Área 01 - Ciências Exatas e Tecnológicas

Índice

  1. A escolha do livro didático e suas implicações na prática docente do professor de matemática
  2. Análise de dados de qualidade de água subterrânea coletada em poços da Região da Baía da Babitonga para identificação das Áreas de Descargas Submarinas de águas Subterrâneas - Submarine Groundwater Discharge (SGD)
  3. Avaliação da degradação de blendas de P(3HB-co-3HV)/ PLLA em diferentes condições ambientais
  4. Avaliação da degradação de sacolas oxidegradáveis em diferentes ambientes
  5. Avaliação da degradação em solo de blendas de P(3HB) e PLLA
  6. Avaliação da potencialidade do uso de resíduos da bananicultura como biomassa na geração de energia.
  7. Avaliação da produção de enzimas lignocelulolíticas por fungos do gênero Pleurotus.
  8. Avaliação de desempenho de um protótipo da refinadora “pia holandesa” na produção de polpa de celulose
  9. Avaliação do comportamento de biocompósitos de matriz polimérica e resíduos de madeira em ensaios de usabilidade visando o desenvolvimento de produto
  10. Avaliação do glicerol como co-substrato na síntese de poli(3-hidroxibutirato) por Cupriavidus necator
  11. Avaliação dos Impactos da Atividade de Silvicultura sobre os Recursos Hídricos: caso da bacia hidrográfica do rio Cubatão do Norte Etapa III
  12. BIODEGRADAÇÃO DE POLI(TEREFTALATO DE ETILENO) (PET) E DE POLIPROPILENO (PP) POR Pleurotus djamor UNIVILLE 001
  13. Biossintese de ácido láctico por linhagens de Lactobacillus amilolíticos a partir de resíduos agroindustriais visando a síntese de poli(L-ácido láctico)
  14. Composição e Diferenciação Espacial de Sedimentos na Faixa de Manguezal da Baia da Babitonga- Fase 2
  15. Composição química das bainhas das folhas pupunheira (Bactris gasipaes H.B.K) e análise do potencial desse resíduo para produção de Pleurotus ostreatus
  16. Condições ambientais e o impacto sobre a saúde de trabalhadores de Indústrias de Fundição do Município de Joinville – SC.
  17. Contribuições das construções lúdicas com o Cabri Géomètre II no processo ensino-aprendizagem das noções básicas de geometria plana.
  18. Desenvolvimento de biocompósitos de PHBV com resíduo de madeira
  19. ELABORAÇÃO DE UMA PROPOSTA DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA A SUCATA ELETRÔNICA GERADA NA UNIVILLE
  20. Elaboração do Inventário de Emissões Atmosféricas do Município de Joinville/SC
  21. Ensaios ecotoxicológicos de diferentes formulações do bioinseticida Bti: Resultados preliminares.
  22. Estudo da Dinâmica Sedimentar Fluvial da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão do Norte – SC
  23. Estudo da utilização de uma refinadora e do processo de filtração sob vácuo nas propriedades físico-químicas do efluente gerado durante a polpação de papel.
  24. Estudo da viabilidade da implantação de uma Cooperativa de Resíduos Industriais não passíveis de reciclagem para as empresas do Arranjo Produtivo Local Madeira Móveis do Alto Vale do Rio Negro
  25. Estudo do encapsulamento de Bti em redes poliméricas semi-interpenetrantes (semi-RPIs)
  26. Estudo do Impacto Ambiental de Atividades Agrícolas sobre Corpos Hídricos através de Análises Ecotoxicológicas
  27. Estudo do Transporte Sedimentar em Suspensão no Rio São João, Garuva/SC.
  28. Estudo Hidrossedimentológico da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão
  29. Formulação do bioinseticida Bti produzido por cultivo submerso. Ensaios preliminares.
  30. GEOSF - Geologia Costeira da Ilha de São Francisco do Sul/SC
  31. IMPLANTAÇÃO DE UMA METODOLOGIA ANALÍTICA PARA A DETERMINAÇÃO DE CO2 EMITIDO EM UM TESTE DE BIODEGRADAÇÃO DE POLÍMEROS.
  32. Influência da Concentração Inicial de Sulfato de Amônio e de Extrato de Levedura sobre a Concentração de Polissacarídeos Extracelulares Produzidos por Pleurotus sajor-caju
  33. Mapeamento geomorfológico da região nordeste de Santa Catarina
  34. O algoritmo target spatio temporal co-location pattern
  35. Separação dos recicláveis e compostagem dos resíduos orgânicos provenientes dos coletores orgânicos da UNIVILLE.
  36. Uso do glicerol e glicerato como plastificantes de filmes de P(3HB): avaliação das propriedades e degradação em solo
  37. Utilização de Pleurotus sajor caju na biorremediaçao de solo contaminado com óleo diesel

Resumos

A escolha do livro didático e suas implicações na prática docente do professor de matemática

  • ANDRE FELIPE POLZIN, Graduando, andre.polzin@univille.br
  • JANE MERY RICHTER VOIGT, MSc, janevoigt@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: livro didático, professor de mamática, prática docente

As mudanças dos livros de matemática são percebidas na forma de abordar os conteúdos. Elas têm relação com as novas propostas de ensino-aprendizagem desta área do conhecimento, cuja base consiste nas propostas curriculares nacionais e/ou estaduais. É consenso que o ensino tradicional, visto como transmissão e repetição do conhecimento, está ultrapassado. Porém, ainda encontramos muitos professores trabalhando desta forma, privilegiando um ensino mecanizado. Por este motivo, o objetivo desta pesquisa é descrever e analisar os critérios que o professor de matemática utiliza na escolha do livro didático que será adotado em sua escola. Um material de má qualidade ou já ultrapassado faz com que os alunos decorem ao invés de questioná-los e fazer com que pesquisem, interessem e compreendam o assunto. A pesquisa foi realizada com vinte professores de matemática do ensino fundamental da rede de ensino pública de ensino. Foi aplicado um questionário elaborado com base na literatura pesquisada. O projeto está na fase da organização e análise dos dados, mas espera-se divulgar a relação entre as concepções dos professores de matemática e a escolha dos livros didáticos, pois a escolha adequada dos materiais para o planejamento das aulas implica na qualidade do ensino e na formação dos cidadãos. Além da divulgação, os resultados também podem ser objetos de estudo da formação inicial de professores.

Análise de dados de qualidade de água subterrânea coletada em poços da Região da Baía da Babitonga para identificação das Áreas de Descargas Submarinas de águas Subterrâneas - Submarine Groundwater Discharge (SGD)

  • FERNANDA SCOPEL DE OLIVEIRA, Graduando, fernanda.o@univille.br
  • Virginia Grace Barros, Dr(a), vgbarros@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Descargas Submarinas de águas Subterrâneas, Baia da Babitonga, software Hydrowin

Da mesma forma que os recursos hídricos superficiais, as águas subterrânea também contribuem com descargas dos continentes diretamente para o oceano, sempre que um aqüífero costeiro estiver interligado com o fundo mar. As Descargas de Águas Subterrâneas (SGDs) são consideradas um fluxo de água em margens continentais, independente da composição do fluido ou da força direcionadora. Por isso sua composição pode variar, podendo ser água doce descarregando no fundo do oceano, água de maré recirculada ou uma combinação dessas duas, as quais poderão reagir com elementos presentes nos sedimentos, aumentando consideravelmente as concentrações dos nutrientes, carbono e dos metais nesses fluidos. Desta maneira, as SGDs tornam-se uma fonte de constituintes importantes do ponto de vista biogeoquímico para zona costeira. Metodologias gráficas e estatísticas são utilizadas para classificar amostras de água em grupos homogêneos. Da mesma forma que o PHREEQC, o Hydrowin é um software desenvolvido para simular as reações químicas e processos de transporte em águas naturais ou poluídas, usado para calcular índices de saturação e a distribuição de espécies aquosas. Este programa é baseado no equilíbrio químico de soluções aquosas interagindo com minerais, gases, soluções sólidas, trocadores e superfícies de sorção, mas também inclui a capacidade de modelagem cinética das reações, troca iônica e de dados termodinâmicos através de cálculo, usando equações especificas. O Hydrowin usa equações termodinâmicas para classificar as águas em diferentes tipos e portanto, pode ser utilizado para analisar as interações químicas de águas de diferentes origens. A partir da utilização deste programa pretende-se avaliar a interação de águas já coletadas no complexo hídrico da Baía da Babitonga (inclusive em pontos que sugerem a existência de SGDs) ao longo de diferentes períodos experimentais, possibilitando um maior acerto na avaliação e discussão de resultados baseados em parâmetros de ensaio, contribuindo para estudos na área de oceanografia, modelos de avaliação de impacto ambiental em regiões costeiras e estuarinas.

Apoio / Parcerias: Università Ca'Foscari di Venezia.

Avaliação da degradação de blendas de P(3HB-co-3HV)/ PLLA em diferentes condições ambientais

  • Vitor Henrique Grigull, Graduando, vitor_gull@hotmail.com
  • Luciana Prazeres Mazur, Graduando, luciana.przs@yahoo.com.br
  • Michele Cristina Formolo Garcia, MSc, michele_formolo@yahoo.com.br
  • Andréa Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato), poli(L-ácido lático), Blendas

Em decorrência das características dos polímeros petroquímicos há um grande uso e aplicação de seus produtos na sociedade moderna. A durabilidade, uma das principais características, torna estes produtos tema de discussão, na medida que, em função da rápida descartabilidade, se acumulam em grandes quantidades em aterros e lixões. Desta forma, novos materiais poliméricos, como compósitos e blendas, estão sendo estudados devido a sua funcionalidade e capacidade de degradação: entender e controlar a degradação destes polímeros é de fundamental importância. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar a degradação da blenda poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato)/poli(L-ácido lático) (PHBV/PLLA) em diferentes condições ambientais para possível substituição do Polietileno (PE), muito utilizado como recipiente para mudas em floriculturas. As blendas foram preparadas pelo método de casting na proporção 50/50 g/g e submetidas à degradação em solo por 25, 50 e 75 dias, intemperismo natural (IN), e câmara de envelhecimento acelerado, cujas condições naturais (temperatura, UV e umidade) são extremadas. Nessas duas ultimas condições as amostras foram retiradas em 30, 60 e 90 dias. As amostras foram avaliadas por análises térmicas e análise visual em função do tempo de degradação, para verificação das alterações estruturais. Por meio da análise térmica TGA, o filme sem degradação foi caracterizado quanto a sua composição, sendo verificado 52% de PHBV e 46,4% de PLLA. Após 25 dias de degradação em solo foi possível observar na análise visual, os primeiros sinais de degradação, com o aparecimento de pequenas colônias de microrganismos na superfície do filme. Depois de 50 dias de degradação em solo a porcentagem de perda de massa do PHBV decaiu para 20% enquanto o PLLA permaneceu com 72% de perda de massa. Em 75 dias pode-se observar que PHBV apresentou-se totalmente degradado, enquanto o PLLA ainda estava presente, confirmando a imiscibilidade da blenda. Pouco pôde se observar por análise visual quanto à degradação das amostras submetidas ao IN e EA, podendo assim atribuir à blenda PHBV/PLLA uma boa resistência às intempéries e à radiação UV no período estudado, o que torna viável a substituição do PE em embalagens de mudas em floriculturas.

Apoio / Parcerias: A FAP UNIVILLE pela bolsa de estudo concedida.

