Área 02 - Ciências Biológicas e da Saúde

Índice

  1. Avaliação do efeito inibitório de polissacarídeos de Pleurotus spp sobre o crescimento de células tumorais in vitro
  2. A vivência dos acadêmicos de Farmácia na área das Análises Clínicas (AFAC): Uma experiência discente compartilhando conhecimento
  3. Abelhas em comunidade e produtos apícolas na região de Joinville
  4. Análise da farmácia caseira e orientação quanto aos riscos da automedicação aos usuários da Unidade de Saúde do Bairro Costa e Silva
  5. Avaliação da resistência adesiva de sistemas cerâmicos vítreos reforçados por cristais de leucita e cimentos resinosos com um ano de armazenamento em água destilada
  6. Características ambientais da praia estuarina da Figueira em São Francisco do Sul, Santa Catarina
  7. Cepinho: revelando talentos paralímpicos em Santa Catarina
  8. Comprimidos bicamadas de liberação bifásica de felodipino: etapa de obtenção e caracterização das microesferas de felodipino/PHB/Eudragit® E e felodipino/PHB/Eudragit® L
  9. Conhecimento de mães adolescentes sobre a saúde bucal na infância
  10. Curso de Gestão da Assistência Farmacêutica - Especialização a distância
  11. Ecologia e conservação do bugio-ruivo (Alouatta guariba clamitans) na Bacia Hidrográfica do Rio do Braço, Joinville, SC.
  12. FLORA VASCULAR DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO BRAÇO
  13. Governança e Mudanças Climáticas na Cidade de Joinville
  14. INCLUSÃO DE UM ALUNO COM SINDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ENSINO REGULAR
  15. Levantamento epidemiológico da saúde bucal dos pacientes em tratamento de obesidade no ambulatório de endocrinologia/nutrição do hospital infantil de Joinville.
  16. O Conhecimento que os professores das Escolas Estaduais de Joinville- SC apresentam sobre o Transtorno por Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
  17. O INGRESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR E A COBRANÇA DE LAUDO: COMO ESTA AÇÃO IMPACTOU NA COMUNIDADE ACADÊMICA DA UNIVILLE?
  18. Orientação e Informação Profissional para Adolescentes do Ensino Médio
  19. Polimorfismos no gene IL28B e sua relação com a resposta ao tratamento nos pacientes com hepatite C crônica
  20. Projeto de Extensão Tiarajú Ivy Marãey - Em busca da terra sem males
  21. Projeto Toninhas: ecologia e conservação de uma espécie ameaçada
  22. Pró-Saúde/Pet-Saúde: A Universidade a Serviço da Saúde
  23. RELAÇÃO ENTRE O SOMATOTIPO E GORDURA VISCERAL ENTRE GÊNEROS
  24. Reprodução de aves costeiras na região da Baía da Babitonga
  25. Uso Racional de Plantas Medicinais
  26. Variabilidade da infauna e composição fitoplâncton em uma área urbanizada na praia de Ubatuba, São Francisco do Sul, Santa Catarina

Resumos

Avaliação do efeito inibitório de polissacarídeos de Pleurotus spp sobre o crescimento de células tumorais in vitro

  • Fernanda Virgílio Poli, Graduando, fernandavpoli@hotmail.com
  • Carmen Teixeira Heyder, MSc, ctheyder@yahoo.com
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Regina Maria Miranda Gern, Dr(a), rgern@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Pleurotus , citotoxicidade, sarcoma 180

As neoplasias malignas foram responsáveis por quase 17% dos óbitos ocorridos por causa conhecida no Brasil em 2009. Sarcomas são tipos de neoplasia de origem no tecido conjuntivo. Estudos recentes mostram que o uso medicinal de macrofungos tem tido importante possibilidade na inibição do crescimento deste tipo celular. A atividade antineoplásica em quase todos os cogumelos está atribuída a polissacaarídeos contituintes da parede celular. Cogumelos do gênero Plerotus são conhecidos por apresentarem polissacarídeos do tipo ß -(1,3) e ß -(1,6) glucanos, que pertencem a uma classe de imunoterapêuticos que inibem ou eliminam o crescimento das células cancerígenas, ativando e reforçando as funções imunológicas do hospedeiro. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito citotóxico de diferentes concentrações de três extratos (PM1, PM2 e PE2) de Pleurotus djamor e Pleurotus sajor-caju sobre células VERO e de SARCOMA 180 (S-180) in vitro, nos períodos de 24 e 48 horas. As análises de citotoxicidade foram feitas pelo método de exclusão do azul de tripan e o método de redução do MTT. A concentração que inibiu 50% da viabilidade celular em relação ao controle foi considerada como concentração citotóxica (CC50). Sendo assim, o extrato PM1 obtido do cultivo de P. djamor não foi tóxico em nenhuma das concentrações testadas, para ambas as células, em ambos os testes. O extrato PM2 do mesmo fungo não foi tóxico para células VERO. No entanto, foi tóxico para células S-180 na concentração 16 mg/mL. O extrato PM2 de P. djamor foi tóxico para ambas as células a partir de 8 mg/mL, em ambos os testes. O teste de exclusão do azul de tripan resultou em toxicidade apenas para S-180, em 16 mg/mL, quando o extrato PM1 de P. sajor-caju foi utilizado. No entanto, o mesmo extrato, na concentração de 16mg/L, apresentou toxicidade apenas para células VERO no teste M TT. O extrato PM2 do mesmo fungo foi tóxico para ambas as células na concentração 16mg/mL, em ambos os testes. Já o extrato PE2 de P. sajor-caju apresentou toxicidade a partir de 8mg/mL para células VERO, a partir de 16mg/mL e, para células de S-180, quando o ensaio de MTT foi utilizado. Já o teste do tripan resultou em toxicidade apenas para células S-180 a partir de 8 mg/mL, sugerindo danos na membrana celular. Os resultados apontam para uma possível atividade de inibição dos extratos sobre o crescimento de células de Sarcoma 180.

Apoio / Parcerias: FAP - UNIVILLE FAPESC

A vivência dos acadêmicos de Farmácia na área das Análises Clínicas (AFAC): Uma experiência discente compartilhando conhecimento

  • Roseneide Campos Deglmann, MSc, roseneide.campos@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ensino, Análises Clínicas, Aprendizagem

O projeto AFAC vem de encontro com a proposta do Projeto Político Pedagógico do curso de Farmácia, onde o acadêmico pode construir o seu próprio saber, a partir da prática, buscar a apropriação e a produção de conhecimento capaz de modificar sua atuação social. A ação educativa pode contribuir para a percepção crítica e reflexiva, conduzindo-o à construção social e transformadora, num processo coletivo permanente, que envolve a formação de cidadãos. Objetivo: a inserção de acadêmicos do curso de Farmácia na área das Análises Clínicas, compartilhando o conhecimento e a vivência de todos os procedimentos aplicados na rotina da central de exames do Ghanem laboratório. Método: 10 alunos foram inseridos na rotina do laboratório de análises clínicas realizando a parte técnica dos exames e auxiliando os farmacêuticos na emissão dos laudos, acompanhamento da professora e grupos de estudos. Resultados: Os acadêmicos apresentaram melhor domínio dos conteúdos teórico-prático, aprimoramento da sua capacidade de organização e competência para sua atuação acadêmica, colaborando com seu direcionamento profissional. Também ampliaram sua capacidade de atuação nas atividades referentes às análises clínicas, sendo mais críticos e reflexivos. Conclusão: Os acadêmicos após dois anos de atuação no projeto AFAC demonstraram um domínio nos procedimentos das análises, maior responsabilidade e visibilidade da pesquisa no processo, ampliando seu senso crítico e socialização dos seus conhecimentos adquiridos com esta prática.

Apoio / Parcerias: FAEG/UNIVILLE Ghanem Laboratório Clínico

Abelhas em comunidade e produtos apícolas na região de Joinville

  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga , Dr(a), dmouga@terra.com.br
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Apidae , plantas apícolas , palinologia

A família Rosaceae tem importância ornamental, agrícola e econômica, tendo sido longa e continuamente cultivada e selecionada pelo homem. Entretanto, dados sobre sua morfologia polínica são escassos. Visando contribuir com a pormenorização de suas características palinológicas que possam ser úteis em identificação de procedência de produtos presentes e pretéritos, grãos de pólen de nove espécies do grupo (Rosa chinensis Jaqc., Rubus rosifolius Smith, Rubus spectabilis Pursh., Prunus persica (L.) Batsch, Prunus insititia L., Pyrus communis L., Malus pumila Mill., Fragaria cf. ananassa, Chaenomeles japonica (Thunb.) Lindl.) foram processados segundo a técnica da acetólise, montados em lâminas de microscopia, fotografados em vista polar e equatorial, mensurados e observados quanto às aberturas e ornamentação (câmera DinoEye acoplada a microscópio óptico e computador). Foram medidos os diâmetros, em vista polar (P) e equatorial (E), de 20 grãos para cada espécie, para o tratamento estatístico das medidas efetuadas (software Dino Capture 2.0). A categorização da forma dos grãos de pólen se fez pelo cálculo da razão P/E. As lâminas estão conservadas na Palinoteca do Laboratório de Abelhas (Label). As análises dos grãos de pólen ocorreram sob microscopia óptica de luz (2000x), caracterizando-se a forma, o âmbito, o tamanho, a ornamentação da exina, a polaridade e a simetria. Os grãos de todas as espécies apresentaram-se em mônades, isopolares, com simetria radial e estriados. Mostraram-se prolatos, com âmbito circular, 3-colporados, os grãos de Rosa chinensis (P=47,94 µm; E=32,71 µm), Pyrus communis (P=36,50 µm e E=25,71 µm), Chaenomeles japônica (P= 35,01 µm e E=23,8 µm), Rubus spectabilis (P=30,84 µm e E=21,78 µm, grãos 3-4 colporados) e, idem mas com forma sub-prolato, Rubus rosifolius (P=34,72 µm e E=26,62 µm), e forma prolato-esferoidal, Malus pumila (P=32,63 µm e E=29,24 µm). Apresentaram forma prolato-esferoidal, sendo 3-colporados, os grãos de Prunus persica (P=38,03 µm e E=34,51 µm, com âmbito circular e sub-triangular) e Fragaria cf. ananassa (P=23,99 µm e E=23,27 µm, âmbito sub-triangular). Os grãos de Prunus insititia mostraram-se forma oblato-esferoidal (P=32,05 µm e E=34,8 µm), aberturas 3-4–colporado e âmbito sub-triangular. As espécies analisadas indicam uma família euripalinológica, não muito heterogênea.

