Área 03 - Ciências Humanas e Lingüística, Letras e Artes

Índice

  1. A atuação do Proler em São Bento do Sul em 2007
  2. A história do ensino público de Joinville através das escolas isoladas
  3. A leitura da linguagem corporalpara uma atitude voltada à não-violência
  4. Aprendendo Português através de textos
  5. Argumentação e redação
  6. Atlas Histórico da Região da Baía da Babitonga
  7. BRAILLE E LIBRAS: OFICINAS NAS LICENCIATURAS DA UNIVILLE
  8. CENSO PARA O PROGRAMA DE INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NA INDÚSTRIA, MUNICÍPIO DE JOINVILLE, SC
  9. EXPERIÊNCIA NO ENSINO SEMI-PRESENCIAL: NOTAS PARA UM DEBATE
  10. EXPERIÊNCIAS VIVÊNCIADAS EM PROCESSOS AVALIATIVOS NO ESTÁGIO CURRICULAR DO CURSO DE ARTES VISUAIS
  11. Gênero e políticas públicas de proteção às mulheres: diálogos entre a UNIVILLE e a cidade de Joinville.
  12. INVESTIGAÇÃO HISTÓRICA, TÉCNICA E ESTÉTICA ACERCA DA LINGUAGEM ARTÍSTICA ‘GRAVURA’ EM CONTEXTO CONTEMPORÂNEO
  13. Marcas de Poder na Linguagem Jurídica
  14. Memórias da cidade, narrativas femininas, práticas de mulheres: outros olhares para o patrimônio cultural de Joinville.
  15. O cinema como recurso didático
  16. O ensino da língua materna na perspectiva dos gêneros do discurso: teoria e procedimentos didáticos
  17. O legado bávaro na cidade de São Bento do Sul/SC:uma abordagem no processo ensino-aprendizagem
  18. Ocupação histórica do território correspondente aos municipios de Araquari, Balneário Barra do Sul e São Francisco do Sul- fase 2
  19. Para Amar e Respeitar é Preciso Conhecer: Vivências em História e Artes Visuais
  20. Políticas Públicas: Ambiente, Patrimônio, Educação e Gestão Ambiental Comunitária - Uma proposta de elementos para a construção de um Plano Diretor de Recursos Hídricos (Rio do Braço - Joinville/SC)
  21. Práticas pedagógicas mediadas por computador
  22. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO EM ARTES VISUAIS
  23. Projeto de Orientação e Informação Profissional para Estudantes do Ensino Médio
  24. PROJETO SALVE O CINEMA – CURSO, INVESTIDO NA FORMAÇÃO DE BASE PARA UMA LEITURA CRÍTICA
  25. sentido da não-violência para pessoas da terceira idade
  26. Uma investigação acerca da gravura como recurso de linguagem visual e sua contribuição ao ensino no curso de design

Resumos

A atuação do Proler em São Bento do Sul em 2007

  • Simone Lesnhak Krüger , MSc, sikruger@yahoo.com.br
  • Taiza Mara Rauen , Dr(a), taiza.mara@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Proler, ações, São Bento do Sul

O projeto Pró-Leitura, vinculado ao Programa Institucional de Incentivo à Leitura da UNIVILLE, se desenvolve em São Bento do Sul desde 2004. O objetivo desse projeto é atingir, de modo gradual e sistemático, o interesse pela leitura, criando a consciência de que o exercício de ler amplia a capacitação política do indivíduo desenvolvendo o nível de compreensão de leitura. Em direção a isso, o projeto atua junto a um público variado: professores, estudantes, idosos, internos de hospitais, portadores de necessidades especiais, colaboradores de empresas, além de comunidade em geral, levando ações como: mostras, concursos, contação de histórias, divulgação de textos literários, edição de livros, encontros, oficinas, além de suprir demandas específicas da sociedade. No ano de 2007, algumas ações se mostraram muito relevantes e possibilitaram a ampliação de leitores: I Encontro do Proler; IV Mostra de Trabalhos de Incentivo à Leitura; Arte no Hospital; a publicação do livro Belezas de São Bento; Convite à Leitura; Leitura em Trânsito.

Apoio / Parcerias: APAE – Campo Alegre Fundação Cultural de São Bento do Sul Hospital e Maternidade Sagrada Família Hospital de Rio Negrinho Hospital São Luiz – CA Lar de Idosos (Recanto Doce Lar – Vila Centenário) Secretaria Municipal de Educação de SBS 22 ª GEREI

A história do ensino público de Joinville através das escolas isoladas

  • Iara Andrade Costa, MSc, iara54@terra.com.br
  • Claudia Valéria Lopes Gabardo, E, claudiagabardo@uol.com.br
  • Dúnia Anjos de Freitas, MSc, dunia.af@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ensino, Controle, inserção social

A história da educação no Brasil configurou-se habitualmente como campo de atuação de pesquisadores da área da educação. Há muito pouco tempo tem ganhado relevância no campo epistemológico, principalmente na área de História, por permitir uma análise social mais ampla integrada à realidade e muito rica em fontes, normalmente inusitadas, existentes nas escolas, na Secretaria de Educação, Arquivo Histórico, nos jornais e mesmo as pertencentes aos entrevistados. O sistema educativo nos explicita as teias de controle, de representações e de desenvolvimento de uma comunidade e de uma região. O objetivo desta pesquisa foi o de compreender a história do ensino público e a influência deste nas comunidades onde as escolas estavam inseridas, em particular das escolas isoladas ou rurais por caracterizarem comunidades mais fechadas e que mantiveram por mais tempo características de uma cidade colonial. Estas escolas, na sua maioria, preservaram sua documentação e tiveram a comunidade muito presente e interferindo na contratação dos docentes, no que poderia ser ministrado e nas normas disciplinares, mas aos poucos foram se afastando e deixando para os poderes públicos a tarefa de monitorar a educação de seus filhos. Também foram utilizadas entrevistas orais semi-estruturadas de alunos, professores e gestores educacionais da rede pública de ensino da cidade de Joinville, na região norte catarinense. Estas fontes nos permitiram compreender as formas hierárquicas disciplinares de controle de todos os setores da vida escolar, dentro e fora da mesma. A metodologia dialética utilizada contribuiu para analisarmos a documentação citada e em que medida as instituições de ensino se inseriram na estrutura social de uma comunidade imprimindo comportamentos e formando identidades sociais especificas. Várias reformas educacionais foram estabelecidas ao longo do século XX e a qualificação e reconhecimento da profissão do professor sofreu muitos revezes, mas na maioria das vezes, este primou pelo seu autodidatismo e sorte. Os alunos ganharam novo espaço em detrimento da autoridade do professor e os gestores respondem a questões muito mais políticas do que as pertinentes ao cotidiano da Escola. A discussão sobre educação tornou-se um dos maiores desafios da nossa contemporaneidade, recebendo cada vez mais atenção das autoridades constituídas e principalmente dos professores como peça chave para o desenvolvimento econômico e social, político e cultural, a revelar que mudanças muito importantes estão a acontecer nas áreas do conhecimento aqui envolvidas que facilitarão a compreensão dos problemas educacionais vivenciados historicamente pelos vários grupos sociais.

