Área 01 - Ciências Exatas e Tecnológicas

Índice

  1. Avaliação da adição de diferentes quantidades de cafeína na formulação do bioinseticida Bti-Univille – Bioensaios e Ensaios Ecotoxicológicos. Resultados preliminares.
  2. Avaliação da produção de enzimas lignocelulolíticas por fungos do gênero Pleurotus.
  3. Avaliação do processo de dupla filtragem sobre a qualidade do efluente gerado durante a produção artesanal de polpa de celulose
  4. Biorremediação de efluente têxtil por fungos do gênero Pleurotus
  5. CARACTERIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA BANANICULTURA (PSEUDOCAULE) PARA USO COMO MATÉRIA-PRIMA NO PROCESSO DE PIRÓLISE
  6. Degradação de poliuretano por Pleurotus djamor
  7. Degradação de polímeros em ambiente estuarino (Baía da Babitonga – SFS - SC)
  8. Determinação da DL50 e concentração crítica de ecotoxicidade para diferentes produtos comerciais empregados no controle populacional de mosquitos.
  9. Determinação do teor de Bti em micropartículas de Alg/CMC e delineamento do perfil de liberação do biocida
  10. Efeito da composição da matriz nas propriedades térmicas e morfológicas de micropartículas de Alg/CMC com Bti imobilizado e determinação do seu caráter biocida
  11. Estudo da incorporação de resíduo de madeira e aditivos na matriz de poli(l-ácido láctico) no desenvolvimento de biocompósitos
  12. ESTUDO DAS DIVERSAS TÉCNICAS UTILIZADAS PARA TRATAMENTO SUPERFICIAIS DE MATERIAIS METÁLICOS NA REGIÃO DO PLANALTO NORTE
  13. Estudo e avaliação potencial de extração da clorofila e seus derivados de diferentes plantas visando estudo fotodinâmico.
  14. Extração de frações polissacarídicas de Pleurotus florida “in natura” e congelado
  15. Gerenciamento de resíduos líquidos provenientes da indústria têxtil: consumo de água, coloração do efluente e possibilidades de reutilização.
  16. Meteorito Santa Catharina: aspectos históricos, geográficos e mineralógicos
  17. Monitoramento de Estação de Tratamento de Efluentes
  18. O Lineamento Palmital: a condicionante geológico-estrutural da Baia da Babitonga, Santa Catarina.
  19. Obtenção de bioetanol a partir de cascas de banana: influência da concentração de substrato sobre o rendimento e produtividade do processo - Resultados parciais.
  20. Produção de biogás a partir de resíduos agrícolas: influência da composição do substrato sobre a geração de gás metano - resultados parciais.
  21. Produção de folhas artesanais com 100% de fibras de bananeira: efeitos da cocção e da polpação
  22. Produção de polissacarídeos extracelulares por Pleurotus djamor UNIVILLE 001 em processo semi-contínuo.
  23. Reaproveitamento de borracha de pneus em compósitos de resinas termofixas

Resumos

Avaliação da adição de diferentes quantidades de cafeína na formulação do bioinseticida Bti-Univille – Bioensaios e Ensaios Ecotoxicológicos. Resultados preliminares.

  • ADRIANA RAMOS ARCY, Graduando, adriana.ramos@univille.br
  • Ozair Souza, Dr(a), o.souza@univille.net
  • Juliana Francine da Costa Silveira, Graduando, juli_francine@hotmail.com
  • Millena Silva, MSc, millena.silva@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ecotoxicidade, bioinseticida, cafeína

Visando a substituição de inseticidas químicos, que apresentam vários efeitos negativos ao meio ambiente e ao homem pelo seu uso excessivo, começaram a surgir pesquisas na busca de novas alternativas de controle de insetos. O larvicida a base de Bacillus thuringiensis variedade israelensis (Bti) tem sido normalmente utilizado no mercado, substituindo os inseticidas químicos. O bacilo produz no momento de sua esporulação proteínas conhecidas como delta-endotoxinas, tóxicas para as larvas de mosquitos. O uso do Bti se mostra muito efetivo, porém não desprovido de falhas. Para que o efeito sob o controle dos insetos seja efetivo, é necessária a melhoria constante dos produtos no mercado. A adição de cafeína na formulação do bioinseticida Bti é uma alternativa interessante na busca de maior efetividade nos resultados de controle de mosquitos, pois estudos demonstram que esta substância altera a produção das esterases no organismo das larvas. Essas enzimas estão envolvidas em funções vitais do mosquito. No entanto é necessário conhecer os efeitos do produto formulado para o inseto alvo (dose letal - DL50) como também sua concentração crítica de ecotoxicidade (CEC) observando também os efeitos deste produto no ecossistema local. Neste trabalho, determinou-se a DL50 e a CEC do produto fermentado (processo semicontínuo com corte de 60%) formulado com diferentes quantidades de cafeína. Para os testes de DL50 foram utilizadas larvas de Aedes albopictus seguindo metodologia proposta por Draft (1999). Para os testes de ecotoxicidade, os organismos bioindicadores Daphnia simillis e Euglena gracilis foram empregados utilizando metodologias definidas pela NBR12713 e por Häder (2009), respectivamente. As concentrações de cafeína utilizadas foram 5,10 e 15 mg/L. Com os resultados obtidos destas formulações percebeu-se uma diminuição do valor da DL50 a medida que a concentração de cafeína aumentava, sendo o melhor valor alcançado com a formulação que continha 15mg/L de cafeína (DL50 = 1,94 mg/L). A concentração crítica de ecotoxicidade alcançou valores na ordem de 0,01g/L para D. similis. Estes resultados mostram que mesmo sendo um produto altamente tóxico para larvas de mosquitos, o produto pode ser aplicado em rios e riachos sem comprometer o desenvolvimento de outras espécies. Os testes com E. gracilis ainda se encontram em fase de acabamento.

Apoio / Parcerias: FAPE

Avaliação da produção de enzimas lignocelulolíticas por fungos do gênero Pleurotus.

  • ROGER HOEL BELLO, Graduando, roger.hoel@univille.br
  • Marcela Corrêa, Graduando, marcela.correa@univille.br
  • Sharline Giovanelle do Prado, Graduando, sharline.giovanelle@univille.br
  • Mariane Bonatti Chaves, MSc, mbonatti@univille.br
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Regina Maria Miranda Gern, Dr(a), rgern@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus, Enzimas lignocelulolíticas, Resíduos agroindustriais

Os fungos do gênero Pleurotus incluem espécies comestíveis e medicinais que possuem a capacidade de produzir enzimas lignocelulolíticas extracelulares que são responsáveis pela transformação da celulose, hemicelulose e lignina, sendo assim, decompositores eficientes do material lignocelulósico presente nos resíduos agroindustriais. Este trabalho teve como objetivo avaliar a produção das enzimas lacase, celulase, manganês peroxidase, carboximetilcelulase e xilanase por Pleurotus sajor-caju, Pleurotus ostreatus e Pleurotus djamor em cultivo submerso. A composição dos meios de cultura avaliados foram: (a) a água liberada pela umidificação da palha de bananeira para posterior inoculação de Pleurotus, suplementada com 150 uM de CuSO4 e 40 g/L de pó de casca de banana e (b) uma mistura da água liberada pela umidificação da palha de bananeira e da água liberada pela umidificação de cascas de banana em 2:1, suplementada com 150 uM de CuSO4 e 40 g/L de pó de palha de bananeira. Os cultivos foram realizados durante um período de 12 dias e amostras foram retiradas no 3º, 6º, 8º, 9º e 11º dia. Os sólidos foram separados por centrifugação e o sobrenadante foi congelado para posterior utilização nos ensaios de quantificação da atividade enzimática. As atividades das enzimas celulase, carboximetilcelulase e lacase foram determinadas segundo metodologia proposta por Ghose (1987). As atividades de xilanase e manganês peroxidase foram determinadas segundo metodologias propostas por Bailey et al.(1992) e Kuwahara et al.(1984), respectivamente. Não foi observada atividade de enzimas por P. djamor em quaisquer condições de cultivo. Para Pleurotus sajor-caju e Pleurotus ostreatus a enzima que apresentou maior atividade foi a lacase, sendo que os maiores valores foram obtidos no nono dia para ambos os cultivos. O valor máximo de atividade da enzima lacase no primeiro cultivo foi de 1057±99,13 U/L para Pleurotus sajor-caju e 3588±328,24 U/L para Pleurotus ostreatus. Os valores de atividade da lacase obtidos no segundo ensaio foram de 343±8,41 U/L para Pleurotus sajor-caju e 257±4,44 U/L para Pleurotus ostreatus, sendo esses valores inferiores aos obtidos com o primeiro cultivo. A enzima xilanase apresentou atividade somente no primeiro cultivo e o maior valor também foi obtido no nono dia, sendo 544±3,52 U/L para Pleurotus ostreatus e 540±1,11 U/L para Pleurotus sajor-caju. Não foi detectada atividade das enzimas celulase, manganês peroxidase e carboximetilcelulase nos dois cultivos realizados.

