Área 01 - Ciências Exatas e Tecnológicas

Índice

  1. Análise da viabilidade técnica do uso de resíduos lignocelulósicos gerados na bananicultura como substrato de fermentação na produção de bioálcool: contribuições das hidrólises ácida e enzimática sobre a produção de açúcares redutores totais.
  2. Aplicação de um Sistema de Gestão Ambiental aliado ao Ecodesign para a busca do aumento de desempenho ambiental de uma técnica artesanal de reciclagem de papel com fibras de bananeira
  3. Avaliação de técnicas de reprodução em laboratório para ostras nativas Crassostrea brasiliana (Lamarck, 1819)
  4. Composição e Diferenciação Espacial de Sedimentos na Faixa de Manguezal da Baía da Babitonga - Fase 2
  5. Correlação das variáveis ambientais com o rendimento gonado-somático do mexilhão Perna perna (linnaeus, 1758), no saco do Iperoba, baía da Babitonga, São Francisco do Sul, SC.
  6. Desenvolvimento de biocompositos de PHBV utilizando po de madeira como carga
  7. Desenvolvimento de produtos e de um equipamento para a reciclagem de embalagens de leite tetrapak
  8. Desenvolvimento um carrinho de coleta seletiva de resíduos utilizando conceitos ergonomicos
  9. Do Projeto ao Programa ‘A Matur(a)idade Na Univille’
  10. Elaboração do inventário de emissões atmosféricas do município de Joinville/SC
  11. Estudo da Dinâmica Sedimentar Fluvial da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão do Norte - SC
  12. Estudo de Caso: o uso de agroquímicos em área urbana do Distrito de Pirabeiraba – Joinville SC
  13. Estudo Hidrossedimentológico da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão
  14. INTERCÂMBIO CIENTÍFICO NO CAMPO DO GERENCIAMENTO COSTEIRO: ALFA-ELANCAM
  15. Lagoas de estabilização para tratamento de lixivado de aterro industrial
  16. Mapeamento do uso da terra e qualidade da água do rio cubatão
  17. Mapeamento Geomorfológico da Região Nordeste de Santa Catarina - Fase 2
  18. Maximização da produção do bioinseticida Bti por processo fermentativo em estado sólido - Ano 3: Influência do inóculo sobre a produção de esporos e sobre a toxidez do produto contra larvas de mosquitos
  19. Monitoramento da Qualidade de Águas Superficiais de Três Bacias Hidrográficas em Joinville-SC
  20. Padrões de composição e distribuição da macrofauna bentônica em quatro transectos na Baía da Babitonga (Santa Catarina, Brasil)
  21. Produção de Agaricus bisporus em substrato residual de Pleurotus spp. e avaliação das propriedades antivirais e anticolesterolêmicas de Agaricus blazei
  22. “Reciclar a sociedade” interface do Programa Reciclar com a comunidade Joinvillense

Resumos

Análise da viabilidade técnica do uso de resíduos lignocelulósicos gerados na bananicultura como substrato de fermentação na produção de bioálcool: contribuições das hidrólises ácida e enzimática sobre a produção de açúcares redutores totais.

  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br
  • Bruna Coelho, Graduando, bruna.coelho@ibest.com.br
  • Sharline Giovanelli do Prado, Graduando, shar_rrr@hotmail.com
  • Mahara Pereira de Melo, Graduando, maha_euzinha@hotmail.com
  • Theodoro Marcel Wagner, MSc, theowag@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: hidrólise , bioálcool, valorização de resíduos

O processo de bioconversão de substratos lignocelulósicos em etanol combustível requer basicamente três etapas distintas: conversão da biomassa em açúcares redutores, fermentação e extração do produto. Neste trabalho, foi avaliado a possibilidade do uso dos resíduos polpa (rejeito) e cascas de bananas, pseudocaule e folhas da bananeira como potenciais substratos da fermentação. Para tanto foram realizados estudos da primeira etapa do processo envolvendo os seguintes tratamentos dos resíduos: (a) aquecimento térmico (90, 100 ou 120°C durante 15 ou 30 minutos), (b) hidrólise ácida (H2SO­ 1 e 2% m/m a 90, 100 ou 120°C e 15 ou 30 minutos), (c) hidrólise enzimática com celulase, β- glucosidase, xylanase e complexo enzimático, nas condições operacionais definidas pelo fornecedor Novozymes. Todos os tratamentos foram realizados em Erlenmeyers de 250 mL contendo 100 mL de volume de trabalho e 250 g de massa úmida de resíduo. As determinações das concentrações dos açúcares redutores totais (ART) glicose, frutose, sacarose, manose, xylose e arabinose foram realizadas em cromatografia líquida empregando coluna HPX-87P. Os maiores valores em ART e em rendimentos calculados em base úmida (YART/S) foram obtidos com a hidrólise ácida a H2SO­4 2% ­/120°C. Esses valores foram de: 62,3 g.L-1 e 0,25 para a polpa; 6,2 g.L-1 e 0,02 para as cascas; 10,6 g.L-1 e 0,04 para o pseudocaule; 0,5 g.L-1 0,3 g.L-1 e 0,001 para as folhas. O tempo de processo foi de 15 min para todos os resíduos, exceto para o pseudocaule que foi de 30 min. Os ganhos percentuais nessas conversões, tendo como base o valor de ART no início do processo, foram de 40,6% para a polpa, 97,6% para as cascas, 179,7% para o pseudocaule e 200% para as folhas. Mesmo tendo apresentado um maior valor no ganho percentual, as folhas de bananeira, por apresentarem valores de ART e YART/S muitos baixos em relação aos outros resíduos avaliados, não foram consideradas viáveis para a produção de bioálcool. Este resíduo deverá ser reavaliado futuramente como alternativa à geração de energia por combustão e/ou pirólise (estudo de autogeração de energia). A hidrólise enzimática, quando empregada sobre os substratos previamente hidrolisados com H2SO4 não proporcionou aumento no rendimento do processo. Para o caso do uso dos resíduos in natura (sem hidrólise ácida) a hidrólise enzimática conduziu ao ganho percentual em ART apenas para a polpa (35,6%) e para o pseudocaule (10,8%).

Apoio / Parcerias: FAPESC

Aplicação de um Sistema de Gestão Ambiental aliado ao Ecodesign para a busca do aumento de desempenho ambiental de uma técnica artesanal de reciclagem de papel com fibras de bananeira

  • Debora Barauna, MSc, dbarauna@univille.br
  • Marcos do Amaral, Graduando, marcos.krisma@yahoo.com.br
  • Fernanda do Nascimento Starfford, Graduando, nanda_staf@hotmail.com.br
  • Juliana Silveira Anselmo, MSc, juliana.anselmo@univille.net
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), dabatti@univille.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), paulapezzin@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Sistema de Gestão Ambiental, Papel reciclado artesanal, Desempenho ambiental