Apoio / Parcerias: Prefeitura Municipal de Joinville -PMJ através da Secretaria de Educação - SE . Rua Itajaí n. 390

A leitura da linguagem corporalpara uma atitude voltada à não-violência

  • Marly Krüger de Pesce, MSc, marly.kruger@univille.net
  • Lucinda Clarita Boehm, Dr(a), violenciaurbana@univlle.net
  • Marcia Gomes de Oliveira, MSc, marciagol@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: gesto, leitura, interação social

Este trabalho, parte de um projeto de extensão intitulado “Linguagem da não-violência pela leitura crítica”, tem como foco relatar um dos temas – a linguagem corporal - desenvolvido em uma oficina cujo objetivo era o de conscientizar para o uso da linguagem e a ligação desta com a prática social. A linguagem corporal é a expressão não-verbal do pensamento visível, mas não audível. É uma ação apreendida culturalmente de forma involuntária, portanto carregada de simbologia. Da mesma forma que Bakhtin (1988) entende que a palavra é um fenômeno eminentemente ideológico e como tal existe na relação dialógica social, assim também é o gesto. Para Weil e Tompakow (2004) o corpo fala mesmo quando não se tem a intenção de deixar evidente nosso pensamento. O estudo da linguagem gestual pode auxiliar a comunicação entre as pessoas e sua leitura consciente pode promover o diálogo, contribuindo para uma postura mais consciente frente à violência e à não-violência da linguagem. Nesse sentido, a oficina, enquanto espaço de reflexão, motivou os participantes a pensar no uso da linguagem de forma a contribuir para um mundo menos violento.

Aprendendo Português através de textos

  • Maria da Graça Albino de Oliveira, Dr(a), magalbi@netuno.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: lingüístico, estratégias discursivas, semântica

O objetivo do curso é despertar no acadêmico o interesse pela leitura e pelo estudo da língua, mostrando-lhe que estudar português não consiste apenas em conhecer um conjunto de regras prescritas pelas gramáticas normativas, mas levá-lo a perceber a língua em suas múltiplas possibilidades de dizer e a imensurável capacidade de produzir sentidos que cada palavra carrega, levando-o a descobrir que a língua não como aquela massa acabada e amorfa mostrada nas gramáticas e nos dicionários, mas encarando-a na sua especifidade e na sua essência de potencialidades de sentidos. A metodologia utilizada é a exposição a diversos tipos de texto, desenvolvendo, não só o hábito da leitura, mas a capacidade de encarar o texto como objeto de fruição, o que é indispensável para que adquira tal hábito. As atividades desenvolvidas são leitura e interpretação dos vários textos apresentados, entendendo-se por texto tudo o que pode ser lido. A partir disso, vem a produção de textos pelos acadêmicos, os quais são analisados em conjunto, fazendo-se as devidas correções. Os resultados alcançados tem sido observados pelos professores, que relatam um melhor desempenho desses alunos em suas disciplinas, mostrando-se, também, mais interessados nas atividades de pesquisa.

Argumentação e redação

  • Simone Carvalho do Prado, G, simoprado@yahoo.com.br
  • Marta Regina Heinzelmann, MSc, martaheinz@gmail.com
  • Daniela Vater, Graduando, dani_vater@yahoo.com.br
  • Débora Zimmermann, Graduando, deborazim@gmail.com
  • Regina Back Cavassin, MSc, regina.back@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Expressão verbal, argumentação, cidadania

Trata-se de uma proposta pedagógica participativa, desenvolvida pelos departamentos de História e Letras, que contou com a efetiva participação da professora de Língua Portuguesa da Escola de Ensino Médio Deputado Nagib Zattar. Com o objetivo de desenvolver a argumentação dos alunos do 1º ano 2, as aulas, preparadas semanalmente, permitiram uma participação cidadã mais efetiva, buscando implantar a condição de escola profissionalizante. A partir da leitura do livro O cidadão de papel, de Gilberto Dimenstein, os alunos discutiram sobre: educação, saúde, trabalho, responsabilidade; também houve aulas de leitura e redação de textos argumentativos. A participação das duas alunas extensionistas foi importante para o desenvolvimento da metodologia proposta, quer na pesquisa e preparação do material didático para o desenvolvimento dos planos de aula, quer na convivência semanal com os alunos na escola. Em maio, os alunos estiveram na Univille, experienciaram atividades desenvolvidas interdepartamentalmente a partir do tema cidadania. Essa vivência foi uma oportunidade para conhecerem a universidade e estimulou o seu desempenho escolar e a vontade de cursar o ensino superior. No segundo semestre, enviaram cartas – sem obtenção de respostas - a Dimenstein, comentando as questões abordadas em seu livro e discutidas na escola. Nesse momento concretizou-se uma situação real do uso da escrita. Também com esse objetivo, houve a produção do Jornal da Turma - três edições nas quais relataram os fatos principais da sala, da escola e da comunidade. Em novembro, foram compilados os textos produzidos durante o ano, resultando numa brochura. A equipe de extensionistas esforçou-se para implantar o ensino profissionalizante na escola, discutindo com a administração da escola, reunindo-se com a direção do Cedup, e com a coordenação pedagógica do Senai e, ainda, fazendo contatos por e-mail, buscando parcerias com empresas. Essas discussões sempre ficaram embaraçadas nas questões político-econômicas mas, em sala de aula, resultaram em ampla discussão sobre o papel da escola e a função de seu Projeto Político Pedagógico. O projeto promoveu a auto-estima e confiança, perceptíveis nas falas espontâneas dos alunos e no seu envolvimento nas atividades propostas, demonstrando mais responsabilidade. Na sua continuidade em 2008, estimula o uso consciente da linguagem como instrumento de poder; permite relacionar a teoria aprendida na universidade com a prática docente, pode ser referência para atividades interdisciplinares e para práticas de ensino-aprendizagem mais atraentes.

Apoio / Parcerias: Escola de Ensino Médio Deputado Nagib Zattar

Atlas Histórico da Região da Baía da Babitonga

  • Fabiano Antonio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br
  • Celso Voos Vieira, MSc, celso_geo@yahoo.com.br
  • Sandra Paschoal Leite de Camargo Guedes, Dr(a), sandraguedes@netvision.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Baía da Babitonga, Mapas históricos, Ocupação histórica

O Projeto Atlas Histórico da Região da Baía da Babitonga constitui uma ação conjunta na área de pesquisa dos departamentos de História e Geografia da Universidade da Região de Joinville e tem por objetivo compreender e registrar o processo de ocupação do território dos atuais municípios que circundam a Baía da Babitonga: Joinville, São Francisco do Sul, Araquari, Balneário Barra do Sul, Garuva e Itapoá. A historiografia do setor nordeste do Estado de Santa Catarina, referente aos séculos XVII a XIX, está centrada em São Francisco do Sul, uma vez que antes da chegada dos imigrantes europeus à Colônia Dona Francisca, atual Joinville, este município abrangia vasta área do nordeste catarinense, que inclui hoje os territórios pertencentes aos seis municípios que compõem a região. Já para os séculos XIX e XX, a historiografia mais abrangente é sobre Joinville, enquanto as demais cidades não possuem produção significativa. Os trabalhos do projeto ATLAS estão baseados em ampla pesquisa documental, bibliográfica e cartográfica, realizada em bibliotecas universitárias e comunitárias, arquivos históricos municipais, estaduais e nacionais, cartórios e paróquias. O material cartográfico pesquisado, constituído principalmente por mapas históricos, é transferido para meio digital por meio de escanerização, sendo posteriormente georreferenciado com referência em uma base cartográfica digital composta pela articulação de seis folhas topográficas na escala 1:50.000, disponibilizadas pelo IBGE. Os registros dos mapas históricos são então transferidos para a base cartográfica atual como dados na forma de pontos, linhas e polígonos. O material documental e bibliográfico selecionado passível de registro cartográfico, previamente organizado em banco de dados, é transferido para a base cartográfica digital, de modo a complementar os dados cartográficos previamente lançados. Resultados preliminares indicam que a distribuição espacial da população luso-brasileira em meados do século XIX era muito ampla na região, contrariando a historiografia mais difundida que atribui aos imigrantes de origem germânica a abrangência da ocupação do espaço regional.

