Área 01 - Ciências Exatas e Tecnológicas

Índice

  1. A Matur(a)idade na univille
  2. Avaliação das curvas de desidratação de Pleurotus ostreatus por energia eletromagnética e liofilização comparadas à secagem convectiva.
  3. Biorremediação de efluentes da indústria de papel e celulose por Pleurotus spp
  4. Caracterização de lodo de efluentes sanitário e industrial visando avaliar sua utilização como biomassa na geração de energia
  5. Composição e Differenciação Espacial de Sedimentos na Faixa de Manguezal da Baía da Babitonga
  6. Desenho Animado Ambiental
  7. Desenvolver metodologia de qualificação de processo de desenvolvimento de software (CMMi)
  8. Desenvolvimento de produtos a partir do papel reciclado artesanal reforçado com fibra de banana: formação e capacitação do grupo “Mulher com Fibra” - etapa 1.
  9. Elaboração do Modelo Ambiental do Rio Cubatão do Norte
  10. Estudo do sistema de tratamento de efluentes da empresa Döhler S.A.
  11. Estudo Geomorfológico do Aporte Sedimentar na Baía da Babitonga
  12. Implantação de um laboratório de análises ecotoxicológicas
  13. Influência do pH no intumescimento e na morfologia de filmes de CMC obtidos por liofilização e casting
  14. Mudanças temporais no uso do solo do entorno do porto de são francisco
  15. Os recursos hídricos da região nordeste de Santa Catarina e sua relação com a saúde
  16. Otimização do cultivo de A. blazei em substrato residual de P. ostreatus
  17. Produção de biogás a partir de biomassa residual gerada na industrialização da banana: Etapa II.
  18. Sensibilização da comunidade visando a minimização e destinação adequada dos resíduos sólidos gerados abordando aspectos ambientais, sociais e econômicos.
  19. Síntese e caracterização de poli(p-dioxanona) e poli(3-hidroxibutirato) obtido a partir de biodiesel: avaliação da miscibilidade e biodegradação de suas blendas.

Resumos

A Matur(a)idade na univille

  • Marli Teresinha Everling, MSc, meverling@gmail.com
  • Elenir Carmen Morgenstern, MSc, elenir.m@gmail.com
  • Beatriz Nessler, G, design@univille.br

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: educação continuada, maturidade, cidadania

A primeira edição do projeto 'A Matur(a)idade na Univille' ocorreu em 2006 com a oferta de 35 vagas para indivíduos com 50 anos ou mais. As atividades acompanharam o calendário acadêmico e foram oferecidas nas quartas-feiras a tarde das 13:45 às 17:45 horas na Univille. No total foram 32 encontros de 4 horas/aula. As disciplinas organizadas em módulos possuíam cargas horárias específicas de acordo com a sua natureza e a disponibilidade de tempo do professor responsável. Os módulos que fizeram parte da primeira edição do projeto foram: Módulo de Saúde, Módulo de Letras, Módulo de Artes e Design, Módulo de História e Memória, e o Módulo de Cidadania Para a condução das disciplinas o projeto contou com uma equipe de 20 professores e treze estagiários. O planejamento das atividades de cada disciplina e sua abordagem teórico-prática foi de responsabilidade do professor. Observou-se que, aos poucos, o projeto vêm conquistando relevância em Joinville. Tal fato se confirma por meio das solicitações dos meios de comunicação (jornal e televisão) para entrevistas e por meio de instituições como o Serviço Social do Comércio (SESC) que procuraram a coordenação do projeto para formação de parceria para o evento 'Envelhecer com Saúde'.

Avaliação das curvas de desidratação de Pleurotus ostreatus por energia eletromagnética e liofilização comparadas à secagem convectiva.

  • Giannini P. Apati, MSc, giapati@univille.br
  • Andréa Lima Schneider, Dr(a), aschneider@univille.br
  • Márcia Luciane Lange da Silveira, MSc, cesmar@terra.com.br
  • Ester Ignowski, Graduando, ester.ig@hotmail.com
  • Liliane Jacinto Zerger, Graduando, lilian.zerger@ig.com.br
  • Regina Maria Miranda Gern, Dr(a), rgern@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Pleurotus ostreatus, desidratação, vida-de-prateleira

Pleurotus ostreatus destaca-se por seu valor nutricional, terapêutico e gastronômico. Embora a secagem convectiva por ar quente seja o método mais tradicional de desidratação de cogumelos, estudos mais recentes abordando o uso da secagem por microondas ou da combinação das microondas com a secagem convectiva mostram uma série de vantagens obtidas com estes métodos. Outro processo utilizado para proporcionar um aumento da retenção da qualidade do alimento é a liofilização. A escolha da embalagem adequada é uma forma de retardar a deterioração de alimentos desidratados. Três métodos de desidratação foram comparados: energia eletromagnética, secagem convectiva tradicional e liofilização, para aumentar a vida útil deste fungo. Foi também avaliada a vida-de-prateleira desses cogumelos desidratados e armazenados em embalagens flexíveis de polietileno (PE) e polipropileno (PP). Para isso foram avaliadas características físicos-químicas, microbiológicas e sensoriais dos cogumelos, durante seis meses de armazenamento a temperatura ambiente. Na desidratação realizada somente por energia eletromagnética, os cogumelos tiveram sua estrutura deformada. Melhores resultados foram obtidos quando foram desidratados parcialmente na estufa antes da exposição à energia eletromagnética. A desidratação parcial por secagem convectiva a 40 e 60ºC seguida do uso de energia eletromagnética diminuiu consideravelmente o tempo de secagem quando comparado à secagem somente em estufa. Quanto aos experimentos de liofilização, apenas no tempo de liofilização de 8 h foi atingida a atividade de água (aw) desejada. Experimentos de reidratação mostraram que a absorção de água na amostra liofilizada foi completa em 2 minutos, enquanto que os cogumelos desidratados em estufa e por energia eletromagnética necessitam de 14 e 30 minutos de imersão em água, respectivamente. Na avaliação da vida-de-prateleira a atividade de água aumentou nas amostras armazenadas em PE estocadas, porém após 30 dias de estocagem o acréscimo foi pequeno. As amostras embaladas em PE absorveram de 10 a 15% de umidade durante o período de estocagem. A capacidade de reidratação não foi afetada pelo tempo de estocagem, nem pela embalagem. Nas análises microbiológicas as amostras foram consideradas aptas para a realização da análise sensorial, por não haver presença de coliformes a 45 ºC, Salmonella e microrganismos aeróbios psicotróficos. A vida-de-prateleira dos cogumelos é de 150 dias para as duas embalagens avaliadas levando em consideração o sabor dos cogumelos e a ausência de microrganismos patogênicos. Porém, em termos de atividade de água, seria aconselhavel que eles fossem estocados nestas embalagens avaliadas por apenas 30 dias.