Análise da farmácia caseira e orientação quanto aos riscos da automedicação aos usuários da Unidade de Saúde do Bairro Costa e Silva

  • Januaria Ramos Pereira Wiese, MSc, januariaramos@gmail.com
  • Ana Caroline Finkbeiner, G, ana_finkbeiner@hotmail.com
  • Fabiane Ferretti Cardoso, Graduando, fabianeferrettic@hotmail.com
  • Jacqueline Ferreira, Graduando, jacquelineferreirajf@gmail.com
  • Magali Bazzamella, Graduando, magaba_@hotmail.com
  • Débora Fischer, Graduando, deborafischer@gmail.com
  • Januaria RAmos Pereira Wiese, MSc, januariaramos@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: automedicação, orientação, farmácia

A automedicação constitui o uso de medicamentos sem nenhuma intervenção por parte de um profissional habilitado. Grande parte da população possui medicamentos em sua residência, acumulando-os de forma a constituir o que se pode denominar de farmácia caseira. A farmácia caseira deve garantir a qualidade dos medicamentos, através do adequado armazenamento destes. O acúmulo doméstico de medicamentos pode influenciar os hábitos de consumo, ocasionar equívoco, causar intoxicação por ingestão acidental, além de afetar a eficiência e a segurança no uso de medicamentos devido a falta de cuidados. Análise da farmácia caseira e orientação quanto aos riscos da automedicação aos usuários do Sistema Único de Saúde. Foram realizadas visitas domiciliares juntamente com as agentes comunitárias do bairro Costa e Silva. Foram obtidas informações sobre locais e condições de armazenamento dos medicamentos, tipo de medicamentos armazenados, além de se verificar a forma de utilização dos mesmos. Para minimizar a recorrência dos problemas encontrados foram elaboradas intervenções. Resultados e discussão: Foram realizadas entrevistas à 58 residências sendo que todas apresentavam pelo menos um medicamento estocado totalizando 436 medicamentos. Segundo os entrevistados, 317 medicamentos eram de uso continuo e 119 medicamentos de uso esporádico. Os locais mais freqüentes para guarda foram cozinha (n=37), sala (n=25) e quarto (n=11) onde a guarda era realizada principalmente dentro do armário e em cima de móveis/eletrodomésticos. Em 17% dos casos os medicamentos estavam ao alcance de crianças, expostos ao calor e/ou a umidade. A maioria dos 436 medicamentos eram de venda sob prescrição médica. 237 medicamentos estavam estocados sem embalagem, 278 estavam sem bula e 22 estavam vencidos. Metade dos medicamentos analisados foi comprada e, em 32% destes casos os medicamentos foram obtidos sem receita. As intervenções envolveram principalmente orientações sobre armazenamento e descarte de medicamentos. Foi elaborado um relatório para que os profissionais da unidade pudessem acompanhar os casos e verificar se as intervenções surtiram o efeito esperado, ou, em alguns casos, em conjunto com a equipe multidisciplinar fossem tomadas providências. Os dados obtidos mostram que há necessidade dos profissionais da área da saúde de intervir em favor do uso racional de medicamentos e orientar quanto ao armazenamento de produtos farmacêuticos.

Avaliação da resistência adesiva de sistemas cerâmicos vítreos reforçados por cristais de leucita e cimentos resinosos com um ano de armazenamento em água destilada

  • Shélen Fernandes Xavier, Graduando, shelen.fernandes@gmail.com
  • Luiz Carlos Machado Miguel, Dr(a), lcmmiguel@gmail.com
  • Peter Clayton Moon, Graduando, peter@clayton.com.br
  • Rubens Nazareno Garcia, Dr(a), rubens.garcia@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Cerâmica, Cimentos de resina, Resistência ao cisalhamento

O objetivo deste estudo foi comparar a resistência de união ao cisalhamento de dois cimentos resinosos unidos a quatro sistemas cerâmicos reforçados com leucita, armazenados por uma semana e um ano em água destilada. Quarenta blocos de cerâmicas (4 mm de largura, 14 mm de comprimento e 2 mm de espessura) foram utilizados (uma semana) / reutilizados (1 ano) – após jateamento com óxido de alumínio (90µm) e divididos aleatoriamente em oito grupos de cada vez (n=5). Dois cimentos resinosos (um convencional RelyX ARC e outro auto-adesivo RelyX U100, ambos 3M ESPE) foram unidos às cerâmicas Creapress (CRE-Creation/Klema), Finesse All-Ceramic (FIN-Dentsply/Ceramco), IPS Empress Esthetic (IPS-Ivoclar Vivadent) e Vita PM9 (MP9-Vita). Após aplicação de ácido fluorídrico 10% (durante 1 minuto) e silanização, três matrizes Tygon foram posicionadas em cada bloco e preenchidas com os cimentos resinosos, com fotopolimerização de 40 segundos. As matrizes foram removidas para expor os corpos de prova no formato de pequenos cilindros (área = 0,38 mm2), que foram armazenados em umidade relativa (água destilada) a 37 ± 2 ° C durante uma semana e um ano. As amostras foram testadas em uma máquina de ensaios universal Instron, em cisalhamento (com a força aplicada na base do cilindro com um arame fino – 0,2 mm) a uma velocidade de 0,5 mm / min - até que ocorressem as falhas, que foram observadas em microscopia eletrônica de varredura. Os resultados foram analisados pela Análise de Variância três fatores (cimentos resinosos, sistemas cerâmicos e tempo) e teste de Tukey (p<0,05). As médias de resistência de união encontradas com o cimento resinoso ARC foram significativamente menores para todos os sistemas cerâmicos, quando comparadas ao cimento U100. A resistência de união com o cimento ARC também foi mais afetada pelo envelhecimento em água destilada. A cerâmica FIN com o cimento U100 mostrou a maior resistência de união e a cerâmica PM9 com o cimento ARC mostrou a menor resistência de união.

Apoio / Parcerias: VCU - Virginia Commonwealth University, Richmond, Virginia, USA.

Características ambientais da praia estuarina da Figueira em São Francisco do Sul, Santa Catarina

  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.br
  • Bruno Edegar Steffens, Graduando, brunostf@hotmail.com
  • Shadya Jurich, Graduando, shadyajurich@hotmail.com
  • Johnny Herbert Quandt, Graduando, johnnyhquandt@hotmail.com
  • Cauê Felipe de Oliveira, Graduando, llorenzi@ps5.com.br
  • Jonatas Valler, Graduando, llorenzi@ps5.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: praia estuarina, urbanização, Baía Babitonga

As praias estuarinas apresentam características intermediárias entre as praias dominadas por ondas e as planícies dominadas pelos regimes das marés. Este tipo de praia pode ser facilmente encontrada na costa brasileira em baías protegidas e estuários e correspondem a faixas de areia litorâneas ou marginais, onde a formação de marismas e/ou manguezais estão ausentes, e que se estendem na direção da água, geralmente formando uma planície de maré. O trabalho foi realizado na praia estuarina da Figueira, localizada na baía da Babitonga, São Francisco do Sul, Santa Catarina. Para caracterizar o perfil da praia, as medidas foram realizadas em abril de 2013, onde foi estabelecido um transecto perpendicular à linha de costa. Ao longo do transecto foram distribuídos dez pontos equidistantes entre a linha de detritos e a linha de ressurgência, no limite entre a praia propriamente dita e a planície de maré. Em cada ponto foram determinadas a inclinação do perfil topográfico, a profundidade do lençol freático e a salinidade da água de percolação. A praia apresentou a extensão de 19,2 m e a diferença de desnível do ponto superior até o ponto inferior do perfil foi de 1,88 m. A profundidade do lençol freático foi de 0,48 m na porção superior do perfil e a salinidade foi zero. No limite com a planície de maré, a água aflorou e a salinidade da água de percolação foi 29. Os dados são preliminares e apresentaram uma primeira caracterização de uma praia estuarina da baía Babitonga com ocupação urbana em vista da proximidade das edificações, o muro de contenção do terreno e a supressão das vegetações de duna e restinga.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa - UNIVILLE