Apoio / Parcerias: CNPq

BRAILLE E LIBRAS: OFICINAS NAS LICENCIATURAS DA UNIVILLE

  • Cristina Ortiga Ferreira, MSc, tinaortiga@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Libras, Braille, Educação Inclusiva

As discussões sobre inclusão social vêm ocorrendo no Brasil há mais de uma década, oriundas de importantes documentos internacionais como a Declaração de Salamanca (1994), que afirmam e fundamentam a prática da sociedade inclusiva em acesso e qualidade. A LDB (9394/96) reserva um capítulo exclusivo à educação especial, reafirmando o direito à educação pública e gratuita dos alunos com necessidades educativas especiais. Mas, no cotidiano das escolas, verifica-se um distanciamento entre a lei e a prática. Muitos alunos são alocados em turmas sem qualquer preparo do professor para recebê-los. Discutindo estas questões com turmas dos cursos de Artes Visuais, Biologia e História, foram detectados: pré-conceitos, medo do desconhecido e a curiosidade em Libras e Braille. Para conhecer a realidade vivenciada nas escolas os acadêmicos dos três cursos realizaram em 2007 pesquisa exploratória com 75 professores do ensino fundamental. Os resultados foram lidos conjuntamente e, sinalizaram que o conhecimento sobre a inclusão ainda é superficial para estes professores, rodeado de incertezas e angústias sobre o modo de atuar diante do aluno com necessidades educativas especiais. A análise das respostas ressaltou que 60% dos pesquisados apresenta, além da vaga noção, o entendimento da escola como o único ambiente inclusivo Em muitas respostas a "inclusão" foi entendida como sinômino de: integração, igualdade, participação, jogo político, convívio social, interação. Apenas 6% apresentou definições mais aprofundadas, tendo, no entanto a escola como único espaço inclusivo. Os professores pesquisados vivenciam ou vivenciaram a inclusão em suas turmas, ressaltando que além do despreparo, têm dificuldades na adaptação dos materiais e na exposição oral/escrita para os que utilizam Braille e Libras. Procurando minimizar nos acadêmicos as dificuldades expostas pela pesquisa foram vivenciadas, oficinas de Libras e Braille em que puderam manusear materiais adaptados, produzir adaptações, conhecer as lógicas pertinentes a cada linguagem e o aprendizado a partir delas. O objetivo maior foi a sensibilização desses futuros professores, pois é o professor quem recebe e trabalha como o aluno e precisa perceber que qualquer indivíduo possui limitações, o que não significa que não possa ser participativo e capaz de aprender. Discutiu-se também que delegar ao professor toda a responsabilidade de inclusão é um erro, pois a adoção dessa postura deve ser de toda a estrutura social, mas é na formação que as adaptações curriculares e possibilidades de reflexão sobre as ações podem ser inicialmente trabalhadas e vivenciadas.

CENSO PARA O PROGRAMA DE INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NA INDÚSTRIA, MUNICÍPIO DE JOINVILLE, SC

  • José Dionicio Kunze, MSc, dkunze@univille.br
  • ALESSANDRO BARBOSA, E, alessandro.barbosa@univille.net
  • Fabiano Antonio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Censo, Portadores de Deficiência, Indústria

A Lei Federal no 8213 de julho de 1991 (Lei de Cotas), determina que empresas com cem ou mais funcionários estão obrigadas a preencher de 2 a 5% de seus cargos com pessoas portadoras de deficiência, que são especificadas pela própria Lei. Face à dificuldade encontrada pelas empresas em cumprir os percentuais determinados em Lei, o Serviço Social da Indústria - SESI - implantou o Programa de Inclusão da Pessoa com Deficiência na Indústria, tendo como principal objetivo, dentre outros, promover o bem estar do portador de deficiência. Para isso, se faz necessário localizá-los. Assim promoveu-se um recenseamento de todas as pessoas portadoras de deficiência, bem como o mapeamento do seu perfil sócio-profissional. Para desenvolver essa atividade o SESI abriu um edital no qual a UNIVILLE inscreveu-se e foi selecionada, passando a ser parceira neste trabalho. Os procedimentos metodológicos foram desenvolvidos em quatro etapas: (1) preparo da base cartográfica de trabalho; (2) treinamento dos recenseadores; (3) visita aos domicílios e aplicação dos formulários; (4) conferência dos formulários e levantamento preliminar do número efetivo de portadores de deficiência no município. Para desenvolver este projeto foram recrutados três Professores do Departamento de Geografia, cento e trinta e um recenseadores e dois funcionários da UNIVILLE. Os dados oficiais do IBGE (2000) indicam a ocorrência de 106.500 residências ocupadas em Joinville e de uma população absoluta de 436.585 habitantes. No trabalho realizado pela UNIVILLE, encontrou-se 113.773 residências ocupadas e 466.459 habitantes. Em alguns casos, principalmente em condomínios fechados encontrou-se muita dificuldades em acessar um responsável pelo imóvel, acrescenta-se o fato de que alguns recusaram-se a responder, logo deixou-se sem compilação um total de 2.925 que correspondem à 2,58% da população absoluta do município. O IBGE prevê para o município de Joinville a existência 53.355 deficientes, ou 12,4% de sua população. O recenseamento efetuado indica, porém, uma realidade bastante diversa, com um total de 3.838 deficientes, ou 0,91% de sua população total. A diferença numérica diz respeito à metodologia aplicada, pois enquanto o IBGE considera deficientes todas as pessoas que possuem algum problemas físico, mental, visual ou auditivo, a Lei de Cotas define parâmetros para cada tipo de deficiência.

Apoio / Parcerias: SESI - Serviço Social da Indústria.

EXPERIÊNCIA NO ENSINO SEMI-PRESENCIAL: NOTAS PARA UM DEBATE

  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.neis@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ENSINO SEMI-PRESENCIAL, PEDAGOGIA, EDUCAÇÃO

O ensino a distância semi-presencial vem se tornando cada vez mais presente nas universidades brasileiras, quer seja para competir no mercado, quer seja por orientação institucional estratégica, quer seja para atender a legislação, é importante, nesse contexto, ser competitivo e oferecer um ensino com qualidade. Torna-se um desafio institucional atender a tantas exigências e, ainda, capacitar docentes e possuir a logística necessária à operacionalização do ensino a semi-presencial via web. A viabilização dessa modalidade de esino e a tecnologia envolvida não é garantia de que o programa terá êxito. É necessário investir e agregar fundamentos pedagógicos e didáticos aos programas de ensino semi-presencial. Esta apresentação tem o objetivo de apresentar alguns elementos fundamentais no debate sobre o ensino semi-presencial, a partir de uma experiência de três anos vivida na Univille. Os resultados dessa experiência apontam para a necessidade, além da capacitação para lidar com a web, a capacitação docente, em termos pedagógicos e didáticos aplicados ao ensino semi-presencial.