Avaliação da degradação de sacolas oxidegradáveis em diferentes ambientes

  • FERNANDO DE AMARAL, Graduando, fernando.univille@hotmail.br
  • LUCIANA PRAZERES MAZUR, Graduando, luciana.prazeres@univille.net
  • MICHELE CRISTINA FORMOLO GARCIA, MSc, michele_formolo@yahoo.com.br
  • ANA PAULA TESTA PEZZIN, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Andréa Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: sacolas oxidegradáveis , aditivos pró-oxidantes, polímeros

Os artigos produzidos a partir de materiais plásticos tornaram-se comuns na vida cotidiana. Isso ocorre devido às várias características as quais estão associadas tais como: resistência, durabilidade, baixo custo e facilidade no processamento. Entretanto, essas mesmas características tornam esses produtos de rápida descartabilidade, ocasionando problemas ao meio ambiente. Entre os problemas ambientais relacionados ao destino dado aos plásticos, uma parcela significativa é causada pelas embalagens. Por tratar-se de um material de baixo custo, embalagens como sacolas plásticas são oferecidas praticamente sem ônus ao consumidor. Isso chama atenção, pois no Brasil não há aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Como conseqüência, tem-se o acúmulo dessas sacolas em aterros sanitários e lixões. Essa deposição inadequada dificulta a circulação de líquidos e gases, retardando a estabilização da matéria orgânica. Um dos materiais utilizados na produção de sacolas plásticas é o PE (polietileno), polímero altamente resistente tanto à biodegradação quanto à oxidação, devido à presença de estabilizadores e antioxidantes. Nesse contexto surgiram as sacolas chamadas de “oxi-biodegradáveis”. Estes polímeros tem como base as poliolefinas tradicionais, adicionadas de um aditivo pró-oxidante, que acelera a oxidação e fragmentação. Assim o processo de degradação desse material consiste em uma primeira etapa de degradação abiótica oxidativa, seguida da biodegradação dos produtos da oxidação. O objetivo do trabalho foi comparar a degradação das embalagens de PEAD (polietileno de alta densidade) comercial contendo aditivos pró-degradante em diferente ambientes: câmara de envelhecimento acelerado, solo, e ambiente natural. Os filmes foram expostos aos ambientes de degradação e, as amostras retiradas periodicamente a fim de verificar a degradação macroscópica pela análise visual. Posteriormente os efeitos da degradação termo-oxidativa foram avaliados após diferentes tempos de exposição por análise termogravimétrica (TG/DTG), calorimetria exploratória diferencial (DSC) e espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), técnicas utilizadas a fim de identificar alterações das propriedades térmicas e estruturais dos materiais em teste. A análise visual mostrou que as amostras expostas ao envelhecimento acelerado foram fragmentadas após 42 dias de exposição e quando exposta ao intemperismo natural, a fragmentação ocorreu lentamente, levando 360 dias. No entanto, quando as amostras não foram irradiadas, como nos ensaios de degradação em solo, visualmente não apresentaram sinal de degradação ou fragmentação, não sendo assimiladas pelos microorganismos. As análises de DSC, TGA e FTIR estão em andamento.

Apoio / Parcerias: Apoio: bolsista do CNPq – Brasil; FAP/UNIVILE.

Avaliação da degradação em solo de blendas de P(3HB) e PLLA

  • LUCIANA PRAZERES, Graduando, luciana.prazeres@univille.br
  • Vitor Henrique Grigull, Graduando, vitor_gull@hotmail.com
  • Michele Cristina Formolo Garcia, MSc, michele.formolo@yahoo.com.br
  • Roseany de Vasconcelos Vieira Lopes, MSc, roseanyvieira@yahoo.com.br
  • Andréa Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Biodegradação, P(3HB), PLLA

O esgotamento dos recursos naturais, juntamente com o crescimento dos centros urbanos vem causando sério impacto ambiental. Os plásticos de origem petroquímica possuem taxas de degradação muito baixas, e quando descartados de maneira incorreta acabam colocando em risco o equilíbrio ambiental dos ecossistemas. Alternativamente, os polímeros biodegradáveis vem sendo pesquisados, pois possuem propriedades similares aos plásticos convencionais, além de serem rapidamente degradados. O poli(3-hidroxibutirato), P(3HB), é um poliéster pertencente à classe dos PHAs, que apresenta características semelhantes ao polipropileno, porém, devido à sua fragilidade mecânica, suas aplicações são limitadas. O poli(ácido L-lático) (PLLA) é um poliéster alifático biocompatível, biorreabsorvível e biodegradável que tem sido usado como suporte para cultura de células ou tratamento experimental de alguns tecidos danificados, principalmente devido à sua alta biocompatibilidade. A fim de melhorar as propriedades dos polímeros individuais, as blendas poliméricas tem se mostrado uma excelente alternativa, uma vez que as propriedades podem ser combinadas, produzindo materiais para novas aplicações. Porém, é de fundamental importância conhecer e controlar a degradaçõa desses novos materias. O presente trabalho avaliou a degradação em solo de blendas de P(3HB)/PLLA, segundo a norma ASTM G160 – 98. As blendas foram preparadas por evaporação de solvente a temperatura ambiente na composição 50/50 e enterradas por 25, 50 e 75 dias. Posteriormente os efeitos da biodegradação foram avaliados por análise termogravimétrica (TGA), e espectroscopia no infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), a fim de identificar alterações das propriedades térmicas e estruturais dos materiais em teste. Através dos resultados de TGA foi possível obser dois estágios de perda de massa, o primeiro relativo ao P(3HB), com 50,5% de perda de massa e o segundo atribuído ao PLLA com 47,3 % de perda de massa, que é mais termicamente mais estável que o PHB. Após 25 dias, a análise visual revelou os primeiros sinais de biodegradação com a presença de pequenas colônias de microorganismos na superfície do filme, resultados confirmados pelas curvas de TGA, onde se observa um decréscimo na quantidade de P(3HB) presente na amostra para 46,8%, o que indica que este polímero é o primeiro a ser bioassimilado pelos microrganismos presentes no solo. Com 50 dias, a porcentagem de perda de massa do P(3HB) cai para 15,1%, enquanto a porcentagem de perda de massa relativa ao PLLA sobre para 79,3%, confirmando a rápida degradação do P(3HB) no solo. Após 75 dias, a curva TGA assume um perfil típico de um estagio de decomposição.

Apoio / Parcerias: FAP/Univille e UnB - Universidade de Brasília

Avaliação da potencialidade do uso de resíduos da bananicultura como biomassa na geração de energia.

  • RICARDO KATSUEI DA SILVA AFUSO, Graduando, ricardo.katsuei@gmail.com
  • Eveline Ribas Kasper Fernandes, G, evelinerkf@gmail.com
  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br
  • Sandra Helena Westrupp Medeiros, Dr(a), sandra.helena@univille.net
  • Noeli Sellin, Dr(a), nsellin@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Bananicultura, Energia, Biomassa

A biomassa tem sido amplamente reconhecida como uma fonte de energia renovável e limpa, com potencial crescente para substituir combustíveis fósseis no mercado de geração de energia. Empregar resíduos agroindustriais como biomassa combustível para produção de energia pode ser uma solução alternativa para o problema relacionado à sua disposição. Na bananicultura, vários resíduos são gerados (casca, folha, pseudocaule e engaço) e em grandes quantidades, ocasionando sérios problemas ambientais. Neste trabalho, folhas de bananeira ressecadas e úmidas foram caracterizadas, visando avaliar seu uso como biomassa combustível, por análises química elementar (CHNS), química aproximada (teores de umidade, sólidos totais, voláteis e fixos), termogravimetria (TG), termogravimetria diferencial (DTG) e de poder calorífico. O teor de umidade presente nas amostras influenciou, principalmente, nos teores de sólidos voláteis e de carbono e no poder calorífico. As amostras ressecadas apresentaram teores de sólidos voláteis de 77,8%, de carbono de 44%, e poder calorífico de 15 MJ/kg, maiores do que das amostras úmidas. As amostras ressecadas tiveram sua maior perda de massa, de 93%, na temperatura 480°C, em atmosfera oxidante (combustão). Em atmosfera inerte (pirólise), a perda de massa ocorreu gradativamente em temperaturas mais elevadas, apresentando mesmo comportamento obtido pela amostra úmida em ambas as atmosferas. Os teores de nitrogênio e enxofre foram relativamente baixos, contribuindo para a redução de emissões gasosas poluentes durante a combustão. Estes resultados mostraram-se semelhantes aos de outras biomassas já empregadas, indicando a potencialidade do uso destes resíduos como biomassa combustível na geração de energia. Além disso, a conversão termoquímica ocasiona significativa redução volumétrica dos resíduos, porém deve-se atentar para os processos prévios de desidratação e secagem e para a presença de materiais contaminantes, tais como, partículas de areia, que podem influenciar na geração de maiores teores de cinzas. Serão implementadas ainda análises para caracterização dos teores de celulose, lignina e hemicelulose e de calorimetria diferencial exploratória (DSC), para estudo das características dos produtos gerados e o comportamento termodinâmico do sistema.

Apoio / Parcerias: Tipikus Alimentos

Avaliação da produção de enzimas lignocelulolíticas por fungos do gênero Pleurotus.

  • MARCELA CORREA, Graduando, marcela.correa@univille.br
  • Flávio Vieira Vidal, Graduando, flaviovidal_3@hotmail.com
  • Camila Janine de Liz, Graduando, camila_liz@yahoo.com.br
  • Mariane Bonatti Chaves, MSc, mariane.bonatti@univille.net
  • Regina Maria Miranda Gern, Dr(a), rgern@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus, Enzimas, Resíduos lignocelulósicos

É de grande interesse econômico a produção de enzimas ligninocelulolíticas devido às inúmeras aplicações destas enzimas em diversos processos industriais, sobre tudo nas áreas de biotecnologia industrial, ambiental e de alimentos. Fungos do gênero Pleurotus são decompositores primários de materiais lignocelulósicos presentes em diversos resíduos agroindustriais e, portanto, produtores destas enzimas. Resíduos como palha de folhas de bananeira e cascas de banana são abundantes na região nordeste de Santa Catarina. Baseado nisto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção das enzimas lacase, celulase, manganês peroxidase, carboximetilcelulase e xilanase por Pleurotus sajor-caju e Pleurotus ostreatus cultivados em uma mistura de palha de folhas de bananeira e casca de banana, na proporção 2:1. Este substrato foi hidratado e, em seguida, escorrido e distribuído em pacotes de polipropileno (50 g da massa seca do substrato). Cada pacote foi suplementado com 10% de farelo de arroz (em relação a massa seca do substrato), esterilizado por uma hora, resfriado à temperatura ambiente e inoculado em câmera de fluxo laminar contínuo, usando 10% de inóculo. Os extratos enzimáticos foram preparados a partir do conteúdo de cada pacote, após diferentes tempos de cultivo: após colonização completa do substrato (T0), após o primeiro fluxo de cogumelos (T1) e após o segundo fluxo de cogumelos (T2). A extração foi realizada com água destilada (volume total de 5 vezes a massa úmida da amostra), por duas vezes. Os sólidos foram separados por filtração, o filtrado foi centrifugado e o sobrenadante foi congelado para posterior utilização nos ensaios de quantificação da atividade enzimática. As atividades das enzimas celulase, carboximetilcelulase e lacase foram determinadas segundo metodologia proposta por Ghose (1987). As atividades de xilanase e manganês peroxidase foram determinadas segundo metodologias propostas por Bailey et al.(1992) e Kuwahara et al.(1984), respectivamente. O fungo P. sajor-caju apresentou maior atividade para todas as enzimas (454 U/L para lacase e 155 U/L para manganês peroxidase, ambas no tempo T0 e 79 FPU/L para celulase, 79 U/L para carboximetilcelulase e 295 U/L para xilanase, todas no tempo T2). Observou-se também que as enzimas lacase e manganês peroxidase são expressas no início do cultivo enquanto celulase, carboximetilcelulase e xilanase são expressas no final do cultivo de P. sajor-caju.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa UNIVILLE-FAP;Governo do Estado de Santa Catarina/Bolsa de estudos Art. 170;Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Santa Catarina/FAPESC

Avaliação de desempenho de um protótipo da refinadora “pia holandesa” na produção de polpa de celulose

  • MARCOS DO AMARAL, Graduando, m.amaral@univille.br
  • Denise Abatti Kasper Silva , Dr(a), dabatti@univille.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Debora Barauna, MSc, dbarauna@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Papel reciclado artesanal, refinamento de polpa, pia holandesa

Para fabricação de papel a partir de resíduos de aparas de escritório em um processo artesanal utilizam-se pequenos equipamentos como o liquidificador para refinar a polpa antes da confecção de folhas. Uma alternativa a esse equipamento é a aplicação de uma refinadora denominada “Pia holandesa”. Essa Pia caracteriza-se por uma estrutura de base plana com uma cuba oval e duas engrenagens que se movimentam sobre o mesmo eixo. Neste trabalho estudou-se o desempenho da refinadora, em substituição ao liquidificador na etapa de polpação. Para isso, verificou-se o funcionamento da pia com o intuito de corrigir falhas de projeto e analisou-se a influência do tipo de processo: mecânico a frio, em liquidificador ou na pia ou termomecânico (polpação a 45ºC na pia) sobre a textura e rendimento da polpa e folha geradas. Utilizou-se 3,2 kg de papel úmido para cada ensaio de polpação realizado. A análise dos resultados destacou que nenhum aquecimento em dispositivos como motor, engrenagens e estrutura da pia holandesa foi detectado. Esse problema era comumente encontrado na polpação em liquidificador e que, devido ao uso contínuo, aumentava os riscos de acidentes e perda do equipamento. Identificou-se que foi possível reduzir em 50% da quantidade de água e em 50% no tempo de polpação no processo a 45ºC, nos teste mecânico a frio reduziu 50% no tempo de polpação,com o uso da Pia holandesa necessários para obter polpa no mesmo grau de refinamento. Quanto ao rendimento em polpa verificou-se que em liquidificador obteve-se 3,5 kg, na refinadora a frio 2,45 kg e no termomecânico 3,3 kg. O processo a frio comprometeu o rendimento em polpa devido a alguns problemas com a proteção da engrenagem que faz o refinamento das fibras que devido ao movimento de rotação das engrenagens acabaça lançando polpa fora da cuba. Esse problema foi solucionado adicionando-se uma proteção improvisada em frente às engrenagens e o reflexo pode ser comprovado no rendimento no processo termomecânico. Quanto ao rendimento em folhas, obteve-se 33 com a polpação em liquidificador, na refinadora a frio 26 e no termomecânico 26 folhas de papel A4 e que corresponde a um decréscimo de 21% com a aplicação da pia. Os resultados apontam que a utilização a pia reduz a quantidade de água necessário nessa etapa da produção e otimiza o tempo de polpação e que o protótipo precisa de alterações principalmente na proteção das engrenagens para que não comprometa o desempenho em polpa.