A promoção da geração de trabalho e renda para mulheres artesãs a partir da técnica de produção de papel reciclado artesanal com adição de diferentes frações mássicas de fibras de bananeira empregada pelo projeto de extensão Mulher com Fibra, buscava exemplificar uma prática de desenvolvimento sustentável. Entretanto, com a aplicação dessa técnica, foi possível observar diversos fatores que comprometiam a sustentabilidade do processo e produto gerado, como o uso abundante de água, a aplicação de substâncias nocivas ao homem e ao meio ambiente e a geração de grandes volumes de efluentes, o que tanto elevava o custo de produção como comprometia a qualidade ambiental desse trabalho artesanal. Assim, objetivou-se aumentar o desempenho ambiental do processo para conceber um produto que atendesse com mais persuasão o conceito de sustentabilidade. Para tanto, propôs-se uma análise da técnica por meio da aplicação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), onde utilizou-se o Ecodesign como conceito e a norma ISO 14001:2004 como requisito de orientação, que é conduzida pelo método de controle denominado Ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act). Esse método dirigiu todo o estudo, possibilitando apontar os problemas em cada etapa de produção e direcionando as possíveis ações a serem aplicadas, bem como as avaliando em relação às melhorias propostas para o processo. Como resultado dessas ações foi possível definir um novo fluxo para o processo, no qual se registrou um melhor aproveitamento das matérias-primas e dos insumos utilizados e melhor custo x benefício de produção das folhas, obtendo reduções de 42 % na geração de efluentes, 32 % no consumo de água por unidade de folha produzida e R$ 0,62 no custo de produção de cada folha, tamanho A3. Desse modo, conclui-se que o SGA é um fundamento de orientação clara e funcional de análise de correções ambientais de um processo e que o PDCA, embora tradicional, foi um instrumento que garantiu o aumento do desempenho ambiental da técnica. No mais, ressalta-se que a gestão aliada a estratégias de proteção ao meio ambiente, como o Ecodesign, torna-se uma ferramenta eficaz ao repensar um processo produtivo, mesmo que esse tenha um caráter artesanal, para que esse seja executado com um uso mais sustentável dos recursos, garantido tanto viabilidade economia como transparência e responsabilidade social para com os consumidores do produto em foco.

Avaliação de técnicas de reprodução em laboratório para ostras nativas Crassostrea brasiliana (Lamarck, 1819)

  • Cláudio Tureck, MSc, claudio.tureck@univille.br
  • Adriano Weidner Cacciatori Marenzi , Dr(a), adriano.marenzi@univille.br
  • Cláudio Rudolfo Tureck, MSc, claudio.tureck@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Aquicultura, ostra, reprodução

O estado de Santa Catarina é responsável pela maior parte da produção nacional de ostras. Os cultivos são realizados em escala comercial, principalmente pelo investimento em tecnologias desenvolvidas especificamente no cultivo da ostra do Pacífico (Crassostrea gigas) e pela produção regular de sementes em laboratório. A C. gigas, espécie de águas frias adaptou-se muito bem ao cultivo na região sul do país. Contudo, esta espécie não tem potencial para o cultivo nas regiões norte e nordeste do país, bem como nas áreas estuarinas da região sudeste e sul, que apresentam águas mais quentes. Nestas regiões, apesar de existirem locais com potencial para o cultivo em escala comercial, grande parte das ostras vem da extração de estoques naturais e da produção de forma artesanal para subsistência, com sementes provenientes da coleta no ambiente. Neste sentido, é fundamental oferecer uma alternativa de desenvolvimento para estas regiões utilizando-se de espécies de ostras nativas. Com intuito de contribuir para a produção de ostras nativas este experimento teve como objetivo comparar a eficiência de duas técnicas de reprodução em laboratório utilizando a espécie C. brasiliana: “Strip” ou sacrifício e indução. Para a técnica de sacrifício 68 animais foram abertos, avaliados, separados por sexo. Os gametas femininos foram retirados em água salgada, peneirados e quantificados totalizando aproximadamente 68 milhões de ovócitos. Os espermatozóides foram retirados e peneirados. A fertilização foi realizada subseqüentemente em baldes de 20 l. Em seguida, a solução foi transferida para um tanque de 6.000 l com água marinha 34 ‰. Para a desova por indução outros 68 animais foram colocados em calha de desova para a depuração. A desova foi induzida com o aumento de temperatura. Quando os animais iniciaram a desova foram transferidos para um segundo tanque de 6.000 l. Após 30h da fertilização, os tanques foram esvaziados, as larvas foram retidas em peneiras com malha de 35 microns e quantificadas câmaras de Sedgewick Rafter. Observou-se 24.999.000 larvas em estágio “D” com mobilidade e bem formadas quando se utilizou a técnica de desova induzida e 493.300 larvas em estágio “D”, com mobilidade e bem formadas, quando se utilizou da técnica de sacrifício dos animais. Conclui-se que para a reprodução da espécie C. brasiliana, em laboratório, a técnica de desova induzida mostrou-se bem mais eficiente quando comparada à técnica de sacrifício dos animais.

Apoio / Parcerias: Apoio financeiro: CT-HIDRO/CT-AGRO/MCT/SEAP-PR/FINEP, UFSC e UNIVILLE.

Composição e Diferenciação Espacial de Sedimentos na Faixa de Manguezal da Baía da Babitonga - Fase 2

  • Fabiano Antonio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br

Palavras-chave: Baía da Babitonga, Manguezal, Sedimentos

O projeto está vinculado a uma parceria internacional com a Alemanha estabelecida desde 2002 e tem por objetivo conhecer a origem dos sedimentos depositados na faixa de manguezal da Baía da Babitonga através da análise de sua de distribuição espacial e de suas características granulométricas e mineralógicas. Os procedimentos operacionais consistiram no preparo de produtos cartográficos de apoio em ambiente SIG, coleta e análise laboratorial de amostras. Foram amostrados 25 pontos distribuídos ao longo da faixa de manguezal, próximos à linha de costa, com maior densidade no Canal do Palmital, que concentra grande parte da contribuição hidrográfica da baía. A amostras foram coletadas em profundidades de 10 e 20 cm para todos os pontos, sendo coletados testemunhos com um metro de profundidade em oito pontos. Para fins de análise, os testemunhos foram divididos em amostras retiradas a cada 10cm no perfil vertical. Adicionalmente, efetuou-se o reconhecimento e quantificação da composição dos bosques de manguezal em parcelas de 20 m2 situadas junto aos pontos de amostragem, para fins de comparação posterior dos padrões de zonação das espécies vegetais com a distribuição espacial dos sedimentos. As análises laboratoriais, efetuadas nos laboratórios de solos das universidades envolvidas, incluem os procedimentos de peneiramento e pipetagem clássica para análise granulométrica, determinação de pH, assim como análise em difratômetro de raios X e espectômetro de absorção atômica para determinação da composição mineralógica dos sedimentos. Os resultados iniciais indicam a existência de diferenças notáveis na composição granulométrica das amostras superficiais, com a existência, de modo geral, de um gradiente granulométrico dos setores mais internos da baía, onde predominam sedimentos finos, em direção à abertura para o oceano, onde predominam sedimentos arenosos. Há, porém, pontos onde ocorrem sedimentos arenosos em setores em que predominam sedimentos finos, e vice-versa. Com raras exceções, os testemunhos não apresentam diferenças bruscas na distribuição granulométrica vertical dos sedimentos, o que pode sugerir estabilidade no ambiente sedimentar. A distribuição das três principais espécies de manguezal, do gênero Laguncularia, Avicennia e Rhizophora, apresenta, como os sedimentos, um gradiente geral dos setores mais internos da baía, onde predominam Laguncularia e Rhizophora, em direção à abertura para o oceano, onde predomina Avicennia. Tal gradiente, porém, não corresponde nos pontos individuais ao gradiente granulométrico, não sendo possível até o momento estabelecer qualquer relação entre as características dos sedimentos e a ocorrência de espécies vegetais.

Apoio / Parcerias: Friedrich-Alexander Universität Erlangen-Nürnberg

Correlação das variáveis ambientais com o rendimento gonado-somático do mexilhão Perna perna (linnaeus, 1758), no saco do Iperoba, baía da Babitonga, São Francisco do Sul, SC.