Biorremediação de efluentes da indústria de papel e celulose por Pleurotus spp

  • Andreá Schneider, Dr(a), aschneider@univile.edu.br
  • Camila Carminati Cherubini, Graduando, cami.carminati@gmail.com
  • Sandra Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.edu.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: biorremediação, organoclorados, Pleurotus

O grande volume de água utilizado nos processos de branqueamento e o descarte dessas águas residuárias, contendo organoclorados, constituem um dos mais sérios problemas ambientais do setor de celulose e papel. Este processo é responsável pela geração de efluentes com alta demanda bioquímica de oxigênio, turbidez, cor, sólidos em suspensão e devido a presença de organoclorados, são em geral, altamente tóxicos, carcinogênicos, de difícil degradação natural e tendem a se bioacumular no meio ambiente. Embora muitos esforços tenham sido dedicados à substituição do cloro como insumo de branqueamento, com o objetivo de minimizar o teor de compostos organoclorados nos efluentes, o seu impacto ambiental continua bastante preocupante. De maneira geral, procura-se uma alternativa que permita não somente a remoção das substâncias contaminantes, mas sim a sua completa mineralização. Devido ao sistema enzimático ligninolítico (manganês peroxidase (MnP), peroxidase (PV) e lacase), Pleurotus sp. possuem a capacidade de se desenvolver em qualquer resíduo que contenha celulose, hemicelulose e lignina sem a necessidade de uma fermentação prévia do substrato. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo estudar a capacidade de Pleurous ostreatus e P. sajor-caju em degradar diferentes concentrações de 2,4, diclorofenol (DPC) e 2, 4, 6 TCF, importantes poluentes encontrados nos resíduos da indústria de papel e celulose. Os experimentos foram conduzidos em frascos de Erlenmeyer de 500 mL, contendo 100 mL de extrato de trigo acrescido de glicose (0 a 10 g/L) e a substância organoclorada (2,4DCP ou 2,4,6 TCP) nas concentrações de 5mg/L a 30mg/L. Os resultados obtidos neste trabalho revelaram que o crescimento de P. sajor-caju foi inferior ao crescimento de P. ostreatus independente da condição de cultivo. Quanto à velocidade de consumo de 2,4 DCP, para ambos os microrganismos verificou-se que ela foi maior nas condições onde a biomassa era maior, independente da concentração do organoclorado testada. No entanto, quando 2,4,6 triclorofenol foi utilizado, observou-se um efeito tóxico significativo sobre o crescimento celular, para ambas as espécies, o que diminuiu a sua degradação. Sendo assim, foi introduzido um objetivo neste trabalho para verificar como ocorrerá a degradação do organoclorado (2,4DCP ou 2,4,6 TCP) já tendo a biomassa sido formada, de forma que eliminaríamos o efeito tóxico sobre o crescimento celular (e consequentemente o consumo de glicose), o que nos permitirá avaliar apenas a capacidade de degradação dos organoclorados pelas espécies P. ostreatus e P. sajor-caju. Estes ensaios estão sendo finalizados.

Caracterização de lodo de efluentes sanitário e industrial visando avaliar sua utilização como biomassa na geração de energia

  • Fabricio Borges, G, fabricio@tecnopo.com.br
  • Noeli Sellin, Dr(a), nsellin@yahoo.com.br
  • Sheila Cristina Reeck, Graduando, sheilareeck@ig.com.br
  • Sandra Helena Westrupp Medeiros, Dr(a), smedeiros@univille.edu.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: lodo, biomassa, geração de energia

Uma tendência mundial para a destinação dos resíduos sólidos diversos (domésticos, industriais, agrícolas, lodos industrial e sanitário) é o processo de incineração/gaseificação, a partir do qual a queima destes pode ser utilizada para a geração de energia, proporcionando minimização de impactos ambientais e principalmente, vantagens econômicas com relação à aquisição de combustíveis e destinação final. Esta possibilidade associada à preocupação ocasionada pelas intermitentes crises do petróleo tem sido objeto de estudos para sua utilização como fonte alternativa de energia, uma vez que possuem características e comportamento à combustão semelhante às principais biomassas já utilizadas para tal propósito. Desta forma, este trabalho teve como objetivos, a priori, caracterizar física e quimicamente amostras de lodo de efluentes sanitário (de estação de tratamento biológico, sistema de lagoas) e industrial (de estação de tratamento de uma indústria de papel e celulose, sistema biológico aeróbico) antes e após sua queima. Inicialmente, as amostras foram secas em secador tubular e submetidas à lixiviação, segundo ABNT NBR 10.005/1987. Após, foram submetidas às análises de espectroscopia no infravermelho para identificação e quantificação de nitrogênio total, sulfato e sulfeto e de dicromometria de refluxo aberto para carbono orgânico total. Observou-se que a concentração de nitrogênio encontrado no lodo sanitário, de 74,0 mg/Kg, é relativamente maior do que valores apresentados na literatura, possivelmente, em conseqüência do tipo e do tempo de retenção no sistema tratamento do efluente. Outro ponto importante é o teor de carbono orgânico total das amostras, de 69% para o lodo sanitário e 60 % para o industrial, confirmando que são materiais predominantemente orgânicos, possibilitando seu uso como biomassa na geração de energia. Os teores de cinzas foram determinados a partir da queima das amostras em mufla, a 870 °C, por 1 hora, obtendo-se valores de 26,55% ± 0,33 para o lodo sanitário e de 13,76% ± 0,34 para o industrial; sendo aceitável para o sanitário, porém alto para o industrial. Tal desvio, possivelmente, ocorreu devido à combustão incompleta por falta de oxigênio na queima. Análises realizadas após lixiviação destas cinzas demonstraram baixas concentrações de nitrogênio total e sulfatos/sulfetos, assim como no lodo antes da queima, podendo-se esperar baixos níveis de emissão de compostos nitrogenados (NOx) e sulfurosos (SOx) na queima. No entanto, faz-se necessária uma análise termogravimétrica para testar a viabilidade destas biomassas na geração de energia, como também um estudo mais detalhado dos gáses da queima.

