho A4; 23 cartas-ajuda, contendo a imagem dos equipamentos e a referida finalidade no verso. Todas as peças foram confeccionadas em escala 1:25. Após a configuração final do jogo, 200 unidades serão produzidas e comercializadas pela Editora Univille. Todos os participantes do projeto terão seus direitos autorais garantidos com o registro da marca. Discussão: No Brasil existem somente dois jogos envolvendo especificamente o tema Biossegurança, ambos elaborados em formato virtual. Desde a década de 90 tal área tem crescido acentuadamente no país, mas a elaboração de materiais didáticos que facilitem a fixação do tema ainda é incipiente. É de fundamental importância incentivar a geração de projetos que criem formas lúdicas para atrair a atenção da biossegurança ainda no ensino médio. Essa característica certamente irá possibilitar o ingresso do profissional no ambiente laboratorial de forma segura diminuindo-se, com isso a geração de acidentes. Conclusão: Existe um potencial ainda não explorado para a criação de material didático nas mais diferentes áreas. Incentivar a geração de editais que direcionem o desenvolvimento de projetos didáticos é, certamente, um ponto a ser trabalhado.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa – FAP/Univille

Índice de complicações da orquiectomia em coelhos

  • JOANNA TEREZA PARIZOTTO, Graduando, joannaparizotto@gmail.com
  • Harry Kleinubing Junior, Dr(a), hkleinubing@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: orquiectomia, complicações pós-operatórias, coelho

Introdução: para pesquisar a influencia da testosterona na cicatrização das anastomoses intestinais é necessário comparar anastomoses na presença e ausência desse hormônio. Para obter cobaias sem testoterona utiliza-se a ablação hormonal mediante a orquiectomia. Objetivo: avaliar o índice de complicações da orquiectomia em coelhos no serviço de cirurgia experimental da Univille. Metodologia: 40 coelhos machos, da raça Nova Zelândia, adultos, com peso entre 2 e 3 Kg foram submetidos à orquiectomia nos meses de junho e julho de 2009. Os animais receberam identificação na pata dianteira juntamente com peso correspondente. Como anestésicos utilizaram-se Acepromazina 2 mg/kg−1 associada á dexametasona 0,2 mg/ kg−1 e cetamina 15 mg/kg−1 subcutâneo quinze minutos antes do início da tricotomia. E 10 minutos antes de iniciar cirurgia, cetamina 50 mg/kg−1 subcutânea. Após antissepsia do escroto, colocação dos campos operatórios esterilizados e teste do plano anestésico através estímulo doloroso, fez-se incisão mediana anterior do escroto, abertura da túnica vaginal e exteriorização dos testículos, estes foram excisados juntamente com os epidídimos. O escroto foi suturado com fio de categute cromado 3-0 e a pele com nylon 4-0. Nos cuidados pós-operatórios os coelhos receberam medicação analgésica (paracetamol 10 mg/kg), administrada por via oral a cada 12 horas, água e ração ad libitum. Os animais foram avaliados diariamente por 7 dias quanto ao estado da ferida operatória, peso, estado geral e ingesta diária. Não se fez lavagem da ferida ou retirada dos pontos. Resultados: dos quarenta animais orquiectomizados, nove apresentaram algum tipo de complicação relacionada à ferida operatória. Destes, sete tiveram deiscência com secreção purulenta, sendo que em um ocorreu também secreção sanguinolenta. Um coelho apresentou somente deiscência e outro, necrose do saco escrotal. Não houve mortalidade. Conclusão: o índice de complicação da orquiectomia com anestesia local e sedação foi de 20 % nessa amostra, não houve mortalidade.

LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA NA BARRA DA LAGOA DO ACARAÍ, SÃO FRANCISCO DO SUL, SANTA CATARINA.

  • THAMIRES CRISTINA PENA REIS, Graduando, thamiresreis@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Graduando, mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Avifauna, Lagoa do Acaraí, Diversidade

A desembocadura de rios e lagoas exerce uma forte influência sobre a diversidade de espécies de aves marinhas e costeiras. Nestes ambientes vivem diferentes espécies de aves que utilizam os recursos alimentares disponíveis no local, exercendo um importante papel no controle populacional de invertebrados marinhos e peixes. Além disso, algumas espécies de aves são excelentes indicadores biológicos, pois indicam rapidamente qualquer impacto ambiental. Este estudo teve como objetivo caracterizar a comunidade de aves na barra da lagoa do Acaraí. A área localiza-se na planície litorânea da ilha de São Francisco do Sul, entre as praias de Enseada e Ubatuba. O complexo hídrico existente nessa local é formado pela lagoa do Acarai, que dá nome também a uma unidade de conservação (Parque Estadual do Acarai) e inclui as nascentes do rio Perequê e lagoa do Capivaru. Para a coleta de dados foram estabelecidas duas transecções: uma seguindo a margem da lagoa até o mar (750 metros) e outra junto à linha de praia, numa distância de aproximadamente 500 metros. As transecções foram percorridas semanalmente a pé e as observações foram realizadas com o auxílio de binoculares (7x35). Foram registradas todas as aves que estivessem pousadas nas margens ou sobrevoando a área. Para cada registro foi identificada a espécie e quantificado o número de indivíduos. Como referência para a nomenclatura e indicação do status das espécies observadas foi utilizado o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Até o momento foram realizados 9 censos, entre junho e agosto de 2009. Foram registradas 25 espécies, pertencentes a 10 ordens, 17 famílias e 21 gêneros. Larus dominicanus (58,96%), Rynchops niger (20,72%), Sterna trudeaui (3,82%) e Vanellus chilensis (3,74%), foram as espécies mais abundantes. As espécies menos abundantes foram Thalasseus sandvicensis (2,1%), Athene cunicularia (1,56%), Pitangus sulphuratus (1,4%), Fregata magnificens (1,25%), Coragyps atratus (1,25%), Cathartes aura (0,78%), Egretta thula (0,70%), Charadrius collaris (0,47%), Caracara plancus (0,47%), Haematopus palliatus (0,47%), Sterna hirundinacea (0,31%), Ardea alba (0,31%), Egretta caerulea (0,23%), Chloroceryle amazona (0,23%), Passer domesticus (0,23%), Colaptes campestris (0,23%), beija- flor (0,23%), Megaceryle torquata (0,16%), Turdus rufiventris (0,08%) e Phalacrocorax brasilianus (0,08%). Apenas uma espécie não foi identificada, representando 0,23 %. As espécies avistadas até o momento são todas residentes, ou seja, possuem evidências de reprodução no país. O estudo possui duração anual, sendo assim é possível a ocorrência de registros de outras espécies de aves.

Apoio / Parcerias: FAP - UNIVILLE

Linfopenia como marcador diagnóstico de sepse grave (SG)

  • MICHELE SALFER, Graduando, michele.salfer@gmail.com
  • ANDERSON R ROMAN GONÇALVES, Dr(a), roman@netvision.com.br
  • JANAINA FEIJÓ, E, janafeijo@yahoo.com.br
  • DIMITRI SAUTER POSSAMAI, Graduando, dimitripossamai@yahoo.com.br
  • LOUISE TRINDADE, E, louise_trindade@yahoo.com.br
  • MILTON CALDEIRA FILHO, Dr(a), dimitripossamai@yahoo.com.br
  • GLAUCO ADRIENO WESTPHAL, Dr(a), glauco.w@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: LINFOPENIA, SEPSE GRAVE, MARCADOR DIAGNÓSTICO

Objetivo: Testar os valores da leucometria diferencial como elemento auxiliar na distinção entre SIRS e sepse grave. Método: Estudo retrospectivo em que se avaliou a leucometria de quatro grupos de indivíduos: 1. Hemocultura positiva (HP); 2. Sepse grave (SG); e 3. SIRS (pós-operatório imediato ou politraumatismo). A partir da construção de curvas ROC determinou-se a sensibilidade e especificidade de cada componente do leucograma em predizer sepse grave. Os grupos foram comparados entre si a partir do teste t de Student. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados: Foi avaliado o total de 183 leucogramas (HP = 81, SG = 68 e SIRS = 34). Não houve diferença quanto à idade e ao sexo entre os grupos. A comparação da leucometria diferencial entre os grupos HP e SG foi semelhante, exceto nos monócitos (p<0,05). Os grupos HP e SG tiveram número significativamente menor de linfócitos que o grupo SIRS (HP: 971±1123 céls/mm3; SG: 959±796 céls/mm3 e SIRS: 1714±770 céls/mm3; p<0,01), ao contrário dos demais componentes da leucometria. A contagem de linfócitos menor que 1100 céls/mm3 foi capaz de discriminar HP de SIRS (sens: 78%; esp: 88%; ASC ROC: 0,83±004; 95% IC: 0,5 to 0,89) e SG de SIRS (sens: 68%; esp: 88%; ASC ROC: 0,79±005; 95% IC: 0,7 to 0,87). A capacidade discriminatória entre SIRS e infecção pelos demais elementos da leucometria foi irrelevante. Conclusão: O presente estudo demonstrou que a linfopenia (<1100 céls/mm3) pode ser um marcador auxiliar na diferenciação entre sepse grave e SIRS.