Avaliação do comportamento de biocompósitos de matriz polimérica e resíduos de madeira em ensaios de usabilidade visando o desenvolvimento de produto

  • BRUNA BESEN, Graduando, brunabesen@hotmail.com
  • Ana Paula Testa Pezzin , Dr(a), ana.pezzin@univille.net
  • Denise Abatti Kasper Silva , Dr(a), dabatti@univille.br
  • Cezar Augusto Rüdiger , Graduando, cezar.rudiger@gmail.com
  • João Carlos Vela , MSc, joao.vela1@gmail.com
  • Debora Barauna , MSc, dbarauna@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Matriz polimérica biodegradável, resíduo de madeira, ensaios de usabilidade

Diante dos problemas decorrentes da poluição ambiental, ocorridos em parte, pelos altos níveis de geração do resíduo plástico, alternativas de substituição de polímeros convencionais por biocompósitos podem minimizar esses impactos no meio ambiente. A incorporação de cargas, como resíduo de madeira em matrizes poliméricas biodegradáveis é uma das formas de reduzir custos, tornando-as mais acessíveis ao mercado e possibilitando a destinação mais nobre para o resíduo de madeira, além de contribuir para a biodegradação completa do biocompósito. Neste contexto, este trabalho buscou avaliar o comportamento de biocompósitos, de acordo com a matriz polimérica e a variação de carga de resíduo, para o desenvolvimento de produtos. Assim, foram realizados ensaios mecânicos de perfuração com broca e prego, corte em serra de fita e polimento em lixadeira de cinta com amostras de matriz polimérica biodegradável de poli (3-hidroxibutirato-co-3-valerato) PHBV com a incorporação de resíduo de madeira em forma de pó, peneirado em malha de 9 mesh, nas proporções de 10 a 40 % com aditivo struktol®, visando observar a resistência e maleabilidade desses materiais. Nos testes de perfuração, pode-se observar que as amostras nas composições matriz/resíduo de 70/30 e 60/40 com struktol® apresentaram menor resistência à perfuração com pouca formação de rebarbas, sendo que a amostra com 70/30 suportou a perfuração com prego até a bitola de 12x12, não ocorrendo trincas, enquanto a amostra 60/40 não suportou a perfuração com essa bitola de prego. Verificou-se ainda que, todas as amostras apresentaram as bordas do furo levemente esbranquiçadas. Com relação aos cortes em serra de fita, as amostras com maior quantidade de resíduo também apresentaram melhores resultados, sendo mais maleáveis ao cisalhamento. Já nos ensaios de polimento observou-se maior maleabilidade dos compósitos com maior quantidade de resina polimérica, devido ao aumento da temperatura sua extremidade aquece, ocorrendo o seu derretimento (comportamento próximo ao de um acrílico). Os resultados obtidos evidenciaram que o maior percentual de resíduo eleva as propriedades do biocompósito para o desenvolvimento posterior de um produto, sendo ideal a proporção de 30% de resíduo incorporado a matriz de PHBV. Em testes posteriores será avaliada a usabilidade de diferentes granulometrias de resíduo de madeira incorporados a matriz polimérica biodegradável de poli (L-ácido láctico) PLLA, a fim de verificar a matriz mais adequada, bem como a granulometria e o percentual de resíduo, visando o desenvolvimento de um produto.

Avaliação do glicerol como co-substrato na síntese de poli(3-hidroxibutirato) por Cupriavidus necator

  • MAIKON KELBERT, Graduando, maikonkelbert@gmail.com
  • Evana Dall´Agnol, Graduando, evanadallagnol@yahoo.com.br
  • Ana Paula Teste Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Andréa Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br
  • Giannini Pasiznick Apati, MSc, giapati@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: glicerol, Cupriavidus necator, poli(3-hidroxibutirato)

O glicerol é obtido tanto de óleos vegetais como de derivados petroquímicos; nos óleos vegetais este subproduto é gerado principalmente da síntese do biodiesel. A crescente demanda por biodiesel tem levado a um aumento da quantidade de glicerol disponível no mercado, sendo que a valorização deste subproduto gera redução de custos na produção deste biocombustível. Segundo levantamento realizado, o volume de glicerol em 2013, deverá exceder 250 mil toneladas, sendo que o mercado brasileiro consome apenas 40 mil toneladas por ano. Na primeira etapa da síntese do biodiesel obtém-se o glicerato (glicerol bruto) e após o processo de purificação, o glicerol. Atualmente várias são as aplicações do glicerol dentre elas seu uso como fonte de carbono no cultivo de microrganismos. O poli(3-hidroxibutirato) P(3HB) é um poliéster natural, semi-cristalino, termoplástico e biodegradável, pertencente a classe dos polihidroxialcanoatos (PHAs). É produzido por fermentação bacteriana podendo ser sintetizado por uma grande variedade de bactérias que acumulam o polímero intracelularmente como fonte de carbono mediante condições adversas de cultivo e na presença de excesso de carbono. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi utilizar o glicerol, tanto o bruto (glicerato) como o purificado, como fonte de carbono adicional na produção de P(3HB). Cultivou-se Cupriavidus necator em frascos de erlenmeyer aletados de 1000 mL contendo 300 mL de meio mineral, glicose e frutose como fonte de carbono (30g/L), acrescidos de glicerato ou glicerol (3g/L) com co-substrato por 150min -1 a 30ºC por 24 horas. As amostras foram retiradas periodicamente em intervalos de 3 horas, para análise de crescimento celular, produção de P(3HB) e consumo de glicerol/glicerato e açúcar invertido. Os resultados revelaram que os meios testados permitiram o crescimento celular semelhante ao meio controle. As análises de consumo de co-substrato mostraram que 74,7% e 43,6% de glicerato e glicerol respectivamente, foram utilizados pelo microrganismo ao longo do cultivo. Isto indica que os resíduos podem ser utilizados como co-substrato, pois não possuem inibidores de crescimento celular. As análises de produção de P(3HB) ainda estão de andamento.

Apoio / Parcerias: PIBIC/CNPq FAP/Uiville

Avaliação dos Impactos da Atividade de Silvicultura sobre os Recursos Hídricos: caso da bacia hidrográfica do rio Cubatão do Norte Etapa III

  • RAFAEL ZOBOLI GUIMARÃES, Graduando, rzguimaraes@gmail.com
  • Fabiano Antônio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Qualidade de água, Silvicultura, Pinus taeda

Esta pesquisa corresponde à 3ª etapa do plano de monitoramento da qualidade e quantidade de água superficial em áreas de reflorestamento com Pinus taeda e Pinus elliottiis no município de Joinville, Santa Catarina, iniciado em agosto de 2005. Fez-se a comparação entre os resultados obtidos no monitoramento em talhões de diferentes idades de reflorestamento e comparou-se com áreas de mata nativa. Além desta comparação, avaliou-se a influência do corte raso dos pinus plantados em Áreas de Preservação Permanente (APP) sobre a qualidade da água superficial. Os cortes foram iniciados em agosto de 2008 e ainda encontram-se em andamento. Foram analisados os parâmetros de temperatura, turbidez, pH, STD, OD, DBO, condutividade elétrica, NO3-, N. total, PO43-, K. Realizaram-se 36 amostragens entre o período de agosto de 2005 a agosto de 2009. A DBO foi o parâmetro que apresentou maiores divergências com a Resolução CONAMA 357/05 para rios de Classe 1, tanto em área de reflorestamento quanto em área de mata nativa, o que indica grande quantidade de material orgânico na área em estudo. Os resultados mais expressivos foram: aumento médio de 82% na condutividade elétrica, comparando a qualidade da água na entrada e saída do reflorestamento e maior concentração de nitrato nos reflorestamento com Pinus taeda com 8 anos de idade e com mais de 30 anos de idade. O Rio Campinas, principal curso d’água que corta o reflorestamento, apresentou em boa parte do monitoramento uma elevação na temperatura, condutividade elétrica, DBO, sólidos em suspensão e nitrato após percorrer a fazenda reflorestada. As alterações registradas são bastante suaves e apresentam uma variação sazonal expressiva, o que dificulta bastante a discussão dos resultados e requer maiores informações, além das características físico-químicas e biológicas dos cursos de água. A vazão do Rio Campinas a jusante do reflorestamento reduziu-se de forma acentuada nos períodos de estiagem se comparada com a vazão registrada a montante do reflorestamento, indicando a redução da contribuição dos afluentes na área da fazenda. Essa redução pode estar relacionada tanto ao consumo de água pelo metabolismo dos pinus como também às condições hidrológicas das bacias hidrográficas experimentais em estudo, como área de drenagem, relevo, permeabilidade do solo, altura do lençol freático, entre outros.

Apoio / Parcerias: Comfloresta – Cia. Catarinense de Empreendimentos Florestais

BIODEGRADAÇÃO DE POLI(TEREFTALATO DE ETILENO) (PET) E DE POLIPROPILENO (PP) POR Pleurotus djamor UNIVILLE 001

  • THIAGO BRÜMMER DE SOUZA, Graduando, thiago.brummer@hotmail.com
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Poliana Dambrós, G, polianadambros@hotmail.com
  • João Guilherme Schulz , Graduando, jog.schulz@gmail.com
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sandra.furlan@univille.br
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), ewisbeck@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus djamor, biodegradação, polímeros

Plásticos derivados do petróleo, como o poli(tereftalato de etileno) (PET) e o polipropileno (PP) continuam sendo produzidos em grande escala, devido ao seu menor custo, comparado com os polímeros biodegradáveis. Dentre as soluções mais utilizadas para minimizar o impacto ambiental, encontram-se métodos combinados de reciclagem, incineração e biodegradação. Fungos do gênero Pleurotus possuem um complexo enzimático lignocelulolítico único que os habilita a decompor estruturas lignocelulósicas, corantes e biodegradar substâncias orgânicas. Apresentam bons resultados em biorremediação do solo, degradação de corantes industriais, de compostos fenólicos e de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs). Já foram relatadas algumas pesquisas sobre a sua capacidade de degradar compostos aromáticos, PET e poliuretanos (PU). Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar a capacidade de biodegradação de PET e PP por Pleurotus djamor UNIVILLE 001, em cultivo sólido, utilizando palha de bananeira como substrato, e verificar se a metodologia empregada foi satisfatória. Perdas de massa de 0,08, 0,12 e 0,15%, relativas somente à ação de P. djamor, foram alcançadas para os testes de biodegradação do PET em 30, 60 e 90 dias, respectivamente. PP sofreu perda de massa de 0,06% em 60 dias e de 0,13% em 90 dias de biodegradação. As análises de calorimetria exploratória diferencial (DSC) e microscopia eletrônica de varredura (MEV) corroboraram com estes resultados. No entanto, este trabalho mostrou que em 90 dias de biodegradação, do PET e do PP, somente um indício de biodegradação dos polímeros foi observado.