Composição e Differenciação Espacial de Sedimentos na Faixa de Manguezal da Baía da Babitonga

  • Fabiano Antonio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br
  • Uwe Treter, Dr(a), utreter@geographie.uni-erlangen.de

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Baía da Babitonga, Sedimentos, Manguezal

O projeto está vinculado a uma parceria internacional com a Alemanha estabelecida desde 2002 e representa etapa adicional avançada de caracterização da dinâmica sedimentar na Baía da Babitonga. A pesquisa teve por objetivo principal conhecer a natureza dos sedimentos depositados na faixa de manguezal da baía através da análise de sua de distribuição espacial e de suas características granulométricas e mineralógicas. Foram coletadas amostras e testemunhos de sedimentos em 25 pontos na faixa de manguezal da baía para análises laboratorias efetuadas nos laboratórios da Univille e da universidade parceira. Efetuou-se adicionalmente a descrição das características morfológicas e morfométricas do terreno, assim como uma identificação e quantificação da ocorrência de espécies da vegetação nos pontos e coleta das amostras. Resultados preliminares indicam uma distribuição desigual de sedimentos e espécies vegetais nos pontos amostrados, cuja relação não pôde ainda ser identificada.

Apoio / Parcerias: Institut für Geographie Friedrich-Alexander Universität Erlangen-Nürnberg

Desenho Animado Ambiental

  • José Francisco Peligrino Xavier, G, chicolam@caranguejo.com
  • Cristiane Drews, G, design@univille.br
  • Paulo Kielwagen, G, design@univille.br
  • Marli Teresinha Everling, MSc, meverling@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Design, Meio ambiente, animações

Em 2004, foi aprovado, pela Pró-Reitoria de Extensão da Univille, o projeto 'Desenho Animado Ambiental' com o objetivo de promover a conscientização ambiental por meio de uma série de desenhos animados para veiculação no site www.caranguejo.com, e em eventos ambientais direcionados para o público infanto-juvenil. A a proposta focalizou o desenvolvimento de sete animações fundamentadas nos seguintes temas: 'Poluição Urbana', 'Desmatamento', 'Caça Ilegal', 'Água', 'Povos Nativos', 'Urbanismo' e 'Consumismo'. O maior desafio foi o desenvolvimento dos desenhos animados. A partir delas, na segunda fase do projeto, em 2006, desenvolveu-se um DVD com os desenhos animados e o making-off (bastidores) visando a sensibilização ambiental em disciplinas componentes das matrizes curriculares do ensino fundamental; O material foi utilizado de forma experimental em eventos envolvendo alunos e professores de escolas municipais e particulares de Joinville para a convivência dentre as atividades propostas pelo projeto. O Desenho Animado Ambiental é uma ferramenta que está vinculada em primeira instância, à educação ambiental com o propósito de ser um agente fortalecedor e catalisador dos processos de transformação social. O valor do projeto consiste, assim, no trabalho de sensibilização através dos Desenhos Animados e das atividades que envolvem o professor como sujeito disseminador e transformador utilizando o DVD para promover nos alunos mudanças de atitudes pessoais e coletivas em relação ao meio ambiente e a sociedade.

Desenvolver metodologia de qualificação de processo de desenvolvimento de software (CMMi)

  • Luiz Romão, MSc, lromao@univille.edu.br
  • Rosalvo Medeiros, MSc, rosalvo.medeiros@univille.net
  • Alexandre Cidral, Dr(a), alexandre.cidral@univille.net
  • Marcelo Leandro de Borba, MSc, marcelo.leandro@univille.net

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: software, qualidade, CMMI

O objetivo do projeto PLATIC é desenvolver e disponibilizar um conjunto de ferramentas que permitam a melhoria da competitividade das empresas do setor de tecnologia, permitindo o desenvolvimento, a padronização de processos e produtos de software, de gestão do negocio e do conhecimento de pessoas utilizando o CMMi. O projeto platic Univille visa desenvolver uma metodologia de qualificação de processo de desenvolvimento de software.Para a realização deste projeto, o grupo PLATIC Univille trabalhou com três empresas piloto certificadas ISO e, que estão visando a implantação do CMMi em seus processos. Um grande passo será dado a partir do momento em que ao final do projeto estas empresas consigam obter a certificação CMMi aplicada por qualquer órgão certificador.

Apoio / Parcerias: Softville, Finep, FAPESC, Acate, IEL/SC.

Desenvolvimento de produtos a partir do papel reciclado artesanal reforçado com fibra de banana: formação e capacitação do grupo “Mulher com Fibra” - etapa 1.

  • Debora Barauna, G, dbarauna@univille.br
  • Silvana Fehn Bastianello, MSc, vivacedipv@yahoo.com.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), paulapezzin@univille.br
  • Juliana Silveira Anselmo, G, jusilveira@consuladodamulher.com.br
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), dabatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: valorização de resíduos, projeto de produto, mulher rural.

A utilização de subprodutos do cultivo da banana, juntamente com os resíduos de papéis de escritório, como matéria-prima em um processo de desenvolvimento de produto é uma proposta que se aplica à prática do desenvolvimento sustentável e colabora com a missão da UNIVILLE pela busca de valor social, ambiental, cultural e econômico para a região. A aproximação entre os conhecimentos científicos/tecnológicos e as comunidades produtivas rurais, por meio da pesquisa e desenvolvimento (P&D) de produtos é uma forma de promover a valorização tanto dos processos artesanais de produção comunitária como dos processos sustentáveis de transformação de resíduos sólidos em matéria-prima novamente. Assim a UNIVILLE em parceira com o Programa de Desenvolvimento da Mulher Rural, orientado pela Coordenação de Agregação de Valor da Fundação Municipal de Desenvolvimento Rural 25 de Julho (FMDR 25 de Julho), desenvolveu em 2006 o projeto “Mulher com Fibra” que iniciou com 18 mulheres rurais e hoje se constitui por um grupo de 10 mulheres rurais, que compreenderam a relevância da proposta e as peculiaridades do processo de produção do papel reciclado artesanal reforçado com fibra da bananeira. Essas mulheres rurais, além do gosto pelo fazer tradicional, buscam no artesanato outra forma de acrescentar renda às suas famílias. A primeira etapa do projeto caracterizou-se pela formação e capacitação do grupo. Foram compartilhados com as mulheres rurais conceitos sobre educação ambiental, empreendedorismo e economia solidária, além de repasse da técnica de produção do papel artesanal reforçado com fibra de bananeira e de workshops de desenvolvimento de produtos. Outros resultados do trabalho concentram-se na criação da marca para o projeto e, por fim, na concretização de novas parcerias para a continuação do projeto, como o Instituto Consulado da Mulher. Para a segunda etapa do projeto estão previstas atividades de manutenção, aperfeiçoamento e inclusão de ferramentas de autogestão que visem dar autonomia ao grupo, de modo a garantir a formação de um empreendimento com base na Economia Solidária.