EXPERIÊNCIAS VIVÊNCIADAS EM PROCESSOS AVALIATIVOS NO ESTÁGIO CURRICULAR DO CURSO DE ARTES VISUAIS

  • Cristina Ortiga Ferreira, MSc, tinaortiga@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Estágio Curricular, Processos Avaliativos, Artes Visuais

A experiência vivenciada partiu do entendimento de que a formação do professor não se dá na acumulação de conhecimentos específicos e de técnicas de ensino e sim no momento em que passa a transpor tais conhecimentos e ser protagonista ativo na concepção, acompanhamento e avaliação do seu próprio trabalho pedagógico. Buscando contemplar uma avaliação ainda mais significativa para o exercício da docência o Curso de Artes Visuais em 2007 propôs aos alunos formandos uma inovação no modo de registrar os processos e resultados obtidos nas práticas de estágio. O relatório de conclusão cedeu lugar ao Portfolio Reflexivo, construído em tamanho A2, e um artigo científico. Ambos deveriam apresentar, de modo particular, o percurso do aluno no estágio supervisionado, incluindo os processos de inserção em Campo, iniciados em 2006 (com visitas de reconhecimento, leitura do PPP, intervenção pedagógica na Educação Infantil e acompanhamento das aulas de Arte no Ensino Fundamental e Médio). Deveriam ainda relatar, a experiência vivenciada no desenvolvimento da proposição educativa realizada em 2007, em três turmas, duas do Ensino Fundamental e uma do Ensino Médio. A materialização da proposta após concluída, foi organizada na forma de exposição para a apreciação dos demais alunos da escola estagiada.Nos Portfolios foram realizadas as incursões sobre as características conceituais trabalhadas ao longo do curso e ali apresentadas para comunicar as situações de ensino-aprendizagem, compatíveis com o professor de Arte que se quer formar.O resultado também foi exposto na forma de Banner contendo: Palavras-chave, Objetivo, Aspectos Conceituais e Desenvolvimento das Práticas Educativas, além de fotos do processo.Todos os banners ficaram expostos no hall do Anfi II e serviram de referência, juntamente com os Portfolios para a apresentação oral pública. Em seguida os estagiários retornaram ao Campo para a devolutiva aos professores e ao corpo técnico (Diretores, Supervisores e Orientadores) dos resultados, análises e sugestões feitas. Visualizando os banners expostos foi possível perceber a diversidade e riqueza dos temas e os encaminhamentos dessas propostas nas escolas, numa tentativa de estimular a produção artística do aluno inserida num contexto histórico-cultural. Numa avaliação desta proposta, fica a certeza que não se pode alcançar a mudança de um modelo sem que se experimentem novas possibilidades e este precisa ser um estado permanente de compromisso consigo mesmo e com a educação como processo.

Gênero e políticas públicas de proteção às mulheres: diálogos entre a UNIVILLE e a cidade de Joinville.

  • Janine Gomes da Silva, Dr(a), janine.gomes@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Gênero, Políticas públicas, Direitos das mulheres

O objetivo geral do projeto, que começou a ser desenvolvido em 2005, é estimular o debate sobre a temática de gênero e políticas públicas de proteção às mulheres na cidade de Joinville, possibilitando que a Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, responda às demandas suscitadas por diferentes espaços da comunidade. Em relação à metodologia, destaca-se que as principais ações foram desenvolvidas por intermédio de palestras, oficinas e os ciclos de debates, com a escolha das temáticas que mais interessaram as instituições (como por exemplo: violência contra as mulheres; violência doméstica; gênero, sexualidade e saúde reprodutiva; história do feminismo; a mulher no mundo do trabalho; mulher e educação; políticas públicas estratégicas na proteção às mulheres). Este projeto, financiado pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários – PROEX/UNIVILLE conta com o apoio de algumas instituições da cidade, notadamente da Secretaria Municipal de Educação e da Secretaria de Bem-Estar Social. Salienta-se também que as principais metas do projeto foram alcançadas, tais como: auxiliar na capacitação, a partir da perspectiva das relações de gênero, diferentes profissionais que atuam em espaços diretamente relacionados ao atendimento de mulheres (como por exemplo, o Programa de Atendimento a Mulheres Vítimas de Violência – PAMVVI; a Delegacia de Proteção à Mulher, Criança e Adolescente de Joinville; e, o Centro de Atendimento à Vítima de Crime – CEVIC); capacitar, a partir da perspectiva das relações de gênero, professores da rede pública municipal de ensino da cidade de Joinville; e, propiciar o debate sobre a perspectiva das relações de gênero na educação, entre os futuros licenciados da UNIVILLE. Desta forma, entendemos que a UNIVILLE, por intermédio de atividades de extensão, como o presente projeto, vem desenvolvendo uma das mais importantes funções de uma universidade, ou seja, compartilhar o conhecimento produzido em seu espaço com a comunidade que a cerca. Por último, convém destacar a parceria do presente projeto com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – CMDM, notadamente com a organização da II Conferência Regional de Políticas para as Mulheres, realizada em abril de 2007.

INVESTIGAÇÃO HISTÓRICA, TÉCNICA E ESTÉTICA ACERCA DA LINGUAGEM ARTÍSTICA ‘GRAVURA’ EM CONTEXTO CONTEMPORÂNEO

  • Elenir Morgenstern, MSc, elenir.m@gmail.com
  • Anne Eveline Gomes, Graduando, anne.Gomes@univille.net
  • Mônica Jurgens, Graduando, monica.jurgens@univille.net
  • Célia Ceschin, MSc, celia.ceschin@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: gravura, arte, contemporaneidade

O Projeto de Pesquisa Gravar teve por objetivo principal a investigação histórica, estética e técnica acerca da linguagem gravura, tendo como ênfase as experiências contemporânea, analisando a evolução nos processos ao longo da história da arte. O Projeto desenvolveu-se em três etapas. Na primeira houve a investigação histórica da linguagem gravura sob enfoque contemporâneo. Nesta etapa realizou-se levantamento bibliográfico, contemplando questões históricas, estéticas e técnicas em gravura, tendo ênfase nas experiências contemporânea, analisando-se evolução nos processos técnico-estéticos ao longo da história da arte. Na segunda etapa, realizou-se digitalização do acervo de gravura existente no Memorial da Univille, que possue 76 obras, acerca do qual, posteriormente será disponibilizado material virtual em forma de banco de imagens. Na terceira etapa, realizou-se a investigação prática, adentrando nos domínios da arte contemporânea. Nesta investigação, primeiramente buscou-se novas possibilidades de suportes, analisando assim materiais e soluções técnicas e estéticas, na linguagem gravura. Para o desenvolvimento desta etapa foi criado um grupo de gravura, o qual desenvolvia suas atividades no CAD (Centro de Artes e Design), localizado na Universidade. Conclui-se que este projeto contribuiu para os cursos de Artes Visuais e Design em termos de revisão bibliográfica e pesquisa técnica e estética, uma vez que há carência de pesquisas e publicações nessa área de saber. O projeto também contribuiu com a organização de banco de imagens virtual a ser disponibilizado a comunidade acadêmica.

Marcas de Poder na Linguagem Jurídica

  • Maria da Graça Albino de Oliveira, Dr(a), magalbi@netuno.com.br
  • Euler Renato Westphal, Dr(a), eulerr@brturbo.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: poder, linguagem, jurídica

O objetivo da pesquisa é detectar, através de pesquisa de campo embasada em várias áreas da Semântica, (principalmente a Semântica Argumentativa) Pragmática, Análise do Discurso e Hermenêutica, as marcas de poder existentes na Linguagem Jurídica. Dessa forma, uma pesquisa qualitativa de cunho etnográfico realizada no Foro da cidade tem trazido grandes contribuições. A metodologia utilizada divide-se em duas partes: uma parte teórica, que consiste em um grande embasamento teórico, realizado em leituras das ciências que fundamentam a pesquisa. A segunda parte, feita concomitantemente à primeira, foi o acompanhamento de júris e audiências realizadas no Foro de São Bento do Sul, cujo objetivo era observar os tipos de linguagem utilizadas pelos sujeitos da pesquisa, gravação e posterior transcrição dos dados obtidos. Os resultados obtidos apontaram a necessidade de uma outra pesquisa, esta quali/quanti, do papel do advogado no imaginário social, parte do projeto que ainda está sendo desenvolvida por meio de pesquisa com estudantes dos outros cursos do campus de São Bento do Sul, cujo objetivo é cruzar dados para detectar a relação existente entre status e linguagem, pesquisa que ainda este ano deverá ser estendida à comunidade. Essa parte não estava prevista no projeto inicial, porém tornou-se necessária para confirmar os resultados colhidos. No momento, não há ainda conclusões definitivas, mas a análise de alguns dados obtidos confirmam as hipóteses levantadas no projeto, de que é preciso adequar a linguagem utilizada pelos operadores do Direito ao público que a eles recorre, a fim de que possa entender e interpretar, tanto os procedimentos do advogado que contrataram, como a(s) sentenças exaradas pelo Juiz de Direito.

