Área 01 - Ciências Exatas e Tecnológicas

Índice

  1. A participação social e a Gestão Técnica na Gestão dos Recursos Hídricos: O caso do Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas dos Rios Cubatão e Cachoeira
  2. A Pegada Ecológica da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira-Joinville/SC
  3. Apoio aos projetos estudantis das engenharias
  4. Aspectos extra-estéticos relacionados a gravura desenvolvida na Região Sul do Brasil.
  5. Caracterização e ação terapêutica de polissacarídeos produzidos por Pleurotus sajor caju
  6. CURSO DE EXCEL® 2007/ 2010 PARA ESTUDANTES DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E ENGENHARIA MECÂNICA
  7. DESENVOLVIMENTO DE TINTA HIDROSSOLÚVEL RESISTENTE À ALTA TEMPERATURA
  8. Educação Ambiental para preservação do entorno da Bacia Hidrográfica do Rio do Braço
  9. EFICÁCIA DO GEL DE BARREIRA QUÍMICA PARA REDUZIR O EFEITO BLISTERING
  10. Estudo da capacidade de descolaração de corantes têxteis por fungos do gênero "Pleurotus".
  11. Estudo da produção de enzimas oxidativas por "P. ostreatus" utilizando resíduos agroindustriais da região de Joinville
  12. Estudo da produção de substâncias bioativas por Pleurotus djamor UNIVILLE 001 e avaliação da atividade antitumoral in vivo
  13. ESTUDO DA TOXICIDADE AGUDA DE MISTURAS DE EFLUENTES DE UMA INDÚSTRIA QUÍMICA INORGÂNICA
  14. Estudos da aplicação de fibras de pupunheira em matriz poliuretana
  15. Ferramentas de pesquisa via WEB
  16. IDENTIFICAÇÃO GENÉTICA E AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE ARQUEOBACTÉRIAS HALÓFILAS EXTREMAS ISOLADAS DAS SALINAS DO PERU
  17. Influência de co-produtos da fermentação alcoólica sobre a pervaporação de etanol em membrana capilar de PDMS
  18. Pirólise rápida de folhas de bananeiras ressecadas
  19. PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE NANOCOMPÓSITOS DE POLI(L-ÁCIDO LÁCTICO) E DIFERENTES ARGILAS ORGANOFÍLICAS
  20. Preparo e caracterização de uma formulação de grânulos contendo o bioinseticida Bti
  21. Produção de Pleurotus ostreatus em resíduos de pupunheira (Bactris gasipaes) e avaliação do seu valor nutricional
  22. Projeto Empreender Univille
  23. Projetos Encap: propósitos e desdobramentos
  24. REUSO DE ÁGUA NO PROCESSO DE TINGIMENTO DA INDÚSTRIA TÊXTIL
  25. Síntese, caracterização e degradação de P(3HB) por Cupriavidus necator, utilizando glicerol como substrato
  26. Valorização de resíduos da bananicultura e da rizicultura na produção de briquetes

Resumos

A participação social e a Gestão Técnica na Gestão dos Recursos Hídricos: O caso do Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas dos Rios Cubatão e Cachoeira

  • Therezinha Maria Novais de Oliveira , Dr(a), tnovais@univille.br
  • Virginia Grace Barros , Dr(a), vgbarros@gmail.com
  • Bianca Goulart de Oliveira , MSc, bianca.engenharia@gmail.com
  • Yara Rubia de Mello , Graduando, yarademello@gmail.com
  • Lucas Kuhl , Graduando, ccjapoio@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: participação social, comitê de Bacias , Recursos hídricos

A água é considerada um bem público ou seja, um direito de todos. Mas a cada dia vemos este bem ser demandado das mais diversas formas pelos sete bilhões que habitam este planeta, atendendo as necessidades de cada um dentro de um conceito de "bem estar Humano", transformando-a, contaminando-a ou seja reduzindo sua capacidade de uso a cada dia. A Isto têm-se chamado de conflito pelo uso da água, pois para cada uso há uma qualidade e quantidade pré-estabelecida. Nas últimas duas década por meio da Política Nacional de Recursos Hídricos foram criados em todo o país os comitês de Bacias com ampla participação da sociedade, sendo 20% de seus integrantes pertencentes ao poder público, 40% usuários da água e mais 40% representantes da sociedade civil organizada, estas pessoas ao se reunirem em forma de assembleias discutem e propõem planos diretores de gerenciamento dos recursos hídricos com definição de usos prioritários e atividades a serem implantadas nas bacias e atuam na mediação dos conflitos destes usos para que a água realmente seja um bem de todos. Portanto o objetivo deste trabalho é apresentar como as ações de gestão técnicas de realizada por grupos que assessoram os comitês de bacias podem contribuir no sentido de se ter a melhor gestão possível do recurso. Para tanto, definiu-se como gestão técnica, ações de Educação Ambiental, monitoramento de quantidade e qualidade dos corpos hídricos, monitoramento de dados meteorológicos, informações geográficas que possibilitem um acompanhamento do uso do solo das bacias e monitoramento visual de pontos estratégicos das bacias, tais como: nascentes e foz, todas estas ações são realizadas com extremo rigor técnico, legal e científico no sentido de ser garantido periodicidade das coletas e calibração e certificação dos equipamentos. Os resultados mostraram que as informações geradas minimizam e disponibilizadas aos integrantes dos comitês e a sociedade como um todo por meio de página na internet, diminui sensivelmente conflitos de grande magnitude seja por conhecimento obtido pela educação ambiental ou por dados que se tornam irrefutáveis, contribuindo para transparência, clareza, legalidade e objetividade nas tomadas de decisão, promovendo uma participação social comprometida e responsável.

Apoio / Parcerias: Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Santa - SDS Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas dos Rios Cubatão e cachoeira - CCJ

A Pegada Ecológica da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira-Joinville/SC

  • Denise Lemke Carletto , MSc, denise.carletto@univille.br
  • Bianca Goulart de Oliveira , MSc, bianca.engenharia@gmail.com
  • Dennis Newton Nass, Graduando, dennis.geigrafia@gmail.com
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira , Dr(a), tnovais@univille.br

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Pegada Ecológica , Bacia Hidrográfica , Rio Cachoeira

Durante muito tempo utilizou-se a natureza como se ela fosse uma fonte inesgotável de recursos para gerar “bem-estar”, sem considerar nenhum prejuízo. No entanto mais recentemente os prejuízos foram ficando visíveis, sob a forma de rios totalmente poluídos, lixões, poluição atmosférica, mostrando que os impactos desse processo rápido e inadequado de apropriação da natureza vêm impondo taxas incompatíveis com a capacidade de suporte dos ecossistemas naturais. Por isso, tornam-se necessários o desenvolvimento e a utilização de indicadores de sustentabilidade que possam contribuir com a gestão adequada dos recursos naturais. Assim sendo, este trabalho teve como objetivo calcular a Pegada Ecológica da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira (BHRC), um indicador reconhecido de sustentabilidade como ferramenta para o desenvolvimento de ações de educação ambiental. Como metodologia para o cálculo da Pegada Ecológica recorreu-se ao método desenvolvido por Mathis Wackernagel e Willian Rees, e como base para o cálculo usaram-se índices considerados de maior impacto nos ecossistemas, quais sejam: consumo de água, energia, combustível e geração de lixo. Fez-se também um estudo da bacia em termos de uso e ocupação da terra, população e condições ambientais. Os resultados mostraram que o modo de vida da população da BHRC tem imposto um nível de apropriação dos recursos naturais considerado insustentável para a região, contribuindo para a degradação do planeta, ou seja, 24 vezes mais do que a bacia poderia absorver, consumindo assim elementos da natureza que pertencem a outros ambientes e a outras pessoas. Por meio desse resultado foi possível identificar que a BHRC não é sustentável e que a metodologia da Pegada Ecológica pode contribuir efetivamente nas ações de educação ambiental pela transparência que fornece quanto à utilização dos recursos naturais.