Apoio / Parcerias: FMDR 25 de Julho e Instituto Consulado da Mulher

Elaboração do Modelo Ambiental do Rio Cubatão do Norte

  • Cladir Teresinha Zanotelli, Dr(a), czanotelli@univille.br
  • Fabiano Antonio de Oliveria, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br
  • Mônica Lopes Gonçalves, Dr(a), mlopes@univille.br
  • Glaucia Baccaro Bertoli, MSc, gbbertoli@terra.com.br
  • Karina Ariotti, Graduando, karina.ariotti@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Modelo Ambiental, Rio Cubatão do Norte, Atividades Antrópicas

O objetivo deste estudo foi desenvolver um modelo ambiental dos impactos gerados ao longo do rio Cubatão do Norte. A essência principal de desenvolver um modelo ambiental mapeando os impactos gerados no rio, está no fato de que este está localizado em um ecossistema de mata Atlântica e é o maior contribuinte da Baía da Babitonga, que é uma das últimas áreas contínuas de manguezal do sul do país. As atividades realizadas pela equipe executora do projeto estiveram concentradas em investigações de campo e no mapeamento das ocorrências observadas. Percorreu-se por via terrestre todo o setor da bacia hidrográfica localizado nos trechos de planície costeira e fluvial. Na oportunidade, identificou-se os principais sítios degradados pela atividade humana, que foram registrados por filmagem e fotografias. Ao final desta etapa do estudo conclui-se que existe um sambaqui junto à foz do rio Cubatão que está sendo destruído pela ação da água, pois encontra-se situado na margem côncava deste trecho do rio (erosiva). Foi evidenciado o lançamento de esgoto doméstico e comercial oriundo das proximidades do Bairro Jardim Paraíso. Outros impactos importantes são causados por empresas mineradoras, que resultam, entre outros, em manchas de óleo no rio. A atividade de mineração nos leitos fluviais concentra-se principalmente no curso médio do rio. O aprofundamento do canal fluvial e a modificação do perfil longitudinal do rio podem representar uma alteração no nível freático, assim como no nível de base dos cursos d’água que compõem a bacia hidrográfica. Atualmente a vegetação da região encontra-se bastante descaracterizada, principalmente pelo intenso uso agrícola e urbano. Há longos trechos sem mata ciliar, que foi removida para dar lugar a plantações de banana, lagoas para atividade de piscicultura e urbanização. O rio encontra-se assoreado em muitos pontos, existem árvores caídas no interior do leito do rio devido ao desmoronamento de suas margens. Quanto à qualidade da água o Rio Cubatão está enquadrado na Legislação CONAMA nº 020/86 da seguinte forma: Classe 1 da nascente até a captação de água pela Companhia Águas de Joinville; Classe 3 da captação até sua foz. O rio Cubatão apresenta problemas graves de poluição (esgoto doméstico e chorume de aterro sanitário) no seu baixo curso, embora preserva a qualidade de suas águas nos seu alto e médio curso, próximo a Serra do Mar, o que permite o abastecimento público da cidade de Joinville.

Apoio / Parcerias: Fundação O Boticário

Estudo do sistema de tratamento de efluentes da empresa Döhler S.A.

  • Rogério de Almeida Vieira, Dr(a), vieira_ra@yahoo.com
  • Catia Cirlene Felipi, G, catiacir@ig.com.br
  • Cladir Teresinha Zanotelli, Dr(a), czanotelli@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: tratamento de efluentes, efluente têxtil, eficiência de remoção

O objetivo deste estudo é otimizar a eficiência de remoção do potencial poluente do sistema de tratamento de efluentes da empresa Döhler. A Empresa possui um sistema de tratamento biológico para os efluentes do processo de industrialização, a qual fornecerá todos os dados de análises desde o ano de 1992 para estudo da otimização de seus reatores, uma vez que é um sistema composto por tecnologia italiana e adaptado às necessidades da empresa. O estudo deste sistema fornecerá subsídios para melhoria do processo da empresa no tangente ao acúmulo do lodo e reuso da água do sistema de tratamento e culminantemente servirá de modelo para subsidiar o desenvolvimento de modelos de sistemas de tratamento de efluentes industriais com tecnologias nacionais. O estudo abrange os resultados das coletas realizadas pela empresa no período de agosto de 2002 a julho de 2006. Os parâmetros analisados são: pH, Temperatura, Oxigênio Dissolvido (OD), Sólidos Totais Dissolvidos (STD), Turbidez, Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio (DQO), Fósforo, Sólidos Suspensos (SS), Sólidos Voláteis (SV), Nitrogênio Amoniacal (NA),seguindo os métodos padrões (APHA, 1995). O desempenho do sistema de tratamento foi analisado através da evolução dos principais parâmetros medidos e de estatística descritiva do processo. Verificou-se que os valores das concentrações do efluente dos parâmetros DQO e SS estão condizentes aos obtidos por Alves (2000) em um experimento com efluente têxtil sintético que correspondem a 123,40 mg/l de DQO e 113,53 mg/l de SS em um sistema de tratamento biológico com pós-ozonização. A qualidade do afluente tratada pelo sistema está de acordo com os valores apresentados por Martins (1997) para os efluentes têxteis de Santa Catarina quanto a DQO 1050 mg/l e DBO de 315 mg/l. A eficiência de remoção do sistema foi de: 2,6% de Sólidos Totais Dissolvidos, 94,8 % de Turbidez, 94,8% de Cor, 94,1% de Demanda Bioquímica de Oxigênio, 79,5 % de Demanda Química de Oxigênio, 79,5 % de Fósforo, 77,2 % de Sólidos Suspensos, 75% de Sólidos Voláteis, 19,4 % de Nitrogênio Amoniacal sob as condições médias de 8,2 de pH, 34,3 ºC de Temperatura e 4,12 de Oxigênio Dissolvido.

