Área 02 - Ciências Biológicas e da Saúde

Índice

  1. A macrofauna bentônica em bancos lodosos de Mytella charruana na Baía da Babitonga (Santa Catarina, Brasil)
  2. Aleitamento materno e mortalidade infantil em Joinville: estimativa de óbitos evitáveis
  3. ASPECTOS BIOLÓGICOS DO ROBALO Centropomus parallelus NAS ÁREAS COSTEIRAS DE SANTA CATARINA, BR.
  4. Avaliação da atividade antioxidante de extratos otimizados de Passiflora edulis Sims.
  5. Avaliação de técnicas de monitoramento do índice de condição para o mexilhão Perna perna.
  6. Avaliação química e da bioatividade no modelo de Artemia salina de soluções hidroetanólicas das partes aéreas de Ocimum basilicum L.
  7. Caracterização cromatográfica, avaliação da bioatividade no modelo de Artemia salina e avaliação pré-clínica dos efeitos anticonvulsivantes de soluções extrativas hidroetanólicas de Ocimum basilicum L.
  8. Comparação do índice de condição do mexilhão Perna perna (Linnaeus, 1758) cultivado em ambiente praial e estuarino na região de São Francisco do Sul.
  9. Disponibilidade de presas e distribuição de pequenos cetáceos no estuário da baía da Babitonga: oportunismo ou seletividade?
  10. ESTUDO DE ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA A CAPTAÇÃO DE SEMENTES DE MEXILHÃO Perna perna (Linné, 1758) EM SÃO FRANCISCO DO SUL, SANTA CATARINA
  11. Hábito alimentar de populações simpátricas de Sotalia guianensis e Pontoporia blainvillei em ambiente estuarino
  12. Ilhas da Babitonga: diversidade florística em ecossistemas insulares: 8 ilhas
  13. Influência da radiação solar ultravioleta sobre o fitoplâncton da área da Baía da Babitonga
  14. International Advanced Marine Biology Course 2007 - uma experiência transdisciplinar
  15. Levantamento de periódico das condições físicas das trilhas e seu efeito sobre seu manejo sustentável.
  16. Levantamento Etnofarmacológico: Uma Estratégia Para o Ensino de Botânica no Curso de Farmácia.
  17. Modelo Univille de laparotomia e anestesia para cirurgia experimental em coelhos
  18. Motivos de Aderência a Prática da Natação no Projeto Natação na Escola
  19. Mudanças de Comportamento em Crianças do Projeto Natação na Escola Com o Início da Prática da Natação.
  20. Palhaçoterapia
  21. PERFIL DOS PACIENTES PORTADORES DE FERIDAS CRÔNICAS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE HOSPITAL GERAL
  22. Pesquisa e desenvolvimento em emissão zero a partir de resíduos agroindustriais da região nordeste do estado de Santa Catarina
  23. Prevenção à Cegueira por Ambliopia em Crianças de 3 Anos do Município de Joinville/SC
  24. Programa trilhas - educação e interpretação ambiental
  25. Projeto Corredores de Biodiversidade do Nordeste Catarinense: Etapa 3 – Avaliação da conectividade da paisagem entre a Península de Itapoá e a Serra do Mar, nordeste de Santa Catarina.
  26. Projeto Primatas: ecologia e conservação dos primatas da região nordeste de Santa Catarina.
  27. Riscos da Auto-medicação: Tratando o Problema com Conhecimento
  28. Tratamentos de esterilização e concentração do meio MS para cultivo de Austroeupatorium inulaefolium (H.B.K)R.M.King & H.Rob.
  29. Uso racional de plantas medicinais - inserção permanente na comunidade
  30. Variação espacial da macrofauna bentônica no sublitoral inconsolidado da Baía da Babitonga – Santa Catarina, Brasil

Resumos

A macrofauna bentônica em bancos lodosos de Mytella charruana na Baía da Babitonga (Santa Catarina, Brasil)

  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.net
  • Bianca Pismel de Almeida, Graduando, biancapismel@hotmail.com
  • Gisele Peixoto Goetsch, Graduando, gisele@univille.net
  • Cláudio Rudolfo Tureck, MSc, ctureck@univille.br
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Francisco do Sul/SC, Brasil

Palavras-chave: Macrofauna bentônica, Bancos lodosos, Baía da Babitonga

Agregados do bivalve Mytella charruana se estabelecem nas proximidades das desembocaduras de rios que deságuam na Baía da Babitonga e formam bancos lodosos distribuídos principalmente nas porções internas da baía. Esses bancos lodosos constituem uma feição comum, sendo que a sua formação decorre das condições de baixa energia ambiental, dos processos deposicionais e pela elevada descarga de sedimentos nas desembocaduras dos rios. Nos últimos anos, esses processos têm acelerado em função do fechamento do Canal do Linguado e do uso e ocupação inadequada das margens dos rios da região, além do grande aporte de efluentes de origem industrial e doméstica. As conseqüências desses processos não estão bem estabelecidas, mas decorrem do acúmulo excessivo de sedimentos oriundos da descarga dos rios, na baixa taxa de renovação das massas de água e no acúmulo dos sedimentos em bancos lodosos de M. charruana. Esses processos podem causar impactos diferenciados nas associações da macrofauna bentônica através do aumento na carga de deposição e distribuição desses sedimentos. Na porção interna da Baía da Babitonga foram realizados estudos ao longo de três anos para determinar a composição, a densidade e os padrões de distribuição da macrofauna bentônica em três bancos lodosos. As amostragens da macrofauna bentônica foram realizadas no inverno e no verão dos anos de 2004, 2005 e 2006 nas desembocaduras dos rios Parati, Cachoeira e Palmital. Com um delimitador foram retiradas amostras da macrofauna bentônica em cada um dos bancos, que foram fixadas e lavadas em peneiras com abertura de 500 μm. Foram retiradas amostras de sedimento e de água de percolação para a análise de parâmetros sedimentológicos, físicos e químicos. A temperatura da água e a salinidade seguiram os padrões esperados nas estações dos anos e a salinidade variou de acordo com a proximidade dos bancos lodosos de áreas de maior aporte fluvial. A baixa porcentagem de matéria orgânica no rio Palmital ocorreu pela origem fluvial do sedimento e à elevada intensidade das correntes, que elevaram a proporção de areia quando com comparado aos demais rios. A composição das associações da macrofauna bentônica no rio Palmital foi distinta dos demais rios. Em geral, essas associações tenderam a acompanhar a variação na composição do sedimento nos bancos lodosos e a elevada densidade de M. charruana. O estudo indicou que esse organismo pode ter um papel de organismo estruturador das comunidades bentônicas em bancos lodosos no interior da baía.

