Área 02 - Ciências Biológicas e da Saúde

Índice

  1. 2004-2008: Performances do Projeto Material Zoológico
  2. A INFLUÊNCIA DE UM PROGRAMA DE EXERCICIOS FÍSICOS NO IMC E NO RCQ DE IDOSOS
  3. A influência de um programa de exercícios físicos na flexibilidade e na força de idosos
  4. A macrofauna bentônica de fundos inconsolidados adjacentes a uma maricultura na Baía da Babitonga, Santa Catarina (Brasil)
  5. A medicina popular na região da Baía da Babitonga: as benzedeiras
  6. A PROPOSIÇÃO DE TIPOLOGIA PARA IDENTIFICAÇÃO DO LENHO: FAMÍLIA ANNONACEAE
  7. A TRILHA DO JARDIM BOTÂNICO DA UNIVILLE: IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES BOTÃNICAS
  8. Anatomia ecológica da madeira de Ficus organensis Miq. (Moraceae) de populações disjuntas em ambientes de Mata Atlântica de Santa Catarina e Rio Grande do Sul
  9. Análise das capturas artesanais de Chondrichthyes do litoral norte catarinense
  10. Análise do lixiviado da industria têxtil
  11. Análise dos parâmetros biológicos de Centropomus undecimalis e Centropomus parallelus no litoral norte de Santa Catarina e sul do Paraná, Brasil.
  12. Aplicação de redes poliméricas interpenetrantes como alternativa para o encapsulamento do piroxicam.
  13. Aumento da incidência das DII na cidade de Joinville nos últimos 10 anos: comparação entre RCU e Doença de Crohn
  14. Avaliação bioquímica de estresse oxidativo em diferentes doenças crônicas não transmissíveis
  15. AVALIAÇÃO CLINICA DE ESTRESSE OXIDATIVO EM DIFERENTES DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
  16. Avaliação da atividade da enzima gluconolactonase em diferentes cepas de Zymomonas mobilis com células íntegras e permeabilizadas visando a produção de sorbitol e ácido lactobiônico
  17. Avaliação da estabilidade de solução extrativa hidroetanólica de folhas de Ocimum basilicum L. (Lamiaceae) por meio de cromatografia em camada delgada
  18. Avaliação da resistência de união de cimentos resinosos auto-adesivos à dentina
  19. Avaliação das condições de preparo de microesferas para encapsulação da Loratadina
  20. Avaliação de diferentes formas de armazenamento de dentes humanos extraídos na resistência ao cisalhamento de procedimentos adesivos em dentina
  21. Avaliação de metodologia espectrofotométrica para doseamento de flavonóides em folhas de folhas de Ocimum basilicum L. (Lamiaceae)
  22. Avaliação do efeito anti-hipertensivo da administração de péletes revestidos com dispersões sólidas de felodipino em ratos
  23. Avaliação do estado físico do felodipino incorporado em microesferas de eudragit e e blendas de eudragit e/poli(3-hidroxibutirato)
  24. Avaliação do índice CPOD (cariados, perdidos e obturados por dente) dos pacientes em hemodiálise comparados como levantamento SB 2000.
  25. Avaliação do nível de conhecimento das mães do Distrito do Saí (São Francisco do Sul – SC) em relação ao potencial cariogênico da sacarose nas mamadeiras de seus bebês
  26. Avaliação do nível de conhecimento de pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à hemodiálise sobre saúde bucal.
  27. AVALIAÇÃO FÍSICA COMO ESTRATÉGIA PARA ELABORAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE TREINAMENTO PARA JOVENS NADADORES
  28. Avifauna em fragmento de Mata Atlântica no Jardim Botânico da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE – e seu entorno.
  29. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE DE AVES DA PRAIA DO FORTE, SÃO FRANCISCO DO SUL, SANTA CATARINA.
  30. Caracterização de assobios emitidos por Tursiops truncatus (Cetacea: Delphinidae) no canal de Laguna, SC.
  31. Características das anormalidades cardiocirculatórias em recém-nascidos de risco em uma unidade neonatal terciária em joinville.
  32. Desenvolvimento e padronização da técnica Multiplex-PCR para a detecção das espécies microbianas de maior incidência associadas à sepse em Unidades de Terapia Intensiva de Joinville
  33. Determinação da toxidez do bioinseticida Bti produzido por processos fermentativos FS e FES e submetidos às operações de acabamento de secagem e de cominuição
  34. Diagnóstico clínico de candidose oral em pacientes hemodialisados
  35. EFEITO DO TREINAMENTO AERÓBICO NA VELOCIDADE MÁXIMA DE CORRIDA EM RATOS
  36. EFEITO DOS CARREADORES HIDROFÍLICOS NA LIBERAÇÃO DE FELODIPINO A PARTIR DE DISPERSÕES SÓLIDAS PREPARADAS SOBRE PÉLETES INERTES
  37. EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS EM JOINVILLE
  38. Espécies de lianas encontradas nas ilhas do interior da Baía da Babitonga/SC
  39. Estrutura da comunidade de peixes em dois pontos na porção mediana do Rio Cubatão.
  40. Estudo das Manifestações Bucais em Pacientes Diabéticos Tipo 1
  41. Estudo de vazões e evolução do uso da terra na bacia hidrográfica do Rio Perequê – Balneário Barra do Sul – SC
  42. Estudo dos organismos das ilhas de São Francisco do Sul (SC),com ênfase nas espécies comerciais e exóticas.
  43. Estudo dos recursos florais das abelhas nativas ocorrentes em área de Floresta de Transição Ombrófila Densa para Mista em Joinville,SC
  44. Estudo invernal do fitoplâncton e nutrientes dissolvidos em uma área de cultivo de moluscos na baía da Babitonga (SC)
  45. Estudo preliminar da dinâmica populacional dos grupos de Alouatta clamitans (Cabrera, 1940) no Distrito Industrial Norte de Joinville – SC.
  46. Estudo retrospectivo para análise da resolutividade e do impacto econômico do tratamento de pacientes com hepatite crônica pelo vírus C em municípios de Santa Catarina.
  47. Fotoidentificação digital de Sotalia guianensis na Baía da Babitonga
  48. Incidência de AVC por Bairros em Joinville
  49. Incorporação do felodipino em micropartículas poliméricas visando o aumento da solubilidade do fármaco.
  50. Intubação Traqueal em Coelhos em Posição Dorsal: Influência do peso corporal
  51. Inventário da Fauna Bêntica de Riachos e Nascentes do Rio Itapocu, Santa Catarina, Brasil
  52. Investigação da possível associação entre os polimorfismos no promotor do gene OPN e a resposta à terapia com interferon em pacientes brasileiros com hepatite C crônica
  53. Jogos e Atividades Físicas: material reciclável como forma de conscientização para a preservação do meio ambiente
  54. Macacos-prego na ilha de São Francisco do Sul, SC: distribuição, relações antropicas e aspectos da conservação.
  55. NEUROFIBROMATOSE TIPO I – RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA
  56. O macrobentos sublitoral em um perfil no Canal do Palmital, Baía da Babitonga (Santa Catarina, Brasil)
  57. OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DISPERSÕES SÓLIDAS DE FELODIPINO PREPARADAS SOBRE PÉLETES INERTES UTILIZANDO-SE LEITO FLUIDIZADO
  58. Obtenção e caracterização físico-química de micropartículas contendo dispersão sólida de sinvastatina em Eudragit® E e PHB
  59. Ocorrência de Portunídeos (Crustacea, Decapoda) na baía da Babitonga (Santa Catarina, Brasil) e a sua relação com o sedimento
  60. Padronização da técnica PCR (“Polymerase chain reaction”) para detecção dos estreptococos pertencentes ao Grupo Bovis
  61. Peixes do Rio Cubatão: caracterização e estrutura populacional em duas áreas amostrais.
  62. Percentual de gordura de meninos de 09 à 12 anos ingressantes no projeto: natação na escola nos anos 2006, 2007 e 2008.
  63. Percepcao de saude Bucal em pacientes Diabeticos Hemodialisados
  64. PERCEPÇÃO DAS GESTANTES DAS UNIDADES BÀSICAS BOM RETIRO E BUCAREIN DE JOINVILLE, SOBRE ATENÇÃO ODONTOLOGICA NO PRÉ-NATAL.
  65. Percepção e interação: jogos ambientais e crianças em fase escolar
  66. Perfil clínico e epidemiológico do ambulatório de doenças inflamatórias intestinais do hospital municipal são josé de joinville
  67. Perfil do percentual de gordura dos atletas da escolinha do são paulo futebol clube de joinville.
  68. PERFIS DE DISSOLUÇÃO DE SINVASTATINA A PARTIR DE DISPERSÕES SÓLIDAS PREPARADAS NA FORMA DE MICROPARTÍCULAS DE EUGRAGIT® E E PHB
  69. Prevalência de Maus Hábitos Bucais entre Crianças da Creche Estrelinha do Mar do Distrito do Saí - São Francisco do Sul/SC
  70. PREVALÊNCIA DE TABAGISMO, CONSUMO DE ÁLCOOL E DROGAS ILÍCITAS EM GESTANTES ACOMPANHADAS PELOS PSF’S DA CIDADE DE JOINVILLE, SC.
  71. Processos Pedagógicos Aplicados ao Ensino da Educação Física no Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série.
  72. PROGRAMA INSTITUCIONAL “SORRIA VILA DA GLÓRIA: PESQUISANDO, ENSINANDO E REALIZANDO EXTENSÃO”
  73. Promoção do uso racional de medicamentos por meio da educação em saúde com os usuários da reginal de saúde aventureiro
  74. Qualidade de vida nos pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais mensurada através do Questionário IBDQ
  75. Relação entre a composição do ictioplâncton e de peixes capturados na pesca artesanal na baía da Babitonga em outono e inverno
  76. RELATO DE CASO - ACNE SEVERA EM PACIENTE COM SÍNDROME DE APERT
  77. RESULTADOS PARCIAIS DA COMPARAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE RESSUSCITAÇÃO VOLÊMICA PRECOCE DA SEPSE SEVERA E CHOQUE SÉPTICO, BASEADA EM PRESSÃO VENOSA CENTRAL OU VARIAÇÃO DA PRESSÃO DE PULSO
  78. Riscos da Automedicação: Tratando o problema com conhecimento
  79. USO PROFILÁTICO DE ANTIBIÓTICO NA RUPTURA PREMATURA DE MEMBRANAS
  80. Uso racional de plantas medicinais
  81. Variação da densidade, composição e distribuição da macrofauna bentônica sublitoral na desembocadura da Baía da Babitonga (Santa Catarina, Brasil)
  82. Vivência Acadêmica na Extensão

Resumos

2004-2008: Performances do Projeto Material Zoológico

  • ANA CARINE PEREIRA, Graduando, anacarine12@yahoo.com.br
  • Pricila Rodrigues, Graduando, pricilarodrigues@gmail.com
  • Fernanda Manrich Lucia, Graduando, fe_manrich@hotmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: material zoológico, zooeducação ambiental, museologia

A sensibilização à conservação ambiental se coloca como um paradigma da atualidade. Sendo assim, a exposição pública de materiais zoológicos preparados permite a disponibilização do conhecimento faunístico para a população e se constitui em ferramenta fortalecedora da cidadania. Este projeto tem por objetivo desenvolver uma ação de conscientização acerca da fauna nativa, considerada como patrimônio natural, por meio de exposições de material zoológico preparado e da realização de atividades de interação, recreativas e didáticas. Os materiais zoológicos são provenientes da região de Joinville, por encaminhamentos da Polícia Ambiental e de particulares, que recolhem animais encontrados sem vida no ambiente. São armazenados em freezer/câmara fria no Laboratório de Biologia, registrados e identificados. Após, são selecionados e preparados para exposição por taxidermia. As exposições são desenvolvidas em instalação na Univille, as visitas do público decorrendo primeiramente por uma fase exploratória e, após, por uma fase de interação entre os integrantes quando ocorre a apresentação formal dos objetivos do projeto e de informações técnicas sobre os animais através de projeções em multi-mídia, ocorrendo ainda a participação de todos em atividades lúdicas que reforçam os conteúdos explicitados. Estes procedimentos também podem ser desenvolvidos em ambientes externos à Univille e seguem a mesma metodologia, simplificadamente. As visitas ocorrem mediante agendamento realizado pelo “Visite” Programa Institucional de Visitas a Univille, sendo acompanhadas por estagiários e voluntários. Iniciado em 2004, o projeto continua em andamento até o momento. O levantamento da fauna armazenada desde 1999 inclui 348 materiais (peixes, répteis, aves, mamíferos, materiais diversos) e foram preparados 58 animais. Em 2008, a exposição de material zoológico recebeu 2420 visitantes (várias faixas etárias, visitantes particulares e estudantes) procedentes de: Centros de Educação Infantil; eventos de extensão “Univille na Comunidade”; escolas públicas estaduais e municipais; escolas particulares; SESC; Centros de Educação e Recreação de Joinville; Semana da Comunidade. O projeto também foi convidado para expor seus materiais em encontros externos. Foram produzidas exposições tematizadas para assuntos zoológicos (fauna antrópica, austral, de água doce) que resultaram em encontros mais focados. A instalação do projeto em sala própria tem permitido o recebimento de visitas com mais freqüência e o desenvolvimento de atividades com maior conteúdo, duração, com menos dispêndios, riscos, liberando tempo para as atividades. A interação com o projeto de agendamento tem aumentado a difusão do projeto. Estes fatos dinamizaram a visitação resultando em maior alcance dos objetivos.

A INFLUÊNCIA DE UM PROGRAMA DE EXERCICIOS FÍSICOS NO IMC E NO RCQ DE IDOSOS

  • DAIANE TREML GONÇALVES, Graduando, daiane.treml@univille.net
  • Edineia da Luz, Graduando, edineia.luz@bol.com.br
  • Fabiano Aparecido da Silva, Graduando, biokiloucura@ig.com.br
  • CARLA Werlang Coelho1, MSc, carla@joinville.udesc.br

Palavras-chave: IDOSOS, IMC, RCQ

Introdução: Um dos objetivos do Programa de Atividade Física e Saúde para Idosos versão 3 (PAFSI3) é proporcionar aos participantes a manutenção dos componentes da aptidão física. Dois dos parâmetros utilizados para a prescrição do programa de atividades físicas são o IMC (Índice de Massa Corporal) e o RCQ (Relação Cintura-Quadril), que analisam superficialmente o peso e a distribuição de gordura corporal do indivíduo. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar a influência de um programa de atividades físicas supervisionado no IMC e no RCQ dos idosos participantes do PAFSI3. Metodologia: A amostra foi composta por 19 idosos (19 mulheres e 4 homens), com média de massa corporal de 73,0±10,0 kg (média±desvio padrão), estatura de 1,58 ± 0,07 m e idade de 63,7±5,1 anos. A avaliação do IMC foi realizada através da pesagem e da verificação da altura dos participantes; e a avaliação do RCQ foi realizada através da medida do perímetro da cintura e do quadril dos participantes, sendo que o pré-teste e o pós-teste foram separados por um período de 16 semanas. O programa foi constituído de duas sessões semanais de 60 minutos. Uma sessão típica foi composta por 20 minutos de aquecimento articular e caminhada; 20 minutos com 8 exercícios resistidos (2 séries com 8 repetições); 5 minutos de exercício aeróbico e 15 minutos de alongamentos. Resultados: A média dos valores do pré-teste do IMC foi de 31,8±2,3 kg/m2 para os homens e de 28,7±2,7 kg/m2 para as mulheres; do RCQ foi de 0,95±0,02cm para os homens e de 0,86±0,08 cm. Os pós-testes apresentaram valores médios de 31,7±2,18 no IMC masculino e 28,65±2,76 no feminino, e o RCQ apresentou média de 0,97±0,06 para os homens e 0,86±0,06 para as mulheres. Conclusão: Conforme os resultados apresentados, observou-se uma manutenção do IMC e do RCQ dos participantes do PAFSI3. Segundo a OMS, as mulheres estão classificadas como pré-obesas e os homens como obesos no cálculo do IMC, e segundo Applied Body Composition Assessment as mulheres tem alto risco de saúde e os homens tem risco moderado de acordo com o valor do RCQ. Portanto conclui-se que o programa de atividade física esta surtindo efeito na manutenção do peso e da distribuição da gordura corporal dos indivíduos, porém há necessidade de complementar o programa no intuito de tentar diminuir os índices dos participantes.

A influência de um programa de exercícios físicos na flexibilidade e na força de idosos

  • EDINEIA DA LUZ, Graduando, edineia.luz@bol.com.br
  • Daiane Treml Gonçalves, Graduando, dadybal@yahoo.com.br
  • Fabiano Aparecido da Silva, Graduando, biokiloucura@ig.com.br
  • Carla Werlang Coelho, MSc, carla@joinville.udesc.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: idosos, força, flexibilidade

Introdução: PAFSI é um Programa de Atividade Física e Saúde para Idosos que é desenvolvido na Univille pelo terceiro ano consecutivo, sendo este ano chamado PAFSI3. Neste programa são realizadas várias medidas como parâmetros para prescrição do exercício físico, objetivando o desenvolvimento dos quatro componentes da aptidão física para a saúde. Objetivo: Verificar a influência do programa de exercícios físicos na flexibilidade e na força de idosos. Metodologia: A amostra foi composta por 27 idosos (20 mulheres e 7 homens), média de peso de 71,1±9,6 kg (médio±desvio padrão), estatura de 159,9±7,3 cm e idade de 62,3±3,0 anos. Para estimativa da força foi utilizado o Teste de Dinamometria Hand Grip, que é realizado através da preensão manual da mão direita e da mão esquerda. A flexibilidade foi avaliada através do teste de sentar e alcançar (Banco de Wells), onde o participante deve sentar-se com as pernas estendidas e com as regiões plantares contra a caixa; o teste consiste em projetar-se para frente, com os braços estendidos, na tentativa de alcançar o ponto mais distante do banco. O pré-teste e o pós-teste foram separados por um período de 16 semanas de programa de exercícios físicos. O programa foi constituído de duas sessões semanais de 60 minutos. Uma sessão típica foi composta por 20 minutos de aquecimento articular e caminhada; 20 minutos de exercícios resistidos (2 séries com 8 repetições); 5 minutos de exercício aeróbico e 15 minutos de alongamentos. Resultados: A média dos valores do pré-teste de Flexibilidade para homens foi de 25,2±9,7 cm e no pós-teste 26,8±7,8 cm e para as mulheres no pré-teste foi de 29,7±7,5 cm e no pós-teste de 31,6±6,46 cm. Na Dinamometria para os homens no pré-teste foi de 87,7±10,1Kg e no pós-teste 86,6±11,8Kg e para as mulheres no pré-teste foi de 52,7±8,8Kg e pós-teste 54,6±8,7Kg. Conclusão: Conforme os resultados apresentados, observou-se uma melhora da flexibilidade dos dois gêneros e uma melhora da força somente nas mulheres do PAFSI3. Mesmo que nessa faixa etária os níveis de aptidão física tendam e decrescer, o programa de exercícios físicos mostrou-se eficiente, inclusive mostrando uma significância estatística para o grupo feminino. Portanto, conclui-se que os alongamentos específicos realizados durante o período em que o programa foi aplicado e a individualização do treinamento com pesos influenciaram de maneira positiva nos resultados do teste de flexibilidade e de força realizados com os idosos.

A macrofauna bentônica de fundos inconsolidados adjacentes a uma maricultura na Baía da Babitonga, Santa Catarina (Brasil)

  • MARIANA SERWY OORTMAN, Graduando, mare.bio@gmail.com
  • José Maria de Souza da Conceição, Dr(a), zzze.maria@yahoo.com.br
  • Claudiane Gouveia, Graduando, clau_goveia@hotmail.com
  • Luiz Anselmo Pallazi Steffen, Graduando, luizstreet@gmail.com
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@ps5.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Macrofauna bentônica, /sublitoral inconsolidado, Maricultura

O cultivo de organismos marinhos vem se intensificando mundialmente desde a década de 90 e a produção de moluscos em estuários brasileiros vem crescendo significativamente. Santa Catarina é o estado que mais produz moluscos no país, sendo que em 1998 foram produzidas cerca de 8 toneladas do produto. O ponto favorável dessa atividade é o incremento econômico-social, mas alguns efeitos podem alterar a fauna e a flora da região. Um exemplo é o recobrimento do substrato abaixo e ao redor do cultivo por pelotas fecais; a comunidade da macrofauna bentônica tende a ser afetada diretamente por esse incremento na deposição de matéria orgânica. O trabalho teve por objetivo descrever a macrofauna bentônica adjacente ao cultivo de mariscos do Balneário do Paulas. Para a amostragem desta, foram estabelecidos quatro pontos adjacentes ao cultivo, que tinha o formato de um retângulo, sendo cada ponto posicionado a aproximadamente 100 metros de cada face. Os pontos perpendiculares ao cultivo foram denominados EXT1, que estava próximo ao continente, posicionado após o cultivo o EXT3, e os pontos na mesma linha do cultivo foram denominados de EXT2 à montante do canal da baía e EXT4 à jusante. As amostras foram coletadas com um pegador Petersen, previamente lavadas com o auxílio de sacolas com malha de abertura de 500 µm e fixadas para posterior triagem, identificação e quantificação dos organismos. Polychaeta foi o grupo dominante com 44,7% do total da macrofauna, seguido de Crustacea (22,9%), Hemichordata (12,5%) e Oligochaeta (8,5%). Os pontos EXT1 e EXT3 apresentaram os maiores números de indivíduos e táxons. Mediomastus sp., Branchiostoma sp. e Caprella sp. ocorreram em proporções próximas, seguidos de uma espécie de Tubificidae (8,2%) e Paraprionospio sp. (6,6%). Mediomastus sp. dominou em EXT2, Branchiostoma sp. e Caprella sp. em EXT3, e Tubificidae e Paraprionospio sp. em EXT1. Os resultados indicaram que aparentemente a maricultura tem efeito sobre a macrofauna bentônica, considerando que sua presença pode alterar o padrão de circulação de água e a deposição de sedimento e matéria orgânica produzida pelo cultivo. Esse padrão ficou claro com a maior proporção de organismos nos pontos EXT1 e EXT3, que indicaram ser menos alterados pela maricultura, além da dominância de Mediomastus sp. em EXT2, táxon que pertence à Família Capitellidae, reconhecida por dominar fundos com sedimentos perturbados. Entretanto, os dados são preliminares e mais amostragens são necessárias para verificar os efeitos da maricultura no Balneário de Paulas sobre as comunidades macrobentônicas do sublitoral inconsolidado.

A medicina popular na região da Baía da Babitonga: as benzedeiras

  • ROMAN ORZECHOWSKI, Graduando, r.orzechowski@univille.net
  • Sandra P.L.C. Guedes , Dr(a), sandraguedes@netvision.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: benzedeiras, medicina popular , Baía da Babitonga

INTRODUÇÃO: São Francisco do Sul, Joinville, Balneário Barra do Sul, Araquari, Garuva e Itapoá são as cidades relacionadas a esta pesquisa. São na maioria, cidades formadas por populações litorâneas ligadas à pesca e à cultura popular principalmente àquela trazida pelos colonizadores açorianos. Nesse contexto, as benzedeiras, que são vistas como curandeiras e amigas da natureza, ainda estão muito presentes na região. Um dos objetivos do trabalho é mostrar um pouco da cultura popular da região, ligada especificamente às benzedeiras, para ser mais valorizada, principalmente pelos médicos e agentes, a fim de humanizar a saúde. METODOLOGIA: A primeira parte da pesquisa foi composta por revisão bibliográfica que propiciou o conhecimento sobre a importância das benzedeiras na cultura brasileira e regional. Posteriormente, analisaram-se questionários padronizados aplicados na região da baía da Babitonga. O referido questionário foi originalmente aplicado a um total de 853 pessoas pelo Grupo de Pesquisas História Regional. As questões analisadas se referiam ao grau de aceitação dos moradores pelas benzedeiras. Essas questões foram confrontadas com o perfil socioeconômico dos entrevistados. Cinco entrevistas orais foram realizadas com benzedeiras e encontram-se no laboratório de História Oral da UNIVILLE. Trata-se de estudo transversal de caráter observacional RESULTADOS: Dos 853 questionários analisados 84% das pessoas já ouviram falar em benzedeiras. Na pergunta, se já tiveram alguma experiência pessoal com elas esse número cai para 48%. 7,3% dos entrevistados relatam que não vão à benzedeira porque são evangélicos. As doenças que mais levam as pessoas à benzedeira são: “arca-caída” ou dores musculares, “mau olhado” ou inveja e ciúmes e a “erisipela” que é uma infecção cutânea por Streptococus pyogenes. 28,7% dos entrevistados relataram que foram levados quando criança à benzedeira, por diversos motivos entre os principais: choro constante, quebrante (energia negativa), alergias (brotoejas), inquietudes, sapinho (infecção bucal por fungos) e até unha encravada. Ainda hoje segundo relatos os avós e pais levam seus filhos e netos para receber qualquer tipo de benzimento. CONCLUSÕES: Na região da Baia da Babitonga há fortes indícios da ação de benzedeiras presentes ainda hoje. Verificou-se que a renda ou escolaridade não impede que as pessoas freqüentem a benzedeira ou procurem tratamento alternativo. A maior procura por benzedeiras está relacionada a crianças que são levadas pelos pais ou parentes. Já os adultos buscam mais o lado psicológico que está em desarmonia.

Apoio / Parcerias: CNPq

A PROPOSIÇÃO DE TIPOLOGIA PARA IDENTIFICAÇÃO DO LENHO: FAMÍLIA ANNONACEAE

  • FERNANDO ANDREACCI, Graduando, f.andreacci@univille.net
  • João Carlos Ferreira de Melo Júnior, MSc, jc_melo@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Anatomia da madeira, Annonaceae, tipologia

A análise da estrutura microscópica da madeira é uma ferramenta de grande importância no tocante aos estudos técnicos-científicos de diversas categorias, tais como aqueles que envolvam anatomia ecológica, usos tecnológicos e taxonomia de espécies lenhosas. Nesta última, destacam-se os estudos envolvendo reconstruções de paleoambientes, interpretações paleoetnobotânicas e etnobotânicas, resolução de processos oriundos de crimes ambientais, comercialização de madeiras, programas de manejo e inventário florestal, entre outros. Sendo a comparação o método de maior confiabilidade para a realização de tais estudos, faz-se necessário um bom conhecimento da flora lenhosa atual, assim como de suas características anatômicas. Atrelado a isso estão a construção de coleções de referência e as proposições de tipologias que facilitem a identificação taxonômica do material em estudo. O presente trabalho propõe uma tipologia, através da anatomia da madeira, para representantes da família Annonaceae encontrados nos ambientes de cerrado, mata estacional semi-decidual e mata estacional decidual da região de Lagoa Santa / MG. É válido salientar que está área apresenta interesse paleontológico e arqueológico no cenário da pré-história brasileira. Para essa tipologia utilizaram-se quatro amostras tombadas na xiloteca da Univille de diferentes espécies arbustivo-arbóreas da família Annonaceae (Annona crassiflora, Xylopia aromática, Rollinia dolabripetala e Rollinia sylvatica). A descrição anatômica do lenho seguiu a terminologia proposta pela IAWA Commitee. Além de características comuns para todas as espécies (placa de perfuração simples, pontoações intervasculares areoladas alternas e parênquima paratraqueal axial reticulado), foram encontradas algumas peculiares ou não compartilhadas por todas as espécies (camada de crescimento distinta, agrupamento solitário dos vasos, arranjo radial para tangencial de vasos, parênquima radial homogêneo e canais radiais) que permitiram a distinção das espécies em estudo. Os resultados obtidos mostram claramente a construção de uma tipologia resultante em quatro táxons. Entretanto, a inclusão de outras espécies dessa família, ocorrentes na região, tais como: Xylopia brasiliensis, X. sericea e Guatteria villosima podem gerar uma possível reorganização da presente tipologia.