Apoio / Parcerias: Empresa Dohler SA

Estudo Geomorfológico do Aporte Sedimentar na Baía da Babitonga

  • Fabiano Antonio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Baía da Babitonga, Sedimentos em suspensão, Vazão

A pesquisa teve como objetivo principal estimar o aporte sedimentar em suspensão na baía da Babitonga a partir de um setor de sua área de contribuição hidrográfica, com base em uma análise geomorfológica da relação entre precipitação, relevo e uso da terra. Adotou-se como referências teórico-metodológicas principais os trabalhos de Ab’Saber, sobre os níveis de tratamento para pesquisas em geomorfologia, e de Tricart, que propõe a classificação dos ambientes segundo seu funcionamento ecodinâmico. Efetuou-se em campo monitoramento mensal das vazões dos dez rios que compõem a área da pesquisa e coletas de amostras de água para quantificação de sedimentos em suspensão em laboratório. Os resultados obtidos indicaram um nítido diferencial do comportamento hidrológico e hidrossedimentológico entre as bacias hidrográficas, que se reflete em distintas parcelas de contribuição de cada bacia no aporte sedimentar em suspensão na baía. Estimou-se que são lançadas na Baía da Babitonga, a partir da área da pesquisa, cerca de 7.624 toneladas/ano de sedimentos em suspensão, estando 77,8% deste volume concentrado na foz do Rio Cubatão.

Apoio / Parcerias: Institut für Geographie Friedrich-Alexander Universität Erlangen-Nürnberg

Implantação de um laboratório de análises ecotoxicológicas

  • Sandra Helena Westrupp Medeiros, Dr(a), smedeiros@univille.br
  • Beatriz Maria de Oliveira Torrens, MSc, pesquisa@univille.br
  • Juciele da Costa Paes, Graduando, westmed01@yahoo.com.br
  • Flavio Alexandre Soubhia, Graduando, westmed01@yahoo.com.br
  • Conrado Borges de Barros, Graduando, westmed01@univille.br
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Bioensaios, Hyalella azteca, Ecotoxicologia

Há tempos o meio ambiente vem sendo agredido por substâncias químicas lançadas nos ecossistemas aquático, terrestre e atmosférico. O crescente interesse quanto à qualidade das águas tem demonstrado que as análises físico−químicas e biológicas são insuficientes para classificar o efeito de poluentes sobre o meio biótico aquático. Várias substâncias lançadas nos corpos hídricos são chamadas de xenobióticos, ou seja, são altamente perigosas devido ao seu grau de toxicidade. Os efeitos tóxicos potenciais dessas substâncias podem ser avaliados através de testes ecotoxicológicos, realizados com organismos vivos sensíveis ao seu efeito. Neste contexto, o presente projeto teve por objetivo implantar um laboratório de Análises Ecotoxicológicas na UNIVILLE empregando−se, inicialmente, o microcrustáceo Hyalella azteca em bioensaios com amostras de sedimentos de corpos hídricos de água doce. Como metodologia foram empregadas as normas específicas propostas pela CETESB, estabelecidas com base nas normas empregadas pelo órgão ambiental americano, a EPA (Environmental Protection Agency), tanto para o estabelecimento da infra-estrutura adequada de laboratório para o cultivo e manutenção do organismo como para a realização dos bioensaios. A primeira etapa da metodologia proposta foi alcançada no mês de outubro, com a obtenção da quarta geração dos organismos teste. Assim, os bioensaios foram executados com duas amostras de sedimento do Rio do Ferro, coletadas em datas distintas. Este local foi escolhido por ser estar sendo monitorado quanto à qualidade de suas águas superficiais. Cada bioensaio foi realizado com quatro réplicas e, antes de sua execução, um teste de sensibilidade foi feito a fim de verificar se os organismos-teste (H. azteca) estão sensíveis ao agente tóxico a que serão expostos, garantindo a confiabilidade do resultado. Paralelamente à realização da análise ecotoxicológica com a amostra de sedimento selecionada, fez-se um bioensaio com sedimento coletado em corpo hídrico sem impacto ambiental, denominado de sedimento controle e que exerce o papel de padrão dos bioensaios. Como resultados das análises ecotoxicológicas obtêm-se a porcentagem de mortalidade e redução no crescimento observada em cada amostra testada. Estas respostas são comparadas com as do sedimento controle, empregando-se o programa estatístico Toxstat 3.5, tornando possível avaliar o nível de toxicidade do sedimento. Como conclusão da pesquisa, foi implantado o Laboratório de Ecotoxicologia de acordo com as normas técnicas específicas, o organismo Hyalella azteca encontra-se devidamente adaptado às condições estabelecidas quanto à alimentação, luminosidade, temperatura e qualidade da água de cultivo e, os resultados dos dois bioensaios executados apresentaram efeito agudo para os dois locais investigados.

Influência do pH no intumescimento e na morfologia de filmes de CMC obtidos por liofilização e casting

  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), dabatti@univille.br
  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), paulapezzin@univille.br
  • Márcia Meier, Dr(a), m3meier@qmc.ufsc.br
  • Fernanda de Oliveira, Graduando, fer_scopel3@hotmail.com
  • Vanessa Regina Monteiro, Graduando, vanessa.renata@univille.net
  • Fabiano Pontes de Mendonça, Graduando, bianopm@yahoo.com.br
  • Regina Maria Miranda Gern, Dr(a), rgern@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: caboximetil celulose, Cu II, intumescimento