Apoio / Parcerias: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Biossintese de ácido láctico por linhagens de Lactobacillus amilolíticos a partir de resíduos agroindustriais visando a síntese de poli(L-ácido láctico)

  • PAULA FERNANDA BOMFIM OLIVEIRA, Graduando, paula.bomfim@univille.br
  • Andréa Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ácido láctico, resíduos agroindustriais, poli ( L - ácido láctico)

Na última década, a produção de ácido láctico tem atraído considerável atenção, por ser matéria-prima para a síntese do poli(L – ácido láctico) (PLLA). O ácido láctico pode ser produzido tanto pela síntese química ou fermentação microbiana. A vantagem da biossíntese é a obtenção de um produto opticamente puro, alcançado pela seleção de cepas que produzem apenas o isômero L, enquanto a rota sintética sempre produz uma mistura racêmica de ácido láctico D, L. Os substratos para a produção do ácido láctico mais amplamente empregados são açúcares refinados, os quais são de alto custo. Entretanto, a biossíntese permite a possibilidade do uso de resíduos da agroindústria, tais como amido e outros polissacarídeos, disponíveis a partir do milho, melaço de beterraba, cana de açúcar, batata e outras biomassas. O objetivo deste trabalho é avaliar a biossíntese de ácido láctico por lactobacilos Lactobacillus amylovorus usando diferentes fontes de carbono e nitrogênio provenientes de resíduos agroindustriais, visando a produção de ácido láctico e crescimento celular. Para obter a máxima produção de ácido láctico será realizado um planejamento experimental buscando selecionar as condições ótimas do processo. No entanto, a determinação dos parâmetros de temperatura de incubação 25 ºC, 37 ºC e 42 ºC; e agitação 120 min -1 e sem agitação foram conduzidos em ensaios preliminares. Para isto, as células foram inoculadas a uma taxa de 10% e cultivadas em frascos de Erlenmeyer (250 mL) contendo 100mL de MRS por 96h. Uma alíquota de 2 mL foi periodicamente retiradas em intervalos de 8h para verificação do crescimento celular (absorbância 600nm), produção de ácido láctico e consumo de substrato (HPLC). Os resultados confirmaram a característica microaerófila do Lactobacillus amylovorus, pois houve o maior crescimento e produção de ácido láctico ocorreu em condição estáticas na qual o oxigênio dissolvido se apresenta em baixos níveis. A temperatura de 25 ºC não permitiu um crescimento satisfatório das células, pois apresentou baixo consumo de substrato e ausência de ácido láctico. Em temperatura de 37 ºC permitiu um consumo total de substrato em 100 horas e crescimento celular elevado, indicando que o consumo do substrato foi destinado para a produção do ácido láctico. A temperatura de 42 º C resultou em crescimento celular e produção de ácido láctico, porém o consumo de substrato ocorreu até 40 horas após o inicio da fermentação e seguidamente cessou o crescimento indicando que a temperatura interfere negativamente na via de síntese do ácido láctico.

Composição e Diferenciação Espacial de Sedimentos na Faixa de Manguezal da Baia da Babitonga- Fase 2

  • ADILVO DE PAULA NERI, Graduando, adilvoapn@gmail.com
  • Fabiano Antonio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Baia da Babitonga, Manguezal, Sedimentos

O objetivo deste projeto é conhecer a origem dos sedimentos depositados na faixa de manguezal da Baia da Babitonga por meio de análise de sua distribuição espacial e de suas características granulométricas. A metodologia utilizada é por meio de coleta direta de amostras de sedimentos, bem como estudo da flora e demais componentes do ambiente manguezal. As amostras foram coletadas em profundidades de 10 cm para todos os pontos, sendo coletados testemunhos com um metro de profundidade em 3 pontos até o momento. Adicionalmente, efetuou-se o reconhecimento e quantificação da composição dos bosques de manguezal em parcelas de 100 m² situadas junto aos pontos de amostragem, para fins de comparação posterior dos padrões de zonação das espécies vegetais com a distribuição espacial dos sedimentos. As análises laboratoriais, efetuadas no laboratório de solos da universidade, incluem os procedimentos de peneiramento e pipetagem clássica para análise granulométrica. Os resultados iniciais indicam a existência de diferenças na composição granulométrica das amostras superficiais. Os testemunhos não apresentam diferenças bruscas na distribuição granulométrica vertical dos sedimentos, sugerindo estabilidade no ambiente sedimentar.

Apoio / Parcerias: Friedrich-Alexander Universität Erlangen-Nürnberg

Composição química das bainhas das folhas pupunheira (Bactris gasipaes H.B.K) e análise do potencial desse resíduo para produção de Pleurotus ostreatus

  • STYFANIE GONÇALVES DE LIMA, Graduando, styfanie.lima@univille.br
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), elisabeth.wisbeck@univille.br
  • João Guilherme Schulz , Graduando, joao.schulz@univille.br
  • DENISE ABATTI KASPER SILVA , Dr(a), denise.abatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: composição química, pupunheira, substrato

A produção de palmito de pupunheira é alternativa ambientalmente adequada em relação à extração do palmito jussara (E. edulis). Essa produção gera grande quantidade de resíduos e apenas uma pequena parte da biomassa é comercializada como palmito ficando a maior parte dela no solo. Uma alternativa viável para minimizar este impacto ambiental é utilizar esses resíduos como substrato para a produção de cogumelos. Assim, neste trabalho buscou-se determinar os teores (%) de cinza, umidade, hemicelulose, lignina e celulose bem como o pH das bainhas da pupunheira e avaliar sua utilização como substrato ao cultivo de Pleurotus ostreatus. Coletaram-se partes da bainha em uma propriedade na região do Quiriri (SC-301) em Joinville, SC. Elas foram limpas, secas e trituradas para realização das analises, em base de massa seca, exceto o teor de umidade que teve como parâmetro o material fresco. Para determinar o teor de cinzas as amostras foram calcinadas em mufla a 600 ºC por 4h. Para a determinação da umidade as amostras foram secas até massa constante a 105ºC. O teor de hemicelulose foi determinado pela diferença de massa entre os resíduos da preparação da Fibra em Detergente Neutro (FDN) e em Detergente Ácido (FDA). A diferença de massa entre as oxidações em FDA e permanganato de potássio/ácido acético apontou o teor de lignina. Os resíduos da análise de lignina foram calcinados e, a variação de massa entre a amostra seca e a amostra calcinada foi o teor de celulose. A produção de P. ostreatus foi realizada em pacotes de polipropileno contendo bainha, previamente umedecida e esterilizada. Após, aproximadamente, 15 dias à inoculação do fungo, os corpos frutíferos foram colhidos, secos a 40ºC por 24h e pesados para obtenção da massa de cogumelos secos. As bainhas apresentaram 75,94% de teor de umidade. O teor de cinzas (2,95%) indica baixo conteúdo de mineral. O pH de 6,15 foi semelhante ao registrado para outros resíduos aplicados na produção de cogumelos. Os valores determinados para hemicelulose (16,24%), lignina (9,525%) e celulose (30,2%) foram semelhantes àqueles registrados para palha de arroz. Observou-se na produção de P. ostreatus o rápido tempo de crescimento micelial do fungo sobre este substrato (9 dias), além da maior produtividade em corpos frutíferos (0,21 g/dia) em comparação com a palha de bananeira, substrato vastamente utilizado, 40 dias e 0,15 g/dia, respectivamente. Esses resultados indicam que o resíduo de pupunheira pode ser aplicado como substrato na produção de cogumelos.

Apoio / Parcerias: PIBIC/CNPq

Condições ambientais e o impacto sobre a saúde de trabalhadores de Indústrias de Fundição do Município de Joinville – SC.

  • BIANCA GOULART DE OLIVEIRA, Graduando, bianca.goulart@univille.br
  • Virginia Grace Barros, Dr(a), vgbarros@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Fundição, Trabalhadores de Joinville, Agentes químicos

Estudos apontam para um alarmante quadro da saúde dos trabalhadores no país, apesar disso, são desconhecidas as incidências de diversas doenças e acidentes do trabalho, pela falta de diagnóstico e a deficiência na notificação. No contexto nacional, percebe-se que, na produção de fundidos, a Região Sul é a terceira maior do Brasil e é onde o foco de estudo está inserido. Para o crescimento contínuo do setor, há a necessidade de se estabelecerem estudos voltados à preservação da integridade física e mental de seus trabalhadores, que são os elementos responsáveis pelo crescimento quantitativo e qualitativo do setor. A UNIVILLE e o Centro de Referencia em Saúde do Trabalhador - CEREST de Joinville, há anos atuam em parceria no sentido de investigar ambientes de trabalho com o objetivo de prevenir acidentes, traumas, e doenças relacionadas ao trabalho. O Projeto intitulado: Investigação e estudo epidemiológico dos agravos relacionados à saúde dos trabalhadores do município de Joinville, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Santa Catarina – FAPESC, é um exemplo disso. As empresas de fundição se caracterizam pelo trabalho braçal, pesado, com atividades estressantes e ambientes insalubres. Por esta razão os acidentes e doenças do trabalho podem ocorrer com certa freqüência, quando não observados os riscos que o ambiente oferece. São muitos os agentes químicos presentes em uma fundição, e que com o passar do tempo podem acarretar problemas à saúde dos trabalhadores expostos. O presente trabalho teve como objetivo geral trabalhar os dados anteriormente coletados junto a fundições de Joinville e junto ao CEREST, e realizar um estudo epidemiológico dos trabalhadores do município, contribuindo com o controle e prevenção da exposição a diversos agentes químicos e físicos, analisando dados de trabalhadores de Fundições de diferentes portes, do município de Joinville, SC, enfatizando os acidentes de trabalho e doenças profissionais, causadas por produtos químicos e ruídos. Através deste trabalho foi possível relacionar e discutir os resultados obtidos das análises realizadas nos anos de 2007 e 2008 com os parâmetros em vigor na atual legislação brasileira, e com a literatura existente. Realizou-se também uma análise integrada de dados ambientais em relação aos prontuários dos trabalhadores atendidos no CEREST no ano de 2007 e 2008, utilizando o software EPI info, e por fim pode-se traçar um perfil, dos agravos relacionados à saúde dos trabalhadores de fundições e suas relações com os agentes físicos e químicos envolvidos.

Apoio / Parcerias: FAP

Contribuições das construções lúdicas com o Cabri Géomètre II no processo ensino-aprendizagem das noções básicas de geometria plana.

  • VANESSA REGINA JARDIM, Graduando, vanessa.jardim@univille.br
  • Jane Mery Richter Voigt, MSc, janevoigt@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Geometria, Ensino-Aprendizagem, Cabri-Géomètre II

Tendo em vista as dificuldades do ensino-aprendizagem da geometria, principalmente na educação básica, há uma grande necessidade da busca de alternativas para amenizar estes problemas. Portanto, o objetivo desta pesquisa é descrever as contribuições das construções lúdicas com o Cabri-Géomètre II no processo ensino-aprendizagem das noções básicas de geometria plana. Os programas de geometria dinâmica abriram novas possibilidades para a geometria escolar. A principal vantagem é que as figuras deixam de ser estáticas, permitindo observar, a partir de diferentes pontos de vista, e até mesmo interagir com eles para modificar certas condições e analisar o que está acontecendo. Pesquisas como a de Gravina e Santarosa (1998) mostram que softwares como o Cabri-Géomètre II podem ser uma importante ferramenta no ensino da geometria, levando o aluno a explorar, investigar situações problemáticas, descobrir regularidades e construir conceitos. Esta pesquisa terá uma abordagem qualitativa, pois propõe investigar as contribuições do uso de construções lúdicas com o Cabri-Géomètre II no ensino-aprendizagem de noções básicas de geometria. Trata-se de estudo de caso, uma vez, que o pesquisador pretende fazer observações em situação de aula, ouvir o professor de matemática e os seus alunos sobre as construções lúdicas com o Cabri-Géomètre II para as aulas de Geometria. Para a realização desta pesquisa, já foram analisadas diversas construções lúdicas e verificou-se que em cada uma delas, há uma grande diversidade de conceitos geométricos envolvidos como: simetrias, perpendicularidade, paralelismo e outros. A partir destas, foi possível perceber que o uso do Cabri-Géomètre II na elaboração de construções lúdicas permite utilizar diversos conceitos geométricos já conhecidos pelos alunos e outros que ainda precisam ser pesquisados e explorados. Isto nos permite afirmar que as construções lúdicas podem ser importantes ferramentas no ensino-aprendizagem da geometria.