Cepinho: revelando talentos paralímpicos em Santa Catarina

  • Francielli de Rezende, E, francielli@cepe.esp.br
  • Josias Alves Cordeiro, E, josiasalvesc@hotmail.com
  • Ana Maria Fonseca Teixeira, E, aninha_teixeira@yahoo.com.br
  • SONIA MARIA RIBEIRO, Dr(a), soniavile@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: esporte , paralímpico, deficiência

O esporte adaptado, fortalecido pelo movimento de inclusão, tornou-se uma prática reconhecida mundialmente como ferramenta importante no processo de inclusão social das pessoas com deficiências. Diante desta perspectiva o CEPE- Centro esportivo para pessoas especiais, visando fomentar a prática do esporte adaptado no contexto escolar, estruturou o projeto “CEPINHO – Escolinha de Esportes Paralímpicos”. O CEPINHO visa divulgar, incentivar e consolidar o esporte para pessoas com deficiências físicas em idade escolar na cidade de Joinville e região norte de Santa Catarina. Em Joinville as ações do projeto ocorrem em 3 núcleos de iniciação esportiva mapeados estrategicamente no município, tornando-se um centro de referência do esporte escolar paralímpico no Estado de Santa Catarina. Os participantes do CEPINHO, sendo muitos deles participantes do PROESA, têm a oportunidade de praticar algumas modalidades de forma lúdica como voleibol sentado, tênis em cadeira de rodas, goalballl. Para as crianças dos 05 aos 12 anos há ênfase no desenvolvimento psicomotor e aos 12 anos, conforme interesse o participante é direcionado para uma das modalidades esportivas desenvolvidas pelo CEPE, quando são introduzidas informações técnicas. Diante desta proposta inédita o CEPINHO em 2009 concorreu ao primeiro edital do Clube Escolar promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro-CPB, oportunizando maiores investimentos possibilitando avanços na formação de jovens atletas paralímpicos. Assim, julga-se importante dimensionar o impacto do CEPINHO na formação de jovens atletas paralímpicos em idade escolar participantes dos núcleos de Joinville. A partir deste objetivo realizou-se uma análise documental junto aos arquivos do CEPINHO e CEPE. Identificamos que o CEPINHO entre o período de 2009 a 2012 atendeu um total de 45 estudantes matriculados em instituição de ensino de Joinville, deste total 06 estudantes ao completarem 12 anos optaram por participar do esporte de competição, associando-se ao CEPE, nas modalidades de futebol, bocha paralímpica, natação, basquete em cadeira de rodas e atletismo. Após período de treinamento participaram de eventos municipais e estaduais como Parajesc competindo em quatro modalidades. Destacam-se as convocações dos atletas para representarem a seleção catarinense em duas edições das Paralimpíadas Escolares Brasileira (2011 e 2012), evento máximo para a categoria em que se encontram estes jovens atletas. Assim, concluímos que os resultados positivos apontam para a importância do desenvolvimento da atividade física e esportiva para pessoas com deficiências no âmbito escolar, bem como oportunizar aos jovens atletas, estudantes do ensino regular, a perspectiva de se manterem no movimento esportivo assim como ocorre com muitos outros estudantes sem deficiência.

Apoio / Parcerias: Comitê Paralímpico Brasileiro - CPB

Comprimidos bicamadas de liberação bifásica de felodipino: etapa de obtenção e caracterização das microesferas de felodipino/PHB/Eudragit® E e felodipino/PHB/Eudragit® L

  • Jackeline Raquel Schmucker, Graduando, jackynha_2@hotmail.com
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com
  • Giovana Carolina Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: felodipino, liberação bifásica, comprimidos bicamadas

A terapia anti-hipertensiva pode ser otimizada mediante o uso de um sistema farmacêutico capaz de liberar rapidamente uma fração inicial do fármaco, dando início ao efeito farmacológico e, depois, liberar gradualmente uma segunda fração, mantendo o efeito farmacológico durante um período prolongado de tempo. Dessa forma, o nosso grupo de pesquisa propôs o desenvolvimento de um sistema de administração oral de felodipino, um fármaco anti-hipertensivo, na forma de comprimidos bicamadas de liberação bifásica. Uma camada dos comprimidos será formada de microesferas de felodipino/PHB/Eudragit® E, para promover a rápida liberação de uma dose inicial do fármaco, e a outra camada conterá microesferas de felodipino/PHB/Eudragit® L inseridas em uma matriz de hipromelose, para a liberação prolongada de uma segunda dose do fármaco. Na presente etapa do trabalho, as microesferas de felodipino/PHB/Eudragit® E e as microesferas felodipino/PHB/Eudragit® L foram preparadas pelo método de emulsão-evaporação do solvente e caracterizadas quanto à eficiência de encapsulação, morfologia, estado físico e perfil de liberação do fármaco. A análise de microscopia eletrônica de varredura demonstrou que as microesferas preparadas com Eudragit E/PHB e as microesferas preparadas com Eudragit L/PHB apresentaram diâmetro médio em torno de 70 µm, sendo que as contendo Eudragit E apresentaram superfície externa rugosa e porosa, enquanto as contendo Eudragit L apresentaram superfície externa lisa e sem poros. A eficiência de encapsulação do felodipino nas microesferas foi satisfatória em ambas as formulações (aproximadamente 90%). A análise de difração de raios-X demonstrou que o felodipino puro (não encapsulado) apresenta-se sob a forma cristalina e que, quando incorporado às microesferas poliméricas, o fármaco sofre amorfização. O estudo de dissolução realizado demonstrou que a incorporação do felodipino nas microesferas causou aumento significativo na dissolução do felodipino no meio HCl 0,1N (microesferas de Eudragit® E/PHB) e no meio tampão fosfato pH 6,8 (microesferas de Eudragit® L/PHB). Os resultados indicam que as microesferas estudadas são adequadas aos objetivos propostos e poderão ser empregadas nas próximas etapas de desenvolvimento do trabalho, que são a formulação, obtenção e caracterização das camadas de liberação rápida e liberação prolongada, que formarão os comprimidos bicamadas de liberação bifásica de felodipino.

Conhecimento de mães adolescentes sobre a saúde bucal na infância

  • Constanza Marín , Dr(a), constanza@geoforma.com.br
  • Kesly Mari Ribeiro Andrades, Dr(a), keslyribiro@hotmail.com
  • Lúcia Fátmade Castro Ávila, Dr(a), lfcavila@uol.com.br
  • Luiz Carlos Machado Miguel, Dr(a), lcmmiguel@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Higiene bucal, Saúde bucal, Bebê

O conhecimento materno sobre a saúde oral na infância é um dos fatores que podem influenciar a manutenção de uma dentição saudável. Objetivo: o propósito deste trabalho foi avaliar o conhecimento de mães adolescentes sobre a saúde bucal do bebé. Metodologia: foram entrevistadas 50 mães adolescentes com idades entre 13 e 18 anos que se encontravam no período pós parto no Hospital Infantil Dr Jesser Amarante Faria na cidade de Joinville SC, Brasil. Resulados: 92% das entrevistadas tinham consultado o dentista pelo menos uma vez na vida, sendo que destas haviam visitado o dentista no último ano. A maioria das mães (78%) afirmou ter recebido informações sobre os cuidados bucais na infância. 76% não sabiam quando deve iniciar-se a higiene bucal do bebé. 70% não sabiam como realizar a higiene bucal do bebé. 96% não sabiam a idade correta para levar o bebé ao dentista pela primeira vez ao dentista. 60% não sabiam quando começa a erupção dos dentes e 60% não sabiam que a cárie pode ser transmitida da mãe para o bebe. 68% nunca tinham ouvido falar da cárie aguda na infância. Conclusão: Apesar das mães adolescentes afirmarem que tinham recebido informações sobre os cuidados bucais na infância, seu conhecimento era deficiente. Por esta razão se faz necessário um programa educativo específico para melhorar seu conhecimento sobre cuidados orais na infância.

Curso de Gestão da Assistência Farmacêutica - Especialização a distância

  • Luciano Soares, Dr(a), soaresgnosia@gmail.com
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Assistência Farmacêutica, Educação a distância, Gestão

O Ministério da Saúde, a partir da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – SGTES e do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, tendo a Universidade Federal de Santa Catarina como proponente, promoveu o curso de Gestão da Assistência Farmacêutica – Especialização a distância, no âmbito da Universidade Aberta do SUS – UNASUS. O objetivo do curso foi especializar dois mil farmacêuticos em todo o Brasil, utilizando como estratégia a educação a distância. Foram estruturados 18 polos de apoio presencial, envolvendo 47 professores para elaborar conteúdos, 225 professores orientadores de TCC e 55 instituições em todo o país. A Univille, por meio de parceria com a UFSC, constituiu o polo de referência para o estado de Santa Catarina e parte do Paraná. Neste processo foram envolvidos no projeto 1 professor como integrante da Comissão Gestora do curso e conteudista, uma professora como coordenadora do polo Joinville e conteudista, e 3 professores como tutores, além de um aluno de graduação, que receberam apoio financeiro para participar das atividades. Outros professores foram envolvidos ainda como orientadores e banca de TCC. A Univille sediou 3 encontros presenciais com a participação de mais de 100 alunos por encontro. A proposta do curso fundamenta-se em uma dinâmica de formação em serviço, construtivista, com as estratégias de aprendizagem estruturadas para fomentar a reflexão e intervenção sobre a realidade profissional do aluno. A partir do planejamento estratégico situacional, com o desenvolvimento de atividades interprofissionais, de participação democrática, o aluno busca aprofundar o conhecimento sobre a realidade, estabelecer um diagnóstico em conjunto com atores significativos, explicar a realidade pela visão desses diferentes atores, e buscar a resolução conjunta dos problemas. Ao mesmo tempo que questões técnicas são discutidas e aprofundadas do ponto de vista teórico e observadas na prática profissional do especializando, a politicidade é exercitada por meio da formação de parcerias estratégicas com diferentes profissionais que podem contribuir com o farmacêutico para alcançar a imagem-objetivo definida no planejamento. Um conceito de gestão participativo, sustentável e fundado na obtenção de resultados tem sido capaz de modificar a perspectiva do farmacêutico quanto a sua atividade profissional, qualificando-o para contribuir de forma significativa com os avanços que o SUS necessita. O projeto propiciou, aos professores envolvidos, a aquisição de conhecimento e experiência prática na concepção, desenvolvimento e operacionalização de cursos por meio de educação a distância.