Melhora no cumprimento da prescrição do suporte nutricional enteral em pacientes internados na UTI após treinamento dos profissionais envolvidos no suporte nutricional do paciente grave

  • Dimitri Sauter Possamai, Graduando, dimitripossamai@yahoo.com.br
  • Michele Salfer, Graduando, michele.salfer@gmail.com
  • Luciano Honório da Silva Oba, Graduando, luciano_oba@yahoo.com.br
  • Janaína Feijó, E, janafeijo@yahoo.com.br
  • Milton Caldeira Filho, Dr(a), dimitripossamai@yahoo.com.br
  • Glauco Adrieno Westphal, Dr(a), glauco.w@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Nutrição, Terapia Intensiva, Aporte Calórico

Objetivos: Avaliar o cumprimento, ou administração total da quantidade prescrita do suporte nutricional enteral em pacientes internados na UTI após treinamento dos profissionais envolvidos no suporte nutricional do paciente grave. Metodologia: Estudo prospectivo do tipo antes-depois. Fase I: foi avaliada a administração correta da prescrição do suporte nutricional enteral (calorias prescritas vs calorias administradas) em pacientes internados na UTI. Fase II: após a abordagem da equipe multidisciplinar sobre a importância do suporte nutricional adequado no doente crítico, foram realizadas novas avaliações do cumprimento da prescrição da oferta nutricional. As fases que foram comparados entre si com o teste t de Student. Resultados: 148 prescrições foram avaliadas, 87 na Fase I e 61 na Fase II. Na Fase I a média calórica ofertada (1212±498 kcal) totalizou 64% do prescrito (1896±331 kcal; p<0,001). Na Fase II a média calórica ofertada (1643±455 kcal) resultou em 89,3% do prescrito (1841±273 kcal; p<0,001). Comparando as duas fases, houve aumento significativo da oferta calórica (Fase I: 1212±498 kcal vs Fase II: 1643±455 kcal; p<0,001) e do cumprimento da dieta prescrita (Fase I: 64% vs Fase II: 89,3%; p<0,001). Conclusões: O treinamento específico da equipe multidisciplinar resultou em maior cumprimento da prescrição do suporte nutricional enteral nos pacientes internados na UTI do Hospital Municipal São José de Joinville.

Apoio / Parcerias: Hospital Municipal São José

Morbimortalidade da anastomose colônica com telescopagem comparada com a anastomose colônica término-terminal em coelhos

  • Dimitri Sauter Possamai, Graduando, dimitripossamai@yahoo.com.br
  • Mariolivo Mognol, E, mognol@terra.com.br
  • Antônio Bedin, MSc, abjoi@uol.com.br
  • Michele Salfer, Graduando, michele.salfer@gmail.com
  • Harry Kleinubing Júnior, Dr(a), hkleinubing@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Telescopagem, Cirurgia experimental, Anastomose intestinal

Introdução: As cirurgias colorretais ainda estão associadas a significantes taxas de morbimortalidade, muito relacionadas a falhas na linha de sutura. Várias técnicas tem sido testadas na tentativa de diminuir as complicações anastomóticas. Objetivo: Comparar o índice de complicações do método de anastomose colônica término-terminal com o método de anastomose com telescopagem em coelhos. Método: Foram utilizados 20 coelhos adultos randomizados em dois grupos de dez animais através de sorteio. Os animais foram submetidos à ressecção de cólon e anastomose término-terminal (grupo TT) ou com telescopagem (grupo T) conforme randomização. No 14° dia de pós-operatório foram submetidos à eutanásia e avaliadas as complicações pós-operatórias e as anastomoses comparando-se os grupos. Resultados: A mortalidade no grupo T foi de 30% (3 coelhos) comparativamente com o grupo TT que obteve uma mortalidade de 10% (1 coelho). No grupo T observou-se maior índice de estenoses (40%) em relação ao grupo C (20%). Entretanto no grupo TT evidenciou-se maiores índices de fístulas e abscessos, 40% e 60% respectivamente, quando comparadas ao grupo T, 20% e 20%. Conclusão: A técnica de anastomose com telescopagem não apresentou vantagens em relação à técnica término-terminal na amostra estudada.

NATAÇÃO NA FAIXA ETÁRIA 10 A 12 ANOS

  • ANDRESSA LOPES PEREIRA, Graduando, dessa_swimmer@hotmail.com
  • FRANCINE PABST, Graduando, fan_chine@hotmail.com
  • PATRICIA ESTHER FENDRICH MAGRI, MSc, pef.magri@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Natação, Características, Faixa etária

Introdução: A faixa etária 10 a 12 anos marca o início da adolescência, período que ocorre rápidas alterações físicas, psicológicas ou sociais, e possibilitam a transição da infância para a vida adulta. Nesta etapa a natação contribui para o crescimento moral, sendo essencial para a socialização. Também permite o aprendizado e o aperfeiçoamento do nadar proporcionando uma vida mais saudável. Objetivo: Estudar as características da faixa etária, analisar a proposta de dois autores para o ensino da natação e visitar uma academia para assistir aulas de natação. Metodologia: Pesquisa realizada em três etapas: na primeira e segunda etapa foram realizadas pesquisas bibliográficas sobre as características cognitivas, físico-motoras e sociais e a proposta de dois autores para o ensino da natação na faixa etária. Na sequência foi realizada visita à academia para a observação de três aulas a partir de um roteiro pré-estabelecido. Resultados: Na primeira etapa percebeu-se que as alterações no processo de maturação mudam de indivíduo para indivíduo e ocorrem em momentos diferentes para os meninos e meninas. Entendeu-se que, muitas das habilidades motoras especializadas são desenvolvidas na adolescência, sendo o professor de Educação Física um dos responsáveis por esse feito, bem como de ajudar no controle emocional e no aproveitamento do aprendizado, tornando o esporte um fator importante para a socialização. Na segunda etapa entendeu-se que a metodologia de ensino da natação para essa faixa etária, em geral, é a mesma utilizada a partir dos 6 anos de idade, pois o objetivo é a adaptação ao meio líquido e na sequência o aprendizado e aperfeiçoamento dos estilos. As aulas seguem um cronograma de planejamento, com os conteúdos desenvolvidos conforme o objetivo da semana e/ou módulos e as aulas são estruturadas considerando as características da faixa etária e dos níveis de habilidade. Na terceira etapa foi possível observar que cada professor utiliza a sua metodologia de ensino, com base em cursos, livros e experiências obtidas com outros profissionais. As turmas são divididas por faixa etária e por níveis, embora muitos alunos sejam matriculados em níveis que não correspondem com a sua habilidade. Conclusões: Essa vivência possibilitou entender as mudanças que ocorrem na adolescência e o quanto o professor desempenha um papel importante no desenvolvimento desses jovens. Estes são capazes de nadar os quatro estilos e realizar os seus fundamentos, ocorrendo à melhora da técnica e da condição aeróbica de acordo com a prática das aulas.