Desenvolvimento de biocompósitos de PHBV com resíduo de madeira

  • Jonas Bertholdi, Graduando, jonas.berholdi@univille.br
  • Jonas Bertholdi, Graduando, jonas_bertholdi@hotmail.com
  • Denise Abatti Kaper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br
  • Luis Antonio Ferreira Coelho, Dr(a), coelholaf@gmail.com
  • Sergio Henrique Pezzin, Dr(a), sergio_pezzin@yahoo.com.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: biocompósitos, PHBV, resíduo de madeira

O desenvolvimento de compósitos de fontes renováveis de materiais lignocelulósicos em matriz polimérica atualmente tem despertado crescente interesse. A fibra de madeira é facilmente disponível como resíduo da indústria da madeira e a sua incorporação em matrizes poliméricas resulta na redução do custo e modificação das propriedades mecânicas dos produtos compósitos. Os Polihidroxialcanoatos (PHAs) são potenciais candidatos para substituir matrizes de polímeros convencionais reforçados com materiais vegetais. Neste trabalho, biocompósitos de PHBV com 3,6% de 3HV em mol (Mw = 455.000 g/mol), foram processados em uma extrusora de dupla rosca seguido de injeção de 160°C, com adição de 0, 10, 20, 30 e 40% (m/m) do resíduo de madeira (RM) de pinus (Elliottii e Taeda), com e sem o uso de 2% do lubrificante Struktol ®. O tamanho médio das partículas de RM foi de cerca de 220,737 (± 1,306)mm. Os biocompósitos foram avaliados quanto à massa do corpo de prova injetado, densidade, propriedades mecânicas (tração e impacto), morfologia, absorção de água e estabilidade térmica. O Struktol ® auxiliou o processamento do PHBV puro. Com relação aos ensaios mecânicos, verificou-se um aumento de 70% no módulo dos biomcompósitos com 30% de RM quando comparado ao PHBV sem Struktol ®. Para biocompósitos com 40% do RM e Struktol ®, o módulo foi 89% maior, quando comparado com o PHBV com Struktol ® e 104% maior quando comparado com o PHBV sem Struktol ®. Os resultados de resistência ao impacto se mantiveram praticamente constante, quando comparado com o PHBV puro. O ensaio de microscopia eletrônica de varredura revelou uma dispersão uniforme de RM na matriz. Foi visualizado que os biocompósitos com Struktol ® apresentaram menor desprendimento do RM da matriz, indicando que o lubrificante promoveu boa adesão entre os dois, que é um parâmetro importante na determinação das propriedades finais entre PHBV/RM. A absorção de água aumentou com a adição de RM. Entretanto o uso do Struktol ® com 20% de RM promoveu uma ligeira redução da absorção de água. Com a adição de até 20% de RM, a absorção de água manteve-se abaixo de 2,5% no período de 1512h. Foi observado que a presença de Struktol ® promove uma diminuição considerável na estabilidade térmica para todas as composições. Estes resultados mostram que a adição do RM ao PHBV, para a produção de biocompósitos a um custo menor, é uma alternativa no desenvolvimento de novos produtos.

Apoio / Parcerias: Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

ELABORAÇÃO DE UMA PROPOSTA DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA A SUCATA ELETRÔNICA GERADA NA UNIVILLE

  • FERNANDA DO NASCIMENTO STAFFORD, Graduando, nanda_staf@hotmail.com
  • Tatiana da Cunha Gomes Leitzke, MSc, tatiana.cunha@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: gestão ambiental, resíduos tecnológicos, descarte indevido de resíduos

Um dos maiores desafios com que se defronta a sociedade moderna é o equacionamento da questão do lixo. Além do expressivo crescimento da geração de resíduos sólidos, observaram-se, ainda, ao longo dos últimos anos, mudanças significativas em suas características. Um tipo de resíduo até então pouco estudado, são os chamados Resíduos Sólidos Tecnológicos (RST), ou sucatas eletrônicas, resíduos de equipamentos eletro-eletrônicos como computadores, telefones celulares, televisores, rádios, e outros. O descarte desenfreado desses produtos tem gerado problemas ambientais sérios, pelo volume, por esses produtos conterem materiais que demoram muito tempo para se decompor - como plástico, metal e vidro - e, principalmente, pelos metais pesados que os compõem, altamente prejudiciais à saúde humana. Além disso, faltam regras claras e locais apropriados para a deposição desses equipamentos que, em desuso, vão constituir o lixo eletrônico ou e-lixo. A UNIVILLE, atenta às questões sócio-ambientais, tem como missão promover a formação de cidadãos comprometidos com a sociedade e contribuir para o desenvolvimento sustentável. Assim, um dos alicerces que compõem a política da instituição, é justamente a atenção para as questões ambientais. No entanto, o descarte destes equipamentos é realizado de forma incorreta e do ponto de vista ambiental, não segura. Assim, este trabalho teve como principal objetivo verificar a possibilidade de elaborar uma proposta de um sistema de gestão da sucata eletrônica gerada na UNIVILLE, sendo objetivos específicos realizar um levantamento dos procedimentos atuais, verificar as não conformidades e propor ações para que estas tornem-se conformidades. Para estruturar esta proposta, foi registrado durante um ano a quantidade e o tipo de resíduos gerados, sendo que todas as peças descartadas foram classificadas como obsoletas ou sem utilidade, enquanto que aquelas que ainda poderiam ter alguma utilidade foram armazenadas para uso posterior. Para as peças descartadas foram avaliadas duas possibilidades: destinação para empresas de reciclagem; e destinação final em aterro licenciado para recebimento de resíduos perigosos. Durante todo o levantamento de dados dos processos atuais foram verificadas não-conformidades, para as quais foram propostas ações que as convertam em conformidades. Sobre a destinação final, foram encontradas 4 empresas na região habilitadas para receber este tipo de resíduo, de forma que a alternativa de destinação para aterro foi rejeitada. Como conclusão, observa-se que mesmo sem muitos parâmetros legais e referências sobre a gestão desses resíduos, foi possível encontrar alternativas ambientalmente amigáveis para equacionar a questão da gestão das sucatas eletrônicas.

Elaboração do Inventário de Emissões Atmosféricas do Município de Joinville/SC

  • SIMONE ANDREA HOPFNER, Graduando, simone.hopfner@univille.br
  • CLEBERSON DE LIMA MENDES, G, cleberson.lima@univille.net
  • SANDRA HELENA WESTRUPP MEDEIROS, Dr(a), sandra.medeiros@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Poluição do ar, Inventário de emissões atmosféricas, Monitoramento da qualidade do ar

A disponibilidade do ar em termos de qualidade e quantidade é indispensável para as várias atividades realizadas pelo homem. O ser humano pode passar sete dias sem comida, três dias sem água, mas poucos minutos sem ar. Por isso, a necessidade de se monitorar a qualidade do ar que se respira é de fundamental importância. A poluição atmosférica provoca degradação sobre o meio ambiente e interfere diretamente na saúde e bem estar da população. Entende-se por poluição do ar qualquer substância nele presente em concentração que o torne impuro e cause danos aos materiais, à flora, à fauna ou à saúde pública. Por ser o maior pólo industrial da região e a cidade mais populosa do Estado de Santa Catarina, Joinville contribui substancialmente para a poluição no município devido às suas fontes de emissão. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi elaborar um inventário de emissões atmosféricas tanto de fontes fixas como móveis para o município de Joinville. Como metodologia realizou-se um levantamento das características físicas do município, das principais doenças relacionadas à poluição atmosférica mediante aplicação de questionário em quatro terminais urbanos da zona norte do município, e monitoramento de dois parâmetros de qualidade do ar, partículas totais em suspensão (PTS) e inaláveis (MP10), nos bairros Distrito Industrial e Costa e Silva, cujos resultados foram comparados com os padrões estabelecidos nas legislações vigentes. Para o levantamento das fontes móveis obteve-se informações no DETRAN e na CONURB. No tocante ao inventário de emissões atmosféricas, este foi elaborado apenas parcialmente devido às dificuldades encontradas à obtenção de informações relativas às emissões atmosféricas de fontes fixas, seja junto às empresas seja nos órgãos ambientais. Quanto aos resultados obtidos com o monitoramento da qualidade do ar, somente os valores de MP10 estavam acima do padrão primário de qualidade do ar definido na Resolução CONAMA No 03/1990, o que demonstra a necessidade de se continuar com o monitoramento da qualidade do ar bem como ampliar a quantidade de parâmetros monitorados. Dos questionários respondidos, 70 % foram mulheres, na faixa etária entre 19 a 30 anos, tendo apresentado como principais sintomas relacionados às doenças respiratórias dor de cabeça e tosse. Desta forma, pode-se constatar a necessidade de se estabelecer uma parceria com os órgãos ambientais para que seja possível elaborar adequadamente um inventário de emissões atmosféricas representativo e, por conseguinte, estabelecer um sistema de gerenciamento da qualidade do ar para o município de Joinville.

Apoio / Parcerias: FAPESC; FAP/UNIVILLE

Ensaios ecotoxicológicos de diferentes formulações do bioinseticida Bti: Resultados preliminares.

  • ADRIANA RAMOS ARCY, Graduando, dsc_drikinha@hotmail.com
  • Ozair Souza, Dr(a), o.souza@univille.net
  • Beatriz M. O. Torrens, MSc, beatriz.de@univille.net
  • Millena da Silva, MSc, millena.silva@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Bacillus thuringiensis israelensis, bioinseticida, ecotoxixologia

A partir da década de 80, larvicidas biológicos começaram a ser utilizados no controle de pragas em substituição aos inseticidas químicos, diminuindo assim os impactos dos compostos organoclorados e organofosforados ao homem e ao meio ambiente. O larvicida a base de Bacillus thuringiensis variedade israelensis (Bti) tem sido normalmente utilizado no controle populacional de mosquitos. Esse bioinseticida age especificamente na larva do mosquito atingindo o sistema digestivo do organismo levando-o a morte em poucos minutos sem, contudo, dependendo do processo de produção e de formulação, causar outros efeitos nocivos ao ecossistema onde foi aplicado. Para tanto, é importante conhecer tanto a dose letal do produto (DL50) para o inseto alvo como também o seu grau de ecotoxicidade ao ambiente (CEC – concentração crítica de ecotoxicidade). Em trabalhos desenvolvidos anteriormente pelo grupo foram estabelecidas todas as condições ideais de produção do Bti e atualmente, está sendo estudado o processo de formulação do produto fermentado. Neste trabalho, pretende-se determinar a CEC tanto do produto bruto como dos produtos formulados e analisar a possibilidade de sua aplicação no campo levando em consideração também, a sua DL50. Os testes de ecotoxicidade estão sendo realizados nos níveis tópicos de produtor e de consumidor primário; utilizando como organismos bioindicadores a alga Euglena gracilis e o micro-crustáceo Daphnia simillis, respectivamente. Para E.gracilis está sendo utilizado o equipamento Ecotox e método proposto por Tahedl e Hader (2001) e para D.similis a metodologia empregada foi aquela definida pela NBR 12713. Como padrão de comparação serão empregados os bioinseticidas comerciais Teknar HP-D e Vectobac-AS, ambos produzidos pela Valent BioSciences. As concentrações de Bti (produto bruto) inicialmente avaliadas foram de: sem diluição,100 g/L (1:10), 1g/L (1:103), 0,1g/L (1:104), 0,01 g/L (1:105) e 0,001 g/L (1:106). Para E.gracilis os valores de CEC já definidos para Vectobac e para o Bti bruto (sem formulação) foram de 1,3 e 3,0 g/L, respectivamente. Para D.similis, os testes iniciais com o produto bruto demonstraram que a CEC está entre 0,001 a 0,01 g/L, indicando assim uma maior sensibilidade deste organismo ao produto em comparação com E.gracilis. Novos testes estão sendo realizados para complementação deste estudo.

Apoio / Parcerias: Ozair Souza RG:766519-9 Beatriz M. O. Torrens RG: 111111-1

Estudo da Dinâmica Sedimentar Fluvial da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão do Norte – SC

  • LETÍCIA HAAK, Graduando, leticiahaak@gmail.com
  • FABIANO ANTÔNIO DE OLIVEIRA, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Rio Cubatão, turbidez, carga sedimentar

A bacia hidrográfica do rio Cubatão do Norte está situada na região nordeste do Estado de Santa Catarina e apresenta uma área de aproximadamente 490 km2, comportando três diferentes ambientes: a planície costeira, as escarpas da Serra do Mar e o Planalto Atlântico. A distribuição da vegetação, de manguezais a florestas de araucária e campos de altitude, assim como a diversidade de feições morfológicas e estruturais existentes, influenciam sobremaneira tanto a dinâmica fluvial como os padrões de distribuição de chuvas. A pesquisa tem por objetivo conhecer a dinâmica sedimentar fluvial do rio Cubatão por meio de monitoramento de sua carga de sedimentos em suspensão. Os procedimentos no ano de 2009 envolvem o monitoramento da carga sedimentar em suspensão em caráter quinzenal em cinco diferentes pontos, distribuídos ao longo do trajeto dos rios Cubatão e Quiriri situados em ambientes distintos da bacia hidrográfica. As análises das amostras de água coletadas são realizadas em laboratório onde é feita a leitura da turbidez e a filtragem de amostras em membranas de éster de celulose previamente secas e pesadas. A partir destas análises é obtida a quantificação da carga do sedimento em suspensão. Até o presente momento observou-se que o fluxo da carga sedimentar em suspensão do rio Cubatão não ocorre de forma contínua e apresenta diferentes características das ocorridas no rio Quiriri. Estas variações estão associadas a diferentes fatores como eventos pluviométricos, uso da terra, diferenciação dos ambientes, entre outros.