Apoio / Parcerias: Laboratório de Anatomia Vegetal e Xiloteca da Univille

A TRILHA DO JARDIM BOTÂNICO DA UNIVILLE: IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES BOTÃNICAS

  • JULIA MEIRELLES, Graduando, julia.meirelles@univille.net
  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karin@furb.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Florística, Jardim Botânico , UNIVILLE

O Jardim Botânico da UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville - foi criado em 19 de abril de 2007, em área de 19.000 m2 da instituição, coberta parcialmente com Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, em estado avançado de regeneração, que abriga diversas espécies da flora e fauna da região. Pretende ser um espaço de proteção da flora local, abrigo de espécies raras e ameaçadas de extinção e aberto à visitação pública, onde possam ser desenvolvidas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Conta com uma trilha com cerca de 300 m de extensão, um espaço destinado à visitação contemplativa e educação ambiental, onde os visitantes poderão entrar em contato com espécies nativas da vegetação regional e participar de atividades interpretativas. O objetivo deste trabalho foi identificar as espécies de plantas vasculares que ocorrem ao longo da trilha do Jardim Botânico, como subsídios para a confecção de placas indicativas com os nomes comuns e científicos de algumas espécies e de placas interpretativas em pontos de interesse ambiental. O método de trabalho empregado foi a coleta esporádica de ramos férteis das espécies encontradas ao longo da trilha. O material coletado foi incluído no acervo do Herbário Joinvillea e duplicatas enviadas a outros herbários da região. O Herbário, indexado no Index Herbariorum desde outubro de 2007 com o acrônimo JOI, conta hoje com um total de 7.613 exsicatas tombadas, também está vinculado ao Jardim Botânico. As identificações foram feitas com base em literatura específica e comparação com plantas do acervo próprio e do Museu Botânico Municipal de Curitiba. Até o momento foram identificadas 53 espécies de 26 famílias. As famílias mais representativas são: Melastomataceae - 9 espécies, Rubiaceae - 6 espécies, Arecaceae e Orchidaceae - 4 espécies. Chusquea oxylepis (Hack.) Ekman, uma Poaceae lianescente, se sobressai pela abundância.

Apoio / Parcerias: PIBEX

Anatomia ecológica da madeira de Ficus organensis Miq. (Moraceae) de populações disjuntas em ambientes de Mata Atlântica de Santa Catarina e Rio Grande do Sul

  • MERILLUCE SAMARA WEIERS, Graduando, meri.weiers@gmail.com
  • João Carlos Ferreira de Melo Junior, MSc, jc_melo@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ficus organensis, Madeira, Caracterização anatômica

Ficus organensis Miq. (Moraceae) é uma planta arbórea de grande porte com distribuição geográfica de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, onde assume grande importância fisionômica, traduzida pelo porte dos indivíduos, os quais atingem o estrato superior da floresta; tonalidade verde-escura de sua ramagem; e a alta densidade de espécimes por unidade de área. Figueira-de-folha-miúda, figueira mata-pau, figueira-branca ou gameleira são nomes populares desta espécie. Este trabalho tem por objetivo avaliar, de forma comparada e qualitativa, a estrutura anatômica do lenho do caule de F. organensis Miq. (Moraceae) que ocorre em duas populações disjuntas em ambientes de Mata Atlântica de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteristicamente os ambientes estudados são formados por várzeas brejosas possuindo solo arenoso, muito úmido, de lenta drenagem e que durante as intensas chuvas de verão, são invadidos pelas águas pluviais inundando parcialmente ou totalmente os mesmos, formando então um charco temporário de drenagem bastante difícil. Em cada área foram selecionados 05 indivíduos com subseqüente coleta de madeira. Preparações histológicas do lenho de caule de 10 indivíduos foram confeccionadas seguindo-se as técnicas usuais de anatomia da madeira. As descrições anatômicas adotaram a terminologia proposta pela IAWA Committee. Caracteristicamente, a madeira de F. organensis apresenta camada de crescimento distinta demarcada por parênquima em faixas. Vasos com porosidade difusa, arranjo radial, predominando vasos solitários e geminados. Placas de perfuração simples, pontoações intervasculares areoladas e de disposição alterna. Fibras septadas presentes. Parênquima axial paratraqueal vasicêntrico e em faixas. Parênquima radial de unisseriado a multisseriado e heterogêneo, formado por células eretas e procumbentes. Raios agregados presentes. Cristais prismáticos ocorrem fora de câmaras no parênquima axial. Diferenças estruturais foram observadas entre as duas populações, a saber: vasos com arranjo raramente tangencial, múltiplos de 3-9 e em cachos, fibras gelatinosas presentes, parênquima multisseriado de 1-4 e heterogêneo formado por células eretas e procumbentes em indivíduos de Maquiné/RS em oposição aos de São João do Sul/SC, os quais apresentam vasos raramente múltiplos de 3-14, pontoações intervasculares de disposição raramente foraminada e escalariforme, parênquima multisseriado de 1-5, formado por células eretas, procumbentes e quadráticas. Considerando a similaridade edáfica e a disponibilidade hídrica entre os ambientes, entende-se que as diferenças anatômicas observadas se devem a outro fator, sendo necessário a investigação de mais variáveis ambientais.

Apoio / Parcerias: FAP ; Laboratório de Anatomia Vegetal e Xiloteca da UNIVILLE.

Análise das capturas artesanais de Chondrichthyes do litoral norte catarinense

  • JOANNA PAULA SOLAMON, Graduando, j.paula@univille.net
  • Pedro Carlos Pinheiro, Dr(a), pinheiro.pc@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pesca artesanal, Chondrichthyes, São Francisco do Sul

Segundo, Costa & Chaves (2005), entre os anos de 1980 a 1994 a captura de elasmobrânquios alcançou índice de 12,7% das pescas da frota artesanal em Santa Catarina. Em São Francisco do Sul, existem muitas comunidades pesqueiras, nas quais podem ocorrer o levantamento de dados, como : Frias, Vila da Glória, Praia Bonita, Praia de Paulas, Praia do Mota e Ilha do Mel. Como este trabalho apresenta somente resultados preliminares, apenas a Associação de Pescadores Artesanais da Praia de Paulas participou das entrevistas feitas individualmente com 30 pescadores associados através de questionário, obtendo os seguintes resultados para perguntas da área sócio-econômica: tempo de atividade – 50% trabalha como pescador há quinze anos; 33,3% há dez anos; 10% há cinco anos e 6,6% responderam outros. Destes, 90% dos pescadores tem como a pesca sua única fonte de renda e 10% possui outro meio de obtê-la. A maioria das embarcações usadas por eles são canoas de madeira movidas à motor, correspondendo a 73,3% e apenas 26,6% destas são a remo; dentre todas as embarcações 43,3% são próprias, 30% das embarcações são alugadas e 26,6% são cedidas. 73,3 % dos pescadores pesca diariamente, 23,3% pesca de 2 a 4 vezes por semana e 3,3% pesca apenas 1 vez por semana. Os pescadores artesanais da comunidade de Paulas costuma pescar nas proximidades da praia, correspondendo a um total de 83,3% e 16,6% dos pescadores costuma pescar fora da Baía da Babitonga. Conforme diálogo estabelecido com as pessoas da comunidade envolvidas na atividade de pesca, cações costumam ser capturados nos meses de novembro a março de cada ano e as artes de pesca mais utilizadas são a rede de emalhar, 40%, 26,6% utiliza-se de espinhel, 16,6% prefere o uso da rede de caceio, 10% utiliza rede de aviãozinho e 6,6% responderam usar outro método. As espécies de cação capturadas pelos pescadores foram relatadas segundo seu nome popular, sendo 60% dos cações capturados o do tipo martelo, 20% dos pescadores afirmaram capturar cação anjo, 10% diz capturar cação corpo duro e os outros 10% captura caçonetes. A pesca artesanal é uma das principais atividades econômicas realizada pela população local, sendo para fins de subsistência ou comerciais, porém, é pouco estudada e os valores existentes referentes ao benefício econômico, danos ambientais causados por essa atividade e espécies alvos são subestimados.

Análise do lixiviado da industria têxtil

  • FILIPE GABRIEL DELMONEGO, Graduando, fgd_delmonego@hotmail.com
  • Cladir Teresinha Zanotelli, Dr(a), czanotelli@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: lagoa de estabilização, lixiviado, efluente têxtil

O sistema de tratamento por lagoas de estabilização é uma forma simples, eficiente e com baixo custo de tratamento de efluentes. As suas configurações podem variar de acordo com os requisitos desejados, assim como a área disponível para a sua implantação. Este processo é muito utilizado para o tratamento de efluente domestico, industrial e animal. A utilização deste sistema para o tratamento do potencial poluente do lixiviado de aterro industrial não foi muito estudado, com isto o objetivo deste projeto é avaliar o tratamento do lixiviado produzido no aterro industrial de uma empresa têxtil através de lagoas de estabilização. A planta piloto consiste me 4 lagoas, sendo que a primeira recebe o lixiviado vindo do aterro industrial, neste tanque começa o processo de decantação dos sólidos presentes no efluente, que logo em seguida é encaminhado para a lagoa anaeróbia. Nas duas ultimas lagoas ocorre um processo facultativo de degradação da matéria orgânica e outros materiais ali presentes. As coletas no primeiro mês se realizaram semanalmente, nos três meses seguintes serão realizadas quinzenalmente e nos outros oito meses será mensal. Os pontos de coleta são: efluente bruto (P1), entrada da segunda lagoa (P2), entrada da terceira lagoa (P3) e saída da terceira lagoa (P4). Os parâmetros que são avaliados são: pH, oxigênio dissolvido, temperatura, condutividade, turbidez, demanda química oxigênio, nitrogênio total, nitrato, nitrito, fósforo total, sólidos dissolvidos, e clorofila. Com posse dos dados será observado a eficiência de remoção do potencial poluente do efluente pelas lagoas. Com estes resultados espera-se obter informações suficiente para a construção e projeção de lagoas em escala real, alem da otimização do processo já existente, e contribuir com informações técnicas sobre o tratamento de lixiviado de aterros industriais, já que esta forma de tratamento para este tipo de efluente tem caráter inédito.

Apoio / Parcerias: Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC Dohler S.A.

Análise dos parâmetros biológicos de Centropomus undecimalis e Centropomus parallelus no litoral norte de Santa Catarina e sul do Paraná, Brasil.

  • IURI SALIM ABOU ANNI, Graduando, iuri.salim@gmail.com
  • Pedro Carlos Pinheiro, Dr(a), pinheiro.pc@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Alimentação, Robalos, Maturação sexual

Os principais objetivos deste estudo visam analisar o nicho alimentar para as espécies de robalo Centropomus parallelus e Centropomus undecimalis, duas espécies ainda pouco conhecidas quanto à sua biologia e ecologia. Estas espécies são consideradas como importante recurso pesqueiro da costa do Brasil, sendo a principal fonte de renda de diversas colônias de pescadores artesanais da região Sul e de enorme interesse para a pesca esportiva, atraindo pescadores de diversas localidades da região. Os resultados obtidos servirão como uma importante ferramenta para subsidiar planos de manejo e contribuirão substancialmente à formulação de recomendações que visem a exploração sustentável deste recurso pesqueiro, já que têm se percebido uma significativa queda nos estoque das duas espécies. Os robalos foram amostrados do desembarque, comercialização da pesca de pequena escala e da pesca esportiva na Baía da Babitonga, Barra do Sul, plataforma costeira de Santa Catarina e Pontal do Sul no Paraná. As amostragens foram obtidas no período entre junho de 2006 a janeiro de 2008. Cada peixe seus registros de peso e comprimento padrão anotados na ficha de dados de cada uma das espécies. Os dados de maturação também foram anotados e as gônadas foram retiradas e pesadas para posterior análise do índice gonadossomático (IGS). Os tratos digestivos eviscerados foram seccionados com tesoura cirúrgica, e todo o conteúdo estomacal foi retirado e filtrado com uma bomba à vácuo para que seja retirado a maior quantidade possível de água e logo após o total filtrado foi pesado e armazenado em pequenos recipientes, devidamente identificados e conservados em álcool 70 %. A fase final do estudo irá tratar da análise dos conteúdos. Cada categoria alimentar está sendo identificada ao menor nível taxonômico possível. Os itens foram contados e pesados para obtenção do peso seco das categorias identificadas. As freqüências numérica, de ocorrência e gravimétricas estão sendo calculadas para cada item alimentar para expressar a importância quantitativa das diferentes presas nas dietas dos peixes. O índice de importância relativa (IIR) será calculado para todos os itens analisados. Os resultados ainda são preliminares, já foram processados estômagos de 183 robalos, sendo 74 de C. parallelus e 109 de C. undecimalis, destes, foram registrados valores de comprimento padrão médio para sexos agrupados de 23,83 e 23,0 (cm) respectivamente. O peso médio dos indivíduos foi de 333,16g para C. parallelus e 250,21g para C. undecimalis e um total de 578 itens alimentares encontrados estão sendo analisados.

Apoio / Parcerias: PIBIC-FAP/UNIVILLE; IBAMA/CEPSUL

Aplicação de redes poliméricas interpenetrantes como alternativa para o encapsulamento do piroxicam.

  • GABRIELA TAMBOSI, Graduando, gabriela.tambosi@univille.net
  • Vivia Buzzi, E, stlvi@hotmail.com
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br
  • Giovana Carolina Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Microesferas, Piroxicam, Polímeros

Os hidrogéis são formados de polímeros hidrofílicos que apresentam capacidade de intumescimento. Possuem aplicação na área farmacêutica como moduladores da liberação de fármacos. Uma das maneiras de obter hidrogéis com boa estabilidade mecânica e permeabilidade controlada é sintetizá-los como sistemas semi-IPN ou IPN. Os semi-IPN são formados pela combinação de dois polímeros diferentes e apenas um deles sofre reticulação. Demonstram eficiência na formação de microesferas. Este trabalho buscou estabelecer condições de preparo de microesferas a partir de dois modelos semi-IPN: alginato de sódio/carboximetilcelulose sódica (Alg/CMC) e gelatina/CMC e avaliar relativamente as melhores condições de encapsulação do piroxicam. Adaptou-se dois métodos: A) a partir de Alg/CMC (Zhang, 2006): a 20mL de solução de alginato 3% (m/v) acrescentou-se 1g de parafina líquida e 1,5 mL de solução 5% de CMC, sob agitação, e foi adicionado o piroxicam dissolvido em 1mL de clorofórmio. Essa emulsão foi vertida em 60 mL de uma mistura clorofórmio e hexano (1:1) contendo 2% de Span 80, sob agitação. 5mL de uma solução aquosa de PVP 2% foi adicionada. Após 30 minutos essa solução foi vertida sobre uma solução de CaCl3 (3% m/v) e a reticulação ocorreu por 1h. B) a partir de CMC/gelatina (Tabata, 1989) e adaptado por Rokhade (2006): a uma solução de gelatina adicionou-se CMC 10%, e piroxicam sob agitação. Após 30 minutos essa solução foi vertida em uma mistura de éter de petróleo e parafina líquida (40:60 m/m) contendo 1% de Span 80, sob agitação, adicionado de solução de glutaraldeído 10%. As microesferas foram separadas por filtração e lavadas. Para a verificação da incorporação do piroxicam nas matrizes poliméricas procedeu-se análises em cromatografia gasosa (CG-MS). Algumas condições inicialmente utilizadas no preparo das microesferas foram modificadas, com o objetivo de obter esferas com características morfológicas adequadas. Esferas menores e mais uniformes foram obtidas quando a concentração de PVP foi diminuída para 1,5%, o volume da solução de CaCl3 foi diminuído para 150mL e a proporção de diclorometano/hexano foi diminuída para 1:2 (método A) e quando a concentração de gelatina foi de 4%, a concentração de Span foi diminuída para 0,5% e o tempo de reticulação foi diminuído para 35 minutos (método B). Conclusões: Esse estudo possibilitou a seleção das condições de preparo de microesferas semi-IPN com características adequadas para utilização como sistemas de encapsulamento para o piroxicam. Ensaios para quantificar o teor de fármaco nas microesferas estão sendo realizados através de cromatografia gasosa.

Apoio / Parcerias: Art. 170, FAP.

Aumento da incidência das DII na cidade de Joinville nos últimos 10 anos: comparação entre RCU e Doença de Crohn

  • LARISSA LOPES SANITÁ, Graduando, lari84@hotmail.com
  • Harry Kleinubing Jr., Dr(a), hkleinubing@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: retocolite ulcerativa, doença de Crohn, incidência

INTRODUÇÃO: Doença de Crohn (DC) e Retocolite Ulcerativa (RCU) são as doenças mais freqüentes das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). Embora as causas destas doenças permaneçam incompletamente compreendidas, o modelo prevalecente é a de que a flora intestinal realiza uma resposta imune intestinal com inflamação da mucosa em hospedeiros geneticamente suscetíveis. Também estão associadas, em grande parte, ao século XX com o aumento da sociedade moderna, ocidentalizada e industrial. OBJETIVO: estudar o aumento da incidência das DII na cidade de Joinville nos últimos 10 anos fazendo uma comparação entre RCU e DC. MATERIAL E MÉTODO: o banco de dados do Serviço de Patologia de Joinville (SIP) foi consultado a procura de registros de DII de 1998 a 2007, através do código das doenças. Foram incluídas biópsias endoscópicas e peças cirúrgicas com diagnóstico de DC e, RCU das quais foram levantados o número de casos de cada ano de 1998 a 2007 e estratificado por diagnóstico, sexo e idade. RESULTADOS: identificou-se aumento gradativo de diagnósticos compatíveis com RCU e DC período de 1998-2007. Na análise do primeiro e último ano da pesquisa foram identificados 14 casos de RCU em 1998 e 56 casos em 2007; 8 casos de DC em 1998 e 36 casos em 2007. Na análise dos primeiros 5 anos foram identificados 85 casos de RCU que aumentou para 207 casos no segundo qüinqüênio. No primeiro qüinqüênio foram identificados 51 casos de DC que aumentou para 105 casos no segundo qüinqüênio. Em relação ao sexo, observou-se 162 (55,47%) casos de RCU no sexo feminino e 130 (44,52%) casos no sexo masculino. Na DC o número de casos no sexo masculino foi de 84 (53,84%) e no sexo feminino de 72 (46,15 %). CONCLUSÃO: houve aumento importante no número de exames histopatológicos compatíveis com RCU e DC nos últimos 10 anos na cidade de Joinville, sem diferença entre os sexos, com predomínio de RCU sobre a DC.

Avaliação bioquímica de estresse oxidativo em diferentes doenças crônicas não transmissíveis

  • ANA PAULA DA VEIGA, Graduando, aninha3009@yahoo.com.br
  • Celso Eduardo Fontanini Beleze, Graduando, celso.eduardo@univille.net
  • Helton Eckermann da Silva, E, heltonfisiot@yahoo.com.br
  • Gilmar Sidnei Erzinger , MSc, gerzinger@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: diagnóstico, estresse oxidativo, doenças crônicas

Estresse oxidativo (EO) é um termo genérico usado para descrever o estado estacionário nível de dano oxidativo em uma célula, tecidos ou órgão causado pelas espécies reativas de oxigênio (ROS). Este dano pode afetar uma determinada molécula ou todo o organismo. Espécies reativas de oxigênio, como os radicais livres e peróxidos, representam uma classe de moléculas que são derivados do metabolismo do oxigênio e existem inerentemente em todos os organismos aeróbicos. Fontes exógenas incluem a exposição ao fumo cigarro, poluentes ambientais, tais como as emissões dos veículos automóveis e indústrias, o consumo de álcool em excesso, amianto, a exposição a radiações ionizantes, e bactérias, fungos ou infecções virais. Os radicais livres de oxigênio são moléculas que apresentam elétrons não pareados em sua órbita externa, capazes de transformar outras moléculas com as quais se encontram como proteínas, carbohidratos, lípides e o ácido desoxirribonucleico. Essas moléculas são geradas em situações clínicas onde microambientes de hipóxia são seguidos por microambientes de reoxigenação. Neste trabalho discutiremos os principais conceitos sobre os radicais livres de oxigênio: os principais tipos, sua formação e a forma como atuam sobre todas as estruturas celulares provocando lesão tecidual significativa. A amostra é composta de 200 pacientes atendidos junto ao Ambulatório da UNIVILLE portadores de DPOC que será analisado diferentes enzimas encontradas no sangue, envolvidas no extresse oxidativo. Os principais sistemas de defesa antioxidante existentes para combater o estresse oxidativo são comentados, com destaque para a glutationa, superóxido dismutase, catalase, glutationa peroxidase e N-acetilcisteína. A influência dos radicais livres de oxigênio sobre as principais renais, cardíacas e doenças pulmonares também será discutida, com ênfase nos produtos do cigarro, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, apnéia obstrutiva do sono e síndrome do desconforto respiratório agudo e correlacioná-los com os fatores ambientais.

AVALIAÇÃO CLINICA DE ESTRESSE OXIDATIVO EM DIFERENTES DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

  • CELSO EDUARDO FONTANINI BELEZE, Graduando, celso.eduardo@univille.net
  • Helton Eckemann da Silva, G, heltonfisiot@yahoo.com.br
  • Gilmar Sidnei Erzinger , Dr(a), gerzinger@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: diagnóstico, estresse oxidativo, doenças crônicas

Estresse oxidativo (EO) é um termo genérico usado para descrever o estado estacionário nível de dano oxidativo em uma célula, tecidos ou órgão causado pelas espécies reativas de oxigênio (ROS). Este dano pode afetar uma determinada molécula ou todo o organismo. Espécies reativas de oxigênio, como os radicais livres e peróxidos, representam uma classe de moléculas que são derivados do metabolismo do oxigênio e existem inerentemente em todos os organismos aeróbicos. Fontes exógenas incluem a exposição ao fumo cigarro, poluentes ambientais, tais como as emissões dos veículos automóveis e indústrias, o consumo de álcool em excesso, amianto, a exposição a radiações ionizantes, e bactérias, fungos ou infecções virais. Os radicais livres de oxigênio são moléculas que apresentam elétrons não pareados em sua órbita externa, capazes de transformar outras moléculas com as quais se encontram como proteínas, carbohidratos, lípides e o ácido desoxirribonucleico. Essas moléculas são geradas em situações clínicas onde microambientes de hipóxia são seguidos por microambientes de reoxigenação. Neste trabalho discutiremos os principais conceitos sobre os radicais livres de oxigênio: os principais tipos, sua formação e a forma como atuam sobre todas as estruturas celulares provocando lesão tecidual significativa. A amostra é composta de 200 pacientes atendidos junto ao Ambulatório da UNIVILLE portadores de DPOC que responderam um questionário estruturado s serão submetidos a exames clínicos e teste de esforço denominado Teste de BODE. Os principais sistemas de defesa antioxidante existentes para combater o estresse oxidativo são comentados, com destaque para a glutationa, superóxido dismutase, catalase, glutationa peroxidase e N-acetilcisteína. A influência dos radicais livres de oxigênio sobre as principais renais, cardíacas e doenças pulmonares também será discutida, com ênfase nos produtos do cigarro, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, apnéia obstrutiva do sono e síndrome do desconforto respiratório agudo e correlacioná-los com os fatores ambientais.

Avaliação da atividade da enzima gluconolactonase em diferentes cepas de Zymomonas mobilis com células íntegras e permeabilizadas visando a produção de sorbitol e ácido lactobiônico

  • MONIQUE FROHLICH, Graduando, monique.ft@hotmail.com
  • Jamile Gonçalves de Araujo, Graduando, jamile.joi@hotmail.com
  • Gilmar Sidnei Erzinger, Dr(a), gerzinger47@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ácido lactobiônico, sorbitol, Zymomonas mobilis

Zymomonas mobilis em presença de uma mistura de lactose e frutose possui a capacidade de produzir sorbitol e ácido lactobiônico. Neste processo, a enzima glicose-frutose oxidorredutase (GFOR) oxida glicose e reduz frutose a gluconolactona e sorbitol, respectivamente. A gluconolactona por sua vez, é hidrolisada a ácido glucônico pela enzima gluconolactonas. Todos os trabalhos até aqui reportados utilizam a cepa de Z. mobilis ATCC 29191 e a quantidade de enzima diretamente relacionada com a quantidade de biomassa formada. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a atividade da enzima gluconolactonase produzida por Zymomonas mobilis ATCC 29191 e comparar com diferentes cepas como a CP1, visando a possibilidade de utilização nos ensaios de biotransformação. Os ensaios foram feitos em bioreator de 2 L e obedeceram os critérios estabelecidos por Erzinger (2000). As células da variedade CP1 após a permeabilização apresentaram uma maior atividade. Por outro lado, as células íntegras apresentaram ao longo do tempo de armazenamento uma perda de atividade.

Avaliação da estabilidade de solução extrativa hidroetanólica de folhas de Ocimum basilicum L. (Lamiaceae) por meio de cromatografia em camada delgada

  • ALINE TEIXEIRA DE MACEDO, Graduando, likkateixeira@hotmail.com
  • Renato Augusto Sigoli Risi, Graduando, ripsy1@hotmail.com
  • Jonas Fugazza, Graduando, jonasfugazza@hotmail.com
  • Layzon Antonio Lemos da Silva, Graduando, layzonmano@hotmail.com
  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Cromatografia, Estabilidade, Ocimum basilicum

Ocimum basilicum, conhecido popularmente como manjericão é utilizado na medicina popular no tratamento de tosse, dispepsia e como ansiolítico. Estudos pré-clínicos demonstraram que a atividade anticonvulsivante é afetada pela instabilidade da solução extrativa hidroetanólica (SE) (dados não publicados). O objetivo foi avaliar a estabilidade de SE 70% de folhas de O. basilicum, utilizando-se do método de cromatografia em camada delgada (CCD). Preparou-se a SE na proporção droga:líquido extrator 1:20 por maceração durante 8 dias. A SE foi dividida em alíquotas para avaliação diária. Empregou-se sílica gel como adsorvente da CCD e o eluente foi constituído por Acetato de Etila:Ácido Fórmido:Água (50:11:16). A análise diária da SE foi registrada no próprio cromatograma quanto ao Rf e a diferentes reveladores (visível, UV 254/366 nm antes e após a aplicação de anisaldeído sulfúrico). Buscou-se identificar um padrão de manchas que demonstrasse o processo de decomposição. Após 33 dias de acompanhamento, os cromatogramas apresentaram entre 11 e 17 manchas. O padrão de Rfs e as cores das manchas mostraram-se inconstantes, apresentando intensa variação no decorrer do tempo. A instabilidade dos parâmetros avaliados permitiu apenas a realização de uma análise qualitativa. Para testar a hipótese de que a variação dos parâmetros considerados fosse devido à metodologia de CCD, realizou-se algumas cromatografias em triplicata, obtendo-se grande homogeneidade entre as réplicas. Muito embora não tenha sido possível estabelecer um perfil definido como fruto de degradação, foi possível detectar a sobreposição potencial de constituintes da SE, gerando manchas diferentes nos cromatogramas quanto ao Rf e à cor ao longo do tempo. A mancha registrada inicialmente em Rf 0,26 e coloração cinza após revelação com anisaldeído sulfúrico não foi mais observada a partir da metade do período de monitoramento, quando passou-se a observar mancha de mesmo Rf e coloração amarelada. O resultado obtido permite concluir que a SE70% de folhas de O. basilicum apresentam sinais de decomposição química em período inferior a 30 dias. Visando aprofundar o estudo da estabilidade de preparações da espécie propõe-se a busca de marcadores químicos específicos e a otimização de um sistema por CLAE para avaliar a estabilidade. Adicionalmente, é necessário estabelecer a relação entre a estabilidade química da SE e sua atividade ansiolítica, determinada em trabalhos anteriores.