O papel da estratégia do Programa de Saúde de Família na prevenção de recorrência de Acidente Vascular Cerebral

  • TALITA ANGEOLETI BUSS, Graduando, talita.buss@hotmail.com
  • Ana Carolina de Aragão, Graduando, ana_luck@hotmail.com
  • Alexandra Goetze, Graduando, ale_goetze@hotmail.com
  • Roberta, Graduando, robertinhagw@hotmail.com
  • Priscila Ferst, Graduando, priferst@gmail.com
  • Danieli Diovana Dadan, Graduando, dani_dadan@hotmail.com
  • Norberto Luiz Cabral, MSc, nlcabral@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral, Recorrência de AVC, Programa da Sáude da Família

Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de óbito por doença cardiovascular no Brasil. Vítimas de AVC são de alto risco para morte e recidiva de AVC. A prevenção secundária, após o primeiro evento de AVC, é direcionada para reduzir esses riscos. Em nosso meio é desconhecido o papel da estratégia de acompanhamento ambulatorial na prevenção secundária do AVC. O objetivo deste estudo é avaliar a não inferioridade do modelo de assistência ambulatorial publica do Programa de Saúde da Família (PSF) na prevenção de recorrência ou óbito onde comparado a unidades não PSF. Métodos: Estudo de caso-controle aninhado à coorte do estudo Joinvasc. Pacientes com primeiro episódio de AVC em Joinville entre 2005 e 2007, internados em hospitais públicos, que não tenham ido a óbito nos primeiros trinta dias e com 3 ou mais consultas regulares nos ambulatórios PSF e NÃO-PSF, seguidos no mínimo por 6 meses, foram comparados quanto a ocorrência de óbito ou recorrência de AVC. Resultados: Dos 834 casos de primeiro evento de AVC, apenas 87 preencheram os critérios de inclusão. Recorrência ou óbito ocorreu em 48% (10/41) dos pacientes atendidos no PSF, e 47% (11/46) dos atendidos em NÃO-PSF. Discussão: As taxas de recorrência/óbito em pacientes pós-AVC não é diferente no modelo de PSF comparado ao modelo não PSF. Esses achados podem ser utilizados na discussão do modelo de atendimento ambulatorial em pacientes com alto risco cardiovascular.

Os sentidos e significados atribuídos ao processo de inclusão escolar por pais de alunos que não apresentam necessidades educacionais especiais cujos filhos estudam em uma escola que atende alunos com deficiência

  • CAROLINA LOPES PEREIRA DOS SANTOS, Graduando, carolina.l@univille.br
  • Sonia Maria Ribeiro, MSc, soniavile@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: inclusão escolar, necesidades educacionais especiais, pais

O presente estudo foi elaborado vinculado ao projeto de investigação desenvolvido “PRIENE – “Inclusão dos estudantes com necessidades educacionais especiais na escola básica: (re)pensando a ação do professor e o papel da família nas práticas inclusivas.Tendo em vista o impacto das experiências vividas pela criança no ambiente escolar e familiar, vale enfatizar que a família será a referência na construção de valores e condutas da criança no que concerne na convivência em um ambiente diversificado. Diante do exposto evidencia-se o papel da família na construção de conceitos favoráveis ou não favoráveis em relação à educação inclusiva, mais especificamente na inclusão escolar de crianças com deficiências. O objetivo deste estudo é identificar os sentidos e significados atribuídos ao processo de inclusão escolar por pais de alunos que não apresentam necessidades educacionais especiais cujos filhos estudam em uma escola que atende alunos com deficiência. Além de investigar as concepções de inclusão/exclusão social das pessoas com deficiência junto aos pais, verificar os sentimentos gerados pelos pais quando seus filhos estudam em escolas que possuem educação inclusiva e também compreender se as famílias se percebem como parte constituinte do processo de educação escolar de seus filhos. Este estudo se caracterizou como pesquisa de campo investigativa sendo que foi utilizado como instrumento de pesquisa entrevista semi-estruturada com 4 pais que possuem seus filhos matriculados em uma escola do município, reconhecida pelo trabalho que desenvolve na proposta da educação inclusiva. A partir das informações colhidas está sendo feita uma análise que leva em conta as discussões levantadas e as concepções dos participantes sobre os temas discutidos.

Perfil de dissolução de micropartículas de Eugragit® E e PHB contendo sinvastatina

  • PAOLA ALINE AMARANTE BORBA, Graduando, paola_borba@hotmail.com
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Giovana Carolina Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: sinvastatina, dispersões sólidas, Eugragit® E e poli(hidroxibutirato).

A sinvastatina pertence à importante classe das estatinas, que são os compostos mais eficazes para o controle da hipercolesterolemia e prevenção da aterosclerose. Entretanto, devido à sua baixa dissolução em meio aquoso, esse fármaco pode apresentar biodisponibilidade insatisfatória quando administrado pela via oral. O objetivo deste trabalho foi aumentar o perfil de dissolução da sinvastatina por meio da microencapsulação/liofilização com Eugragit® E e poli(hidroxibutirato) (PHB). Os ensaios de dissolução do fármaco isolado e das micropartículas foram realizados no aparato 1 da Farmacopéia Americana (100 rpm), utilizando-se 500 mL de ácido clorídrico 0,1N pH 1,2 a 37 ºC. Alíquotas foram coletadas em intervalos de 5, 10, 15, 20 e 40 minutos, sendo a quantificação realizada por espectrofotometria de absorção no UV (lmáx = 238,5 nm). Os testes foram conduzidos em triplicata, empregando-se cápsulas gelatinosas contendo 5 mg de sinvastatina ou quantidade equivalente do fármaco na forma de micropartículas. Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios, observando-se um aumento de aproximadamente seis vezes na liberação da sinvastatina a partir das micropartículas, com mais de 80% de fármaco dissolvido em apenas 15 minutos, em comparação ao fármaco isolado.

Apoio / Parcerias: Fundação de Apoio à Pesquisa da UNIVILLE (FAP UNIVILLE).

PREVALÊNCIA DE PATÓGENOS CAUSADORES DE VAGINOSE E VAGINITES EM MULHERES ATÉ A 20ª SEMANA DE GESTAÇÃO ATENDIDAS NA REDE PÚBLICA DE JOINVILLE, SC.

  • ADRIANA CRISTINA TELLES, Graduando, adriana.telles@univille.br
  • MARIANE CRISTINA GUTTERVILL LEITE, Graduando, marianecgl@hotmail.com
  • JEAN CARL SILVA, Dr(a), jean@clinicavitae.com.br
  • ROSENEIDE CAMPOS DEGLMANN, MSc, roseneide_campos@click21.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Parto prematuro, Vaginose bacteriana, Gestantes

Resumo: A Organização Mundial de Saúde define Trabalho de Parto Prematuro aquele que ocorre com menos de 37 semanas completas de gestação. A prematuridade é responsável por 70% da morbimortalidade perinatal nos países em desenvolvimento e sua ocorrência é inversamente proporcional à idade gestacional no parto e o peso ao nascer. Sua incidência é variável, dependendo das características populacionais, na Europa está entre 5% a 12,5% dos nascimentos e no Brasil a média de 9,3%. A Vaginose Bacteriana (VB) aumenta 2 vezes o risco de parto pré-termo, sendo maior quando presente antes da 16ª semana de gestação. Objetivo: verificar os principais patógenos causadores de vaginte e vaginose bacteriana em gestantes até a 20ª semana de gestação, atendidas no serviço de saúde pública de Joinville SC, em 2009. Método: Foram incluídas as mulheres com idade gestacional até a 20ª semana, primeiro filho, não apresentavam nenhum fator risco, atendidas na rotina de pré-natal no laboratório municipal de análises clínicas. Os grupos foram divido através de sorteio, onde um grupo realizou a coleta do material vaginal e o outro seguiu a rotina normal do pré-natal (grupo controle). A coleta do material vaginal foi realizada com um swab estéril introduzido no fundo de saco posterior da vagina para a confecção de 02 lâminas de esfregaço, semeadura em caldo de Brain Heart Infusion (BHI), exame direto em salina e cultura de fungos. Os critérios adotados para o diagnóstico de VB foram de Amsel e col., 1983 e Nuget e col., 1991. As leveduras foram identificadas pelas provas de tubo germinativo, auxanograma, zimograma e urease. Resultados: Das 53 gestantes investigadas, 34 não apresentaram alteração e 19 apresentaram alteração na sua biota vaginal. Destas, 04 apresentaram VB por Gardnerella vaginalis, 07 vaginites por Candida spp, 07 tiveram neutrofília com predomínio de Bacilos Gram positivo atípicos e 01 caso de tricomoníase. Conclusão: Pode-se verificar neste estudo que a maioria das gestantes na 20ª semana de gestação teve sua biota normal. As gestantes com alteração na biota apresentaram bacilos Gram positivos atípicos como principal agente etiológico.