Aleitamento materno e mortalidade infantil em Joinville: estimativa de óbitos evitáveis

  • Maria Beatriz Reinert do Nascimento, MSc, beanascimento@infomedica.com.br
  • Marco Antonio Moura Reis, Dr(a), mmoura@infomedica.com.br
  • Selma Cristina Franco, Dr(a), scfranco@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: aleitamento materno, mortalidade infantil, promoção da saúde

A mortalidade em crianças com idade inferior a 1 ano é um dos mais importantes marcadores da qualidade de vida e das condições de saúde de uma comunidade. No Brasil, tem-se observado, nas últimas décadas, uma redução significativa da mortalidade na infância, fruto, entre outros fatores, dos progressos sociais e da melhoria da assistência materno-infantil. Entre as ações estratégicas amplamente aceitas pela comunidade acadêmica para a prevenção de mortes na infância, destacamos o incentivo ao aleitamento materno. Estima-se que número significativo de mortes poderiam ser evitadas com a simples medida de garantir que lactentes jovens recebessem o leite humano como única fonte de alimentação, e fosse o aleitamento mantido pelo menos até o primeiro ano de vida. O objetivo deste estudo é descrever o perfil da mortalidade infantil e estimar o impacto possível da amamentação na redução dos óbitos em crianças menores de 1 ano no município de Joinville (SC). Trata-se de estudo transversal baseado nos dados da mortalidade infantil entre 2001 e 2005 e informações sobre amamentação a partir de um inquérito populacional realizado no Dia Nacional de Vacinação em 2005 no município de Joinville. Foi calculada a fração de mortalidade evitável por diarréia e infecção respiratória por faixa etária e o número de mortes preveníveis pelo aleitamento materno. Os resultados mostram que nesse período houve 258 óbitos infantis. Os resultados mostram um coeficiente de mortalidade infantil de 7,24 por mil, considerado bastante baixo para a realidade brasileira e mesmo do sul do país. As mães têm idade média de 24,2 anos, sendo 25,6% delas adolescentes. A escolaridade é boa (54% estudaram 8 anos ou mais), 49% são primíparas e 92% realizaram pré-natal. O índice de cesariana foi 50,2%, considerado bastante elevado. A maioria das crianças nasceu com baixo peso (69%) e foi classificada como de risco (80,5%), sendo 64,8% prematuras. Os coeficientes de mortalidade neonatal foi de 66,5% (51,4% precoce e 15,1% tardia), sendo que 91,5% das crianças obituaram antes dos 6 meses de idade. O impacto do aleitamento materno sobre a mortalidade infantil por diarréia e infecção respiratória foi insignificante (0,0373 óbitos evitáveis no período estudado), mostrando que em regiões desenvolvidas, as políticas públicas e a qualidade de vida são fatores determinantes do quadro de mortalidade infantil. Isso não siginifica obviamente que nestas regiões a prática do aleitamento materno possa ser negligenciada, uma vez que seu efeito protetor já está estabelecido e é inquestionável.

ASPECTOS BIOLÓGICOS DO ROBALO Centropomus parallelus NAS ÁREAS COSTEIRAS DE SANTA CATARINA, BR.

  • Iuri Salim Anni, Graduando, iuri.salim@gmail.com
  • Pedro Carlos Pinheiro, Dr(a), pedro.c@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: cCentropomus parallelus, alimentação, crescimento

Os principais objetivos do estudo visam analisar o nicho alimentar para a espécie de robalo Centropomus parallelus. Esta espécie é considerada um importante recurso pesqueiro da costa do Brasil e o resultado obtido será importante ferramenta de manejo e contribuirá substancialmente à formulação de recomendações que visem a exploração sustentável deste recurso pesqueiro na Baia da Babitonga – SC. Os robalos analisados neste estudo serão amostrados do desembarque, comercialização da pesca de pequena escala e da pesca esportiva nas seguintes localidades: Baía da Babitonga, Mercado de Peixe do Município de São Francisco do Sul, guias e pescadores amadores da pesca esportiva e da Feira livre do Balneário da Barra do Sul. As amostragens serão obtidas no período entre novembro de 2006 a agosto de 2007. Durante esse período estão previstas duas campanhas em cada mês para a coleta das amostras. Cada peixe examinado tem os registros anotados na ficha de dados de cada uma das espécies. O crânio e as vísceras retiradas serão acondicionados em sacos plásticos devidamente lacrados e o código anotado na ficha de dados. Através da análise dos itens encontrados nos estômagos, podem-se reconhecer as relações inter e intra-específicas da dieta, e da relação com os parâmetros reprodutivos, de crescimento e variações sazonais, já que o hábito alimentar de uma espécie pode variar qualitativamente durante o desenvolvimento. Os tratos digestivos eviscerados serão seccionados com tesoura cirúrgica, separando-se os estômagos dos intestinos. Todo o conteúdo estomacal será retirado e filtrado com uma bomba à vácuo para que seja retirado a maior quantidade possível de água e logo após o total filtrado será pesado e armazenado em pequenos recipientes, devidamente identificados e conservados em álcool 70 %. Cada categoria alimentar será identificada ao nível taxonômico mais baixo possível (família, gênero ou espécie). Os itens serão contados e pesados para obtenção do peso úmido das categorias identificadas. As freqüências numérica, de ocorrência e gravimétricas serão calculadas para cada item alimentar para expressar a importância quantitativa das diferentes presas nas dietas dos peixes. O índice de importância relativa (IIR) será calculado para todos os itens analisados. Os resultados e conclusões que serão obtidos neste estudo poderão contribuir para o ordenamento da pesca sustentável do robalo, baseadas em informações obtidas através de um estudo biológico das espécies capturadas na região. Assim, os estudos de sustentabilidade pesqueira em ambientes lagunares destas e de outras espécies de interesse econômico estarão muito perto de serem firmados.

Avaliação da atividade antioxidante de extratos otimizados de Passiflora edulis Sims.

  • Patrik Oening Rodrigues, MSc, patrikoening@gmail.com
  • Camila Emanuela Aguiar, Graduando, mimilahh@hotmail.com
  • Fernanda Duarte, Graduando, fernanda__luz@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Antioxidante, Extratos otimizados, Passiflora edulis Sims.