Apoio / Parcerias: Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais “Prof. Ricardo Alessandro Vieira” NUPRAV

Avaliação da resistência de união de cimentos resinosos auto-adesivos à dentina

  • AMANDA GRAZIELA ZATTAR RENZETTI, Graduando, amandarenzetti@gmail.com
  • Luiz Carlos Machado Miguel, Dr(a), lcmmiguel@gmail.com
  • Rubens Nazareno Garcia, Dr(a), rubens.garcia@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: dentina, cimentos resinosos , resistência de união

A introdução no mercado odontológico dos cimentos resinosos auto-adesivos, que são utilizados para cimentação protética e aplicados em somente um passo clínico, proporciona aos Cirurgiões-Dentistas o uso de produtos com técnica menos sensível e fácil manipulação. Entretanto, existe alguma preocupação no que diz respeito a uma confiável e efetiva união à estrutura dental, em particular quando envolve o substrato dentinário. O objetivo desse estudo é avaliar a resistência de união à microtração em dentina humana tratada com cimentos resinosos auto-adesivos. Vinte e oito terceiros molares humanos recém-extraídos e armazenados em água destilada foram preparados usando um disco diamantado acoplado à máquina de corte Isomet, até a obtenção de superfícies planas de dentina oclusal média; que foram aleatoriamente divididos em quatro grupos (n=7). O cimento resinoso convencional RelyX ARC/3M Espe (grupo 1), e três cimentos resinosos auto-adesivos – RelyX U100/3M Espe (grupo 2), seT/SDI (grupo 3) e maxcem/Kerr (grupo 4) foram aplicados segundo as recomendações dos fabricantes, e unidos aos blocos do compósito odontológico Tetric Ceram/Ivoclar Vivadent, que foram jateados com óxido de alumínio previamente aos procedimentos adesivos. As amostras foram armazenadas em água destilada a 37±2ºC por uma semana. Decorrido esse período, as amostras foram seccionadas com disco diamantado e pontas diamantadas até a obtenção de corpos-de-prova no formato de ampulhetas para o ensaio de resistência de união à microtração, a uma velocidade de 1,0 mm/min até o rompimento da união. Os dados de resistência de união foram calculados e expressos em MPa, e os resultados foram estatisticamente analisados pela Análise de Variância (ANOVA) e teste de Tukey (p<0,05). Os resultados obtidos foram, em MPa (DP), grupo 1: 14,68 (5,65); grupo 2: 7,47 (2,31); grupo 3: 5,57 (2,08); e grupo 4: 4,73 (1,42). O teste de Tukey mostrou diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, sendo que o grupo 1 apresentou a maior média de resistência de união, e os grupos 3 e 4 as menores médias de resistência de união, porém sem diferença estatística significativa entre si. O cimento resinoso convencional RelyX ARC apresentou maior média de resistência de união comparado com os demais cimentos resinosos auto-adesivos de última geração pesquisados.

Apoio / Parcerias: Dental Clinic 1 - Friedrich-Alexander-Universität Erlangen-Nürnberg

Avaliação das condições de preparo de microesferas para encapsulação da Loratadina

  • LETICIA NEHLS, Graduando, leticia.nehls@univille.net
  • Melissa Zétola , MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Bianca R. Pezzini , MSc, pezzinibia@hotmail.com
  • Iára Cristina Schmücker , Graduando, iara.ics@gmail.com
  • Sacha Kaline Schucko, Graduando, sacha.kaline@gmail.com
  • Giovana Carolina Bazzo, MSc, gbazzo@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: loratadina, microesferas, liberação

A loratadina é um antagonista dos receptores de histamina H1 de segunda geração utilizada para o alívio dos sintomas de doenças alérgicas, incluindo a rinite e a urticária crônica. O objetivo do presente trabalho foi avaliar as condições de preparo de microesferas constituídas de um polimetacrilato (Eudragit®E) e do biopolímero poli(3-hidroxibutirato) para encapsulação da loratadina e avaliar a liberação do fármaco a partir desses sistemas. As microesferas foram obtidas através do método de emulsão e evaporação do solvente O/A. Os polímeros e o fármaco foram solubilizados em diclorometano e esta solução foi vertida sobre a fase externa, constituída por água destilada contendo poli(vinil álcool). Manteve-se o sistema sob agitação por 24 h e, após a evaporação do solvente orgânico, as micropartículas foram lavadas, decantadas e secas à temperatura ambiente. Após a otimização das condições do processo foram obtidas duas formulações variando-se a proporção entre os polímeros e o fármaco presente nas micropartículas (60/40 e 70/30 m/m). A determinação do teor de loratadina nas microesferas foi realizada através de espectrofotometria de absorção na região do ultravioleta, indicando que altos valores de eficiência de encapsulação do fármaco foram obtidos em ambas as formulações. No ensaio de dissolução in vitro empregou-se o aparato I da Farmacopéia Americana, HCl 0,1N como meio de dissolução, mantido a 37 ºC e agitação de 100 rpm. Em intervalos regulares durante o período de 1h alíquotas do meio de dissolução foram coletadas e a quantidade de loratadina dissolvida foi determinada através de espectrofotometria de absorção no UV. A liberação foi rápida a partir das duas formulações, com 100% do fármaco dissolvido em 20 minutos de ensaio.

Avaliação de diferentes formas de armazenamento de dentes humanos extraídos na resistência ao cisalhamento de procedimentos adesivos em dentina

  • ANA PAULA JACOB, Graduando, ana.jacob@univille.net
  • RUBENS NAZARENO GARCIA, Dr(a), rubens.garcia@univille.net
  • LUCIANO MADEIRA, MSc, madeiraluciano@ig.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Banco de dentes humanos, armazenamento, adesão

Na odontologia elementos dentais extraídos são utilizados no ensino pré-clinico e/ou pesquisas cientificas. O banco de dentes humanos tem a função de promover o armazenamento e a desinfecção de maneira adequada para posterior utilização por alunos e professores. A literatura é divergente quanto aos efeitos das soluções de armazenamento sobre as propriedades do esmalte e dentina, assim, o objetivo deste estudo é a avaliação do efeito de diferentes formas de armazenamento na força de adesão à dentina de dentes extraídos. Para isso serão utilizados 16 terceiros molares hígidos, recém extraídos, provenientes do próprio banco de dentes após consentimento livre e esclarecido do paciente, que serão armazenados, por no máximo 30 dias, em três soluções distintas (congelamento em água destilada, água destilada e hipoclorito de sódio 2,5% em temperatura de geladeira). As amostras sofrerão a ação de lixas de carbeto de silício #600 para criar lama dentinária, condicionamento ácido, sistema adesivo convencional de dois passos clínicos, e aplicação da resina composta de acordo com as instruções dos fabricantes. Estes corpos-de-prova serão fixados em cada amostra dental e armazenados em água destilada 37°C por 24 horas. Decorrido este período, os corpos-de-prova serão unidos ao dispositivo de teste com cola de cianoacrilato gel e testados em uma máquina universal de ensaios (EMIC DL 500). O carregamento de cisalhamento será aplicado na base dos cilindros com um fio de aço (0,2mm de diâmetro) à velocidade de 0,5mm/min até o rompimento da união. Os resultados não foram obtidos ainda devido o atraso na elaboração dos dispositivos de fixação na máquina de testes sendo que o ensaio mecânico será realizado nos próximos meses.

Avaliação de metodologia espectrofotométrica para doseamento de flavonóides em folhas de folhas de Ocimum basilicum L. (Lamiaceae)

  • RENATO AUGUSTO SIGOLI RISI, Graduando, renato.augusto@univille.net
  • Aline Teixeira de Macedo, Graduando, likkateixeira@hotmail.com
  • Jonas Fugazza, Graduando, jonasfugazza@hotmail.com
  • Layzon Antonio Lemos da Silva, Graduando, layzonmano@hotmail.com
  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ocimum basilicum, Flavonóides, Doseamento

Ocimum basilicum, conhecido popularmente como manjericão é utilizado na medicina popular no tratamento de tosse, dispepsia e como ansiolítico. Estudos fitoquímicos identificaram entre os seus principais constituintes os flavonóides. O objetivo foi avaliar as metodologias espectrofotométricas UV/VIS descritas nas Farmacopéias Helvética (FH) e Francesa (FF) para a quantificação do teor de flavonóides totais (TFT) em folhas secas de O. basilicum. Definiram-se como variáveis a massa de droga: 0,3 g (M1) e 1,5g (M2); temperatura: 40 oC (BM) e 80 oC (MT); e metodologia: FH e FF. Na FF, a massa de droga foi extraída com etanol 60% (m/v) e complexada com AlCl3 2%. A absorvância foi medida em 427 nm contra a solução controle (SC). No método da FH realizou-se a extração e hidrólise com hexametilenotetramina 0,5%, ácido clorídrico e acetona, partição com acetato de etila e água e a complexação com AlCl3 2%. A absorvância da solução amostra (SA) foi medida em 430 nm contra SC. Os procedimentos foram feitos em triplicata. O TFT foi calculado pela equação da reta em função da rutina obtida pela curva de calibração elaborada para cada metodologia. Os resultados foram resumidos a seguir: M1 FF BM 0,016±0,0021 mg/mL (CV=13,01%); M1 FF MT 0,031±0,0017 mg/mL (CV=5,58%); M2 FF BM 0,048±0,0025 mg/mL (CV=5,24%); M2 FF MT 0,052±0,0035 mg/mL (CV=6,75%); M1 FH BM 0,028±0,0015 mg/mL (CV=5,45%); M1 FH MT 0,02±0,0015 mg/mL (CV=7,64%); M2 FH BM 0,024±0,0057 mg/mL (CV=23,20%); M2 FH MT 0,045±0,011 mg/mL (CV=25,24%). Conforme os resultados, a massa apresentou maior influência quando a metodologia FF foi empregada, independente da temperatura; doseamentos realizados com 1,5 g de droga obtiveram níveis significativamente maiores de TFT. Quando o nível superior de temperatura foi empregado, a massa de 1,5 g proporcionou maiores níveis de TFT, independente da metodologia. Concluiu-se que na metodologia da FF, deve-se empregar 1,5 g de droga e temperatura menor. Enquanto que para a FH, os maiores níveis de TFT são obtidos com massa e temperatura superiores. A metodologia adaptada da FF, otimizada nos termos descritos anteriormente, mostrou-se mais adequada para o doseamento de TFT em folhas de O. basilicum, considerando-se a obtenção de maiores níveis de TFT e a simplicidade da metodologia em relação a FH.

Apoio / Parcerias: Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais - NUPRAV

Avaliação do efeito anti-hipertensivo da administração de péletes revestidos com dispersões sólidas de felodipino em ratos

  • VANESSA CRISTINE KOBS, Graduando, vanessa.kobs@univille.net
  • Camila Lunardi, Graduando, camila.lunardi@univille.net
  • Izabel Cristina Celeski, Graduando, bel_celeski@yahoo.com.br
  • Humberto Gomes Ferraz, Dr(a), humberto.ferraz@usp.br
  • Maria Consuelo Andrade Marques, Dr(a), mconsu@ufpr.br
  • Eduardo Manoel Pereira, MSc, eduardo_pereira@yahoo.com.br
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), bianca.ramos@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Dispersões sólidas, Péletes, Felodipino

A hipertensão arterial, bem como as doenças cardiovasculares associadas, tem alta incidência na população, tornando-se evidente a importância da realização de estudos farmacodinâmicos e farmacocinéticos de compostos anti-hipertensivos. Dentre os representantes desta classe o felodipino, um bloqueador dos canais de cálcio, se destaca pela elevada seletividade vascular e ação em diferentes alterações cardíacas. Entretanto, apresenta a baixa solubilidade como limitação farmacocinética, resultando em reduzida biodisponibilidade. Isso pode ser contornado com a utilização de sistemas alternativos de liberação, capazes de elevar a biodisponibilidade do composto, por meio do aumento da dissolução. Dessa forma este estudo teve por objetivo avaliar a eficácia anti-hipertensiva in vivo de péletes inertes revestidos com felodipino e carreadores hidrofílicos. Foram utilizados três grupos de ratos machos da espécie Rattus norvegicus, linhagem Wistar. Cada grupo (n = 6) foi tratado, respectivamente, com veículo (carbocimetilcelulose, 0,1 mL/Kg, v.o.), felodipino na forma de suspensão em carboximetilcelulose (30 mg/Kg, v.o.) ou péletes de felodipino (30 mg/kg, v.o.). Uma hora após o tratamento, os animais foram anestesiados com xilazina e cetamina (2 mg/kg e 10 mg/Kg, respectivamente, via i.p.) e iniciou-se o procedimento cirúrgico de canulação da artéria carótida, que foi conectada a um transdutor computadorizado, permitindo a mensuração contínua da pressão arterial, por um período de duas horas. Os grupos que receberam veículo, suspensão oral de felodipino e péletes, apresentaram, respectivamente, os valores de 105,0 ± 1,8; 75,4 ± 2,1 e 61,7± 1,8 mmHg (média ± desvio padrão) para a pressão arterial aferida. A redução significativa da pressão arterial com a suspensão de felodipino evidencia sua ação anti-hipertensiva. Contudo, essa modulação foi significativamente maior quando o fármaco foi administrado na forma de péletes, o que sugere um aumento de sua biodisponibilidade, possivelmente decorrente da característica amorfa em que o fármaco se encontra nas dispersões sólidas.

Apoio / Parcerias: Parceria: Prof. Dr. Humberto Gomes Ferraz. Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo. Apoio: Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (FAPESC); Fundação de Apoio à Pesquisa da UNIVILLE (FAP UNIVILLE).

Avaliação do estado físico do felodipino incorporado em microesferas de eudragit e e blendas de eudragit e/poli(3-hidroxibutirato)

  • MAURA LINE DE TOFFOL BOCH, Graduando, mauraboch@gmail.com
  • Daniela Benetti Caetano, Graduando, danicaetanooo@gmail.com
  • Giovana Carolina Bazzo, Graduando, gbazzo@uol.com.br
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: microesferas, solubilidade, felodipino

O felodipino é um fármaco cristalino que apresenta baixa solubilidade em meio aquoso. Fármacos pouco solúveis ou insolúveis em água apresentam limitações em sua utilização, principalmente devido ao grande potencial para baixa biodisponibilidade que apresentam, deixando o fármaco pouco disponível na corrente sanguínea para exercer seu efeito. Sendo assim, propôs-se, neste estudo, a conversão do felodipino da forma cristalina para a forma amorfa, através da sua incorporação em micropartículas poliméricas, uma vez que as formas amorfas são mais solúveis do que as cristalinas, possuindo maior velocidade de dissolução. O método de emulsão e evaporação do solvente foi utilizado para a obtenção das microesferas, onde 0,2g de felodipino e 0,5g de Eudragit® E (Eud) ou 0,375g de Eudragit® E e 0,125g de poli(3-hidroxibutirato) (PHB) foram adicionados em 10 mL de diclorometano e posteriormente emulsificados em 200 mL de uma solução aquosa contendo 0,15% de PVA, sob agitação, até a total evaporação do solvente orgânico. As microesferas foram lavadas com água destilada, decantadas e secas à temperatura ambiente. Para a determinação do teor de felodipino nas micropartículas foi utilizado o método de espectrofotometria de absorção na região do ultravioleta, sendo os valores de eficiência de encapsulação do fármaco iguais a 82,6% e 103,9% para as microesferas preparadas com Eud e Eud/PHB, respectivamente. Através das micrografias das micropartículas obtidas por microscopia eletrônica de varredura não foram observados cristais de felodipino aderidos à matriz polimérica. Quando foi utilizado apenas Eudragit E, micropartículas irregulares e com um tamanho médio em torno de 120 µm foram obtidas. Por outro lado, a utilização de uma blenda de Eud/PHB conduziu à obtenção de partículas esféricas, menores e com superfície externa rugosa e porosa. O estado físico do felodipino nas micropartículas foi avaliado utilizando um difratômetro de raios-X Shimadzu XRD-6000. Através deste ensaio não foi evidenciada a presença de felodipino na forma cristalina quando incorporado às micropartículas, pois não foram observados picos característicos do fármaco cristalino nos difratogramas das micropartículas. Os resultados obtidos indicam que foi possível a conversão do felodipino para a forma amorfa através da sua incorporação nas micropartículas de Eudragit E e Eudragit E/PHB, sugerindo um aumento da sua solubilidade.

Avaliação do índice CPOD (cariados, perdidos e obturados por dente) dos pacientes em hemodiálise comparados como levantamento SB 2000.

  • FABIOLA ROBERTA PIZZOLATTI, Graduando, fabbypizzo@hotmail.com
  • Luiz Carlos Miguel, Dr(a), lcmmiguel@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Hemodiálisados, Cpo-d, cárie

No controle de qualquer quadro de infecção que possa prejudicar os pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica (IRC) o atendimento odontológico é um dos requisitos indispensáveis e torna-se cada vez mais necessário para manter esta integralidade da saúde destes indivíduos.O paciente com insuficiência renal crônica, no seu dia a dia, deve limitar na alimentação a ingestão de proteínas dando preferência para os carboidratos, normalmente bolos e doces. Este fato possui uma implicação direta na saúde odontológica, uma vez que esta dieta é basicamente causadora de problemas orais, como cáries e doenças gengivais, pela formação de ácidos e outros sub produtos. No entanto o pH da saliva destes pacientes esta diretamente correlacionado com a concentração de uréia e encontra-se significantemente mais alcalino nos pacientes com IRC do que nos pacientes sem este tipo de transtorno de saúde. Para os pacientes com IRC espera-se que este pH mínimo não atinja níveis cariogênicos para o esmalte dental. No entanto para as superfícies radiculares o pH cariogênico é de 6,4 , o que pode causar extensas áreas de destruição radiculares levando ao comprometimento de toda estrutura dental.O Ministério da Saúde realizou no ano de 2000 levantamento das condições de saúde bucal da População brasileira. Dentre os vários índices faziam parte o CPOD (número de dentes Cariados, Perdidos e Obturados por dente). Para fins de coleta de dados foi estabelecidas duas faixas etárias com correspondência nos pacientes com IRC para fins de pesquisa, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos da região sul do Brasil. Para a faixa etária de 35 a 44 anos o CPOD foi de 20,61 e para faixa etária de 65 a 74 anos o CPOD foi de 27,33.A avaliação de cárie de raiz nestas faixas etárias, por conseqüência da grande perda dentária precoce, se apresenta baixa. Para faixa etária de 35 a 44 anos, 6,0 e para faixa etária de 65 a 74 anos é de 3,55. Espera-se para os pacientes portadores de IRC uma diminuição do CPOD de coroa com conseqüente aumento dos índices nas superfícies radiculares em função das alterações salivares presentes com influencia direta na variação do pH causador das dismeneralisações dentais.Este trabalho encontra-se na fase de exame dos pacientes portadores de IRC.

Apoio / Parcerias: Fundação Pró-Rim

Avaliação do nível de conhecimento das mães do Distrito do Saí (São Francisco do Sul – SC) em relação ao potencial cariogênico da sacarose nas mamadeiras de seus bebês

  • KARINE HELOUISA EBERHARDT, Graduando, karininhah86@gmail.com
  • Edward Werner Schubert, MSc, ewschubert@ig.com.br
  • Célia Maria Condeixa de França Lopes, MSc, cmcflopes@netvision.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Conhecimento, Dieta , Bebês

Este trabalho teve por objetivo avaliar o nível de conhecimento das mães do Distrito do Saí (São Francisco do Sul – SC) em relação ao potencial cariogênico da sacarose nas mamadeiras de seus bebês. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário com respostas objetivas, aplicado individualmente, sempre pelo mesmo entrevistador, sendo que as mães não tiveram acesso as alternativas dos testes. Das 11 mães que aceitaram responder o questionário 71,4% reconhecem o potencial cariogênico da sacarose sendo que 85,7% delas utilizam o açúcar porque sem este o bebê não aceita a mamadeira. A orientação para o uso do açúcar em 71,4% dos casos foi dada pela avó das crianças. Os autores concluíram que a maior parte das mães dos bebês entre 0 e 24 meses tem conhecimento sobre o potencial cariogênico da sacarose na mamadeira de seus bebês e que o uso de açúcar em mamadeiras é um hábito cultural e independe de nível de intrução das entrevistadas.

Apoio / Parcerias: Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul; Programa Sorria Vila da Glória.

Avaliação do nível de conhecimento de pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à hemodiálise sobre saúde bucal.

  • ALEXANDRA CAROLE VIEIRA DE MELLO, Graduando, alexandra-mello@hotmail.com
  • Kesly M. R. Andrades, MSc, keslyribeiro@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: avaliação, hemodiálise, saúde bucal

A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é um declínio progressivo e irreversível do número de néfrons funcionais, resultando em uma redução na filtração glomerular renal. Indivíduos com IRC requerem a filtração artificial do sangue por diálise ou necessitam realizar um transplante renal. Ambos os tratamentos produzem alterações sistêmicas com implicações específicas para a saúde bucal destes indivíduos. Os pacientes em hemodiálise apresentam uma série de acometimentos orais como xerostomia, acúmulo de cálculo dental e candidose. A saúde bucal é um aspecto importante na homeostase e bem estar geral dos indivíduos que realizam diálise. Esses pacientes deveriam exibir uma saúde bucal ideal, estabelecida anteriormente ao transplante e mantida pós-transplante. O objetivo do estudo foi avaliar o nível de conhecimento, em relação à saúde bucal, dos pacientes que apresentam insuficiência renal crônica sob tratamento dialítico na Fundação Pró Rim de Joinville. Como instrumento de pesquisa foram aplicados questionários com perguntas fechadas, referentes à caracterização sócio-econômica, acesso ao serviço odontológico e auto percepção em saúde bucal. Estes questionários foram aplicados aos pacientes que se encontram na fila para receber o transplante renal, durante a sessão de hemodiálise. Os resultados são parciais e serão apresentados em termos percentuais.

Apoio / Parcerias: Fundação Pró-Rim - Joinville

AVALIAÇÃO FÍSICA COMO ESTRATÉGIA PARA ELABORAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE TREINAMENTO PARA JOVENS NADADORES

  • ANA CLAUDIA CARDOSO, Graduando, anna_danca@yahoo.com.br
  • Patrícia Esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Avaliação Física, Acompanhamento, jovens nadadores

Introdução: A avaliação física é um instrumento preciso para medir, testar e avaliar as condições iniciais dos jovens nadadores. A partir daí é possível estruturar um programa de treinamento respeitando a individualidade biológica e o nível de condicionamento. Acredita-se que para o programa beneficiar a melhora no desempenho do nadador, ou seja, provocar a melhora do seu tempo em determinada distancia, e garantir o seu crescimento e desenvolvimento saudável é preciso monitorar as ações realizadas e isso se tornará possível na medida em que houver avaliações periódicas que poderão indicar se o trabalho está na direção desejada, de maneira que não implique em prejuízo a saúde do jovem nadador. Objetivo: Realizar avaliações físicas como suporte para elaboração e acompanhamento do treinamento de um grupo de jovens nadadores. Metodologia: Após aprovação pelo Comitê de Ética e assinatura dos Termos de Consentimento Livre Esclarecido pelos pais e ou responsáveis e realização de um Eletrocardiograma de repouso, os alunos realizaram uma bateria de testes (avaliações antropométricas, flexibilidade). Também foram realizados dois testes de esfoço máximo, o Teste de 30 min (Maglisho, 1999) e o Teste de Velocidade Crítica (Wakayoshi et al.1992) que serviram para classificá-los quanto ao seu nível de condicionamento cardiorespiratório. Os testes não apresentaram correlação entre si, mas auxiliaram na elaboração de uma planilha com dados que foram observados durante o treinamento (FC e Tempo de repetição) para garantir que o objetivo da série fosse alcançado. Para tanto foi utilizada a metodologia proposta por Karvonen et al (1957) que avalia a freqüência cardíaca alvo do treinamento aeróbico. A utilização de recursos como a Escala de Borg (Borg; Noble, 1974) e a verificação da Freqüência Cardíaca durante os treinos, foi uma medida adotada para que fosse possível controlar o nível de esforço, fazendo interferências pontuais e exigir dos alunos respeitando a individualidade. Resultados e Conclusões: A partir dos dados das avaliações foi possível elaborar um programa de treinamento. Com a utilização da planilha de avaliação, avaliamos a resposta fisiológica causada pelo treinamento, e de acordo com a “zona alvo de treinamento” prescrito pela freqüência cardíaca e a escala de Borg, foi possível fazer interferências momentâneas, que auxiliaram para melhorar o rendimento durante os treinamentos. Ao verificar que os mesmos não apresentavam controle de sua própria capacidade de trabalho, foi possível administrar e contornar a situação de modo a orientá-los quanto à importância de dominar esta variável no treinamento.

Avifauna em fragmento de Mata Atlântica no Jardim Botânico da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE – e seu entorno.

  • GISELI CRISTINA SEVEGNANI, Graduando, giselics@gmail.com
  • Fabiane Cardoso , Graduando, viverabio@hotmail.com
  • Alexandre Venson Grose, Graduando, ale.grose@hotmail.com
  • Diego Carlos Soares, Graduando, diegobattousaisoares@gmail.com
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Avifauna, biodiversidade, Mata Atlântica

As aves são consideradas bons indicadores do estado de conservação de um ambiente e contribuem com a manutenção do equilíbrio ecológico. Joinville está entre os três municípios do estado com maior diversidade avifaunística associada à Mata Atlântica. Este trabalho tem por objetivo identificar as espécies de aves que ocorrem na área do Jardim Botânico da Univille e entorno. A área de estudo possui aproximadamente 130.000 m², sendo que 19.160 m² correspondem à área do Jardim Botânico. A partir de visitas semanais, foram realizados transectos e pontos fixos de observação. Com o auxilio de um binóculo Bushnell (10x50), gravador digital e guias de identificação, foi feito o registro das espécies a partir de visualização e/ou vocalização. Redes de neblina foram utilizadas como método complementar. As visitas iniciaram no começo da manhã e se estenderam por 4 horas/dia. Foram realizadas até o momento 24 visitas, totalizando 96 horas de observação. Foram identificadas, 58 espécies de aves, pertencentes a 29 famílias e 11 ordens. A ordem Passeriforme correspondeu a 67,24% do total de espécies, sendo que a família mais representativa foi a Thraupidae com 8 espécies, seguida de Emberizidae (5) , Furnariidae (4) e Picidae (4). Como o local é reduzido e cortado por diversas trilhas, a vegetação fica exposta às condições do ambiente antropizado que circunda a floresta, o que dificulta a sua regeneração natural e seleciona os animais que se beneficiam com o local. Estas características justificam o fato de a maioria das espécies listadas serem consideradas típicas de borda de floresta. Dentre os registros, descata-se a presença do pixoxó (Sporophila frontalis), que consta na categoria VU – “Vulnerável” na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção do IBAMA, e ainda, choquinha-cinzenta (Mymotherula unicolor), que consta na categoria EN – “Em perigo” no estado do Rio Grande do Sul, e NT – “Quase ameaçada” na lista da IUCN. A conectividade da área com outros fragmentos pode representar ainda um acréscimo significativo na diversidade. Os resultados devem gerar subsídios para o manejo adequado do Jardim Botânico da UNIVILLE, e contribuir com informações para as práticas de educação ambiental que já acontecem na trilha ecológica do local.

CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE DE AVES DA PRAIA DO FORTE, SÃO FRANCISCO DO SUL, SANTA CATARINA.