Apoio / Parcerias: Fórum de Justiça

Memórias da cidade, narrativas femininas, práticas de mulheres: outros olhares para o patrimônio cultural de Joinville.

  • Janine Gomes da Silva, Dr(a), janine.gomes@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Memória, Gênero, Cidade

Pesquisa sobre memória, gênero e cidade que objetiva problematizar, com o aporte da metodologia da história oral, memórias femininas sobre histórias de diferentes lugares, instituições, períodos e práticas cotidianas vivenciadas em Joinville no decorrer do século XX, contribuindo com a formação de acervos orais e, principalmente, com a possibilidade de novas pesquisas relacionadas com o patrimônio cultural da cidade de Joinville. Foram realizadas entrevistas orais principalmente com mulheres nascidas antes de 1950, que viveram em Joinville e que se disponibilizarem a compartilhar com as pesquisadoras histórias sobre a cidade. Histórias que falavam do cotidiano, dos espaços, dos lugares, das “maneiras de fazer”, das práticas relacionadas à saúde, trabalho, educação, corpo, casamento, criação de filhos, sexualidade, fatos políticos, atividades cultural, escrita, etc. Entendemos que a principal contribuição desta pesquisa (que continua a ser realizada em 2008) é poder atingir especialmente as instituições municipais que atuam na área da cultura, apresentando informações sobre patrimônio cultural, notadamente o imaterial, como “os modos de criar, fazer e viver” da vida cotidiana de homens e mulheres que vivem na cidade. Desta maneira, possivelmente, as informações desta pesquisa poderão subsidiar as discussões referentes às políticas públicas da área cultural. Destaca-se também a relação desta pesquisa com o grupo de pesquisa Gênero e Memória e com o novo mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade, da instituição.

O cinema como recurso didático

  • Nielson RIbeiro Modro, MSc, nielson@modro.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Cinema, Ensino, Internet

O projeto de extensão Cineducação (site de apoio didático, para professores, para utilização de filmes em sala de aula) surgiu a partir das aulas de Literatura e Cinema, disciplina eletiva do curso de Letras, e está entrando em seu quinto ano de vida. Seu objetivo básico é a disponibilização de um website com propósito de oferecer apoio didático para professores quanto ao uso do cinema em sala de aula. Essencialmente objetiva sugerir filmes que possibilitem a veiculação de diferentes conteúdos didáticos que podem ser explorados em sala de aula, bem como de metodologias de trabalho que podem ser utilizadas em diferentes disciplinas, das mais diversas áreas de conhecimento sem uma prioridade quanto a disciplinas/cursos específicos. Assim, busca-se sugerir filmes que possam ser utilizados em sala, disponibilizando no site sua ficha técnica, sinopse e sugestão de possíveis linhas de trabalho. Independentemente de qual o tamanho do filme, de curta ou longa duração, há sempre uma possibilidade de utilização do mesmo como reforço para conteúdos trabalhados em sala. A pretensão do projeto é provocar o professor no sentido de que procure inovar a sala de aula, utilizando o vídeo não apenas como um “tapa buraco” ou “preenche tempo” mas sim como algo que auxilie e reforce os conteúdos estudados e torne o processo de aprendizagem mais prazeroso. Os resultados têm sido animadores: comentários positivos, parcerias com outros projetos (Matur(a)idade na Univille, Salve o Cinema, Mostra Voyages em Courts em parceria com o SESC e Embaixada Francesa), três livros publicados (Cineducação: usando o cinema na sala de aula, Cineducação 2: usando o cinema na sala de aula, e, Cineducação em quadrinhos), capacitações e palestras em diversos eventos (de âmbito local, regional e estadual) e atualmente, estão disponíveis cerca de 160 filmes no endereço: http://www.modro.com.br/cinema. Em 2007 foram distribuídos 556 livros do projeto (Cineducação 2: usando o cinema na sala de aula, e, Cineducação em quadrinhos) para as 278 bibliotecas de instituições com as quais a Biblioteca da UNIVILLE mantém convênio de permuta de material. Para 2008 está previsto o aumento do acervo de filmes comentados no site, palestras e capacitações e, numa parceria com a Editora Casamarca, foram doados à Biblioteca da UNIVILLE 300 exemplares do livro Cineducação: usando o cinema na sala de aula, para serem distribuídos para as instituições conveniadas para permuta.

O ensino da língua materna na perspectiva dos gêneros do discurso: teoria e procedimentos didáticos

  • Rosana Mara Koerner, Dr(a), rosanamk@terra.com.br
  • Simone Lesnhak Krüger, MSc, simone.kruger@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Lingua materna, Gêneros do discurso, Ensino

O projeto O ensino da língua materna na perspectiva dos gêneros do discurso: teoria e procedimentos didáticos teve como objetivo contribuir para a melhoria do processo de aquisição da linguagem escrita e para o ensino da Língua Portuguesa a partir da orientação e aplicação de propostas de ensino envolvendo o trabalho com gêneros discursivos. O projeto apresentou duas frentes de atuação: uma em Joinville, com professores das séries iniciais de 4 escolas da Rede Estadual de Ensino e outra em São Bento do Sul, com professores de Língua Portuguesa das séries finais e do Ensino Médio de escolas públicas (estaduais e municipais). Em Joinville, aconteceram encontros no espaço da Univille com os professores, nos quais era discutido o ensino da língua materna a partir da perspectiva dos gêneros do discurso. Como em São Bento do Sul esta etapa já tivesse sido desenvolvida em um momento anterior, a professora participante do projeto efetuou visitas e orientações aos professores envolvidos, de tal forma que seus procedimentos didáticos privilegiassem o uso dos gêneros do discurso. Ao longo dos encontros, em Joinville, percebeu-se um significativo envolvimento dos professores, manifestado tanto por meio de questionamentos como por meio de citações de atividades desenvolvidas. Além disso, a repercussão da atividade foi tal que a Gerência de Ensino solicitou a continuidade do projeto para o presente ano (2008), de tal forma que outras escolas pudessem ser atingidas. Em São Bento do Sul houve manifestações favoráveis às atividades desenvolvidas, apesar de algumas dificuldades percebidas, especialmente ligadas às condições de trabalho dos professores envolvidos. Dados os resultados alcançados, considera-se que todos os esforços dispendidos no sentido de promover a melhoria do ensino, especialmente o público, ganham relevância já a partir dos pequenos avanços. A parceria da Univille com a Gerência de Ensino saiu fortalecida, além de ter tornado visível a participação da universidade no desenvolvimento da região.