Introdução: Os flavonóides constituem uma importante classe de polifenóis presentes em relativa abundância entre os metabólitos secundários vegetais, a exemplo da Passiflora alata, o maracujá. Esses compostos podem estar associados com a atividade antioxidante, que tem como função de proteger o organismo da ação danosa dos radicais livres. Objetivo: O objetivo deste trabalho é determinar a atividade antioxidante das soluções extrativas de Passiflora alata em extratos otimizados por um modelo fatorial. Metodologia: As soluções extrativas foram obtidas a partir modelo matemático denominado plano fatorial. Os 4 fatores estudados e seus respectivos níveis foram: tempo de maceração (8 e 4 dias), granulometria (6,0 e 1,0 mm), teor alcoólico (90% e 30%) e proporção droga:solvente (1:15 e 1:5; m/V), sendo que para cada um destes fatores foram incluídos pontos centrais: 5 dias, 3,5 mm, 60% e 1:10, respectivamente. Este planejamento constitui um plano fatorial 24. Para a determinação da atividade antioxidante foi utilizado o método de Cavin et al. (1998) e Bouchet et al.(1998) - Soluções estoques dos extratos foram diluídas de 1 a 8 vezes em metanol. Dois mL de solução metanólica de DPPH 0,004% adicionou-se a 1 mL de extrato em diferentes concentrações (A1), e dois mL da solução de DPPH adicionado à 1 mL de metanol, como controle negativo (A3). Os valores das absorbâncias foram medidas no espectrofotômetro UV-VIS em um comprimento de onda de 517 nm, que foram convertidos à percentagem de atividade antioxidante (AA). O branco foi constituído por dois mL de metanol adicionado a 1 mL do extrato em questão. Resultados e Conclusão: A partir do planejamento fatorial obtiveram-se 12 extratos. Dos 12 extratos obtidos, todos demonstraram efetiva atividade antioxidante, o extrato 12 teve maior atividade comparando com os outros, pois em menor concentração apresentou uma maior capacidade de doar moléculas de hidrogênio, essa capacidade consiste, pois o radical DPPH tem a característica de reduzir-se na presença de compostos doadores de hidrogênio, e isso pode ser visualizado pela coloração que de violeta passa para amarelo, estabilizando-se. A comparação dos extratos quanto à atividade antioxidante pode ser vista através do IC50 que foi a concentração necessária para exercer 50% da atividade antioxidante. O IC50 dos extratos quando comparados a do padrão (ácido gálico) foi muito alto, o IC50 do padrão foi de 3,14 µg/mL enquanto o extrato 12 obteve um IC50 de 454,91 µg/mL.

Apoio / Parcerias: Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Avaliação de técnicas de monitoramento do índice de condição para o mexilhão Perna perna.

  • Adriano W.C. Marenzi, Dr(a), marenzi@univali.br
  • Cláudio Rudolfo Tureck, MSc, ctureck@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Índice de condição, Mexilhão, Perna perna

O índice de condição é a quantidade de tecidos vivos e/ou gametas em um organismo. Nos mexilhões (família mitilidae) o tecido germinativo se estende por todo o manto equivalendo a 90% do peso total da carne quando maturo. Na maricultura mundial o cultivo do mexilhão contribui significativamente com a produção de alimento, o no Brasil o estado de Santa Catarina é líder nesta atividade. Nesta produção a flutuação do índice de condição representa ganho ou perda de produto na medida em que liberam ou produzem material reprodutivo, determinando o lucro dos produtores. O presente estudo foi realizado em parques de cultivo de São Francisco do Sul (SC), onde se analisou o índice de condição de mexilhões objetivando comparar dois métodos de determinação deste índice, sendo um com métodos e materiais científicos e outro, utilizado pelo setor produtivo, com base no conhecimento empírico. Este trabalho comparou estas duas técnicas para determinar se ambas produzem a mesma informação e o grau de confiança nos resultados. As coletas foram realizadas quinzenalmente no período de um ano, de junho/2005 a junho/2006, sendo retirados para cada experimento 30 mexilhões com comprimento entre 7 e 8 cm pesados e medidos individualmente. No método cientifico os tecidos (partes moles) do molusco foram retirados da concha e mantidos em estufa a 60 ºC por 48 horas para obtenção do peso seco individual e para o cálculo do IC utilizada a fórmula: IC = peso seco das partes moles / (peso total – peso da concha seca) não apresentado uma unidade específica. No método dos produtores os mexilhões foram pesados, cozidos em 200 ml água por 5 minutos retiradas e pesadas as partes moles para calcular a proporção das partes moles cozidas em relação ao peso total inicial. Os resultados evidenciam que os dois métodos variaram de forma semelhante segundo a data de coleta não havendo diferenças estatísticas significativas no teste aplicado (Kolmogorov & Smirnov). Considerando que os dois modelos podem ser aplicados com segurança na determinação do Índice de Condição do mexilhão P.perna, recomenda-se para o setor produtivo o uso do modelo empírico, um método simples e de baixo custo, porém eficiente para monitorar a produção e aumentar a produtividade dos cultivos.

Apoio / Parcerias: SEAP/CNPq/UFSC, UNIVALI, EPAGRI, ASOCIAÇÃO DE MARICULTORES

Avaliação química e da bioatividade no modelo de Artemia salina de soluções hidroetanólicas das partes aéreas de Ocimum basilicum L.

  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@gmail.com
  • Mayara Medeiros Doile, Graduando, mayaradoile@gmail.com
  • Gustavo de Almeida Chagas Fernandes, Graduando, gu_shurato@terra.com.br
  • Marcos Rodrigues, Graduando, marcos_jlle@yahoo.com.br
  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, cynt.bc@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Ocimum basilicum, CL50, Artemia salina

O Ocimum basilicum L. (manjericão) é utilizado popularmente contra inflamações e convulsões. Os objetivos deste trabalho foram preparar e caracterizar soluções extrativas hidroetanólicas 70% (SE), frações de partição e de coluna cromatográfica obtidas de O. basilicum e avaliar a bioatividade dessas preparações no modelo de Artemia salina. As SE (maceração de 8 dias; proporção droga:líquido extrator 1:20) foram caracterizadas por cromatografia em camada delgada (CCD - gel de sílica-200 μm), revelada sob luz visível, 254 e 360 nm, bem como após reação com anisaldeído sulfúrico 0,5%. A caracterização da FLEP (fração de coluna) foi realizada por cromatografia em camada delgada, utilizando-se um sistema cromatográfico em gradiente. A análise da FEP (fração éter de petróleo de partição) e da FLEP por cromatografia gasosa (CG) permitiu evidenciar a purificação da FLEP em relação à solução extrativa. As SE de flores e folhas foram caracterizadas pelo eluente Acetato de etila:Ácido fórmico:Ácido Acético:Água 50:11:11:7, enquanto a SE de caules apresentou melhor perfil cromatográfico com o eluente Butanol:Ácido Acético:Água 6:1:5. As SE de folhas e flores apresentaram diferenças entre seus perfis, apesar de caracterizadas com o mesmo eluente. A SE de flores apresentou maior letalidade sobre larvas de artemia (CL50=10,6 μg/mL), enquanto as SE de caules e folhas demonstraram poder letal relativamente semelhantes 26,6 e 35,4 μg/mL, respectivamente. Duas substâncias com tempos de retenção de 5,91 e 6,94 minutos representam 55% da concentração total de FLEP. O teor de flavonóides totais para a FEP foi de aproximadamente 10%, enquanto na FLEP estes metabólitos não foram detectados. Os espectros obtidos na identificação de carotenóides por espectrofotometria no ultravioleta/visível são característicos destas substâncias e evidenciam a presença de substâncias análogas ao a-caroteno ou luteína na FLEP. A característica de lipossolubilidade apresentada pela fração, os resultados no UV e os cromatogramas obtidos por CG sugerem que as duas substâncias majoritárias encontradas na FLEP sejam carotenóides. As diferenças químicas e biológicas observadas nas preparações são importantes e indispensáveis para direcionar a pesquisa do O. basilicum.