  • LUCIANA CLARO FRANCO CHISTE SILVA, Graduando, ayanna.hareon@yahoo.com.br
  • MARTA JUSSARA CREMER, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Avifauna, Praia do forte, Diversidade

O litoral brasileiro abriga uma importante diversidade de espécies de aves marinhas e costeiras. A comunidade de aves desempenha importante papel ecológico no controle populacional de invertebrados marinhos e peixes, bem como no fluxo de energia do ecossistema, além de serem bioindicadoras. O objetivo do presente estudo foi caracterizar a avifauna da Praia do Forte (26,17046° – 48,54221°). A praia está localizada junto ao canal de acesso do complexo estuarino da baía da Babitonga, no município de São Francisco do Sul – Santa Catarina. A área se caracteriza pela presença de 4 micro-habitas: banhado, bosque de mangue, praia subtropical e planície de maré. Nestes ambientes podem ser encontrados diferentes grupos avifaunísticos, incluindo espécies marinhas, costeiras, aquáticas e florestais. Foram realizadas amostragens semanais no período de abril a agosto de 2008. Para registro das espécies foram utilizados binóculos de marca Bushnell (7x35) e guias de identificação especializados. A área de estudo foi dividida em 4 transecções, visando abranger sua totalidade. Até o momento foram realizados 21 censos. Foram registradas 37 espécies, incluídas em 30 gêneros e 20 famílias. As espécies mais abundantes foram: Larus dominicanus (40,6%) e Sula leucogaster (13,9%). Ambas as espécies apresentam ninhais nas proximidades da área (Arquipélago de Tamboretes), sendo muito comum o registro de grandes grupos deslocando-se para o interior do estuário, provavelmente a procura de alimento. Outras espécies ocorrentes, porém menos abundantes, foram: Rynchops niger (5,3%), Vanellus chilensis (5,2%), Coragyps atratus (4,8%), Egretta thula (4%), Charadrius semipalmatus (3,6%), Fregata magnificens (3,4%), Catartes aura (2,9%), Egretta alba (1,9%), Charadrius collaris (1,9%), Crotophaga ani (1,3%), Tringa flavipes (1,2%), Pitangus sulfuratus (1,2%) e Haemantopus palliatus (1,1%). As outras 21 espécies corresponderam a 8,4% dos indivíduos avistados, sendo elas: Sterna maxima, Actitis macularis, Phalacrocorax brasilianus, Chloroceryle americana, Jacana jacana, Ramphocelus bresilius, Buteogallus urubitinga, Colaptes campestris, Sterna hirundinacea, Ceryle torquata, Machetornis rixosus, Polyborus plancus, Chloroceryle amazona, Sterna eurygnatha, Egretta caerulea, Calidris Alba, Mivalgo chimachima, Butorides striatus, Mivalgo chimango e Speotyto cunicularia. Estas espécies foram menos abundantes devido a seu comportamento solitário ou por formarem bandos pequenos. Destaca-se o registro de 4 espécies migratórias neárticas: C. semipalmatus, A. macularis, T. flavipes e C. alba. São escassos os estudos sobre a comunidade avifaunística de ambientes de praia na região, o que ressalta a importância da continuação deste estudo.

Apoio / Parcerias: FAP - Fundo de Apoio a Pesquisa

Caracterização de assobios emitidos por Tursiops truncatus (Cetacea: Delphinidae) no canal de Laguna, SC.

  • STHEFANIE CAROLINE MEDEIROS, Graduando, tefi.meds@gmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), marta.cremer@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Assobios, Tursiops truncatus, Repertório sonoro

Em razão de seu hábito costeiro e ampla distribuição geográfica, o maior número de pesquisas publicadas a respeito da bioacústica de pequenos cetáceos é referente à Tursiops truncatus. Porém, são precárias as informações sobre o repertório sonoro desta espécie no Oceano Atlântico Sul Ocidental. Este trabalho tem como objetivo analisar as características dos assobios produzidos por Tursiops truncatus na região de Laguna, Santa Catarina. Nesta área é comum a ocorrência de interações positivas entre pescadores e golfinhos na pesca da tainha. A obtenção dos registros sonoros foi realizada em maio de 2008. O sistema de aquisição do som foi composto por um hidrofone e um gravador digital permitindo o registro de sons até uma freqüência máxima de 96 kHz. As gravações foram feitas a partir da margem da praia da Tesoura, onde a interação entre os golfinhos e os pescadores é mais intensa. Foram obtidos 58,68 minutos de gravação. Em laboratório, os registros foram analisados através dos recursos do programa Avisoft – SAS Lab 4.1. Para análise dos assobios foram gerados sonogramas, a partir dos quais estes foram caracterizados quanto ao tipo e mensurados quanto à freqüência inicial, freqüência final, freqüência mínima, freqüência máxima, número de pontos de inflexão, freqüência dos pontos de inflexão, duração e presença de harmônicos. Foram analisados 144 assobios; 71 assobios foram excluídos por não possuírem contornos espectrais visivelmente claros. A taxa de emissão foi de 3,66 assobios/minuto. Trinta assobios foram caracterizados como ascendente simples, 42 como descendente simples, 21 como modulados com 1 ponto de inflexão (7 côncavos; 14 convexos), 5 como modulados com 2 pontos de inflexão, 5 como modulados com 3 pontos de inflexão, 1 como modulado com 5 pontos de inflexão e 40 como regulares. A freqüência dos assobios variou de 3,1 a 19,5 kHz, mantendo-se semelhante ao já registrado em outros trabalhos. É importante a continuação deste trabalho na região de Laguna para obter uma caracterização dos assobios, os quais produzem uma variedade e abundância de sons que refletem sua importância ecológica e social.

Apoio / Parcerias: FAP - Fundo de Apoio a Pesquisa

Características das anormalidades cardiocirculatórias em recém-nascidos de risco em uma unidade neonatal terciária em joinville.

  • LUIZ FERNANDO NEGRÃO CUNHA, Graduando, luizfernandonc@hotmail.com
  • Geovanna Cristina Teodorovitz Roeder, Graduando, geovannactr@gmail.com
  • Marco Antonio Moura Reis, Dr(a), mmoura@infomedica.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: recém-nascidos, cardiopatias, disturbios cardiocirculatórios

As adaptações funcionais na transição da vida fetal para extra-uterina do ser humano são fundamentais à sobrevivência. Entre elas, as associadas ao sistema cardiovascular são consideradas mais críticas, ante a sua complexidade e amplas possibilidades de falhas. OBJETIVOS: Identificar e caracterizar as principais anormalidades cardiocirculatórias significativas ocorridas na primeira semana de vida dos recém-nascidos de alto risco em uma unidade neonatal pública em Joinville (SC). METODOLOGIA: Trata-se de estudo longitudinal observacional dos recém-nascidos atendidos em um período de um ano no Setor de Alto Risco Neonatal da Maternidade Darcy Vargas, o maior centro de referência perinatal do Estado de Santa Catarina. Após a prévia aprovação do projeto pela comissão de ética em pesquisa da instituição, os registros clínicos das crianças admitidas foram sistematicamente observados nos primeiros 7 dias após o nascimento em busca de sinais de ocorrência de anormalidades cardiocirculatórias identificadas pela equipe médica, as quais tivessem sido associadas com a necessidade de abordagem diagnóstica ou terapêutica específica. Os dados das características maternas, familiares e neonatais de cada caso foram transcritos para formulário computacional e analisados através de estatística descritiva. Por ser um estudo com coleta em curso, os resultados descritos têm caráter preliminar. RESULTADOS: Durante o período de 01/06 e 08/09/08, foi realizado o atendimento a 1629 recém-nascidos vivos na Maternidade Darcy Vargas, 128 (7,9%) dos quais necessitaram ser admitidos no Setor de Alto Risco Neonatal e foram observados neste estudo. Quarenta e quatro crianças apresentaram anormalidade cardiocirculatória necessitando cuidados específicos, sendo 29 do sexo masculino, 34 da raça branca, e 32 prematuros. A idade média das mães foi de 27,6 ± 7,0 anos, sendo a maior parte delas procedente de Joinville. As manifestações de anormalidade cardiocirculatória mais comuns incluíram os sinais de baixo débito cardíaco (86,0%), sopros cardíacos (25,6%) e cianose (11,9%). 86,4% das anormalidades manifestaram-se nos dois primeiros dias de vida. Cerca de metade dos casos foram avaliados por cardiologista. 87,5% destas avaliações confirmaram a hipótese de anormalidade cardiocirculatória. As medidas terapêuticas mais comuns foram o uso de inotrópicos, como a dopamina (76,7%) e dobutamina (37,2%), e o uso de expansão volumétrica (72,1%). Oito recém-natos evoluíram com óbito no período analisado. CONCLUSÃO: As anormalidades cardiocirculatórias da primeira semana de vida são mais freqüentemente observadas em prematuros, com pico de ocorrência nos dois primeiros dias de vida. Faz-se necessário concluir o estudo para a garantir adequada amostra para a discussão da relevância dos achados para fins assistenciais.

Desenvolvimento e padronização da técnica Multiplex-PCR para a detecção das espécies microbianas de maior incidência associadas à sepse em Unidades de Terapia Intensiva de Joinville

  • BRUNA BARBOSA HACKBARTH, Graduando, bruna.barbosa@hotmail.com
  • Leslie Ecker Ferreira, E, leslief@pop.com.br
  • Mauro de Souza Leite Pinho, Dr(a), mpinho.joi@terra.com.br
  • Anderson Ricardo Roman Gonçalves, Dr(a), roman@netvision.com.br
  • Karilene Dalposso, Graduando, ka_dalposso@hotmail.com
  • Glauco Adrieno Westphal, Dr(a), glauco.w@brturbo.com.br
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), phfranca@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Sepse, Multiplex PCR, Diagnóstico molecular

A sepse é uma infecção generalizada associada a elevados índices de mortalidade em todo o mundo. O diagnóstico tardio e a terapia imprecisa à base de antibióticos são fatores que contribuem para a sua gravidade. Nas Unidades de Terapia Intensiva de Joinville, os agentes mais freqüentemente associados à sepse são Acinetobacter baumannii, Candida spp., Enterobacter spp., Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. A hemocultura seguida da realização de provas bioquímicas são os exames rotineiramente utilizados para identificação desses agentes. Testes moleculares, geralmente mais rápidos e precisos, podem constituir uma metodologia alternativa, aumentando a possibilidade de intervenção clínica e terapêutica de sucesso. O método em desenvolvimento baseia-se na técnica Multiplex-PCR (Polymerase Chain Reaction de formato múltiplo), que visa a amplificar segmentos específicos de genomas diversos numa única reação, possibilitando a detecção simultânea dos microrganismos investigados. Neste sentido, com a aplicação da bioinformática, foram planejados oligonucleotídeos (primers) capazes de reconhecer seqüências de DNA espécies-específicas codificantes para as frações 23S (bactérias) e 18S (fungos) do RNA ribossomal. Cada par de primers foi testado em diferentes condições de reação e ciclagem térmica (LGC XP Cycler), seguido de realização de eletroforese submersa (100V) em gel de agarose a 1%. A confirmação da identificação do(s) agente(s) foi realizada correlacionando-se com o tamanho planejado para cada amplicon e emprego de cepas padrão (Fundação André Tosello / UNICAMP). Atualmente, as condições ótimas para detecção de Candida spp., Enterobacter spp., E. coli, P. aeruginosa e S. aureus via PCR encontram-se definidas. Testes de especificidade do método já foram conduzidos para S. aureus e E. coli.

Apoio / Parcerias: CNPq - Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico; FAP - Fundo de Apoio a Pesquisa/UNIVILLE; FAPESC - Chamada Pública 003/2006

Determinação da toxidez do bioinseticida Bti produzido por processos fermentativos FS e FES e submetidos às operações de acabamento de secagem e de cominuição

  • TÁSSIA KARINA WALTER, Graduando, tassia.walter@univille.net
  • Millena da Silva, MSc, millena.silva@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: bioinseticida, bioensaio, Bacillus thuringiensis

Desde a década de 50 têm sido utilizados inseticidas organoclorados, como o DDT, bem como, organofosforados e carbamatos, em programas de controle de mosquitos. O uso contínuo destes compostos além de poder causar ao homem sérias doenças e desordens na saúde, incluindo câncer, danos ao sistema nervoso, sistema reprodutivo e outros órgãos, pode conduzir ao surgimento de insetos resistentes ao produto. Com o objetivo de minimizar estes impactos, foram introduzidos nos últimos anos larvicidas biológicos e ecologicamente corretos à base de Bacillus thuringiensis entre os quais a variedade israelensis (Bti). Este microrganismo atinge formas imaturas dos insetos-alvo exterminando-os completamente antes mesmo de atingir a vida adulta. O bioinseticida Bti, por ser seletivo às larvas de mosquitos e inócuo a vertebrados e outros invertebrados. A Organização Mundial da Saúde tem recomendado tanto o uso desse produto no controle biológico de mosquitos vetores de doenças como também a sua produção na própria área afetada pela praga. A busca de alternativas deste tipo de produção requer alguns cuidados especiais, tais como a seleção dos nutrientes, o estabelecimento das condições operacionais ideais para o cultivo do microrganismo e a definição das operações de acabamento. A eficiência desse produto no controle biológico é normalmente determinada através de ensaios laboratoriais com larvas do inseto-alvo, denominados bioensaios. A Univille vem estabelecendo essas condições de produção e de acabamento para a obtenção do bioinseticida Bti, visando o controle de Similudium pertinax, popularmente conhecido na região como borrachudo. O objetivo deste trabalho foi avaliar os diferentes tipos de produtos obtidos pelos processos fermentativos submerso (FS) ou em estado sólido (FES), com o uso dos processos de secagem para FS e de secagem e cominuição, ou vice-versa, para FES. Os bioensaios foram realizados a 22 ± 2°C com fotoperíodos de 12h por dia empregando larvas do mosquito-alvo e metodologia descrita por DRAFT (1999). Os testes foram realizados com cinco diferentes concentrações de cada um dos produtos, com três repetições e em dias diferentes. Os testes realizados até o momento indicaram que produto obtido por FS, porém sem acabamento, apresentou DL50 de 4 mg/L. O produto de FES com secagem a 60 °C seguido de cominuição em liquidificador durante 5 minutos, apresentou DL50 de 0,52g/L. No momento estão sendo realizados os bioensaios com os demais produtos.

Diagnóstico clínico de candidose oral em pacientes hemodialisados

  • GUSTAVO SIEDSCHLAG, Graduando, odontosied@yahoo.com.br
  • Lúcia Fátima de Castro Ávila, Dr(a), lfcavila@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Diagnóstico, candidose, hemodialise

Atualmente, as infecções fúngicas têm sido consideradas doenças de importância crescente. O aumento alarmante da frequência destas infecções é relacionado principalmente ao uso de drogas antimicrobianas de largo espectro, corticosteróides, agentes anti-tumorais, contraceptivos orais e aumento na incidência de pacientes imunodeprimidos e em tratamento de hemodiálise. Estas infecções comportam-se como comorbidades, podendo agravar as doenças de base dos pacientes, e dentre elas, destaca-se a candidose oral cujo principal agente etiológico é a Candida albicans. O objetivo deste estudo foi avaliar clinicamente a presença de lesões bucais compatíveis com candidose oral em pacientes hemodialisados no Instituto Pró-Rim e Hospital Regional na cidade de Joinville - SC. Realizou-se o exame clínico através de anamnese em ficha padronizada e exame físico pela inspeção da cavidade bucal utilizando fonte de luz artificial. O diagnóstico de candidose foi determinado pelo reconhecimento de lesões bucais seguindo a classificação proposta por Lehner (1967). Serão apresentados resultados parciais.

Apoio / Parcerias: Instituto Pró-Rim; Hospital Regional

EFEITO DO TREINAMENTO AERÓBICO NA VELOCIDADE MÁXIMA DE CORRIDA EM RATOS

  • PAULO ROBERTO JANNIG, Graduando, paulojannig@gmail.com
  • Luiz Carlos S. Carvalho, Graduando, lcacarvalho@hotmail.com
  • Carlos Eduardo Miers Gruhl, Graduando, carlosmia@gmail.com
  • Milton Pereira Corrêa Neto, MSc, mcorrea.joi@terra.com.br
  • Anderson Ricardo Roman Gonçalves, Dr(a), x@x.com.br
  • Carla Werlang Coelho, MSc, carla@joinville.udesc.br
  • Glauco Adrieno Westphal, Dr(a), glauco.w@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Trofismo Muscular, Sepse, Protocolo de Esteira para ratos

Introdução: A melhora do trofismo muscular através do treinamento aeróbico pode proporcionar maior retenção de glicogênio muscular, discreto aumento da área de secção transversa do músculo e maior população mitocondrial, aprimorando o desempenho muscular. A literatura traz diferentes protocolos para avaliar esta variável, sendo o de velocidade máxima (Vmáx) na esteira ergométrica um dos mais viáveis. Objetivo: Analisar o efeito do treinamento aeróbico na velocidade máxima de corrida em ratos. Metodologia: A amostra foi composta por 24 ratos fêmeas, tipo Wistar, (10 semanas de idade, peso de 213,2±16,5 g). Os ratos foram submetidos a cinco semanas de treinamento, realizado com frequência de cinco dias/semana. A primeira semana foi destinada à adaptação dos ratos a esteira rolante. Nas quatro semanas subseqüentes os ratos foram submetidos a um treinamento na esteira com intensidade de 60% da Vmáx com duração entre 30 e 40 minutos. Foi realizado teste de esforço máximo para avaliar a Vmáx dos ratos em três momentos: 1) ao final da semana de adaptação; 2) após duas semanas; e, 3) após quatro semanas de treinamento. O teste de esforço foi realizado utilizando-se estágios de 3 minutos, iniciando com velocidade de 7 m/min, sendo que a cada estágio havia um incremento de velocidade de 3 m/min. O teste de esforço foi interrompido quando o rato apresentava sinais claros de impossibilidade de manutenção da corrida. A determinação da velocidade máxima (Vmáx) de cada rato foi feita através verificação da velocidade do último estágio completado do teste de esforço. A análise estatística foi feita através de ANOVA one-way e post-hoc Tukey, sendo considerado como nível de significância um p<0,05. Resultados: A média±erro padrão da média dos valores da Vmáx na primeira avaliação foi de 16±0,6 m/min, na segunda de 21,6±0,8 m/min, e na terceira e última avaliação de 26,9±0,7. A análise estatística demonstrou haver diferenças significativas entre as avaliações (p<0,0001), sendo que cada uma das avaliações diferiram entre si significantemente (p<0,0001). Conclusão: Após cinco semanas de treinamento observam-se ganhos nos valores individuais de desempenho muscular avaliado através de velocidade máxima atingida em esteira rolante. Estes resultados proporcionam parâmetros importantes para o desenvolvimento de protocolo em esteira visando o treinamento para aumento do trofismo e desempenho muscular de ratos.

EFEITO DOS CARREADORES HIDROFÍLICOS NA LIBERAÇÃO DE FELODIPINO A PARTIR DE DISPERSÕES SÓLIDAS PREPARADAS SOBRE PÉLETES INERTES

  • CAMILA LUNARDI, Graduando, camila.lunardi@univille.net
  • IZABEL CRISTINA CELESKI, Graduando, bel_celeski@yahoo.com.br
  • VANESSA CRISTINE KOBS, Graduando, vanessa.kobs@univille.net
  • THEODORO MARCEL WAGNER, MSc, theowag@terra.com.br
  • HUMBERTO GOMES FERRAZ, Dr(a), sferraz@usp.br
  • BIANCA RAMOS PEZZINI, Dr(a), bianca.ramos@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Felodipino, Dispersões sólidas, Péletes

Os fármacos pouco solúveis representam um obstáculo quanto ao desenvolvimento de formas farmacêuticas sólidas para uso oral, devido à baixa biodisponibilidade que tais compostos costumam apresentar. Dessa forma, torna-se relevante o desenvolvimento e aperfeiçoamento de técnicas capazes de corrigir esse problema, como as dispersões sólidas, que são sistemas em que o fármaco encontra-se disperso em um carreador inerte, geralmente um polímero hidrofílico. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito dos carreadores hidrofílicos polivinilpirrolidona (PVP), crospovidona (CR) e polaxamer 407 (PX) na liberação do felodipino, a partir de dispersões sólidas preparadas sobre péletes inertes. Nove formulações foram obtidas, utilizando-se um valor fixo de PVP e variando-se as quantidades de CR e PX. Os ensaios de dissolução foram realizados empregando-se: aparato 1 da Farmacopéia Americana, 100 rpm, 900 mL de lauril sulfato de sódio 1% como meio de dissolução (37 ºC). As coletas foram realizadas em intervalos de 5, 10, 20, 40 e 60 minutos, retirando-se alíquotas de 2 mL. A quantificação foi realizada em cromatógrafo líquido de alta eficiência, com detecção em 364 nm. O ensaio foi realizado em triplicata para cada formulação, tomando-se 300 mg de péletes, equivalentes a 10 mg de felodipino. Observou-se, para todas as formulações, um aumento considerável na liberação do felodipino a partir das dispersões sólidas, em comparação com o fármaco puro e a mistura física dos componentes. As duas variáveis estudadas influenciaram significativamente a dissolução do fármaco, observando-se o melhor desempenho para a formulação com maior quantidade de CR e PX associados.

Apoio / Parcerias: Parceria: Prof. Dr. Humberto Gomes Ferraz. Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo. Apoio: Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (FAPESC); Fundação de Apoio à Pesquisa da UNIVILLE (FAP UNIVILLE).

EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS EM JOINVILLE

  • CARINA PAULA PACHECO, Graduando, carinappacheco@yahoo.com.br
  • Juliana Bizatto, Graduando, jubizatto@hotmail.com
  • Harry Kleinubing Jr, Dr(a), hkleinubing@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Epidemiologia, Doenças inflamatórias intestinais, Biópsias intestinais

INTRODUÇÃO: Obteve-se nos últimos anos um aumento progressivo no diagnóstico das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), cujas doenças mais comuns são Doença de Crohn (DC) e Retocolite Ulcerativa (RCU). A epidemiologia das DII varia com a localização geográfica, apresentando incidência igual entre sexos e baixa antes dos 15 anos de idade, ocorrendo de maneira bimodal - um pico entre 15 e 25 anos e outro menor entre 55 e 65 anos. As taxas mais elevadas de incidência estão em países escandinavos e na Escócia, seguidos pela Inglaterra e América do Norte. A incidência varia de 1 a 12 para cada 100.000 habitantes de acordo com região geográfica. Acometem pacientes jovens, economicamente ativos e apresentam alta morbidade, gerando grande custo econômico, além de causar diferentes impactos no grau de satisfação de vida desses indivíduos. Estudos sugerem que as DII vêm aumentando sua incidência lentamente, o que pode ser devido à melhora no diagnóstico e/ou estar relacionado à mudança de hábitos alimentares da vida moderna. OBJETIVO: determinar a incidência e prevalência das DII em Joinville nos últimos 10 anos. MATERIAL E MÉTODO: O banco de dados do Serviço de Patologia de Joinville (SIP) foi consultado a procura de registros de DII de 1998 a 2007, através do CID. Foram incluídas biópsias endoscópicas e peças cirúrgicas com diagnóstico de DC, RCU e DII das quais foram levantados o número de casos de cada ano de 1998 a 2007 e estratificado por diagnóstico, sexo e idade. RESULTADOS: Dos 616 pacientes avaliados nos últimos dez anos verificou-se 292 casos de RCU, 156 casos de DC e 168 casos de DII não especificadas. Desses 616 sujeitos avaliados, 325 eram mulheres (52%). Em 1998 foram identificados 22 casos de DII e em 2007 129 casos. Dos 448 pacientes com diagnóstico diferencial firmado entre as DII, 65,18% apresentavam retocolite ulcerativa e 34,82% doença de Crohn. CONCLUSÕES: As DII em Joinville mostraram-se de incidência semelhante entre homens e mulheres com um aumento lento e progressivo dos seus diagnósticos. Além disso, a retocolite ulcerativa foi mais prevalente do que a doença de Crohn. O aumento da incidência de DII em Joinville mostrou-se compatível com a literatura mundial nessa amostra.

Apoio / Parcerias: PIBIC/CNPQ

Espécies de lianas encontradas nas ilhas do interior da Baía da Babitonga/SC

  • TASSIA GOULART FENDRICH, Graduando, tassia.goulart@univille.net
  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, crinnert@gmail.com
  • Karin Esemann Quadros, Dr(a), karin@furb.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Baía da Babitonga, Lianas, Levantamento florístico

As ilhas situadas no interior da Baía da Babitonga detêm uma grande diversidade biológica, apresentando importante papel ecológico para a região. Neste trabalho foi feito o levantamento de lianas em cinco ilhas da Baía (Araújo de Fora, Araújo do Meio, Araújo de Dentro, Murta e Maracujá), por meio de excursões mensais às ilhas, com coleta de exemplares férteis observados nas mesmas faixas estabelecidas para o levantamento da flora vascular e concomitante anotação das características ecológicas observadas. O material coletado foi herborizado, identificado e incluído no acervo do Herbário Joinvillea, da UNIVILLE. Para a análise de similaridade florística entre as ilhas estudadas foi utilizado o Índice de Sorensen (Is). Em quatro ilhas das cinco estudadas foram identificadas 19 espécies de lianas, de 13 famílias. Asteraceae e Convolvulaceae apresentaram o maior número de espécies, três cada, seguidas de Alstroemeriaceae e Fabaceae, com duas espécies cada. Ipomoea foi o gênero com maior número de espécies – três. Na ilha Murta não foram encontradas lianas, provavelmente devido à intensa atividade antrópica. As ilhas com maior índice de similaridade foram Araújo de Dentro e Maracujá. O levantamento florístico das ilhas da Baía da Babitonga é de grande importância, pois pode gerar dados que fornecerão informações úteis ao monitoramento dos ecossistemas insulares, bem como poderão subsidiar programas de educação ambiental e de manejo sustentável para a região. Este trabalho integra o projeto Ilhas da Babitonga: diversidade florística em ecossistemas insulares, vinculado ao Programa Institucional Babitonga.

Apoio / Parcerias: Bolsa de estudos Art. 170/GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Estrutura da comunidade de peixes em dois pontos na porção mediana do Rio Cubatão.

  • CAMILA HELOISA SILVEIRA, Graduando, camila_h_silveira@terra.com.br
  • BRUNA MENEGATI GIRARDELLO, Graduando, bunikinha@yahoo.com.br
  • PEDRO CARLOS PINHEIRO, Dr(a), pinheiro.pc@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: microbacia, ictiofauna, diversidade

Considerada uma das áreas mais importantes de biodiversidade do planeta, a Mata Atlântica devido ao seu isolamento geográfico, abriga em seus riachos uma fauna peculiar de peixes, com vários casos de endemismo e espécies raras. O presente trabalho tem por objetivo estudar a ictiofauna da microbacia do rio realizando o levantamento das espécies a fim de caracterizar os trechos estudados quanto à composição, distribuição longitudinal, freqüência de ocorrência, diversidade, riqueza e equitabilidade das espécies. Os peixes foram coletados bimensalmente no período de maio de 2008 à setembro de 2008 nas duas áreas amostrais, utilizando-se dois métodos distintos: redes de espera de 1,5 e 2,0 cm de abertura de malha e pesca elétrica. Depois de coletados, os organismos foram armazenados em sacos plásticos, fixados em formol 4% e levados para triagem em laboratório. Com o auxílio de literatura específica, os peixes foram identificados a nível de espécie, e mensurados. Foram coletados 540 indivíduos pertencentes a 11 famílias e 27 espécies. Em termos de número de espécies, abundância e biomassa as ordens Characiformes e Siluriformes foram as mais representativas. A caracterização em comprimento das dez espécies mais abundantes revelou grande amplitude dos comprimentos encontrados e ampla distribuição no ambiente. A análise dos dados obtidos em relação à distribuição longitudinal é de grande importância na definição da estrutura e no funcionamento das comunidades de peixes. Nas duas áreas amostradas, a comunidade encontrada apresenta no trecho superior do curso do rio uma diversidade de habitats menor que o trecho inferior, padrão de sistemas lóticos.

Apoio / Parcerias: FAP; Artigo 170.