Apoio / Parcerias: FAP, FAPESC, Artigo 170

Avaliação do processo de dupla filtragem sobre a qualidade do efluente gerado durante a produção artesanal de polpa de celulose

  • Jadir Guedes da Silva Junior, Graduando, zinhosfs@hotmail.com
  • Debora Barauna, MSc, dbarauna@univille.br
  • Marcos Amaral, G, marcos.krisma@yahoo.com.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Denise Kniess, Graduando, denise_jrn@hotmail.com
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), dabatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Processo de filtragem, Polpa celulósica, Propriedades físico-químicas

Desde 2008 os projetos PAPEL preocupam-se em propor alternativas para o tratamento e o reuso de água proveniente do processo de obtenção de pasta celulósica utilizadas na geração de folhas de papel reciclado artesanal. A busca é por um sistema simples, de baixo custo e que permita o emprego por pequenos grupos que produzam papel artesanalmente. Dentre as alternativas estudadas está a aplicação de sulfato de alumínio como floculante, mas que se mostrou insuficiente e posteriormente propor-se um método de dupla filtragem. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do processo de dupla filtragem sobre a qualidade do efluente gerado até a etapa de polpação do papel. Deste modo, misturou-se todo o efluente gerado durante o processo de desinfecção, lavagens, cocção e polpação da pasta, em seguida aplicou-se a primeira filtragem sobre o efluente utilizando tecido voal preso a um bastidor de madeira. A segunda filtragem foi realizada sob vácuo em papel filtro qualitativo. Coletaram-se amostras do efluente bruto e após cada filtração efetuou-se as análises de pH, OD, turbidez e alcalinidade em triplicata. Os resultados mostraram que com as filtrações foi possível manter o pH entre 6 e 9 e o OD acima de 6 mg L-1 conforme prevê a resolução CONAMA n° 357/2005. A primeira filtragem reduziu em 67% a turbidez do efluente bruto e a segunda representou um decréscimo de 93% da turbidez indicando a diminuição do material suspenso. A alcalinidade mostrou-se nula sob fenolftaleína e metilorange para as três amostras de efluente. Verifica-se que o processo de filtragem habilita o efluente, considerando os parâmetros analisados, a ser descartado na rede, entretanto a proposta é usá-lo na confecção de folhas.

Biorremediação de efluente têxtil por fungos do gênero Pleurotus

  • MONIQUE SILVA MORAIS, Graduando, moniky_morais@hotmail.com
  • ANDRÉA LIMA SCHNEIDER, Dr(a), aschneider@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Efluente têxtil, Corantes, Pleurotus

Por movimentar boa parte da economia do país devido à alta demanda de artefatos, a indústria têxtil brasileira tem necessitado, cada vez mais, de grandes quantidades de água inerentes ao seu processo produtivo. Consequentemente, grandes volumes de efluente têm sido gerados e descartados no meio ambiente, causando inúmeros problemas de contaminação e poluição dos recursos hídricos, principalmente, devido à presença de corantes e outros compostos recalcitrantes provenientes do processo. A remoção desses compostos, dos rejeitos industriais, é um dos grandes problemas ambientais enfrentados pelo setor têxtil, sobretudo considerando que os corantes não pertencem a uma mesma classe de compostos químicos, mas englobam diversas substâncias com grupos funcionais diferenciados. . A biodegradação por diferentes microrganismos constitui uma alternativa menos agressiva ao meio ambiente e economicamente viável. Os caminhos atuais da biotecnologia indicam fungos basidiomicetos degradadores de lignina, como eficientes na degradação de grande variedade de compostos e de corantes, com alto potencial de ação na recuperação de ambientes contaminados. Enzimas como lignina peroxidase, manganês peroxidase e laccase são produzidas por estes fungos e há evidências de que as mesmas são responsáveis pela fragmentação inicial da lignina e de diversos compostos recalcitrantes. Assim, este trabalho teve como objetivo verificar a descoloração de efluentes têxteis por Pleurotus ostreatus e Pleurotus sajor caju, bem como avaliar a atividade das enzimas laccase e manganês peroxidase. Os ensaios foram realizados com amostras de efluentes (bruto e tratado) de uma indústria têxtil da região de Joinville. Em frascos Erlenmeyers de 250 ml foram adicionados 100 ml de efluente e 10 g/L de glicose, e em outros frascos foram adicionados 100 ml de efluente, 0,25 g/L de (NH4)SO4, 0,1 g/L K2HPO4 e 10 g/L de glicose. Todos foram autoclavados a 121°C, por 20 minutos e, então, inoculados com dois discos de 1 cm de diâmetro contendo o micélio da espécie fúngica avaliada. Os testes foram realizados em duplicada para cada um dos microrganismos selecionados. Os frascos foram incubados à temperatura de 30°C, agitação recíproca de 120 rpm, por 12 dias. Foram colhidas amostras no tempo 0 e após 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias de incubação, para avaliação do crescimento micelial, consumo de glicose, degradação de corantes e atividade enzimática. Contudo, espera-se uma boa eficácia da biodegradação deste tipo de efluente, principalmente, com relação a descoloração; e a definição da melhor condição para a decomposição do corante por Pleurotus bem como o microrganismo mais eficiente.

CARACTERIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA BANANICULTURA (PSEUDOCAULE) PARA USO COMO MATÉRIA-PRIMA NO PROCESSO DE PIRÓLISE

  • CAROLINE CARRIEL SCHMITT, Graduando, caroline_carriel@yahoo.com.br
  • Ricardo Katsuei S. Afuso, E, ricardokafuso@gmail.com
  • Noeli Sellin, Dr(a), nsellin@univille.br
  • Eveline Ribas Kasper Fernandes, E, evelinerkf@gmail.com
  • Sandra Helena Westrupp Medeiros, Dr(a), west.med@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pirólise, resíduos agroindustriais, bananicultura; pseudocaule

Na bananicultura, vários resíduos são gerados (casca, folha, pseudocaule e engaço) e em grandes quantidades. Com exceção de uma parte das cascas que são destinadas à alimentação de suínos, os demais são dispostos no campo até sua decomposição natural. A conversão termoquímica por pirólise surge como um processo alternativo para aproveitamento destes resíduos, minimizando o impacto ambiental e obtendo-se produtos de considerável valor econômico (insumos) e energia. Neste trabalho, amostras de pseudocaule da bananeira, previamente secas, foram caracterizadas por análise química elementar (CHNS) e aproximada (teores de umidade, material volátil, cinzas e carbono fixo) e frações lignocelulósicas (celulose, hemicelulose e lignina) visando avaliar o uso como biomassa na obtenção de produtos de valor agregado por pirólise. As amostras apresentaram baixos teores de enxofre e nitrogênio, contribuindo para a redução de emissões gasosas poluentes, e altos teores de carbono (de 33,4%) e material volátil (de 74,5%), os quais são correspondentes às frações lignocelulósicas. Dentre estas, o maior teor encontrado foi para celulose, de 44%. Os resultados obtidos foram semelhantes aos de folhas de bananeira ressecadas e de outras biomassas já empregadas no processo de pirólise, indicando potencial para geração de produtos, tais como, bio-óleo e gás combustível.