Apoio / Parcerias: Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrograficas dos Rios Cubatão e Cachoeira - CCJ e Fundo de Apoio a Pesquisa da Univille - FAP

Apoio aos projetos estudantis das engenharias

  • Gilson João dos Santos, MSc, gilson.joao@univille.br
  • Altair Carlos Cruz, MSc, altair.carlos@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Coordenação, Apoio, Patrocinadores

Os projetos estudantis são eventos permanentes realizados pelos departamentos de engenharia de produção e engenharia mecânica e envolvem alunos destes cursos. Atualmente são quatro os projetos que estão em andamento: a) BAJA - veículo motorizado à combustão interna fora de estrada. Competições anuais: regional e nacional. b) Eficiência Energética - dois veículos a gasolina e elétrico. Competição nacional. c) Robótica - competição nacional. d) Aerodesign - avião protótipo baseado em aero-modelismo. Há competição nacional. O objetivo é proporcionar aos alunos participantes das equipes a vivência prática dos conhecimentos adquiridos em sala de aula e aplicá-los no processo de desenvolvimento de projetos de produtos e, posteriormente, participar das diversas competições. No ano de 2012, o projeto do eficiência competiu em Curitiba obtendo o troféu de melhor projeto do carro elétrico. Já o projeto Robótica foi até Fortaleza e conseguiu o 2º lugar na categoria IEEE, na Latin American Robotics Competition. Alguns integrantes do projeto BAJA foram a competição nacional em Piraciaba, mas como o carro não ficou concluído, não poderam competir. Já o Aerodesign não conseguiu montar a equipe e nem o avião para a competição. Nosso principal trabalho junto às equipes foi o de coordenar as atividades gerais, buscando apoio de patrocinadores e viabilizando a participação das equipes nas competições.

Apoio / Parcerias: Sucaville; Centrustec; Ciser; JS serviços de Usinagem; Stelinox; Bikeville, Metalab; Knaulf; Fast Parts; J7's; Beithaupt, Aeroville

Aspectos extra-estéticos relacionados a gravura desenvolvida na Região Sul do Brasil.

  • Elenir Morgenstern, Dr(a), elenir.m@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: gravura, história, Sul do Brasil

O resumo apresenta considerações acerca do Projeto de Pesquisa intitulado ‘Questões históricas, sociais, culturais e estéticas, relacionadas à gravura contemporânea, com enfoque na região Sul do Brasil’ (GRA3). O projeto ‘GRA3’ centrou-se na investigação, registro e desenvolvimento de material virtual de apoio ao ensino, referente a questões extra-estéticas (históricas, sociais, culturais) pertinentes à gravura artística, em contexto contemporâneo. A proposição focalizou dois eixos principais: 1. Pesquisa teorética acerca da história da gravura (que visa recuperar, organizar e compilar dados histórico-sociais e mapear aspectos do patrimônio cultural, material e imaterial, desenvolvido por meio da técnica da gravura, nos principais pontos de sua disseminação, na região Sul do Brasil); 2. Disseminação de saberes pertinentes à gravura artística, por meio de desenvolvimento de material virtual de apoio ao ensino. O projeto focalizou, para a recuperação histórica, o Estado do Paraná (com as atividades e acervo do Solar do Barão, em Curitiba) e do Rio Grande do Sul (por meio do Museu do Trabalho, em Porto Alegre). A metodologia, aplicada no projeto, contemplou, em um primeiro momento, o registro, com inferências in loco, por meio da captura de imagens e entrevistas orais presenciais e online. Em segundo momento, partindo-se dos registros imagéticos e escritos, iniciou-se o desenvolvimento de um vídeo-documentário apresentando a história por meio dos relatos orais e escritos dos agentes envolvidos na formação e manutenção dos Clubes de Gravura da região Sul. Por se tratar de proposta que considera a necessária redução dos impactos ambientais (orientação prevista no Projeto Pedagógico da Univille), os dados coletados foram manipulados digitalmente e serão disponibilizados virtualmente, por meio do Blog do projeto GRA. Os resultados principais desta pesquisa referem-se: (a) recuperação do processo histórico de constituição dos núcleos de gravura, nos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul e mapeamento de parte representativa do patrimônio cultural, material e imaterial, concernente às práticas que envolvem processos de gravura, desenvolvidos em meio às atividades destes núcleos; (b) desenvolvimento de material virtual com vistas à divulgação da pesquisa e apoio às práticas de ensino e extensão na UNVILLE; (c) constituição de uma rede relacional como forma de mediação entre instituições, cujo mote é a gravura artística. Destacamos que a carência de pesquisas e publicações, atinentes à gravura artística, bem como a necessidade da academia em estar à frente, no que diz respeito a tal investigação, são fatores que atestam a relevância da pesquisa realizada.

Caracterização e ação terapêutica de polissacarídeos produzidos por Pleurotus sajor caju

  • Marcia Luciane Lange Silveira, MSc, marcia.luciane1@gmail.com
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), elizabeth.wisbeck@univille.br
  • Mariane Bonatti-Chaves, Dr(a), mariane.bonatti@univille.br
  • Thales Ricardo Cipriani, Dr(a), trcipriani@ufpr.br
  • Fhernanda R. Smiderle, Dr(a), fhernandas@gmail.com
  • Marcello Iacomini, Dr(a), iacomini@ufpr.br
  • Eduardo Manoel Pereira, MSc, eduardo_manoel@yahoo.com.br
  • Andréa Caroline Ruthes, Graduando, andrearuthes@gmail.com
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sandra.furlan@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Pleurotus sajor-caju, polissacarídeos, atividade medicinal

Os fungos despertam interesse de vários pesquisadores devido à sua facilidade de cultivo, seu valor gastronômico e à possibilidade de extração de aromas, enzimas, lipídeos e polissacarídeos. São considerados alimentos nutricionalmente completos, pois possuem ácidos graxos insaturados, proteínas com aminoácidos essenciais, carboidratos, vitaminas do complexo B, potássio, fósforo e ferro. Os polissacarídeos constituintes da parede celular destes fungos são estudados como agentes farmacológicos, apresentando atividades antimicrobiana, antiviral, antitrombótica, hipotensiva, antioxidante, antitumoral, sendo reconhecidos como ativadores do sistema imunológico. Assim sendo, este projeto teve por objetivo a produção e caracterização dos polissacarídeos de Pleurotus sajor-caju, como também a avaliação de atividades terapêuticas. Corpos frutíferos de Pleurotus sajor-caju foram produzidos em substrato sólido, formado por palha de folhas de bananeiras e os polissacarídeos constituintes da parede celular foram extraídos por diferentes métodos. Foi realizado o cultivo submerso de Pleurotus sajor-caju em meio POL modificado para a produção de micélio e do caldo fermentado, sendo os polissacarídeos intracelulares e extracelulares extraídos por diferentes métodos. Os polissacarídeos obtidos do corpo frutífero, do micélio e do caldo fermentado foram purificados por congelamento e degelo e diálise, caracterizados através de análise de composição monossacarídica, metilação e espectroscopia de RMN. Após, os polissacarídeos foram utilizados para a avaliação in vivo da atividade antinoceptiva através dos modelos de contorções abdominais e formalina e antiedematogênica através do modelo de edema de pata induzido por carragenina. Foi observada a presença de manogalactanas como polissacarídeos extra e intracelulares. A caracterização e avaliações de atividade terapêutica para o polissacarídeo isolado do corpo frutífero estão em andamento, sendo sua conclusão planejada para o ano de 2013. A manogalactana isolada do polissacarídeo extracelular apresentou uma inibição de 57% no número de contorções abdominais na dose de 3 mg/Kg e, este mesmo composto isolado do polissacarídeo intracelular, apresentou uma redução de 63% para a dose de 10 mg/Kg. Estas duas manogalactanas apresentaram redução do tempo de nocicepção na segunda fase do teste de formalina (63% e 77%, respectivamente). Para o teste de edema de pata promovido por carragenina, as manogalactanas extra e intracelular administradas previamente, demonstraram reduzir o edema de pata durante as seis horas de teste (69% e 59%, respectivamente) e quando administradas 30 minutos após a carragenina, apresentaram redução no edema de pata de 51% e 57% (respectivamente) após seis horas de teste. Estes resultados sugerem que os compostos estão atuando sobre a síntese ou liberação dos mediadores dos processos inflamatórios.