  • Adriano W.C.Marenzi, Dr(a), adriano.weidner@univille.br
  • Carolina C. dos Santos , G, lola@gmail.com
  • Claudio R. Tureck, Dr(a), ctureck@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: variaveis ambietais, mexilhão, cultivo

O cultivo de mexilhões se destaca como fonte alimentícia para comunidades litorâneas, gerando empregos e evitado o êxodo. O objetivo deste trabalho é contribuir no melhoramento da produtividade e da qualidade dos mexilhões Perna perna cultivados na Baía da Babitonga. Para isto, a equipe do Laboratorio de Aquacultura da Univille (LAQUA) analisou a relação entre o peso bruto e a quantidade de carne no mexilhão, através do índice de condição gonado-somático (IC), correlacionado-o com as variáveis ambientais (temperatura, oxigênio dissolvido, turbidez, condutividade, pH, salinidade, clorofila-a e seston) e identificando quais interferem diretamente na produtividade desta espécie. O índice de condição foi determinado através de coletas semanais de 30 mexilhões com tamanho comercial (5-8 cm), durante o período outubro de 2007 à agosto de 2008, mensurado o peso e o tamanho individual e dispostos separadamente em uma grade e cozidos durante 10 minutos. Na seqüência, eram desconchados, identificado o sexo e a presença de parasitas e mensurado o peso da parte comestível, para calcular a proporção de carne cozida em relação ao peso total cru (IC). A análise da variação do IC indica que, na Babitonga, é no verão que ocorre maior proporção de carne em relação aos demais períodos com uma média de 23,03% de carne e é o período reprodutivo mais importante desta espécie. Se determinou um alto grau de parasitismo, com até 50% das amostras infestadas por esporocistos de trematódeos (Bucefalídeos). Há uma correlação significativa positiva entre o índice de condição e a temperatura. As datas com uma maior correlação com o IC foram na sua maioria referentes ao período de verão, com temperaturas altas e já as datas com menor correlação são na sua maioria pertencentes ao período de inverno. Observou-se uma correlação significativa negativa entre o índice de condição e os níveis da clorofila-a, fato não observado com as demais variáveis ambientais analisadas, por tanto com o aumento dos níveis de clorofila-a o IC tende a diminuir, fato este que ocorreu principalmente nas amostragens dos meses de maio, julho, agosto e setembro. As variáveis ambientais: pH, Condutividade, Turbidez, Oxigênio Dissolvido, Salinidade, Seston orgânico e inorgânico, não influenciaram diretamente nos valores de IC. Ao termino do presente estudo foi possível concluir que a temperatura influenciou diretamente o IC, podendo ser este o diferencial da alta produtividade do mexilhão P.perna da baia da Babitonga.

Apoio / Parcerias: UFSC -Lab. Cultivo de Moluscos Marinhos

Desenvolvimento de biocompositos de PHBV utilizando po de madeira como carga

  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Denise Abatti Kasper Silva , Dr(a), dabatti@univille.br
  • Ketlin Cristina Batista , Graduando, ketlin@univille.br
  • Jonas Bertholdi , Graduando, jonas@univille.br
  • Vilmar da Silva , G, vilmar@univille.br
  • Luis Antônio Ferreira Coelho , Dr(a), luis@udesc.br
  • Andrea Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: biocompositos, residuo de madeira, polimero biodegradavel

É crescente o número de trabalhos encontrados na literatura nos últimos anos envolvendo o estudo de uma nova classe compósitos totalmente biodegradáveis produzidos através da combinação de resinas biodegradáveis com fibras naturais, os biocompósitos. Embora o poli(3-hidroxibutirato) P(3HB) e o poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato) PHBV representem uma nova geração de polímeros biodegradáveis, suas aplicações têm sido limitadas em decorrência do elevado custo. A incorporação de resíduos naturais celulósicos, tais como, de madeira ou de pupunheira é uma solução não somente para torná-los mais acessíveis ao mercado, bem como melhorar suas propriedades mecânicas, mantendo também a vantagem da completa biodegradação. Neste trabalho, bicompósitos de PHBV com resíduo de madeira (RM) ou pupunheira (RP) nas proporções de 0 a 40% em massa foram produzidos por extrusão seguido por injeção em molde e avaliados quantos às propriedades térmicas, morfológicas, mecânicas, absorção de água, densidade aparente e biodegradabilidade em solo. A adição de RM ou RP na matriz de PHBV aumentou significativamente o módulo de Young, enquanto a resistência à tração manteve valores aceitáveis. A estabilidade térmica do PHBV reduziu significativamente com a incorporação de RP, mas manteve-se constante com a adição de RM. O perfil de absorção de água dos biocompósitos mostrou que a porcentagem de ganho de água durante o período do teste aumentou significativamente com o teor de RM ou RP, devido ao caráter hidrofílico desses resíduos. A densidade aparente dos biocompósitos aumentou proporcionalmente com a porcentagem de RM, mostrando que a adição de RM não causou a formação de vazios e sugerindo que o resíduo está bem disperso na matriz. Por outro lado, o ensaio de biodegradação revelou que os biocompósitos com RP degradam mais rápido que o polímero puro, devido à criação de cavidades causadas pela incorporacao de altos teores de RP.

Desenvolvimento de produtos e de um equipamento para a reciclagem de embalagens de leite tetrapak

  • Carlos Maurício Sacchelli , Graduando, carlos.sacchelli@gmail.com
  • Fabio Ori da Veiga, Graduando, fabio.ori@gmail.com
  • Fabiano Bertoldi, Graduando, fabiano@maximec.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: desenvolvimento , reciclagem, embalagem tetrapak

Anualmente o Brasil produz 88 milhões de toneladas de resíduos, geralmente enviado aos aterros, gerando um forte impacto ambiental. Para atenuar este problema, tem-se a reciclagem. Na cidade de Joinville há um programa de coleta seletiva, em que os resíduos são encaminhados para três cooperativas que realizam apenas a separação dos materiais e o revendem a empresas maiores. Um dos materiais que é encontrado em grande quantidade entre os resíduos é a embalagem do leite longa vida (Tetra Brik® Aseptic), que é composta por várias camadas contendo papel (75%), plástico (20%) e alumínio (5%). Atualmente para a realização da reciclagem deste resíduo é necessário enviá-lo a poucas empresas que possuem maquinários de grande porte para a sua reciclagem. Assim, o objetivo geral deste trabalho é de desenvolver um equipamento de baixo custo para a reciclagem das embalagens Tetra Brik® Aseptic, com a finalidade dos cooperados confeccionarem produtos a partir do material reciclado, aumentando assim a receita mensal da Cooperativa.O projeto foi realizado primeiramente com uma revisão bibliográfica e depois com o desenvolvimento projetual dos produtos que poderiam serem realizados com os resíduos obtidos, e do equipamento para a realização da reciclagem. Após a realização dos projetos, os protótipos dos produtos e do equipamento foram construídos. A técnica de confecção dos produtos foi repassada aos cooperados por meio de uma capacitação e o protótipo do equipamento se encontra em fase de ajustes finais.