Caracterização cromatográfica, avaliação da bioatividade no modelo de Artemia salina e avaliação pré-clínica dos efeitos anticonvulsivantes de soluções extrativas hidroetanólicas de Ocimum basilicum L.

  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@gmail.com
  • Maiko Luis Tonini, Graduando, maikotonini@hotmail.com
  • Renato Risi, Graduando, rasrisi@terra.com.br
  • Adauton Michelon, Graduando, adelaidexxe@hotmail.com
  • Joana Izabela Bertoldi Froehlich, Graduando, joanafroehlich@gmail.com
  • Philipe Costa, Graduando, philipe.costa@gmail.com
  • Patrik Oening Rodrigues, Graduando, patrikoening@gmail.com
  • Gustavo de Almeida Chagas Fernandes, Graduando, gu_shurato@terra.com.br
  • Marcos Rodrigues, Graduando, marcos_jlle@yahoo.com.br
  • Mayara Medeiros Doile, Graduando, mayaradoile@gmail.com
  • Keila Atanazio Fortunato, Graduando, keila.afortunato@gmail.com
  • Manoel Ribeiro Junior, Graduando, manoel_7@hotmail.com
  • José Eduardo da Silva Santos, Graduando, jessantos@ufpa.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Ocimum basilicum, anticonvulsivante, Artemia salina

O Ocimum basilicum L. (Lamiaceae) é popularmente conhecido como alfavaca e manjericão, sendo empregado na medicina tradicional para o tratamento de convulsões. Os objetivos do trabalho foram preparar soluções extrativas hidroetanólicas 30% (SE30) e 70 % (SE70) a partir de folhas de O. Basilicum, avaliar a bioatividade desses extratos no modelo de Artemia salina e avaliar a atividade anticonvulsivante de SE70 em modelos de convulsões induzidas por pentilenotetrazol (PTZ) e pilocarpina (PL), bem como investigar sua influência sobre o tônus muscular, movimentação espontânea e potencialização do tempo de sono induzido pelo pentobarbital sódico (PS). As SE (maceração de 8 dias; proporção droga:líquido extrator 1:20) foram caracterizadas por cromatografia em camada delgada (CCD - gel de sílica-200 μm), reveladas sob luz visível, 254 e 360 nm, bem como após reação com anisaldeído sulfúrico 0,5% (AS). A SE30 foi caracterizada pelo eluente Acetato de etila:Ácido fórmico (50:11), enquanto a SE70 apresentou melhor perfil cromatográfico com o eluente Acetato de etila:Ácido Fórmico:Água (50:11:16). As SE 30 e 70% apresentaram diferenças entre seus perfis, em função da natureza dos líquidos extratores (polaridades diferentes). Avaliou-se também a bioatividade no modelo de A. salina, demonstrando-se que a SE70 apresentou concentração letal 50% (CL50) de 10,85 µg/mL para a SE70 e de 13,62 µg/mL para a SE30. O tratamento dos camundongos com a SE70 na dose de 800 mg/kg aumentou significativamente a latência para o aparecimento das convulsões induzidas pelo PTZ, assim como o tempo de vida. A mortalidade induzida pelo PTZ foi reduzida de 83,3 % nos animais tratados com água (grupo controle) para 0 % nos que foram tratados com a SE na dose de 800 mg/kg. Entretanto, no modelo de convulsões induzidas pela PL este efeito não foi observado. A SE não demonstrou influência sobre a movimentação espontânea, tônus muscular e tempo de sono induzido pelo PS. Estes resultados sugerem que a SE possui atividade anticonvulsivante não relacionada com a depressão do sistema nervoso central e redução do tônus muscular.

Comparação do índice de condição do mexilhão Perna perna (Linnaeus, 1758) cultivado em ambiente praial e estuarino na região de São Francisco do Sul.

  • Cláudio Rudolfo Tureck, MSc, ctureck@univille.br
  • Adriano W.C. Marenzi, Dr(a), marenzi@univali.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Indice de condição, mexilhão, Perna perna

Na maricultura mundial o cultivo do mexilhão contribui significativamente com a produção de alimento no setor pesqueiro e, no Brasil, o estado de Santa Catarina, é líder nesta atividade, cultivando a espécie Perna perna. Uma característica destes organismosé que o tecido germinativo se estende por todo o manto, equivalendo de 70 a 30% do peso da carne. O Índice de Condição identifica a quantidade de gametas em relação ao peso ou volume total do mexilhão, variando na medida em que este produz ou libera material reprodutivo. Nos cultivos, o monitoramento determina o período de colheita e coleta de larvas, contribuindo assim, também na preservação dos bancos naturais. O objetivo deste trabalho foi avaliar através do monitoramento do I.C dois ambientes de cultivo, identificando onde o mexilhão apresenta maior índice de condição e, conseqüentemente, maior produtividade. Foram analisados mexilhões cultivados na Praia de Enseada, um ambiente praial, e na baía da Babitonga, um ambiente estuarino. As coletas foram realizadas quinzenalmente no período de junho/2005 a junho/2006, sendo retirados 30 mexilhões de cada local com comprimento entre 7 e 8 cm. Os mexilhões foram individualmente pesados, medidos e determinado o sexo pela observação da coloração do manto (machos branco / fêmeas alaranjado). A identificação do estádio do ciclo sexual se fez pelo aspecto do manto, descriminado os imaturos dos maturos, sendo este subdividido em 3 estadios: manto repletos de gametas (estádio A); manto pouco espesso podendo se tornar transparente (estádio B); fase de gametogênese, havendo restauração dos folículos no mando (estádio C). O I.C. foi determinado retirando os tecidos (partes moles) do molusco, pesando este material e o transferindo individualmente para uma estufa para obtenção do peso seco. Com estes dados se calculou do I.C. pela fórmula: IC = peso seco das partes moles / (peso total – peso da concha seca). Os mexilhões da baía da Babitonga apresentaram uma média de I.C. superior (11,14) aos da Enseada (9,99) na maioria das coletas, com exceção da primeira quinzena de julho e março e segunda quinzena de agosto. O melhor desenvolvimento gonádico apresentado na maior parte do ano na baía da Babitonga pode estar relacionado com o aporte de nutrientes característico das regiões estuarinas. Porém, a confirmação desta característica só poderá ser realizada com os resultados dos estudos de composição de seston e da clorofila a dessas regiões. As diferenças de IC indicam claramente períodos diferenciados de desova mesmo para locais próximos geograficamente.

Apoio / Parcerias: SEAP;CNPq;Laboratório de Moluscos Marinhos - UFSC;UNIVALI;EPAGRI;PMSFS;Associação de Maricultores de SFS

Disponibilidade de presas e distribuição de pequenos cetáceos no estuário da baía da Babitonga: oportunismo ou seletividade?