Apoio / Parcerias: CNPq

Estudo da utilização de uma refinadora e do processo de filtração sob vácuo nas propriedades físico-químicas do efluente gerado durante a polpação de papel.

  • DENISE CRISTINA KNIESS, Graduando, denise.kniess@univille.br
  • DEBORA BARAUNA, MSc, dbarauna@univille.br
  • ANA PAULA TESTA PEZZIN , Dr(a), ana.pezzin@univille.net
  • DENISE ABATTI, Dr(a), dabatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Polpa celulósica, Propriedades físico-químicas, Efluente

O método de produção do papel reciclado artesanal é regido pelo uso abundante de água e agentes químicos nas etapas da produção de polpa e confecção das folhas. Considerando estes impactos ambientais e as questões de custo de produção, durante o ano de 2008 aplicou-se um sistema de gestão ambiental que dentre outros resultados apontou uma redução de 37% no consumo de água na produção de papel e a possibilidade de montar uma estação de tratamento de efluente. Dentre as ações de gerenciamento propostas estava a utilização de uma refinadora de papel em substituição ao liquidificador usado durante a etapa de polpação. Nesse contexto, os objetivos deste trabalho foram avaliar os efeitos da utilização da refinadora e filtração sob vácuo nas propriedades do efluente gerado durante a etapa de produção de polpa a frio (RF) e a 45 ºC (RQ). Coletou-se uma amostra do efluente de cada processo e paralelamente realizou-se a polpação em liquidificador (L) como controle. As análises pH, cor aparente em (530 nm), OD e alcalinidade foram realizadas em triplicata, para amostras em estado bruto(B) e filtrada (F). Os valores obtidos para pH permaneceram próximos a 9 independente dos processos de refinamento ou filtração. Verificou-se que a filtragem exerceu maior influência sobre a cor aparente das amostras que a utilização da refinadora. Todas as amostras apresentaram valores de OD superiores a 7 mg/L, entretanto, observou-se que sob RF (7 mg/L) este nível foi inferior aos registrados para RQ (9 mg/L) e para L (8,2 mg/L). A filtragem resultou no aumento da OD para todas as amostras, principalmente RQ (10,2 mg/L) e L (10,8 mg/L). Os valores de alcalinidade registrados para as amostras provenientes de RF foram inferiores, 28,7 mg de CaCO3/L, aos registrados para RQ e L de 36,7 e 40 mg de CaCO3/L respectivamente. Neste caso a filtragem também reduziu significativamente os índices de alcalinidade para as três amostras com valores na ordem de 33% para L, 46% para RF e 34% para RQ. Em vista dos resultados verificou-se que o efluente gerado nos processos com a refinadora apresentaram melhores índices de OD, cor aparente e alcalinidade o que habilita sua incorporação ao processo de produção de papel. A filtragem mostrou-se um método simples e eficiente para recuperar as propriedades: cor aparente, alcalinidade e OD.

Estudo da viabilidade da implantação de uma Cooperativa de Resíduos Industriais não passíveis de reciclagem para as empresas do Arranjo Produtivo Local Madeira Móveis do Alto Vale do Rio Negro

  • ANDREIA IARA DIAS, Graduando, andreiadias.sbs@gmail.com
  • Andréa M. B. Tamanie, MSc, atamanine@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Resíduos, Cooperativa, Universidade-Empresa

O projeto proposto trata sobre a criação de uma cooperativa de resíduos industriais não passíveis de reciclagem, para atender as empresas do Arranjo Produtivo Local de Móveis do Planalto Norte Catarinense - APL, arranjo que atualmente envolve empresas das cidades de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre. Essa cooperativa irá trabalhar para ajudar as empresas a encaminhar seus resíduos para uma destinação ambientalmente mais correta do que as possíveis legalmente, assim como sensibilizará continuamente para mudança cultural e investimento no negócio por parte dos empresários e seus colaboradores. O trabalho envolveu pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, com visita as 37 empresas envolvidas. Na visita, foi aplicado questionário visando posterior análise quantitativa e qualitativa. Também foram consultadas algumas empresas do ramo de reciclagem para obtenção de informações sobre a forma de gerência desse tipo de negócio. Com as pesquisas realizadas até o momento - a pesquisa não está finalizada - pudemos verificar que as empresas que participam do APL são bastante heterogêneas sobre ações relativas à destinação de resíduos, pois algumas geram muitos resíduos e outras quase nada. Existem muitos resíduos que os responsáveis pela destinação nas empresas ainda não sabem de que forma tratar, assim como existem empresas que tratam melhor dos resíduos do que outras. Ficou clara a necessidade de auxílio para o trato de resíduos recicláveis, assim como para os resíduos que podem ser devolvidos para os fornecedores. Dessa forma, já é possível concluir que a criação da cooperativa irá ajudar em muito a competitividade das empresas, e, por conseqüência, o ambiente. Com a cooperativa, será possível que a experiência e as soluções possam ser divididas entre todas as organizações, assim como os altos custos da atividade, fator de maior impacto encontrado para sua efetiva execução. Em torno da projeção da cooperativa, certamente se destaca a ação conjunta de Universidade e Empresas, fator já instituído e que, portanto, pode ser considerado um sucesso antecipado deste projeto.

Apoio / Parcerias: Sindusmóbil

Estudo do encapsulamento de Bti em redes poliméricas semi-interpenetrantes (semi-RPIs)

  • DANIELA BUTZKE, Graduando, dani.butzke@gmail.com
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Biopolímeros, Bacillus thuringiensis var. israelensis, Encapsulação

Polímeros naturais como gelatina (Gel), carboximetil celulose (CMC) e alginato (Alg), podem ser usados na formação de hidrogéis em sistemas semi-RPI para a liberação controlada de bioativos. Entretanto, a obtenção de micropartículas e filmes com esse sistema requerem o uso de solventes orgânicos que podem inativar a bactéria Bacillus thuringiensis var. israelensis (Bti), eficiente biocida para o simulídeo da espécie Simulium pertinax. Considerando os biopolímeros apresentados, seus potenciais como formadores de hidrogéis e a importância de ampliar as formas de disposição do Bti ao simulídeo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação de sistemas semi-RPIs de Gel/CMC e Alg/CMC na encapsulação, liberação e eficácia do Bti. As micropartículas foram obtidas pela técnica de emulsão reticulação e os filmes obtidos por casting, todos em duplicata. As amostras, com e sem o Bti, foram submetidas a um ensaio de plaqueamento para determinar a encapsulação e a atividade do bioinseticida após o processo. A interação Bti/matriz dos filmes e micropartículas e a morfologia das micropartículas foram realizadas por FTIR-ATR e MEV, respectivamente. Caracterizou-se a capacidade de intumescimento das micropartículas e o caráter biocida do Bti está sendo verificado a partir de bioensaios utilizando larvas de Aedes albopictus. O plaqueamento mostrou que a incorporação do Bti foi bem sucedida e que se manteve ativo nas duas matrizes. Os melhores resultados foram registrados para matriz Alg/CMC na forma de micropartícula. Com as análises de infravermelho notou-se que a interação Bti/matriz foi evidenciada para as micropartículas das duas matrizes. Em relação aos filmes, houve alteração nos espectros FTIR das amostras com e sem o Bti para a matriz Alg/CMC, enquanto que para as amostras de Gel/CMC, nenhuma alteração foi observada. As micrografias mostraram que o aumento da concentração de Bti modificou a textura das micropartículas de Gel/CMC. O percentual de hidratação encontrado para as micropartículas de Alg/CMC foi de 289% enquanto que para a matriz Gel/CMC foi 988,93%. Com os bioensaios concluídos será possível determinar se na forma encapsulada o biocida manterá sua toxicidade contra simulídeos. O conjunto de resultados aponta a viabilidade de aplicar principalmente a matriz de Alg/CMC na forma de micropartículas para encapsular o Bti.

Apoio / Parcerias: CNPq

Estudo do Impacto Ambiental de Atividades Agrícolas sobre Corpos Hídricos através de Análises Ecotoxicológicas

  • DAIANE APARECIDA CIOTTA, Graduando, daiane.a@univille.br
  • Diego Antonio Felippe, Graduando, diego.a@univille.net
  • Camila Hostin Samy, Graduando, camila.h@univille.net
  • Beatriz Torrens, MSc, btorrens@univille.br
  • Sandra Helena Westrupp Medeiros, Dr(a), sandra.helena@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Agrotóxicos, Corpos Hídricos, Ecotoxicologia

Em função do modelo de agricultura adotado no Brasil, o uso de agrotóxicos tornou-se intensivo levando a problemas de contaminação nos recursos hídricos. Tal situação requer uma avaliação dos efeitos que essas substâncias possam provocar no ambiente aquático. Para tanto, a avaliação da toxicidade de agrotóxicos presentes em corpos hídricos, além das análises físico-químicas usuais, tem se apresentado como uma ferramenta muito eficiente na identificação do grau de qualidade ambiental desses ecossistemas. Neste sentido, no município de Joinville, as atividades de bananicultura ao longo do Rio Cubatão e de rizicultura no Rio Piraí, podem estar impactando esses ambientes aquáticos. Portanto, o presente estudo tem por objetivo avaliar a qualidade ambiental destes corpos hídricos através de ensaios ecotoxicológicos de água e sedimento. Para análise de água está sendo empregado como organismo teste o microcrustáceo Daphnia similis, cultivada no laboratório de Ecotoxicologia da Univille, seguindo a NBR 12.713, onde os indivíduos jovens são expostos a várias concentrações do agente tóxico por um período de 48 horas. Quanto à avaliação de sedimentos, a espécie utilizada é a Hyalella azteca, seguindo as especificações da NBR 15.470. Este método consiste na exposição de organismos jovens ao sedimento teste por 10 dias. Foram realizadas, até o momento, duas coletas (abril e agosto) no Rio Piraí e uma no Rio Cubatão, no mês de agosto. Os resultados dos bioensaios estão sendo analisados estatisticamente através dos programas Probit e Toxstat. Nos três testes realizados até o momento, tanto as amostras de água como de sedimento não apresentaram toxicidade, provavelmente devido ao fato de que as coletas aconteceram em período em que não há aplicação de agrotóxicos, somado ao elevado índice pluviométrico incomum para o período. Na bananicultura, a aplicação dos agrotóxicos é realizada, geralmente, entre novembro e abril devido, principalmente, ao fungo causador da Sigatoka Amarela se disseminar nos bananais neste período. Em relação à rizicultura, os meses de aplicação são setembro, outubro e novembro, período de início de cultivo e, também, quando a planta daninha faz competição com a cultura, ao se aproveitar do fertilizante, da luz e de CO2. As análises ecotoxicológicas terão continuidade até março de 2010, a fim de analisar amostras de água e sedimento dos corpos hídricos sob estudo neste projeto nos períodos de aplicação de agrotóxicos nas plantações supracitadas.

Estudo do Transporte Sedimentar em Suspensão no Rio São João, Garuva/SC.