Desenvolvimento um carrinho de coleta seletiva de resíduos utilizando conceitos ergonomicos

  • Carlos Mauricio Sacchelli, Dr(a), carlos.sacchelli@gmail.com
  • José Carlos Iwaya, MSc, iwaya@netkey.com.br

Palavras-chave: carro de coleta seletiva, desenvolvimento de produto, ergonomia

Na cidade de Joinville estima-se que haja cerca de 1.000 pessoas recolhendo os diversos tipos de materiais recicláveis, sendo conhecidos como catadores de lixo. Elas passam quase todos os dias nas ruas em busca de garrafas plásticas, papel, papelão, vidro e latas de alumínio. Esta atividade é realizada basicamente, com o catador percorrendo as ruas da cidade puxando um carrinho em busca de material reciclável, caminhando várias horas pela cidade. No carrinho o catador deposita os materiais recolhidos, quando o carrinho está completo chega a ter uma massa de aproximada de 160 a 200 kg, demandando desta maneira um grande esforço físico. Contudo a renda mensal dos catadores é baixa, desta maneira, os carrinhos utilizados para as coletas, são fabricados em sua maioria por eles mesmos, usando sucata e componentes usados e/ou em má conservação, necessitando portanto o carrinho, de uma melhor ergonomia, facilidade no uso e funcionalidade. Assim, este projeto tem como objetivo utilizando os conceitos de engenharia e de design desenvolver o projeto de um carrinho para a coleta seletiva de resíduos para os catadores, levando em considerações medidas ergonômicas que contribuirão para a melhora do trabalho dos catadores. O projeto do carrinho foi realizado e seu protótipo fabricado, sendo testado por um catador. Os dados coletados durante o trabalho também foram utilizados no projeto interdisciplinar do curso de engenharia de produção mecânica, promovendo assim a interligação entre o ensino e pesquisa.

Do Projeto ao Programa ‘A Matur(a)idade Na Univille’

  • Marli Teresinha Everling, MSc, meverling@gmail.com
  • Elenir Carmen Morgenstern, MSc, elenir.m@gmail.com
  • Leonardo Oliveira Vieira, Graduando, lecovieira@gmail.com
  • Rita Petrykowski Peixe, MSc, ritapeixe@hotmail.com
  • Mariene Coutinho, Graduando, marienecoutino@ibest.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação continuada, maturidade, design

A proposta de educação continuada destinada a pessoas com mais de cinqüenta anos, na Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) em seu campus sede situado em Joinville, Estado de Santa Catarina, já conta com quatro anos de história. Ao longo deste tempo, o projeto ‘A Matur(a)idade na UNIVILLE’ foi ajustando seus objetivos às demandas dos participantes sem, entretanto, perder seu foco principal: Organizar e estruturar atividades voltadas para a terceira idade valorizando os saberes do ser humano na maturidade e promovendo a cidadania e seu bem-estar por meio de atividades educativas e de integração na comunidade da UNIVILLE. A metodologia educacional usada para a estruturação das disciplinas segue a seguinte organização modular: Módulo de Design, Módulo de Saúde, Módulo de Letras, Módulo de Cidadania e, Módulo de História e Memória. A metodologia de aperfeiçoamento, ao longo da experiência, baseou-se na análise de pontos fortes e fracos, em pesquisas de satisfação conduzidas ao final de cada disciplina e, ainda, no levantamento de sugestões que pudessem contribuir com a configuração das atividades. Além destes aspectos, investiu-se numa aproximação à rede de apoio aos grupos de terceira idade da sede do município, bem como num debate com representantes da gestão da UNIVILLE visando alternativas que viabilizassem o fortalecimento da iniciativa. Os resultados mais significativos evidenciados ao longo dos anos podem ser confirmados a partir de aspectos como: (i) intensa adesão do público-alvo (150 pessoas), (ii) entusiasmo do corpo docente e discente, (iii) conversão do projeto de extensão em um programa (possibilitando a sua permanente continuidade), (iv) a oferta de atividadesparalelas como atividade física e computação e, (v) o nascimento de uma nova proposta de extensão, voltada para geração de renda na terceira idade, denominada “Projeto Amadurecer com Fibra’.

Apoio / Parcerias: IPREVILLE/Unibanco Conselho do Idoso de Joinville (Comdi) Serviço Social do Comércio (SESC) Posto de Saúde do Bom Retiro

Elaboração do inventário de emissões atmosféricas do município de Joinville/SC

  • Sandra Helena Westrupp Medeiros, Dr(a), sandra.helena@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: poluição do ar, inventário de emissões atmosféricas, monitoramento da qualidade do ar

A qualidade do ar que se respira tem tido sua importância cada vez mais ressaltada em função da gigantesca proporção que alcançou a ação do homem sobre o meio ambiente nas últimas décadas. Estudos quantitativos e qualitativos estão se multiplicando em escalas que variam de comunidades pequenas com fontes de emissão bem definidas à centros de indústria pesada e áreas densamente povoadas. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi a elaboração de um inventário de emissões atmosféricas tanto de fontes fixas como móveis para o município de Joinville. Como metodologia realizou-se um levantamento de dados sobre as fontes fixas e móveis, as características físicas da região de estudo, com destaque ao relevo e à meteorologia, bem como um monitoramento de dois parâmetros de qualidade do ar, material particulado total (PTS) e inalável (MP10), nos bairros Distrito Industrial e Costa e Silva. Dificuldades têm sido encontradas em se conseguir informações relativas às emissões atmosféricas de fontes fixas, seja junto às empresas seja nos órgãos ambientais. Os primeiros resultados obtidos com o monitoramento da qualidade do ar mostraram que os valores de MP10 estavam acima do padrão primário de qualidade do ar definidos na Resolução CONAMA No 03/1990. Isto demonstra a necessidade de se continuar com o monitoramento da qualidade do ar bem como ampliar a quantidade de parâmetros monitorados. Além disso, uma parceria com os órgãos ambientais seria uma possibilidade de se conseguir a elaboração do inventário de emissões atmosféricas do município de Joinville, necessário para se estabelecer um sistema de gerenciamento da qualidade do ar para Joinville e região.

Apoio / Parcerias: FAPESC; FAP/UNIVILLE

Estudo da Dinâmica Sedimentar Fluvial da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão do Norte - SC

  • Fabiano Antonio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Rio Cubatão, bacia hidrográfica, carga sedimentar

O estudo proposto representa uma contribuição para o conhecimento da dinâmica do meio físico da bacia hidrográfica do rio Cubatão, situado na região nordeste do Estado de Santa Catarina, de importância estratégica como manancial para os municípios da região, em especial Joinville. A pesquisa tem por objetivo conhecer a dinâmica sedimentar fluvial do rio Cubatão por meio de monitoramento de suas vazões e carga de sedimentos em suspensão e de arrasto. A bacia, de aproximadamente 490 km2, comporta três diferentes ambientes: a planície costeira, as escarpas da Serra do Mar e o Planalto Altântico, localmente conhecido como Planalto de São Bento do Sul. A distribuição da vegetação, de manguezais a florestas de araucária e campos de altutude, assim como a diversidade de feições morfológicas e estruturais existentes, influenciam sobremaneira tanto a dinâmica fluvial como os padrões de distribuição de chuvas. Os procedimentos no ano de 2008 envolveram o monitoramento de vazões e da carga sedimentar em suspensão em caráter mensal em quatro diferentes pontos, distribuídos ao longo do trajeto do rio e situados em ambientes distintos da bacia hidrográfica. Os resultados indicam comportamentos hidrológicos e hidrossedimentológicos distintos no interior da bacia. Enquanto as vazões apresentam um incremento em volume de montente para jusante, o mesmo não ocorre com a carga sedimentar em suspensão, conforme esperado. Tal comportamento tem sido investigado à luz de parâmetros geológicos, geomorfológicos e hidrológicos, com resultados ainda inconclusivos.