Apoio / Parcerias: Universidade Federal do Paraná - UFPR - Centro de Ciências Biológicas - Departamento de Bioquímica

CURSO DE EXCEL® 2007/ 2010 PARA ESTUDANTES DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E ENGENHARIA MECÂNICA

  • Arnoldo Schmidt Neto, MSc, arnoldo.schmidt@univille.br
  • ARNOLDO SCHMIDT NETO, MSc, arnoldo.schmidt@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Planilhas, Análise e Simulação de dados, Engenharia

A planilha eletrônica, notadamente da Microsoft Excel, atualmente na versão 2010, em suas diferentes versões a partir de 1997, é uma ferramenta de tecnologia da informação indispensável para engenheiros da modalidade industrial (Engenheiros de produção e Engenheiros mecânicos) que precisam constantemente analisar, criar, simular, comparar e mensurar dados de modo efetivo (eficiente e eficaz) para aperfeiçoar os processos produtivos e mecânicos.O desenvolvimento das habilidades no uso das planilhas eletrônicas serve de base para diversos campos de atuação profissional conforme estabelece a CONFEA nº 1010/ 2005.O objetivo geral deste curso é a aplicação de aprendizagens específicas em ambientes que propiciem a prática profissional e preparam complementarmente o estudante para o mercado de trabalho.As atividades, todas desenvolvidas em exercícios práticos na ferramenta Microsoft Excel, propiciam a emancipação da autonomia do estudante por meio de um maior aproveitamento no processo de ensino-aprendizagem, principalmente nas disciplinas que precisam de análise, controle, tratamento, mensuração e simulação de dados para a gestão da produção e projetos industriais e mecânicos. Portanto, o estudante terá habilidades técnicas na construção de planilhas requeridas nas diversas disciplinas do curso, bem como exigidas pelo mercado de trabalho, com reflexos no aumento da qualidade do ensino e aprendizagem, bem como consolida suas habilidades e competências exigidas para o exercício futuro da profissão.

DESENVOLVIMENTO DE TINTA HIDROSSOLÚVEL RESISTENTE À ALTA TEMPERATURA

  • Fernanda Riba, G, fernanda.riba@yahoo.com.br
  • Thiago Krueger, Graduando, tiagokrueger@hotmail.com
  • Luciano André Deitos Koslowski, MSc, luciano.andre@univille.br

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: tinta hidrossolúvel, proteção anticorrosiva, VOC

Na fabricação de tintas e diluentes, compostos orgânicos chamados de solventes são ainda hoje muito utilizados sendo que no decorrer destes anos, com o grande desenvolvimento tecnológico, foram desenvolvidos solventes com maior poder de solvência, sem mensurar nos fatores negativos que esses solventes poderiam acarretar, do ponto de vista toxicológico. Os solventes, contem Compostos Orgânicos Voláteis (VOC), que ao deixarem a película da tinta após a aplicação, volatilizam para a atmosfera e através de reações fotoquímicas com oxigênio, óxidos de Nitrogênio em presença de calor e radiação ultra-violeta produzem o ozônio, que por sua vez, é um poderoso oxidante energético sendo prejudicial aos seres vivos. Desta forma, o presente trabalho buscou a elaboração de tinta hidrossolúvel utilizando duas diferentes resinas próprias para sistemas a base de água, visando possibilitar ao cliente à opção de escolha entre as tintas à base de solventes orgânicos e base água, na compra de sistemas resistentes à alta temperatura, bem como adiantar-se as legislações e tendências mundiais, criando uma alternativa quanto a redução da poluição ambiental, menor risco a saúde e maior segurança para manuseio e armazenamento. Para elaboração e aprovação do sistema hidrossolúvel resistente à alta temperatura, realizaram-se testes de aplicação e aderência em substrato, objetivando proteção anticorrosiva, avaliaram-se também a diferença de coloração de placas pintadas quando expostas a alta temperatura (600oC), assim como rendimento teórico e o teor de VOC, comparando os resultados obtidos no sistema à base de água com o sistema atualmente aprovado (base solvente), para mesma aplicação, sendo que para o sistema base água, foram realizados testes de formulação em duas diferentes resinas à base de silicone, desenvolvidas especificamente para sistemas hidrossolúveis.

Apoio / Parcerias: Univille - WEG Tintas

Educação Ambiental para preservação do entorno da Bacia Hidrográfica do Rio do Braço

  • Cleberson de Lima Mendes, G, clebersondelimamendes@yahoo.com.br
  • Juliana Miranda, Graduando, beatriz.torrens@univille.br
  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com
  • Beatriz Maria de Oliveira Torrens, MSc, beatriz.torrens@univille.br
  • Sandra Helena Westrupp Medeiros, Dr(a), sandra.helena@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação Ambiental, Rio do Braço, Sensibilização Ambiental

O rio do Braço é um afluente do rio Cubatão principal curso d’água e manancial dessa região, tem sua foz na baía da Babitonga. Suas águas são utilizadas para a irrigação e agropecuária, empresas de mineração, além disso, serve como corpo receptor de efluentes domésticos e industriais. Segundo Kunze, et al. (2009) em dados relativos a pesquisa com moradores da região a respeito do conhecimento sobre o rio do Braço, cerca de 50% dos entrevistados afirmam não conhecê-lo. Desta forma, é de suma importância um trabalho de educação ambiental na região, visto que tem o papel de introduzir a percepção ambiental para o ser humano e sua integração com o meio ambiente. Buscando um efetivo trabalho de sensibilização na comunidade do entorno da Bacia Hidrográfica do Rio do Braço, o projeto teve como objetivo desenvolver ações de educação ambiental com crianças nas escolas que compreendem a região, divulgando e estimulando a reflexão sobre o seu papel de agente transformador nas questões ambientais, propiciando a compreensão do ambiente local como parte integrante do meio ambiente. Para tanto, utilizou-se como metodologia, a realização de palestras nas escolas com os estudantes e pais, aplicação de dinâmicas de sensibilização ambiental, plantio de árvores nativas, oficina de criação de brinquedos com materiais recicláveis e apresentação de teatro e dança sobre a temática. Na realização das atividades, os participantes demostraram muito interesse e envolvimento nas etapas desenvolvidas, principalmente as crianças, que apresentaram-se mais sensíveis e motivadas para contribuirem com a melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida.

Apoio / Parcerias: Colégio da Univille

EFICÁCIA DO GEL DE BARREIRA QUÍMICA PARA REDUZIR O EFEITO BLISTERING

  • Larissa Rossi Gehlen, G, lari_beats@hotmail.com
  • Luciano André Deitos Koslowski, MSc, luciano.andre@univille.br

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: blistering, gel coat, barreira química

O presente trabalho apresenta um estudo de corpos de prova constituídos por combinações entre o gel de barreira química com o gel de acabamento isoftálico com neo-pentil-glicol em diferentes espessuras e a utilização isolada dos géis barreira química, isoftálico com neo-pentil-glicol e gel ortoftálico de forma a avaliar suas resistências à formação de Blistering. Foram desenvolvidos ensaios físico-químicos reológicos (índice tixotrópico) e de reatividade (gel time) nos géis e resinas empregados na preparação dos corpos de prova. Os corpos de prova foram submetidos ao ensaio de Blistering e avaliados a cada 24 horas quanto à formação de bolhas. Foi possível observar resultados diferentes do padrão esperado, mas não prejudiciais à aplicação, e nos corpos de prova, apenas o constituído por gel ortoftálico apresentou formação de bolhas. Conclui-se assim que os géis barreira química e isoftálico com neo-pentil-glicol foram eficientes para evitar a formação de bolhas.

Apoio / Parcerias: Univille - CCP Composites

Estudo da capacidade de descolaração de corantes têxteis por fungos do gênero "Pleurotus".

  • Regina Maria Miranda Gern, Dr(a), rgern@univille.br
  • Mariane Bonatti Chaves, Dr(a), mbonatti@univille.br
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), ewisbeck@univille.br
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Ana Cristina Peruzzo, Graduando, aaninha10@hotmail.com
  • Isabel Rocha, Graduando, isabelroocha@hotmail.com
  • Mariana Kroetz, Graduando, marikroetz@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Pleurotus, lacase, corantes têxteis

Anchorágua de imersão de palha de folhas de bananeira + cascas de banana, na proporção 2:11 e 150µM de CuSO4­­) e KIRK (KH2PO4 2g/L, MgSO4.7H2O 0,5g/L, CaCl2 0,1g/L, tartarato de amônio dibásico 0,5g/L, extrato de levedura 0,2g/L e glicose 10g/L) adicionados de 50mg/L do corante avaliado. As amostras foram avaliadas quanto à atividade de lacase (AE) e ao percentual de descoloração dos corantes. O maior valor de AE (553,82 U/L) foi encontrado quando P. ostreatus foi cultivado no meio L2 contendo RBBR, seguida de 491,0 U/L no meio L1 contendo RBBR. Os percentuais de descoloração foram de 74,35% e 80,8% para o RBBR e de 63,04 e 63,7% para o corante CR, nos meios L1 e L2, respectivamente. Quando P. sajor-caju foi utilizado, a maior AE observada foi de 234,81U/L em RBBR, no meio L2 e o maior percentual de descoloração para este corante foi de 98,45%, em meio Kirk. Não foi detectada atividade de lacase na presença do corante Violeta de Metila em nenhum dos meios de cultivo e o percentual de descoloração máximo para este corante foi de 14%, usando P. ostreatus em meio L1. Violeta de Metila também mostrou-se o mais tóxico dos corantes antes (LC50=0,16% no meio Kirk e 0,34% no L1) e após a degradação por P. ostreatus (LC50=0,20% no meio Kirk e 0,21% no L1). O gráfico de interação para a CL50 para os corantes antes e após o cultivo dos fungos, mostrou que, nas condições estudadas, a porcentagem de degradação não está associada com a redução da toxicidade dos corantes. Estes resultados sugerem a possibilidade de produção de lacase por fungos do gênero Pleurotus utilizando meio de cultivo de baixo custo e, ao mesmo tempo, descolorir Remazol Brilliant Blue R e Congo Red.