Estudo das Manifestações Bucais em Pacientes Diabéticos Tipo 1

  • GUSTAVO BENTO DE OLIVEIRA, Graduando, gustavo.bento@univille.net
  • Constanza Marin de Los Rios Odebrecht, Dr(a), cm.geo@terra.com.br
  • Lucia de Fatima de Castro Avila, MSc, lucia.fatima@univille.edu.br
  • Luis Carlos Machado Miguel, Dr(a), odonto@univille.br
  • Kesly Mary Ribeiro Andrades, MSc, keslyribeiro@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Diabetes Mellitus, Alterações Bucais, Diabétes tipo 1

O presente trabalho é um estudo transversal com uma abordagem quantitativa, que teve como objetivo principal avaliar a prevalência de alterações bucais em pacientes diabéticos tipo 1. Foram selecionados 24 pacientes diabéticos tipo 1 cadastrados na Associação dos Diabéticos de Joinville, com idade superior ou igual a 08 anos. Os pacientes responderam um questionário referente a sua saúde geral e bucal. Foram avaliados os índices CPO – D, ISG (Índice de Sangramento Gengival),IPV (índice de placa visível), medida do fluxo salivar e alterações de mucosa. Os exames laboratoriais de hemoglobina glicosilada e HGT foram realizados antes do exame bucal. Os pacientes foram convidados a participar da pesquisa e assinaram um Termo de Consentimento Livre e Informado. As queixas principais foram alteração do paladar e xerostomia. Todos relataram pratica de escovação três vezes ao dia e já ter freqüentado o consultório odontológico. Cerca de 62% dos pacientes apresentaram fluxo salivar baixo, abaixo de 0,9 ml/min. O índice CPO-D apresentou - se em altos índices assim como o sangramento gengival. Em relação ao controle glicêmico, 62 % relataram ser pacientes controlados. Concluiu - se que, apesar de freqüentarem o dentista e praticarem escovação, foram apresentados alto índice de sangramento gengival e CPO-D. Apesar do baixo consumo de sacarose nos pacientes diabéticos, pode ser explicado pelo baixo fluxo salivar e alto índice de placa visível. A xerostomia e a alteração do paladar também estão diretamente relacionados ao baixo fluxo salivar.

Estudo de vazões e evolução do uso da terra na bacia hidrográfica do Rio Perequê – Balneário Barra do Sul – SC

  • CRISTIAN ROBERT SCHUBERT, Graduando, fishocrs@ig.com.br
  • Fabiano Antonio de Oliveira, MSc, fabiano.o@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Rio Perequê;, Vazões;, Uso da Terra

O estudo teve por objetivo monitorar as vazões do rio Perequê, localizado no município de Balneário Barra do Sul, SC, assim como conhece a evolução do uso da terra entre 1957 e 2005. Os procedimentos envolveram medições de vazão junto à foz do rio Perequê e mapeamento do uso da terra a partir de fotografia aérea e imagem orbital. Os resultados indicam vazões médias de 3,63 m3/s e pouca variação no uso da terra no período estudado.

Estudo dos organismos das ilhas de São Francisco do Sul (SC),com ênfase nas espécies comerciais e exóticas.

  • JACQUELINE SCHUMANN, Graduando, jacque_sh@hotmail.com
  • Katia Regina Sgrott Sauer Machado, Dr(a), katia_sauer@terra.com.br
  • Adriano Weidner Cacciatori Marenzi, Dr(a), marenzi@univali.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: costão rochoso, conservação, ecossistema

Os costões rochosos são locais enriquecidos não apenas por nutrientes vindos do ambiente terrestre, mas também forças físicas das ondas e marés que aportam matéria orgânica e organismos planctônicos, muitos destes se fixando neste ecossistema. Os vegetais e animais deste tipo de bioma são profundamente afetados por esse conjunto de fatores ambientais. Por abrigar os bancos de mexilhões de onde os maricultores retiram as sementes para abastecer os cultivos, este ambiente vem sendo sistematicamente impactado, expondo o substrato rochoso e havendo a fixação natural de espécies colonizadoras, em uma sucessão ecológica, permitindo também o desenvolvimento de organismos exóticos, comuns em áreas portuárias. O presente trabalho tem como objetivo fundamentar a biologia de conservação dos costões rochosos nas ilhas da baia da Babitonga. Para isto foi utilizado como método de amostragem, quadrados com 400cm² de área, lançados aleatoriamente na faixa entremarés no principal local de coleta de sementes, na Ilha da Paz, localizada na área exposta da baia no canal de acesso. O material coletado, após o período de defeso dos mexilhões, foi pesado na sua totalidade e quantificados os números de indivíduos de cada amostra. Estiveram presentes nas amostras, em abundância e biomassa os mexilhões Perna perna e os Cirrepedios com destaque a espécie Megalobalanus cocopoma, um dos poucos animais marinhos capazes de tolerar as condições de estresse de hábitats rochosos. A espécie invasora Isognomus bicolor, é a que tem maior destaque em abundância. Nos Equinodermatas, o ouriço–do–mar, da espécie Echinometra locunter, apresenta baixa freqüência de ocorrência, apesar de ser um organismo comum neste tipo de ambiente. No grupo dos Poliquetas a família Nereididae, tem a maior biomassa com a espécie Pseudonereis sp. Dentre os Anfipodes, os Gamarideos, importantes membros das comunidades bentônicas marinhas, apresentaram alta densidade nas amostras e de forma inversa os Isópodes, representaram um grupo de baixa densidade. Dos decápodes, os Porcelanideos, foram dominantes. Gastrópodes, são representados pela espécie predadora, Thais haemastoma, por Collisella subrugosa e Fissurella sp. Das algas, presentes nas amostras, destacam-se a Sargassum sp., Ulva sp.. e Jania sp., típica destes locais por ser um organismo incrustante. Além destes grupos zoológicos, coletaram-se representantes de Poríferos, Acídeas e outros de menores proporções. Os dados gerados por este trabalho são preliminares, outros locais estão sendo analisados, porém, já constituem uma importante informação da composição da comunidade bêntica de substrato consolidado na região norte do estado.

Apoio / Parcerias: FAP-Fundo de Apoio a Pesquisa

Estudo dos recursos florais das abelhas nativas ocorrentes em área de Floresta de Transição Ombrófila Densa para Mista em Joinville,SC

  • CAROLINE FURTADO NOBLE, Graduando, caroline.furtado@univille.net
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: abelha, caetezal, recursos florais

A manutenção da diversidade das florestas depende principalmente das abelhas que desempenham função importante pois são responsáveis pela polinização da maioria das espécies vegetais, mais do que qualquer outro grupo de animais. O objetivo deste estudo é conhecer a interação planta-polinizador (abelha) verificando quais são os recursos florais explorados pelas espécies de abelhas nativas. A área de estudo se insere em uma Área de Proteção Ambiental localizada em região de transição entre Floresta Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Mista, no município de Joinville. As coletas foram realizadas mensalmente de março de 2008 a agosto de 2008 (no período das 9:00 às 16:00). Durante este período, um transecto pré-estabelecido foi percorrido e as plantas floridas foram observadas por 05 minutos aproximadamente quando todas as abelhas nativas, presentes nas flores, foram coletadas com o auxílio de redes entomológicas. Indivíduos de Apis mellifera L. foram apenas contabilizados. Amostras das plantas visitadas pelas abelhas foram coletadas, conservadas e preparadas em exsicatas para serem identificadas com auxilio de especialistas e chaves dicotômicas. As abelhas capturadas foram montadas em alfinetes entomológicos, etiquetadas, separadas em morfo-espécies e identificadas com auxílio de especialistas e chaves dicotômicas. As informações resultantes foram reunidas em um banco de dados. As famílias botânicas foram agrupadas (sistema de classificação de APG II) e as abelhas foram classificadas segundo Michener (2000) e Silveira et al. (2002). No total, 18 espécies de plantas de 12 famílias foram visitadas por 176 espécimes de abelhas das 5 famílias de Apiformes. As espécies da família vegetal Asteraceae compuseram 33% do total de táxons amostrados e 10 famílias botânicas foram representadas por apenas uma espécie. Com relação às abelhas, a família Apidae representou 75% da riqueza e 80 % da abundância, sendo seguida em riqueza por Andrenidae e Megachilidae e, em abundância, por Halictidae. A abelha mais abundante foi a espécie exótica Apis mellifera (26%), seguida por outra abelha social, Trigona spinipes (22%). A riqueza e a diversidade de plantas e abelhas foi influenciada pelas baixas temperaturas de inverno pois somente no mês de março 79% das espécies de abelhas foram amostradas e notou-se um declínio no aparecimento de espécies novas nos meses seguintes. As interações especializadas abelha-flor não puderam ainda ser inferidas em função do número limitado de dados mas serão analisadas ao final deste projeto assim como os índices de diversidade e riqueza.

Estudo invernal do fitoplâncton e nutrientes dissolvidos em uma área de cultivo de moluscos na baía da Babitonga (SC)

  • CLAUDIANE GOUVEIA, Graduando, claudiane.gouveia@univille.net
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.br
  • Luiz Anselmo Pallazzi Steffem, Graduando, luizstreet@gmail.com
  • Mariana Serwy Oortman, Graduando, mare.bio@gmail.com
  • José Maria de Souza da Conceição, MSc, zzze.maria@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: fitoplancton, maricultura, nutrientes

O crescimento dos produtores primários planctônicos (fitoplâncton) depende do tipo e tamanho do ambiente, da intensidade de luz na água, da transparência e da qualidade e disponibilidade de nutrientes essenciais. As informações obtidas em um trabalho sobre fitoplâncton e nutrientes dissolvidos em um campo de cultivo de moluscos visam estabelecer ao longo de um ciclo anual de investigação, subsídios para melhorar a compreensão e manejo destas áreas. Este trabalho teve como objetivo estudar a composição do fitoplâncton e as concentrações em fundo e superfície dos nutrientes dissolvidos amônio, nitrito, nitrato, fosfato e silicato na área interna e externa de um cultivo de moluscos na baía da Babitonga. A coleta foi realizada na área de maricultura do balneário de Paulas na baía da Babitonga, São Francisco do Sul, Santa Catarina, em quatro pontos amostrais, dois nas extremidades e dois no interior do perímetro de cultivo. As amostras de fitoplâncton foram obtidas com rede de 62µm, arrastada em movimento circular por toda a coluna d’água, sendo fixadas em formol 4% logo após o arrasto. Na identificação do fitoplâncton foi utilizado microscópio óptico em aumentos de 100 a 400 vezes. Nos mesmos pontos foram coletadas amostras de água em superfície e fundo para determinação dos nutrientes dissolvidos amônio (NH4), nitrito (NO2), nitrato (NO3), fosfato (PO4) e silicato (SiO4) por colorimetria. Foram identificados 20 gêneros no fitoplâncton, entre os quais 12 foram mais freqüentes, representando 94,5% das ocorrências, na maioria diatomáceas. Para 14 taxa (12 Bacillariophyceae e 2 Dinophyceae) o registro foi igual ou superior a 1%, ou seja, Chaetoceros spp (28,4%), Thalassionema frauenfeldii (15,8%), Hemialus membranaceus (9,6%), Rhizosolenia imbricata (8,6%), Guinardia striata (7,3%), Ceratium spp (4,6%), Noctiluca scintillans (4,2%), Odontella sinensis (3,9%), Hemialus sinensis (2,8%), Thalassionema sp (2,7%), Helicotheca tamesis (2,5%), Thalassionema nitzchioides (1,8%), Bacteriastrum furcatum (1,2%) e Asterionellopsis glacialis (1,0%). As concentrações médias em superfície e fundo, respectivamente, para amônia 1,98 e 1,33ppm; para nitrito 0,048ppm e 0,096ppm; para nitrato 0,11 e 0,19ppm; para fosfato 155,89 e 0,61ppm; e para silicato 0,05ppm e 0,07ppm. Na baía da Babitonga a atividade de cultivo de moluscos apresenta grande importância socioeconômica. As informações obtidas são de extrema importância para o gerenciamento da área de cultivo de moluscos do balneário de Paulas. Em contra partida os dados desta pesquisa são iniciais e necessitam de continuidade, além de novas abordagens em estudos futuros.

Apoio / Parcerias: FAP

Estudo preliminar da dinâmica populacional dos grupos de Alouatta clamitans (Cabrera, 1940) no Distrito Industrial Norte de Joinville – SC.

  • GUILHERME AUGUSTO DIAS FRANCO MIRA, Graduando, guilherme_mira@yahoo.com.br
  • Guilherme Harnoud Evaristo, G, guilherme.legion@ig.com.br
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Alouatta clamitans, fragmentação, Joinville

O acompanhamento dos parâmetros populacionais em longo prazo pode dar informações valiosas para indicar como as populações estão superando condições adversas. Neste caso a condição adversa é a perda de habitat pela fragmentação, onde uma extensa área de habitat (Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas) foi recortada dando origem a vários fragmentos menores. Este estudo se concentrou nas áreas de remanescentes florestais do Distrito Industrial Norte de Joinville/SC (26°14’21”S e 48°52’02” W), dando continuidade ao trabalho iniciado em 2006, que buscou registrar a ocorrência e a distribuição dos grupos de bugio-ruivo (Alouatta clamitans). O método utilizado este ano continuou sendo o de presença ou ausência, observando a presença direta ou através de vestígios (fezes). Os fragmentos foram percorridos semanalmente, e quando ocorria um encontro, o grupo avistado era observado durante todo seu período de atividade. Os grupos já encontrados nos anos anteriores foram monitorados buscando relatar alterações na composição dos grupos e áreas de uso correspondentes. Não houve alteração na ocupação das áreas de uso, apenas na composição de alguns grupos como o do fragmento da Perini onde foram vistos dois filhotes, subindo para sete indivíduos o tamanho do grupo que antes era de cinco integrantes. O grupo de três indivíduos que ocupava as margens do Rio do Braço também teve um filhote e subiu para quatro indivíduos. O restante dos grupos (centro do fragmento do Horto da Whirlpool S.A e borda norte) permaneceu com a mesma configuração. Neste ano foi registrada a vocalização freqüente de todos os grupos iniciando próximo às 10 horas e indo até por volta das 13 horas, sendo seqüenciado. Alguns minutos do termino da vocalização de um grupo, o outro iniciava a sua vocalização que durava em média 20 minutos. Houve a constatação da disputa entre o grupo do centro do fragmento do Horto da Whirlpool S.A com o grupo que margeia o Rio do Braço. No trabalho do ano anterior não foram relatadas vocalizações territoriais, e também não houve o registro de crescimento populacional entre os grupos. O reinício da competição é algo que pode estar relacionado ao crescimento populacional, e a presença de filhotes é um fator que causa estresse entre os grupos, mas ainda é preciso mais tempo de monitoramento para se confirmar essa hipótese.

Apoio / Parcerias: Artigo 107

Estudo retrospectivo para análise da resolutividade e do impacto econômico do tratamento de pacientes com hepatite crônica pelo vírus C em municípios de Santa Catarina.

  • SUSANA BOVI KASTER, Graduando, susana.kaster@yahoo.com.br
  • Lígia Hoepfner, MSc, ligia.hoepfner@gmail.com
  • Juliana Custodio Maciel, Graduando, julianamaciel2012@hotmail.com
  • Bruna Karolina Pereira, Graduando, brunakp@hotmail.com
  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Estudo retrospectivo, Hepatite C, Tratamento

Introdução: A infecção pelo vírus da Hepatite C (VHC) ocorre através do contato sanguíneo e tem característica assintomática. Foi descoberta em 1989, possibilitando com isso, testes específicos para diagnosticá-la. Segundo estimativas da OMS, cerca de 170 milhões de pessoas estão infectadas no mundo, sendo que no Brasil são aproximadamente 3,2 milhões. O período de incubação varia de 2 semanas a 6 meses e em cerca de 80% dos casos evolui para fase crônica, podendo resultar em cirrose, insuficiência hepática ou até câncer. Objetivo: Identificar e caracterizar a resposta ao final do tratamento e a resposta sustentada em pacientes portadores de hepatite crônica pelo VHC; avaliar a evolução clínica dos pacientes, do ponto de vista do usuário e do médico; avaliar a aceitação dos pacientes em relação aos tratamentos; avaliar junto aos médicos envolvidos os critérios para a escolha dos esquemas terapêuticos. Metodologia: Levantamento de dados junto à Diretoria de Assistência Farmacêutica do Estado de Santa Catarina (DIAF-SES-SC) a respeito dos pacientes cadastrados que receberam interferon (convencional ou peguilado) para tratamento da VHC; contato com os pacientes e aplicação de questionário envolvendo aspectos relacionados à evolução clínica, aceitação dos pacientes em relação aos tratamentos; contato com os médicos e aplicação de questionário envolvendo aspectos relacionados aos critérios para a escolha dos esquemas terapêuticos e ao resultado do tratamento. Resultados: O projeto possui várias etapas, sendo as já realizadas: obtenção de lista emitida pela DIAF-SES-SC, com os dados cadastrais de pacientes que fizeram tratamento para Hepatite C entre 2003 e 2007; coleta de informações sobre cada paciente através do processo administrativo referente à aquisição dos medicamentos (interferon e ribavirina); contato telefônico ou visita a residência do paciente; agendamento de entrevista; aplicação do questionário quantitativo e qualitativo (em processo de finalização). Este projeto está sendo realizado simultaneamente em outras cinco cidades de Santa Catarina, desta forma, sendo necessário aguardar o término destas, para apresentação dos dados em conjunto. A próxima etapa consiste em entrevistar os médicos que acompanharam os pacientes, apresentar seminário para todos envolvidos no projeto, expondo os dados coletados e os problemas encontrados nas seis cidades que participaram do estudo.

Apoio / Parcerias: MS/CNPq/FAPESC/SES/UFSC/FAP-UNIVILLE

Fotoidentificação digital de Sotalia guianensis na Baía da Babitonga

  • DENIS ALESSANDRO HILLE, Graduando, hille90@gmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Fotoidentificação, Níveis de residência, Sotalia guianensis

A fotoidentificação é uma ferramenta com diversas finalidades, entre eles, verificar o nível de residência que certa população tem sobre uma determinada área. O objetivo do presente trabalho foi avaliar os padrões de residência de Sotalia guianensis na Baía da Babitonga através da fotoidentificação. As fotos foram obtidas entre abril/2006 e abril/2008, totalizando 44 saídas a campo. As saídas foram realizadas no período da manhã, com um barco de 5,5 metros e motor de 60 hp. Foi utilizada uma máquina fotográfica digital Canon EOS 20D de 8 megapixels. Os animais foram identificados individualmente através das marcas naturais e adicionados a um catálogo já existente, elaborado entre 2000 até 2004. Dados como ponto geográfico, tamanho de grupo, presença de filhotes e profundidade foram registrados em um protocolo de campo. O catálogo totalizou 92 indivíduos identificados, sendo que 42 foram adicionados no presente trabalho. Os animais reavistados foram classificados de acordo com a quantidade e periodicidade com que foram observados em: residente (R), parcialmente residente (PA-R), residente sazonal (R-S), pouco residente (PO-R) e não residente (N-R). Foram analisadas 7.439 fotos, sendo que 1.107 (14,88%) boas, 774 (10,40%) de animais sem marcas e 248 (3,34%) com marcas insuficientes para identificação. As demais 5.310 fotos (71,38%) foram consideradas ilustrativas, por não apresentarem condições de identificação. Os níveis de residência foram calculados usando o Índice de Residência (IR): número de avistagens/meses de esforço (n=19). O Índice de residência variou de 68,42% até 5,26%. Dentre os 54 animais catalogados (13 identificados em estudos passados), 14 (25,94%) foram classificados como R, 17 (31,5%) como PA-R, três (5,5%) como R-S, cinco (9,26%) como PO-R e 15 (27,8%) como N-R. Os indivíduos “Sola”, “Uni” e “Aia” foram adicionados ao catálogo nos dois últimos meses de estudo, apresentando baixo IR e classificados como não residentes (N-R), sendo que é necessário mais tempo de estudo para uma avaliação mais consistente. O indivíduo “Cut” foi o animal com maior tempo de acompanhamento, totalizando 12 anos. Os dados indicam a grande importância da Baía da Babitonga para a espécie, que necessita de cuidados para a sua conservação.

Apoio / Parcerias: CNPq; FAP/UNIVILLE

Incidência de AVC por Bairros em Joinville

  • PRISCILA FERST, Graduando, priferst@gmail.com
  • Anderson Ricardo Roman Gonçalves, Dr(a), roman@netvision.com.br
  • Carlos Henrique Maçaneiro Junior, Graduando, carlosmacaneirojr@hotmail.com
  • Norberto Luiz Cabral, MSc, nlcabral@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Incidência , AVC, Estudo populacional

Introdução: AVC é uma doenca de elevado impacto em saúde pública mundial. Não está claramente definido qual o papel das condições sócio-econômicas nas taxas de AVC. O objetivo deste estudo é determinar as taxas de incidência para primeiro episódio de AVC entre os bairros em Joinville. Métodos: Utilizando o banco de dados do estudo JOINVASC, determinamos as taxas de primeiro evento de AVC, no periodo de 2005-7, por sexo e faixa etária, ajustada por método direto, a população da cidade segundo o censo do ano 2000. Resultados: Os dados estão sendo tabulados. Discussão: Esperamos determinar se existe ou não diferença significativa na incidência de AVC por bairros e determinar se escolaridade e renda atuam ou não como variáveis de confusão.

Apoio / Parcerias: Dpto Medicina Preventiva da FMUSP/ Univille

Incorporação do felodipino em micropartículas poliméricas visando o aumento da solubilidade do fármaco.

  • DANIELA BENETTI CAETANO, Graduando, danicaetanooo@gmail.com
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com
  • Maura Line de Toffol Boch, Graduando, mauraboch@gmail.com
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Giovana Bazzo, Dr(a), gbazzo@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: felodipino, microencapsulação, solubilidade

Os fármacos pouco solúveis em água, a exemplo do felodipino, apresentam-se como um dos maiores desafios para o desenvolvimento farmacotécnico de formas farmacêuticas sólidas orais, pois possuem elevado potencial para baixa biodisponibilidade.Este estudo propõe o desenvolvimento de um sistema de liberação baseado na incorporação do felodipino em micropartículas preparadas a partir de um polimetacrilato (Eudragit® E), com o objetivo de melhorar a solubilidade desse fármaco para administração por via oral. As micropartículas foram obtidas através do método de emulsão e evaporação do solvente, que consistiu em dissolver 0,2g de felodipino e 0,5g de Eudragit® E (formulação A) ou 0,375g de Eudragit® E e 0,125g de poli(3-hidroxibutirato) (formulação B) em 10 mL de diclorometano e posteriormente emulsificar em 200 mL de uma solução aquosa contendo 0,15% de PVA, sob agitação. Após a evaporação do diclorometano, as micropartículas foram lavadas com água destilada, decantadas e secas à temperatura ambiente. Para a determinação do teor de felodipino nas micropartículas foi utilizado o método de espectrofotometria de absorção na região do ultravioleta. A morfologia das partículas foi visualizada através de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os perfis de dissolução in vitro do felodipino das micropartículas foram determinados em um aparelho de dissolução Nova Ética (modelo 299/6), utilizando-se as seguintes condições experimentais: lauril sulfato de sódio 1% como meio de dissolução, mantido à temperatura de 37±0,5 ºC e sob agitação de 100 rpm, durante o período de 1 h. A quantificação do percentual de fármaco dissolvido foi feita por HPLC. Altos teores de eficiência de encapsulação do fármaco foram obtidos, sendo igual a 82,6% para formulação A e 103,9% para a formulação B.Micropartículas irregulares e com um tamanho médio de 126µm foram obtidas quando a formulação A foi empregada. Já na formulação B, as partículas apresentaram-se esféricas e com um tamanho médio de 64µm. Através da avaliação dos perfis de dissolução, verificou-se que o percentual de felodipino dissolvido após 40 minutos foi de 23,3%. Quando incorporado nas micropartículas, 62,2% e 91,5% do fármaco dissolveu após o mesmo período de tempo para as formulações A e B, respectivamente. Os resultados obtidos indicam que foi possível obter um aumento significativo da solubilidade do felodipino através da sua incorporação em micropartículas, especialmente quando foi utilizada uma blenda de Eudragit E e poli(3-hidroxibutirato) como matriz polimérica.

Intubação Traqueal em Coelhos em Posição Dorsal: Influência do peso corporal

  • FERNANDA GRACIELLA MABILE, Graduando, fernandamabile@onda.com.br
  • Harry Kleinubing Junior, Dr(a), hkleinubing@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Intubação, Orotraqueal, Coelhos

Introdução: Coelhos têm sido utilizados com freqüência para pesquisa na área da saúde e uma técnica anestésica segura se torna necessária. A dificuldade para intubação traqueal é real. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do peso corporal em coelhos para cirurgias experimentais com relação a dificuldade de intubação traqueal na posição dorsal. Método: Trinta coelhos adultos da raça Nova Zelândia foram submetidos a laparotomia mediana. Foram divididos em dois grupos: Grupo L (número = 15) com menos de dois quilos e grupo N (número igual a 15) com mais de dois quilos. A medicação pré-anestésica foi acepromazina 1 mg/kg associada á dexametasona 0,2 mg/kg e cetamina 15 mg/kg por via subcutânea quinze minutos antes do início da tricotomia. A monitorização constou de estetoscópio precordial e parâmetros clínicos. A cateterização venosa foi na veia marginal da orelha, com cateter 24 G e administração de soro glicosado 5% 10 ml/kg/.h. Dez minutos antes de iniciar a intubação traqueal foi administrado cetamina 25 mg/kg subcutânea. A intubação traqueal foi realizada com tubo de 2,5 a 3,5 em posição dorsal e com laringoscópio de lâmina reta. Foi realizada traqueostomia nos coelhos em que não se conseguiu a intubação traqueal, e se manteve o animal em respiração espontânea ou controlada manual com isoflurano e oxigênio três litros por minuto em sistema Mapleson D. Foi analisado a dificuldade de intubação traqueal com base no número de traqueostomias realizadas. Resultados: O peso médio do gupo L foi 1,42 ± 0,38 quilos e quatro coelhos (26,6%) foram traqueostomizados. O peso médio do grupo N foi 2,53 ± 0,23 quilos e um coelho (6,6%) foi traqueostomizado. Conclusões: A intubação traqueal em posição dorsal com laringoscópio de lâmina reta é mais fácil em coelhos com mais de dois quilos de peso corporal. Referências: 01. Morgan TJ, Glowaski MM. Teaching a new method of rabbit intubation. J Am Assoc Lab Anim Sci. 2007 May;46(3):32-6.

Inventário da Fauna Bêntica de Riachos e Nascentes do Rio Itapocu, Santa Catarina, Brasil

  • DEREK FELIPE DE CAMPOS, Graduando, derek.felipe@univille.net
  • Rosemary Aparecida Brogim, Dr(a), rbrogim@terra.com.br
  • pedro carlos pinheiro , Dr(a), pedro.c@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Macroinvertebrados Bênticos, Bioindicadores, Rio Itapocu

Levantamentos faunísticos de curta duração são de suma importância, pois através de um inventário preliminar de espécies é possível verificar a biodiversidade e aferir o grau de conservação de ecossistemas. Estudos envolvendo variáveis físicas e químicas relacionando-as com a composição faunística também são imprescindíveis, pois refletem com maior precisão as alterações ambientais do local. A análise ambiental de bacias hidrográficas está intimamente ligada com a ocupação e uso das localidades em torno do curso d’água. Os macroinvertebrados bentônicos tem sido usado como bioindicadores de stress ambiental, pois indicam com grande fidedignidade a qualidade do ambiente. A bacia do rio Itapocu está inserida no domínio mata atlântica apresentando cerca de 90 km de extensão até sua foz na periferia de Barra Velha (SC). A exploração da agropecuária extensiva e ocupação de suas margens são as principais ameaças para a integridade biológica do rio. O objetivo deste trabalho foi analisar a composição e abundância de macroinvertebrados bênticos dos riachos e nascentes da bacia do rio Itapocu. Um total de 4 estações de coletas foi selecionado buscando os pontos com melhor integridade das margens. As coletas foram realizadas durante o inverno de 2008. Em cada estação amostral foram utilizados 3 métodos de coleta dependendo do tipo de substrato. No leito do rio foi utilizado um amostrador de fundo do tipo Surber, com 0,5 m2 de área. Para este procedimento foram realizadas cinco réplicas amostrais. Para a fauna associada à vegetação marginal foi utilizado uma rede triangular do tipo “Dip net” com 0,5 m2 de lado. Como forma de padronização a rede foi arrastada por cinco vezes com o tempo de 3 minutos em cada uma delas. Uma amostra qualitativa foi realizada no leito do rio utilizando uma técnica de ressuspensão do fundo e utilização de uma rede de espera por aproximadamente cinco minutos. Todos os amostradores apresentavam malha com aberturas de 500 µm. Também foram coletados diques de detritos apreendidos nas margens do rio visando avaliar a migração e utilização destes recursos pelos invertebrados bênticos. A fauna bêntica em todas as estações amostrais foi bastante rica e abundante. Praticamente todos os grupos de macroinvertebrados bênticos foram coletados mostrando uma boa integridade ambiental. Os grupos predominantes foram as larvas de insetos das ordens Ephemeroptera, Odonata, Plecoptera, Coleoptera, Tricoptera e Hemiptera, além de alguns representantes do grupo Platyhelminthes e Olygochaeta. Crustacea também foi freqüente nas amostras mas em baixa densidade.