Apoio / Parcerias: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional / Gerência da Educação, Ciência e Tecnologia

O legado bávaro na cidade de São Bento do Sul/SC:uma abordagem no processo ensino-aprendizagem

  • Andréa M. Bauer Tamanine, MSc, atamanine@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Sociolingüística, processo ensino-aprendizagem, cultura de imigração

O projeto "O legado bávaro na cidade de São Bento do Sul/SC: aspectos lingüísticos e suas implicações" tratou da organização de dados já coletados entre os anos de 2004 e 2006, na cidade de São Bento, sobre a imigração européia no Brasil, especialmente no que se refere às etnias colonizadoras no estado de Santa Catarina. Os dados disponíveis levavam em conta, especialmente, questões ligadas à língua, como o bilingüismo português/alemão, a identificação do status quo de variedades orais do alemão, em especial do dialeto bávaro, e suas interferências no português falado localmente. O produto visado pela proposta foi um livro de cunho didático, destinado ao uso de professores e alunos de 1ª. a 4ª. série do Ensino Fundamental de escolas, em princípio, municipais. Como salientado no projeto de pesquisa, ainda havia necessidade de ser desenvolvida a forma de apresentação desse material para que atendesse, conjuntamente, aos critérios: ser didático e adequado ao uso do público-alvo. Nesse sentido, os trabalhos realizados se voltaram à busca de uma linha pedagógica que desse suporte ao material a fim de que, definidos temas pertinentes às séries mencionadas, textos base e atividades complementares pudessem ser selecionados ou desenvolvidos. Outro foco de ação se deu no estabelecimento da parceria com a Secretaria de Educação do Município de São Bento do Sul, efetivada através da exposição e discussão da proposta à responsável e pedido de autorização para levantamento de informações curriculares e expectativas dos professores sobre o material a ser elaborado. O resultado obtido da coleta em campo revelou a real necessidade da obra proposta, além de subsidiar a escolha dos textos e das atividades de maneira compartilhada, estabelecendo uma relação de troca e comprometimento entre os envolvidos. A partir disso, criou-se uma versão preliminar da obra – sem a estética do material diagramado que se deseja como produto final – a fim de ser utilizada em aplicação piloto, ainda a ser definida. O cuidado se deve à previsão de ajustes e complementações necessários antes da versão oficial. Por outro lado, consideradas a dinamicidade exigida no processo de ensino-aprendizagem e as atualizações oriundas de novas pesquisas, não se entende que o processo tenha um final, mas sim constantes recomeços. Assim, defende-se que a obra didática não deve esgotar em si as possibilidades de trabalho do professor, mas ser um apoio importante para produção do conhecimento sócio-historicamente contextualizado.

Apoio / Parcerias: Prefeitura Municipal de São Bento do Sul

Ocupação histórica do território correspondente aos municipios de Araquari, Balneário Barra do Sul e São Francisco do Sul- fase 2

  • Eleide Abril Gordon Findlay, MSc, efindlay@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ocupação territorial, baia da Babitonga, história

O projeto de pesquisa desenvolvido, ao longo de 2007, buscou entender a ocupação histórica do território dos atuais municípios de Araquari, Balneário Barra do Sul e São Francisco do Sul, localizados no nordeste do estado de Santa Catarina. O desenvolvimento do estudo busca, também, subsidiar um projeto mais amplo, coordenado pela professora Sandra Guedes, que visa à elaboração de um Atlas Histórico e Cultural da baia da Babitonga. A região objeto da pesquisa, tem se ressentido da análise de dados históricos, já que a maior parte da historiografia produzida destaca São Francisco do Sul que foi o município−mãe das demais cidades, ficando as outras localidades carentes de estudos sobre a sua formação histórica. Por se constituir em uma continuação do projeto de 2006, os dados obtidos na Câmara Municipal de São Francisco do Sul, na Prefeitura de Araquari, bem como no Arquivo Histórico de Joinville originaram um banco de dados que foi fundamental no direcionamento da coleta de informações do presente projeto. Como conseqüência foi necessário proceder a um levantamento de informações cartográficas, demográficas e econômicas da área em estudo, que foram coletados em publicações de órgãos públicos federais, como IBGE e INCRA, e cadastros municipais. Em arquivos cartoriais foi possível realizar um levantamento de dados sobre posse de propriedade, registros de batismo, casamento e óbito, bem como de compra e venda de escravos. Os relatórios e falas pronunciadas pelos Presidentes da Província de Santa Catarina à Assembléia Legislativa, a partir de 1834, até a República, propiciaram uma análise da legislação provincial e imperial relativas à colonização e a posse e distribuição de terras. Bem como ao levantamento de dados demográficos, econômicos, sociais e fundiários da província e da região objeto de estudo. Dessa forma, foi possível a elaboração do registro das características sociais e econômicas das populações residentes nos municípios estudados nos séculos XIX e XX. A história da ocupação territorial de Araquari, Balneário Barra do Sul e São Francisco do Sul sinaliza para a necessidade de um aprofundamento do levantamento da constituição da história agrária ou fundiária da região. A forma do acesso a terra se constitui em importante campo de estudo, já que, ao se observar a dinâmica do processo fundiário é possível compreender a estrutura agrária atual, predominantemente, constituída de minifúndios, mas já registrando a presença de empreendimentos empresariais que se originaram a partir de estímulos legais e financeiros

Para Amar e Respeitar é Preciso Conhecer: Vivências em História e Artes Visuais

  • Marta Regina Heinzelmann, MSc, martaheinz@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ensino de História, Ensino de Artes Visuais, Espaços Culturais em Joinville


O projeto desenvolvido no segundo semestre de 2007, tinha por objetivo proporcionar o encontro de acadêmicos dos cursos de História e Artes Visuais em torno de questões que lhes são comuns, no desafio de sua formação profissional. Partindo do princípio de que para atuar em qualquer ambiente é preciso conhecer sua dinâmica, seus objetivos e suas estratégias de ação, o curso foi organizado em quatro módulos, a saber: (1) A Univille; (2) O PPP dos cursos de História e Artes Visuais; (3) Os Espaços de Fazer Cultura em Joinville e (4) Linguagens e Práticas Pedagógicas. Formatado inicialmente para duas turmas mistas, foi desenvolvido na prática com a turma da tarde e uma participação maior dos acadêmicos de História. A metodologia aplicada constava de encontros iniciais em que se construía uma noção coletiva do que se queria aprofundar e da definição das estratégias para tal. À coleta e interpretação dos dados, seguia-se a definição da metodologia para sua apresentação. O intercâmbio entre os cursos foi alcançado parcialmente nos encontros aos sábados, em que houve as sínteses gerais ao final de cada módulo. Estes momentos foram abertos a demais interessados, professores e alunos dos referidos cursos. Um dos pontos altos do projeto, foi o encerramento do primeiro módulo, com a visita ao CEPA Rugendas, em São Bento do Sul. O projeto contou com a participação da Profa. Sirlei de Souza, como voluntária, acompanhando e contribuindo em todas as fases do projeto. Ao todo foram 65 horas de atividades, com a participação de aproximadamente 20 participantes, entre alunos regularmente matriculados e participantes dos seminários de socialização. Em termos quantitativos, o resultado foi pequeno. No entanto, as discussões e o aprendizado foi significativo para todos os envolvidos.

Políticas Públicas: Ambiente, Patrimônio, Educação e Gestão Ambiental Comunitária - Uma proposta de elementos para a construção de um Plano Diretor de Recursos Hídricos (Rio do Braço - Joinville/SC)

  • Nelma Baldin, Dr(a), nelma@univille.br
  • Daiane Aparecida Ciotta Desordi, Graduando, daianehh@hotmail.com
  • Jordelina Beatriz Anacleto Vôos, Dr(a), jovoos@zipmail.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Políticas Públicas, Educação Ambiental, Recursos Hídricos