Apoio / Parcerias: Maternidade Darcy Vargas Secretaria Municipal de Saúde de Joinville

Proposição de plano de negócios em academias de ginástica: um estudo de caso

  • DOUGLAS DE MENEZES STRELOW, Graduando, dougstrelow@ig.com.br
  • Diego dos Santos Florio, Graduando, orlandflorio@hotmail.com
  • Geraldo Ricardo H. Campestrini, MSc, geraldocamper@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Academia, Atividade física, Clientes

Vivemos num mundo globalizado, onde a população é influenciada por seus afazeres e compromissos, fazendo com que as mesmas esqueçam de cuidar da sua saúde. A atividade física é uma forma de melhorar cada vez mais a qualidade de vida das pessoas. Estudos comprovam que boa parte da falta de saúde é causada pela inatividade física. Nesse sentido, nos últimos anos o número de academias vem aumentando, proporcionando uma oportunidade para as pessoas mudarem seus hábitos. A academia é sinônimo de atividade física, supervisionada e orientada por profissionais que buscam oferecer a seus clientes melhor qualidade de vida, objetivando sua satisfação com os serviços oferecidos e com o resultado positivo que obtém por meio da prática da atividade física. Saba (2001) enfatiza que as academias de ginástica, em geral, são lugares nos quais as pessoas freqüentam com o intuito de melhorar sua qualidade de vida, tanto em relação à estética quanto a prática do lazer, sendo também um ótimo lugar para relacionar-se com outras pessoas. Partindo do ponto que a aderência à atividade física não é muito difícil, pois grande parte do que a pessoa ouve, lê ou vê alerta para os benefícios da atividade física, portanto, a manutenção do cliente dentro da academia é o grande problema enfrentado por estas empresas. Dessa forma, este estudo tem como objetivo revelar os motivos que promovem a saída dos clientes da academia X, situada na cidade de Joinville - SC. Foi necessário realizar uma visita à academia e analisar os pontos que são essenciais para a comodidade do cliente no local que o mesmo realiza sua atividade física, ou seja, no primeiro momento o procedimento para o estudo foi uma observação da academia para a partir das informações obtidas, utilizando-se referencial bibliográfico, fundamentar propostas que indiquem melhorias nos índices de evasão na academia. Portanto, o primeiro passo deste trabalho será a aquisição dos principais índices de evasão da academia, com isso, ao final do estudo de caso, foi elaborado um plano de negócios, ferramenta esta que a de servir como fundamento para todas as ações futuras da empresa, bem como, possibilitar a academia X implementar técnicas administrativas que hão de minimizar a saída “prematura” do seu quadro de clientes, vitalizar o seu efetivo e consequentemente aumentar o faturamento da empresa.

Apoio / Parcerias: AJR Júnior Empreendimentos Esportivos - UNIVILLE

Recursos florais de abelhas nativas no arboreto de plantas medicinais do campus Joinville da UNIVILLE

  • CAROLINE FURTADO NOBLE, Graduando, carolinenoble@hotmail.com
  • Leonardo Neitzel, Graduando, neitzel@live.jp
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: plantas medicinais, recursos florais, abelha

Este projeto propõe-se verificar as inter-relações entre abelhas e plantas medicinais da Univille, com o fim de investigar a presença de pólen das espécies medicinais e tóxicas no mel e no pólen das colônias, visando detectar uma eventual associação abelha-flor que promoveria um incremento da produção de plantas medicinais. Durante as coletas abelhas foram observadas sobre as plantas, semanalmente, durante 12 horas e as condições ambientais registradas. A preparação das lâminas de pólen seguiu as recomendações de Erdtmann (1952, 1960) para a formação da palinoteca. Os dados apresentados são de março a julho/2009. Foram amostrados 2.358 indivíduos e identificadas 24 espécies de abelhas pertencentes a 3 das 5 subfamílias de Apidae, totalizando 11 Tribos, sendo Apinae a família mais rica (8 tribos) seguida de Halictinae e Megachilinae. Apinae (mais abundante) teve 14 táxons (96% dos indivíduos), Haictinae (7 taxons) e (2%) e Megachilinae (5) e (1%). As espécies mais abundantes foram Tetragonisca angustula seguida por Apis mellifera (35%) e Trigona spinipes. O esforço de coleta foi de 13,1 abelhas/hora amostradas. 84% das aproximações das abelhas foram de aterrisagem direta, 6% aterrisagem indireta e hesitação e 4% visita ilegítima. Predominou a coleta de néctar, seguida da de pólen, cera/óleo e resina. Foram realizadas acetólise para seis espécies botânicas. Para a espécie Bixa orellana, foram obtidas as seguintes medidas: VE (c1= 7,29µm ± 8,88; c2= 35,77µ ± 2,28) VP (c = 24,54µm ± 2,33), com colpos (c1= 17,48µm ± 1,35 e c2= 2,04µm ± 0,44µm). Para Passiflora alataa: VP (c=76,02µ ± 7,45 e até a abertura do colpo c=57,93µm ± 7,45) VE (c1=66,18µm ± 3,51µm e c2=71,71µm ± 3,90). Não foram capturados indivíduos de Colletinae e Andreninae (táxons de ocorrência mais restrita) A abundância das espécies foi influenciada por Apis mellífera podendo estar relacionado ao fato da área de estudo ser em ambiente antropizado. Entretanto foi observada a presença de Euglossa anodorhynchi com preferência floral por Plectrantus grandis e Dichorisandra thyrsifolia assim como a espécie Eulaema sp 1, de ocorrência em ambientes mais preservados, denotando a situação ambivalente do local. As espécies parasitóides (Coelioxis sp 1) revelam associações de ambientes ricos apidiversamente. A aterrisagem direta é a de menor gasto energético o que estabelece a preferência floral por espécies de flor aberta. A coleta predominante de néctar é reflexo da singularidade do arboreto (somente plantas medicinais). Têm-se evidenciado preferências florais das abelhas interessantes, que devem elucidar a interação inseto-flor em termos medicinais.

Apoio / Parcerias: PBIC - art. 170

Redução do Percentual de gordura e melhora da capacidade Cardiorrespiratória de idosos através da prática de Atividades Físicas com acompanhamento nutricional.

  • PAULA STORK MACHADO, Graduando, paula.stork@univille.br
  • Edineia da Luz, Graduando, edineia.luz@bol.com.br
  • Luana Otto, Graduando, luana.otto@univille.br
  • Silmara Silva Mastroeni, MSc, silmara.mastroeni@univille.br
  • Carla Werlang Coelho, MSc, carla@joinville.udesc.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Percentual de gordura, Vo2 Máximo, Idosos