Apoio / Parcerias: Museu de História Natural Capão da Imbuia;

Investigação da possível associação entre os polimorfismos no promotor do gene OPN e a resposta à terapia com interferon em pacientes brasileiros com hepatite C crônica

  • ANA BEATRIZ KUHNEN, Graduando, anabeatrizk@gmail.com
  • Leslie Ecker Ferreira, G, leka_ferreira1@hotmail.com
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), phfranca@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Polimorfismos, gene OPN, hepatite C crônica

A hepatite C afeta cerca de 170 milhões de indivíduos no mundo e é causada pelo vírus HCV, tendo como principais complicações a cirrose hepática e o carcinoma hepatocelular. A necrose tecidual induzida pela infiltração de linfócitos T citotóxicos pode ser prevenida utilizando a terapia antiviral com combinação de interferon (INF) e ribavirina; no entanto, uma fração desses indivíduos permanece virêmica após a conclusão do tratamento, ocasionando em dano hepático progressivo. A osteopontina é uma proteína da matriz extracelular codificada pelo gene OPN. Participa da adesão celular e da migração de células imunológicas para tecidos necrosados, induzindo a imunidade celular do subtipo Th1. A proteína OPN é expressa em poucos tecidos, como o fígado, os rins e a dentina, e tem sido apontada como relevante na patogênese de diversas doenças inflamatórias. Estudos em camundongos demonstraram que alguns polimorfismos no gene OPN determinam a magnitude da resposta imune contra infecções bacterianas. Esta e outras observações permitiram a postulação da ocorrência de polimorfismos semelhantes no gene OPN humano e o seu possível papel em processos infecciosos. Investigações recentes demonstraram a descoberta de quatro alterações únicas de nucleotídeos (SNP’s) na região promotora do gene OPN, três delas (-155, -616 e -1748nt) em desequilíbrio de ligação e outra (-443nt) apresentando significância quanto à atividade inflamatória em japoneses portadores crônicos do HCV. Os mesmos investigadores concluíram que tais polimorfismos poderiam ser empregados como marcadores da eficácia das terapias anti-HCV baseadas em INF. Neste sentido, pretende-se padronizar as condições de amplificação via PCR (Polymerase Chain Reaction) de segmentos do promotor do gene OPN para subseqüente análise da freqüência desses polimorfismos, através da técnica RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism), e sua possível associação com o perfil de resposta terapêutica em pacientes brasileiros. A seqüência nucleotídica do gene OPN foi obtida no “GenBank” (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/Genbank/). As seqüências iniciadoras de amplificação (primers) e as enzimas de restrição foram definidas empregando-se as ferramentas computacionais “Primer3” (http://frodo.wi.mit.edu/cgi-bin/primer3/primer3_www.cgi) e “REBASE” (http://rebase.neb.com/rebase/rebase.html), respectivamente. Neste momento, aguarda-se o final da tramitação da proposta do estudo no Comitê de Ética em Pesquisa da UNIVILLE para dar prosseguimento ao cronograma.

Apoio / Parcerias: Hospital Municipal São José, Joinville SC; Santa Casa de Misericórdia, Porto Alegre RS.

Jogos e Atividades Físicas: material reciclável como forma de conscientização para a preservação do meio ambiente

  • FRANCISCO RUFINO DE BORBA JUNIOR, Graduando, francisco.rufino@univille.net
  • Nelma Baldin, Dr(a), nelma.baldin@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Problemas ambientais, Educação ambiental, Jogos ambientais

Pela necessidade de se levar ao âmbito escolar a discussão da relação do ser humano com o ambiente, não apenas pela inclusão dessa temática no currículo escolar mas também pela efervescência do tema na sociedade, justifica-se a implantação/difusão da Educação Ambiental por meio de jogos interativos, educativos, específicamente, com as crianças, por serem agentes multiplicadores, podendo agir no contexto ambiental atual pensando sobre as problemáticas futuras. Nesse sentido, elaborou-se o projeto, intitulado, “Jogos e Atividades Físicas: material reciclável como forma de conscientização para a preservação do meio ambiente”, com o objetivo geral de proporcionar a conscientização das crianças para a importância da utilização de materiais recicláveis na construção de suas brincadeiras, associados às atividades físicas que são as ferramentas especiais da coordenação motora. O projeto direcionou seus estudos à alunos das 3as. e 4as. séries da Escola de Educação Básica “Olavo Bilac” , do Bairro Pirabeiraba, e alunos das 3as. e 4as. Séries da Escola de Educação Básica “Rudolfo Meyer”, do Bairro Floresta - Joinville, locus dos estudos dos Projetos EduCA – Univille. Utilizou-se, para a sua aplicação, da metodologia da pesquisa qualitativa. Assim, quanto aos fins, foi uma pesquisa explicativa, do tipo ação, envolvendo professores e alunos (através dos jogos); e, quanto aos meios, pelo fato de ser realizada na escola, utilizando-se instrumentos de pesquisa, como fichamento de leituras teóricas; elaboração do questionário; fichas cadastrais para registros de estudos comparativos. Realizou-se uma análise do conhecimento dos alunos sobre o tema abordado, para interpretação e elaboração dos jogos ambientais. Após observações assistemáticas e sistemáticas com os grupos representativos dos alunos da escola onde serão aplicados os Jogos Ambientais, desenvover-se-á Jogos Ambientais educativos relacionados com as atividades físicas e com a utilização de materiais recicláveis. Com os estudos realizados e as idéias executadas, analisa-se que a aplicação dos jogos estimulará a percepção, criatividade, a sensibilidade em relação às intervenções humanas no meio ambiente, no que se refere à reutilização de materiais recicláveis. Além, ainda, de mostrar-lhes o lado social e de bem-estar. As crianças terão a possibilidade, também, de analisar o que ocorre no seu meio, podendo verificar descuidos com a natureza e, indiretamente, auxiliar na questão ambiental da sua comunidade. Analisa-se, também, que a forma lúdica de aplicação dos jogos servirão para correta compreensão da temática abordada.

Macacos-prego na ilha de São Francisco do Sul, SC: distribuição, relações antropicas e aspectos da conservação.

  • FLAVIO BEILKE, Graduando, flavio.beilke@univille.net
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Cebus nigritus, dieta, relações homem-animal

Em São Francisco do Sul, é relatada a ocorrência de interações de bandos de macacos-prego com moradores nas bordas de florestas, onde os macacos procuram as casas em busca de recursos (alimentos). Portanto, este estudo focou nas relações estabelecidas entre os macacos-prego da Ilha de São Francisco do Sul, SC, e os moradores estabelecidos nos limites de seus territórios, buscando analisar quais as vantagens e as desvantagens para os animais envolvidos nestas relações, bem como a qualificação de sua dieta. Os dados sobre as relações macacos-moradores foram coletados através de entrevistas e da observação direta dos animais. Foram estabelecidas 78 quadrículas de 25 ha com presença de floresta e área urbana onde está sendo considerada a presença/ausência de macacos-prego. Até o presente momento, foi constatada a presença de macacos-prego em 11 quadrículas. Observou-se que os alimentos cedidos consistiam em doces, pães, bolachas, bolos, ovos de galinha, insetos e uma grande quantidade de frutas, principalmente bananas. Os dados revelaram que o grupo de primatas aparentemente é dependente dos alimentos disponibilizados pelos moradores locais, já que os animais visitam as casas várias vezes ao dia. Provavelmente são escassos os recursos no ambiente em que habitam, obrigando-os a buscar alimento em áreas habitadas, ou a fácil obtenção de um alimento extremamente calórica, compense o risco de sofrer agressões. Também foi observado, que quando alimentos não são fornecidos os animais ficam agressivos, quebrando telhas, perturbando animais domésticos e por vezes invadindo residências para obtenção de alimentos. A diminuição da tolerância dos moradores a presença dos animais próximos as residências poderá resultar em injúrias mais graves e mesmo na morte de indivíduos dos grupos de C. nigritus.

NEUROFIBROMATOSE TIPO I – RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

  • LEONARDO SOUZA DE CARVALHO, Graduando, leocarvalho.sc@gmail.com
  • Lauro Barreto Neto, Graduando, laurolbn@gmail.com
  • Muriel Matias Melo, Graduando, muriel.mmm@gmail.com
  • Eoda Maria Bissacotti Steglich, MSc, eoda@eodamedicinaestetica.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: neurofibromatose, doença de von Recklinghausen, neurofibromas

Introdução: a neurofibromatose tipo I (NF1) ou doença de von Recklinghausen é um distúrbio neuroectodérmico hereditário autossômico dominante, caracterizado por alterações cutâneas, ósseas e em sistema nervoso. Ela ocorre devido a mutações no gene NF1, responsável pela produção da neurofibromina (supressor de tumor). A diminuição da neurofibromina aumenta o risco de desenvolvimento de tumores benignos e malignos. Atualmente a incidência da NF1 é de 1:4000 pessoas. Objetivo: relatar um caso de uma paciente portadora de NF1 e apresentar as novas descobertas publicadas a respeito dessa doença. Relato de Caso: E.S, feminina, 34 anos, natural e procedente de Joinville, compareceu ao ambulatório de dermatologia da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) para investigação e tratamento das repercussões cutâneas da NF1. A paciente apresentava múltiplos tumores subcutâneos de consistência macia (neurofibromas) em todo corpo e face, além de máculas “café-au-lait” (MCCL) em axila e dorso. Os neurofibromas crescem rapidamente, muitas vezes comprimindo raízes nervosas e causando dores intensas, sendo necessário a exérese cirúrgica. Até o presente momento a paciente já havia realizado mais de 15 cirurgias para retirada dos neurofibromas, sendo que na última, foi retirado grande massa ovariana, o que a levou a uma menopausa precoce. Ao ser consultada a paciente apresentava nova tumoração em região coxofemoral esquerda. Após orientações quanto a sinais e sintomas da doença e início de terapêutica dermatológica para alívio dos neurofibromas em face, a mesma foi encaminhada para os serviços de ortopedia e ginecologia. Discussão e Revisão da Literatura: o diagnóstico da NF1 é difícil devido ao grande número de doenças semelhantes, por isso o NIH (National Institute of Health) estabeleceu em 1988 os critérios diagnósticos (sendo necessário pelo menos dois dos seguintes): seis ou mais MCCL >15mm, dois ou mais neurofibromas subcutâneos ou um plexiforme, efélides (sardas) em axila ou região inguinal, glioma óptico, dois ou mais nódulos de Lisch (hamartomas em retina), displasias ósseas e genitor, irmão ou filho com a NF1. Os últimos estudos publicados mostram que:75% dos neurofibromas possuem receptores de progesterona, porém não há estudos que confirmem seu aumento com o uso de anticoncepcionais. Parece haver também forte relação entre asmalformações ósseas dessa síndrome com a redução da massa óssea e potencial desenvolvimento de osteoporose. Conclusão: a NF1 é uma doença de difícil diagnóstico, que requer tratamento multidisciplinar precoce e possui prognóstico incerto, necessitando de uma eterna vigilância do paciente quanto aos novos sinais e sintomas apresentados.

O macrobentos sublitoral em um perfil no Canal do Palmital, Baía da Babitonga (Santa Catarina, Brasil)

  • DANILO HENRIQUE NASS, Graduando, danilo.nass@bol.com.br
  • Felipe Becker, Graduando, fbzn@uol.com.br
  • Luiz Alnsemo Palazzi Steffem , Graduando, luizstreet@gmail.com
  • Alexandre Mazzer, Dr(a), mazzer@matrix.com.br
  • Gabriel Daniel Conorath, Graduando, gabrieldc31@yahoo.com.br
  • Mariana Serwy Oortman, Graduando, mare.bio@gmail.com
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@ps5.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Macrobentos, Baia da Babitonga, Canal do Palmital

Ambientes estuarinos são regiões costeiras onde se misturam água doce de rios e a água salgada do mar. Os organismos macrobentônicos que vivem nessas regiões dependem principalmente da entrada de plâncton e detritos, assim contribuindo com a degradação da matéria orgânica, servindo como alimento para os níveis tróficos superiores e podendo ser utilizados como indicadores das variações físicas e químicas em um estuário. Foram analisadas a composição, a densidade e a distribuição do macrobentos em um perfil no Canal do Palmital, no interior da Baía da Babitonga. As amostras foram coletadas através de mergulho autônomo com o auxílio de um amostrador cilíndrico de 0,05 m2 em três pontos distribuídos em um transecto perpendicular ao canal. As profundidades foram de 2 metros na margem esquerda do canal, 5 m no leito e 3 m na margem direita. Em campo as amostras foram lavadas e fixadas com formol 4% para posterior processamento em laboratório. Amostras de água de superfície e fundo foram coletadas para determinar a salinidade e a temperatura. A salinidade foi de 18,7 no fundo e 15,8 na superfície, enquanto a temperatura foi de 26,2o C em ambos os estratos. O grupo Polychaeta dominou com 85% da densidade total, seguido de Mollusca com 6% e Crustacea com 4%. A densidade do macrobentos foi maior na margem direita e o maior número de táxons ocorreu na margem esquerda. Os poliquetas Hemipodia olivieri, Polydora websteri e Neanthes sp. dominaram na margem direita, enquanto a densidade do poliqueta Isolda pulchela foi maior na margem esquerda. Essa diferença nas densidades dos grupos de táxons entre as margens evidenciou que existem organismos de hábito errante na margem direita e um táxon tubícola na margem esquerda. Dessa forma, essa variação indicou que o tipo de substrato na margem direita do canal tende a ser menos estável que o da margem esquerda, em conseqüência da forma do fundo nessa área do Canal do Palmital.

OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE DISPERSÕES SÓLIDAS DE FELODIPINO PREPARADAS SOBRE PÉLETES INERTES UTILIZANDO-SE LEITO FLUIDIZADO

  • IZABEL CRISTINA CELESKI, Graduando, iceleski@univille.net
  • Camila Lunardi, Graduando, farmilla@gmail.com
  • Vanessa Cristine Kobs, Graduando, nessa_kobs@yahoo.com.br
  • Theodoro Wagner, MSc, theowag@terra.com.br
  • Humberto Gomes Ferraz, Graduando, sferraz@usp.br
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), bianca.ramos@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Dispersões sólidas, Péletes , Leito fluidizado

A baixa solubilidade de fármacos é um obstáculo à obtenção de formas farmacêuticas sólidas orais, em função da baixa biodisponibilidade que, em geral, tais compostos apresentam. A preparação de dispersões sólidas de fármacos pouco solúveis em carreadores inertes, geralmente polímeros hidrofílicos, é proposta como forma de resolver o problema. Várias técnicas podem ser usadas para a obtenção destes sistemas, entretanto apresentam limitações, como um elevado número de etapas e baixa reprodutibilidade. Um processo pouco explorado é a preparação de dispersões sólidas sobre péletes inertes por meio do revestimento em leito fluidizado. Este equipamento é amplamente empregado na indústria farmacêutica e permite o revestimento de formas farmacêuticas em apenas uma etapa. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a viabilidade da preparação de dispersões sólidas de felodipino (fármaco praticamente insolúvel em água) em polímeros hidrofílicos sobre péletes inertes. O método utilizado foi solubilizar o fármaco e os polímeros em etanol 80% e aplicar a solução sobre os péletes em leito fluidizado. Foram obtidas nove formulações variando-se a proporção entre os polímeros polivinilpirrolidona, crospovidona e polaxamer 407. O rendimento do processo para cada formulação foi calculado. A caracterização das dispersões sólidas foi realizada por meio de doseamento e microscopia eletrônica de varredura. O rendimento do processo de obtenção das formulações variou entre 96 e 99%, enquanto os resultados de doseamento apresentaram-se entre 95 e 110%. Nas fotomicrografias, não foram observados cristais na superfície dos péletes, sugerindo a amorfização do fármaco, desejável para o aumento da solubilidade. Assim, conclui-se que o processo de preparação proposto é viável, apresentando elevado rendimento e produzindo formulações com características favoráveis.

Apoio / Parcerias: Parceria: Prof. Dr. Humberto Gomes Ferraz. Departamento de Farmácia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo. Apoio: Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (FAPESC); Fundação de Apoio à Pesquisa da UNIVILLE (FAP UNIVILLE).

Obtenção e caracterização físico-química de micropartículas contendo dispersão sólida de sinvastatina em Eudragit® E e PHB

  • SACHA KALINE SCHUCKO, Graduando, sacha.kaline@gmail.com
  • Iára Cristina Schmücker, Graduando, iara.ics@gmail.com
  • Giovana Carolina Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br
  • Theodoro Marcel Wagner, MSc, theowag@terra.com.br
  • Melissa Zétola, MSc, mzetola@univille.edu.br
  • Gilmar Sidnei Erzinger, Dr(a), gerzinger@univille.edu.br
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com

Universidade Da Região da Campanha, URCAMP, Bagé, Brasil

Palavras-chave: Dispersões sólidas, Micropartículas, Eudragit®E

A biodisponibilidade oral de fármacos pouco solúveis em água, cuja absorção é limitada pela dissolução nos fluidos gastrintestinais, pode ser melhorada pelo emprego de técnicas de formulação, como a preparação de dispersões sólidas. Esses sistemas caracterizam-se pela dispersão do fármaco em um carreador inerte, sendo que um método recentemente proposto para obtê-los envolve a preparação de micropartículas poliméricas. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi preparar micropartículas de Eudragit®E e poli(hidroxibutirato) (PHB) contendo sinvastatina e caracterizá-las empregando-se espectroscopia de absorção no IV, difratometria de raios-X e microscopia eletrônica de varredura (MEV). As micropartículas foram obtidas por meio do método de emulsão e evaporação do solvente. A fase interna da emulsão foi constituída pelos polímeros Eudragit®E e PHB e pelo fármaco, solubilizados em diclorometano. Essa fase foi vertida sobre a fase externa, constituída por água destilada contendo poli(vinil álcool) [PVA] como estabilizante. Manteve-se o sistema sob agitação por 24 h e, após a evaporação do solvente da fase interna, as micropartículas foram decantadas, lavadas e secas à temperatura ambiente. Foram obtidas quatro formulações variando-se as quantidades de Eudragit® e PHB. Os resultados das técnicas de difração de raios-X, espectroscopia de absorção no infravermelho e MEV sugerem que a metodologia empregada promove a conversão do fármaco da forma cristalina para a forma amorfa, fato desejável para aumentar a sua solubilidade. Assim, conclui-se que a obtenção de dispersões sólidas na forma de micropartículas de Eudragit®E e PHB é eficiente para aumentar a solubilidade da sinvastatina em meio aquoso e possibilitará, como perspectiva futura, o desenvolvimento de uma forma farmacêutica sólida oral de sinvastatina com elevada biodisponibilidade.

Apoio / Parcerias: Fundação de Apoio à Pesquisa da UNIVILLE (FAP UNIVILLE) e CNPq - Brasil.

Ocorrência de Portunídeos (Crustacea, Decapoda) na baía da Babitonga (Santa Catarina, Brasil) e a sua relação com o sedimento

  • ALINE GONZALEZ EGRES, Graduando, aline.gonzalez@univille.net
  • José Maria de Souza da Conçeição, MSc, zzze.maria@mailcity.com
  • Harry Boss Junior, MSc, harryboosjunior@hotmail.com
  • JenYffer Vierheller Vieira, G, jenyffer.vieira@hotmail.com
  • Micheli Duarte de Paula Costa, G, midudu_bio@yahoo.com.br
  • Luciano lorenzi, Dr(a), llorenzi@ps5.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Portunidae, baía da Babitonga, sedimento

Entre as espécies de portunídeos do gênero Callinectes que ocorrem no Brasil, C. danae é a mais comum, pois apresenta elevada tolerância à salinidade, podendo ocupar áreas estuarinas, em particular aquelas com o sedimento lodoso. Este trabalho estudou a ocorrência de portunídeos na baía da Babitonga em conjunto com as variações das porcentagens de carbonato de cálcio (CaCO3) e matéria orgânica (M.O.) no sedimento. As amostragens foram realizadas de março a agosto de 2008, com exceção do mês de maio, em áreas de baixio próximos à praia da Figueira, Vila da Glória e ilha Tal Sul, posicionadas desde a desembocadura até o interior da baía. Os exemplares capturados com puçás foram identificados e determinados o sexo, estádio de maturação, largura da carapaça e o peso. Amostras de sedimento foram coletadas em cada área com um pegador Petersen para determinar os teores de CaCO3 e de M.O. Foram contabilizados 260 Callinectes danae, três Callinectes ornatus e um exemplar de Charybdis hellerii, espécie exótica do Indo-Pacífico. O maior número de C. Danae capturado foi na Figueira (n=160), seguido da Vila da Glória (n=78) e Tal Sul (n=23). Desta espécie foram obtidos 42% de machos maturos, 32% de fêmeas maturas, 10% de machos imaturos, 8,4% de fêmeas ovígeras e 6,5% de fêmeas imaturas. Entre as fêmeas maturas, 77,6% foi capturada na Figueira, enquanto a proporção de fêmeas ovígeras foi de 100%. Entretanto, a maioria dos machos maturos foi obtida na Vila da Glória com 74%, seguido da Figueira (37%) e Tal Sul (18%). A largura média do cefalotórax nos machos maturos foi de 10,61 cm, enquanto o peso médio foi de 65g. Entre as fêmeas maturas e ovígeras esses valores foram de 8,89 cm e 38,31g respectivamente. As médias das concentrações de M. O. e CaCO3 foram mais elevadas na Vila da Glória, com proporções de 9,8% e 10% respectivamente. Em Figueira e Tal Sul essas médias foram respectivamente de 4,1 e 5% para M.O e de 5 e 4,6% para CaCO3 respectivamente. A partir dos dados obtidos é possível estabelecer uma relação da menor concentração de M. O. na Figueira com a maior ocorrência de fêmeas maturas e ovígeras. Na vila da Glória os machos maturos estiveram relacionados com valores elevados de M. O e CaCO3 . Dessa forma, a maior ocorrência de fêmeas maturas e ovígeras pode estar relacionada com a menor dependência dessa espécie quando em fase reprodutiva.

Apoio / Parcerias: Fap da Univille CEPSUL

Padronização da técnica PCR (“Polymerase chain reaction”) para detecção dos estreptococos pertencentes ao Grupo Bovis

  • EMANUELLE CORRÊA PERES, Graduando, emanuelle.correa@univille.net
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), phfranca@terra.com.br
  • Leslie Ecker Ferreira, G, leslie.ferreira@univille.br
  • Haroldo Luiz Jordelino da Luz, E, haroldo_l@yahoo.com.br
  • Mauro de Souza Leite Pinho, Dr(a), mpinho.joi@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Streptococcus bovis, PCR, gene sodA

O Streptococcus bovis é um coco gram-positivo, não-enteroco, do grupo D de Lancefield, gama ou alfa hemolítico. Coloniza o intestino de animais e em menor proporção o de humanos. O Grupo Bovis é composto por S. infantarius, S. gallolyticus e S. pasteurianus. A identificação usual dos membros do grupo é baseada em características fenotípicas. Contudo, essas análises podem ser prejudicadas em razão da expressão variável de certas características e da freqüente ambigüidade da interpretação dos resultados. O gene sodA (“manganese-dependent superoxide dismutase gene”) está presente nos gram-positivos e constitui uma valiosa abordagem na identificação genotípica de espécies pertencentes aos gêneros Streptococcus e Enterococcus. A amplificação de segmentos específicos de DNA utilizando a PCR abriu grandes e novas perspectivas para a análise e detecção de genomas, mesmo a partir de misturas complexas de ácidos nucléicos. O presente trabalho objetivou odesenvolvimento e padronização da PCR para a detecção molecular das espécies que compõem o Grupo Bovis. Seqüências nucleotídicas que atuam como iniciadores (“primers”) da amplificação específica e parcial do gene sodA foram definidas com emprego da ferramenta computacional “Primer3” e verificadas quanto a especificidade com utilização do programa BLAST. A cepa padrão S. gallolyticus ATCC 9809 teve seu DNA extraído e purificado com emprego do “Qiamp DNA Mini Kit”. Como controle, os genomas de outros organismos (S. salivarius, S. mutans ATCC 25175, S. aureus ATCC 6538, Enterobacter aerogenes ATCC 13048, H. sapiens sapiens) foram testados a fim de verificar a especificidade do sistema. Os DNAs foram submetidos a diferentes condições de amplificação em termociclador LGC XP Cycler, seguido de eletroforese em gel de agarose a 1% e 0,5µg/mL de Brometo de Etídio, por 1 hora à 100V / 80mA. A confirmação e fotodocumentação dos resultados da PCR se deu via exposição à luz ultravioleta em transluminador MiniBis Pro. A obtenção de amplicons com 234pb nas amostras de S. gallolyticus e ausência de amplificação nas amostras dos outros organismos confirma a viabilidade do sistema desenvolvido para a detecção dos representantes do Grupo Bovis. A utilização desta metodologia em amostras clínicas pode representar uma proposta alternativa para a detecção precoce destes microrganismos.

Apoio / Parcerias: FAP-UNIVILLE

Peixes do Rio Cubatão: caracterização e estrutura populacional em duas áreas amostrais.

  • BRUNA MENEGATI GIRARDELLO, Graduando, bruna.menegati@univille.net
  • Camila Heloísa Silveira, Graduando, camila_h_silveira@terra.com.br
  • Pedro Carlos Pinheiro, Dr(a), pedro.c@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Rio Cubatão, ictiofauna, estrutura populacional

A Mata Atlântica pode ser considerada uma das áreas mais importantes de biodiversidade do planeta. Devido ao isolamento geográfico, seus riachos abrigam uma fauna peculiar de peixes, com vários casos de endemismo e também muitas espécies raras. Este trabalho tem por objetivo estudar a composição e abundância da ictiofauna da região do alto rio Cubatão do Norte, Santa Catarina, inserido no ecossistema de Mata Atlântica. Os peixes foram coletados bimensalmente no período de maio de 2008 à setembro de 2008 nas duas áreas amostrais, utilizando-se dois métodos distintos: redes de espera de 1,5 e 2,0 cm de abertura de malha e pesca elétrica. Depois de coletados, os organismos foram armazenados em sacos plásticos, fixados ainda em campo em formol 4% e levados para triagem em laboratório. Com o auxílio de literatura específica, os peixes foram identificados a nível de espécie, obtidos os seus comprimentos total e padrão, e por fim pesados em balança digital. Em termos de número de espécies, abundância e biomassa as ordens Characiformes e Siluriformes foram as mais representativas. Foi coletado um total de 540 indivíduos pertencentes a 11 famílias e 27 espécies. A caracterização em comprimento das dez espécies mais abundantes revelou grande amplitude nos comprimentos encontrados e ampla distribuição no ambiente. O maior e o menor indivíduo capturado pertence à espécie Symbranchus marmoratus (24,2 cm de comprimento padrão) e Pareiorhaphis steindachneri (1,3 cm de comprimento padrão), respectivamente. A análise dos dados obtidos sugere que a comunidade encontrada nas duas áreas amostradas apresenta composição semelhante, porém os comprimentos das espécies podem variar significativamente de um ponto para outro na mesma área. Isto pode indicar que algumas espécies utilizam a área durante todo o seu ciclo de vida, como é o caso dos cascudinhos Rineloricaria cubatonis, Hisonotus leucofrenatus e do charutinho Characidium pterostictum.

Apoio / Parcerias: FAP

Percentual de gordura de meninos de 09 à 12 anos ingressantes no projeto: natação na escola nos anos 2006, 2007 e 2008.