Degradação de poliuretano por Pleurotus djamor

  • KAROLINE PIGNAT CAPPELARI, Graduando, karoline.pignat@univille.br
  • Poliana Dambrós, G, polianadambros@gmail.com
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), ewisbeck@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Biodegradação, Pleurotus djamor, Poliuretano

O gênero Pleurotus, juntamente com outros fungos, formam um grupo denominado de “fungos de podridão branca”, por produzirem um micélio branco e degradarem tanto a lignina como a celulose. Para tanto, possuem um complexo enzimático lignocelulotítico único com enzimas como celulase, ligninase, celobiase, lacase e hemicelulase que fazem com que estes fungos degradem uma grande variedade de resíduos lignocelulósicos e resíduos orgânicos. Recentemente, estudos de biodegradação de poli-tereftalato de etileno (PET) e poliuretano (PU) com espécies do gênero Pleurotus vêm sendo realizados. A biodegradação dos polímeros depende não somente de sua estrutura molecular, mas também do comprimento da cadeia polimérica, do grau de cristalinidade do polímero e da complexidade da fórmula. Fungos podem agir sobre a superfície polimérica por deposição de material extracelular ou as hifas podem penetrar no material polimérico e provocar diminuição de sua estabilidade mecânica. Assim sendo, este trabalho objetivou estudar a capacidade de degradação de poliuretano por Pleurotus djamor e foi verificada através de cultivo onde a principal fonte de carbono do meio era o poliuretano. O experimento foi realizado em placas de Petri contendo micélio fúngico crescido sobre meio TDA (Extrato de trigo, dextrose e ágar) onde uma massa conhecida e pasteurizada de poliuretano foi colocada sobre o micélio. As placas foram incubadas a 30ºC por 150 dias. A cada 60 dias o material foi regado com 5 mL de extrato de trigo, previamente esterilizado, para suprir a deficiência de nitrogênio no processo. Passados os 150 dias, o material foi lavado, seco e a perda de massa foi calculada. Em seguida o material parcialmente degradado foi exposto à intempérie e será avaliado após 90 e 150 dias. Verificou-se 1,73% de perda de massa de poliuretano após 150 dias de degradação por P. djamor, em condição onde a principal fonte de carbono era o poliuretano. O experimento à intempérie está em execução.

Apoio / Parcerias: Governo do Estado de Santa Catarina através do Artigo 170.

Degradação de polímeros em ambiente estuarino (Baía da Babitonga – SFS - SC)

  • FERNANDO DE AMARAL, Graduando, fernando.amaral@univille.br
  • Luciana Prazeres Mazur, G, luciana_przs@yahoo.com.br
  • Ana Paula Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Andréa Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: degradação, oxidegradáveis, Baía da Babitonga

Algumas atividades humanas são responsáveis por um grande declínio da diversidade biológica do mundo. Nos oceanos, as ameaças à vida marinha ocorrem de várias formas, tais como super exploração dos recursos naturais, despejo de resíduos, poluição, introdução de espécies exóticas, dragagens e alterações climáticas globais. Uma forma particular de impacto humano constitui grande ameaça à vida marinha: a poluição causada por detritos plásticos. Esta é uma das mais difundidas e abundantes formas de poluição marinha. Tais detritos acabam sendo ingeridos por variados organismos marinhos, incluindo as aves, mamíferos e peixes. Os plásticos são leves, duráveis e baratos. Características que os tornam adequados para a fabricação de uma vasta gama de produtos. Contudo, essas mesmas propriedades são as razões pelas quais os plásticos são um perigo para o meio ambiente: baratos e resistentes à degradação. Nesse contexto, há diversas opções para a minimização dos problemas causados pelos resíduos plásticos. A utilização de materiais poliméricos biodegradáveis para a produção de itens de rápido descarte, como embalagens é uma opção. Há também estudos sobre a viabilidade da utilização dos plásticos oxidegradáveis. De modo geral os plásticos biodegradáveis possuem degradação mais rápida em relação aos à base de petróleo. No entanto, em ensaios de biodegradabilidade são utilizados ambientes propícios à degradação, com temperaturas e aeração favoráveis. Já o ambiente marinho é mais frio, e muitos bioplásticos compostáveis tem a degradação desacelerada, principalmente em profundidades maiores.O objetivo do trabalho foi observar a degradação de amostras de embalagens de PEAD (polietileno de alta densidade) comercial contendo aditivos pró-degradantes em ambientes de estuário, na Baía da Babitonga, em diferentes alturas de coluna d’água. As amostras foram acondicionadas em lanternas de cultivo de moluscos e, as amostras retiradas periodicamente para verificação visual da degradação. Posteriormente os efeitos da degradação termo-oxidativa serão avaliados por análises de TGA (termogravimetria), DSC (calorimetria exploratória diferencial) e FTIR (espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier). A análise visual mostrou que as amostras expostas ao ambiente após seis meses não apresentavam sinal de degradação ou fragmentação. As análises de DSC, TGA e FTIR estão em andamento.

Apoio / Parcerias: CNPq

Determinação da DL50 e concentração crítica de ecotoxicidade para diferentes produtos comerciais empregados no controle populacional de mosquitos.

  • MARIANA DE OLIVEIRA FRANCOZO, Graduando, mariana.francozo@hotmail.com
  • Beatriz Maria de Oliveira Torens, MSc, bmotorrens@hotmail.com
  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br
  • Milena da Silva, MSc, millena.silva@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Bacillus thuringienses israelenses, Ecotoxicidade, Controle biológico

Os métodos aplicados no combate a insetos empregam tanto compostos químicos como biológicos. Inseticidas químicos a base de organofosforados são utilizados em grande escala, atuando no sistema nervoso central dos insetos. São produtos que se sobressaem no mercado por serem biodegradáveis e não se acumularem nos tecidos, porém apresentam grande instabilidade química e quando dispostos indevidamente ocasionam efeitos nocivos ao homem e ao meio ambiente. O Temephos é o único larvicida do grupo dos organofosforados com uso generalizado no controle biológico, recomendado pela OMS para uso em água potável. Os inseticidas biológicos apresentam vantagens sobre os químicos por não causarem efeitos nocivos graves ao ecossistema onde são aplicados. Esse tipo de inseticida age especificamente na larva do mosquito atingindo o sistema digestivo do organismo levando-o a morte. Produtos a base de Bacilus thuringiensis variedade israelensis (Bti) têm sido normalmente utilizados no controle populacional de mosquitos apresentando resultados positivos. Para tanto, é importante conhecer tanto a dose letal dos produtos (DL50) para os insetos alvo como também os seus graus de ecotoxicidade ao ambiente (CEC – concentração crítica de ecotoxicidade). Neste trabalho, determinou-se a DL50 e a CEC dos bioinseticidas existentes no mercado Teknar HP-D e Vectobac-AS, o inseticida químico ABATE 500E (à base de Temephos) e do bioinseticida Bti-Univille. Os bioensaios foram realizados com larvas de 4º ínstar inicial do mosquito Aedes albopictus como determinado no método proposto por Draft (1999) descrito em Guideline Specifications for Bacterial Larvicides for Public Healt Use. Para os testes de ecotoxicidade foi utilizado o procedimento recomendado pela NBR 12713 (2009). Euglena gracilis foi o organismo para os testes com produtores utilizando metodologia desenvolvida por Häder (2009). Os valores de DL50 para o produto Bti-Univille, Vectobac, Teknar e Temephos foram: 4.5; 0,019; 0,013 e 0,002 mg/L, respectivamente. Os valores de CEC foram de 0,1 g/L para Vectobac e Teknar; 1,0 g/L para Bti-Univille e 0,001 para Temephos. Os resultados dos testes realizados com Euglena Gracilis ainda estão em fase de acabamento.