Introdução: O Programa de Atividade Física e Saúde para Idosos (PAFSI), vem sendo desenvolvido na universidade há quatro anos objetivando o desenvolvimento dos quatro componentes da aptidão física para a saúde. Neste ano foi inserido orientação nutricional com acompanhamento de profissionais de nutrição e gastronomia. Objetivo: Verificar a influência do programa de exercícios físicos na redução do percentual de gordura e na capacidade cardiorrespiratória dos idosos. Metodologia: A amostra foi composta por 17 idosos (12 mulheres e 5 homens), com média da massa corporal de 71,71±8,50 kg (médio±desvio padrão), estatura de 158,74±6,98 cm e idade de 64,4±2,94 anos. O Volume Máximo de Oxigênio (VO2 Máx) para avaliar o grau de condicionamento dos indivíduos foi avaliado através do teste de uma milha de Rockport, onde se caminha 1.600m em velocidade constante, e o Percentual de Gordura (%G) através do protocolo de Durnin & Womersley que é calculado através de 4 dobras cutâneas, sendo que o pré-teste e o pós-teste foram separados por um período de 14 semanas de exercícios físicos. O programa foi constituído de duas sessões semanais de 60 minutos. Uma sessão foi composta por 20 minutos de aquecimento articular e caminhada; 20 minutos com 8 exercícios resistidos (1 série com 12 repetições); 5 minutos de exercício aeróbico e 15 minutos de alongamentos. Após algumas semanas de treinamento, foi mudado a sessão para 5 minutos de alongamentos 15 minutos de aquecimento, 20 minutos exercícios resistidos (2 séries de 8 repetições) mais 5 minutos de aeróbico e os 15 minutos de alongamentos. Resultados: Os resultados encontrados são apresentados na tabela 1 Tabela 1. Valores médios do Volume Máximo de Oxigênio e do Percentual de Gordura dos idosos participantes do PAFSI. Gênero Nº Amostral VO2 Máx (ml/kg/min) %G Pré-Teste Pós-Teste Pré-Teste Pós-Teste Masculino 5 27,5±2,3 27,0±3,4 34,8±1,5 34,4±2,7 Feminino 12 21,0±4,3 21,7±4,8 40,3±5,0 38,3±3,5 Conclusão: Analisados os dados pode-se observar que o %G teve uma boa redução, principalmente na amostra feminina tendo diminuído 2%, e a parte cardiorrespiratória teve um aumento regular na amostra. Conclui-se então que através da prática de exercícios resistidos e aeróbicos juntamente com acompanhamento nutricional foi possível reduzir o percentual de gordura e manutenção dos níveis de Vo2 Máx de idosos, melhorando assim a sua qualidade de vida.

Relação do gradiente veno-arterial de CO2 e gradiente artério-venosa (P(v-a)CO2/C(a-v)O2) não auxilia na detecção do metabolismo anaeróbico

  • Dimitri Sauter Possamai, Graduando, dimitripossamai@yahoo.com.br
  • Michele Salfer, Graduando, michele.salfer@gmail.com
  • Janaína Feijó, E, janafeijo@yahoo.com.br
  • Louise Trindade, E, louise_trindade@yahoo.com.br
  • Milton Caldeira Filho, Dr(a), dimitripossamai@yahoo.com.br
  • Glauco Adrieno Westphal, Dr(a), glauco.w@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Medicina Intensiva, Sepse, Metabolismo anaeróbico

Método: Estudo prospectivo em que se avaliou 74 combinações de medidas metabólicas (lactato, gradiente venoso central-arterial/gradiente artério-venoso – P(v-a)CO2/C(a-v)O2) de 20 pacientes com instabilidade hemodinâmica. Determinou-se o índice de correlação de Pearson, o índice de concordância de kappa, bem como a sensibilidade e a especificidade do P(v-a)CO2/C(a-v)O2 em identificar lactatemia > 2 mmol/l. Resultados: Sensibilidade e especificidade da relação P(v-a)CO2/C(a-v)O2 na predição de hiperlactatemia foram baixas (Sens: 0,55; Esp: 0,30), assim como a correlação (r=-0,39; p=0,29) e a concordância (kappa=-0,14) entre os parâmetros. A média dos valores de P(v-a)CO2/C(a-v)O2 que correspondem a medidas normais de lactato foi semelhante às medidas dos episódios de hiperlactatemia (p=0,56). Conclusão: No presente estudo a relação. P(v-a)CO2/C(a-v)O2 não foi capaz de detectar a presença de metabolismo anaeróbico global definido como lactato > 2 mmol/l.

Apoio / Parcerias: Hospital Municipal São José

Relação do índice CPO-D e da dieta alimentar de pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à hemodiálise

  • ALEXANDRA CAROLE VIEIRA DE MELLO, Graduando, alexandra-mello@hotmail.com
  • Luiz Carlos Machado Miguel, Dr(a), lcmmiguel@gmail.com
  • Lúcia Fátima de Castro Ávila, Dr(a), lfcavila@uol.com.br
  • Constanza Marin de Los Rios Odebrecht, Dr(a), constanza.marin@univille.net
  • Kesly Mary Ribeiro Andrades, MSc, keslyribeiro@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: CPO-D, dieta alimentar, hemodiálise

A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é um declínio progressivo e irreversível do número de néfrons funcionais, resultando em uma redução na filtração glomerular renal. Indivíduos com IRC requerem a filtração artificial do sangue por diálise ou necessitam realizar um transplante renal. Ambos os tratamentos produzem alterações sistêmicas com implicações específicas para a saúde bucal destes indivíduos. Os pacientes em hemodiálise apresentam uma série de acometimentos orais como hipossalivação, xerostomia e candidose. Além das reduções nas velocidades de fluxo salivar estimulado, foi descrita a presença de altas concentrações de uréia nas secreções salivares dos indivíduos com insuficiência renal. Observou-se também na cavidade oral a acelerada formação de cálculo, provavelmente resultado da alteração do cálcio e fosfato séricos. Estes pacientes exibem condições de saúde bucal diferenciadas, visto que essas alterações influenciam a ecologia da microbiota bucal. Para reduzir a retenção de uréia, os pacientes com função renal prejudicada têm restringida a ingestão de proteína e aumentada a ingestão de carboidrato, com ingestão cuidadosamente balanceada de líquido, sódio e potássio. Diante da combinação de redução do fluxo salivar e consumo freqüente de carboidratos é preocupante o risco que esses pacientes têm de desenvolver a doença cárie, o que pode gerar um foco de infecção que impeça a realização do transplante renal. O objetivo desse trabalho foi avaliar a dieta alimentar dos pacientes com insuficiência renal crônica, submetidos à hemodialise, da Fundação Pró-Rim de Joinville, através de um inquérito alimentar recordatório de 24 horas, e correlacioná-lo com o índice CPO-D dos pacientes.

Apoio / Parcerias: Fundação Pró-Rim

Repercussão terapêutica da variação respiratória da pressão de pulso (dPp) como dispositivo de segurança durante a ressuscitação do choque

  • MICHELE SALFER, Graduando, michele.salfer@gmail.com
  • MILTON CALDEIRA FILHO, Dr(a), dimitripossamai@yahoo.com.br
  • JANAINA FEIJÓ, E, janafeijo@yahoo.com.br
  • LOUISE TRINDADE, E, louise_trindade@yahoo.com.br
  • DIMITRI SAUTER POSSAMAI, Graduando, dimitripossamai@yahoo.com.br
  • GLAUCO ADRIENO WESTPHAL, Dr(a), glauco.w@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: pressão de pulso, ressuscitação volêmica, choque séptico

Objetivo: Avaliar a repercussão do uso do dPp (variação respiratória da pressão de pulso) como dispositivo de segurança durante a ressuscitação do choque. Método: Estudo prospectivo, duplo-cego e randomizado, envolvendo pacientes com choque circulatório ventilados mecanicamente. Os indivíduos foram randomizados em dois grupos (PVC e dPp) e monitorados durante as 6 primeiras horas de ressuscitação hemodinâmica. Metas: SvcO2³70%, diurese³0,5 ml/h, perfusão capilar<2 segundos e PAM³65 mmHg. Pacientes foram considerados responsivos (R) quando PVC<15 ou dPp>10%. Avaliou-se a concordância global entre PVC e dPp e a comparação entre os grupos quanto à repercussão terapêutica de PVC e dPp com o teste Qui-quadrado. Quanto a identificação de responsividade a volume, dPp e PVC foram discordantes tanto no grupo dos R (dPp=40; PVC=59 – p=0,02; kappa=0,13) quanto dos não responsivos (NR), (dPP=101; PVC=83 – p=0,02; kappa=0,13). O grupo NR, apresentou maior concordância diagnóstica (65%) quando comparados os pacientes R (38%) – p<0,001. Entre os NR o número de infusões foi alto e não diferiu entre os grupos (PVC: 14/33 – 42,4%; dPp: 20/62 – 32,2%; p=0,32). Resultados: Foram observadas 137 situações de hipofluxo em 20 pacientes (PVC=7 e dPp=13). Conclusões: PVC e dPp apresentaram baixa concordância na avaliação da responsividade cardiovascular. Neste estudo, PVC e dPP não influenciaram na decisão terapêutica como dispositivo de segurança durante a ressuscitação do choque.