  • MICHELE GABARRON PEDRO, Graduando, myc_myc_mo@hotmail.com
  • Ricardo Clemente Rosa, Graduando, sgt_guitar@yahoo.com.br
  • Patrícia Esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Natação, Escola, Percentual de gordura

Introdução:Natação na Escola é um projeto de extensão da universidade e instituições parceiras que oferece aulas de natação gratuitas aos escolares da rede pública de ensino de 10 a 12 anos completo no ano em curso. Desde a sua implantação o planejamento do programa considera as experiências anteriores dos aprendizes, os aspectos de segurança nos diferentes espaços aquáticos e a avaliação antropométrica. Estes dados são considerados fundamentais para definir as ações a serem desenvolvidas no projeto de maneira a contribuir para a aprendizagem dos estilos da natação bem como para o crescimento saudável dos escolares.Objetivo: Analisar o percentual de gordura corporal dos escolares ingressantes no projeto Natação na Escola nos anos de 2006, 2007 e 2008.Metodologia: Foram avaliados 281 meninos que ingressaram no projeto no mês de março dos anos de 2006, 2007 e 2008. Para avaliação antropométrica contamos com a participação dos membros do LAFIEX- Laboratório de Fisiologia do Exercício. Para mensurar as dobras cutâneas foi utilizado um plicômetro científico (Cescorf), e para massa corporal uma balança eletrônica (Filizola) com precisão de 100g. O percentual de gordura foi calculado segundo o protocolo de Slaughter et al. (1988), e classificados de acordo com a tabela de referência proposta por Lohman (1987). Para apresentação dos dados utilizou-se a estatística descritiva.Resultados: No ano de 2006 foram avaliados 62 meninos, sendo que destes 9,67% encontravam-se na classificação normal (13,20±2,60) e 83,87% foram classificados como moderadamente alto (20,24 ± 10,44). No ano de 2007 foram avaliados 98 meninos, onde 100% encontravam-se classificados como moderadamente alto (21,04 ± 11,01). E no ano de 2008 foram avaliados 121 meninos, onde 100% encontravam-se classificados como moderadamente alto (21,39 ± 10,24). Conclusão: Analisando os dados acima se percebe que a classificação moderadamente alta prevaleceu em todos os anos e em todas as idades o que indica a preocupação com as crianças quanto aos seus hábitos de vida e a implicação destes com a saúde. Quanto ao programa de natação, considera-se um dos instrumentos para incentivar hábitos saudáveis, e uma possibilidade de desenvolver ações que considerem este resultado. Uma sugestão seria incluir as famílias para que estas também possam receber orientações e auxiliar na mudança do quadro.

Apoio / Parcerias: LAFIEX- Laboratório de Fisiologia do Exercício.

Percepcao de saude Bucal em pacientes Diabeticos Hemodialisados

  • MARINA BOS DE VASCONCELLOS, Graduando, ninamar-boss@hotmail.com
  • Constanza Marin de Los Rios Odebrecht, Dr(a), cm.geo@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Percepção Bucal, Diabeticos, Hemodialise


A Insuficiência Renal Crônica é um declínio progressivo e irreversível do número de néfrons funcionais que requer tratamento por hemodiálise ou transplante renal. O Diabetes Mellitus consiste na ineficiência da secreção de insulina e ou concomitante resistência à ação da insulina nos tecidos. Estas doenças e seus tratamentos possuem relação bidirecional com a saúde bucal, assim, as doenças sistêmicas e seus tratamentos influenciam a saúde bucal dos portadores,assim como a saúde bucal tem um forte impacto na saúde geral.
A educação em saúde bucal significa a aquisição de conhecimentos, o desenvolvimento de atitudes e criação de valores que levam o paciente a agir em benefício da própria saúde. Desta forma torna-se importante entender como a pessoa percebe sua condição bucal pois seu comportamento e condicionado por essa percepção.
O presente estudo teve por objetivo conhecer a percepção em saúde bucal dos pacientes diabéticos hemodialisados. Foram selecionados para o estudo 40 pacientes diabéticos que realizam hemodiálise na Fundação Pro Rim de Joinville ,SC . Nesses indivíduos foi aplicado um questionário contendo 40 questões .Os resultados parciais mostraram que a grande maioria dos pacientes entrevistados classificaram a sua saúde bucal como boa, relatando ausência de dor nos últimos 6 meses, não percebendo portanto necessidade de tratamento odontológico no momento.Todos os pacientes entrevistados já freqüentaram o dentista pelo menos uma vez na vida , mas apenas um paciente diz ter recebido orientação de como evitar problemas bucais.Nenhum dos pacientes entrevistados foi informado sobre a relação de alterações bucais com o Diabetes e a Insuficiência Renal Crônica (IRC).Todos os pacientes questionados ate o momento, possuem renda familiar inferior a R$700,00, e nenhum paciente possui curso superior.

PERCEPÇÃO DAS GESTANTES DAS UNIDADES BÀSICAS BOM RETIRO E BUCAREIN DE JOINVILLE, SOBRE ATENÇÃO ODONTOLOGICA NO PRÉ-NATAL.

  • JAN MICHAEL ARTMANN, Graduando, jan.michael@univille.net
  • Constanza Marin de los rios Odebrecht, Dr(a), cm.geo@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Odontologia, Gravidez, Atenção básica

Na gestação, a mulher passa por uma fase onde sua higiene bucal e outros cuidados odontológicos devem ser reforçados. As alterações hormonais e a doença periodontal podem ter conseqüências para a saúde oral e sistêmica como: baixo peso ao nascer, parto prematuro, pré-eclampsia e, inclusive, a saúde do bebê. As gestantes, em geral, desconhecem este fato. Atualmente na rede pública, durante o pré-natal, as gestantes passam por programas envolvendo palestras, onde são orientadas sobre cuidados com o bebê, amamentação, dieta e também são abordadas sobre a questão odontológica, sendo esta uma época importante para a motivação e conscientização, devido a maior receptividade neste período. Este trabalho tem por finalidade avaliar os conhecimentos de gestantes sobre atenção e cuidados primários, bem como suas conseqüências, no período gestacional visto que geralmente se fala mais sobre a doença cárie, pouco sobre doença periodontal e menos ainda sobre doença periodontal e baixo peso de nascimento, sendo essa uma época importante para motivação e conscientização. Uma vez avaliado este conhecimento, será possível desenvolver programas específicos de orientação odontológica para pacientes gestantes. A população do estudo foi composta por 100 gestantes, usuárias dos postos de saúde Bucarein, Bom Retiro e Jardim Sofia, da cidade de Joinville, SC. Através de um termo de consentimento livre esclarecido, todas consentiram em participar de maneira voluntária da pesquisa. A pesquisa foi realizada por meio da aplicação de um questionário contendo 17 perguntas abertas e fechadas, que foram respondidas pelas gestantes, e teve como objetivo avaliar seu conhecimento em relação à atenção e percepção das mesmas em relação à saúde geral e bucal. Dentro deste questionário, as perguntas dividiram-se em: identificação da gestante, conhecimento sobre doença cárie, percepção sobre o papel dos profissionais e serviços da rede pública, autopercepção bucal e percepção das gestantes quanto a doença periodontal na gravidez. Os resultados, até o momento parciais, demonstraram de uma maneira geral, com algumas excessões, a falta de conhecimento da maioria das gestantes frente a estes tópicos, principalmente em relação ao conceito e transmissibilidade da doença cárie e conhecimentos da doença periodontal relacionada ao baixo peso ao nascer e ao parto prematuro. As gestantes passam por palestras na maioria dos postos da rede pública, mas dificilmente recebem este tipo específico de informações. A doença periodontal deveria ser abordada nas palestras visando também o seu possível impacto na própria gestação.

Percepção e interação: jogos ambientais e crianças em fase escolar

  • MARIANA MANNES, Graduando, mariana.mannes@univille.net
  • Nelma Baldin, Dr(a), nelma.baldin@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação ambiental, crianças, dinâmica de grupo

Os problemas do meio ambiente têm tomado proporções imensuráveis nas últimas décadas. O fato é que esses problemas não se restringem apenas à realidade de uma determinada região ou país, mas refletem uma questão que envolve todos os cidadãos e deve ser pensada em âmbito mundial. Tendo em vista que a qualidade de vida do indivíduo é indissociável da qualidade do meio ambiente, torna-se necessário atentar para novas estratégias na educação, sendo que esta é entendida como a chave para a percepção e consciência da problemática ambiental. As escolas são um local privilegiado para a realização da educação ambiental, enquanto que os educadores têm buscado alternativas à sala de aula, principalmente utilizando-se de jogos lúdicos. Essa é a dimensão do Projeto de Pesquisa “Percepção e interação: jogos ambientais e crianças em fase escolar”, cujo objetivo geral é observar, por meio de análise crítica, a interação e a percepção das crianças em fase escolar em relação à pratica de jogos ambientais”. Pela aplicação da pesquisa qualitativa procedeu-se à observação, com análise crítica, da interação e percepção de crianças das 4as. e 5as. séries do ensino fundamental de duas escolas da rede pública do município de Joinville. O estudo buscou compreender a percepção e a interação das crianças em relação à prática de jogos (lúdicos e pedagógicos) voltados às questões ambientais (jogos ambientais). Para tanto, por meio de dinâmicas de grupo foram verificadas a aprendizagem/percepção dos estudantes em relação aos conteúdos ministrados pelos professores em sala de aula sobre a temática ambiental. As dinâmicas foram executadas imediatamente após a participação das crianças na aplicação dos jogos educativos. Com essa metodologia, procurou-se instigar o pensamento crítico das crianças bem como verificar a importância de jogos lúdicos como instrumento para a educação ambiental, o que resultou em uma maior sensibilização e conscientização por parte das crianças envolvidas com o estudo, em especial no referente aos temas ambientais. Em outras palavras, o estudo possibilitou a compreensão dos processos da motivação das crianças quanto às ações e procedimentos da educação ambiental.

Perfil clínico e epidemiológico do ambulatório de doenças inflamatórias intestinais do hospital municipal são josé de joinville

  • RAFAEL ARTHUR BALDESSIN, Graduando, nardela@gmail.com
  • Emanuela Reiser, Graduando, emanuelareiser@terra.com.br
  • Harry Kleinubing Junior, Dr(a), hkleinubing@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Retocolite ulcerativa, Doença de Crohn, Epidemiologia

Introdução: Doença Inflamatória Intestinal (DII) é um termo genérico que envolve a Doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU), as duas possuem manifestações clínicas decorrentes do acometimento do trato gastrointestinal e extra-intestinais. Suas causas ainda não são bem conhecidas, mas envolvem predisposição genética e fatores ambientais. Atingem preferencialmente pessoas jovens, cursam com recidivas freqüentes e admitem formas clínicas de alta gravidade. Objetivos: Análise epidemiológica e clínica dos pacientes atendidos no ambulatório de doenças inflamatórias intestinais do Hospital Municipal São José. Métodos: Obtenção dos dados através da análise do prontuário dos pacientes que foram acompanhados no Ambulatório de doenças inflamatórias intestinais do Hospital Municipal São José, de setembro de 2006 a setembro de 2008. Analisando-se a idade, sexo, diagnóstico, local de acometimento da doença e tratamento dos pacientes. Resultados: Foram analisados 82 pacientes, 20 com DC (25%) e 62 com RCU (75%). Em ambas as doenças houve predomínio de casos do sexo feminino, 65% do total de pacientes com Retocolte Ulcerativa e 60% do total de pacientes com Doença de Crohn eram mulheres. A média de idade foi de 42 anos (DP± 11,4). Na DC a região ileocecal foi a mais acometida (55%). A RCU clinicamente apresentou-se, principalmente, como retossigmoidite (RS) em 33% dos casos, como pancolite (PC) em 31% e como retite (R) em 27%. Conclusão: As características demográficas, de modo geral, foram semelhantes às já descritas na literatura, com predomínio de pacientes com RCU.

Perfil do percentual de gordura dos atletas da escolinha do são paulo futebol clube de joinville.

  • RICARDO CLEMENTE ROSA, Graduando, sgt_guitar@yahoo.com.br
  • Michele Gabarron Pedro, Graduando, myc_myc_mo@hotmail.com
  • Ana Kelly Barauna, Graduando, anakelly_b@yahoo.com.br
  • Pedro Jorge Cortes Morales, MSc, pedro.jorge@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: percentual de gordura, futebol, desempenho

Introdução: O futebol no Brasil está entre as modalidades mais praticadas e respeitadas, representando a cultura de nosso povo a nível mundial. É um esporte que necessita grande preparo físico, principalmente quando ele é executado visando o rendimento. Entretanto torna-se importante a obtenção de dados que oriente de forma adequada o planejamento de programas de treinamento. Sendo assim é indispensável o estudo que possa avaliar e acompanhar a evolução antropométrica desses atletas. Objetivo: Analisar o perfil do percentual de gordura dos atletas da escolinha do São Paulo futebol clube de Joinville. Metodologia: A amostra foi composta por 28 atletas do sexo masculino, com média de idade de 13,7±0,6 anos, massa corporal 55,1±8,8 kg e estatura 1,65±0,09 m. Para mensurar as dobras cutâneas foi utilizado um plicômetro científico, modelo Cescorf, para massa corporal uma balança eletrônica (Filizola) com precisão de 100g e para a estatura um estadiômetro (Gofeka) com precisão de 220cm. O cálculo do percentual de gordura foi realizado segundo o protocolo de Slaughter et al. (1988), e classificados de acordo com a tabela de referência proposta por Lohman (1987). Resultados: Através dos dados obtidos e pela preposição de análise a partir da referência de classificação do percentual de gordura corporal, pode-se verificar que 01 (4%) sujeito encontra-se classificado com o percentual muito baixo, necessitando um cuidado especial por parte da comissão técnica em relação à idade. Porém 16 sujeitos (57%) da amostra encontram-se classificados com um nível baixo de percentual de gordura, mas não preocupante e 11 sujeitos (39%) apresentaram níveis de normalidade quanto ao percentual de gordura corporal.Conclusão: É possível concluir através dos resultados obtidos, que os atletas da escolinha do São Paulo Futebol Clube de Joinville apresentam níveis satisfatórios de gordura corporal, o que pode ser um indicativo de que o programa de treinamento físico sistemático de futebol quando empregado corretamente, influencia de forma positiva no desempenho. Entretanto é necessário ter cuidado para que esses níveis aceitáveis não venham a se tornar índices de prejuízo ao sistema de treinamento do grupo. O esporte em questão proporciona uma grande redução da gordura corporal fato esse que deve ser levado em consideração.

Apoio / Parcerias: LAFIEX- Laboratório de Fisiologia do Exercício

PERFIS DE DISSOLUÇÃO DE SINVASTATINA A PARTIR DE DISPERSÕES SÓLIDAS PREPARADAS NA FORMA DE MICROPARTÍCULAS DE EUGRAGIT® E E PHB

  • IÁRA CRISTINA SCHMÜCKER, Graduando, iara.ics@gmail.com
  • SACHA KALINE SCHUCKO, Graduando, sacha.kaline@gmail.com
  • MELISSA ZÉTOLA, MSc, mzetola@univille.edu.br
  • GIOVANA CAROLINA BAZZO, Dr(a), gbazzo@uol.com.br
  • THEODORO MARCEL WAGNER, MSc, theowag@terra.com.br
  • GILMAR SIDNEI ERZINGER, Dr(a), gerzinger@univille.edu.br
  • BIANCA RAMOS PEZZINI, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Sinvastatina, Dispersões sólidas, Eugragit® E

A via oral é a principal via de administração de medicamentos, entretanto a baixa solubilidade em água apresentada por muitos fármacos pode prejudicar a sua absorção gastrintestinal e biodisponibilidade, comprometendo o efeito terapêutico. Sendo assim, o estudo de sistemas de liberação capazes de aumentar a dissolução de fármacos pouco solúveis torna-se bastante relevante. Um método que pode ser empregado para tal finalidade é a preparação de dispersões sólidas, que são sistemas em que o fármaco encontra-se disperso em um carreador inerte, geralmente um polímero hidrofílico. A microencapsulação, embora seja já utilizada para prolongar a liberação ou aumentar a estabilidade de fármacos, é um método pouco explorado para a obtenção de dispersões sólidas. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi caracterizar os perfis de dissolução de quatro formulações de micropartículas poliméricas contendo dispersões sólidas de sinvastatina em Eugragit® E e poli(hidroxibutirato) (PHB). Para tanto, os ensaios de dissolução foram realizados empregando-se o aparato 1 da Farmacopéia Americana, com agitação de 100 rpm, e 500 mL de ácido clorídrico 0,1N pH 1,2, mantido a 37 ºC, como meio de dissolução. As coletas foram realizadas em intervalos de 5, 10, 15, 20, 40 e 60 minutos e o fármaco foi quantificado por meio de espectrofotometria de absorção no UV (comprimento de ondamáx = 238,5 nm). O ensaio foi realizado em triplicata para cada formulação, tomando-se quantidades de micropartículas equivalentes a 10 mg do fármaco, contidas em cápsulas gelatinosas. Para todas as formulações, observou-se um aumento significativo na liberação da sinvastatina a partir das micropartículas, em comparação ao fármaco puro.

Apoio / Parcerias: Fundação de Apoio à Pesquisa da UNIVILLE (FAP UNIVILLE); CNPq – Brasil.

Prevalência de Maus Hábitos Bucais entre Crianças da Creche Estrelinha do Mar do Distrito do Saí - São Francisco do Sul/SC

  • NAYARA LUIZE VIEIRA, Graduando, nayara.luize@univille.net
  • Célia Maria Condeixa de França Lopes, MSc, cmcflopes@ig.com.br; cmcflopes@netvision.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Maus Hábitos Bucais, Crianças, Prevalência

Este trabalho teve por objetivo verificar a prevalência de maus hábitos bucais das crianças inseridas na creche Estrelinha do Mar do Distrito do Saí (São Francisco do Sul/SC). Para a coleta de dados foi utilizado um questionário com respostas objetivas, aplicado individualmente, sendo que as mães das crianças não tiveram acesso às alternativas dos testes. Das 72 crianças que freqüentam a creche apenas 29 mães aceitaram responder o questionário. O mau hábito bucal está presente em 19 crianças, todas aleitadas no peito, das quais 12 são meninas e 7 meninos, confirmando que as meninas são mais propensas aos maus hábitos bucais. O uso da chupeta foi o mau hábito bucal mais encontrado (9 crianças) seguido por morder objetos (6), respiração bucal (6), roer unha (3) e chupar dedo (3) sendo que o período mais freqüente foi o noturno. As mães relataram ter conhecimento sobre maus hábitos bucais. Os autores concluíram que a grande maioria das mães tem o conhecimento sobre maus hábitos bucais, mas desconhecem as suas conseqüências. Portanto o diagnóstico e a intervenção precoce permitem uma atuação em tempo hábil, evitando-se a continuidade dos efeitos negativos dos hábitos indesejáveis, quando estes já estão instalados.

PREVALÊNCIA DE TABAGISMO, CONSUMO DE ÁLCOOL E DROGAS ILÍCITAS EM GESTANTES ACOMPANHADAS PELOS PSF’S DA CIDADE DE JOINVILLE, SC.

  • CAMILA JANINE DE LIZ, Graduando, camila_liz@yahoo.com.br
  • Maria Simone Pan, G, masipan@gmail.com
  • Marco Fabio Mastroeni, Dr(a), marco.mastroeni@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Tabagismo/Alcolismo, Gestantes, Epidemiologia

No Brasil, são inúmeros os estudos que avaliam o tabagismo na população e suas conseqüências, mas são raros os que concentram suas análises no hábito de fumar em gestantes. Estima-se que no Brasil uma em cada quatro gestantes seja fumante e, mesmo na vigência de programas específicos voltados à interrupção do fumo na gravidez, cerca de metade delas não consegue abandoná-lo. O objetivo deste estudo foi descrever a prevalência de tabagismo, álcool e drogas ilícitas em gestantes acompanhadas pelos PSF’s da cidade de Joinville-SC. A pesquisa foi realizada em abril de 2008, em 23 PSF’s de Joinville, com mães cujos filhos nasceram em outubro de 2007 na Maternidade Darcy Vargas (MDV) e que foram cadastrados nas equipes de Saúde da Família. Após concordarem em participar do estudo e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as mães responderam um questionário envolvendo perguntas sobre dados pessoais, obstétricos, de aleitamento, do recém nascido e tabagismo/álcool/drogas ilícitas. Das 323 crianças nascidas em outubro de 2007 na MDV, 158 eram acompanhadas pelas Unidades de Saúde da Família, e 60 obedeceram aos critérios de inclusão. Das 60 mães que participaram do estudo, 8 (13,3%) relataram fumar antes da gestação. Destas, 5 (62,5%) revelaram que continuaram fumando ao longo dos três trimestres da gestação. Em relação ao etilismo, 15 (25%) mães relataram consumir bebida alcoólica durante a gestação, sendo a cerveja o tipo mais consumido ao longo dos três trimestres da gestação. Não houve registro do consumo de drogas ilícitas em nenhum mês da gravidez. Os resultados obtidos revelam que, independente do número e volume de cigarro/álcool consumido, ainda há uso de tais produtos no período gestacional. Mesmo com toda literatura e campanha disponíveis sobre os efeitos negativos no desenvolvimento da criança quando tais hábitos são utilizados pela mãe, ainda não há sensibilização destas em relação a este assunto. Conhecer os processos envolvidos no comportamento relacionado ao hábito de fumar e etilismo nas gestantes é fator determinante no desenvolvimento de campanhas preventivas direcionadas a evitar tais hábitos durante a gestação.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa e Secretaria da Saúde de Joinville

Processos Pedagógicos Aplicados ao Ensino da Educação Física no Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série.

  • CRISTIANE FERNANDA PEREIRA , Graduando, cristiane.fernanda@univille.net
  • Pedro Jorge Cortez Morales, MSc, pedro.jorge@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Processo pedagógico, Educação física, Ensino-aprendizagem

Atualmente encontramos nas aulas de educação física em redes de ensino, problemas na formação integral do educando e de seu acervo motor, podendo causar no mesmo, desmotivação e falta de interesse por atividades físicas e pela prática esportiva. O objetivo deste estudo foi diagnosticar e propor ações que busquem qualificar o processo pedagógico a ser aplicado no ensino da prática esportiva nas aulas de educação física em algumas instituições de ensino da cidade de Joinville. Foram avaliados sete profissionais de Eduacação Física e aproximadamente 480 estudantes de ambos os sexos com idades entre 11 a 14 anos das redes de ensino fundamental (5ª a 8ª série) em instituições públicas e privada na cidade de Joinville. Para determinar o presente estudo foram coletados dados através de observação direta, tendo sido analisado a atuação prática pedagógica de cada professor e o reflexo que esta causa nas situações de ensino-aprendizagem, seguido da aplicação de um questionário tanto para o educador quanto para o educando (alunos e professores que participaram por vontade própria da presente pesquisa) de cada série observada. Este estudo tem aprovação do CEP. Os resultados encontrados na pesquisa podem influenciar diretamente a classe atuante desta área, pois sua maior responsabilidade depende de sua autonomia e criatividade, no que diz respeito ao ensino-aprendizagem, em seu desenvolvimento integral e contínuo através de procedimentos pedagógicos coerentes com cada faixa etária dos educandos, independentemente da instituição de ensino em que integram. Após a análise dos dados, pôde-se perceber que muito se deve fazer para que a disciplina de educação física não perca espaço nas instituições de ensino, pois o que era pra ser um conteúdo de formação integral do educando, no sentido de conhecimento biopsicosocial, cultural e educacional, virou uma brincadeira para relaxar e espairecer durante o intervalo dos outros conteúdos, os quais tendem a ser julgados mais importantes pela sociedade. Excetuando os casos em que foi verificada a competência e o comprometimento dos professores na formação psicosociocultural e de uma identidade desportiva duradoura do educando, grande parte dos profissionais atuantes desenvolvem atividades diferenciadas e distantes das orientações dispostas pelo PCN (Parâmetro Curricular Nacional). Nesse sentido a aula de educação fisica corre um grande risco de se tornar um momento de atividade recreativa na qual os alunos fazem o que querem, como querem e o professor simplesmente atua como um coadjuvante em suas próprias aulas ou, em um cenário extremo, como um mero espectador

PROGRAMA INSTITUCIONAL “SORRIA VILA DA GLÓRIA: PESQUISANDO, ENSINANDO E REALIZANDO EXTENSÃO”

  • KARINE HELOUISA EBERHARDT, Graduando, karininhah86@gmail.com
  • Célia Maria Condeixa de França Lopes, MSc, cmcflopes@terra.com.br
  • Paulo Alexandre Soubhia, MSc, coof@terra.com.br
  • Edward Werner Schubert, MSc, ewschubert@ig.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: saúde bucal, tratamento odontológico curativo, extensão universitária

O curso de odontologia da Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE realiza um programa institucional de extensão “Sorria Vila da Glória”, no Distrito do Saí (população aproximada de 1800 habitantes) que tem como objetivo executar um programa de saúde bucal integral para a população de 0 a 12 anos. Esta comunidade isolada foi selecionada por possuir assistência odontológica restrita, onde não há fluoretação na água de abastecimento e a principal forma de acesso é a via marítima e/ou rodoviária (necessitando de suporte de balsas). Como atividades de extensão, realizamos promoção de saúde bucal nas escolas locais, atendimento domiciliar aos bebes, atendimento curativo de baixa complexidade no ambulatório local. Contamos ainda com mutirões, caracterizados por atendimento de média e alta complexidade nas crianças com necessidades urgentes e graves nas Clínicas Odontológicas da UNIVILLE. Em 10 Mutirões (dados de 2006 e 2007), foram atendidas 114 crianças, sendo realizados 419 procedimentos. Ainda há a oportunidade de desenvolvimento de projetos de pesquisa, como PIBICs (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica), TCCs (Trabalho de Conclusão de Curso) e Pesquisas institucionais. Para o desenvolvimento do projeto, contamos com 04 Professores, 04 Bolsistas do programa de extensão, acadêmicos voluntários de todas as séries do curso de odontologia e bolsistas do artigo 170. Como ensino, contamos com um módulo da Disciplina curricular de Estágios Extra Muros do 5º ano. O benefício oferecido é duplo; oferecemos à comunidade o atendimento odontológico que necessita e aos acadêmicos a oportunidade de novos conhecimentos. Ambos reconhecem a oportunidade e anseiam pela continuidade destas atividades que proporcionam a melhoria da qualidade de vida da comunidade.

Apoio / Parcerias: Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul; Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários.