Apoio / Parcerias: UFSC SGTES DAF

Ecologia e conservação do bugio-ruivo (Alouatta guariba clamitans) na Bacia Hidrográfica do Rio do Braço, Joinville, SC.

  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br
  • Guilherme Harnoud Evaristo, G, gui.evara@gmail.com
  • Jéssica Holz, Graduando, jehholz@hotmail.com
  • Emanuele Cordeiro, Graduando, leli_cord@hotmail.com
  • Patrícia Torres de Campos, Graduando, patriciacampos@univille.br
  • Rodrigo Galdino, Graduando, galdino_r@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: fragmentação florestal, Alouatta guariba clamitans, conservação

No nordeste catarinense, o aumento de áreas desmatadas para usos humanos tem aumentado a fragmentação principalmente das florestas de planície, o que dificulta a conservação da fauna in situ nestes locais. O Projeto Primatas do Nordeste Catarinense (PRNC) teve por objetivo estudar aspectos da ecologia dos primatas, com a finalidade de subsidiar estratégias e ações conservacionistas na região. Ao longo dos últimos anos pesquisou a população de bugios (Alouatta guariba clamitans) residente em fragmentos florestais de planície na Bacia Hidrográfica do Rio do Braço, dentro do Distrito Industrial de Joinville, SC. Através da observação direta dos grupos, da busca de vestígios (e.g. fezes) e de vocalizações, o projeto registrou a presença dos bugios nos fragmentos, o tamanho dos grupos e os itens consumidos na dieta. Os resultados apontam uma intensa dinâmica de migrações dos grupos e de indivíduos entre os grupos, onde no ano de 2012 foram identificados 43 indivíduos, divididos em 9 grupos, cada grupo composto por 3 à 8 indivíduos. Os fragmentos que abrigam os grupos não possuem estradas que os separam, enquanto noutros fragmentos próximos, separados por estradas, a presença da espécie não foi confirmada. Em relação à dieta, foram identificadas 25 taxa vegetais utilizados na alimentação dos grupos, sendo a família Myrtacea a de maior importância na dieta. Os bugios podem ser considerados como bons dispersores de sementes, pois consomem uma grande quantidade de frutos e sementes e as dispersam sem predar por distâncias variadas da árvore-mãe. Em relação à conservação da espécie, no ano de 2012 o projeto realizou educação ambiental sobre os bugios e corredores ecológicos nas escolas presentes na Bacia do Rio do Braço, divulgou a pesquisa em redes sociais, e tem incentivado a discussão da formação de um corredor ecológico para ligar os fragmentos florestais as áreas contínuas próximas, na sociedade e órgãos ambientais. Portanto, é alta a importância dos bugios para a conservação da vegetação dos fragmentos florestais e de toda a fauna que neles ocorrem. A permanência dos bugios na área dependerá de ações e políticas públicas que incentivem a preservação, como, por exemplo, a criação de um corredor ecológico.

Apoio / Parcerias: FAP - UNIVILLE FUNDEMA/PMJ

FLORA VASCULAR DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO BRAÇO

  • CYNTHIA HERING RINNERT, Dr(a), crinnert@gmail.com
  • FRANCINE SCHMOELLER, Graduando, francine.schmoeller@gmail.com
  • IASMYN ROCHADELl SAPELLI, Graduando, myn_sapelli@hotmail.com
  • KARIN ESEMANN DE QUADROS, Dr(a), karinesemann@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Mata ciliar, Florística , Biodiversidade

A Mata Atlântica apresenta elevada biodiversidade e nela se insere a Bacia Hidrográfica do Rio do Braço, que tem sofrido com a ocupação desordenada. Este trabalho buscou conhecer e identificar a diversidade da flora vascular na Bacia Hidrográfica do Rio do Braço, em Joinville / SC. Foram delimitados e georreferenciados quatro pontos na bacia, segundo o grau de conservação das áreas. As coletas foram realizadas no Morro do Finder, Empresa Franke do Brasil, Perini Business Park e área de preservação permanente da Prefeitura Municipal de Joinville, à Rua Hellmuth Miers, Pirabeiraba. Amostras de plantas férteis foram coletadas e encaminhas ao Herbário Joinvillea para herborização. A identificação foi realizada a partir de consulta a especialistas, comparação com exsicatas existentes no acervo do Herbário e buscas em literatura específica. As áreas amostradas se encontram em elevado estágio de regeneração, com ampla diversidade botânica, contribuindo para a ocorrência de samambaias epífitas, como Asplenium scandicinum Kaulf. Pteridófitas terrícolas de ambientes sombreados foram encontradas em menor quantidade, entre elas Blechnum brasiliense Desv. e Diplazium cristatum (Desr.) Alston. Foram coletadas amostras de 10 famílias botânicas de criptógamas vasculares, 20 espécies já identificadas. A família mais representativa é Polypodiaceae, em que predominou o hábito terrícola. Entre as espécies mais encontradas destacam-se Blechnopsis brasiliensis (Desv) C. Presl., Campyloneurum minus Fée, Pleopeltis angusta Humb. & Bonpl. ex Willd., e Ctenitis pedicellata (Christ) Copel. Lindsaea lancea (L.) Bedd. foi encontrada em apenas uma área, talvez por necessitar de características ambientais mais específicas. A maior diversidade de samambaias ocorreu na empresa Franke do Brasil, mas a maior riqueza específica foi observada no condomínio Perini. Quanto às fanerógamas, foram identificadas 79 espécies, de 42 famílias botânicas, predominando Melastomataceae (10 espécies), Bromeliaceae e Piperaceae (8 espécies) e Myrtaceae e Rubiaceae (6 espécies). As espécies mais encontradas foram Geonoma elegans Mart. (Arecaceae), Vriesea carinata Wawra (Bromeliaceae), Rhipsalis teres (Vell.) Steud. (Cactaceae), Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. (Melastomataceae), Cabralea canjerana (Vell.) Mart. (Meliaceae), Psychotria nuda (Cham. & Schltdl.) Wawra (Rubiaceae) e Rudgea jasminoides (Cham.) Müll.Arg. (Rubiaceae). No Morro do Finder foram registradas 33 famílias de fanerógamas; no Condomínio Perini, 27; área da Prefeitura, 24; e Empresa Franke, 22. No Condomínio Perini destacaram-se as Lauraceae (Cryptocarya aschersoniana Mez.) e no Morro do Finder as Melastomataceae. Bromeliaceae e Piperaceae mostraram-se bem distribuídas em todas as áreas pesquisadas. Condomínio Perini e Morro do Finder se encontram em ótimo estado de conservação, refletido na grande diversidade de plantas amostradas.

Governança e Mudanças Climáticas na Cidade de Joinville

  • Paulo Ivo Koehntopp, Dr(a), pauloik@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Governança climática, Mudanças Climáticas, Sustentabilidade

Os temas ligados à questão ambiental conquistaram grande espaço nos meios científico, político e empresarial nas últimas duas décadas como resultado do intenso crescimento populacional, do consumo crescente e generalizado de energia fóssil e do desenvolvimento tecnológico baseado em uma matriz de intensa utilização de carbono. Inicialmente identificada como um debate limitado por suas características técnicas e científicas, a questão do meio ambiente - mais especificamente o tema da mudança climática - foi transferida para um contexto muito mais amplo, com importantes ramificações nas áreas política, econômica e social. Não se trata mais de discutir se está acontecendo ou não uma mudança climática em âmbito global, o que importa é o que faremos agora frente a essa questão, especificamente no que diz respeito à governança da mudança climática na cidade de Joinville. A construção de uma política climática é certamente algo muito lento, e a possibilidade de um avanço mais rápido é muito pequena. Muitos fatores conspiram para produzir tal situação. Os seres humanos são notoriamente resistentes em responder aos problemas que se desenvolvem de forma sutil e crescente em intensidade e complexidade. E a maioria de nós não está ansiosa para mudar de estilo de vida e reduzir drasticamente o consumo de energia. O estudo da governança climática na cidade de Joinville visa fornecer elementos ao cidadão joinvilense e a seus governantes para o enfrentamento das mudanças climáticas globais em nível local, resultando no desenvolvimento sustentável da cidade. O objetivo deste trabalho é reunir um conjunto de informações que possam despertar a atenção de outros governos municipais para a questão, deflagrando uma proatividade de ações para a mitigação e/ou adaptação de outras cidades brasileiras às mudanças climáticas globais. A elaboração do presente trabalho passou pela realização de revisão bibliográfica sobre o tema das mudanças climáticas. Seguiu-se coleta de dados (percepções, reflexões, posicionamento e propostas de ações frente ao problema) dos atores, via entrevista gravada do tipo estruturada, por meio de questionário realizado face a face. Conclui-se que a cidade não está preparada para o enfrentamento das mudanças climáticas, seja em termos de políticas públicas ou de infraestrutura, e que este tema ainda não faz parte da lista de prioridades dos governantes e formadores de opinião locais.