O uso de polímeros biodegradáveis, de baixo custo, cujo método de preparação não envolva o consumo de solventes orgânicos, reagentes tóxicos e que tenham a capacidade de liberar um agente ativo de forma a reduzir o seu impacto ambiental é de grande interesse no dias atuais, pois representa uma alternativa eficiente do ponto de vista tecnológico, econômico e ambiental. O uso destes polímeros em sistemas de liberação controlada na agricultura minimiza a perda do agrotóxico por degradação, evaporação ou dissolução e reduz seu escoamento para fontes hídricas. A carboximetil celulose é um polímero que satisfaz várias características exigidas para o desenvolvimento e o estudo de novos sistemas de liberação controlada de agentes ativos. Neste trabalho avaliou-se o grau de intumescimento das cadeias poliméricas de filmes de carboximetil celulose sódica (CMCNa) e sulfato de cobre penta hidratado (CuSO4.5H2O), obtidos pelos métodos casting e liofilização produzidos a partir sob diferentes pHs e registrou-se as características morfológicas dos filmes obtidos por liofilização por meio de microscopia eletrônica de varredura. Os filmes foram obtidos a partir da diluição do polímero em água, 1% m/V, sob agitação constante, o pH foi ajustado entre 2,9 e 4,75 com solução de ácido clorídrico (HCl) 37% V/V. No método casting os filmes foram secos em estufa a vácuo (260 mmHg) de 35 a 40ºC e posteriormente utilizados para os ensaios de intumescimento. No segundo método, foram obtidos filmes tanto de CMCNa pura quanto de CMCNa/CuSO4.5H2O, na mesma faixa de pH. A partir da análise dos dados de intumescimento e dos micrografiasé possível inferir que o pH influencia nitidamente o grau de intumescimento dos filmes obtidos com CMCNa o que na ocorre com filmes de CMCCu II. A presença do íon Cu II reduz a absorção de água das amostras em pHs superiores a 3,3 em virtude da modificação na reticulação dos filmes o que pode ser correlacionado com as micrografias. O perfil de liberação poderá ser modulado através o controle de pH e a quantidade de íons Cu II. O estudo da dosagem de íons Cu II ainda será realizado.

Mudanças temporais no uso do solo do entorno do porto de são francisco

  • Alexandre M. Mazzer, MSc, mazzer@univille.edu.br
  • Naum Alves Santana, MSc, nageo@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Porto de São Francisco, Uso do Solo, Sistema de Informação Geográfica

Iniciado oficialmente em 1912, o Porto de São Francisco possui grande papel no desenvolvimento do município de São Francisco do Sul e ocupação do espaço na ilha homônima. O presente trabalho teve como objetivo analisar as mudanças no uso do solo no entorno do porto em 63 anos, a partir de conjunto de aerofotos de sobrevôos de 1938 e 1956, em escala original de 1:30.000 e 1:25.000, respectivamente, além de imagem de satélite LANDSAT TM 5 fusionada bandas 3, 4 e 5, ano de 2000. Foi utilizado para o processamento e análise, o software de sistema de informação geográfica Arc INFO 9.1 para georeferencimento e retificação das aerofotos previamente digitalizadas em alta resolução (600 dpi). A área experimentada para o acompanhamento das mudanças da paisagem abrange a porção sul de um raio de 3 quilômetros, a partir de ponto central localizado na sede da administração do porto de São Francisco, aonde foram determinadas 5 classes de uso do solo : urbano, suburbano, uso rural vegetação nativa e vegetação costeira A obtenção das classes se deram por digitalização on screen, com o apoio de chaves de fotointerpretação baseadas em texturas e contrastes das aerofotos digitais. A imagem de satélite foi submetida a uma classificação supervisionada com o uso do programa Spring 3.6, onde se obtiveram as classes: água, urbano, suburbano, vegetação, manguezal, uso rural solo exposto. Os arquivos foram recortados com o uso da mascara da área de abrangência e convertidas em formato vetorial shape, onde tiveram as áreas das classes calculadas, e permitindo análise comparativa temporal do uso do espaço. Em 1938, a classe urbana representava cerca de 1% da área de estudo, mas ocupações de baixíssima densidade e arruamentos (classe suburbano) já representavam cerca de 30 %. Em 1957, a área urbana expande para 13% enquanto a classe ‘suburbano’ diminuía para 15%. Vale ressaltar, que não houve expansão da área urbana sobre as demais neste período. Em 2000, a área urbana sobrepõe-se as ocupações de baixíssima densidade, mas mantém sua proporção de cerca de 30 % com nos anos anteriores. A vegetação costeira vem sendo drasticamente suprimida, não chegando a representar 1% em 2000, sendo que chegava a 3% em 1938. De 1938 a 1957, a área de uso rural avançou significativamente sobre a vegetação de Floresta Ombrófila densa, que diminuía de 42% para 31% na área de estudo, enquanto em 2000, manteve-se em pouco menos de 30%.

Os recursos hídricos da região nordeste de Santa Catarina e sua relação com a saúde

  • Monica Lopes, Dr(a), mlopes@univille.br
  • Thiago Brummer de Souza, Graduando, thiago.brummer@univille.net
  • Sandra Regina Giesel, E, sandragiesel@brturbo.com
  • Eliane de Fátima Kurek, G, elianekurek@yahoo.com.br
  • Sandra Helena Westrupp Medeiros, Dr(a), smedeiros@univille.br
  • Bruno Passos da Costa, Graduando, bruneldo_praia@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: recursos hídricos, monitoramento, saúde

A cidade de Joinville, localizada na região nordeste de Santa Catarina, é a mais populosa do Estado, com cerca de 470.000 habitantes, possui o maior parque industrial do Estado e menos de 10% da área urbana é atendida por coleta e tratamento de esgoto. Além disso, até o ano de 2002, quando foi inaugurado o aterro sanitário industrial da cidade, resíduos industriais como areias de fundição e lodos provenientes de estações de tratamento de efluentes industriais eram dispostos aleatoriamente, originando alguns passivos ambientais no solo e lençol freático. Toda essa carga de poluição acaba por desaguar nos recursos hídricos da região, comprometendo sua qualidade. Nesse sentido, esse projeto se propôs a avaliar a qualidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos da região e a sua relação com a saúde pública dos seus usuários. Metodologicamente, este projeto foi dividido em subprojetos devido à amplitude dos objetivos propostos, conforme descrito a seguir. O monitoramento da qualidade das águas superficiais vem sendo realizado desde 2006 nas bacias dos rios Cachoeira, Piraí e Ferro, em parceria com a FUNDEMA (Fundação do Meio Ambiente), através de um Convênio de Cooperação Técnica assinado com a UNIVILLE (Universidade de Joinville), em dez locais de amostragem, seis no Cachoeira, três no Piraí e um no rio do Ferro, determinados pela FUNDEMA e com periodicidade bimestral. Atrasos na aquisição de reagentes e vidrarias provocaram o adiamento do início das coletas e a subseqüente análise dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos definidos no escopo do Convênio, de modo que os primeiros resultados estão sendo obtidos neste momento, não permitindo fazer afirmações conclusivas quanto à qualidade dessas águas. Quanto às águas subterrâneas, o monitoramento da qualidade em seis poços foi realizado em 2006 através do projeto de dissertação de mestrado da aluna Sandra Regina Giesel. Os resultados serão divulgados após a defesa da dissertação. Quanto à bacia do rio Cubatão, outro subprojeto foi executado pela aluna do mestrado Saúde e Ambiente, Eliane de Fátima Kureq: Os recursos hídricos e a saúde pública nas propriedades rurais da bacia hidrográfica do rio Cubatão – Joinville/SC. Também neste caso, os resultados serão divulgados após a defesa da dissertação. Ao final, os resultados das análises serão digitalizados para programas de geoprocessamento, a fim de se obter mapas sobre a qualidade das águas e sua relação com a saúde e utilizados na qualificação de pesquisadores na gestão de recursos hídricos.