Promoção do uso racional de medicamentos por meio da educação em saúde com os usuários da reginal de saúde aventureiro

  • DANIELE DUARTE, Graduando, daniele.duarte@univille.net
  • Januária Ramos Pereira Wiese, MSc, januariaramos@gmail.com
  • Ligia Hoepfner, MSc, ligia.hoepfner@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Farmácia caseira, Uso racional de medicamentos, Educação em saúde

Introdução: A farmácia caseira ou estoque domiciliar de medicamentos pode ser entendido como sendo o acúmulo domestico de medicamentos, perfazendo tanto os medicamentos em uso, quanto os de uso esporádico e os que estão fora de uso. Esse estoque pode ser formado tanto por aquisição através de prescrição médica, de compra por iniciativa própria ou de orientação de terceiros, sendo que as ultimas podem ser influenciadas por fatores econômicos, culturais e pela publicidade direcionada ao publico leigo nos diferentes meios de comunicação. Uma vez que esse estoque foi formado, ele pode influenciar os hábitos de consumo dos moradores, podendo ou não ser utilizado em uma outra prescrição, ou ainda gerar automedicação oriunda do próprio estoque. Questões como custo dos medicamentos estocados e risco implícito na sua utilização estão intimamente ligados à qualidade e ao uso racional desse estoque (FERNANDES, 2000). Objetivo: Promover o uso racional de medicamentos por meio da educação em saúde com os usuários da Regional de Saúde Aventureiro. Metodologia: O tipo de estudo foi prospectivo, observacional e intervencional, utilizando como técnica a coleta de dados por meio da observação da farmácia caseira nos domicílios dos pacientes, realização de entrevistas sobre a farmácia caseira e a utilização de medicamentos, e intervenção por meio de palestras, dinâmicas, oficinas, jogos educativos e produção de material gráfico sobre o armazenamento dos medicamentos, automedicação e uso racional dos medicamentos. Resultados: Foram realizadas 45 visitas a residências cadastradas no Programa de Saúde da Família da Unidade Básica de Saúde Santa Bárbara pertencente a Regional Aventureiro. Dos dados coletados observou-se que em 48,3% das residências os medicamentos eram armazenados na cozinha e 45,7% no armário sendo que 56,9% estavam expostos a luz, 98,3% ao calor e 60,3% estavam ao alcance das crianças. A maioria do medicamentos estava armazenado sem a bula, 72,4% e 53,4% dos medicamentos presentes na farmácia caseira não tinham sido indicados pelo médico. Os medicamentos mais encontrados na farmácia caseira foram paracetamol e dipirona. Conclusão: A pesquisa ainda não foi concluída, tendo sido realizado apenas a primeira etapa. Posteriormente será realizada uma palestra e dinâmica, onde serão reunidos todos os pacientes visitados e passadas informações sobre armazenamento e uso racional dos medicamentos e após a palestra serão realizados jogos e perguntas para avaliação do conhecimento e do entendimento das informações.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

Qualidade de vida nos pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais mensurada através do Questionário IBDQ

  • JULIANA BIZATTO, Graduando, juliana.bizatto@univille.net
  • Carina Paula Pacheco, Graduando, carinappacheco@yahoo.com.br
  • Débora Alchieri, Graduando, dehka_alchieri@hotmail.com
  • Harry Kleinubing Jr., Dr(a), hkleinubing@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: qualidade de vida, doenças inflamatórias intestinais, questionários IBDQ

INTRODUÇÃO: As doenças inflamatórias intestinais (DII) durante seu curso podem, através da interação de vários fatores, causar diferentes impactos no grau de satisfação de vida dos seus portadores. Uma das formas de medir a responsividade das DII ao tratamento é através da repercussão na qualidade de vida dos pacientes. Embora qualidade de vida seja um tema subjetivo, pode-se tentar mensurá-la através do questionário IBDQ. OBJETIVO: Averiguar a qualidade de vida de pacientes com DII em Joinville. MÉTODOS: Foram aplicados questionários nos pacientes hospitalizados e atendidos no ambulatório do Hospital São José no período de 26 de agosto a 10 de setembro de 2008. O questionário IBDQ, traduzido para o português, consta de 32 perguntas objetivas, determina um escore que varia de 32 a 224 e avalia os pacientes em quatro domínios: aspectos intestinais, sistêmicos, sociais e emocionais. O resultado 32 pontos é a menor pontuação representando o mínimo possível de qualidade de vida, enquanto 224 é o outro extremo, mostrando uma qualidade de vida ótima. Os domínios social e sistêmico somam 35 pontos cada, o emocional 84 e o intestinal 70. Algumas informações adicionais foram inquiridas: data, nome, endereço, idade e telefone dos pacientes, presença de ileostomia ou colostomia, tipo de DII, tempo de diagnóstico da doença e tratamento. RESULTADOS: Até o momento 14 pacientes participaram da pesquisa, 5 portadores de Doença de Crohn e 9 de Retocolite Ulcerativa. Desses, 8 mulheres e 6 homens, 12 pacientes foram abordados em ambiente ambulatorial e 2 estavam hospitalizados, a idade média foi 44,5 anos (31-55). Apenas 1 paciente possuía ileostomia, os outros 13 não tinham estoma. Em relação ao tempo de diagnóstico, 6 tinham a doença diagnosticada há menos de 10 anos e os outros 8 há mais de 10 anos. O valor máximo do escore IBQD foi 211 e o mínimo 101. A média com relação ao escore total foi de 162, já as médias dos domínios específicos eram: 56 para aspectos intestinais, 22 para sistêmicos, 26 para sociais e 59 para emocionais. O domínio com a menor pontuação relativa foi o domínio sobre aspectos sistêmicos. A média dos escores dos pacientes ambulatoriais foi 165 enquanto dos hospitalizados foi de 145. CONCLUSÃO:Os resultados iniciais demonstram que há um impacto biopsicossocial que reduz a qualidade de vida dos pacientes portadores de DII e que os pacientes ambulatoriais mostram menos redução na qualidade de vida nessa amostra.

Apoio / Parcerias: Hospital Municipal São José

Relação entre a composição do ictioplâncton e de peixes capturados na pesca artesanal na baía da Babitonga em outono e inverno

  • LETICIA NOVAES DUARTE, Graduando, lele_nd@yahoo.com.br
  • Fabiane da Silva Döge, Graduando, biodoge@hotmail.com
  • Micheli Duarte de Paula Costa, Graduando, midudu_bio@hotmail.com
  • José Maria de Souza da Conceição, MSc, zzze.maria@mailcity.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ictioplâncton, comunidades pesqueiras, baía da Babitonga

A baía da Babitonga é um importante complexo estuarino de Santa Catarina e apresenta alto potencial como berçário para muitos peixes capturados na pesca. Este trabalho objetivou estudar a relação entre os componentes da comunidade íctica presentes no ictioplâncton e na pesca artesanal. Amostras de ictioplâncton foram obtidas com rede de plâncton cônica, diâmetro 40cm, malha 200µm e fluxômetro acoplado, sendo rebocada por dois minutos. As amostras foram fixadas em formol 4%. No laboratório, o ictioplâncton foi triado sob microscópio estereoscópico binocular e as larvas identificadas via guias especializados. Informações da pesca foram obtidas com entrevistas em abordagens aos pescadores nas diversas comunidades pesqueiras, visualização e identificação de capturas. As larvas identificadas para as épocas de outono e inverno foram Lycengraulis grossidens, Bairdiella ronchus, Cynoscion sp., Umbrina sp., Stellifer sp., e as famílias Carangidae, Mugilidae, Blenniidae, Haemulidae e Gobiidae. As espécies identificadas a partir das visitas aos pescadores foram Diplectrum radiale, D. formosum, Harengula clupeola, Opisthonema oglinum, Lycengraulis grossidens, Trichiurus lepturus, Cetengraulis edentulus, Micropogonias furnieri, Prionotus punctatus, Priacanthus arenatus, Oligoplites saliens, O. saurus, Chloroscombrus chrysurus, Trachurus lathani, Isopisthus parvipinnis, Sphoeroides sp., Selene vomer, S. setapinnis, Larimus breviceps, Symphurus plagusia, Ctenosciaena gracilicirrhus, Diapterus rhombeus, Eucinostomus argenteus, E. gula, Ulaema lefroyi, Peprilus paru, Macrodon Ancilodon, Stephanolepis sp., Epinephelus marginattus, Caranx hippos e Atherinella brasiliensis. As espécies mais abundantes para as épocas na pesca foram Bairdiella ronchus, Menticirrhus americanus, M. littoralis, Paralonchurus brasiliensis, Cathorops spixii, Steliffer steliffer, S. brasiliensis, S. rastrifer, Mugil sp., Netuma barba, Citharichthys spilopterus, Scomberomorus sp., Cynoscion sp., Chaetodipterus faber, Pogonias cromis, Centropomus paralellus e C. undecimalis, além de representantes das famílias Haemulidae, Polynemidae, Hemiramphidae, Belonidae. Ao envolver em parte o método de entrevista ocasionaram-se algumas identificações ao nível de família e gênero, no caso do ictioplâncton a identificação é tarefa complexa. Os pescadores artesanais, em seus relatos, chamam a atenção para espécies que vêm diminuindo na área interna da baía e associam o fato a influência antrópica, como destruição de ambientes criadouros, degradação das margens, atividade portuária, pesca predatória e principalmente, em algumas áreas, ao fechamento do canal do Linguado. Os resultados obtidos representam a busca por qualificar a contribuição da baía da Babitonga na renovação de recursos pesqueiros. Esta pesquisa pioneira permite sugerir mais estudos e investimentos em manejo deste ecossistema, permanecendo a necessidade de abordagens quantitativas, integração de dados entre diferentes habitats da área de estudo e avaliação de seu potencial antes de qualquer alteração.

RELATO DE CASO - ACNE SEVERA EM PACIENTE COM SÍNDROME DE APERT

  • MURIEL MATIAS MELO, Graduando, muriel.mmm@gmail.com
  • Lauro Barreto Neto, Graduando, laurolbn@gmail.com
  • Leonardo Souza de Carvalho, Graduando, leocarvalho.sc@gmail.com
  • Eoda Maria Bissacotti Steglich, MSc, eoda@eodamedicinaestetica.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: síndrome de Apert, acne, isotretinoína

Introdução. A síndrome de Apert foi inicialmente descrita por Wheaton, em 1894. Em 1906, Apert reuniu 9 casos e, em 1920, Park e Powers publicaram um ensaio sobre essa entidade. Essa síndrome apresenta uma herança autossômica dominante, com mutação no receptor do fator de crescimento 2 do fibroblasto - FGFR2. Sua prevalência é de 1 em 65.000 nascidos vivos.As principais anormalidades encontradas nessa síndrome são: craniossinostose irregular, hipoplasia da face média, sindactilia e com tendência a fusão de estruturas ósseas. Durante a adolescência, pode ser observado um aumento excessivo da produção de sebum e lesões acneiformes em regiões não comumente afetadas na acne vulgar. Relato de caso. V.V.S., 15 anos, proveniente de Rio Negrinho, SC, portadora da síndrome de Apert, procurou atendimento no ambulatório de dermatologia da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), devido às lesões acneiformes com comedões abertos e fechados, lesões pápulo-pústulosas, císticas, cicatrizes atróficas e hipercrômicas (violáceas). As lesões se estendiam por toda a face, região auricular posterior e cervical, tórax anterior (até região de cicatriz umbilical), dorso, membro superior (até punhos), nádegas e coxas. As lesões tiveram início aos 11 anos, com história de menarca aos 15 anos. Não há sinais de virilização. A paciente nega ter realizado qualquer tratamento tópico ou oral. Discussão. Associação entre a síndrome de Apert e acne vulgar já foi relatada por Salomon et al. (1970) O desenvolvimento de lesões disseminadas e severas é característica desses pacientes. A relação entre seborréia, acne e anormalidades do esqueleto nesses pacientes é incerta, no entanto, um possível mecanismo pode ser uma hipersensibilidade endógena a androgênios. Teoricamente, isso pode levar a um aumento da secreção sebácea e maturação precoce do esqueleto. Em outro relato de caso, descrito por Atherton, Rebello e Wells, mostrou que a produção total de lipídio na pele do paciente com síndrome de Apert é muito maior do que em um paciente com acne vulgar sem a síndrome.Segundo a literatura, a acne nesses pacientes é resistente ao tratamento convencional tópico (clindamicina, eritromicina, tretinoína, peeling) e sistêmico (tetraciclina, eritromicina). A única medicação que mostrou eficácia terapêutica no controle da acne foi a isotretinoína sistêmica.Até o momento da confecção deste estudo, a paciente estava esperando a medicação prescrita (isotretinoína sistêmica), a qual é fornecida pelo programa de alto custo do Sistema Único de Saúde (SUS). A paciente estará em acompanhamento no ambulatório de dermatologia da UNIVILLE durante todo o tratamento.

RESULTADOS PARCIAIS DA COMPARAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE RESSUSCITAÇÃO VOLÊMICA PRECOCE DA SEPSE SEVERA E CHOQUE SÉPTICO, BASEADA EM PRESSÃO VENOSA CENTRAL OU VARIAÇÃO DA PRESSÃO DE PULSO

  • MICHELE SALFER, Graduando, michele.salfer@gmail.com
  • Dimitri Sauter Possamai, Graduando, dzymah@yahoo.com.br
  • Alonso Rettore Mendes, Graduando, alonso_rettore@yahoo.com.br
  • Janaina Feijó, E, janafeijo@yahoo.com.br
  • Louise Trindade, E, louise_trindade@yahoo.com.br
  • Glauco Adrieno Westphal, Dr(a), glauco.w@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Sepse, Expansão volêmica, Monitorização hemodinâmica

Introdução: Pacientes com sepse grave e choque séptico apresentam grande déficit de volume intravascular, que pode estar associado a baixo débito cardíaco. A restauração precoce do fluxo sanguíneo com expansão volêmica tem grande impacto na redução da mortalidade. A pressão venosa central (PVC), parâmetro mais utilizado para diferenciar entre a necessidade de líquidos e o uso de inotrópico, tem baixíssima sensibilidade e especificidade. Por outro lado, o uso da variação respiratória da pressão de pulso arterial (VPP) em pacientes sob ventilação mecânica, tem sensibilidade e especificidade em torno de 95% para identificar a necessidade de volume ou de inotrópico como forma de alcançar as metas de oxigenação. Objetivos: Comparar a PVC e a VPP como guia de responsividade cardiovascular na ressuscitação precoce do paciente com sepse grave e choque séptico ventilado mecanicamente. Método: Estudo observacional e prospectivo realizado na UTI Geral do Hospital Municipal São José de Joinville, SC, em pacientes com choque séptico, maiores que 18 anos e em ventilação mecânica, a partir de maio de 2008 a outubro de 2010. Foram incluídos 10 pacientes sendo 5 em cada grupo, PVC ou VPP. Os pacientes foram randomizados por sorteio numérico associado a um grupo descrito em uma planilha de randomização da internet. Foram coletados dados referentes a VPP e PVC em diversos horários pré-determinados a partir da inclusão no estudo. Estes dados foram comparados com a decisão clínica de infusão volêmica e a concordância entre os métodos. Resultados: Desde o início do protocolo, os pacientes do grupo PVC receberam, em média, nas primeiras 6, 24 e 48 horas 1100ml, 1960ml e 2160ml, respectivamente, e os pacientes do grupo VPP receberam 2950ml, 3350ml, 4750ml. Já a partir do diagnóstico, o grupo PVC recebeu em média 3710ml e o grupo VPP 5450ml. Foram realizadas 184 medidas de PVC e VPP sendo possíveis 89 comparações, constatando-se 38 discrepâncias, o correspondente a aproximadamente 42% das medidas. Houve concordância clínica para infusão de fluídos de acordo com os valores encontrados, no grupo da PVC de 41,1% e no grupo VPP de 85,7%.

Riscos da Automedicação: Tratando o problema com conhecimento

  • VIVIANE SCHULTZ, Graduando, vivisch88@yahoo.com.br
  • Mariane Cristina Guttervill Leite, Graduando, marianecgl@hotmail.com
  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@gmail.com
  • Januaria Ramos Pereira Wiese, MSc, januariaramos@gmail.com
  • Lígia Hoepfner, MSc, ligia.hoepfner@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Automedicação, Ensino médio, Uso racional de medicamentos

Introdução: Uma das grandes dificuldades enfrentadas pela saúde, é o uso irracional de medicamentos. Tomar medicamentos por conta própria, por indicação de um vizinho ou familiar pode trazer diversos efeitos colaterais, causando situações de risco como intoxicações graves. Para desestimular a automedicação, a educação em saúde e a atenção farmacêutica se tornaram métodos importantíssimos para minimizar os efeitos destes problemas. Objetivo: Conscientizar a população da rede escolar do município de Joinville; e comunidade sobre os riscos da automedicação, promovendo o uso racional de medicamentos. Metodologia: Atividades desenvolvidas em escolas do município de Joinville, no formato de dinâmicas e palestras sobre o assunto, partindo-se do conhecimento existente, visando orientar o uso racional de medicamentos, estas atividades são realizadas com estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e privadas. A dinâmica é constituída pela divisão em grupos com cinco integrantes, que recebem uma caixa com medicamentos, representando uma “Farmácia Caseira”, contendo medicamentos com falhas técnicas, degradados pelo armazenamento e transporte inadequados, embalagens semelhantes, com prazo de validade vencido e ainda medicamentos parecidos com bala. Os estudantes recebem um formulário que dirige a análise do conteúdo da caixa sendo orientados neste processo pelos extensionistas, em seguida o conhecimento é socializado e discutido para consolidar as informações. A atividade é sempre analisada por um extensionista observador. Resultados: Desde o ano de 2006, a atividade já foi realizada em seis escolas do município de Joinville, totalizando 14 oficinas, e atendeu aproximadamente 474 alunos. O projeto não se limitou às escolas, mas também atendeu a todas as solicitações que recebeu, totalizando 2.890 pessoas atendidas, incluindo as oficinas, palestras e feiras. O projeto também integra Ensino, Pesquisa e Extensão, por meio da participação dos alunos extensionistas e dos professores em disciplinas afins do curso de farmácia e projetos de pesquisa relacionados ao tema. Conclusão: Os estudantes envolvidos diretamente no projeto, têm sua formação na educação superior complementada, consolidando a graduação de farmacêuticos melhor preparados, com uma visão crítica apurada, conduta profissional e ações, transformadoras da sociedade. Estas atividades realizadas pelo projeto trazem ao público informações relevantes no que diz respeito à promoção do uso racional de medicamentos, bem como alerta para os cuidados com os riscos da automedicação.

Apoio / Parcerias: FAEX

USO PROFILÁTICO DE ANTIBIÓTICO NA RUPTURA PREMATURA DE MEMBRANAS

  • LEONARDO SOUZA DE CARVALHO, Graduando, leocarvalho.sc@gmail.com
  • Jean Carl Silva, Dr(a), jean@clinicavitae.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ruptura prematura de membranas, infecção, antibióticos

Introdução: O uso de antibiótico profilático na ruptura prematura de membranas (RUPREME) em gestações pré-termo já está estabelecido, porém permanece a dúvida de qual antibiótico deve ser utilizado. Ao que os estudos científicos indicam, a Eritromicina (recomendado pela Organização Mundial de Saúde – OMS) é a droga de escolha, entretanto é de difícil adesão devido aos efeitos colaterais e sua meia vida curta, exigindo um maior número de tomadas durante o dia. Esta pesquisa visa testar outro antibiótico da mesma classe da Eritromicina (macrolídeos), a Azitromicina, que possui regime posológico mais favorável devido a sua meia vida mais longa. Objetivos: Avaliar a eficácia de dois antibióticos macrolídeos na melhora do resultado perinatal da RUPREME antes de 34 semanas de gestação. Metodologia: trata-se de um estudo do tipo ensaio clínico prospectivo e randomizado. Os critérios de inclusão são: gestantes com idade gestacional de 24-32 semanas, com feto único, apresentando ruptura prematura de membranas, sem malformação uterina ou incompetência istmo-cervical diagnosticada. A participação das gestantes é voluntária, sendo necessário a adesão ao termo de consentimento livre e esclarecido (resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde). A pesquisa está ocorrendo na Maternidade Darcy Vargas (Joinville – SC), desde sua autorização pelo Comitê de Ética da mesma, em abril desse ano. O diagnóstico de RUPREME é clínico, sendo realizado pela anamnese e exame ginecológico da paciente. A IG é calculada pela data da última menstruação ou pelo resultado do Ultra-som após 12º semana. A população estudada é dividida aleatoriamente (sorteio) em 2 grupos: um que faz uso de Eritromicina na dose de 500mg de 6/6hs por 7 dias, e outro que utiliza Azitromicina 2g em 2 doses, no primeiro e no quinto dia. Resultados: Até o presente momento estão contabilizadas 24 participantes, sendo oito do grupo da Eritromicina e dezesseis do grupo da Azitromicina. Conclusões: devido à pequena amostra populacional obtida é inadequado inferirmos conclusões quanto ao uso dos antibióticos supracitados na RUPREME. Esperamos contanto que esse número aumente até o término da pesquisa, possibilitando-nos a comprovação dos efeitos benéficos da Azitromicina nas gestantes com RUPREME.

Apoio / Parcerias: PIBIC - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

Uso racional de plantas medicinais

  • Isabel Cristina Zattar, Graduando, isabel.zattar@univille.net
  • Karine Kohl, Graduando, karinekohl@hotmail.com
  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@hotmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, crinnert@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: plantas medicinais, uso racional, fitoterapia

Desde a antiguidade, plantas têm sido utilizadas com fins terapêuticos para os mais diversos tipos de mazelas que assolam a humanidade. Os riscos do uso de plantas medicinais estão relacionados à dificuldade de identificação botânica e às fontes de informações sobre indicações e formas de preparo que, por vezes, mostram-se inadequadas. Assim, a popularidade das plantas medicinais na comunidade de Joinville torna indispensável o desenvolvimento de atividades de educação em saúde que orientem sobre seus usos e cuidados. Com este projeto procurou-se conscientizar e esclarecer a comunidade de Joinville sobre o uso correto de plantas na medicina caseira. Durante o ano de 2008, diversas palestras e oficinas voltadas à comunidade foram realizadas, com exposição de plantas medicinais e tóxicas, informando sobre o uso adequado das primeiras e alertando sobre os efeitos nocivos das últimas. Atividades dinâmicas como jogo da memória sobre plantas tóxicas e jogo dos sentidos envolvendo plantas medicinais constituíram ferramentas didáticas muito úteis para a compreensão de crianças e adolescentes das escolas de Joinville. Neste ano, o público alvo constituiu-se principalmente de crianças e adolescentes de 7 a 15 anos (que demonstraram grande interesse pelo assunto, compartilhando as informações adquiridas com seus familiares); e de idosos, detentores de amplo conhecimento tradicional, mas buscando informações seguras sobre o uso de plantas medicinais. Foi observado que a maioria das pessoas já tinham ouvido falar ou já faziam uso das plantas apresentadas nas exposições, embora nem sempre de forma correta. Com o jogo dos sentidos pode-se verificar as dificuldades e facilidades inerentes a cada indivíduo na distinção e reconhecimento de plantas medicinais. Durante as atividades realizadas com o jogo da memória sobre plantas tóxicas, pôde-se perceber que cerca de 60% dos participantes não tinham conhecimento do risco que podem correr pelo contado direto com tais plantas, freqüentemente utilizadas como ornamentais. As atividades desenvolvidas pelo projeto são divulgadas e constantemente atualizadas em página da internet (http://urpm.blogspot.com/). As diversas apresentações realizadas durante feiras, oficinas e edições do “UNIVILLE na comunidade” contribuíram positivamente para disseminar informações sobre o uso racional de plantas medicinais. É uma característica comum às crianças transmitirem aquilo que aprendem para todos os seus familiares e conhecidos, o que amplifica o resultado do esforço de educação em saúde. As pessoas idosas, que trazem uma bagagem de conhecimento sobre as propriedades das plantas, compartilham seu conhecimento e aperfeiçoam as informações que possuem, usando as plantas medicinais com maior efetividade e segurança.

Variação da densidade, composição e distribuição da macrofauna bentônica sublitoral na desembocadura da Baía da Babitonga (Santa Catarina, Brasil)

  • FELIPE BECKER, Graduando, f.becker@univille.net
  • Alexandre Mazzer, Dr(a), mazzer@matrix.com.br
  • Danilo Nass, Graduando, danilo.nass@bol.com.br
  • Mariana Serwy Oortman, Graduando, mare.bio@gmail.com
  • Gabriel Daniel Conorath, Graduando, gabrieldc31@yahoo.com.br
  • Luiz Alsemo Palazzi Steffem, Graduando, luizstreet@gmail.com
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Macrofauna bentônica, setor externo, Baía da Babitonga

O estuário é um corpo d’água semi-fechado ligado ao oceano, onde ocorre a diluição das águas marinhas com a água doce da drenagem continental. Os setores de um estuário, o canal principal e as margens podem apresentar comunidades distintas de macrofauna, de acordo com as características físico-química e as hidrodinâmicas em menor escala. O objetivo do trabalho foi determinar densidade, composição e distribuição da macrofauna bentônica do sublitoral inconsolidado no leito e nas margens do canal no setor externo da Baía da Babitonga. As amostras foram retiradas em cinco pontos do transecto nas profundidades de 2,5; 6,5; 11; 5,5 e 2,5 metros com o auxílio de um amostrador cilíndrico de aço com 25 cm de diâmetro por 15 cm de altura. Na superfície as amostras foram lavadas numa malha de 500 µm de abertura, fixadas em formalina a 10% neutralizada, triadas em laboratório e a macrofauna bentônica identificada e quantificada. A variação topográfica do perfil do fundo foi determinada com dados do DHN. Amostras de água de superfície e fundo foram coletadas com uma garrafa de Van Dorn e determinadas a salinidade e a temperatura. A variação topográfica do fundo tendeu a ser inclinada na margem do SE do canal e a formação de uma planície submersa na margem NW. A salinidade média foi 29 em ambos os estratos e a temperatura variou de 27oC na superfície e 26oC no fundo. Polychaeta dominou com 62,7% da densidade de organismos, seguido de Echinodermata com 11,4% e Crustacea com 11%. A maior densidade de organismos foi encontrada na profundidade de 5,5 m da margem NW do canal, enquanto o maior número de táxons ocorreu em ambas as profundidades intermediárias. Os táxons dominantes foram Ninoe sp. com 16,1%, Isolda pulchela com 10,85%, uma espécie de Holoturoidea com 6,95% e Magelona papilicornis com 6,27%, considerando que todos foram mais abundantes na profundidade de 5,5 metros. A dominância de Polychaeta é uma característica comum de fundos inconsolidados de estuários no sul do Brasil, principalmente no setor externo desses sistemas. A dominância de táxons ocorreu em função da conformação do fundo, no perfil estudado, que apresentou características de uma planície submersa, onde há uma tendência de redução das correntes de fundo e a maior retenção de detritos. Assim, as conformações dos fundos devem ser consideradas componentes importantes na determinação das características das comunidades macrobentônicas de fundos sublitorais inconsolidados de fundos estuarinos.

Apoio / Parcerias: FAP

Vivência Acadêmica na Extensão

  • ELISANDRA FERRARI ALVES, Graduando, elisandra.ferrari@univille.net
  • Patricia Esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Vivência, Natação, Extensão

A vivência acadêmica em projeto de extensão possibilita articular na prática as atividades de ensino desenvolvidas no curso de Educação Física e desperta o interesse para investigação. No dia a dia nos deparamos com situações novas que exigem muitas vezes respostas imediatas. Estas respostas são possíveis na medida em que estamos amparados pelo suporte teórico abordado nas disciplinas da graduação, tanto quanto pela exigência de novas leituras que nos são exigidas pelas circunstâncias do projeto. O projeto a que se refere é o Natação na Escola que tem por objetivo ensinar a nadar crianças da rede pública de ensino de Joinville. É um projeto de extensão da UNIVILLE e instituições parceiras que oferece aulas de natação gratuitas de segunda à sexta-feira no período vespertino, das 14:00 às 15:30 e no período matutino: segunda, quarta e sexta-feira das 8:00 às 9:30 com duração de 45 minutos cada aula. As turmas são divididas conforme nível de aprendizado: ambientação, níveis I, II e III, pré-treinamento e treinamento. O planejamento das atividades é feito pelos monitores seguindo um cronograma por nível de habilidades, com sete semanas de aprendizado e na oitava a avaliação. As atividades são supervisionados pela coordenadora do projeto. São realizadas reuniões semanais aonde são discutidas as propostas das atividades e há troca de conhecimento entre os monitores e a coordenação. Os benefícios do projeto Natação na Escola podem ser destacados em dois aspectos: o retorno da comunidade que tem sido muito positivo. Os pais relatam que seus filhos melhoram a saúde, o comportamento na escola e em casa, emagrecem e agradecem a oportunidade que o projeto proporciona a seus filhos sendo gratuito. Como resultado acadêmico, o projeto tem proporcionado grande aprendizado, pois além de colocar em prática o conhecimento teórico, surge a necessidade de pesquisar e aprender cada vez mais. O projeto pode ser considerado uma vitrine profissional, pois os monitores são observados constantemente pelas coordenações e outros profissionais. Destaca-se também o quanto gratificante é, ver o resultados dos alunos a partir das ações desenvolvidas. Muitos alunos começam a prática com medo, muitas dificuldades de coordenação motora e sem resistência para atravessar a piscina. Com a estruturação do planejamento por níveis de habilidades e cronograma específico que considera as experiências anteriores e conteúdos semanais é possível registrar o processo e os resultados alcançados e ter a clareza da escolha profissional acertada.