INCLUSÃO DE UM ALUNO COM SINDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ENSINO REGULAR

  • Tiara Nardino, G, tiara_thytty@hotmail.com
  • Patricia Esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Inclusão, Síndrome de Down, Educação Física

Introdução: A Síndrome de Down é ocasionada por um problema genético conhecido por trissomia do cromossomo 21. A incidência é de 1 para cada 700 nascimentos. As pessoas com Síndrome de Down apresentam além de características físicas próprias e problemas fisiológicos, dificuldades de adaptação social rápida, tanto quanto a novas situações e ambientes; atraso no desenvolvimento mental e motor e crescimento físico lento. Este estudo teve por objetivo incluir um aluno com Síndrome de Down nas aulas de educação física do ensino regular e relatar os resultados. Metodologia: O grupo estudado por meio da pesquisa ação foi composto por 26 alunos do 1º ano do ensino fundamental de uma escola estadual, com idade variando entre 6 e 7 anos, sendo 11 do sexo feminino e 15 do sexo masculino, dos quais um escolar do sexo masculino possui Síndrome de Down. O instrumento adotado foi à observação direta com registros em formulário específico. As ações de inclusão ocorreram nas aulas de educação física, que aconteciam três vezes por semana. Resultados: Após um período de quatro meses, os resultados demonstraram que a relação entre o escolar com Síndrome de Down, os colegas de turma, a professora de classe e as pessoas que estão a sua volta no ambiente escolar mudaram de forma considerável. Esse estudo demonstrou que a pessoa com Síndrome de Down tem capacidade como qualquer outra de aprender, porém em ritmo mais lento, e as aulas de Educação Física para escolares com esta deficiência não se diferenciam em seus conteúdos, mas na metodologia e formas de organização, para que propiciem ao aluno, estímulos e oportunidades para se desenvolverem de forma plena. Durante o estudo foi possível constatar que ainda falta preparação ou treinamento específico para professores, pois inicialmente a maior dificuldade foi o diálogo com a professora de classe que visivelmente não aceitava este escolar na sua sala. Durante o processo foi possível identificar que essa não aceitação estava relacionada ao medo e desconhecimento, o que foi sendo superado no processo, com diálogo e esclarecimentos. Conclusão: Conclui-se que a inclusão de alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física é possível e viável desde que haja um esforço coletivo entre todos os sujeitos envolvidos: educadores, escolares e família.

Levantamento epidemiológico da saúde bucal dos pacientes em tratamento de obesidade no ambulatório de endocrinologia/nutrição do hospital infantil de Joinville.

  • Lucia Fátima de Castro Ávila, Dr(a), lfcavila@uol.com.br
  • Kesly Mary Ribeiro Andrades, Dr(a), keslyribeiro@hotmail.com
  • Constanza Marins , Dr(a), constanza@geoforma.com.br
  • Luiz Carlos Machado Miguel, Dr(a), lcmmiguel@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Obesidade, Indice CPOD, Saúde bucal

A obesidade e a cárie dentária são doenças multifatoriais relacionadas aos hábitos alimentares. O elevado consumo de açúcar por crianças e adolescentes com sobrepeso e obesos pode ser considerado um fator de risco para a ocorrência da doença cárie. O objetivo deste estudo foi avaliar o índice de ceo-d e CPOD, a condição bucal de higiene e dieta em crianças e adolescentes do Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria em Joinville, SC, diagnosticados com sobrepeso ou obesidade para verificar a possível relação destas condições com a cárie dentária. Foram examinados 84 pacientes com média de idade de 10,4 anos (1,7 – 17 anos); média de IMC de 27,65kg/m², 46 do sexo masculino e 38 do sexo feminino. Para avaliação do CPO-D/ ceo-d separou-se três grupos etários: grupo 1- dentição decídua, idades de 1,7 a 5 anos (06 pacientes); grupo 2 - dentição mista, idades de 6 a 12 anos (52 pacientes) e grupo 3 - dentição permanente, idades de 13 a 17 anos (26 pacientes). O índice CPO-D/ceo-d geral foi de 1,33; 30 (35,7%) tinham a doença cárie e 25(29,8%) tinham dentes restaurados. O grupo 1 teve índice 1, no grupo 2, índice 1,5 e índice 2,35 no grupo 3. Na avaliação de higiene, 40 (47,6%) indivíduos apresentaram boa higiene e 79 (89,3%) executavam sozinhos sua higiene bucal. Dieta cariogênica foi observada em 25 (29,8%) pacientes. E, no grupo 3 de maior incidência de cárie, apenas 16 (19%) indivíduos tinham uma dieta cariogênica. Doença sistêmica estava presente em 43 (51,2%) pacientes e 25 (29,8%) faziam uso de medicação contínua. Concluiu-se que, não houve relação entre sobrepeso e obesidade e maior experiência de doença cárie.

Apoio / Parcerias: Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria

O Conhecimento que os professores das Escolas Estaduais de Joinville- SC apresentam sobre o Transtorno por Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

  • Valéria Cristina Rufo Vetorazzi, MSc, valeriac.rufo@gmail.com
  • Dalva Marques, MSc, dozol@terra.com.br
  • Wagner José Alfredo Correa, Graduando, wagner.correa.21@gmail.com
  • Fernanda Carolina Cani, Graduando, Fernanda_carolina@msn.com
  • Caroline Scheffer , Graduando, caroline.scheffer@gmail.com
  • Priscila paula Bertol, Graduando, priiscilab@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Deficit de Atenção, Hiperatividade, Ensino

Resumo: Introdução: O Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) consiste em um transtorno neurobiológico crônico, que causa desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade. Suas causas são tanto biológicas quanto ambientais, e sua incidência pode alcançar de 2 a 5% das crianças em idade escolar, podendo apresentar comorbidades com outros distúrbios psiquiátricos. Os professores muitas vezes são os primeiros a identificar crianças com TDAH. Metodologia: No ano de 2012 cinco escolas estaduais de Joinville participaram do projeto de pesquisa cujo objetivo era verificar o conhecimento que os professores, das diversas séries, do ensino fundamental e médio possuiam sobre o referido transtorno. Foram preenchidos dois questionários, um anterior e outro posterior à realização de uma palestra sobre questões sócio-bio-psicológicas e manejo em sala de aula. Resultados: Dos 120 professores lotados nas escolas,110 participaram da palestra, realizada na UNIVILLE no dia 18 de Julho. Porém com relação ao preenchimento dos questionários apenas 31 responderam ao primeiro e 11, o segundo. Destes 11 professores, 10 relataram ter aplicado alguma das técnicas de manejo expostas durante a palestra e todos observaram melhoras das crianças com TDAH quanto ao aprendizado e/ou as relações sociais com professores e colegas. Discussão: Foi possível perceber, através dos questionamentos após a palestra, que uma grande parcela dos professores preocupam-se com o desempenho acadêmico e social de alunos com TDAH, porém houve uma baixa participação efetiva quanto as técnicas de manejo em sala de aula. Considerações finais: O ambiente escolar é um local determimante para a criança com TDAH, podendo contribuir para a inclusão desse indivíduo na sociedade, ou desencadeando outras comorbidades pelo manejo inadequado, prejudicando as relações sociais. Déficits cognitivos, transtornos do aprendizado e da linguagem podem provocar um comprometimento social grave. As dificuldades no diagnóstico e na intervenção deste tipo de transtorno deve-se a real falta de conhecimento sobre o quadro clínico, a inexistência de estudos acerca das consequências futuras e principalmente ao preconceito para o tratamento efetivo. Desta forma , torna-se imprescindível que os educadores estejam preparados para intervirem adequadamente quando necessário.

Apoio / Parcerias: Secretaria Estadual de Educação

O INGRESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR E A COBRANÇA DE LAUDO: COMO ESTA AÇÃO IMPACTOU NA COMUNIDADE ACADÊMICA DA UNIVILLE?