Apoio / Parcerias: FUNDEMA

Otimização do cultivo de A. blazei em substrato residual de P. ostreatus

  • Regina Maria Miranda Gern, Dr(a), rgern@univille.br
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), ewisbeck@univille.br
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Jamile Rosa Rampinelli, Graduando, jamilerampi@yahoo.com.br
  • Mariane Bonatti Chavez, MSc, mbonatti@univille.br
  • Valdecir Manoel de Souza Filho, Graduando, jrdesouza@pop.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Pleurotus ostreatus, Agaricus blazei, substrato residual

Palha de bananeira e casca de banana, agro-resíduos abundantes na região de Joinville, podem ser utilizados como substrato para produzir cogumelos do gênero Pleurotus. Durante o processo de colonização fúngica do substrato e de frutificação do Pleurotus, ocorre liberação de compostos de carbono, pela ação de enzimas lignocelulolíticas, modificando a relação C:N e degradando o complexo lignocelulósico da palha. O composto residual gerado no cultivo de Pleurotus spp. torna-se, então, um substrato com uma composição, em termos de carbono e nitrogênio, muito próxima àquela exigida para o cultivo de Agaricus blazei, um fungo com alto valor comercial devido às suas comprovadas propriedades medicinais. Existem inúmeras formulações de compostos empregadas no cultivo de fungos. Contudo, deve-se estar atento tanto a composição inicial do substrato como a suplementação e tratamento antes da inoculação, pois estes fatores estão diretamente relacionados a composição do corpo frutífero e ao rendimento (R%) e à eficiência biológica (EB%) obtidos. Este trabalho teve como objetivo estudar a composição química de diferentes formulações de substrato residual de Pleurotus spp., em termos de pH, matéria orgânica, cinzas, nitrogênio total, relação C:N, hemicelulose, lignina e celulose e o rendimento e a eficiência biológica de Agaricus blazei cultivado em diferentes formulações deste substrato. Um planejamento fatorial (23) foi utilizado para avaliar: a influência de compostos residuais do cultivo de Pleurotus (somente palha de bananeira ou palha de bananeira e casca de banana), do tratamento do composto residual (in natura ou secos a 90ºC por 24h) e da concentração da suplementação com farelo de arroz (5 ou 10%), nos parâmetros produtivos. Os melhores resultados em termos de R (38,8 ± 8,89 %) e EB (5,5 ± 1,26%) foram obtidos quando A. blazei foi cultivado em composto residual contendo palha de bananeira e casca de banana, secos a 90ºC, suplementados com 10% de farelo de arroz. As análises químicas mostraram que a adiçao de casca de banana à palha de bananeira propiciou valores de pH mais elevados (5,69 a 6,11) e, portanto, mais próximos do valor de pH para o cultivo de Agaricus blazei. Além disso, propiciou também maior conteúdo de matéria orgânica (81,7%), hemicelulose, lignina e celulose. Portanto, a adição da casca de banana à formulação usual (apenas palha de banana) é uma alternativa viável para a reciclagem deste resíduo agroindustrial no meio ambiente e para a produção sequencial de dois gêneros de cogumelos com alto valor comercial.

Produção de biogás a partir de biomassa residual gerada na industrialização da banana: Etapa II.

  • Ozair Souza, Dr(a), osouza@univille.edu.br
  • Elizabeth Wisbeck, Dr(a), ewisbeck@univille.edu.br
  • Bruna Coelho, Graduando, bruna.coelho@univille.net

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: biogás, biodegradabilidade, metanização

A região nordeste de Santa Catarina é grande produtora de banana e produtos derivados, onde são geradas cerca de 120 mil toneladas/ano de resíduos vegetais. Uma das possibilidades de aproveitamento e valorização desses resíduos é a geração de biogás a partir da sua decomposição anaeróbia por microrganismos procarióticos. Além de produzir um biogás de alto poder calorífico (6 kWhm3), cuja queima não produz gases tóxicos, esse processo deixa como resíduo um lodo que é um excelente biofertilizante a ser reaplicado na agricultura. Diante dessa conjuntura, foi iniciado em 2005, na Univille, trabalho de pesquisa com o objetivo de verificar as viabilidades técnicas e econômicas da produção de biogás empregando como carga do gerador os resíduos agroindustriais engaços, folhas, pseudo-caule e cascas de banana, indústria da região. O projeto foi divido em três etapas: (1) caracterização física e química dos resíduos, (2) determinação da biodegradabilidade dos resíduos, (3) produção e caracterização do biogás gerado em diferentes condições operacionais do processo. Com a realização da primeira etapa foi possível verificar que todos os quatro tipos de resíduos possuem potencialidade para a geração de biogás sem a necessidade do acréscimo de nutrientes para a metanização. Na segunda etapa foi verificado que, com exceção ao engaço, os demais resíduos apresentaram degradação completa após 30 dias de biodigestão. Os maiores valores específicos de redução percentual da DQOfiltr, com 15 dias de processo, foram observados com o emprego das cascas de bananas (68,3±10,3 %) e com as folhas das bananeiras (70,8±6,8 %). Considerando que na instalação futura de um biodigestor industrial deve-se procurar empregar de forma conjunta todos os resíduos biodegradáveis (visando uma maior praticidade na operação do sistema) recomenda-se, para a continuidade desse trabalho e como ponto de partida da etapa 3 do projeto, uma carga inicial de alimentação do biodigestor (processo contínuo) composta por (em sólidos totais) 50% de cascas, 25% de folhas e 25% de pseudocaule, com tempo de residência hidráulica de 15 a 30 dias. O ajuste dessa composição com aquela gerada no campo deve ser buscado visando um melhor aproveitamento e maior valorização da biomassa disponível.