A pesquisa teve como objetivo "identificar, junto com a comunidade, elementos e propostas indicativas para a elaboração de um Plano Diretor de Recursos Hídricos da região da Bacia Hidrográfica do Rio do Braço, nos limites do Distrito de Pirabeiraba, no município de Joinville/SC". O estudo baseou-se nos fundamentos da Educação Ambiental, da Gestão Ambiental Comunitária, de fontes da Saúde e da Educação Patrimonial para justificar as questões das Políticas Públicas. Assim, a relação entre os grupos humanos, a história, o desenvolvimento e o meio ambiente foi a "base" das atividades educativas (Educação Ambiental) e de conscientização executadas junto à comunidade onde a pesquisa foi aplicada. Ações como as entrevistas (casa a casa) para cadastramento e coleta de informações com vistas à percepção da sensibilização em relação ao interesse que desperta, na comunidade, a preservação da "vida" do Rio do Braço, bem como à sensibilização em relação ao uso e reuso da água; a discussão coletiva dos resultados da pesquisa com vistas à reaplicação desses resultados na comunidade; as palestras realizadas junto à comunidade (com posteriores discussões sobre os temas abordados); análise específica, junto com as lideranças, de dados colhidos sobre os recursos naturais e antropológicos levantados na localidade; a organização de programações, com a colaboração da comunidade, no sentido de levar à população as questões que lhes pertence e que devem ser por ela própria discutidas e resolvidas; participação de atividades pedagógicas desenvolvidas na Escola "Olavo Bilac", situada na região central da localidade. Esses fatores todos, tornaram-se fundamentais na busca da conscientização para a elevação da qualidade de vida e para a conservação e perservação do ambiente físico, da saúde dos humanos e dos animais além, ainda, dos valores sócio-culturais e educacionais. Essas diretrizes embasaram-se na educação (e na Educação Ambiental), as quais levaram aos procedimentos que possibilitarão, à comunidade em estudo, elementos e subsídios para a elaboração, futura, de um Plano Diretor de Recursos Hídricos específico. Portanto, fatores fundamentais para a garantia do processo de desenvolvimento sustentável para a localidade. Nesta direção, o projeto possibilitou a interação no campo efetivo do patrimônio cultural, da educação ambiental (e da saúde da população) e da gestão ambiental da comunidade onde a pesquisa foi aplicada, sempre com vistas ao atendimentos das questões das políticas públicas. Em especial, ao enfocar, o estudo da Bacia Hidrográfica do Rio do Braço e dos modus vivendi e operandi das populações que nela habitam.

Apoio / Parcerias: ONG "VidaVerde" - Joinville/SC

Práticas pedagógicas mediadas por computador

  • Gelta Madalena Jönck Pedroso, Dr(a), gelta.madalena@univille.net
  • Marly Kruger de Pesce, MSc, marly.kruger@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: semipresencial, internet, interativo

Esse trabalho tem como objetivo sistematizar e analisar a experiência EAD de professores em cursos de graduação na modalidade semipresencial, na ótica dos alunos. Partiu-se de um diagnóstico sobre o uso das novas tecnologias de informação e comunicação no planejamento das aulas dos professores e sua prática durante o ano de 2006. Após a sistematização e análise das entrevistas dos professores foi construído um instrumento de pesquisa de campo para ser aplicado junto aos alunos envolvidos nesse processo nos diferentes cursos de Graduação da Univille, durante o ano de 2007. Após a sistematização dos dados constatou-se que os alunos perceberam as aulas mediadas por computador como uma ferramenta interativa, interessante, que promove o aprendizado por meio de aulas dinâmicas, flexíveis e de fácil acesso ao banco de dados do professor. Indicaram algumas dificuldades, tais como: dificuldades de acesso à internet, máquina lenta e a falta de agilidade do professor no atendimento aos alunos. Por outro lado percebeu-se que os professores já apresentaram uma melhoria no atendimento aos alunos obtendo uma resposta positiva pela maioria de seus usuários. A pesquisa indica a necessidade de formação continuada aos professores, para construção de uma metodologia específica em aulas no ambiente on-line nas Instituições de Ensino Superior.

PROCESSOS DE AVALIAÇÃO EM ARTES VISUAIS

  • Letícia T. Coneglian Mognol, MSc, mognol@terra.com.br
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), spillotto@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Avaliação, Artes Visuais, Processos Formativos

PROCESSOS DE AVALIAÇÃO EM ARTES VISUAIS PILLOTTO, Silvia Sell Duarte (Coordenadora) MOGNOL, Letícia Coneglian (Pesquisadora) OLIVEIRA, Josias (aluno/pesquisador) WEIBER, Lílian (aluna/pesquisadora) BRUSTOLIN, Luciane (aluna/pesquisadora) Com início em 2006 e término previsto para 2008, a pesquisa “PROCESSOS DE AVALIAÇÃO EM ARTE: da Formação Superior ao Ensino Básico” desenvolvida na Univille, tem como objetivo o estudo dos processos avaliativos no campo das Artes Visuais. O aporte teórico-conceitual se fundamentou em: Hernandez (1998,2000), Perrenoud (1999), Estebán (2003,2005), Hoffmann (2004), Canen(1997), Demo (2005), Firme (1994), Sacristán (1998), Boughton (2005), Efland (2005), Eisner (1998), Barbosa (2005), Depresbiteris (2007), Hadji (2001), dentre outros, além de seminários e grupos de estudos, que nortearam reflexões sobre esse tema. Tal aporte aponta para uma abertura conceitual, investigadora, metodológica, ético-política, tendo em vista que o atual contexto ainda compreende a avaliação como mecanismo classificatório de controle, medidas de êxito ou fracasso, embasadas em exames e provas. As decisões sobre a vida escolar de alunos reduzem a complexidade dos processos de aprendizagem e trazem a tona contradições do sistema educativo: homogeneidade quando as concepções de aprendizagem valorizam a heterogeneidade. Negar a padronização é de certa forma, refletir sobre o reconhecimento e respeito pelas diferenças e questionar as relações de poder, a visão monocultural e todo tipo de opressão. Compreende-se que avaliação é mais que medida, é uma representação construída e instituída do valor escolar ou intelectual e inscreve-se em uma relação social específica que envolve avaliado e avaliador. A avaliação formadora aponta para orientação e construção das aprendizagens em curso sem a preocupação de classificar ou certificar, tendo em vista que a observação constrói uma representação mais realista das aprendizagens. Autores destacam como estratégia de avaliação em Arte as pastas de atividades ou portfólios, material escrito reflexivo e análise dialógica como evidências do desenvolvimento cognitivo e sensível dos alunos, além de exposições, gravações de entrevistas, perfis de comportamento, métodos de multiplicações, auto-reflexão crítica, recursos fundamentais para evidenciar a aprendizagem em arte. O encaminhamento metodológico da referida pesquisa, desenvolveu dois instrumentos: um de observação da ação pedagógica do professor de Artes e outro de entrevista semi-estruturada com professores e alunos. A pesquisa abrangeu instituições de ensino da rede pública estadual e particular. As categorias abordadas nesse processo de pesquisa foram: conteúdos/conceitos de arte, critérios para avaliação, participação dos alunos na elaboração de critérios, formas de avaliação tradicional (produto final) ou formadora (processo/produto), julgamentos de valores, dificuldades nos processos de avaliação em arte.

Projeto de Orientação e Informação Profissional para Estudantes do Ensino Médio

  • Alexandre Cidral, Dr(a), alexandre.cidral@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Orientação profissional, Escolha Profissional, Informação Profissional

O Projeto de Orientação e Informação Profissional (OI-Profissional) tem por objetivo orientar estudantes da terceira série do ensino médio de escolas públicas e privadas na escolha da profissão. As atividades são realizadas em grupo e incluem dinâmicas, palestras e discussões sobre aptidões, interesses e habilidades dos participantes, dificuldades no processo da escolha profissional, estratégias para realizar a opção por uma profissão e informação sobre profissões, mercado de trabalho e formação universitária e técnica nas diversas áreas. Em 2007 as atividades ocorreram em um cólegio da rede pública estadual atendendo 60 alunos das terceiras séries do ensino médio. O projeto foi avaliado positivamente pelos participantes que relataram a importância das atividades para auxiliá-los na compreensão do processo de escolha e na relação deste processo com a elaboração de um projeto de vida. Em 2008 o projeto será realizado nas dependências da UNIVILLE com o intuito de ampliar o número de participantes. O projeto tem como meta atender 8 grupos de 20 estudantes que realizarão 2 encontros semanais ao longo de 5 semanas. A facilitação dos grupos é feita por acadêmicos do curso de Psicologia sob a orientação do professor coordenador do projeto. O OI-Profissional é um espaço de desenvolvimento de competências para os acadêmicos de Psicologia da UNIVILLE, além de oferecer um importante serviço à comunidade, sobretudo para os adolescentes que estão atravessando um momento crucial em suas vidas que é o de construção de sua identidade profissional e definição de seu projeto de vida.