  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), marta.cremer@univille.net
  • Pedro Carlos Pinheiro, Dr(a), pedro.pinheiro@univille.br
  • Fernando Augusto Sliva Hardt, MSc, fehardt@yahoo.com.br
  • Antonio Jose Tonello Júnior, Graduando, tonellojr@yahoo.com.br
  • Paulo César Simões-Lopes, Dr(a), lamaqsl@ccb.ufsc.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: distribuição, presa-predador, forrageamento

A distribuição das presas é considerada um dos principais fatores que influencia a distribuição de populações de pequenos cetáceos, principalmente na zona costeira. Foram analisadas as comunidades ictíicas em áreas de concentração e áreas não utilizadas por Sotalia guianensis (boto-cinza) e Pontoporia blainvillei (toninha), assim como a distribuição espacial destas espécies. As áreas de concentração se caracterizaram pela abundância das principais espécies de presas da toninha, que em geral dominaram a comunidade. O canal de acesso, raramente utilizado, apresentou uma abundância reduzida das presas. O inverno foi o período mais crítico pela redução da biomassa das presas, com exceção da área da Ilha do Mel. Esta área não foi utilizada pelas toninhas, embora os botos-cinza a tenham utilizado em algumas ocasiões. A pouca utilização da área pode ser atribuído à sua baixa qualidade ambiental, em comparação às outras áreas. As principais espécies de teleósteos predadas pela toninha foram selecionadas em função do tamanho, da mesma forma que para o boto-cinza. Dentre as 7 espécies de presas compartilhadas pelas espécies, a toninha predou os maiores indivíduos de 2 espécies. Os dados corroboram a hipótese de que a toninha é generalista e oportunista na sua dieta, predando sobre os recursos mais abundantes. O boto-cinza, embora também generalista, seleciona presas de ocorrência reduzida. A toninha pode ter um importante papel no controle populacional das espécies de peixe dominantes nas comunidades ictíicas.

Apoio / Parcerias: Funcitec

ESTUDO DE ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA A CAPTAÇÃO DE SEMENTES DE MEXILHÃO Perna perna (Linné, 1758) EM SÃO FRANCISCO DO SUL, SANTA CATARINA

  • José Maria de Souza da Conceição, MSc, zzze.maria@yahoo.com.br
  • Guilherme Budal Wiest, Graduando, guitatoo@bol.com.br
  • Jeferson Luiz Cousseau Serena, Graduando, jefersonserena47@yahoo.com.br
  • Daliana Bordin, Graduando, ddbordin@bol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Mitilicultura, Perna perna, baía da Babitonga

Este trabalho analisou, em outono e inverno, a coleta de sementes de Perna perna em Enseada, São Francisco do Sul (SC). Cabos coletores tipo canadense e branco foram utilizados em estrutura flutuante entre abril e agosto de 2006. Os cabos foram analisados no laboratório e os resultados expressos em número de sementes por metro de cabo. Foram captadas 11.180 sementes de bivalves, sendo que 8.934 eram de P. perna (aproximadamente 79,9% do total). O cabo canadense captou mais sementes do que o cabo branco. A coleta mais produtiva foi quando os cabos já estavam no fim do trabalho. Em agosto os cabos apresentaram um assentamento elevado, indicando um pulso de sementes e que o coletor tipo branco seria mais produtivo para o assentamento dos menores indivíduos. O período de outono e inverno embora seja considerado menos produtivo pelos maricultores mostrou bons resultados em termos de densidade de sementes obtidas. Este fato também indicaria a possibilidade de obtenção de sementes durante o ano todo e não somente em primavera e verão, sendo que estudos mais detalhados e por mais tempo devem ser realizados na área de estudo. O trabalho agrega conhecimento sobre meios de obtenção de sementes sustentavelmente, evitando a procura em bancos naturais.

Apoio / Parcerias: Federação das Associações de Maricultores de Santa Catarina (FAMASC)

Hábito alimentar de populações simpátricas de Sotalia guianensis e Pontoporia blainvillei em ambiente estuarino

  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), marta.cremer@univille.net
  • Pedro Carlos Pinheiro, Dr(a), pedro.pinheiro@univille.br
  • Paulo César Simões-Lopes, Dr(a), lamaqsl@ccb.ufsc.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: dieta, Sotalia guianensis, Pontoporia blainvillei

Os pequenos cetáceos são predadores de topo de cadeia, assumindo um importante papel nas relações tróficas do ecossistema. O objetivo do presente trabalho foi analisar a dieta de populações simpátricas de pequenos cetáceos em ambiente estuarino. Foi analisado o conteúdo estomacal de oito exemplares de Sotalia guianensis (boto-cinza) (164,62 cm ± 23,14 cm) e oito de Pontoporia blainvillei (toninha) (98,81 cm ± 32,47cm) encontrados mortos na região da baía da Babitonga. Durante a necropsia os estômagos foram coletados e congelados para análise posterior. Em laboratório o conteúdo estomacal foi lavado com água corrente sobre um jogo de 3 peneiras, com malhas de 2 mm, 850 µm e 425 µm. Os itens alimentares foram triados, sendo utilizados os otólitos saggita para identificação de teleósteos e bicos córneos para cefalópodes. Os otólitos e bicos córneos foram identificados em nível de espécie com o auxílio de literatura especializada e o comprimento do espécimen foi calculado através de equações de regressão específicas, quando disponíveis. Ambas as espécies consumiram preferencialmente teleósteos, seguido de cefalópodes e crustáceos. A dieta de P. blainvillei foi composta por 12 espécies de teleósteos, com destaque para Stellifer rastrifer e Cetengraulis edentulus. S. guianensis predou sobre 19 espécies, sendo as principais Mugil curema e Micropogonias furnieri. Seis espécies de presas foram compartilhadas na dieta dos cetáceos. Lolliguncula brevis foi o único cefalópode identificado. A toninha capturou presas de maior comprimento (z = -3,38; n = 40; p < 0,05) e biomassa (z = -2,46; n = 40; p < 0,05) em relação ao boto-cinza (Tabela 4).Não houve diferença no tamanho dos indivíduos de Stellifer brasiliensis predados por ambas as espécies (t = 1,53; n = 26; p > 0,05), assim como para Cetengraulis edentulus (t = 0,95; n = 26; p > 0,05). Para M. furnieri a toninha predou indivíduos menores. A amplitude do nicho trófico foi estimada em 0,96 para o boto-cinzae 0,63 para a toninha.Os dados indicam que estas espécies são polífagas generalistas, embora não seja possível inferir sobre a seletividade em relação às presas.