  • ALEXANDRE CARDOSO DE SOUZA, G, acs_geo82@yahoo.com.br
  • Fabiano Antônio de Oliveira, Dr(a), fabiano.oliveira@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Rio São João, Sedimentos em Suspensão, Vazão

O trabalho faz parte de uma linha de pesquisa do Departamento de Geografia da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, que procura compor um quadro da dinâmica hidrológica e hidrossedimentológica de rios da Região Nordeste de Santa Catarina. O estudo teve como objetivo principal estimar a carga sedimentar em suspensão do Rio São João, com base em uma análise geomorfológica da relação entre precipitação, relevo e uso da terra, com apoio de instrumentos no âmbito da geomorfologia, hidrologia e cartografia. Foram determinados os dois pontos de monitoramento de vazões e coleta de amostras de água para análise laboratorial com apoio da base cartográfica digital da área de estudo em escala 1:50.000. A base cartográfica digital da área de estudo foi editada nos programas AUTOCAD Map2000 e Spring 4.3, onde obteve-se a delimitação da bacia hidrográfica do Rio São João e a bacia hidrográfica de abrangência do estudo, que compreende o trecho desde as nascentes até o ponto 02 de monitoramento de vazões, este sendo entendido com exutório do rio. O foco da pesquisa, quanto a sedimentos, foi quantificar somente a descarga sólida representada por sedimentos em suspensão e o método utilizado para a coleta de sedimentos foi o da amostragem por integração vertical, realizada por ocasião das medições de vazão, segundo uma adaptação do método de igual incremento de largura (ILL) conforme apresentado por Edwards & Glysson (1999), Carvalho (1994) e Santos et al. (2001), com um amostrador de 500 ml e bico de 6 mm de diâmetro, fabricado para a pesquisa a partir de uma garrafa plástica PET, com base em dados técnicos do amostrador tipo isocinético modelo US DH-81. Foram obtidos dados inéditos de vazões, turbidez e carga sedimentar em suspensão para o Rio São João por meio do monitoramento efetuado em caráter mensal durante um (1) ano hidrológico e feitas correlações confrontando-se os dados obtidos, tais como precipitação/vazão, vazão/sedimentos em suspensão e precipitação/sedimentos em suspensão. Estimou-se que, em média, são transportadas anualmente no Rio São João cerca de 3,494 toneladas de sedimentos em suspensão. O estudo representou uma valiosa contribuição para o conhecimento da dinâmica do meio físico da bacia hidrográfica do rio São João, de importância estratégica como manancial para o município de Garuva, SC.

Apoio / Parcerias: CNPq

Estudo Hidrossedimentológico da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão

  • SAN CARLOS DE OLIVEIRA, Graduando, oliversan@hotmail.com
  • Fabiano Antonio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Bacia hidrográfica, vazão, pluviométrico

A pesquisa objetiva conhecer a dinâmica do meio físico da bacia hidrográfica do rio Cubatão, por meio de monitoramento de suas vazões e carga de sedimentos em suspensão e de arrasto. A bacia em questão localiza-se na região nordeste do Estado de Santa Catarina e é responsável por 70% do abastecimento hídrico do município de Joinville. Cerca de 75% da bacia está situada em Joinville e os outros 25% pertencem ao município de Garuva. A área da bacia drena 43% do território joinvilense. A bacia hidrográfica do rio Cubatão está inserida em uma região que apresenta diferentes tipos de relevo, oscilando, de 1.200 metros de altitude no Planalto Atlântico, até a planície costeira, ao nível do mar, com sua foz na Baía da Babitonga. Ao percorrer esse caminho, o rio Cubatão drena diferentes ambientes: campos de altitude, floresta ombrófila densa, vegetação de restinga e manguezais. Esta distribuição da vegetação influencia tanto a dinâmica fluvial como os padrões de distribuições das chuvas. Os procedimentos do ano de 2009 envolvem o monitoramento de vazões em caráter quinzenal em cinco diferentes pontos, no rio Cubatão e Quiriri, situados em ambientes distintos da bacia hidrográfica. Construiu-se perfis fixos em dois pontos de monitoramento, de modo a conhecer sua alteração ao longo do ano e permitir posteriormente a construção de uma equação de vertedouro para cada perfil, o que facilitará o monitoramento continuado das vazões. Através das medições já realizadas, foi possível constatar que as vazões nos pontos estabelecidos não são constantes, apresentando oscilações que acompanham as variações pluviométricas da região de estudo. Com a sucessão das estações do ano e as conseqüentes variações de temperatura e dos índices pluviométricos, espera-se obter resultados que contribuam com o aprofundamento da compreensão da dinâmica fluvial da bacia hidrográfica do rio Cubatão.

Formulação do bioinseticida Bti produzido por cultivo submerso. Ensaios preliminares.

  • GUSTAVO ALEXANDRE ACHILLES FISCHER, Graduando, gustavo.alexandre@univille.br
  • Millena da Silva, MSc, millena.silva@univille.br
  • Priscila Ventura , Graduando, priscilaventur@hotmail.com
  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Processo fermentativo , Ensaios, Bti

A Prefeitura Municipal de Joinvile vem realizando sistematicamente o controle biológico de borrachudo (Simulium pertinax) na região desde o final da década de 80. Esse controle é feito pelo emprego do bioinseticida Bti que atualmente é importado gerando custos elevados ao município. O bioinseticida Bti é conhecido mundialmente como produto eficaz no controle de simulídeos e sua produção industrial é feita através do cultivo da bactéria Bacillus thuringiensis var. israelensis em processo fermentativo submerso. Desde 2003, a Univille vem desenvolvendo pesquisas com este tipo de bioinseticida visando a obtenção de um produto de elevada toxicidade contra o inseto alvo e de menor custo de aquisição para a prefeitura. Em trabalhos anteriores foram definidos os parâmetros cinéticos e as formas ideais de condução do processo fermentativo bem como estabelecidas as metodologias analíticas para determinação da potencialidade do produto como bioinseticida. Este trabalho tem como objetivo avaliar o uso de diferentes formulações para o acabamento do produto fermentado de forma a aumentar a sua eficiência no controle biológico e o seu tempo de estocagem. Para tanto estão sendo testados os seguintes aditivos oferecidos no mercado: Aerosil®, Alkest60® e lecitina de soja com propriedades dispersantes; ácido cítrico como antioxidante e cafeína como potencializador da atividade larvicida do bioinseticida. Os experimentos estão sendo desenvolvidos de acordo com o planejamaneto fatorial 24 fracionado. As concentrações mínimas e máximas empregadas de cada aditivo foram de 1,0 e 10,0; 10,0 e 200,0; 50,0 e 500,0; 100,0 e 500,0 mg/mL, repectivamente. Todos os produtos, assim que formulados, estão sendo submetidos a testes de bioensaio com larvas de Aedes albopictus conforme metodologia proposta por Draft (1999) para a determinação da sua potencialidade larvicida. Em seguida, os produtos estão sendo acondicionados em prateleiras, em recipientes plásticos opacos, a fim de estabelecer o período máximo de estocagem para que possa garantir a manutenção de, no mínimo, 75% do seu poder larvicida inicial. Para a produção do bioinseticida, a partir do cultivo submerso de B. thuringiensis israelensis em biorreator de bancada MD da B.Braun contendo 4 L de volume de trabalho, foram empregados o meio de cultivo e as condições operacionais estabelecidos por Silva (2007). A concentração inicial de esporos alcançados no caldo fermentado foi de 5,6.106 UFC/mL. Até o momento ainda não foram obtidos resultados conclusivos em relação às formulações avaliadas.

GEOSF - Geologia Costeira da Ilha de São Francisco do Sul/SC

  • VALTER VIRICIMO JÚNIOR, Graduando, valter.viricimo@univille.br
  • Celso Voos Vieira, MSc, celso_geo@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Geomorfológicas, Geologia, Mapa

O presente projeto de pesquisa está associado ao projeto geral de Geologia Costeira da Ilha de São Francisco do Sul/SC (GEOSF) que tem como objetivo principal o detalhamento geológico da Ilha de São Francisco do Sul, no nordeste do Estado de Santa Catarina, tendo em vista o planejamento físico-territorial e ambiental da região. O foco da presente proposta de projeto de pesquisa é o mapeamento em escala superior a 1:50.000 dos depósitos costeiros e continentais que compõem a ilha, assim como a datação e análise sedimentológica dos referidos depósitos para a construção de um modelo de evolução paleogeográfica nos últimos 120.000 anos. O projeto de pesquisa compreende seis etapas de trabalho: pesquisa bibliográfica e cartográfica, confecção do material cartográfico de apoio, trabalho preliminar de mapeamento, trabalho de campo, análises laboratoriais e análise final dos dados. Deste modo o presente projeto de pesquisa compreende as etapas de análises laboratoriais e análise final dos dados. As análises laboratoriais referentes à granulometria (peneiramento e pipetagem) dos sedimentos foram executadas no Laboratório de Mecânica de Solos da Universidade da Região de Joinville. Já as amostras destinadas à datação absoluta foram encaminhadas para o Laboratório de cristais iônicos, filmes finos e datação (LACIFID) do Departamento de Física Nuclear no Instituto Física Nuclear da USP. As amostras de sedimentos da planície costeira serão datadas pelo método de luminescência termicamente estimulada, ou simplesmente termoluminescência Até o presente momento foram realizadas todas as coletas e descrições de campo, as análises laboratoriais referentes à granulometria (peneiramento e pipetagem) das amostras coletadas. Os dados referentes às idades dos depósitos quaternários serão recebidos na primeira semana do mês de outubro do corrente ano. Desta maneira, somente após a aquisição dos dados referentes à datação efetuada em laboratório externo, será possível realizar a interpretação final dos aspectos geológicos e evolutivos da ilha de São Francisco do Sul.

IMPLANTAÇÃO DE UMA METODOLOGIA ANALÍTICA PARA A DETERMINAÇÃO DE CO2 EMITIDO EM UM TESTE DE BIODEGRADAÇÃO DE POLÍMEROS.

  • BRUNA COELHO, Graduando, bruna.coelho@ibest.com.br
  • Fernando de Amaral, Graduando, fernando.univille@hotmail.com
  • Luciana Prazeres Mazur, Graduando, luciana.przs@yahoo.com.br
  • Vitor Henrique Grigull, Graduando, vitor.gull@gmail.com
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), ana.pezzin@yahoo.com.br
  • Theodoro Marcel Wagner, MSc, theowag@terra.com.br
  • Andrea Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Teste de Sturm, Biodegradação, Análise de dióxido de carbono

Em decorrência dos crescentes problemas ambientais causados pela produção e acúmulo de materiais plásticos de origem petroquímica no ambiente, tem-se estudado a substituição desses materiais por materiais alternativos. Os polímeros biodegradáveis vêm se destacando e sendo utilizados em diversos segmentos da indústria. Os polímeros pertencentes à família dos polihidroxialcanoatos (PHA) são exemplos de biopolímeros que se degradam completamente por ataque bacteriano em um curto espaço de tempo. São obtidos a partir de recursos renováveis e apresentam a vantagem de ser facilmente degradáveis. A sua degradação resulta da ação de microrganismos encontrados na natureza, como bactérias, fungos e algas que decompõe em dióxido de carbono e água. Existe uma grande variedade de métodos atualmente disponíveis para a medição da degradabilidade dos materiais poliméricos, como: a degradação em solo, em câmara ambiental, em câmara de envelhecimento acelerado e o teste de Sturm, este ultimo descrito conforme a norma ISO 14855 (Determinação da biodegradabilidade aeróbia definitiva e da desintegração de materiais plásticos sob condições de compostagem controlados – método por meio de analise de dióxido de carbono emitido). O teste de Sturm é baseado em uma medida indireta da ação microbiana, pela produção de dióxido de carbono gerada pela degradação do material. Porem em decorrência dos métodos utilizados para o monitoramento do CO2, como a titulação indireta ou monitoramento automático por cromatografia gasosa, estas metodologias se tornam de difícil manuseio, de alto custo, com elevado tempo de analise e um alto grau de incertezas. Com isso o objetivo deste estudo foi investigar uma metodologia analítica de baixo custo, com menor tempo de execução e uma maior eficiência. Para isto foi construído um sistema de remoção de CO2 do ar e proposto um método turbidimétrico para quantificar o dióxido de carbono. O CO2 produzido pelo metabolismo microbiano reage com uma solução de hidróxido de bário formando carbonato de bário, que permanece em suspensão, cuja turbidez é medida espectrofotometricamente. Como a reação ocorre estequiometricamente é possível correlacionar o CO2 produzido com a turbidez da suspensão. Até o presente momento foi possível finalizar a construção do apparatus, estando em andamento o processo de degradação da amostra padrão (celulose).