Determinação do teor de Bti em micropartículas de Alg/CMC e delineamento do perfil de liberação do biocida

  • GISLENE LUIZA WEIMANN, Graduando, gislene.luiza@hotmail.com
  • Daniela Butzke, Graduando, dani.butzke@gmail.com
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Microencapsulação, polímeros, biocida

A microencapsulação de agentes ativos encontra aplicações em diversas áreas, especialmente no setor de agrotóxicos, pois esta técnica permite manter o caráter tóxico do biopesticida em infectar o organismo-alvo, protegendo-o do meio ambiente e da inativação pela luz solar antes que ele seja ingerido pela praga. Dentre os polímeros usados como agentes encapsulantes encontram-se os polissacarídeos alginato de sódio e a carboximetil celulose (CMC). Dentre as principais propriedades desses polímeros destacam-se a alta solubilidade em água, a viscosidade e a capacidade de intumescer que permitem aplicá-los para a formação de hidrogéis. O presente trabalho teve como objetivo determinar o teor de Bti nas micropartículas de Alg/CMC e delinear o perfil de liberação do biocida. O teor de Bti foi determinado para um conjunto de quatro amostras de composições distintas. Utilizou-se o método de plaqueamento, no qual, 0,1 mL de Bti ou 0,1 g de amostras de microesferas foram mantidos em solução salina por 24 h sob refrigeração, a seguir retirada uma alíquota de 0,1 mL das soluções as quais foram submetidas a quatro diluições. Cada diluição foi inoculada em meio LB+Agar, em duplicata e mantidas a 30 ºC por 24 h. Após esse período houve a contagem de colônias. O ensaio de liberação do biopesticida foi realizado a partir de soluções salinas contendo 0,1g/ml de Bti ou microesferas e, sob tempos pré-determinados, realizou-se a coleta de 0,1 mL de cada solução e procedeu-se ao ensaio de plaqueamento. Além disso, realizou-se análise morfológica das micropartículas por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV). O plaqueamento mostrou que a incorporação do Bti foi bem sucedida e que se manteve ativo nas quatro matrizes após o período de armazenamento de seis meses. A amostra que apresentou o maior número de colônias foi aquela em que a composição da matriz era rica em alginato, porém, exposta ao menor teor de cloreto de cálcio durante a reticulação. Esse fato pode ter contribuído para a liberação do Bti no meio dentro do período de 24 h. Os ensaios para delinear a cinética de liberação estão em andamento. As micrografias registradas mostraram que as micropartículas apresentam-se disformes, de tamanhos variados e com superfície rugosa, semelhantes entre si, ou seja, independente da composição da matriz.

Efeito da composição da matriz nas propriedades térmicas e morfológicas de micropartículas de Alg/CMC com Bti imobilizado e determinação do seu caráter biocida

  • DANIELA BUTZKE, Graduando, dani.butze@gmail.com
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: ecapsulação, hidrogel, bti

A bactéria da espécie Bacillus thuringiensis var. israelensis (Bti) libera toxinas eficientes no controle de insetos, principalmente contra o simulídeo da espécie Simulium pertinax, encontrado facilmente na região de Joinville, SC, e popularmente conhecido como borrachudo. Como forma de proteger o bioativo da degradação e buscar aumentar o tempo de ação é possível imobilizá-lo em matrizes poliméricas como em hidrogéis. Esses são materiais originados a partir de redes de polímeros hidrofílicos, tais como o Alginato de Sódio (Alg) e a Carboximetil Celulose (CMC), que oferecem a capacidade de intumescer e tornar-se insoluvél em água, poder formar micropartículas tanto no sistema RPI quanto no semi-RPI. O sistema semi-RPI é formado pela combinação de dois polímeros, sendo que um fica na forma reticulada e outro na forma linear. Já os hidrogéis no sistema RPI, são formados também pela combinação de dois polímeros, porém ambos são reticulados. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a influência dos diferentes graus de reticulação da matriz alginato/CMC na liberação do Bti. Inicialmente realizou-se um planejamento fatorial 23 definindo os níveis de concentrações de CaCl2 em 1,5 ou 3% (m/v), CMC (2,5 ou 5%) e Bti (0,1 ou 1g). As micropartículas, sem e com Bti, foram produzidas pelo processo de emulsão reticulação do Alginato por CaCl2. A caracterização das amostras deu-se por meio de MEV, TGA e DSC. Além destas análises, também foram realizados bioensaios com larvas do organismo Aedes albopictus, e ensaios de intumescimento, que puderam revelar os percentuais de hidratação (PH%) das micropartículas. As micrografias mostraram-se semelhantes, independente das composições das amostras ou teor de Bti. Os termogramas mostraram pico largo entre 102 °C (A4+) e 120 °C (A3+) e outro sutil em 240 °C, não evidenciando aspectos cristalinos nas amostras. Somente as amostras contendo 1 g de Bti apresentaram efeito tóxico e foi possível determinar a concentração letal (LC50), sendo a mais eficiente para a amostra composta por 2,5% de CMC e 3% de CaCl2. A aplicação do Teste de Variância (F5%) revelou que houve diferença significativa para as médias referentes às amostras contendo 1g de Bti, e não significativa para as médias das amostras compostas apenas pela matriz polimérica. Já a análise de variância (ANOVA – P < 0,05) mostrou que o teor de CMC e CaCl2 na matriz não influenciam significativamente o PH%. Entretanto, o que se revelou significativo foi a interação entre estes fatores quando ocorre maior reticulação do alginato.

Apoio / Parcerias: CNPq; UFSC

Estudo da incorporação de resíduo de madeira e aditivos na matriz de poli(l-ácido láctico) no desenvolvimento de biocompósitos

  • KETLIN CRISTINE BATISTA, Graduando, ketlin.cristine@univille.br
  • Marina Zambonato Farina, G, minazf@hotmail.com
  • Schaiene Bitencourt, G, prof_schai@hotmail.com
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), deabatti@uol.com.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: biocompósitos, resíduo de madeira, PLLA

A introdução de novos polímeros no mercado requer preços competitivos e comparáveis ou que apresentem melhores e similares propriedades mecânicas em relação aos polímeros sintéticos convencionais. As fibras naturais podem atuar como carga ou reforço em matrizes poliméricas biodegradáveis, enquanto os agentes de acoplamento propiciam melhor interação entre a matriz e fibra, podendo resultar em materiais biocompósitos com elevado potencial na substituição de polímeros petroquímicos. Os lubrificantes, como aditivos poliméricos, auxiliam no processamento de materiais. Portanto, os biocompósitos devem atender as expectativas de mercado, tanto no requisito de custo mais baixo, como também de boas propriedades e fácil processamento. Outro fator muito importante é que os polímeros biodegradáveis e as fibras são originados a partir de recursos renováveis que contribuem para menor impacto ao meio ambiente. Neste trabalho, a incorporação de resíduo de madeira (RM) e agente de acoplamento, o diisocianato (MDI), na matriz de um polímero totalmente biodegradável poli (L-ácido láctico) (PLLA) foi estudado, assim como, foi avaliada a influência de um agente lubrificante, o struktol®, no processamento e propriedades dos biocompósitos. Para tal, misturas de PLLA/RM de 0, 20, 30 e 40% em massa de RM sem e com adição de 10% e 5% em massa de MDI e struktol®, respectivamente, foram processados por extrusão seguida de injeção a 190 ºC. Os biocompósitos foram avaliados quanto às propriedades mecânicas, morfologia e densidade. A resistência à tração dos biocompósitos aumentou com a adição do MDI, sendo que para o biocompósito com 40% de RM ocorreu um aumento de 30%, indicando a ação do MDI como agente de acoplamento. O isocianato não influenciou significativamente os valores de módulo de Young até 30% RM na matriz. As propriedades mecânicas não foram favorecidas com a adição do agente lubrificante, struktol®. Micrografias revelaram o RM bem disperso na matriz. Para o PLLA sem e com a presença de aditivos não ocorreu variação significativa da densidade. Os biocompósitos com 40% de RM apresentaram um incremento na densidade de 7% quando comparados ao PLLA puro. De maneira geral, não ocorreu aumento significativo da densidade dos biocompósitos.