  • Sonia Maria Ribeiro, Dr(a), soniavile@yahoo.com.br
  • Letícia Ribas Diefenthaeler Bohn, MSc, lebohn@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Inclusão, Ensino Superior, Laudo Técnio

Desde 2009 a UNIVILLE intensificou ações tornando o ensino superior cada vez mais inclusivo. Dentre estas ações citamos o PROINES-Projeto de apoio a inclusão de alunos com necessidades especiais e PAP-Projeto de apoio pedagógico, ambos voltam-se ao desenvolvimento de ações capazes de atender as necessidades de acadêmicos considerados com necessidades especiais. As ações envolvem atendimento e orientações junto aos acadêmicos, reuniões entre pais/responsáveis, professores e chefias de departamento, tutores/monitores para auxiliar nas atividades acadêmicas, bem como ações voltadas a acessibilidade arquitetônica, atitudinal e ao conhecimento. A dificuldade em identificar, estes estudantes principalmente logo após a matrícula fez com que a partir do 1º semestre de 2013 a UNIVILLE passasse solicitar a entrega de um laudo atestando as limitações do estudante tanto para os iniciantes como os veteranos. Julgou-se tal procedimento necessário e importante pelo fato de antecipar os procedimentos antes mesmo de o acadêmico ingressar em sala de aula. A partir deste fato as pergunta que pretendemos responder por meio deste trabalho são: como os estudantes reagiram a esta inovação?, Qual o número total de acadêmicos matriculados, no primeiro semestre de 2013, que podem ser considerados como alunos com necessidades especiais?, Quantos destes estão sendo atendidos pelos projetos PROINES e PAP?. Vale ressaltar que o acadêmico ao relatar que apresentava uma necessidade especial, no ato da matrícula, era encaminhado à equipe do PROINES ou PAP onde se dava o primeiro diálogo para as devidas apresentações e registro das necessidades do aluno, finalizando assim o processo de matrícula. As matrículas no 1º semestre de 2013 apontaram um total de 67 acadêmicos que se auto declararam com alguma necessidade especial, deste total apenas 1 não entregou laudo, demonstrando que houve aceitação e compreensão acerca da importância deste no processo de inclusão. O cruzamento de informações obtidas junto a Central de Atendimento Acadêmico, PROINES e PAP revelam que dos 66 acadêmicos 15 foram atendidos pelo PAP envolvendo atendimento psicológico, pedagógico e orientações junto a pais e professores. Pelo PROINES foram registrados 14 alunos que demandaram atendimentos que envolveram encaminhamento ao serviço de tutoria, orientações junto aos pais, professores e demais colegas de sala, acessibilidade arquitetônica, produção de material acadêmico acessível para acadêmicos cegos. Diante destes números podemos dizer que a entrega do laudo favoreceu na realização de ações inclusivas num curto espaço de tempo e adequadas as necessidades dos acadêmicos.

Orientação e Informação Profissional para Adolescentes do Ensino Médio

  • Alexandre Cidral, Dr(a), alexandre.cidral@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: escolha profissional, orientação profissional, adolescência

O Projeto de Orientação e Informação Profissional (OI-Profissional) tem por objetivo orientar estudantes da terceira série do ensino médio de escolas públicas e privadas na escolha da profissão. As atividades são realizadas em grupo e incluem dinâmicas, palestras e discussões sobre aptidões, interesses e habilidades dos participantes, dificuldades no processo da escolha profissional, estratégias para realizar a opção por uma profissão e informação sobre profissões, mercado de trabalho e formação universitária e técnica nas diversas áreas. As atividades de orientação ocorrem em grupos de 20 estudantes que realizam 2 encontros semanais ao longo de 5 semanas. A facilitação dos grupos é feita por acadêmicos do curso de Psicologia sob a orientação do professor coordenador do projeto. Em 2012 as atividades ocorreram em 2 escolas da rede privada de ensino atendendo cerca de 60 alunos das terceiras séries do ensino médio. Além disso, foram realizadas palestras em outras 2 escolas públicas e durante a Semana da Comunidade, atingido cerca de 150 estudantes do ensino médio. O projeto foi avaliado positivamente pelos participantes que relataram a importância das atividades para auxiliá-los na compreensão do processo de escolha e na relação deste processo com a elaboração de um projeto de vida. O OI-Profissional é um espaço de desenvolvimento de competências para os acadêmicos de Psicologia da UNIVILLE, além de oferecer um importante serviço à comunidade, sobretudo para os adolescentes que estão atravessando um momento crucial em suas vidas que é o de construção de sua identidade profissional e definição de seu projeto de vida.

Apoio / Parcerias: SENAI Colégio da Univille Rede Estadual de Ensino

Polimorfismos no gene IL28B e sua relação com a resposta ao tratamento nos pacientes com hepatite C crônica

  • PAULO HENRIQUE CONDEIXA DE FRANÇA, Dr(a), ph.franca@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Hepatite C, Gene IL28B, Polimorfismos de Nucleotídeo Único

Introdução: A hepatite C representa um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Apesar de novas drogas contra o vírus da hepatite C (HCV) terem sido incorporadas ao arsenal terapêutico, como boceprevir e telaprevir, o tratamento ainda baseia-se em interferon peguilado (PegINF) associado a ribavirina (RBV). Sabe-se, porém, que uma Resposta Virológica Sustentada (RVS) somente é alcançada em cerca de 50% dos portadores do HCV genótipo 1 e esta resposta insatisfatória relaciona-se a fatores virais e do próprio hospedeiro. Em 2009, através de ampla investigação do genoma humano, Polimorfismos de Nucleotídeo Único (SNPs) localizados próximos ao gene IL28B foram identificados e associados à resposta ao tratamento. Dois SNPs - rs12979860 e rs8099917 - e seus respectivos alelos - C e T - foram observados em forte associação com RVS. Objetivos: Identificar a prevalência das variantes genotípicas decorrentes dos SNPs rs12979860 (C/T) e rs8099917(T/G) na população de Joinville-SC. Identificar a frequência destes SNPs em portadores de hepatite C e a relação com a resposta ao tratamento. Metodologia: Foram avaliados 199 indivíduos anti-HCV negativos recrutados em Joinville e 145 pacientes dispondo HCV genótipo 1 procedentes de seis centros de referência brasileiros. A genotipagem de 277 amostras consistiu em amplificação do segmento gênico correspondente via Reação em Cadeia da Polimerase seguido da análise dos polimorfismos de comprimentos de fragmentos de restrição (RFLP). Os amplicons obtidos foram separados via eletroforese e registrados sob luz ultravioleta. Em 66 amostras, a metodologia empregada para análise dos SNPs foi o sequenciamento bidirecional dos amplicons empregando o kit “DYEnamic for MegaBACE”. Resultados: A distribuição alélica e genotípica dos SNPs rs12979860 e rs8099917 mostrou diferença significativa entre grupos controle e pacientes, com maior proporção dos genótipos favoráveis CC e TT no grupo controle (p=0,037 e p=0,046, respectivamente). Em 39% dos pacientes observou-se RVS, estando o SNP rs12979860 e seu genótipo CC associados à cura virológica (45% vs. 21%, p= 0,02). Não houve associação significativa entre o SNP rs8099917 e a resposta ao tratamento, porém portadores do alelo T apresentaram maiores taxas de RVS (p=0,024). Conclusões: Os alelos C e T dos SNPs rs12979860 e rs8099917, respectivamente, apresentaram-se mais frequentes no grupo controle. Este achado possivelmente relaciona-se a efeito protetor à infecção pelo HCV. O SNP rs12979860 e respectivo genótipo CC apresentaram associação significativa com a resposta ao tratamento anti-HCV.

Projeto de Extensão Tiarajú Ivy Marãey - Em busca da terra sem males

  • Roseneide Campos Deglmann, MSc, roseneide.campos@gmail.com
  • Sirlei Souza, MSc, professorasirlei@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Tiarajú, Indígena, saúde

A aldeia Tiarajú Guarani Mbyá localiza-se no município de Araquari (SC), às margens da rodovia BR-280, com uma população de 100 indígenas e a Aldeia Conquista localiza-se no Balneário Barra do Sul, com um total de 50 indígenas, sendo todos falantes do guarani. O projeto visa aproximar os acadêmicos da realidade sócioeconômica cultural da comunidade indígena guarani, proporcionando sua ampliação no conhecimento do saber científico e o saber comunitário, e a organização do sistema de saúde. Também o respeito aos valores culturais e sociais integrados com a universidade, buscando fortalecer a sustentabilidade da comunidade Guarani. Promoção de saúde, prevenção de doenças e aprofundar as questões relacionadas com a cultura e a educação indígena, integrando as áreas das Ciências da Saúde e das Humanas, a fim de aproximar os conhecimentos produzidos na Comunidade indígena, na Universidade e os reflexos na sociedade atual. As atividades nas duas aldeias foram desenvolvidas através de oficinas e palestras, em encontros quinzenais envolvendo sempre as crianças, adolescentes e adultos, abordando diversos temas solicitados pelas comunidades. A organização dos materiais didáticos, estudo de textos científicos, avaliação dos resultados foram semanalmente discutidos em reuniões. As diversas temáticas trabalhadas nas oficinas com a participação dos integrantes do projeto e as comunidades indígenas, proporcionaram uma integração de culturas, possibilitando-os uma vivência com novos conhecimentos para que possam melhor compreender a sociedade no mundo contemporâneo as forças a interagir. Os trabalhos lúdicos com as crianças trabalharam informações sobre higiene pessoal, prevenção e promoção de saúde para que possam adquirir novos hábitos evitando o contagio de doenças. Conclusão: as atividades no projeto contribuíram para ampliar os conhecimentos e melhorias da saúde das duas comunidades indígenas, respeitando sua particularidade e cultura, ampliando a visibilidade na comunidade interna e externa para a existência de comunidades indígenas na nossa região. Também foi possível garantir a prática da interdisciplinariedade, oportunidade de vivenciar e desenvolver habilidades de relacionamento pessoal e coletivo, que foram fundamentais para o crescimento como futuro profissional da área da saúde e humanas.