Apoio / Parcerias: CNPq

Estudo de Caso: o uso de agroquímicos em área urbana do Distrito de Pirabeiraba – Joinville SC

  • Lênio Marques de Miranda, MSc, lenio.marques@univille.net
  • Tássia Ledoux Galiazzo, Graduando, tassia.ledoux@univille.br
  • Naiara Grimes Carneiro, Graduando, naiara.grimes@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Solo, Agroquímicos, Pirabeiraba

Agroquímicos são substâncias prejudiciais do ponto de vista do equilíbrio ambiental, embora alguns tenham princípios e formulação biodegradável, a maioria é inerte e tendem permanecer por longos períodos no solo. Desta forma está suscetível à percolação atingindo o lençol freático e a médio e longo prazo impactam a saúde de quem os utilizam sem proteção adequada. Objetivou-se nesse contexto analisar o panorama de uso de agrotóxicos em solo urbano, devido à necessidade de complementar estudo anterior na região rural do mesmo distrito. O uso de agroquímicos pressupõe receituário agronômico e responsabilidade técnica além de que as aplicações exigirem equipamentos de proteção individual, cuja prática em área urbana é extremamente negligenciada. O método concentrou-se em variáveis como a topografia local, breve análise do favorecimento de escoamento superficial ou intersticial no solo. A representatividade do solo exposto e tipos de cobertura, práticas e usos de produtos químicos, uso adequado da rede pública de saneamento, disposição de poços freáticos e efeitos sintomáticos agudos e crônicos compuseram os indicadores para a análise da qualidade do uso e ocupação do solo urbano que diz respeito aos objetivos desse estudo. O abastecimento de água local se mostrou eficiente. A maioria as famílias são atendidas pelo abastecimento público contínuo, apenas 11% da população utilizam poços em suas residências, 59% destes encontravam-se inativos. No caso de poços canalizados ou mesmo o abastecimento público a falta de manutenção adequada dos reservatórios das residências torna-se um outro problema. Constata-se pouca ou quase nenhuma frequência e orientação técnica de como está sendo realizada a manutenção destes reservatórios. Tal constatação apresenta-se como efeito, um passivo ambiental. Quanto a capina química, 37% das residências utilizam esse método. Considerando a região exposta e sua topografia, esta aplicação pontual produz um efeito difuso, associando-se ao uso do lençol freático por poços não controlados. Em um número menos expressivo foi relatada a utilização frequente pela população de inseticidas, formicidas, raticidas, tintas, solventes, querosene. O pouco conhecimento da população perante os produtos cotidianamente utilizados contribui para a contaminação direta ou indireta dos recursos hídricos utilizados pela comunidade. Diante desse contexto, as percepções constatadas retratam um panorama interativo de fatores interferentes ao meio ambiente cujas atividades antrópicas habituais, demonstram um descuido com o uso de agroquímicos e que por consequência com a qualidade de vida e saúde da população urbana.

Estudo Hidrossedimentológico da Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão

  • Fabiano Antonio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Rio Cubatão, bacia hidrográfica, sedimentos em suspensão

O projeto de pesquisa é parte integrante do Programa Institucional Babitonga da Universidade da Região de Joinville, com duração prevista de três anos. O estudo proposto representa uma contribuição para o conhecimento da dinâmica do meio físico da bacia hidrográfica do rio Cubatão, situado na região nordeste do Estado de Santa Catarina, de importância estratégica como manancial para os municípios da região, em especial Joinville. A pesquisa tem por objetivo conhecer a dinâmica sedimentar fluvial do rio Cubatão por meio de monitoramento de suas vazões e carga de sedimentos em suspensão e de arrasto. A bacia, de aproximadamente 490 km2, comporta três diferentes ambientes: a planície costeira, as escarpas da Serra do Mar e o Planalto Altântico, localmente conhecido como Planalto de São Bento do Sul. A distribuição da vegetação, de manguezais a florestas de araucária e campos de altutude, assim como a diversidade de feições morfológicas e estruturais existentes, influenciam sobremaneira tanto a dinâmica fluvial como os padrões de distribuição de chuvas. Os procedimentos no ano de 2008 envolveram o monitoramento de vazões e da carga sedimentar em suspensão em caráter mensal em quatro diferentes pontos, distribuídos ao longo do trajeto do rio e situados em ambientes distintos da bacia hidrográfica. Construiu-se perfis fixos em todos os pontos de monitoramento, de modo a conhecer sua alteração ao longo do ano e permitir posteriormente a construção de uma equação de vertedouro para cada perfil, o que facilitará o monitoramento continuado das vazões. A quantificação da carga sedimentar em suspensão se deu a partir da filtragem de amostras de água de 500ml, filtradas em membranas de éster de celulose previamente secas e pesadas. Os resultados indicam comportamentos hidrológicos e hidrossedimentológicos distintos no interior da bacia. Enquanto as vazões apresentam um incremento em volume de montente para jusante, o mesmo não ocorre com a carga sedimentar em suspensão, conforme esperado. Tal comportamento deve ainda ser investigado para que se conheça o volume de sedimentos retidos no interior da bacia.

INTERCÂMBIO CIENTÍFICO NO CAMPO DO GERENCIAMENTO COSTEIRO: ALFA-ELANCAM

  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.br
  • Virginia Grace Barros, MSc, barros@unive.it
  • Debora Jareta Magna, G, djmagna@hotmail.com
  • Mariele Simm, G, lelisimm@hotmail.com
  • Tarcisio Possamai , MSc, tarcisio.possamai@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: intercâmbio , pesquisa , gerenciamento costeiro

O Projeto ALFA-ELANCAM – European and Latin América Network on Coastal Área Management, foi um projeto aprovado em Edital Externo, sendo um programa de cooperação ao nível do ensino superior da Comunidade Européia, com sede em Bruxelas, visando ampliar as dimensões e traçar informações e metodologias no campo de Gerenciamento Costeiro, aumentando a troca de conhecimento e experiências relacionados as ciências litorâneas e marinhas, possibilitando uma efetiva troca acadêmica de conhecimentos e práticas. Participaram do Projeto, a Universidade Ca’Foscari di Venezia-Itália (coordenadora geral), Universitat Autonoma de Barcelona-Espanha, Universidad Pablo de Olavide de Sevilla-Espanha e Universidade do Porto-Portugal pelo lado Europeu e Universidade da Região de Joinville/UNIVILLE-Brasil, Universidade do Vale de Itajaí/UNIVALI-Brasil, Universidad Privada Antenor Orrego-Peru, Pontificia Universidad de Valparaíso-Chile e Universidad de La Plata-Argentina, pelo lado da América Latina. O Projeto ocorreu num período de dois anos e meio, sendo de início definidas 6 áreas principais de atuação: Avaliação da Resiliência Costeira; Comparação Física Ambiental; Planejamento e Gerenciamento de Áreas Costeiras; Meio Ambiente Físico e Físico-Químico; Erosão das Áreas Costeiras; Indicadores morfológicos, hidro-morfológicos, ecológicos e ambiente socioeconômico. A UNIVILLE atuou na área de indicadores e controle de poluição enfatizando a área de Meio Ambiente Físico e Físico-Químico Os intercâmbios foram de 02 a 04 meses para professores pesquisadores e de 03 a 09 meses para estudantes de Pós-Graduação. Na UNIVILLE participaram do intercâmbio 02 professores, um para a Universidade Ca’Foscari di Venezia-Itália por 02 meses para realizar estudos na área de hidrologia e outro para Universidade do Porto-Portugal para realizar estudos sobre monitoramento ambiental de dragagens portuárias. Foram também para a Universidade Ca’Foscari di Venezia-Itália uma estudante do Mestrado em Saúde e Meio Ambiente para estudar metodologias para testes de Ecotoxicologia em ambientes marinhos e outra do Mestrado em Engenharia de Processos para estudar a eficiência dos sistemas de tratamento de efluentes biológicos por reator a membrana na remoção de nutrientes. Também a UNIVILLE recebeu da Universidade Ca’Foscari di Venezia-Itália uma pesquisadora que analisou micropoluentes na Baía da Babitonga. Estes trabalhos, alguns já foram publicados, outros estão em fase de publicação e todas as mobilidades incluindo estas foram custeadas pela Comunidade Européia, ficando a Instituição receptora responsável por disponibilizar estrutura interna para os intercambistas. Acredita-se que este programa tenha criado novas possibilidades de pesquisa com foco educativo no uso sustentável dos recursos costeiros e marinhos e principalmente um fluxo de conhecimento e constante comunicação entre os membros da rede de trabalho.