ESTUDO DAS DIVERSAS TÉCNICAS UTILIZADAS PARA TRATAMENTO SUPERFICIAIS DE MATERIAIS METÁLICOS NA REGIÃO DO PLANALTO NORTE

  • ANDREIA IARA DIAS, Graduando, andreiadias.sbs@gmail.com
  • Rogerio de Almeida Alves, Dr(a), vieira_ra@yahoo.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Metais, Resíduos, Tratamentos superficiais

Existem atualmente diversos tipos de tratamentos superficiais de peças metálicas, visando alterar suas propriedades mecânicas, térmicas, elétricas, químicas e ópticas. São várias as técnicas utilizadas para os tratamentos superficiais, tais como: nitretação, galvanoplastia, carbonetação, pinturas entre outros. O principal motivo por se fazer um tratamento de superfície em peças metálicas é implicar em um aumento de sua vida útil e uma diminuição dos custos de manutenção e substituição, além de também atribuir novas propriedades, que não tinham antes de receber o tratamento. Os revestimentos de proteção também são tratamentos superficiais utilizados. Embora muitas vezes se use tinta simplesmente para melhorar a aparência de um produto, o principal objetivo de um revestimento é, em geral, o de proteger o material sobre o qual é aplicado. Este trabalho de pesquisa tem como objetivo principal identificar quais são as tecnologias utilizadas para os tratamentos de superfície de materiais, nas empresas da região do Planalto Norte, além de conhecer como funcionam estes processos de tratamentos, identificar seus custos, caracterizar quais são as propriedades mais desejadas durante esses processos e conhecer o que essas empresas fazem com os resíduos e avaliar se estão sendo tratados da forma correta. As informações serão obtidas através de pesquisa de campo e documental. Também se deseja realizar visitas em empresas da região que utilizam destes processos de tratamento. As informações serão analisadas quantitativamente e/ou qualitativamente. Como resultados da pesquisa estão sendo analisadas informações teóricas sobre as formas de tratamentos, obtidas através de pesquisas literárias, em sites relacionados ao tema e leitura de artigos científicos. Os resultados confirmam a busca por tratamentos que visam deixar os materiais com as características desejadas, sem alteração de seu núcleo que se mantém preservado e com propriedades preservadas.

Estudo e avaliação potencial de extração da clorofila e seus derivados de diferentes plantas visando estudo fotodinâmico.

  • MARIANA KROETZ, Graduando, mariana.kroetz@univille.br
  • Lineu Fernando del Ciampo, MSc, lineudc@gmail.com
  • Gilmar Sidnei Erzinger, Dr(a), gerzinger@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Clorofila, estudo fotodinâmico, plantas

Utilizar substâncias de origem natural e orgânicas, não-tóxicos que promovam reações fotodinâmica na água. Além disso, os produtos fotos-induzidos têm de ser não-tóxico. Além disso, a produção dessas substâncias tem de ser barato para permitir posterior aplicação em larga escala em habitat aquáticos. Fizemos uso de clorofila e seus derivados, que foram testados sua efetividade que pode ser produzido por simples e baratas modificações. Clorofila também é facilmente disponível em grandes quantidades, como um subproduto de um número de processos biotecnológicos durante a extração de produtos vegetais. O objetivo deste trabalho foi determinar a concentração molar necessária e eficaz e o tempo de exposição da substância a ser fotodinamicamente ativa. A absorção máxima da maioria dos fotossensibilizadores esta localizados na gama UV e visível, de modo que a radiação solar - que é abundante nos países tropicais e subtropicais como o Brasil - pode ser empregada como um agente natural para ativar as substâncias depois de terem sido aplicadas aos ambientes. Para determinar a concentração da clorofila foram obtidas através utilizadas folhas frescas e verdes de: espinafre, grama, bananeira e grama. A concentração da clorofila foi determinada utilizando o modo scam do espectrofotômetro Shimatzu UV 160ª de diferentes amostras submetidas a conservação em freezer a -17 graus centigrados, na presença de oxigênio e verificação do grau de extinção frente a luz . Para caracterizar as diferentes clorofilas foi utilizado a cromatografia de camada delgada (TLC). Os resultados obtidos demonstram que as folhas de bananeira obtiveram uma maior concentração de clorofila (10 µg/g de folha). O espinafre obteve 3 µg/ g de folhas, a erva mate 2,9 µg/ g de folhas e a grama 1,7 µg/ g de folhas. Porém observou-se uma a alta instabilidade da molécula de clorofila, sendo que a luz apresenta uma maior velocidade e influência na decomposição da clorofila. A origem da clorofila também possui significativa importância neste aspecto, como observado no caso das folhas de bananeira que apresentam uma perda rápida e significativa da concentração de clorofila e uma alta degradação frente a presença de oxigênio.

Apoio / Parcerias: Fredrich Alexander Universitat Erlange-Nurermber

Extração de frações polissacarídicas de Pleurotus florida “in natura” e congelado

  • NAYME HECHEM MONFREDINI, Graduando, nayme.monfredini@univille.br
  • Mariane Bonatti Chaves, MSc, mbonatti@univille.br
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), ewisbeck@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Polissacarídeos, Fracionamento, Pleurotus

As propriedades medicinais de Pleurotus são conhecidas em vários países. Estudos mostram que o gênero possui a capacidade de modular o sistema imunológico, possui atividade hipoglicêmica e antitrombótica, diminui a pressão arterial e colesterol sangüíneo, e possui ação antitumoral, antinflamatória e antimicrobiana. As substâncias terapêuticas sintetizadas por Pleurotus podem ser divididas em polissacarídeos de baixa massa molar, que em alguns casos também apresentam ação anticancerígena e antiviral, em resposta à estimulação do sistema imunológico; metabólitos secundários, derivados de compostos terpenóides e; diferentes derivados de proteínas. São diversas as técnicas de extração de tais substâncias. No entanto, o fracionamento de corpos frutíferos ou de biomassa micelial, proposto por Zhang et al. (1994) é bastante citado na literatura. Assim sendo, este trabalho teve como objetivo obter frações polissacarídicas, segundo metodologia proposta por Zhang com algumas modificações, de corpos frutíferos de Pleurotus, “in natura” e congelados e verificar se o estado inicial dos corpos frutíferos influencia o rendimento obtido em cada fração. Partindo-se de 290g de corpos frutíferos congelados a -80ºC ou “in natura”, equivalentes a 29 g em massa seca foram obtidas cinco frações: FS (tratamento com etanol a 80ºC por 3h, 4 vezes), FI (extração aquosa a 100ºC por 3h, 4 vezes), FII (extração com NH4-oxalato a 100ºC por 3h, 4 vezes), FIII-1 (extração com NaOH e NaBH4 a temperatura ambiente por 24h, 2 vezes e precipitação com AcOH até pH 6) e FIII-2 (precipitação com etanol do sobrenadante de FIII-1). As frações estão sendo liofilizadas para posterior cálculo dos rendimentos.

Apoio / Parcerias: Bolsa de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PIBIC/CNPq)

Gerenciamento de resíduos líquidos provenientes da indústria têxtil: consumo de água, coloração do efluente e possibilidades de reutilização.