REPRESENTAÇÕES DOS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO EM JOINVILLE SOBRE A PSICOLOGIA

  • JOSE ELISEU DA SILVA NETO, Graduando, zeh.esn@gmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene.cordeiro@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Psicologia, Ensino, Profissão

A psicologia através dos anos vem sendo alvo de preconceitos. De modo geral, a sociedade não reconhece a psicologia como ciência e nem compreende as várias possibilidades de atuação do psicólogo. Esta pesquisa tem como objetivo conhecer os sentidos atribuídos pelos estudantes do 3º ano do Ensino Médio de escolas particulares e públicas de Joinville sobre a psicologia e a atuação do psicólogo. Para realizar a pesquisa foi aplicado um questionário, com cinco perguntas abertas, à 44 estudantes de três escolas, sendo duas públicas municipais, uma mais periférica e uma central, e uma escola particular central. A análise de cada pergunta gerou uma categoria, à qual foi tratada de forma isolada e posteriormente relacionada às outras categorias. A análise dos dados revela que embora muitos preconceitos tenham sido superados, a psicologia ainda é muito associada com sua prática clínica. A atuação do psicólogo ainda é entendida de forma individualizada, e com uma visão adaptacionista, isto é, o psicólogo seria aquele profissional que adéqua o indivíduo à sociedade. Na categoria “Caracterização da psicologia”, a mesma aparece compreendida como uma prática (37%) ou estudo (37%), tendo este último como objeto principal a mente (26%) e o comportamento (26%). Esta visão é complementada com a categoria “Importância social”, na qual é apontado pelos sujeitos que o valor da psicologia para a sociedade é sua função assistencialista (70%), isto é, realizar aconselhamento e ajudar com problemas pessoais. Embora na categoria “Local de trabalho” tenham sido apontados diversos lugares onde o trabalho do psicólogo não é terapêutico/clínico como Escola (59%), Hospital (39%), Empresas (45%) e Outros (70%). Esses dados nos levam a pensar que mesmo nos lugares citados, nos quais se sabe que a psicologia desenvolve uma prática social pode haver uma compreensão errônea da intervenção do psicólogo. Outro ponto considerado relevante é que existe muita confusão entre a prática do psicólogo e do psiquiatra, bem como a tendência de remeter ambos profissionais às intervenções nos processos patológicos da subjetividade humana. Mas nos dados dessa pesquisa a maioria dos estudantes (82%) tem clareza sobre a diferença fundamental na prática desses profissionais que seria a possibilidade de receitar um tratamento medicamentoso. Esta pesquisa aponta para a necessidade de ampliar a compreensão das pessoas de forma geral, mas principalmente dos estudantes de ensino médio, sobre a atuação da psicologia e seu compromisso social.

TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO: UMA ESTRATÉGIA PARA O APERFEIÇOAMENTO DA HABILIDADE MOTORA DO NADAR

  • ANDRESSA LOPES PEREIRA, Graduando, dessa_swimmer@hotmail.com
  • PATRICIA ESTHER FENDRICH MAGRI, MSc, pef.magri@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Treinamento proprioceptivo, Aperfeiçoamento, Nadar

Introdução: A propriocepção na natação é a habilidade de sentir a si próprio sem estar-se vendo e possibilita aos aprendizes interpretar as sensações de pressão da água e o controle da mesma utilizando principalmente as extremidades, mãos e pés. Acredita-se que com a inclusão do treinamento proprioceptivo em programas de natação, o nadador aprenda a desenvolver a habilidade de controlar o fluxo da água e seja estimulado a experimentar movimentos que permitam o domínio do corpo, noção de tempo e espaço, com o êxito de alcançar uma propulsão mais eficiente e nadar a mesma distância em menor tempo e gasto energético. Objetivo: Verificar se o treinamento proprioceptivo em aulas de natação contribui para melhora do tempo em determinada distância nadada. Metodologia: O estudo iniciou após aprovação pelo Comitê de Ética e assinatura dos Termos de Consentimento Livre Esclarecido pelos pais e ou responsáveis. A pesquisa foi do tipo experimental. Os sujeitos da pesquisa foram divididos aleatoriamente em dois grupos e passaram por um período de prática para nivelamento. Em sequência, foi realizada a tomada de tempo para distância de 50 metros crawl e definidos os grupos Controle e Experimental. Iniciaram-se as aulas que observaram a estruturação de conteúdos do Projeto Natação na Escola: Saúde e Educação. Nas atividades diárias somente no grupo experimental foi incluído o treinamento proprioceptivo. Após um período de 8 semanas, o tempo para distância de 50 metros crawl dos dois grupos foi reavaliado, possibilitando analisar os dados a partir da observação direta das aulas e registro dos tempos. Resultados: Para análise dos resultados, quanto à tomada de tempo, foi utilizado o Teste T para dados não-pareados (p<0,05). A média de tempo no pré-teste foi de 49,22 seg. para o grupo Controle e de 49,18 seg. para o grupo Experimental, não apresentando diferenças significativas (p= 0,985). Com a realização do pós-teste, foi possível observar uma melhora no grupo Experimental (média= 46,02 seg.) em relação ao grupo Controle (média= 51,23 seg.), sendo encontradas diferenças estatisticamente significativa entre os grupos (p= 0,039). Através da observação direta, percebeu-se maior motivação pelas atividades desenvolvidas. Conclusão: Com esses resultados é possível dizer que os alunos que participaram do treinamento proprioceptivo apresentaram mudanças eficazes na sua habilidade de nadar representado pela melhora do tempo, confirmando que o treinamento proprioceptivo proposto de forma sistemática contribui para a melhora do tempo e incentiva a prática para o aperfeiçoamento técnico da habilidade motora do nadar.

Utilização da cera de abelha no combate a infestação da Polidora sp. (Polychaeta) em reprodutores de Haliotis rufescens

  • Marcelo Soeth, Graduando, marcelosoeth@yahoo.com.br
  • Aldo Madrid, MSc, marcelosoeth@yahoo.com.br
  • Pedro Carlos Pinheiro, Dr(a), pedro.c@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Produção orgânica, Abalone, Patógenos

Haliotis rufescens (Abalone roxo) é um molusco Archeogastropoda, que habita a zona intermareal até profundidades de 200m. É produzido pelo Chile a mais de 20 anos, e em 2005 o mesmo produziu mais de 343 ton. Reprodutores desta espécie são muitas vezes importados de outros laboratórios e centros de cultivos, provendo uma maior variabilidade genética. Indivíduos infestados por Polidora sp. estão comumente presentes, e acabam comprometendo a sanidade de todo banco de reprodutores, podendo ocasionar problemas na maturação e até mortalidades. O objetivo deste estudo foi verificar a eficiência da cera de abelha no combate a infestação da Polidora sp. em H. rufescens. O estudo foi realizado no Centro de Produção Orgânica e Investigação Marine Farms, Valpariso, Chile, em julho de 2009. 14 reprodutores de H. rufescens infestados por Polidora sp. foram selecionados e retirados do tanque, colocados sobre um superfície limpa com ácido acético 10%. Foram secas as conchas e cobertos com papel seus pequenos orifícios. 300 gramas de cera de abelha foram derretidos em um cilindro de metal com auxílio de um maçarico. Com um pincel aplicou-se a cera em toda superfície externa da concha de modo que não houvesse espaço entre a concha e a cera. Após a aplicação foi retirado o papel dos orifícios e os indivíduos colocados em um tanque (volume de 200L), com circulação aberta e renovação de 200% dia. A temperatura e salinidade foram registradas diariamente. Após cinco dias retirou-se a cera que ainda restava nos indivíduos e todos foram analisados para verificar a presença ou ausência da Polidora sp. A temperatura e a salinidade não oscilaram, sendo as médias de 11ºC e 36 respectivamente. 71% dos indivíduos estavam livres da Polidora sp. após cinco dias. Os que ainda possuíam a Polidora sp. na concha passaram por uma nova aplicação de cera. Após 5 dias 100% estavam livres da Polidora sp. Após 72 horas todos os indivíduos apresentavam-se sadios. Não ocorreram mortalidades. Ficou provada a eficiência da cera de abelha no combate a infestação da Polidora sp., que provavelmente morre por asfixia. Além de poder ser obtida por um baixo custo, a cera de abelha se encaixa na linha de produção orgânica, substituindo outros fármacos utilizados no combate a Polidora sp.