Apoio / Parcerias: Comunidade Europeia

Lagoas de estabilização para tratamento de lixivado de aterro industrial

  • Cladir T Zanotelli, Dr(a), czanotelli@univille.br
  • Cladir Teresinha Zanotelli, Dr(a), czanotelli@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: lagoas, lixiviado, aterro têxtil

O sistema de tratamento por lagoas de estabilização é uma forma simples, eficiente e com baixo custo de tratamento de efluentes. Suas configurações podem variar de acordo com os requisitos desejados, assim como a área disponível para a sua implantação. Este processo é muito utilizado para o tratamento de efluente doméstico, industrial e animal. O objetivo deste estudo foi avaliar o tratamento do lixiviado produzido no aterro através de lagoas de estabilização. O sistema em escala piloto consiste em 3 lagoas, ligadas em série (anaeróbia + facultativa + maturação). As coletas, no primeiro mês, foram semanais e nos meses seguintes quinzenais. Os pontos de coleta são: efluente bruto (P1), entrada da lagoa anaeróbia (P2), entrada da lagoa facultativa (P3) e saída da lagoa de maturação (P4). Os parâmetros que são avaliados são: pH, oxigênio dissolvido, temperatura, condutividade, turbidez, demanda química oxigênio, nitrogênio total, nitrato, nitrito, fósforo total, sólidos dissolvidos, e clorofila. Os resultados obtidos demonstram que o sistema atingiu boas eficiências de remoção, tais como: NT (~87%), PT(~69%), ST(~42%), DQO (~88%), Cor (~87%) e Turbidez (~78%). Alguns parâmetros não estão com os valores finais de concentração de acordo com os limites exigidos por lei, tornando-se necessário continuar estudando o sistema.

Apoio / Parcerias: Empresa Dohler SA

Mapeamento do uso da terra e qualidade da água do rio cubatão

  • Cladir T Zanotelli, Dr(a), czanotelli@univille.br
  • Fabiano Antonio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br
  • Cladir Teresinha Zanotelli, Dr(a), czanotelli@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Rio Cubatão, Qualidade da água, Uso do solo

Realizou-se um mapeamento detalhado do uso da terra do baixo curso do rio Cubatão, por ser esse o setor mais impactado de toda a bacia, principalmente por ocorrência de áreas urbanizadas e industriais. Utilizou-se para tal a imagem orbital Quickbird tomada em 15/3/2004, com resolução espacial de 1m, cedida pela Prefeitura Municipal de Joinville. Os procedimentos foram efetuados no programa ArcGis 9.1. Optou-se por mapear área referente a um buffer de 500m a partir das margens direita e esquerda tanto do rio Cubatão, como de seu canal de derivação. Em relação às análises de qualidade da água, foram analisados os parâmetros: pH, Temperatura, Turbidez e Oxigênio Dissolvido em três pontos, em parceria com o Comitê de Gerenciamento da bacia Hidrográfica Cubatão do Norte (CCJ): o ponto localizado na Estrada João Fleith ,encontra-se no médio curso do rio Cubatão, em área de baixo impacto por atividades antrópicas, antes da ETA Cubatão, local de adução e tratamento de água para abastecimento público de Joinville e parte do município de Araquari; o ponto localizado na estrada Saí encontra-se no baixo curso do rio Cubatão, cerca de 10 km a jusante da área urbanizada do distrito de Pirabeiraba e o ponto referente ao cartódromo de Joinville encontra-se a jusante do local onde o rio Cubatão recebe as águas do rio do Braço, que corta o Distrito Industrial de Joinville, com grande carga de poluentes originados principalmente de efluentes industriais. Em relação ao período de análises verificou-se que os valores das concentrações, em média, foram: DBO de 6,03; 6,1 e 14,10 mgO2/L; DQO de 10,51; 10,1 e 31,45 mgO2/L; OD de 6,36; 6,4 e 4,32 mg/L; turbidez de 5,65; 5,8 e 19,37 ntu; pH de 6,92; 6,9 e 6,94; temperatura de 20,83; 20,9 e 23,18 °C; fósforo de 0,35; 0,30 e 1,31 mg/L e nitrogênio amoniacal de 1,19; 2,0 e 4,25 mg/L. Percebe-se homogeneidade nos dados nos pontos de coletas da estrada João Fleith e Estrada Saí, no ponto do Cartódromo os valores estão com concentrações diferentes. Deve evidenciar que são os valores médios do período do estudo e que as concentrações dos parâmetros de cada amostra, embora discrepantes estão de acordo com a legislação vigente. Cabe fazer uma análise pormenorizada das atividades antrópicas e panorama natural que estão influenciando as concentrações da qualidade da água do Rio Cubatão no ponto de coleta situado no Kartódromo.

Apoio / Parcerias: Fundação O Boticário de Proteção à Natureza

Mapeamento Geomorfológico da Região Nordeste de Santa Catarina - Fase 2

  • Fabiano Antonio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Cartografia geomorfológica, Planejamento físico−territorial, Nordeste de Santa Catarina

Mapas geomorfológicos, considerados importantes instrumentos para pesquisa e ações de planejamento, são raramente disponíveis no Brasil em escala de semi-detalhe. A profusão de mapas analíticos facilmente gerados em meio digital por diversas categorias profissionais não preencheu ainda a necessidade de produtos de análise e síntese preparados com base em referências teóricas e metodológicas consistentes, que permitam a análise do meio físico em seus aspectos dinâmicos. Mapas geomorfológicos são tradicionalmente baseados em legendas de conteúdo denso, muitas vezes com ampla informação de natureza geológica, que incorporam extensa gama de símbolos, texturas e cores. O resultado gráfico do uso de simbologia variada e complexa são mapas corretos, porém pouco legíveis ou compreensíveis, portanto de pouca utilidade. A presente presquisa propõe o mapeamento geomorfológico da área compreendida por seis folhas topográficas do IBGE na escala 1:50.000, localizada na região nordeste do Estado de Santa Catarina e composta por três ambientes distintos: a planície costeira, as escarpas da Serra do Mar e o Planlto Catarinense, localmente conhecido como Planalto de São Bento do Sul. A proposta de mapeamento desta área complexa está baseada na representação gráfica da estrutura do relevo, suas unidades e sub-unidades como polígonos, de modo a evitar a perda de informação morfográfica, morfométrica, morfodinâmica e geológica e, simultaneamente, considerar os aspectos de comunicação da série de mapas. Os processos e feições são representados como linhas e pontos. A informação geológica e morfográfica (declividades) são representadas em mapas individuais separados, posicionados ao lado da legenda principal. O mapeamento foi baseado em fotografias aéreas na escala 1:60.000 e em imagem Landsat TM5 de julho de 2007. Os resultados preliminares apontam para a facilitação da leitura do documento cartográfico e conseqüente melhora na recuperação do conteúdo geomorfológico.