Estudo da produção de enzimas oxidativas por "P. ostreatus" utilizando resíduos agroindustriais da região de Joinville

  • Jamile Rosa Rampinelli, MSc, jahmile@gmail.com
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), swisbeck@univille.br
  • Márcia L. L. Silveira, MSc, marcia.luciane@univille.br
  • Regina Maria Miranda Gern, Dr(a), rgern@univille.br
  • Mariane Bonatti Chaves, Dr(a), mbonatti@univille.br
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: "Pleurotus", enzimas, resíduos agroindustriais

Fungos do gênero Pleurotus são eficientes na conversão de substratos agroindustriais em biomassa devido a existência de um complexo enzimático único (lignina peroxidases, manganês peroxidases, lacases, etc.). Estudos sobre meios de cultivo para produção destas enzimas tornaram-se alvo de várias pesquisas devido ao grande número de suas aplicações. Durante o cultivo de cogumelos, grande quantidade de efluente é gerada, o qual pode ser utilizado na produção de enzimas por fungos como uma alternativa ao seu descarte. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a produção de lacase, manganês peroxidase e lignina peroxidase por Pleurotus ostreatus utilizando como base para a composição do meio de cultivo o efluente gerado na primeira etapa da produção de Pleurotus. Esta etapa compreende a umidificação do substrato palha de bananeira, resíduo abundante na região nordeste de Santa Catarina, por imersão em água e posterior drenagem da água excedente. A esta última, chamada de água de imersão, adicionou-se (a) CuSO4 (50 a 250 µM) e pó de cascas de banana (20 a 60 g/L), de acordo com planejamento fatorial 22 do tipo estrela com ponto central; (b) CuSO4 (150 ?M), pó de cascas de banana (60 g L-1), glicose (10 g L-1) e tartarato de amônio (5,4 mM), pH inicial ajustado em 6,0; (c) meio descrito no item (b) com as cascas de banana em duas formas: secas e cominuídas em tiras de aproximadamente 2 cm e liofilizadas até a obtenção de um pó. Os experimentos foram realizados em frascos Erlenmeyer de 500 mL contendo 100 mL de meio de cultivo, em triplicata. Os frascos foram inoculados com 2 discos de ágar de 13 mm de diâmetro contendo micélio fúngico e incubados a 30oC com agitação recíproca de 110 min-1 por 13 dias. Após este período mediu-se as atividades enzimáticas. A concentração de CuSO4 não apresentou influencia sobre a atividade de lacase enquanto a concentração de cascas de banana apresentou influencia positiva, ou seja, concentrações maiores (60 g/L) favoreceram a produção de lacase (279,47 U/L). O meio de cultivo utilizado no item (b) propiciou aumentou de aproximadamente 8,5 vezes na atividade de lacase (2.369 U/L). As cascas de banana em forma de tiras não propiciaram atividade de laccase, nem crescimento fúngico. Os meios que utilizaram cascas de banana liofilizadas proporcionaram o crescimento do fungo, porém não a atividade de lacase. As produções de manganês peroxidase e lignina peroxidase não foram favorecidas nos meios de cultivo testados.

Estudo da produção de substâncias bioativas por Pleurotus djamor UNIVILLE 001 e avaliação da atividade antitumoral in vivo

  • Marcia Luciane Lange Silveira, MSc, marcia.luciane1@gmail.com
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), elizabeth.wisbeck@univille.br
  • Mariane Bonatti-Chaves, Dr(a), mariane.bonatti@univille.br
  • Mauro de Souza Leite Pinho, Dr(a), mpinho.joi@terra.com.br
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sandra.furlan@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Pleurotus djamor, exopolissacarídeo, atividade antitumoral

Polissacarídeos de Pleurotus vêm sendo estudados para a prevenção e o tratamento de câncer. Pesquisas têm sido realizadas visando aumentar a produção destes polissacarídeos, em meio líquido, por meio da alteração da concentração de nutrientes e das condições de cultivo. Contudo, existem poucos estudos sobre a influência do processo de cultivo sobre a produção de polissacarídeos por Pleurotus. Ainda, muitos trabalhos reportados na literatura validaram a atividade de substâncias bioativas de fungos do gênero Pleurotus após a indução tumoral. No entanto, poucos trabalhos objetivaram investigar a possível ação preventiva dessas substâncias sobre o desenvolvimento das neoplasias. Portanto, neste trabalho estudou-se a produção de polissacarídeos extracelulares (EPS), por Pleurotus djamor UNIVILLE 001, em processo semi-contínuo com corte de 50%, como também, estudou-se a atividade antitumoral de substâncias bioativas presentes na biomassa deslipidificada do Pleurotus djamor contra Sarcoma 180, em camundongos albinos Swiss machos, por meio de testes pós e pré/pós-indução tumoral. Os ensaios de cultivo submerso foram realizados em biorreator de mistura completa de 4 L, pH 3,0, temperatura 30ºC, taxa de aeração 0,25 L/min, velocidade de agitação 300 rpm e concentração inicial de glicose 40 g/L. Os cortes de 50% foram realizados quando a concentração de glicose atingia 20 g/L. Após 560 h de cultivo foram computados 7 tempos de residência. Os 3 primeiros apresentaram perfis similares para a produção de EPS, sendo a concentração média de 1,42 g/L. O quarto tempo de residência apresentou perfil diferente, pois observou-se degradação dos polissacarídeos. Os tempos subsequentes apresentaram concentração total de EPS de 0,73 g/L. Para a avaliação da atividade antitumoral, o tratamento pós-indução tumoral foi iniciado 24 horas após o implante tumoral e conduzido durante 10 dias, enquanto que o tratamento pré/pós-indução tumoral foi iniciado 10 dias antes da indução tumoral e mantido por 10 dias após a implantação do tumor. A administração da substância teste foi realizada por via intraperitoneal nas doses de 10, 30 e 50 mg/kg e a avaliação do desenvolvimento tumoral foi realizada 21 dias após a indução do tumor pela determinação do volume e da massa tumoral. Os resultados mostraram uma inibição tumoral média de 83,3% e 70% para os testes pré/pós- indução e pós-indução, respectivamente. A sobrevida dos animais tratados com 10 mg/kg da substância teste aumentou em 90%. O ensaio MTT revelou citotoxicidade na dose de 16 mg/mL.

ESTUDO DA TOXICIDADE AGUDA DE MISTURAS DE EFLUENTES DE UMA INDÚSTRIA QUÍMICA INORGÂNICA

  • Therezinha Maria Novais de Oliveira , Dr(a), tnovais@univille.br
  • CleitonVaz, Dr(a), cleiton.vaz@univille.br
  • Elaine Spitzner, MSc, spitzner.cris@hotmail.com
  • Renata Amanda Goçalvez , G, reamanda@gmail.com
  • Tamila Kleine, G, tnovais@hotmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: toxicidade, efluente Industrial, toxicologia de misturas

Diariamente são lançados no ambiente aquático vários compostos tóxicos originados de diferentes atividades humanas, sendo que efluentes altamente complexos são provenientes das indústrias químicas que em geral, nos ecossistemas aquáticos não encontram-se disponíveis apenas em um único composto, mas sim a uma mistura de substâncias químicas com possíveis diferentes potenciais tóxicos. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi estudar a toxicidade aguda dos efluentes de uma indústria química inorgânica, como contribuição para gestão adequada dos processos de lançamento e tratamento de efluentes. Para tanto, foram definidos, quatro pontos de amostragens, sendo eles: Tx1 – recebendo efluente da linha de produção de sais de cobalto; Tx2 – recebendo efluentes da linha de produção de sais de iodo; Tx3 recebendo efluentes tanto de Tx1 quanto de Tx2 bem como os dois ao mesmo tempo mais efluente orgânico e Tx4 corpo receptor (Montante e Jusante). As coletas seguiram as normativas nacionais e internacionais e foram realizadas em 5 datas para os pontos Tx1, Tx2 e Tx3 e 14 diferentes datas para o ponto Tx4. Para cada amostra foram realizadas também análises físico-químicas. Para os testes de toxicidade aguda, utilizou-se como organismo teste Mysidopsis juniae um microcrustáceo marinho, dada a presença de sais no efluente, para os testes, seguiu-se a NBR 15308/2011 da ABNT, sendo que, para cada amostra testada foi feito um teste controle, foram feitos também testes de sensibilidade para os organismos. Para o teste toxicológico de mistura (TM), sendo 50% de Tx1 e 50% Tx2 seguiu-se a mesma metodologia. Com intuito de avaliar a interação de substâncias, utilizou-se o modelo descrito por Berenbaum (1985). Como resultados pode-se afirmar que: no ponto de lançamento do efluente da indústria no corpo receptor está ocorrendo alteração da salinidade para valores mais altos do que os definidos na resolução CONAMA 357/05, sendo estes valores prejudiciais a organismos de água doce. A presença de Iodo em altas concentrações é definidor da alta toxicidade do efluente da empresa e os efluentes das duas linhas quando misturados tornam-se ainda mais tóxicos apresentando efeito sinérgico. Desta forma, um sistema que trate os efluentes da empresa por linha de produção, que consiga uma boa remoção de Iodo, diminuindo a salinidade e realizando o monitoramento de efluentes com organismo marinho e no corpo receptor com organismo de água doce, seria a solução adequada para a empresa, a saúde e o meio ambiente.