  • ANDERSON SCHMIDT, Graduando, andersonschmidt@univille.br
  • CLEDER ALEXANDRE SOMENSI, MSc, cleder.alexandre@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Reutilização da Água, Efluente Têxtil, Coloração

No Brasil, o setor têxtil e de confecção compreende mais de trinta mil empresas em toda a sua extensa cadeia, incluindo fios, fibras, tecelagens e confecções. O estado de Santa Catarina está entre os três maiores produtores de artigos têxteis do país, no qual estão instaladas cerca de 70% das indústrias nacionais de malhas e de cama, mesa e banho. Este segmento industrial requer elevados volumes de água para produção de tecido e, consequentemente, gera elevados volumes de águas residuárias. Estes efluentes são caracterizados por serem coloridos devido a presença de corantes que não se fixam as fibras durante o processo de tingimento. Com esta elevada necessidade de utilização de água, apesar da cobrança pela captação de água bruta ainda ser pequena, as leis ambientais e os custos envolvidos com o uso dos recursos hídricos estão se tornando cada vez mais presentes entre os fatores competitivos do setor têxtil. Neste entorno, o objetivo deste trabalho é identificar as etapas que geram resíduos líquidos em uma indústria têxtil, informar a quantidade de água utilizada, identificar os corantes utilizados, verificar e eficiência da estação de tratamento de efluentes na remoção da cor, além de levantar dados que possam auxiliar na elaboração de uma proposta de reutilização de efluentes. Os maiores volumes de efluentes líquidos são gerados nas operações de purga, mercerização, desengomagem, alvejamento, tingimento, lavagem e acabamento. No processo de tingimento, o consumo de água pode variar entre 8 m3.t-1 (para a produção de fios), até 10 m3.t-1 (para a produção de toalhas), ambos de algodão, totalizando até 35.000 m3 de água por mês. Com relação aos corantes, a classe mais utilizada no Brasil para a tintura do algodão é a classe dos corantes reativos. Estes corantes representam 95% do total utilizado na empresa estudada, correspondendo a 2 t.mês-1. Para a verificação da eficiência do sistema de tratamento na remoção da cor foram realizadas análises de absorbância do efluente na entrada e saída do sistema de tratamento (abril a julho deste ano), observando-se uma redução de 86,94% na cor do resíduo, evidenciando eficiência para este parâmetro. Serão realizadas análises de absorbância do efluente nos diferentes locais geradores durante a fabricação de fios/toalhas de diferentes tonalidades para verificar possíveis similaridades. Com base nestes resultados pretende-se avançar na elaboração de um método de reutilização da água. Serão necessários outros estudos devido as demais características do efluente como, por exemplo, a alta concentração de eletrólitos.

Meteorito Santa Catharina: aspectos históricos, geográficos e mineralógicos

  • YARA RÚBIA DE MELLO, Graduando, yara.mello@univille.br
  • Tarcisio Possamai, MSc, tarcisio.possamai@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Meteorito , níquel, são francisco do sul

O Meteorito Santa Catharina, encontrado em 1875 no bairro de Rocio Grande no Município de São Francisco do Sul, constitui uma incógnita. Este meteorito é importante por tratar-se da variedade ataxito (IAB) mais rico em níquel já encontrado. Mapear o local da queda do Meteorito Santa Catharina constitui o objetivo principal desta pesquisa. A metodologia compreende estudos através das Cartas do IBGE (escala 1:50.000 Folha de São Francisco do Sul) e de pares estereoscópicos de aerofotografias (escala 1:25.000, vôo de 1970), além de levantamento de campo. O terreno encontra-se encoberto por uma grande capa de material intemperizado, o que dificulta visualizar quaisquer resquícios de fragmento de rocha do siderito Santa Catharina. Tal situação demanda reestruturação do projeto de pesquisa no sentido de realizar pesquisa de subsolo, o que demanda técnica, tempo e custos. Das informações obtidas até o momento observa-se que moradores locais desconhecem o evento e que as coordenadas geográficas reproduzidas em bibliografias diversas a respeito do local da ocorrência não correspondem com a realidade de campo. A próxima etapa do trabalho de pesquisa será desenvolvida através do uso de bússolas no intuito de verificar possível variação do campo magnético local, método utilizado pelos pesquisadores que na época encontraram e retiraram parte do meteorito enviando para a Inglaterra.

Monitoramento de Estação de Tratamento de Efluentes

  • CRISTIANNE PIOVEZAN, Graduando, cristianne.piovezan@hotmail.com
  • Andrea Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br
  • CAMILA CARMINATTI CHERUBINI, G, camila.cherubini@tigre.com
  • Márcia Koser, G, marciakoser@gmail.com
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Andréa Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Lodos ativados, Remoção de nutrientes, Análises laboratoriais

A disposição inadequada de efluentes em recursos hídricos é uma das principais causas de contaminação do meio ambiente. Os efluentes sanitários são compostos por 99,9% de água, a fração restante inclui sólidos e microrganismos. É devido a essa fração de 0,1% que há necessidade de se tratar. Atualmente, o tratamento é considerado indispensável, tanto pelo efeito negativo que o lançamento de efluentes causa ao meio ambiente e qualidade de vida, como para questão de sobrevivência e exigência legal das unidades industriais. São inúmeros os tipos de tratamento utilizados. Dentre eles estão os Reatores Anaeróbios de Manta de Lodo (UASB) e Lodos Ativados. O sistema UASB é bastante utilizado para tratamento de esgotos no Brasil. No entanto, na maioria dos casos esses reatores necessitam de uma etapa de pós-tratamento. Por outro lado, o processo de Lodos Ativados é um tipo de tratamento de efluente que pode proporcionar condições aeróbias, anóxicas e anaeróbias, em um único reator, apenas controlando o tempo de fornecimento de ar. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo propor uma alternativa mais eficiente de remoção de nitrogênio, fósforo e matéria orgânica no efluente de uma indústria local, de forma a garantir que atenda a legislação vigente. Essa indústria possui um reator anaeróbio do tipo UASB, que possui remoção de matéria carbonácea satisfatória, porém a remoção dos parâmetros de nitrogênio e fósforo estão abaixo do esperado e exigido pela legislação. Para isto, está sendo avaliado, em uma unidade de bancada, o tratamento por Lodos Ativados. A unidade experimental foi construída com tubos de PVC com diâmetro de 200 mm e altura de 340 mm, sua capacidade é de aproximadamente 10 L e a vazão de operação é de 0,666 L/h, mantendo um TDH de 15 horas. Serão coletadas amostras semanalmente para realização das análises de N, P, DQO, DBO, OD, ST, SST, SSV, pH e alcalinidade. Até o momento, a concentração de biomassa necessária para realizar o tratamento, está abaixo da faixa ideal, recomendada pela literatura, indicando que o lodo inoculado ainda está em fase de aclimatação.

O Lineamento Palmital: a condicionante geológico-estrutural da Baia da Babitonga, Santa Catarina.