Apoio / Parcerias: FAEX

Projeto Toninhas: ecologia e conservação de uma espécie ameaçada

  • Beatriz Schulze, MSc, beatrizschulze@hotmail.com
  • Annelise Colin Holz, G, annelise_colin@hotmail.com
  • Camila Meirelles Sartori, G, milams2@hotmail.com
  • Natacha Zimmermann dos Santos, G, na_santos123@hotmail.com
  • Alline Maia Medina da Cunha, G, allineroots@hotmail.com
  • Ana Kássia de Moraes Alves, Graduando, kassia_moraes@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: toninhas, Baía da Babitonga, conservação

O Projeto Toninhas tem como objetivo contribuir para a conservação das toninhas e os ecossistemas costeiros onde ela vive, atuando na educação ambiental e na pesquisa. As atividades de Educação Ambiental foram desenvolvidas principalmente no Espaço Ambiental Babitonga, mas também foram realizadas palestras, exposições interativas e cursos. Os grupos que visitaram o Espaço Ambiental Babitonga assistiram uma apresentação sobre o projeto e sobre os principais ecossistemas da região, realizaram a visita ao acervo e ao manguezal próximo e participaram de dinâmicas educativas. A realização de palestras e exposições interativas em eventos ocorreu com a montagem de um acervo específico. Foram realizadas 15 exposições interativas, 32 palestras e 6 cursos que, juntamente com as visitas ao Espaço Ambiental Babitonga, totalizaram 13.982 pessoas atendidas entre agosto de 2011 e dezembro de 2012. Foi elaborado e publicado um livro paradidático, distribuído gratuitamente nas escolas, que tem como personagem principal a toninha. Foi produzido um videodocumentário sobre a toninha, amplamente distribuído na região de ocorrência da espécie. A pesquisa foi direcionada à população de toninhas que vive na Baía da Babitonga, com o acompanhamento dos animais na natureza e a recuperação de carcaças nas praias. Estudos abordando a área de vida das toninhas foram realizados por meio da telemetria satelital, de varreduras na Baía da Babitonga através de rotas pré-estabelecidas e por meio da fotoidentificação, com a análise da presença de marcas na nadadeira dorsal das toninhas. Também foram realizados estudos sobre o repertório sonoro da espécie e poluição sonora da Baía da Babitonga. De fevereiro de 2011 a dezembro de 2012 foram realizadas 106 varreduras na Baía da Babitonga, com o registro de localização de 153 grupos de toninhas. Neste período foram identificados 22 indivíduos através de marcas naturais na nadadeira dorsal. O tempo de residência dos animais variou de 1 a 22 meses. Em outubro de 2011 foram capturados 5 indivíduos para a instalação de transmissores satelitais, que transmitiram informações por até 60 dias. A área de vida variou de 0,7 a 25 km². Foram registrados sons como assobios e burst-pulse, inéditos para a espécie. A região mais interna da baía apresentou uma menor intensidade de ruído sonoro, que aumentou no sentido da desembocadura, com um forte acréscimo nas proximidades dos portos. Foram recuperadas 13 carcaças de toninhas. Os resultados deste trabalho possibilitam a geração de subsídios para a implementação de estratégias para a conservação da espécie.

Apoio / Parcerias: Petrobras FAP/UNIVILLE

Pró-Saúde/Pet-Saúde: A Universidade a Serviço da Saúde

  • Helena Maria Antunes Paiano, MSc, hpaiano@gmail.com
  • Luciano Soares, Dr(a), soaresgnosia@gmail.com
  • Selma Cristina Franco, Dr(a), scfranco@terra.com.br
  • Vivia Buzzi, MSc, farmaceuticavi@hotmail.com
  • Sofia Cieslak Zimath, MSc, sofiaczimath@yahoo.com.br
  • Marciane Pereira Santos, MSc, marciane.cleuri@univille.net
  • Denise Vizzotto, MSc, dvizzotto@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pró-Saúde, Educação Interprofissional, Pet-Saúde

O Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação, com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), instituíram o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde), cujo objetivo é a integração ensino-serviço, visando à reorientação da formação profissional, assegurando uma abordagem integral do processo saúde-doença com ênfase na Atenção Básica. A Univille em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Joinville aprovou, em 2008, o projeto “A UNIVERSIDADE A SERVIÇO DA SAÚDE” via edital do Pró-Saúde II. Este projeto, ainda em andamento, elegeu como cenário de prática para atuação o bairro Jardim Paraíso em Joinville, abrangendo uma comunidade com cerca de dez mil pessoas. Os recursos obtidos superaram 950 mil reais. Em 2012, a Univille aprovou novo projeto no edital Pró-Saúde III, envolvendo então subprojetos no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-Saúde, com novo aporte de recursos, na ordem de 900 mil reais. Nesse projeto há pagamento de bolsas a professores e alunos da Univille, e a profissionais da rede de atenção à saúde de Joinville. O objetivo do projeto é incorporar ao processo de formação dos alunos dos cursos da área da saúde da UNIVILLE uma abordagem do processo saúde-doença que contemple determinantes sociais e uma perspectiva do cuidado integral à saúde, promovendo transformações nos processos de geração de conhecimentos, ensino-aprendizagem e prestação de serviços de saúde à população. Os subprojetos PET-Saúde são o Grupo Rede Cegonha - Linha de Cuidado da Gestante e do Recém-Nascido e o Grupo Rede Saúde do Adulto: linhas de cuidado hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus, e a área de abrangência foi ampliada para outros bairros em Joinville. Os cursos envolvidos são Educação Física, Farmácia, Medicina, Odontologia e Psicologia. O projeto é caracterizado como de ensino, pesquisa e extensão, apresentando um caráter inovador na integração dos princípios constitutivos da universidade e, pela primeira vez, promovendo o debate sobre a educação interprofissional entre todos os cursos da área de saúde na instituição. Como resultados preliminares, a integração de professores, alunos e profissionais na concepção, desenvolvimento e operacionalização do projeto tem rendido a ampliação dos olhares das diferentes profissões para promover uma educação com princípio pedagógico construtivista, fundamentado na integralidade das ações de saúde. A integração ensino-serviço tem demonstrado potencial para abrir a universidade para as necessidades de formação do Sistema Único de Saúde em Joinville.

Apoio / Parcerias: Ministério da Saúde Ministério da Educação

RELAÇÃO ENTRE O SOMATOTIPO E GORDURA VISCERAL ENTRE GÊNEROS

  • Fabricio Faitarone Brasilino, E, fabricio.brasilino@univille.br
  • Jerson Dutra, E, jerson.dutra@univille.br
  • Pedro Jorge Cortes Morales, Dr(a), pedro.jorge@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Somatotipo, Índice de Conicidade, Gordura Viceral

O risco de doenças é maior para pessoas que acumulam gordura na região abdominal (central), particularmente ao redor das vísceras (padrão de gordura abdominal visceral – NAHAS, 2011). O objetivo deste estudo foi analisar a correlação entre o somatotipo e a gordura visceral entre indivíduos não obesos de gêneros diferentes, praticantes de atividade física do Centro de Atividades Físicas-CAF UNIVILLE. A pesquisa investigou indivíduos normo-peso e sobre-peso do gênero masculino (n=406) com média de idade de 24,4±8,1 anos e feminino (n=497) com média de idade de 25,0±8,7 anos que praticaram das modalidades esportivas oferecidas pelo CAF no ano de 2012. Foram analisados os dados coletados das variáveis do somatotipo (endomorfia, mesomorfia e ectomorfia – MARINS & GIANNICHI, 2003) e do Índice de Conicidade – IC (PITANGA, 2010). Pitanga (2010) salienta que o IC se baseia na relação de aparência que alguns indivíduos possuem semelhante a um duplo cone (com concentração de gordura na região do abdome e cintura) e outros que possuem uma aparência cilíndrica, ou seja, não possuem essa concentração de gordura na região abdome e cintura. Os dados antropométricos coletados (estatura, massa corporal e circunferência da cintura em seu menor proporção) seguiram a padronização constante em Fernandes Filho (1999). Para a análise e interpretação dos dados foi utilizada a estatística descritiva, através do pacote estatístico SPSS 16.0, com medidas de tendência central (media) e dispersão (desvio padrão). O teste Shapiro Wilk não demonstrou normalidade entre as variáveis investigadas, optando-se assim pelos testes não-paramétricos. O comparativo das amostras se deu pelo Teste de Wilcoxon-Mann-Whitney Amostras Independentes, adotando pÂ0,05. Utilizou-se a matriz do coeficiente de Spearman para correlacionar as variáveis investigadas, adotando Teste de Kruskal-Wallis sendo pÂ0,05. Resultados obtidos: Comparando os resultados da amostra geral, a variável Índice de Conicidade – IC correlacionou-se: endomorfia (r=0,11), mesomorfia (r=0,31) e ectomorfia (r=-0,24), sendo consideradas na escala, como fracas. Para o gênero masculino obteve-se correlação para a mesma variável: endomorfia (r=0,48), mesomorfia (r=0,21) e ectomorfia (r=-0,38) e feminino endomorfia (r=0,43), mesomorfia (r=0,29) e ectomorfia (r=-0,40). Conclusão: As correlações indicaram uma fraca correlação do somatotipo com as variáveis pesquisadas, mostrando-se assim que tanto a amostra geral e por gêneros não encontram com adiposidade central sugestível de risco para o desenvolvimento das doenças crônico-degenerativas.

Apoio / Parcerias: Sem apoio.