Ilhas da Babitonga: diversidade florística em ecossistemas insulares: 8 ilhas

  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karin@furb.br
  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, crinnert@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Baia da Babitonga, florística, ecossistemas insulares

A Baía da Babitonga, no litoral norte do Estado de Santa Catarina, uma das principais formações estuarinas do sul do Brasil, comporta cerca de 24 ilhas com formações vegetacionais de Floresta Ombrófila Densa, Restinga e Manguezal. Visando conhecer a composição florística de oito destas ilhas (Barcos, Flores, Grande, Guaraqueçaba, Herdeiros, Mandigituba, Papagaios e Rita), foram realizadas visitas mensais coletando-se material fértil, que foi herborizado, identificado e incluído no acervo do Herbário Joinvillea. Fabaceae foi a família com mais espécies identificadas -24, com ênfase para Andira fraxinifolia Benth. e Dalbergia ecastophyllum (L.) Taub. De Orchidaceae foram identificadas 23 espécies, sendo muito representativas Liparis nervosa (Tunb.) Lindl. e Cyrthopodium paranaense Schultr. De Myrtaceae foram 17 espécies, com destaque para Eugenia uniflora L. e Myrcia brasiliensis Kiaersk. Também foram identificadas 30 espécies de Pteridophyta, como Cyathea atrovirens (Langsd & Fisch) Domim. e Microgramma vaciniifolia (Cav.) Hook. & Grev., e espécies de outras famílias como Clusiaceae (Clusia criuva Camb.), Lauraceae (Ocotea pulchella Mart.), Euphorbiaceae (Pera glabrata (Schott.) Baill.), Meliaceae (Guarea macrophylla Vahl.), Sapindaceae (Cupania oblongifolia Mart.). Além de árvores e arbustos, 61 espécies de lianas foram identificadas, com destaque para Davilla rugosa Poir., Paullinia trigonia Vell. e Canavalia bonariensis Lind. Este trabalho integra o Projeto Ilhas da Babitonga: diversidade florística em ecossistemas insulares, que visa conhecer a composição florística das vinte e quatro ilhas da baía.

Apoio / Parcerias: FAPESC

Influência da radiação solar ultravioleta sobre o fitoplâncton da área da Baía da Babitonga

  • Lineu Fernando Del Ciampo, MSc, lineu.delciampo@univille.br
  • Geisa Rafaela Pereira, Graduando, geisarpp@gmail.com
  • Cláudio Rudolfo Tureck, MSc, ctureck@univille.br
  • Paulo Ivo Koehntopp, MSc, pkoehntopp@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: radiação solar ultravioleta, fitoplâncton, Baía da Babitonga

O objetivo deste projeto é o estudo dos efeitos da radiação solar ultravioleta (UV) e de poluentes antropogênicos sobre produtores primários da área da Baía da Babitonga, através do estudo da dinâmica do fitoplâncton. O monitoramento da UV foi realizado por um instrumento ELDONET de três canais. As alterações nos parâmetros de movimento do plâncton, em contato com toxinas, foram estudadas com o instrumento ECOTOX, que opera de forma não invasiva e através da análise de imagens em tempo real. A Baia da Babitonga sofre efeitos de poluição antropogênica de seis municípios eminentemente agrícolas e industriais que a cercam: Araquari, Barra do Sul, Garuva, Itapoá, Joinville e São Francisco do Sul. A este fato são somadas doses diárias significativas de radiação solar ultravioleta (UV), que influenciam a dinâmica dos produtores primários, como o fitoplâncton. Os organismos que compõem o plâncton vivem nas camadas superiores dos oceanos, onde buscam radiação solar suficiente para fotossíntese. Estes organismos podem ser severamente afetados por um intenso nível de UV. Análises realizadas em amostras destes organismos, coletados no interior na Baia, mostraram forte dependência da intensidade da UV. Os testes consistiram da verificação da migração vertical diurna, através de contagem de organismos existentes em uma coluna de água, inoculada com as amostras. O flagelo Euglena gracilis foi utilizado em um instrumento ECOTOX para a análise de amostras de águas coletadas junto á foz dos rios Cachoeira e Parati. Os resultados indicaram que, mesmo em baixas concentrações, já é percebido um percentual de inibição nos principais parâmetros fisiológicos do flagelo, como mobilidade, fototaxia, gravitaxia, velocidade e forma, o que significa que as amostras encontravam-se contaminadas por toxinas. Os resultados obtidos sugerem que as toxinas existentes na Baía da Babitonga, associadas aos índices da UV incidente, podem causar perdas substanciais na produção de biomassa, com conseqüências no equilíbrio ecológico, na produção de alimentos para seres humanos, na manutenção dos níveis de oxigênio na atmosfera e ao clima global.

Apoio / Parcerias: Friedrich-Alexander Universität (FAU) – Institut für Botanik und Pharmazeutische Biologie – Erlangen – Deutschland

International Advanced Marine Biology Course 2007 - uma experiência transdisciplinar

  • Lineu Fernando Del Ciampo, MSc, lineu.delciampo@univille.net
  • Paulo Ivo Koehntopp, MSc, pkoehntopp@univille.br
  • Cláudio Rudolfo Tureck, MSc, ctureck@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Biologia Marinha, Transdisciplinaridade, Baía da Babitonga

Dentro das parcerias internacionais realizadas pela Univille, mencionamos a com a Universidade de Erlangen – Alemanha. Esta parceria vem proporcionando o intercâmbio de pesquisadores, professores, acadêmicos, bem como o aperfeiçoamento técnico-científico, a partir da qual realizou-se um curso internacional avançado de biologia marinha, realizado em março de 2007, nas instalações da Unidade de Iperoba. O curso destinou-se a alunos e professores dos Departamentos de Biologia, Biologia Marinha, Engenharia Ambiental e Engenharia Química, tendo abordado os seguintes tópicos: WINTRACK- Computerized image analysis; ECOTOX - Ecotoxicological measurements; Plant pigments - photosynthesis and photoprotection; PAM measurements - assessment of photosynthetic performance; Measurement of photosynthetic oxygen evolution and respiration; Collection of algae, plankton and sediments; Anatomy and histology of macroalgae, phytoplankton and cyanobacteria; Diurnal vertical distribution of phytoplankton. Para os alunos foi muito relevante a participação em um evento desta natureza, uma vez que estiveram envolvidos com atividades de ensino, pesquisa e extensão, em seus aspectos teóricos e práticos, além da convivência com pesquisadores estrangeiros de renome internacional.

Levantamento de periódico das condições físicas das trilhas e seu efeito sobre seu manejo sustentável.

  • Elzira Maria Bagatin Munhoz, MSc, elzira.b@univille.net
  • Rodrigo Otavio Batista, Graduando, rbatista@univille.net
  • Fabricio Meier Schmitz, Graduando, f.meier@univille.net
  • Claudio Turecke, MSc, ctureck@univille.br
  • Sidnei da silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br
  • Tarcíssio Possamai, MSc, tpossamai@univille.net
  • Fábio Luis Quant, Graduando, fabio.quandt@gmail.com

Univiersiade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Monitoramento de trilha, Capacidade de carga, Mata Atlânica