Apoio / Parcerias: Marine Farms Ltda

VARIAÇÃO DA BIOMASSA FITOPLANCTÔNICA E PARAMETROS FÍSICO-QUÍMICOS EM DOIS ESTRATOS, NO CANAL DO RIO PALMITAL (BAÍA DA BABITONGA): OUTONO

  • RAFAEL ANTONIO PARIZZI, Graduando, rafael.a@univille.br
  • Guilherme Mira, Graduando, mira@hotmail.com
  • Mariana Serwy Oortman, Graduando, mariana.serwy@univille.br
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@ps5.com.br
  • Edinéia Bieger, Graduando, edineia.bieger@univille.br
  • Alexandre Mazzer, Dr(a), alexandre.mazzer@univille.br
  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@mailcity.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: fitoplâncton, clorofila a, fluorímetro

Nos ambientes aquáticos, as algas desempenham um papel central na base da cadeia alimentar, funcionam como produtores primários, produzindo matéria orgânica e dióxido de carbono, além de servirem como fonte de oxigênio, necessário para o metabolismo dos consumidores. Apresentam tamanho, forma e composição química diversas, mas em comum um pigmento chamado clorofila a, que é utilizada como indicadora da biomassa fitoplanctônica. O presente trabalho teve como principal objetivo estudar a variação da biomassa fitoplanctônica e parâmetros físico-químicos no outono em dois estratos de profundidade no canal do Rio Palmital, localizado no interior do estuário da baia da Babitonga. A coleta foi realizada em maio de 2009 em três pontos amostrais, sendo o ponto 1 mais a montante e os demais em seqüência a jusante. Para a análise de clorofila a foi utilizada uma alíquota de 100ml e filtros de fibra de vidro AP40. Os filtros foram acondicionados em papel alumínio e congelados, a extração foi realizada com acetona 90% para análise em fluorímetro. Os parâmetros físicos e químicos de temperatura, salinidade, pH, oxigênio dissolvido e condutividade foram obtidos através de multianalisador Hanna. A transparência da água e profundidade foram determinadas através de disco de Secchi. As médias para temperatura e pH foram de 22,35ºC e 7,7, respectivamente. O maior valor para salinidade foi obtido no ponto 3, no fundo, com 28,6 e o menor em superfície no ponto 1, com 23,2. O oxigênio dissolvido apresentou a maior concentração no ponto 1 em superfície, com 8,5, e menor no ponto 3, com 5,1mg/L para os dois estratos. A condutividade apresentou em geral maiores valores para os estratos de fundo, com 44,2 no ponto 3, e o menor valor no ponto 1 em superfície, com 34,8. Os maiores valores de transparência e profundidade, respectivamente, foram obtidos no ponto 2, com 210cm e 10m, e os menores no ponto 1, com 140cm e 5,1m. Os valores de clorofila a não apresentaram variação expressiva entre os pontos amostrais e estratos, apresentando uma média geral de 13,14 µg/L. A área de estudo está sob freqüente ação de dragagens de extração de sedimentos e ressalta-se a necessidade de mais estudos.

Variação do biovolume de zooplâncton e da clorofila a nas áreas Pontal, Vila da Glória e Ilha Tal Sul (baía da Babitonga, Santa Catarina)

  • LETíCIA NOVAES DUARTE, Graduando, lele_nd@yahoo.com.br
  • Fabiane da Silva Döge, Graduando, biodoge@hotmail.com
  • RAFAEL VINÍCIUS VALÉRIO NAVARRO, Graduando, rafael_nr@hotmail.com
  • Claudiane Gouveia, Graduando, clau_goveia@hotmail.com
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), luciano.lorenzi@univille.br
  • Harry Boos-Júnior, Dr(a), harry.boss@univille.br
  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: plâncton, estuário, biomassa

Na qualidade de base da cadeia trófica, a comunidade planctônica contribui significativamente para o equilíbrio ecológico dos ecossistemas marinhos. A clorofila a, pigmento comum entre o fitoplâncton, é utilizada como indicadora de sua biomassa. O estudo teve o objetivo de estudar a distribuição da biomassa fitoplanctônica e do biovolume de zooplâncton em três áreas da baía da Babitonga, contribuindo para estudos do potencial ecológico deste importante estuário do norte catarinense. Foram realizadas três coletas entre fevereiro e junho de 2009 nas áreas Pontal, Vila da Glória e ilha Talsul. As amostras de zooplâncton foram obtidas com rede de plâncton cônica de 40 cm de diâmetro de boca, 200 µm de abertura de malha, equipada com fluxômetro para medir o volume de água filtrado durante o arrasto, sendo rebocada por uma embarcação em velocidade constante por dois minutos. Durante cada coleta foram determinados os valores das variáveis ambientais de salinidade e temperatura. Em laboratório, o biovolume foi determinado através do método volumétrico, em mililitros, e posteriormente calculado por cem metros cúbicos (mL/100m3). Para a clorofila a, em cada área foi coletada uma amostra de água de superfície (100mL) e filtrada com filtro AP40. Os filtros foram acondicionados em papel alumínio, etiquetados e congelados para extração da clorofila a e análise da concentração (μg/L) em fluorímetro Modelo Trilogy. As temperaturas variaram entre 22°C no mês de maio e 17,5°C em julho. Para a salinidade os valores variaram entre 36 e 25,5 mantendo-se homogênea em Pontal e Vila da Glória, e bastante variável na ilha Tal Sul. O biovolume zooplanctônico foi maior no mês de maio e menor em julho, caracterizando outono e inverno. A clorofila a foi decrescente ao longo dos meses, caracterizando a passagem do período quente do ano para o frio. As médias do biovolume foram 84, 117 e 88 mL/100m³, e da clorofila a foram 18, 21 e 16 μg/L para as áreas Pontal, Vila da Glória e ilha Talsul, respectivamente. Os valores mais elevados em Vila da Glória são provavelmente relacionados às condições ambientais favoráveis ali existentes, como baixa profundidade, intensa interação com o fundo e a hidrodinâmica do local. Mais estudos são necessários para se compreender esta dinâmica.

Apoio / Parcerias: CEPSUL/IBAMA

VARIAÇÃO DO BIOVOLUME DE ZOOPLÂNCTON NAS ESTAÇÕES DE OUTONO E INVERNO NO CANAL DO RIO PALMITAL, SÃO FRANCISCO DO SUL – SANTA CATARINA

  • GUILHERME AUGUSTO DIAS FRANCO MIRA, Graduando, guilherme.dias@univille.br
  • Rafael Antônio Parizzi, Graduando, rafael.parozzo@univille.br
  • Mariana Serwy Oortman, Graduando, mariana.serwy@univille.br
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), luciano.lorenzi@univille.br
  • Alexandre Mazzer, Dr(a), alexandre.mazzer@univille.br
  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@mailcity.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: plâncton, baía da Babitonga, rio