Apoio / Parcerias: Financiamento FAP e empresa do setor químico

Estudos da aplicação de fibras de pupunheira em matriz poliuretana

  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br
  • Jessica Fontes da Rocha, Graduando, jessyfontesdarocha@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: fibrilas de pupunheira, poliuretana, compósitos

A aplicação de fibras de pupunheira (Bactris gasipaes H.B.K) em compósitos são uma constante nos trabalhos desenvolvidos pelo grupo de Materiais Poliméricos da UNIVILLE, desde 2005. Esses estudos baseiam-se na aplicação de diferentes partes da pupunheira como carga em compósitos em matrizes polimérica. Diante deste contexto, constatou-se que um estudo sobre um compósito produzido com mantas de fibrilas vegetais, provenientes de resíduos de pupunheira em matriz de poliuretana, também termofixa mas com características distintas da poliéster insaturada, contribui para a aplicação dos resíduos gerados na cultura regional do palmito, mais precisamente em virtude do corte da planta e sua extração. A utilização do tratamento de superfície das fibras vegetais tem como finalidade melhorar a interação entre a fibra e a matriz nos compósitos, proporcionado, assim a resistência mecânica e a estabilidade dimensional dos compositos resultantes. Os objetivos dos trabalhos estão voltados em avaliar os efeitos do tipo de extração das fibras a partir do resíduo e dos tratamentos químicos dessas fibras sobre as propriedades mecânicas dos compósitos de poliuretana/mantas de fibrilas de pupunheira. Incluindo ainda o efeito desses no envelhecimento acelerado das amostras. Os tipos de extração em análise são em meio ácido e em meio alcalino e um dos trabalhos compara o material cujas fibrilas de pupunheira foram e não tratadas com Difenilmetano Diisocianato (MDI). Neste contexto, os compósitos poliméricos de resina poliuretana (cujo poliol é derivado de óleo de mamona) com incorporação de 6 a 10% em massa, de resíduos da extração do palmito pupunha, obtidos por extração ácida ou alcalina, na presença ou ausência de MDI foram produzidos, usinados e submetidos aos ensaios mecânicos e aos ensaios de absorção de água em diferentes temperaturas. Com relação aos ensaios de tração os resultados mostraram que a incorporação da manta sem tratamento prévio, reduz a resistência à tração na ruptura, mas o percentual de manta não altera significativamente nenhuma das propriedades obtidas no ensaio. O material tornou-se mais rígido. O aumento do teor de fibra vegetal refletiu em um acréscimo de 0,45% no teor de água absorvido, na temperatura ambiente e de aproximadamente 4%, a 50 °C. O método de extração das fibras afetou o rendimento em massa. A preparação dos compósitos, a partir material tratado com MDI, para os ensaios mecânicos estão em andamento.

Apoio / Parcerias: CNPq - bolsa e FAP/Univille

Ferramentas de pesquisa via WEB

  • Alexandre Cidral, Dr(a), alexandre.cidral@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pesquisa on line, Levantamento amostral, instrumentos de pesquisa

Uma das etapas do projeto PUSIG consistia no desenvolvimento de uma ferramenta on-line para a realização de levantaments amostrais. Em 2012, foi desenvolvido um protótipo com base em uma metodologia de desenvolvimento de sistemas que consistiu nas etapas de: levantamento de requisitos, análise de requisitos, projeto do sistema, construção do sistema e testes do sistema. Na etapa de levantamento de requisitos foram identificadas as principais funcionalidades a serem disponibilizadas pelo sistema e que incluiram: cadastro de pesquisadores, cadastro de participantes, cadastro de empresas, cadastro de termos de consentimento, cadastro de questões, cadastro de questionários, emissão de relatórios básicos. Na etapa de análise os requisitos foram especificados e documentados viabilizando a etapa seguinte. No projeto do sistemas forma estruturados o banco de dados, o layout dos relatórios e o layout das telas. Na etapa de construção, o sistema foi construido usando ferramentas de programação e banco de dados para WEB. Os testes foram realizados com vistas a identificação e correção de erros e caracterização de possíveis melhorias. Ao final das etapas, o protótipo do sistema foi disponibilizado ao uso para um grupo de 2 pesquisadores com o intuito de avaliarem os recursos disponibilizados. O resultado da avaliação pelos pesquisadores permitiu identificar requisitos a serem atendidos na versão beta a ser desenvolvida posteriormente.

IDENTIFICAÇÃO GENÉTICA E AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE ARQUEOBACTÉRIAS HALÓFILAS EXTREMAS ISOLADAS DAS SALINAS DO PERU

  • Andréa Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br
  • Jéssica Thaís Sabel, Graduando, jessica_sabel@yahoo.com.br
  • Lara Rojas, Graduando, lara_na_net@hotmail.com
  • Franciele Serpa, Graduando, aschneider@univille.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Giannini Apati, Dr(a), giapati@hotmail.com
  • Paulo H. França, Dr(a), phfranca@terra.com.br
  • Leslie Ekert Ferreira, MSc, leka_ferreira1@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: halobactérias, crescimento celular, identificação

o domínio Archea é formado principalmente por micro-organismos extremofílicos, isto é, micro-organismos que não apenas toleram, mas crescem otimamente em ambientes considerados inóspitos para existência de vida, tais como fontes termais, águas salgados, condições extremas de pH. A adaptação de organismos a esses ambientes, obrigou-os a desenvolver componentes celulares e estratégias bioquímicas para sua sobrevivência. Em função deste maquinário, os micro-organismos geram produtos bioquímicos que podem ser empregados em condições drásticas e que geralmente ocorrem na indústria. Neste contexto, estes micro-organismos tem despertado o interesse como repositório de moléculas de grande interesse industrial e com potencial fonte de aplicações biotecnológicas. Dentre estes micro-organismos podemos destacar as Arqueobactérias Halófilas Extremas. Dentre os produtos produzidos por esses organismos está o polímero P(3HB), um polihidroxialcanoato produzido intracelularmente como fonte de carbono e energia. Este polímero, além ser obtido a partir de fontes renováveis, é biodegradável e apresenta propriedades similares ao polímeros petroquímicos. No entanto, classicamente as Halobactérias são consideradas organismos com um crescimento lento e com restrições nutricionais. Assim sendo, o presente estudo teve como objetivo estudar a cinética de crescimento celular de arqueobactérias halófilas extremas isoladas nas salinas do Peru (19), visando a produção de PHAs, bem como fazer a confirmação genética das 19 cepas. Inicialmente os cultivos foram conduzidos em frascos de Erlenmeyer 250 mL por 48 horas, com agitação (150 min-1), a 42º C. Em uma segunda etapa, foram verificados as temperaturas de 37º C e 44º C com e sem agitação. As análises foram realizadas a fim de avaliar o crescimento celular (turbidimetria), consumo de substrato (ácido 3-5-dinitrossalicílico) e produção de PHB por cromatografia gasosa (CG). O estudo genético foi feito com base no sequenciamento parcial do gene 16S das 19 cepas. Os resultados revelaram que as cepas isoladas 1, 3, 10 e 17 apresentaram velocidade específica de crescimento igual a 0,25 h-1, enquanto as cepas 4, 7 e 14 μ=0,13h-1. Vale ressaltar que independente da velocidade de crescimento a fase exponencial ocorre entre 12h e 24h e o consumo de substrato é finalizado em 36h. Não foi produzido P(3HB) por nenhuma das cepas estudadas. Quanto à influencia de temperatura e agitação sobre o crescimento celular, observou-se que a temperatura de 37 ºC com agitação favoreceu o crescimento em relação aos demais ensaios sem agitação e com temperatura mais elevada. As sequências analisadas apresentaram 99% de identidade com o gênero Haloferax sp (cobertura de 96% e E-value 0.0).