Coerentes com a perspectiva de utilização das Trilhas interpretativas implantadas e monitoradas pelo PROGRAMA Trilhas, para o desenvolvimento de práticas em educação e interpretação ambiental, volta-se o Programa para o estudo dos potenciais impactos decorrentes das diversas formas de uso destes espaços. É neste contexto que o mesmo leva a efeito, periodicamente, o estudo da capacidade de carga das trilhas implantadas no CEPA Rugendas (São Bento do Sul), CEPA Vila da Glória (São Francisco do Sul), e, mais recentemente na trilha de apoio ao futuro Jardim Botânico da UNIVILLE, no campus universitário, em Joinville/SC. A metodologia inscreve-se nas propostas de CIFUENTES (1992), e objetiva, através da análise de parâmetros físicos, biológicos e sociais definidos, caracterizar a capacidade de uso das trilhas, isto é, o comprometimento das mesmas frente as demandas internas e externas propostas pelo Programa. Na prática, as trilhas são divididas em trechos delimitados pelas diferentes formas de uso: múltiplos, pedagógicos, de pesquisa entre outros. Através da quantificação e dimensionamento de fatores como a susceptibilidade à erosão, declividade, pluviosidade, as restrições associadas ao afugentamento de aves e outros animais, além dos aspectos ligados a infra-estrutura existente, disponibilidade de equipamentos, dentre outros. Assim, são elaborados perfis planialtimétricos das condições ambientais das trilhas, que permitem acompanhar a evolução do ambiente local, identificando locais e situações de maior fragilidade, que são considerados na delimitação dos usos destes espaços. O estudo realizado pela equipe do Programa constitui elemento fundamental da regulação das trilhas, de sua capacidade de resiliência, garantindo assim a integridade da linha de uso sustentável das trilhas pela instituição.

Levantamento Etnofarmacológico: Uma Estratégia Para o Ensino de Botânica no Curso de Farmácia.

  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, crinnert@univille.br
  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@gmail.com
  • Giovana Carolina Bazzo, MSc, gbazzo@univille.br

Universidade da Região de joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Levantamento etnofarmacológico, Ensino, Botânica

Os acadêmicos do curso de Farmácia muitas vezes não observam a relevância da disciplina de Botânica para sua formação profissional. Buscando quebrar este paradigma, foram desenvolvidas atividades a partir de um levantamento etnofarmacológico, para que os acadêmicos verificassem junto à população, quais plantas eram empregadas para o tratamento de seus problemas de saúde. De início os estudantes foram agrupados em equipes para definir questões relevantes a serem investigadas durante as entrevistas. Em seguida as equipes expuseram ao grande grupo as questões produzidas, elaborando coletivamente o questionário a ser utilizado nesta atividade. Posteriormente, os acadêmicos foram a campo para entrevistar membros da comunidade local, obtendo amostras das plantas usadas como medicinais. No Herbário da UNIVILLE tais plantas foram prensadas, desidratadas e identificadas. Após a identificação do material botânico, os acadêmicos pesquisaram em bases científicas a confirmação da atividade atribuída às plantas coletadas. Em seguida foi realizada uma busca em farmácias, ervanários e supermercados, para conhecer quais dentre as plantas cultivadas pela comunidade eram comercializadas, sob que formas (chás, xaropes, comprimidos, etc.) e se eram indicadas para os mesmos fins observados no levantamento etnofarmacológico. Amostras de chás a granel e em saches destas plantas foram adquiridas e analisadas à luz da legislação vigente, conduzindo os acadêmicos ao estudo da farmacobotânica (verificação da pureza e qualidade do material analisado). Paralelamente, junto à disciplina de Controle de Qualidade, foram realizadas análises microbiológicas para verificar a presença de fungos e bactérias nas amostras. Durante o processo, as professoras das disciplinas atuaram como mediadoras, estimulando os estudantes a produzirem seu conhecimento. As exsicatas e informações obtidas foram incorporadas a uma pasta-herbário utilizada para avaliar a atividade. Ao final das atividades, os acadêmicos redigiram um artigo no qual relataram os resultados das análises. Este trabalho terá continuidade no ano seguinte, na disciplina de Farmacognosia. O levantamento etnofarmacológico forneceu elementos que puderam ser explorados ao longo do ano letivo, mostrando-se uma ferramenta pedagógica de relevância no processo de ensino-aprendizagem. A incorporação dessa atividade ao ensino da Botânica vinculou de forma consistente teoria e prática, despertando nos acadêmicos maior envolvimento com a disciplina, uma vez que passaram a considerar o tema de utilidade para sua formação profissional.

Modelo Univille de laparotomia e anestesia para cirurgia experimental em coelhos

  • Analu Martins, Graduando, analu_lu@hotmail.com
  • Mariolivo Mognol, E, mognol@terra.com.br
  • Carolina Claudino, Graduando, carolinaclaudino@gmail.com
  • Izabelle Montanha, Graduando, bellemontanha@uol.com.br
  • Viviane Zaclikevis, Graduando, vizaclikevis@hotmail.com
  • Juliana do Valle, Graduando, juli_bvalle@hotmail.com
  • Antonio Bedin, MSc, abjoi@uol.com.br
  • HARRY KLEINUBING JR, Dr(a), hkleinubing@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: cirurgia experimental , anestesia , coelho

OBJETIVOS: testar modelo de anestesia e laparotomia em cirurgia experimental de coelhos; treinar a equipe de pesquisadores e alunos em cirurgia experimental de coelhos. MATERIAL E METODOS: 20 coelhos da raça Nova Zelândia, adultos, com peso entre 1905 e 3625 gramas (média 2824g) foram incluídos no estudo. Os coelhos foram mantidos em boxes individualizados sob iluminação artificial e baixo nível de ruído, recebendo água e ração própria ad libitum até 6 horas antes do procedimento. Foram identificados com esparadrapo na pata dianteira e o peso foi registrado. Receberam medicação pré-anestésica: Acepromazina 2 mg\kg e dexametasona 0,2 mg\kg, e cetamina 15 mg\kg subcutâneo quinze minutos antes do início da tricotomia (região cervical anterior, abdômen e orelha). Os coelhos foram imobilizados na mesa operatória pelos membros, monitorizados com estetoscópio precordial e oximetria de pulso, e com acesso venoso na veia marginal da orelha. A anestesia foi iniciada com Halotano a 1% e O2 3l\min sob máscara e posteriormente por traqueostomia mantendo respiração espontânea ou controlada manualmente. Os sinais vitais foram aferidos a cada 5 minutos. Realizou-se laparotomia mediana com extensão de 10 cm, seguida da exploração da cavidade. No fechamento da parede abdominal foi realizado sutura continua com fio de poliamida 3.0 na camada músculo−aponeurótica e sutura intradérmica com poliamida 4.0 na pele. Foi realizado fechamento primário da traqueostomia com pontos separados de fio de poliamida 4.0 na traquéia e pele. No pós-operatório os coelhos foram medicados com analgésico (paracetamol 1 gota \Kg) a cada 8 hs por via oral. Após jejum de seis horas foi liberada dieta com ração ad libitum e água. Os coelhos foram avaliados diariamente e registrados o estado geral, peso, exame visual e palpatório do abdome e da ferida operatória. Após 7 dias os animais foram submetidos à eutanásia com monóxido de carbono em caixa fechada. RESULTADOS: Não foram identificadas infecções intra-abdominais, infecções na ferida operatória ou na traqueostomia; um animal apresentou seroma na ferida operatória (5%). Em um trans-operatorio foi identificado superaquecimento de colchão térmico que levou o animal ao óbito no 1° dia. Um coelho teve sangramento excessivo na confecção da traqueostomia com desenvolvimento e aspiração de coagulo e morte no pos-operatorio imediato. CONCLUSOES: a sistematização da técnica operatoria mostrou-se eficaz para treinamento da equipe e alunos em cirurgia experimental; o índice de complicações pós-operatório foi dentro do esperado; a mortalidade acima do esperado (20%) foi influencida por problema técnico.