A Baia da Babitonga é considerada um ecossistema de águas muito produtivas, sendo muito importante para a reprodução e desenvolvimento de espécies estuarinas e marinhas. Neste contexto, o zooplâncton desempenha um papel fundamental ligando os produtores aos demais níveis da cadeia trófica. O objetivo deste trabalho foi quantificar a variação do biovolume zooplanctônico e parâmetros físicos e químicos de superfície e fundo nas estações de outono e inverno no canal do rio Palmital, situado no interior do estuário da Baia da Babitonga. A coleta de outono foi realizada em maio de 2009, e a de inverno em agosto de 2009, utilizando rede de plâncton cônica com 40 cm de boca e 200 µm de abertura de malha. A rede foi equipada com fluxômetro para medir o volume de água filtrado, cada coleta teve três pontos amostrais replicados, sendo o 1 mais a montante e os demais seqüenciais a jusante. Os parâmetros físicos e químicos de pH, temperatura, salinidade e oxigênio dissolvido foram amostrados em dois estratos e os valores obtidos através do multianalizador Hanna. A profundidade e transparência da água foram determinadas por disco de Secchi. Para fixar as amostras utilizou-se solução formalina de 4%. O biovolume foi determinado através do método volumétrico em mililitros por arrasto. As médias para pH em outono e inverno foram 7,70 e 7,53, respectivamente. Em relação à temperatura, a média de outono foi 22,35°C e inverno 19,28ºC. A salinidade foi maior no outono, 25,42 enquanto no inverno a média ficou em 20,80. Oxigênio dissolvido apresentou média de 6,52 no outono. No inverno a média foi de 6,52, apresentando maior variação entre os pontos em relação ao outono. A transparência foi maior durante a estação de outono, em todos os pontos amostrais, sendo o valor maior no ponto 2, com 210 cm e 10 m de profundidade. Os valores mais altos para transparência durante o inverno ocorreram no ponto 2 e 3. O biovolume durante a estação de outono apresentou valores de 8ml para o ponto 1, 14,5 ml para o ponto 2 e 20 ml para o ponto 3, sendo a média 14,17 ml. Os valores de inverno foram menores em todos os pontos, 7,5 ml no ponto 1, 9 ml no ponto 2 e 8,5 no ponto 3, apresentando média de 8,33 ml. Estudos futuros ficam sugeridos devido a carência de dados para a área em questão.

Variação sazonal da comunidade ictioplanctônicas na ilha da paz, são francisco do sul, santa catarina

  • GIULIA CAROLINE BISINELA, Graduando, giulia.bisinela@univille.br
  • Andréia Teixeira Davies, Graduando, deiadavies@hotmail.com
  • Alexandre Mazzer, Dr(a), alexandre.mazzer@univille.br
  • Danilo Henrique Nass, Graduando, ccc@hotmail.com
  • Érica Carolina Becker, Graduando, bbb@hotmail.com
  • Luciano Lorenzi, MSc, ddd@hotmail.com
  • José Maria de Souza da Conceição, MSc, zzze.maria@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ictioplâncton, fatores ambientais, densidade

A ilha da Paz possui uma área de aproximadamente 218 metros quadrados, é circundada por praias e costões. O local é um importante ambiente para o desenvolvimento de organismos, inclusive para as comunidades planctônicas, que são a base da cadeia alimentar dos ecossistemas marinhos (já que servem de alimento a organismos maiores). Desta forma, também para os estágios iniciais de peixes (ictioplâncton), fornecendo abrigo e alimentação mais abundante. O trabalho tem como objetivo determinar a variação temporal do ictioplâncton na ilha da Paz, verificando como os fatores ambientais podem influenciar as variações desta comunidade. Serão coletadas amostras desta comunidade em quatro pontos amostrais, no período de inverno (2009) e de verão (2010), sendo dois pontos na área protegida e dois na área exposta da ilha. As amostras serão obtidas através de arrastos de dois minutos com uma rede de plâncton cônica com abertura de malha de 200µm, 40cm de diâmetro de boca e fluxômetro para medida do volume filtrado. Em todos os pontos amostrais serão determinados os parâmetros físicos e químicos de temperatura, condutividade, oxigênio dissolvido, salinidade e pH. No laboratório o ictioplâncton será triado e quantificado, sendo posteriormente calculadas as densidades de ovos e larvas por metro cúbico. As amostras terão o biovolume determinado pelo método volumétrico. A identificação será feita ao nível de família com guias especializados. São esperados resultados sobre as comunidades ictioplanctônicas da ilha da Paz em função de densidades possivelmente expressivas de estágios iniciais de importantes famílias de peixes marinhos. Os dados poderão subsidiar propostas mais adequadas para conservação dessa área.

Variação temporal da ictiofauna das nascentes do rio Cubatão do Norte, Santa Catarina.

  • THIAGO HENRIQUE LAPA OLIVEIRA SOUZA, Graduando, thiago.henrique@univille.br
  • Pedro Pinheiro, Dr(a), pedro.c@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Mata Atlântica, Peixes, Composição

O presente estudo foi realizado nas nascentes do rio Cubatão do Norte, localizado no município de São Bento do Sul-SC. A área pesquisada está situada na zona de domínio fitofisionomico do bioma Mata Atlântica que acompanha a costa leste do Brasil, na formação denominada Floresta Ombrófila Densa de Montana. Os dados preliminares apresentados correspondem às fases de inverno. O estudo tem como objetivo caracterizar a ictiofauna quanto à composição e distribuição temporal e verificar a diversidade, riqueza e equitabilidade para cada estação da coleta. A hipótese deste estudo corresponde à expectativa de se encontrar uma diferença significativamente menor da abundância e riqueza na região de cabeceiras do rio Cubatão do Norte em relação aos trechos medianos e de foz do rio. As coletas foram realizadas através da pesca elétrica, varreduras com arrastos de picaré e peneiras. Os levantamentos efetuados permitiram capturar 1390 indivíduos e foram representados por 13 espécies, agrupadas em 4 ordens e 8 famílias. Em termos de número de espécies, abundancia e biomassa as ordens Characiformes e Cyprinodontiformes foram mais representativas. A espécie dominante nas estações hidrológicas foi Bryconamericus microcephalus. Esta espécie bem como também Rineloricaria sp. e Corydoras erhardti diminuíram sua abundância no período chuvoso. O contrário ocorreu com o acará Geophagus brasiliensis e Phalloceros caudimaculatus que incrementaram sua abundância na estação de volumes altos. Porem a espécie Bryconamericus microcephalus foi mais abundante nos trechos superiores da área e Geophagus brasiliensis nos inferiores.

Apoio / Parcerias: Museu de História Natural do Capão da Imbúia

Viabilidade da implantação do método de engorda do Octopus vulgaris (Cuvier 1797) (Mollusca, Cephalopoda, Octopodidae) na baía da Babitonga

  • MARCELO SOETH, Graduando, marcelosoeth@yahoo.com.br
  • Pedro Carlos Pinheiro, Dr(a), pedro.c@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Engorga, Polvo, Recurso pesqueiro

O polvo comum Octopus vulgaris é um recurso explorado a séculos e nos últimos anos o esforço pesqueiro tem aumentado fortemente em cima desta espécie bem como a captura. Por apresentar um elevado valor comercial, altas taxas de crescimento e rusticidade, este recurso tem passado por um manejo específico em alguns países como, Espanha, México, Portugal, Japão e outros. Esta pesquisa teve como objetivo testar o método de engorda como forma de manejo para O. vulgaris na baia da Babitonga. Com base em modelos foi desenvolvido um tanque-rede em PVC (1,90m x 1,90m x 1,90m) com malha de 15mm, preso a uma plataforma de madeira (2,0m x 2,5m). Fixo a essa 4 torres PVC (20 T de 150mm). O tanque foi instalado no Saco do Iperoba, baia da Babitonga, São Francisco do Sul. Posteriormente foram capturados 12 polvos empregando a pesca com potes, sendo 2 machos e 1 fêmea alocados no tanque-rede mantidos até 69 dias. Alimentados com uma dieta a base de peixe (10% da biomassa dia) fornecido 5 dias na semana, dois dias jejum. Os dados obtidos para machos e fêmeas foram representados pelo acentuado incremento do peso corporal. O peso inicial foi de 1165g e 954g para os machos e 995g para fêmea, e final 2302g (47 dias de alimento fornecido), 1792g (37 dias de alimento fornecido) e 1790g (47 dias de alimento fornecido) respectivamente para machos e fêmea. A análise de regressão linear realizada entre os indivíduos separadamente e por sexo apresentou as seguintes equações para o r2 entre 96 e 100%: Fêmea Peso= 991,36 + 18,84 * nº dias; Macho1 Peso= 1096,34 + 22,96 * nº dias; Macho2 Peso= 933,46 + 20,53 * nºdias. As médias de temperatura e salinidade para o período foram de 24,46ºC (± 3,04) e 33,57 (± 6,57) respectivamente. O preço médio do polvo (kg) na região da baia da Babitonga foi de 13,23 (± 1,77). O crescimento observado foi considerado bom. Contudo, para garantir a viabilidade de implantação do método novos estudos são sugeridos.

Apoio / Parcerias: FAPESC; TIGRE Tubos e Conexões