Maximização da produção do bioinseticida Bti por processo fermentativo em estado sólido - Ano 3: Influência do inóculo sobre a produção de esporos e sobre a toxidez do produto contra larvas de mosquitos

  • Millena da Silva, MSc, millena.silva@univille.net
  • Tássia Karina Walter, Graduando, tassiakw@gmail.com
  • Gustavo Alexandre Achilles Fischer, Graduando, gustavo_fischerman@msn.com
  • Bruna Cepeda Garcia, Graduando, gemeasgarcia@yahoo.com.br
  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Processos integrados, bioinseticida, toxicidade

Na região de Joinville, o controle biológico de mosquitos vem sendo realizado através do emprego do bioinseticida Bti, o qual é importado e produzido industrialmente a partir do cultivo da bactéria Bacillus thuringiensis variedade israelensis em processo fermentativo submerso. Desde 2003, a Univille vem estudando a produção deste bioinseticida, tanto em processo submerso como em processo sólido e testando diferentes formas de condução do processo e diferentes tipos de substratos, onde foram definidas as condições operacionais para o cultivo líquido (processo semicontínuo, com corte de 60%, possibilitando uma concentração final de esporos de 5,60x109 UFC/mL) e em processo sólido (uso de sacos plásticos como biorreatores contendo resíduos bagaço de cana-de-açúcar e cascas de bananas como substratos, conduzindo à 4,48x109 UFC/kg ms). No segundo tipo de processo, o inóculo empregado (10mL/biorreator) foi previamente obtido a partir do cultivo microbiano em frascos erlenmeyers contendo meio líquido sintético. Este trabalho teve como objetivo integrar os dois processos visando avaliar o efeito do uso de diferentes volumes de inóculo proveniente do processo semicontínuo sobre a produção do bioinseticida em meio sólido. Para tanto, foram realizados dois ensaios de integração a partir do cultivo da bactéria em processo semicontínuo: (1) uso de diferentes volumes do fermentado (10, 50 e 100mL) como inóculo com incubação dos biorreatores durante 9 dias, (2) uso dos resíduos bagaço de cana-de-açúcar e cascas de banana apenas como suporte sólido da suspensão microbiana (sem incubação). Em ambos os casos os produtos finais foram submetidos à dois tipos de acabamento: (a) cominuição da massa úmida seguido de secagem, (b) secagem seguido de cominuição. Dentre todos os processos realizados aquele que apresentou melhores resultados de concentração de esporos foi com volume de inóculo de 100mL com incubação (1,6x1012 UFC/kgms). Este valor foi 98 vezes maior do que a concentração alcançada com o uso de 10mL de inóculo. A inversão da seqüência de operações de acabamento de cominuição-secagem para secagem-cominuição não afetou significativamente a concentração de esporos viáveis no produto final. A dose letal do bioinseticida utilizando 100mL de inóculo com incubação de 9 dias (LC50=1,72 mg/L), possibilitou um aumento de 33 vezes comparado ao menor valor de LC50 do mesmo processo porém sem incubação (50 mg/L).

Monitoramento da Qualidade de Águas Superficiais de Três Bacias Hidrográficas em Joinville-SC

  • Sandra Helena Westrupp Medeiros, Dr(a), sandra.helena@univille.net
  • Monica Golçalves Lopes, Dr(a), mlopes@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: recursos hídricos, qualidade de águas superficiais, poluição hídrica

Os recursos hídricos superficiais vêm apresentando concorrência pelos diferentes usos (consuntivos e não-consuntivos), tais como abastecimento doméstico e industrial, diluição de efluentes, irrigação, mineração de areia e seixos nas planícies de inundação dos rios, para emprego na construção civil, modificando inteiramente a dinâmica sedimentar e a qualidade das águas superficiais. Neste contexto, a cidade de Joinville já apresenta alguns conflitos com relação a disponibilidade dos recursos hídricos, principalmente em relação a sua qualidade, isto porque os usos consuntivos, ou seja, principalmente, a diluição de efluentes domésticos e industriais, indisponibiliza a água para outros usos. Este fato advém de ser o município mais populoso do Estado de Santa Catarina, com cerca de 470.000 habitantes e maior parque industrial do Estado, com o 3º Produto Interno Bruto do Sul do País, e possuir menos de 10% da área urbana atendida por coleta e tratamento de esgoto. Assim, o presente trabalho teve por objetivo monitorar a qualidade da água superficial de três Bacias Hidrográficas através de campanhas de amostragem bimensais em 11 pontos de coleta, sendo 06 na Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira (classe 3), 03 na Bacia Hidrográfica do Rio Piraí (classe 2) e 02 pontos de coleta na Bacia Hidrográfica Isolada do Rio do Ferro (classe 2), no período entre fevereiro de 2007 e dezembro de 2008. Esses pontos de coleta de água superficial foram definidos em função das potenciais fontes de poluição detectadas em cadastros anteriores e em trabalho de campo. Os parâmetros físicos e químicos foram definidos com base na Resolução N° 357/05 do CONAMA. A metodologia das análises seguiu as técnicas referendadas no Standard Methods bem como as normas NBR da ABNT, dependendo do parâmetro a ser analisado. Dos parâmetros analisados, oxigênio dissolvido, cor, manganês, ferro, zinco e cobre apresentaram valores em desacordo com a legislação vigente tanto nos pontos enquadrados como classe 3 como nos de classe 2, em mais de três campanhas realizadas, o que denota comprometimento da qualidade de suas águas em função das atividades de caráter urbano, industrial e agrícola desenvolvidas no município. Destaca-se, portanto, a necessidade de um monitoramento contínuo desses corpos hídricos, de modo a contribuir na tomada de ações para a mitigação/redução de sua poluição.

Apoio / Parcerias: FAPESC FUNDEMA FAP/UNIVILLE

Padrões de composição e distribuição da macrofauna bentônica em quatro transectos na Baía da Babitonga (Santa Catarina, Brasil)

  • Alexandre M. Mazzer, Dr(a), xmm@matrix.com.br
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@ps5.com.br
  • Felipe Becker, Graduando, xmm@matrix.com.br
  • Danilo H. Nass, Graduando, xmm@matrix.com.br
  • Gabriel D. Conrath , Graduando, gabrieldc31@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Sedimentos de fundo, Macrofauna bentônica, Baía da Babitonga