Reprodução de aves costeiras na região da Baía da Babitonga

  • Thamires Cristina Pena Reis, G, thamiresreis@hotmail.com
  • Alexandre Venson Grose, MSc, ale.grose@hotmail.com
  • Daniela Fink, MSc, dani.fink@gmail.com
  • Giuli Caroline Bisinela, G, giu_bis@yahoo.com.br
  • Tamara Aparecida Carlini, G, tah_c@hotmail.com
  • Joice Elisa Klug, Graduando, lilamathers@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: aves costeiras, Baía da Babitonga, reprodução

As aves marinhas e costeiras desempenham um importante papel no fluxo de energia dos ecossistemas costeiros. A coleta de dados foi realizada através do monitoramento direto de colônias reprodutivas. Entre 2011 e 2012 foram identificadas três colônias na Baía da Babitonga: desembocadura do Rio Pedreira (N. violacea, Egretta thula e E. caerulea), Ilha do Maracujá (N. nycticorax, N. violacea e Phimosus infuscatus) e Ilha Jarivatuba (N. nycitocorax, N. violacea, Bubulcus ibis, E. thula, E. caeruela, Eudocimus ruber e Plegladis chihi). Não foram encontradas diferenças significativas quanto à presença de mercúrio total e selênio nas penas de filhotes de N. violacea entre as colônias reprodutivas. As maiores concentrações dos principais compostos organoclorados (∑DDT, ∑PCB e HCB) foram registradas nos ovos coletados da Ilha Jarivatuba, comparados com os da Ilha do Maracujá. O DDT foi constatada em 10 dos 16 ovos analisados. Entre setembro de 2010 e fevereiro de 2011 foi realizado o monitoramento da ilha do Maracujá com o registro de 5 espécies. Foram registrados 154 ninhos, sendo 79 de N. nycticorax, 14 de N. violacea, 6 de P. infuscatus, 5 de E. caerulea e 1 de A. cajanea. A população estimada para o local foi de 308 indivíduos reprodutores, sendo que N. nycticorax foi a espécie mais abundante, correspondendo a 51% dos ninhos. Entre agosto de 2011 e março de 2012 foi realizado o monitoramento do ninhal do rio Pedreira. Foram registrados 210 ninhos, sendo 60 de N. violacea e 150 de Egretta sp. O sucesso de eclosão foi de 50%. A sobrevivência foi maior para N. violacea, com 32%, quando comparada a Egretta sp., com 24%. O levantamento da aves que ocorrem no Arquipélago das Graças foi realizado entre julho de 2011 e junho de 2012 através de visitas quinzenais. As aves mais abundantes foram Larus dominicanus, Fregata magnificens, Sula leucogaster, Coragyps atratus e Haematopus palliatus. Em três ilhas foi registrada a reprodução de S. leucogaster e L. dominicanus: ilha do Veado, do Pirata e Mandigituba. A colônia da ilha Mandigituba, formada apenas por L. dominicanus, foi monitorada em 2012 por meio de visitas semanais. A temporada iniciou em julho e se estendeu até novembro. Os ovos iniciaram em agosto e os filhotes começaram a nascer em setembro. Foram registrados 270 ninhos, 522 ovos e 184 filhotes. As informações levantadas poderão contribuir para uma melhor gestão dos ecossistemas costeiros locais, visando a conservação destas espécies.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

Uso Racional de Plantas Medicinais

  • LUIZ PAULO DE LEMOS WIESE, MSc, luizwiese@gmail.com
  • Daniel Nunes, Graduando, daniel-nunes19@hotmail.com
  • Gerrana Portugal Rodrigues, Graduando, gerranaportugal@hotmail.com
  • Thaisa Noceti Carvalho, Graduando, thaisa_nc@hotmail.com
  • CYNTHIA HERING RINNERT, Dr(a), crinnert@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Fitoterapia, Produtos Naturais, Extensão

As plantas medicinais têm seu uso relatado desde tempos remotos, pelos mais diversos povos. A fitoterapia, recurso terapêutico freqüentemente praticado por meio da automedicação, pode trazer riscos aos seus usuários por se fundamentarem na crença de que “o que é natural não faz mal”. Todas as classes socioeconômicas no Brasil usam plantas medicinais devido às heranças culturais, ao baixo custo, e pela sua pressuposta eficácia. Contudo, há uma grande lacuna a ser preenchida através de ações que busquem melhorar a difusão do conhecimento sobre o uso seguro e racional de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos, entre elas, a disponibilização de informações que devem ser transmitidas aos prescritores, dispensadores e aos usuários da fitoterapia. A Universidade não pode ser entendida como detentora de conhecimento, mas sim aprimoradora, permitindo uma troca de informações e viabilizando o avanço científico. Ela produz conhecimento a partir da experiência com a comunidade, sendo imprescindível sua interação com a sociedade, de modo a compreender suas dificuldades e necessidades para referenciar sua formação com os desafios que terá de enfrentar. O projeto “Uso Racional de Plantas Medicinais”, em execução desde 2005, vem atendendo a população de Joinville por meio de palestras, oficinas, exposições e jogos, entre outras atividades; sempre levando à comunidade, dentre informações de diversas fontes, o conhecimento produzido na UNIVILLE, através do NUPRAV (Núcleo de Pesquisa em Produtos Naturais “Prof. Ricardo Alessandro Vieira”). Vários levantamentos etnofarmacológicos foram realizados e em todos os casos verificou-se que as comunidades investigadas nem sempre empregavam as plantas medicinais de forma segura, e muitas vezes utilizavam plantas sem conhecê-las adequadamente. O projeto URPM vem apresentando resultados significativos, uma vez que, somente em 2012 esteve envolvido em 18 eventos junto à comunidade, atendendo cerca de 1700 pessoas, além de ter feito parte da Comissão para Implantação do Programa Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (mais detalhes no perfil do facebook “Uso Racional de Plantas Medicinais”, no endereço https://www.facebook.com/PEURPM). Os extensionistas participaram de entrevistas e atuaram em diversos eventos nas mais diferentes localidades de Joinville, bem como em São Francisco do Sul, possibilitando-lhes o contato com outras culturas, outras instituições, outras formas de abordagem sobre o mesmo tema, enriquecendo a diversidade de ideias e metodologias utilizadas em projetos de extensão. Essa abordagem permitirá ainda a articulação do ensino na graduação com a pesquisa e extensão, e reflexão sobre a educação e atuação de nossos egressos na comunidade de Joinville.

Variabilidade da infauna e composição fitoplâncton em uma área urbanizada na praia de Ubatuba, São Francisco do Sul, Santa Catarina

  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.br
  • Schelen Grossel, Graduando, schelen_g@hotmail.com
  • Carlos Alberto Borzone, Dr(a), capborza@ufpr.br
  • Luiz Paulo da Silva, Graduando, scottpp.l@hotmail.com
  • Kátia Regina Sgrott Sauer Machado, Dr(a), katia_sauer@terra.com.b
  • Mileine Girardi Bernardi, Graduando, llorenzi@ps5.com.br
  • Cauê Felipe de Oliveira, Graduando, caue@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: praia arenosa, urbanização, Santa Catarina

As praias arenosas desempenham o papel de manter a estabilidade da linha de costa e são importantes pela dependência das atividades comerciais e turísticas da população humana litorânea que ocupa esse ambiente. Existem espécies de organismos que habitam a zona de arrebentação e tradicionalmente são exploradas e utilizadas. A pressão sobre esses ecossistemas vem aumentando através das constantes atividades de ocupação e urbanização através do incremento da demanda pelos recursos naturais. O objetivo do trabalho foi descrever a infauna e o fitoplâncton coletados no inverno de 2012 em uma faixa de areia com urbanização na praia de Ubatuba, localizada no município de São Francisco do Sul, estado de Santa Catarina. A infauna foi coletada em dez pontos equidistantes com um cilindro de aço com 0,05 m2 para determinar a densidade, distribuição e composição dos organismos e determinadas a declividade do perfil, a salinidade da água de percolação e a umidade do sedimento. O fitoplâncton foi coletado com redes cônicas e copo coletor acoplado na zona de espraiamento e determinadas as concentrações de nutrientes dissolvidos da coluna d´água. O perfil da praia apresentou um desnível uniforme (valor 1/10), com salinidade variando de 5 a 36 e a umidade do sedimento foi menor na linha de detritos, aumentando até a linha d’água. As concentrações dos nutrientes dissolvidos foram 0,03 ppm de nitrato, não houve nitrito, 10,74 ppm de amônio, 2 ppm de fosfato e 1 ppm de silicato. O poliqueta Scolelepis goodbodyi dominou no mesolitoral médio e representou 87,4% do total dos organismos e na mesma zona ocorreram o bivalve Donax hanleyanus (2%) e o gastrópode Hastula cinerea (1,2%). O isópode Excirolana brasiliensis ocorreu na porção mediana do perfil e representou 7,2% da densidade total de organismos. Os principais taxa fitoplanctônicos identificados pertenceram à classe Bacillariophyceae, compostos por Coscinodiscus spp., Asterionellopsis glacialis, Nitzchia closterium e Anomoeoneis serians. A declividade foi um fator importante para a variação da umidade do sedimento e assim dividiu as zonas de ocorrência e abundância das espécies da infauna. Os taxa fitoplanctônicos podem ser considerados comuns desses ambientes sob intensa ação das ondas. Dessa forma, os padrões de densidade e distribuição da infauna e a composição do fitoplâncton da praia de Ubatuba coincidem com trabalhos realizados em praias arenosas da costa brasileira.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa - UNIVILLE