Apoio / Parcerias: Artigo 170

Influência da Concentração Inicial de Sulfato de Amônio e de Extrato de Levedura sobre a Concentração de Polissacarídeos Extracelulares Produzidos por Pleurotus sajor-caju

  • CARLOS ALFREDO ALVES JUNIOR, Graduando, eq.carlos@gmail.com
  • Ivaneliza Simionato de Assis, G, ivaneliza@hotmail.com
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), ewisbeck@univille.br
  • Sandra Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Mariane Bonatti Chaves, MSc, mbonatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus sajor-caju, fontes de nitrogênio, polissacarídeos extracelulares

Fungos do gênero Pleurotus são reconhecidos mundialmente por suas diversas ações medicinais. Mais especificamente, polissacarídeos do tipo β-glicanos produzidos por fungos do gênero Pleurotus são os responsáveis pela estimulação do sistema imune de diversos organismos, conferindo-lhes ação antitumoral. Em 2005, de um total de 58 milhões de mortes registradas no mundo, o câncer foi responsável por 7,6 milhões, o que representou 13% de todas as mortes. No Brasil, as estimativas para o ano de 2008, válidas também para o ano de 2009, apontam que ocorrerão 466.730 novos casos de câncer. Polissacarídeos do tipo β-glicanos podem ser obtidos tanto do corpo frutífero quanto da biomassa e do meio de cultivo de fungos do gênero Pleurotus. Utilizando-se o meio de cultivo para obtenção destes polissacarídeos algumas vantagens são observadas como: maior controle das condições de cultivo, menor esforço e espaço para o cultivo, menor chance de contaminação, bem como menor custo para recuperação dos polissacarídeos. Contudo, alguns fatores como composição do meio de cultivo, valor do pH inicial e temperatura de cultivo, bem como fluxo de aeração, velocidade de agitação, etc., devem ser observados a fim de se maximizar a produção destes polissacarídeos. Assim sendo, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da formulação do meio de cultivo sobre a concentração de polissacarídeos extracelulares no cultivo de Pleurotus sajor-caju, em frascos agitados. Para tanto, foi utilizado um planejamento fatorial (22), avaliando-se a influência da concentração inicial de sulfato de amônio, nos níveis 2,5 e 5,0 g/L e de extrato de levedura, nos níveis 1,0 e 2,0 g/L. A maior concentração (0,6 g/L) de polissacarídeos extracelulares foi obtida quando se utilizou as menores concentrações das duas fontes de nitrogênio: sulfato de amônio (2,5 g/L) e extrato de levedura (1 g/L).

Apoio / Parcerias: FAP/Univille

Mapeamento geomorfológico da região nordeste de Santa Catarina

  • EMILIA GRASIELE NICOLODI, Graduando, emilia_nicolodi@yahoo.com.br
  • Fabiano Antonio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: mapeamento, geomorfologia, pedologia

Por sua grande diversidade de ambientes naturais e antropizados, a região Nordeste de Santa Catarina, escolhida para a elaboração do trabalho, tem sido objeto de estudos em diferentes áreas do conhecimento. Porém, verifica-se que muitos mapas temáticos, como os geomorfológicos - que compõem juntamente com os mapas geológicos e pedológicos importantes conjuntos de instrumentos científicos - não foram produzidos, até o momento, em escala e semi-detalhe abrangendo esta região do estado. O projeto de pesquisa tem por finalidade a continuidade de elaboração de um mapeamento geomorfológico - iniciado em 2007 - na área compreendida pelas folhas São Francisco do Sul, Garuva, Joinville, Araquari, São Miguel e Jaraguá do Sul, em escala 1:50.000. O projeto conta também com a elaboração de documentos cartográficos de apoio, como mapa geológico, elaborado no ano de 2008. Nesta etapa do trabalho está sendo sistematizado mapeamento pedológico, uma vez que este é elemento importante para o estudo proposto. Para a confecção deste mapa - elaborados a partir de ferramentas de sistemas de informações geográficas (SIG), com o programa Arcgis 9.1 - utilizou-se o mapeamento pedológico realizado pelo IBGE (2004), em escala 1:250.000 para a folha Joinville. Desta forma, foi realizada a atualização deste mapa, tendo como base o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999). Foram identificadas sete ordens de solos na região Nordeste de Santa Catarina, com predomínio de Cambissolos e Argilossolos, que ocorrem principalmente no planalto e caracterizam-se por serem pouco profundos. Como foi observado no mapeamento geológico anteriormente elaborado, é grande a variedade de tipos de solos nesta região, o que demonstra sua complexidade.

Apoio / Parcerias: Artigo 170 - Governo do Estado de Santa Catarina

O algoritmo target spatio temporal co-location pattern

  • CALEBE ELIAS RIBEIRO BRIM, Graduando, calebe.brim@univille.br
  • Fernando José Braz, Dr(a), braz.fernandojose@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: co-ocorrências, eventos, movimentação

O presente trabalho foi desenvolvido sobre o algoritmo Target Spatio Temporal Co-location Pattern. O referido algoritmo tem como objetivo descobrir padrões de co-ocorrências de eventos de movimentação em uma área espaço-temporal composta por uma série de objetos móveis. A primeira versão do algoritmo foi desenvolvida utilizando a linguagem de desenvolvimento Phyton. O objetivo deste trabalho é, além de verificar a correção tanto da sintaxe quanto da lógica envolvida na implantação do algoritmo, torná-lo portável a qualquer plataforma de aplicação. Neste sentido, foi definida a utilização da linguagem de desenvolvimento Java para a conclusão deste projeto. A possibilidade de obter a codificação do algoritmo em Java permite ampliar a pesquisa na área de aplicação do algoritmo, visto a linguagem oferecer um alto grau de portabilidade dos aplicativos desenvolvidos. Atualmente, a codificação para a linguagem Java ainda não está completa, entretanto, a previsão é de que todo o processo se conclua nos próximos meses.

Separação dos recicláveis e compostagem dos resíduos orgânicos provenientes dos coletores orgânicos da UNIVILLE.

  • ANA PAULA HENRICHSEN, Graduando, anaphen@gmail.com
  • Mara Gomes Lobo, MSc, maralobo@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Compostagem, Resíduo orgânico, Adubo

Com a crescente disposição de resíduos sólidos no ambiente, além do impacto ambiental negativo gerado, os aterros sanitários estão com a vida útil comprometida. De todo o resíduo produzido no Brasil, em torno de 50% é composto de matéria orgânica adequada para o uso em processo de compostagem, que é um processo de decomposição predominantemente microbiológico. O objetivo geral do presente estudo é avaliar, em uma escala piloto, o processo de reaproveitamento dos resíduos orgânicos através da compostagem. O estudo compreendeu uma abordagem teórica com ênfase à geração de resíduos sólidos orgânicos, apresentando diferentes meios de tratamento destes. Posteriormente, foi desenvolvido levantamento locacional dentro do Campus da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE para escolha do local adequado para a instalação da composteira. Este processo de decomposição microbiológica, ocorreu por meio da implantação de um sistema de compostagem com leira revolvida aerada, utilizando-se de uma combinação dos resíduos orgânicos, como casca de arroz e resíduos de origem vegetal, provenientes do curso de Gastronomia e do restaurante Mr. Abass, ambos situados no campus da universidade. A fim de monitorar o processo foram realizadas medições de temperatura, umidade e, no composto maturado, pH. Após a maturação, o composto foi aplicado, em caráter de teste, na elaboração de uma horta, onde acompanhou-se o crescimento das plantas. Como resultados observou-se que o tempo de maturação do composto correspondeu a 36 dias, com a obtenção de adubo orgânico de boa qualidade. Todas as plantas atingiram o ponto de colheita em tempos semelhantes ao plantio com adubação química. O processo tem como benefício econômico e ambiental, a produção de adubo e a redução de resíduo orgânico destinado ao aterro sanitário, respectivamente, confirmando o compromisso da universidade de ser socialmente responsável.

Uso do glicerol e glicerato como plastificantes de filmes de P(3HB): avaliação das propriedades e degradação em solo

  • EVANA CÁSSIA DALL´AGNOL, Graduando, evanadallagnol@yahoo.com.br
  • Maikon Kelbert, Graduando, maikonkelbert@gmail.com
  • Andréa Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.edu.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), paulapezzin@univille.edu.br
  • Giannini Pasiznick Apati, MSc, giapati@univille.edu.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: polímeros, plastificantes, biodegradação

Polímeros sintéticos têm se tornado tecnologicamente importantes desde 1940. No entanto, apesar dos grandes avanços na síntese, manufatura e processamento destes materiais, as indústrias ainda confrontam dois grandes problemas: o uso de recursos não renováveis e o acúmulo de resíduos pós-consumo. Esses prejuízos causados ao meio ambiente têm levado a busca de novos materiais, tais como o desenvolvimento de polímeros biodegradáveis. Os polímeros biodegradáveis tem sido uma alternativa ao uso dos polímeros petroquímicos. Como exemplo tem-se poli(3-hidroxibutirato) (PHB), produzido a partir de fontes renováveis como a cana-de-açúcar, matéria prima bastante abundante no Brasil, possuindo propriedades semelhantes ao polipropileno (PP), porém, mais rígido e quebradiço, propriedades que limitam suas aplicações. Devido aos inúmeros incentivos governamentais que impulsionam a produção de biodiesel no Brasil, um fator frente a este exacerbado crescimento, preocupa os pesquisadores: o acúmulo do glicerol, já que para cada tonelada de biodiesel produzido são gerados 100kg de glicerol ou glicerato como subprodutos, sendo que o glicerato é obtido numa etapa anterior de purificação e por isso apresenta mais impurezas na sua composição do que o glicerol. Uma alternativa para aplicação destes subprodutos é utilizá-los como plastificantes de polímeros. Portanto, o objetivo deste trabalho é a utilização de glicerol e glicerato como plastificantes de filmes de PHB. Desta forma, filmes de PHB foram formados por casting variando a concentração dos plastificantes de 0% a 5% em massa. A biodegradação dos filmes foi realizada em solo preparado conforme a norma ASTM G160 – 98 e as amostras foram avaliadas nos tempos 0, 7, 14 e 21 dias, após serem enterrados no solo. Decorrido o tempo de degradação, os filmes foram caracterizados por análise visual, microscopia eletrônica de varredura, análise térmica e massa molar. A análise visual mostrou que a adição dos plastificantes, não modificou seu aspecto macroscópico no tempo zero. Com 21 dias de degradação, os filmes foram completamente degradados, não sendo possível sequer recolher amostras de filme do solo. No entanto, com 14 dias o filme não plastificado (PHB puro), apresentou-se parcialmente degradado, enquanto que os filmes plastificados com glicerol nas concentrações 3% e 4% foram totalmente degradadas, não restando nada no solo, indicando que o glicerol acelera o processo de degradação dos filmes. As demais análises encontram-se em andamento.

Utilização de Pleurotus sajor caju na biorremediaçao de solo contaminado com óleo diesel

  • PAULO HENRIQUE MULLER SARY, Graduando, paulo.sary@univille.br
  • Theodoro M. Wagner, MSc, theowag@terra.com.br
  • Andréia Lima dos Santos Schineider, Dr(a), aschneider@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: óleo diesel, Pleurotus, biorremediação

Embora o petróleo e seus inúmeros derivados, estejam entre os produtos químicos mais utilizados na sociedade hoje em dia, especialmente os combustíveis tem sido objeto de grandes acidentes ambientais. Porém é no dia a dia que pequenos e contínuos acidentes, potencialmente perigosos acontecem, como a infiltração de óleo diesel no solo por derramamento proveniente de postos de combustíveis nos centros urbanos. O óleo diesel, analiticamente determinado como hidrocarbonetos totais do petróleo (TPH), é uma mistura de alcanos e compostos aromáticos que frequentemente são reportados como contaminantes do solo. Diversas tecnologias tratam óleo contaminado com sucesso, mas a biorremediação está sendo uma alternativa atraente frente aos tratamentos convencionais. Os fungos da classe dos basiodiomicetos como o Pleurotus spp, têm se demonstrado capazes em degradar compostos recalcitrantes. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a degradação de solo contaminado com óleo diesel utilizando o fungo Pleurotus sajor caju. Para isto, 3g/L de solo, coletado de um terreno próximo a um posto de combustível em uma profundidade de aproximadamente 1,5 m, foram adicionados em frascos de Erlenmeyer (500mL) contendo 100 mL de extrato de trigo acrescido ou não de glicose (10g/L). Um disco de ágar, contendo micélio fúngico, foi utilizado como inóculo e os frascos foram incubados por 15 dias a 120-1 e 30oC. O solo foi avaliado quanto ao teor de cinzas, pH, umidade, carbono orgânico total, teor nitrogênio total e granulometria. A degradação do óleo diesel pelo fungo foi monitorada pelo consumo de glicose (quando for o caso) e consumo de TPH. O pH do solo manteve-se em torno de 8 com umidade, teor de nitrogênio e carbono igual a 9%, 0,85% e 10%, respectivamente. A concentração de TPH inicial encontrada no solo foi de 7. 531 mg/L e o tamanho das partículas se situou entre 0,075 e 0,3 mm . Os resultados mostraram que o fungo P. sajor caju é capaz de degradar hidrocarbonetos alifáticos, especialmente em meio contendo glicose como co-susbtrato. Nesta condição, além do clareamento do meio, 53% do óleo diesel foi removido com 80% do substrato glicose sendo consumido. Em outra condição, na ausência de solo (controle), 98% da glicose foi consumida, evidenciando a utilização dos hidrocarbonetos como fonte de substrato para crescimento do fungo.