Influência de co-produtos da fermentação alcoólica sobre a pervaporação de etanol em membrana capilar de PDMS

  • Cintia Marangoni, Dr(a), cintia.marangoni@univille.br
  • Andressa Soares Machado, Graduando, andressa.machado@live.com
  • Poliana Linzmeyer, Graduando, poli_linz@yahoo.com.br
  • Ozair Souza, Dr(a), ozair.souza@univille.br
  • Noeli Sellin, Dr(a), nsellin@yahoo.com.br
  • Sandra H. W. Medeiros, Graduando, sandra.helena@univille.br
  • Theodoro M. Wagner, Graduando, theowag@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: pervaporação, bioetanol, PDMS

Visando a produção sustentável e de baixo custo, o uso de resíduos de culturas do cultivo de banana para produção de bioetanol tem sido avaliado. Esta aplicação visa à minimização de custos e, portanto, a etapa de separação deve também atender este requisito de forma que não invalide o ganho obtido com aplicação de substratos de baixo custo. Neste sentido, processos de separação por membranas vêm sendo estudados em substituição ou em uso conjunto com o processo convencional, a destilação. Dentre as aplicações de processos de membranas por pervaporação, a separação de componentes orgânicos torna-se cada vez mais importante devido à aplicação em áreas como a recuperação do bioetanol de caldos fermentativos, com o objetivo de reduzir a inibição do álcool, bem como, apresentar alternativa de menor custo energético a processos como a destilação. Apesar da separação ser seletiva para o etanol, estudos demonstram a influência da presença de subprodutos de fermentação como ácidos carboxílicos, acetona, álcoois superiores e, também a concentração de açúcares residuais (glicose), nos resultados do processo de pervaporação. Desta forma, o objetivo deste trabalho consistiu em avaliar a influência na pervaporação de etanol de álcoois presentes em menor quantidade que o mesmo no caldo fermentativo obtido a partir de fruto rejeitado de banana. Para tanto, o fluxo e o fator de enriquecimento foram determinados em experimentos com misturas padrões contendo metanol, isobutanol e álcool isoamílico separadamente e em conjunto com etanol. A unidade de pervaporação utilizada consistiu de um módulo removível de permeação fabricado em PVC, com membranas ocas de PDMS (PAM-PV S 0,01/PAM-Membranas), contendo 50 capilares com área de 0,04 m². A solução padrão a aproximadamente 22 ºC foi alimentada a partir de um reservatório de 3 L, posicionado a montante da membrana, com o auxílio de bomba de engrenagens a 20 L/h. Uma bomba de vácuo acoplada ao conjunto no lado do permeado, forneceu uma queda de pressão para vaporização do etanol e outros componentes. O vapor de permeado foi encaminhado para um banho criogênico a -196 ºC, contendo nitrogênio líquido, para condensação. O líquido retentado foi recirculado para o tanque de alimentação. Os resultados demonstraram que para o sistema analisado, a presença de metanol favorece a pervaporação do etanol, aumentando o fator de enriquecimento. Situação inversa foi verificada em relação ao isobutanol e ao álcool isoamílico.

Pirólise rápida de folhas de bananeiras ressecadas

  • Diego Ricardo Krohl, G, diegorkrohl@gmail.com
  • Cinta Marangoni, Dr(a), cintia.marangoni@univille.br
  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br
  • Noeli Sellin, Dr(a), nsellin@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: pirólise rápida, folhas de bananeira, energia

O Brasil é o quarto maior produtor de bananas do mundo, depois da Índia, Filipinas e China. Na safra 2010/2011, o estado de Santa Catarina produziu aproximadamente 675.000 toneladas de bananas. Para cada tonelada de bananas colhidas, cerca de quatro toneladas de resíduos lignocelulósicos são gerados (três toneladas de pseudocaules, 160 kg de caules, 480 kg de folhas e 440 kg de cascas de banana), e cerca de 100 kg de frutos são rejeitados. Depois da colheita, o resíduo produzido em maior quantidade, o pseudocaule da bananeira, é geralmente deixado no solo para ser utilizado como fertilizante ou misturado com a fruta rejeitada para a produção de alimentos para animais. As folhas são usadas para embalar alimentos ou para cozinhar. Entre as possibilidades de recuperação destes resíduos está o uso como biomassa para gerar energia e a sua utilização como uma fonte natural para a extração de compostos de interesse comercial. Neste estudo, folhas ressecadas de bananeira foram moídas visando obter partículas com menos de 1 mm de tamanho, depois foram submetidas a pirólise rápida num reator de leito fluidizado, sob temperatura de 500 °C e fluxo de ar alimentado no reator de pirólise de 0,6 kg de ar por kg de biomassa. Os produtos obtidos da pirólise foram gases, bio-óleo (fase leve e pesada) e carvão vegetal, com rendimento mássico de 49%, 28% e 23%, respectivamente. A fração gasosa obtida foi queimada numa câmara de combustão e a energia liberada foi usada para aquecer o ar para fluidificar o leito no reator. O bio-óleo e carvão vegetal foram caracterizados por análise química elementar e poder calorífico. A fase leve do bio-óleo ou ácido pirolenhoso apresentou características ácidas. Álcoois, fenóis, cetonas, furfural e outros compostos aromáticos também foram detectados por cromatografia em fase gasosa. A fase densa apresentou alto valor de poder calorífico, de 25 MJ/kg e baixos teores de nitrogênio e enxofre elementar. O carvão vegetal apresentou valores elevados de poder calorífico, de 19,6 MJ/kg, e de teor de carbono, de 49%. Os produtos obtidos a partir da pirólise das folhas de bananas ressecadas apresentaram características e propriedades semelhantes aos de outros tipos de biomassa, como resíduos agroindustriais já estudados, demonstrando potencial para produzir energia, combustível, materiais e produtos químicos por meio de pirólise.

Apoio / Parcerias: FAP/Univille; Empresa Bioware.

PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE NANOCOMPÓSITOS DE POLI(L-ÁCIDO LÁCTICO) E DIFERENTES ARGILAS ORGANOFÍLICAS

  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Andrea Lima dos Santos Schneider , Dr(a), aschneider@univile.br
  • Ginnini P. Apati, Dr(a), giapati@hotmail.com
  • Luciana Prazeres Mazur , MSc, lu_prz@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: nanocompósitos, poli(L-ácido láctico), montmorilonita

Os plásticos convencionais de origem petroquímica possuem baixas taxas de degradação e quando descartados incorretamente, colocam em risco o equilíbrio ambiental dos ecossistemas. Como alternativa, os polímeros biodegradáveis começaram a ser pesquisados pela comunidade científica. Entretanto, a grande maioria destes materiais apresentam propriedades mecânicas inferiores quando comparados aos convencionais. Para melhorar as propriedades dos polímeros biodegradáveis e torná-los competitivos com os termoplásticos comuns, nanocompósitos podem ser preparados utilizando como matriz um polímero biodegradável. Os nanocompósitos possuem suas propriedades melhoradas devido à incorporação de pequenas quantidades de cargas nanométricas na matriz polimérica. Dentro deste contexto, neste trabalho foram obtidos e caracterizados nanocompósitos de poli(L-ácido láctico) (PLLA) reforçados com dois diferentes tipos de montmorilonita organicamente modificada (OMMT), Closite 20A (OMMT 20A) e Closite 30B (OMMT 30B). Também foi avaliada a influência do uso de polietilenoglicol (PEG) e da poli(e-caprolactona) triol (PCL-T) nos nanocompósitos de PLLA/OMMT. A fim de selecionar o melhor método de preparação dos nanocompósitos foi realizado um ensaio preliminar onde os nanocompósitos foram preparados pelo método de solução, seguido por banho de ultrassom 2 vezes. Para determinar a melhor composição PLLA/OMMT/PEG/PCL-T foi elaborado um planejamento estatístico visando à aplicação desses novos materiais no setor de embalagens biodegradáveis. Como resposta a este planejamento foram utilizadas TGA e análise mecânica sob tensão. Os materiais que apresentaram melhores propriedades térmicas e mecânicas foram o PLLA/OMMT20A e PLLA/OMMT30B. O nanocompósito PLLA/ OMMT20A (E3) apresentou um aumento de 2,5 oC em relação a Tonset do PLLA puro. Já nas propriedades mecânicas foi observado um acréscimo de 11 % na resistência à tração, de 42 % com no módulo de Young e de 16 % no alongamento na ruptura em relação ao PLLA puro. E para o PLLA/30B (E3) foi observado um acréscimo de 2,3 oC na Tonset do PLLA puro. Já nas propriedades mecânicas foi observado um aumento de 29 % resistência à tração, de 62,3 % no módulo de Young e de 8 % alongamento na ruptura quando comparado ao PLLA puro. Os modelos propostos pelo planejamento estatístico se mostraram válidos tanto para utilização da nanoargila Closite 20A quanto para utilização da nanoargila Closite 30B. Os resultados sugerem que os nanocompósitos PLLA/20A e PLLA/30B são potenciais candidatos para serem aplicados no setor de embalagens rígidas.