  • DEBORA ROSANA MOSER, Graduando, deborarosanamoser@gmail.com
  • Tarcisio Possamai, MSc, tarcisio.possamai@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Baia da Babitonga, lineamento palmital, zona de cisalhamento

O Complexo Estuarino da Baia da Babitonga, no litoral norte do Estado de Santa Catarina tem, enquanto arcabouço geológico-estrutural, dimensões e formas, portanto sua dinâmica, organizada por uma importante feição denominada de Lineamento Palmital. Esta caracteriza uma extensa zona de cisalhamento transcorrente inserida provavelmente no contexto da formação do Supercontinente Gondwana, o que remete este estudo aos eventos geológicos do Neoproterozóico. Tal perspectiva evidencia-se através do contato tectônico entre formações rochosas neoproterozóicas formadas por granitóides encaixados em gnaisses, mica-xistos, quartzitos e anfibolitos do Domínio Paranaguá e os gnaisses granulíticos e quartzitos associados a bandas ferríferas do Domínio Luís Alves, de idade Arqueana a Paleoproterozóica, respectivamente a nordeste e a oeste da morfoestrutura Lineamento Palmital. Estende-se a área de estudo desde os afloramentos rochosos da Ilha dos Remédios, Município de Barra do Sul e das Ilhas Tamboretes e elevações das Serras Cristalinas, porção oeste da Ilha de São Francisco do Sul, até o limite Norte do Município de Garuva, junto ao citado lineamento. Objetiva-se definir e localizar a feição de contato geológico-estrutural entre o Terreno Paranaguá e a Micro-Placa Luis Alves. Utiliza-se da metodologia clássica de mapeamento geológico, que se inicia com a preparação de mapas geológico e estrutural através de interpretação de imagens aerofotográficas, e realização de mapeamento de afloramentos rochosos, com a análise geométrica (qualitativa: tamanho, forma e orientação das estruturas) e confecção e publicação de mapa geológico e estrutural em escala de 1:25.000. Os estudos permitem reconhecer expressiva ocorrência de rochas quartzíticas com direção variando de N345, N-S a N10, e com mergulhos de sub-verticais a 36º, para NE e mais raramente SW. Intensamente cataclasadas, com estruturas miloníticas associadas e acompanhadas por diáclases concordantes com o plano de mergulho. Micro-dobras acompanham as ‘lentes’ de quartzitos. Duas conclusões preliminares podem ser aventadas: a) ao contrário da interpretação geológica e estrutural usual, observada em mapas geológicos disponíveis, um segmento importante dos terrenos granulíticos e quartzíticos, intensamente milonitizados, desenvolvem-se a leste do Lineamente Palmital (canal do Palmital), o que permite redesenhar o mapa geológico e estrutural da região; b) o comportamento estrutural das formações quartzíticas, indica a provável superposição de uma fase dúctil, em condições de altas pressões e temperaturas, o que abre perspectivas de novas interpretações da evolução geológica.

Apoio / Parcerias: FAP

Obtenção de bioetanol a partir de cascas de banana: influência da concentração de substrato sobre o rendimento e produtividade do processo - Resultados parciais.

  • ELIAS LUIZ DE SOUZA, Graduando, elias.souza@univille.br
  • Gustavo Alexandre Achilles Fischer, Graduando, gustavo_fischerman@msn.com
  • Noeli Sellin, Dr(a), nsellin@yahoo.com.br
  • Sandra Helena Westrupp Medeiros, Dr(a), smedeiros@univille.br
  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: bioetanol, Saccharomyces cerevisiae, banana

A banana é a mais importante fruta dos países tropicais, apresentando o maior volume de produção dentre todas as frutíferas cultivadas no mundo. As perdas de frutos atingem níveis de até 40% do total produzido, provocadas por danos mecânicos durante e após a colheita e por condições inadequadas de armazenamento. A geração de álcool combustível a partir desses rejeitos (polpa e cascas) poderia permitir a criação de uma fonte alternativa e renovável de energia com possibilidades de agregar valor à matriz produtiva do fruto. Este trabalho teve como objetivo determinar a potencialidade do uso dessas cascas como substrato de fermentação na produção de bioetanol. Inicialmente foram realizadas fermentações em frascos Erlenmeyer empregando-se casca de banana nas concentrações de 250 e 375 gMU L-1 onde foram alcançados os respectivos valores de: concentrações de etanol, P = 3,77 e 8,67 g L-1, rendimento em produto, YP/AT = 0,38 e 0,41 g g-1 e produtividade, QP = 0,45 e 1,19 g L-1 h-1. Visando aumentar a concentração inicial de açúcares totais (AT) na fermentação para aumentar, conseqüentemente, a concentração final de etanol no caldo fermentado, foram realizados ensaios de extração de açúcar de maior quantidade de cascas. A melhor relação biomassa/água para a extração foi de 400gMU/200mL, resultando numa concentração de cascas em torno de 1210 gMU L-1 e de AT = 25,37 g L-1, ou seja, da ordem de 3 vezes maior daquela obtida anteriormente com (AT = 7,6 g L-1 para 250 gMU L-1). A fermentação deste caldo em biorreator de bancada (30ºC, pH 4,5, 150 min-1) em dorna de 5 L com 2 L de volume de trabalho e 20% v/v de inóculo (cultura pura de Saccharomyces cerevisiae) resultou P = 10,6554 g L-1, YP/AT = 0,42 g g-1 e QP = 1,3 g L-1 h-1. A casca de banana utilizada em alta concentração (1210 g L-1) apresentou-se como potencial substrato para a produção de bioetanol, porém faz-se ainda necessário a busca de novas alternativas para incrementar ainda mais a concentração inicial de açúcares totais no caldo. A análise econômica do processo deverá ser realizada de forma a facilitar a indicação das condições operacionais ideais para futura ampliação de escalas.

Produção de biogás a partir de resíduos agrícolas: influência da composição do substrato sobre a geração de gás metano - resultados parciais.

  • GUSTAVO ALEXANDRE ACHILLES FISCHER, Graduando, gustavo.alexandre@univille.br
  • Cíntia dos Santos, Graduando, cintia_pira@yahoo.com.br
  • Theodoro Marcel Wagner, MSc, theowag@terra.com.br
  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: biogás, metanização, gás metano

A região nordeste de Santa Catarina é a maior produtora de bananas do Estado. Para cada tonelada de bananas Musa cavendishii colhida, quatro toneladas de biomassa residual são geradas. A existência de sistemas de manejo desses resíduos pode contribuir significativamente para a redução de problemas de poluição advindos da sua permanência no campo. A metanização da biomassa apresenta-se como uma alternativa bastante atrativa, pois além de remover esses resíduos pode propiciar ao agricultor ganho energético e redução do custo da cultura da banana. Para tanto é necessário desenvolver um processo que seja economicamente viável, onde altos valores de rendimento e produtividade são desejáveis. O estudo do processo e a busca do incremento desses parâmetros de produção é o principal objetivo desse trabalho. Para os ensaios de metanização foi empregado como biodigestor o biorreator New Brunswick modelo SF-116 com volume de trabalho de 7 L, pH 7,2 e temperatura 30 °C, conforme estabelecido por Federizzi (2008) e Souza et al. (2010). O inóculo inicial (cultura iniciadora) foi composto de 60% v/v de suspensão microbiana proveniente de unidade de geração de biogás de dejetos de suínos e 40% v/v de suspensão microbiana proveniente de lixiviado de compostagem vegetal. Até o momento foi realizado a adaptação do inóculo ao substrato e estão sendo iniciados os estudos da influência de diferentes concentrações deste substrato sobre a produção de gás metano. O uso de 25 g ST L-1 de substrato in natura, composto por (em massa seca) 50% de casca de banana, 25% de pseudocaule e 25% folhas, possibilitou à produção máxima de biogás de 1,60 LCNTP dia-1 contendo 65,5 % v/v de CH4. Após 35 dias de fermentação foi realizada a primeira alimentação do biodigestor com a substituição de 50% do volume de trabalho por novo substrato, composto de 50% de cascas e 50% de pseudocaule. Decorridos 20 dias de fermentação foi constatado a redução da produção de biogás para 0,67 LCNTP dia-1 contendo apenas 26,7% v/v de metano, mostrando claramente a necessidade de maior tempo para adaptação dos microrganismos. Este ensaio está sendo repetido. A adição de inóculo fresco torna-se uma alternativa a ser avaliada para o aumento da atividade microbiana no biodigestor.