Sensibilização da comunidade visando a minimização e destinação adequada dos resíduos sólidos gerados abordando aspectos ambientais, sociais e econômicos.

  • Naiara Grimes Carneiro, Graduando, naiara.grimes@univille.net
  • Rafael Diego Poffo, Graduando, rafaeldiegopoffo@hotmail.com
  • Nayara Morgana Muller, Graduando, naymorgana@gmail.com
  • Tatiana da Cunha Gomes Leitzke, MSc, tatiana.cunha@univille.net

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: sensibilização, resíduos sólidos, coleta seletiva

O crescimento da população, aliado a um consumo excessivo e a uma economia globalizada traz grandes preocupações quando se refere à quantidade de resíduos sólidos gerados, os quais na grande maioria possuem na sua composição materiais passíveis de serem parcial ou totalmente reutilizados. Portanto a reciclagem torna-se um processo indispensável na atualidade, onde a mesma se entende por um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e reutilizá-los no ciclo de produção de origem. Porém, para que o processo de reciclagem se efetue é necessária uma série de atividades, onde os materiais que se tornariam lixo são desviados, coletados, separados e então processados gerando produtos reciclados. Diante disso, o Programa Institucional Reciclar possui como principal objetivo à sensibilização da comunidade interna para a questão ambiental e o monitoramento da coleta seletiva visando a minimização dos resíduos gerados na Universidade, tornando-a assim, multiplicadora dessa filosofia, junto à comunidade externa. A metodologia utilizada para efetivação dos objetivos é através da realização de palestras de sensibilização as quais salientam a importância da correta destinação dos resíduos. Adjunto a este trabalho realiza-se oficinas de reciclagem do papel, tendo como público alvo alunos, professores e funcionários da comunidade interna e escolas municipais, estaduais, particulares, centros comunitários, entre outros.As oficinas além de salientar o cuidado com o meio ambiente proporcionam a comunidade uma alternativa de renda com a fabricação do papel reciclado o qual pode ser transformado em cartões, embalagens, promovendo assim um efeito positivo tanto para a redução de resíduos quanto para a comunidade. O Programa Institucional Reciclar, no ano de 2006, atingiu, considerando palestras realizadas e oficinas, aproximadamente 1720 pessoas. As estatísticas dos resíduos coletados durante a existência do programa, comprovam a adequação da comunidade interna junto à correta destinação dos resíduos, bem como, a sua minimização através do reaproveitamento de rascunhos, copos, entre outros.

Síntese e caracterização de poli(p-dioxanona) e poli(3-hidroxibutirato) obtido a partir de biodiesel: avaliação da miscibilidade e biodegradação de suas blendas.

  • Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
  • Delne Domigos da Silva, Graduando, delne.ds@gmail.com
  • Luciana Prazeres, Graduando, luciana.przs@yahoo.com.br
  • Fernanda Nascimento Stafford, Graduando, nanda_staf@hotmail.com
  • Claudia Mariane Monteiro, Graduando, claudiamariane.monteiro@gmail.com
  • Danieli Reinert Tamanini, Graduando, danieli@univille.net
  • Rogério de Almeida Vieira, Dr(a), vieira_ra@yahoo.com
  • Osni Capraro, Graduando, osni.capraro@univille.net
  • Andréa Lima dos Santos Schneider, Dr(a), aschneider@univille.edu.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: blendas biodegradáveis, miscibilidade, síntese

Os plásticos petroquímicos são duráveis e resistentes, permitindo aplicações em diversos segmentos. No entanto, devido ao baixo custo e descartabilidade, a utilização em grande quantidade gera poluição ambiental, uma vez que estes materiais permanecem no meio ambiente resistindo à degradação. Neste contexto, tem crescido os estudos dos polímeros biodegradáveis, tais como o poli(3-hidroxibutirato) P(3HB), obtido a partir de recursos renováveis. No entanto, em decorrência de suas propriedades inferiores, muitos pesquisadores têm estudado a formação de blendas, melhorando suas propriedades, resultando em uma maior diversidade de aplicações. Neste trabalho, ampliou-se os estudos na produção de P(3HB) por Cupriavidus necator a partir de biodiesel como suplemento nutricional, visando aumentar a produtividade e baixar os custos, bem como a elaboração de blendas de P(3HB) e poli(p-dioxanona) (PPDO). As blendas foram avaliadas quanto à sua miscibilidade por meio de caracterização morfológica, térmica e mecânica. Em paralelo, foi iniciada a construção de dois apparatus: o teste de Sturm para avaliar a degradação biológica em lodo ativado das blendas produzidas e a câmara de envelhecimento acelerado. A construção desses apparatus é importante, pois a aquisição dos equipamentos onera os estudos nesta área. Alguns relatos mostram que a câmara acelera até 14 vezes o processo de degradação natural. Para isto, células de Cupriavidus necator foram cultivadas em frascos de Erlenmeyer de 500mL contendo 150 mL de meio mineral a 30 e 37ºC por 24h e 150 min -1. As amostras foram retiradas em intervalo de 3h. Após a síntese do polímero, foi feita a extração do interior da célula utilizando pérolas de vidro em moinho de bolas. Os filmes com diferentes concentrações de P(3HB) e PPDO foram formados por casting utilizando hexafluorisopropanol como co-solvente por 24 h (5% m/v), secos em estufa a vácuo por 24 h. Os resultados demonstraram que a adição de biodiesel de óleo de soja não favoreceu o crescimento celular e a produção de P(3HB) em ambas as temperaturas. Observou-se que a temperatura de 37ºC aumentou o crescimento celular de acordo com experimentos anteriores. As blendas 60/40 e 50/50 apresentaram deslocamento da temperatura de fusão da PPDO de 106 para 90°C, indicando que nestas composições pode estar ocorrendo miscibilidade parcial entre os dois polímeros. Os ensaios mecânicos das blendas mostraram diminuição do módulo de elasticidade com o aumento do teor de PPDO, concluindo que a PPDO melhora a flexibilidade dos filmes. Os ensaios de biodegradação das blendas serão realizados pelos dois apparatus.