Apoio / Parcerias: Instituto de Macromoléculas - UFRJ

Preparo e caracterização de uma formulação de grânulos contendo o bioinseticida Bti

  • Millena da Silva Montagnoli, MSc, millena.silva@univille.net
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com
  • Amanda Daniela Grossl, Graduando, amanda_d_g@hotmail.com
  • Giovana Carolina Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br
  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Bacillus thuringienses israelenses, formulação, controle biológico

As principais doenças vetoriais são transmitidas por mosquitos. A utilização de inseticidas químicos no combate desses insetos trouxe grandes danos ao meio ambiente e uma alta resistência dos insetos. A partir da década de 80, surgiram inseticidas a base de bactérias como Bacillus thuringiensis israelensis (Bti), que apresentam vantagens como inocuidade ao meio ambiente e eficiência no combate de insetos. O Bti é uma bactéria formadora de esporos e de um cristal protéico que, quando ingerido pela larva susceptível, causa a sua morte. As características dos locais de aplicação do bioinseticida exigem o preparo de formulações complexas, contendo aditivos que estabilizam o componente ativo e promovem sua persistência no ambiente. O presente trabalho teve como objetivo preparar uma formulação de grânulos contendo Bti e caracterizá-la quanto à potencialidade (DL50) e toxicidade (CEC). O micro-organismo utilizado no cultivo foi o Bacillus thuringiensis var. israelensis IPS 82, sorotipo H-14. O meio de cultivo utilizado no fermentador foi o meio GYS proposto por Saar et al (1996). A fermentação foi realizada por meio do método proposto por Silva (2007). O caldo fermentado obtido foi submetido ao processo de centrifugação, dando origem ao centrifugado de Bti. Os grânulos foram obtidos pelo método de granulação via úmida clássica. Os bioensaios para determinação de DL50 foram realizados pelo método proposto por Draft (1999) e os de ecotoxicidade aguda pela NBR12713/CETESB (2007), empregando Daphnia similis. Para fins de comparação, a DL50 e a CEC foram determinadas para o produto comercial Vectobac® suspensão aquosa. Os resultados de DL50 obtidos para os grânulos de Bti, o Bti puro e o Vectobac® suspensão aquosa foram, respectivamente, 8,3 mg/L, 5,4 mg/L e 0,02 mg/L. Esses resultados demonstram que o Vectobac® suspensão possui ação inseticida muito superior à do Bti puro e dos grânulos de Bti produzidos neste trabalho. Quando comparada a DL50 dos grânulos de Bti à obtida para o Bti puro, verifica-se que o valor é proporcional à quantidade de Bti nos grânulos, ou seja, a DL50 dos grânulos é maior que a DL50 do Bti puro por que os grânulos contêm, em sua composição, apenas 40% de Bti. Esses resultados sugerem que a menor ação inseticida observada para os grânulos de Bti em comparação ao produto comercial se deve a menor quantidade do Bti empregado na composição dos grânulos. Com relação à segurança ambiental, revelam valores confiáveis de aplicação chegando a 4,2 g/L sem ocorrer mortalidade.

Produção de Pleurotus ostreatus em resíduos de pupunheira (Bactris gasipaes) e avaliação do seu valor nutricional

  • Paula Fernanda Bomfim Oliveira Cogorni, G, paula.oliveira@bunge.com
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br
  • Endi Pricila Alves, G, endi_abrada@hotmail.com
  • Styfanie Gonçalves de Lima, G, styfanie_timini@hotmail.com
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), ewisbeck@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus ostreatus, resíduos agroindustriais, valor nutricional

Sendo o Brasil o maior produtor mundial de palmito, possuindo o maior mercado consumidor deste produto, o cultivo de palmito a partir da pupunheira (Bactris gasipaes H.B.K.) é uma alternativa, ecologicamente responsável, ao cultivo do palmito juçara (Euterpe edulis Martius), que apesar de ser protegido por legislação específica, ainda é extraído e comercializado de forma clandestina. A pupunheira ocorre naturalmente na região Norte do Brasil, e por cultivo controlado em diversas regiões do país, entre elas, na região de Joinville, SC. No entanto, o cultivo e a extração de palmitos geram grande quantidade de resíduos e apenas uma pequena parte da biomassa é comercializada, na forma de palmito em conserva, a maior parte dela permanece no solo após a extração. Uma alternativa viável de utilização destes resíduos pode ser como substrato na produção de cogumelos comestíveis. Cogumelos do gênero Pleurotus, da classe dos Basidiomicetos, são conhecidos como cogumelo ostra, devido à sua forma e representam um alimento que contém alto teor de proteínas de boa qualidade, elevada proporção de ácidos graxos insaturados, diversas vitaminas e minerais, além de baixos teores de gorduras, colesterol, ácidos nucléicos e calorias. Diante do exposto, o principal objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de Pleurotus ostreatus DSM 1833 em cultivo sólido, utilizando diferentes frações de bainha e folhas da pupunheira. Os corpos frutíferos da melhor condição de cultivo foram avaliados em termos de carboidratos, lipídeos, proteínas, fibras, fósforo e potássio. O substrato antes e após o cultivo foi avaliado da mesma forma que os corpos frutíferos. A composição de substrato que continha 50 % de bainha e 50 % de folhas de pupunheira foi a definida para a produção de Pleurotus ostreatus em resíduos de pupunheira. Houve redução nos teores de carboidratos, proteínas, gorduras, fibras e cinzas nos substratos após o cultivo em relação aos substratos antes do cultivo, sendo acumulados nos corpos frutíferos. Os corpos frutíferos apresentaram 8,5% de carboidratos, 26,7% de proteínas, 3,0% de gordura, 3,6% de fibras, 6,6% de cinzas, 1,2% de fósforo e 2,3% de potássio.

Projeto Empreender Univille

  • Andréa M. B. Tamanine, Dr(a), atamanine@yahoo.com.br
  • Gean Cardoso de Medeiros, MSc, gmedeiros@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Empreendedorismo, inovação, spin-off

O Projeto de Extensão “Empreender Univille” é ligado com o Programa Estruturante de Empreendedorismo já existente na Univille, cujo objetivo é “Contribuir para a formação de ambiente promotor da cultura empreendedora e para o surgimento de empreendimentos sustentáveis, por meio da estruturação de ações que integrem as competências e potenciais existentes da Univille. Dessa forma, o trabalho proposto pretendeu, entre outras ações, estender à comunidade são-bentense o conhecimento sobre o empreendedorismo inovador, aumentar a capacidade inovativa de acadêmicos das instituições locais e ampliar sua condição empreendedora. Como resultado inicial, entende-se que as diretrizes teóricas do tema foram ampliadas; contribuiu-se com a inserção do conceito de empreendedorismo junto a acadêmicos e orientadores de estágio, assim como estreitou-se a relação com a incubadora tecnológica local. Conclui-se, especialmente, que a educação para o empreendedorismo é fator fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento, dando aos jovens estudantes a oportunidade de inserção no mercado e de contribuição efetiva com a economia da região.

Apoio / Parcerias: Incubadora tecnológica do Alto Vale do Rio Negro - ITFETEP

Projetos Encap: propósitos e desdobramentos

  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: formulações, materiais de núcleo, formação para a pesquisa

Os projetos ENCAP são desenvolvidos na perspectiva de propor e analisar os efeitos da aplicação de diferentes matrizes e ou meios para a imobilização/proteção e posterior liberação dos materiais de núcleo. No período 2011-2013 pode-se dizer que o projeto foi guarda-chuva, pois, com esses objetivos desenvolveram-se o trabalho principal e os desdobramentos. Como trabalho principal houve a caracterização e estudos da imobilização de um extrato de origem fúngica (P. djamor). Dentre os desdobramentos estão a imobilização de Bti em formulação sólida granular contendo agente fotoprotetor; a continuidade dos estudos sobre a imobilização de piroxicam em matriz à base de etilcelulose, estudos de composição de formulação e processo de secagem para produtos à base de ésteres voláteis e aroma de alho produzidos em spray drier. Sob esse conjunto de estudos ocorreu o desenvolvimento de três trabalhos de conclusão de curso, uma dissertação de mestrado, seis trabalhos de iniciação científica. Os estudos com o extrato de Pleurotus se encaminha para a etapa in vivo, os procedimentos para submissão ao CEP/UNIVILLE estão em andamento. Os estudos com piroxicam também seguem o mesmo ocorrendo com a proposta para o Bti. Os trabalhos em spray drier foram desenvolvidos e absorvidos por empresa da região.