Produção de folhas artesanais com 100% de fibras de bananeira: efeitos da cocção e da polpação

  • Fernando Teixeira da Silva, Graduando, fernando.silva@univille.br
  • Debora Barauna, MSc, dbarauna@univille.br
  • Jadir Guedes da Silva Jr, Graduando, zinhosfs@hotmail.com
  • Rafael steuernagel, Graduando, rafael@hotmail.com
  • Marcos Silva, G, marcos@hotmail.com
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), dabatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: cocção, polpação, folhas de fibra de bananeira

Este grupo de pesquisa estuda, desde 2006, melhorias no desempenho ambiental e econômico do método artesanal de produção de papel com fibra de bananeira. Desse modo ao ponderar que o hidróxido de sódio (NaOH) é um reagente nocivo ao homem e ao meio ambiente, propôs-se a substituição desse tratamento termoquímico na etapa de cocção, considerando a afirmação de Blanco Rojas (1996), que diz que os extratos da fibra de bananeira são todos solúveis em água quente. O autor recomenda ainda, sob o ponto de vista ecológico, prático e econômico, o processo de polpação mecânico e termomecânico. Deste modo, propôs-se também a utilização de um protótipo da refinadora Pia-Holandesa. Foi realizado batelada do método de produção de folhas 100 % de fibras de bananeira, onde cavacos do pseudocaule foram submetidos em igual quantidade a cocção com água e NaOH ou somente água. O tempo de cozimento foi de 30 min após o início da fervura para ambas as amostras. Já para os testes de polpação, foi proposto um planejamento fatorial 23 com variação dos tempos de polpação, dos volumes de água e da massa de entrada ponderando o tipo de tratamento. A avaliação da influência dos fatores deu-se sobre a quantidade de polpa gerada e qualidade do índice sob tração dos papéis obtidos. Resultados preliminares mostraram que independente da forma de cocção as polpas mostraram-se adstringentes, o que concorda com os resultados anteriores registrados pelo grupo. No entanto, o planejamento fatorial não foi aplicado devido a Pia Holandesa não ter desempenhado sua função de refino das fibras. Todos os volumes de água proposto foram usados, mas as fibras não passaram através das engrenagens, sendo essas provindas da cocção com ou sem NaOH. Há duas hipóteses para esse evento, a capacidade insatisfatória do motor e a falha nos dentes de encaixe das engrenagens. Novos testes deverão ser realizados. Para finalização do método, obtendo-se as folhas para as análises posteriores, adotou-se o uso novamente do liquidificador industrial. Assim, considerando apenas a alteração na etapa de cocção foram obtidos 9,5 kg de polpa tratada com NaOH, o que rendeu 30 folhas, e 11,45 kg de polpa não tratada com rendimento de 37 folhas. Esses dados mostram que a amostra submetida ao tratamento teve rendimento inferior em polpa e folhas. No entanto, novos ensaios devem ser realizados para corroborar os dados, bem como os testes de qualidade do índice sob tração sobre as folhas obtidas.

Produção de polissacarídeos extracelulares por Pleurotus djamor UNIVILLE 001 em processo semi-contínuo.

  • LARA GIANINA ROJAS ALVAREZ, Graduando, lara.alvarez@univille.br
  • Ivaneliza S. de Assis, G, ivaneliza@hotmail.com
  • Sandra A. Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), ewisbeck@univille.br
  • Mariane Bonatti Chaves, MSc, mbonatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus, polissacarídeos, semi-contínuo

Polissacarídeos de Pleurotus vêm sendo estudados para a prevenção e o tratamento de doenças como o câncer. Estes polissacarídeos podem ser extraídos tanto dos corpos de frutificação, obtidos por meio do cultivo em meio sólido, como do caldo fermentado e da biomassa, obtida por meio do cultivo líquido deste fungo. Este último é preferível devido a obtenção dos polissacarídeos em menor tempo e propiciar maior controle das condições de cultivo. O processo semi-contínuo é interessante para a produção destes polissacarídeos porque desta forma é possível manter em quantidade suficiente a concentração de glicose no meio, bem como se reduz o tempo morto, presente nos processos descontínuos. Vários pesquisadores têm realizado experimentos visando aumentar a produção destes polissacarídeos por meio da alteração da concentração de nutrientes e das condições de cultivo. Contudo, poucos estudos têm sido reportados sobre a influência do tipo de processo na produção de polissacarídeos por Pleurotus. Este trabalho teve como objetivo estudar a produção de polissacarídeos extracelulares, por Pleurotus djamor UNIVILLE 001, isolado no campus da Instituição, em processo semi-contínuo com corte de 50%. Os ensaios foram realizados em biorreator de mistura completa de 4 L, pH 3,0, temperatura 30oC, taxa de aeração 0,25 L.min-1, velocidade de agitação 300 min-1 e concentração inicial de glicose 40 g.L-1. O corte de 50% foi realizado sempre que a concentração de glicose caia para 20 g.L-1. Após 560 h de cultivo foram computados 7 tempos de residência. Os 3 primeiros tempos de residência apresentaram perfis similares para a produção de polissacarídeos, sendo a concentração total de polissacarídeos de 4,27 g.L-1. O quarto tempo de residência apresentou perfil diferente. Observou-se degradação dos polissacarídeos, provavelmente devido a aderência destes à biomassa micelial que dificultavam a transferência da glicose dissolvida no meio de cultivo para o interior das células. Devido a esta dificuldade, as células iniciam a síntese e secreção de β-glicosidase para a degradação destes polissacarídeos. Este fato é confirmado pela observação de uma fase lag tanto na curva de produção de biomassa e na de consumo de glicose. Os tempos de residência subseqüentes apresentaram concentração total de polissacarídeos igual a 0,73 g.L-1. Comparando-se a concentração total de polissacarídeos obtida em processo semi-contínuo, com corte de 50% ao final de 3 tempos de residência, para a espécie Pleurotus ostreatus (2,57 g.L-1), valores mais altos foram obtidos no cultivo de Pleurotus djamor.

Reaproveitamento de borracha de pneus em compósitos de resinas termofixas

  • CAIO AUGUSTO DE TOLEDO GOMES, Graduando, caio_anubis@hotmail.com
  • Valeska Karina Bona Medeiros , Graduando, valeska.medeiros@hotmail.com
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br

Palavras-chave: Borracha, Termofixo, Composito

Com a crescente demanda por novos materiais, que requerem propriedades incomuns que não podem ser atendidas por materiais convencionais, surgiram os compósitos atendendo diversas necessidades tais como leveza, resistência química e às intempéries, flexibilidade, durabilidade e resistência mecânica. Estes materiais são desenvolvidos através da combinação de dois ou mais componentes distintos, com o objetivo de alcançar uma melhor combinação de propriedades. Compósitos com fibras de vidros são os mais utilizados, tendo uma vasta aplicação em desenvolvimento em diversos produtos, apresentando características como resistência à temperatura, além de rígidez, resistência química e às intempéries, sendo facilmente processados, permitindo moldagem de peças variadas, cascos de barcos, carrocerias de carros, piscinas, tubos para esgoto industrial e luminárias decorativas. Mesmo possuindo características apropriadas, a fibra de vidro é um material de manuseio complexo, altamente tóxica, ocasionando câncer nos olhos, pele e sistema respiratório, considerada potencialmente perigosa à saúde humana por liberar partículas e transportadas pelo ar e inaladas tanto na produção, como no uso e eliminação. Devido a estas características, este trabalho propõe uma alternativa para a utilização de resíduos de pneus ou de pó de madeira, contribuindo para a diminuição da utilização da fibra de vidro. Além disso, as propriedades de resistência ao impacto e à tração poderão ser melhoradas a um custo inferior. O resíduo de pneu foi obtido de recapadoras da cidade e o resíduo de madeira é proveniente da indústria moveleira. Para a obtenção das placas confeccionou-se compósitos de matriz de resina poliéster ortoftálica com incorporação de resíduos (pó de madeira ou pneu) nas seguintes proporções (2, 5, 10, 12, 15 e 18%m/m) e 1,5%m/m de catalisador. Os testes de resistência a tração e à flexão, bem como os ensaios de absorção de água estão em andamento. Este projeto é relevante do ponto de vista ambiental, pois permitirá aproveitar resíduos de pneus e de madeira.