Estuários são ambientes de transição entre os sistemas marinho e continental, que em geral apresentam significativas variações nas características físicas, químicas, geológicas e biológicas, atribuída principalmente aos processos de mistura entre água salgada e doce. Neste contexto, destacam-se neste ambiente, a ocorrência dos gradientes de salinidade, a erosão, transporte e deposição de sedimento, e sua influencia nas comunidades da macrofauna bentônica. O objetivo do presente trabalho foi determinar a variação espacial dos sedimentos de fundo e da macrofauna bentônica da Baía da Babitonga. Tal investigação apoiou-se na amostragem em quatro transectos (denominados de 1, 2, 3 e 4) localizados em distintos sub ambientes, com diferentes condições oceanográficas abrangendo desde a porção proximal até a distal daquele estuário. As amostras da macrofauna bentônica foram retiradas em dezoito pontos com o auxílio de um amostrador cilíndrico, lavadas no local com uma malha de 500 µm e em laboratório os organismos foram triados, identificados e quantificados. O sedimento foi retirado com um recipiente de 300 ml nos mesmos 18 pontos e em laboratório foram determinadas, pelo método do peneiramento e pipetagem, as frações de silte, argila e areia, além dos momentos estatísticos. Os sedimentos amostrados na baia classificam-se em relação à granulometria com predominância nas classes areia, areia síltica, silte arenoso, e silte argiloso. As texturas mais grosseiras situam-se nas profundidades mais rasas dos transectos dos sub ambientes distais (1 e 2), enquanto as frações mais finas em áreas mais profundas e predominatemente nos sub ambientes proximais (transectos 3 e 4). A temperatura de superfície e fundo foi determinadas em campo a partir de amostras de água coletadas com uma garrafa Van Dorn,as quais também permitiram a determinação da salinidade em laboratório. A salinidade foi constante em fundo e superfície, mas foi maior no transecto 1, decaindo no 3. A temperatura foi maior na superfície nos transectos 1, 2 e 4 e similares no 3. Polychaeta foi o grupo dominante, seguido de Crustacea. O número de táxons e a densidade foram maiores no transecto 1, decrescendo nos transectos 3 e 4. A dominância de Polychaeta foi relacionada a ambientes a tendência do aumento de salinidade em substratos com a predominância de areia, considerada uma tendência recorrente em ambientes sob a influência marinha. Verificou-se que ocorre forte relação entre a distribuição sedimentar e a macrofauna bentônica, porém, ainda está sendo analisado os padrões temporais associados a distribuição espacial, afim de fundamentar melhor tais interações.

Produção de Agaricus bisporus em substrato residual de Pleurotus spp. e avaliação das propriedades antivirais e anticolesterolêmicas de Agaricus blazei

  • Regina Maria Miranda Gern, Dr(a), rgern@univille.br
  • Mariane Bonatti Chaves, MSc, mbonatti@univille.br
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), ewisbeck@univille.br
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Fernanda Virgílio Poli, Graduando, fernandavpoli@gmail.com
  • Camila Milanez Pereira, Graduando, rgern@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Agaricus bisporus, Agaricus blazei, Pleurotus spp

A cultura da banana é significativa na região nordeste catarinense, gerando a palha das folhas da bananeira e a casca da banana como resíduos do cultivo e do beneficiamento. Estudos demonstraram que estes resíduos são ótimos substratos para o cultivo de fungos do gênero Pleurotus e que o composto residual do cultivo deste fungo gera um composto com características próximas daquelas desejáveis para o cultivo de Agaricus. O objetivo deste trabalho foi avaliar a possibilidade de uso do substrato residual do cultivo de fungos do gênero Pleurotus para o cultivo de Agaricus e comprovar as propriedades antiviral e anticolesterolêmica destes fungos. A produção de A.bisporus em substrato residual de Pleurotus foi estudado em um planejamento fatorial 22, no qual foram avaliadas a influência da composição do substrato residual de Pleurotus (somente palha de bananeira ou palha de bananeira acrescida de casca de banana desidratada) e da concentração da suplementação com farelo de arroz (5 ou 10%).O experimento que apresentou maior valor de EB e R (5,7% e 74,1%, respectivamente) foi o que utilizou palha de folha de bananeira e casca de banana (2:1) com adição de 5% de farelo de arroz. Em uma segunda etapa, a atividade antiviral de polissacarídeos extraídos de corpos frutíferos de A. blazei foi avaliada utilizando-se células Vero (células de rim do macaco verde Cercopithecus sabaeus) infectadas com o vírus Herpes Simplex (HSV-1), agente causador do herpes bucal. Dentre as concentrações testadas (de 9,76 µg/mL a 5.000,00 µg/mL) a máxima que não apresentou efeito citotóxico foi a de 156,25 µg/mL. Nenhum dos extratos apresentou atividade. Por fim, o efeito de uma dieta suplementada com A.blazei sobre os níveis de colesterol total (CT), triglicérides (TG), lipoproteína de alta densidade (HDL) e de baixa densidade (LDL) e sobre a massa corporal de camundongos albinos Swiss machos foi avaliado. Os camundongos foram distribuídos em seis grupos, sendo o primeiro, o segundo e o terceiro grupos tratados com ração comercial para camundongos suplementada com 0%, 5% e 10% de A. blazei desidratado, respectivamente e o quarto, quinto e sexto grupos tratados com ração hipercolesterolêmica suplementada com 0%, 5% e 10% de A. blazei desidratado, respectivamente. Agaricus blazei adicionado à dieta nutricional dos animais se mostrou mais representativo no aumento do HDL (73,98%) e na diminuição da massa corporal (26,67%), dos níveis de triglicérides (48,24%) e LDL (45,99%). Contudo, os resultados nos níveis de colesterol total não diminuíram significativamente.

“Reciclar a sociedade” interface do Programa Reciclar com a comunidade Joinvillense

  • Tatiana da Cunha Gomes Leitzke, MSc, taiana.cunha@univille.net
  • Camila Marangoni, Graduando, kmila_marangoni@hotmail.com
  • Deborah Silveira Campos, Graduando, deba_lala@hotmail.com
  • Maria Inês Siqueira Araújo, MSc, maria.ines@univille.net
  • Ana Cláudia Habeck, Graduando, ana.habeck@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Reciclagem, Coleta Seletiva, Sensibilização Ambiental

A missão do Programa Institucional Reciclar é sensibilizar o público atendido, comunidade interna e externa da Universidade, em relação a minimização dos resíduos gerados e lançados no meio ambiente, tornando-os multiplicadores dessa sensibilização ambiental. A metodologia utilizada é por meio da realização de palestras de sensibilização ambiental sobre a importância da destinação correta dos resíduos gerados e posteriormente, uma oficina de papel reciclado, com o objetivo de fixação e observação do que é a reciclagem. Nosso público geral são crianças, adolescentes e adultos, atendidos em escolas, centros infantis, associações, empresas e dentro da própria Instituição. A cada semestre, ocorre uma atualização das palestras devido a novos assuntos relacionados ao meio ambiente de tempos em tempos. Como nossas palestras são aplicadas para pessoas com faixas etárias diferentes, há a necessidade de adequação das palestras, sendo então direcionadas para cada público. No ano 2008, foram atendidas diretamente 1717 pessoas entre palestras e oficinas realizadas. Além da absorção de 31 alunos bolsistas do Art. 170 que realizaram 20 horas de serviços comunitários no Programa, objetivando a manutenção da sua bolsa de estudo. As atividades envolveram participação em palestras, confecção de papel reciclado e porta canetas confeccionados a partir do jornal. Esse material foi destinado aos setores da Universidade que contribuíram com o Programa durante o ano de 2008. No mês de setembro, em virtude do dia da secretária, foram confeccionadas caixinhas de presente de papel reciclado, de tamanho, cor e textura diferentes das que são feitas habitualmente, o que contribuiu para o desenvolvimento de novas técnicas. Além destas atividades, durante todo o ano é realizado o monitoramento dos resíduos gerados dentro do campus universitário incentivando a coleta seletiva. Por meio dos dados coletados, são realizadas estatísticas e estudos comprovando a sensibilização das pessoas em relação à coleta seletiva, que vem se mostrando cada vez mais intensa apesar da quantidade de resíduos mistos serem bastante significativa. A quantidade geral de resíduos coletados em 2009 foi de 21.504 Kg. Esse resíduo está dividido entre papel branco, papel misto, papelão, plástico e metal. Os resultados demonstram a relevância do desenvolvimento de um programa de coleta seletiva aliado à preservação do meio ambiente e por conseqüência a saúde das pessoas.