Apoio / Parcerias: FAP/Univille

REUSO DE ÁGUA NO PROCESSO DE TINGIMENTO DA INDÚSTRIA TÊXTIL

  • André Cogorni, G, andre.cogorni@yahoo.com.br
  • Claúdia Haack Gumz Correia, Graduando, clau.hgc@gmail.com
  • Luciano André Deitos Koslowski, MSc, luciano.andre@univille.edu.br

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: reuso da agua, tingimento, indústria têxtil

A escassez dos recursos naturais tem levado a leis ambientais cada vez mais rígidas, além dos custos envolvidos com o uso destes recursos se tornarem mais crescentes no setor industrial, obrigando as indústrias a buscar alternativas que minimizem estes custos, procurando desta forma reduzir também os impactos ambientais. As indústrias têxteis apresentam uma elevada relação de volume de água consumido por volume de material têxtil processado, consequentemente a geração de efluentes líquidos e a carga poluente são elevadas.Devido a maior cobrança na utilização racional dos recursos naturais por parte dos órgãos ambientais, as indústrias têxteis têm buscado modernizar seus equipamentos e proporcionar produtos e processos ecologicamente corretos, visando uma menor utilização desses recursos (SANTOS 2002). A água na indústria têxtil vem sendo avaliada como um componente a mais nas planilhas de custos e não somente como um veículo no processo de tingimento de custo irrisório; observa-se que as indústrias vêm buscando e investindo cada vez mais em alternativas para o reaproveitamento dos banhos de descarte, diretamente ou indiretamente, procurando utilizar o mínimo de tratamento possível, de forma a viabilizar o reuso sem afetar a qualidade do produto final ou aumentar excessivamente o custo do processo (Twardokus, 2004). Contudo, tem-se buscado alternativas para um menor consumo de água e técnicas de reuso e reciclagem em seus processos de forma a não comprometer a qualidade do produto. O objetivo deste trabalho é demonstrar a viabilidade de reuso direto das correntes líquidas de efluentes têxteis, provenientes do processo de tingimento de tecidos com composição de 100% PES, PES/PUE e 100% PA, determinando limites de tolerância para aprovação da tonalidade do substrato tinto como variação da tonalidade (E), teste de solidez do tecido, pH e absorbância nos banhos de tingimento.. O trabalho foi direcionado à determinação dos efeitos do reuso de água no processo de tingimento de tecido e avaliação da sua qualidade, redução no impacto ambiental e consequentemente reduzindo o custo da produção. Todos os tingimentos e as análises foram feitos em escala laboratorial em uma empresa têxtil de grande porte da região norte de Santa Catarina. Neste trabalho foram tingidos tecidos de composição 100% PES, PES/PUE e 100% PA, trabalhando o mais próximo possível da realidade de produção. Todas as amostras tintas nos determinados tons, apesar de alguns parâmetros apresentaram uma variação pouco irregular, os testes, ficaram dentro do que era esperado no inicio da elaboração do projeto.

Apoio / Parcerias: Diklatex Têxtil - Univille

Síntese, caracterização e degradação de P(3HB) por Cupriavidus necator, utilizando glicerol como substrato

  • Giannini Pasiznick Apati, Dr(a), giapati@hotmail.com
  • Maikon Kelbert, Graduando, maikonkelbert@gmail.com
  • Bruna Regina Sombrio, Graduando, bruna.rsombrio@gmail.com
  • Andréa Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.edu.br
  • Michele Cristina Formolo Garcia, MSc, michele_formolo@yahoo.com.br
  • Agenor Furigo Junior, Dr(a), agenor@enq.ufsc.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Poli(3-hidroxibutirato), Cupriavidus necator, glicerol

O poli(3-hidroxibutirato) - P(3HB) é um poliéster natural e biodegradável, produzido por cultura bacteriana, sendo considerado um atrativo substituto para os polímeros petroquímicos. O glicerol, por sua vez, que teve sua disponibilidade no mercado ampliada em decorrência da política nacional de estímulo à adição de biodiesel nos combustíveis fósseis, pode ser utilizado para diversas finalidades. Dentre elas, destaca-se seu uso como fonte de carbono no cultivo de micro-organismos. Diante da disponibilidade de glicerol, objetivou-se neste trabalho utilizá-lo como fonte de carbono adicional na produção de P(3HB). Foram realizados ensaios em biorreator de 2 L, com e sem a adição de 15 g/L de glicerol bruto ou purificado no meio, foi realizada a avaliação cinética e extração dos filmes para a sua caracterização físico-química, térmica e mecânica. E, finalmente, foram realizados os ensaios de biodegradação em solo e exposição em câmara de envelhecimento acelerado, com avaliação do material degradado. Em biorreator, foram realizados cinco ensaios, sendo que para os ensaios com adição de glicerol bruto ao meio não houve crescimento ou produção de P(3HB) viável para extração. Na caracterização dos polímeros sintetizados em biorreator com e sem adição de glicerol puro, verificou-se que o uso do glicerol não modificou as propriedades dos filmes, mas foi possível afirmar que os polímeros obtidos e extraídos nesse trabalho eram mesmo o P(3HB). Em solo, as amostra degradaram em 35 dias, enquanto na exposição dos filmes à câmara de envelhecimento acelerado notou-se maior estabilidade das amostras o que permitiria a aplicação do polímero no ambiente, sem que ele se degradasse.

Apoio / Parcerias: Departamento de pós-graduação em Engenharia Química - UFSC

Valorização de resíduos da bananicultura e da rizicultura na produção de briquetes

  • Bianca Goulart de Oliveira Maia, MSc, bianca.engenharia@gmail.com
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.br
  • Cintia Marangoni, Dr(a), cintia.marangoni@univille.br
  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br
  • Noeli Sellin, Dr(a), nsellin@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: resíduos da bananicultura, resíduos da rizicultura, briquetagem

A utilização de resíduos agrícolas e agroindustriais como biomassa combustível para geração de energia na forma de briquetes pode ser uma solução alternativa para os problemas relacionados à sua disposição. A região de Joinville apresenta grande vocação agrícola, com destaque para a produção de banana e arroz. Visando valorização dos resíduos gerados nestas culturas, neste trabalho, foram produzidos briquetes de folhas e pseudocaule de bananeira e de casca de arroz em briquetadeira hidráulica com pressão de compactação de 18 MPa e dois tempos diferentes de compactação. Os resíduos e os briquetes foram caracterizados por análises químicas, poder calorífico, comportamento térmico por análise termogravimétrica (ATG) e análise térmica diferencial (ATD) e densidade aparente. Também foram avaliadas a resistência mecânica, a densidade energética e a combustibilidade dos briquetes. Os resíduos apresentaram altos teores de materiais voláteis e carbono, e umidade adequada para briquetagem, entre 8 e 15%. Sob combustão, os resíduos e os briquetes apresentaram liberação de energia máxima em torno de 580 °C e 350 °C, respectivamente. A casca de arroz e o seu briquete apresentaram menor liberação de energia que os demais resíduos. O poder calorífico superior (PCS) dos resíduos foi em torno de 15 a 17 MJ/kg. Após a briquetagem, houve aumento do PCS para a casca de arroz, enquanto que para os resíduos da bananicultura, os valores variaram pouco. Os briquetes de casca de arroz apresentaram os maiores valores de resistência à compressão mecânica para os dois tempos compactação, de aproximadamente 19 MPa. Para os briquetes de folha e pseudocaule, os maiores valores, de 5,3 e 15 MPa, respectivamente, foram observados para 1 segundo de compactação. Dentre os três resíduos estudados, as folhas de bananeira foram as que apresentaram maior potencial para serem empregadas na geração de energia na forma de briquetes. No entanto, os demais resíduos devem ser melhor avaliados, pois tiveram propriedades semelhantes às de outros resíduos lignocelulósicos usados na produção de briquetes.

Apoio / Parcerias: Capes, FAP/Univille e empresa Tecnobriq.