Apoio / Parcerias: Colégio Estadual Plácido Olimpio de Oliveira

PROJETO SALVE O CINEMA – CURSO, INVESTIDO NA FORMAÇÃO DE BASE PARA UMA LEITURA CRÍTICA

  • Fábio Henrique Nunes Medeiros, E, proler@univille.net
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Linguagem , Cinema, Crítica

O Projeto Salve o Cinema – Leitura e crítica da linguagem cinematográfica tem como objetivo estimular a discussão sobre o cinema, além de possibilitar o acesso aos filmes que estão fora do eixo comercial. Portanto, para tratar criticamente o cinema/arte é preciso compreender o principio da linguagem cinematográfica. O projeto Salve o Cinema, ramificação do Núcleo do Programa Institucional de Incentivo à Leitura PROLER, ligado à Pró Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários PROEX/UNIVILLE, parte da premissa que em tempo de tantas informações massificadas, num contexto social dominado pelas imagens, o cinema ganha forma linear e paradigmática, cabe a discussão para desconstruir modelos impostos pela mídia, promovendo relações teórico práticas com a linguagem cinematográfica. Para tal, promoveu um curso básico de cinema focando conteúdos teóricos, técnicos e vivências, pois entendemos que o cinema enquanto arte da memória individual e coletiva promove experiências estéticas, reconstruindo o olhar sobre o real, daí a necessidade de instrumentalização teórico/técnica para reconstruir olhares que percebam as linguagens artísticas como aquelas que potencializam e lapidam sensibilidades redimensionando em última instância o humano. O curso teve como objetivos trabalhar conteúdos teóricos e técnicos básicos da linguagem cinematográfica aplicados à vivências práticas; desenvolver projetos e planejamentos para produções de audiovisuais; instrumentalizar o aluno para o exercício prático de técnicas para captação e manipulação de imagens e áudio; elaborar roteiros; desenvolver técnicas projeto com novas linguagens, como a animação. Para tal foi programado conteúdos e profissionais: Fotografia - João Chagas Sobral; Roteiro de Cinema - Nielson Ribeiro Modro; Produção de Vídeo e Cinema - Nilton Tirotti; Edição de Audiovisual - Eugênio Siqueira; Direção de Arte - Fábio H. Nunes; Animação – Chicolam, distribuídos nos meses de Abril, Maio, Junho, Agosto, Setembro e Novembro. O curso teve como metodologia aulas teóricas-práticas de 4h/a com conteúdos compactados, totalizando 20h, além das 40 horas previstas para as sessões exibidas e mediadas por críticos. Para realização do curso foi estabelecida uma parceria com os departamentos de Letras, Design e Artes Visuais, constituindo um viés inter departamental para o projeto.

sentido da não-violência para pessoas da terceira idade

  • Marly Krüger de Pesce, MSc, marly.kruger@univille.net
  • Marcia Gomes de Oliveira, MSc, marciagol@terra.com.br
  • Lucinda Clarita Boehm, Dr(a), violenciaurbana@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: leitura crítica, discurso, sentido

O presente trabalho, parte de um projeto de pesquisa denominado “O significado da violência e o sentido da não-violência”, tem como foco as representações e concepções que pessoas da terceira idade consideram um ato de violência. Segundo Bakhtin (1988), a palavra é um fenômeno eminentemente ideológico e, como tal, se constitui através das relações sociais. Nessa mesma perspectiva, Fairclough (1989), entende que o sentido dado à palavra é pautado pelo contexto sócio-histórico no qual o sujeito discursivo a emprega. A pesquisa, de cunho participativo, ocorreu com dois grupos de alunos idosos que participaram de uma oficina, cujo objetivo era de despertar para o uso da linguagem para a não-violência. Os grupos participaram de atividades de leitura e de reflexão crítica de diferentes gêneros textuais. O corpus foi constituído a partir de dados obtidos de dois questionários: um de diagnóstico e outro aplicado após as atividades, além dos registros das falas dos participantes. Os fundamentos da Análise Crítica do Discurso de Fairclough (1992, 1995, 2001) nortearam a interpretação dos dados. Percebeu-se que as enunciações são permeadas pela referência comparativa temporal com base na experiência pessoal, como forma de legitimar o que diziam. A representação do que é violência apareceu com uma carga de culpa da geração a qual pertencem. Essa imposição de culpa está associada à idéia de pecado, própria da formação discursiva judaica-cristã, que parece ser uma voz determinante no desenvolvimento da consciência e da linguagem das pessoas envolvidas nessa pesquisa.

Uma investigação acerca da gravura como recurso de linguagem visual e sua contribuição ao ensino no curso de design

  • Nielson Ribeiro Modro, MSc, nielson@modro.com.br
  • Marli Teresinha Everlilng, MSc, meverling@gmail.com
  • Elenir Carmen Morgenstern, MSc, elenir.m@univille.net
  • Gleber Luís Pieniz da Silva, G, gleber.pieniz@gmail.com
  • Christine Meder, Graduando, tinemeder@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Gravura, Design, Linguagem visual

O projeto Degra - uma investigação acerca da gravura e sua contribuição ao ensino no curso de design – foi realizado durante o ano de 2007 com o objetivo de investigar as potencialidades da gravura como recurso de expressão artística, estética, simbólica e gráfica para configuração da linguagem visual, assim como qual sua possibilidade de contribuição para o curso de design, podendo ser utilizado ainda por cursos afins. A pesquisa buscou concretizar um estudo sistemático sobre as artes gráficas e suas possibilidades técnicas. A gravura insere-se na história da humanidade desde os seus primórdios com as imagens que retratavam o cotidiano do homem das cavernas nas paredes de pedra, passando por todo o desenvolvimento de sua história, e hoje se pode utilizar diversas técnicas de gravura, ainda manualmente ou digitalizada, em situações infinitas, desde fins artísticos a industriais. Trata-se de uma técnica que acompanhou toda a evolução da humanidade e ainda persiste seu caráter essencialmente manual e que, importante salientar, apresenta basicamente quatro vertentes técnicas principais: a litografia (conseguida por um processo químico sobre uma matriz de pedra porosa e de superfície rigorosamente polida), a xilogravura (gravura em madeira substituindo o desenho manual, imitando-o de forma ilusória e permitindo a reprodução mecânica de originais consagrados), a gravura em metal ou calcografia (obtenção de imagem sobre uma chapa de metal), e a serigrafia (a mais industrial das técnicas de gravura que utiliza a impressão por meio de um processo fotográfico sobre uma tela de seda). Para o desenvolvimento da pesquisa, que buscou gerar um banco de dados, com informações que possam ser úteis a alunos e professores do curso de Design bem como a interessados sobre o assunto, foi realizada uma pesquisa pura, de cunho essencialmente teórico, catalogando informações úteis acerca do assunto. Apesar do mundo cada vez mais digitalizado, para os alunos de Design, bem como alunos de cursos afins, trata-se de um material importante para a concretização de seus trabalhos usando técnicas essencialmente manuais o que diferencia o trabalho industrializado do individualizado.