Motivos de Aderência a Prática da Natação no Projeto Natação na Escola

  • Fernanda Cruzzeta, Graduando, fernandacruzzeta@hotmail.com
  • Patricia Esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@terra.com.br

Universodade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, BRASIL

Palavras-chave: motivos, aderência, natação

Introdução: Natação na Escola é um projeto de extensão da UNIVILLE e instituições parceiras que tem por objetivos ensinar a nadar escolares da rede pública de ensino, na faixa etária de 10 a 12 anos completos no ano em curso. As aulas são oferecidas gratuitamente, duas vezes por semana nos períodos matutino e vespertino. A natação pode ser praticada por múltiplos objetivos e dentre eles destaca-se segurança em espaços aquáticos, saúde, lazer e competição. Entendendo que ao procurar as aulas de natação para seus filhos, os pais foram impulsionados por um motivo que provocou a ação, este estudo se propôs a descobrir quais foram estes motivos. Metodologia: A pesquisa foi do tipo exploratória descritiva. Foram entrevistados oitenta e quatro pais de alunos integrantes do projeto, que responderam a questão: Qual o principal motivo que levou você a matricular seu filho na natação? Resultados: Alguns dos respondentes apontaram apenas um motivo e outros indicaram vários motivos. Estes foram agrupados por categorias para facilitar a análise e discussão dos resultados de acordo com a técnica de análise de conteúdo proposta por Rauen (2001). Os resultados indicam que os pais matricularam seus filhos nas aulas de natação porque estão preocupados com a saúde e o desenvolvimento de seus filhos (32,9%), porque entendem a importância da atividade física e prática esportiva (20,8%) porque seus filhos gostam e tem interesse em aprender a nadar, consideram o projeto uma oportunidade (12%), receberam indicações médicas (7,5%), entendem a natação como parte da educação das crianças (3,7%) e querem incentivar o convívio social (3,1%) .Conclusão: Entendendo os motivos que levaram os pais a matricular os filhos nas aulas de natação é possível associar os conteúdos específicos da modalidade aos interesses dos envolvidos. Acredita-se que assim a prática da natação seja incentivada, pois ao serem satisfeitos os motivos iniciais outros podem despertar e garantir a continuidade da prática, tornando a atividade física um hábito para toda a vida.

Apoio / Parcerias: FELEJ - Fundação de Esportes Lazer e Eventos de Joinville. Projeto Jovem Cidadão UDESC- Joinville

Mudanças de Comportamento em Crianças do Projeto Natação na Escola Com o Início da Prática da Natação.

  • Amanda Cristina Generoso, Graduando, nandasurfe_13@hotmail.com
  • Patricia Esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: mudanças, comportamento, natação

Introdução: Natação na escola é um projeto de extensão da UNIVILLE e instituições parceiras que tem por objetivo oferecer um programa de natação aos escolares da rede pública de ensino de Joinville com idade entre 10 e 12 anos completos no ano em curso, que possibilite a aprendizagem e a prática dos estilos de nado. Nesta faixa etária as crianças passam por varias alterações fisiológicas e comportamentais e este estudo se propôs a descobrir quais as mudanças de comportamentos das crianças integrantes do projeto que podem estar associadas à prática da natação. Makarenko (2001) cita o desenvolvimento físico, a melhoria da resistência e a diminuição das crises de doenças respiratórias como bronquite e asma como principais mudanças que podem ocorrer com o início da prática da natação. Neste sentido entende-se que a natação pode ajudar na melhoria do desempenho respiratório, da agilidade, de resistência, além de contribuir de forma decisiva para um aumento na qualidade de vida. Metodologia: a pesquisa foi do tipo exploratória descritiva. Foram entrevistados oitenta e quatro pais de alunos integrantes do projeto, que responderam a questão:Vocês pais, perceberam alguma mudança de comportamento em seus filhos que pode estar associada a prática da natação? Resultados: Alguns dos respondentes apontaram apenas uma mudança de comportamento, mas a maioria registrou várias mudanças. Estas foram agrupadas por categorias para facilitar a análise e discussão dos resultados de acordo com a técnica de análise de conteúdo proposta por Rauen (2001) Os resultados indicam que 31% dos respondentes percebem que seus filhos passaram a apresentar comportamentos desejáveis como responsabilidade, disciplina, organização, entre outros, 30% perceberam mudanças no desenvolvimento físico das crianças, 26,2% perceberam melhora na saúde, 8,7% perceberam maior interesse pela natação e 3,8% não perceberam nenhuma mudança de comportamento. Conclusão: a partir desta investigação pode-se dizer que as mudanças de comportamentos associadas ao inicio da prática da natação correspondem a elementos prioritários na formação do cidadão: saúde e educação. Estes resultados reforçam a importância da prática esportiva na fase escolar das crianças que precisam estar envolvidos em ambientes saudáveis para o seu desenvolvimento integral.

Apoio / Parcerias: FELEJ - Fundação de Esportes Lazer e Eventos de Joinville Projeto Jovem Cidadão UDESC- Joinville

Palhaçoterapia

  • Amanda Bertolo Merki, Graduando, amandamerki@hotmail.com
  • Pedro Augusto K. Weiss, Graduando, palhacoterapia@hotmail.com
  • Marcelo Rech de Faria, Graduando, palhacoterapia@hotmail.com
  • José Sizenando de Moraes Neto, E, jossizenando@aol.com
  • Euler Renato Westphal, Dr(a), eulerrw@brturbo.com.br
  • Ângela Finardi, E, angela.finardi@hotmail.com
  • Humberto Bohn Nunes, Graduando, palhacoterapia@hotmail.com
  • Selma Cristina Franco, Dr(a), scfranco@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Humanização, Cuidados de Saúde, Educação médica

Nos últimos anos, vem se reconhecendo de modo crescente a necessidade de se humanizar a atenção à saúde, e mais especificamente a atenção médica, tanto a nível das instituições formadoras destes profissionais quanto dos serviços de saúde, criando quase um consenso sobre a necessidade de se “re-humanizar” a Medicina, de se desenvolver e fornecer recursos humanísticos para o processo de formação e de atuação do médico e dos diversos profissionais de saúde em geral. Apesar disso, ainda são poucas as iniciativas neste sentido, uma vez que o modelo biomédico de formação ainda é predominante na maioria das escolas médicas do país. Uma iniciativa que vem ganhando adesão crescente de participantes nas escolas médicas brasileiras é a constituição de grupos que desenvolvem experiências artísticas baseadas em técnicas circenses e teatro clown em ambientes hospitalares, visando estabelecer outras relações com crianças hospitalizadas, pais e profissionais de saúde, bem como com o saber médico e as rotinas hospitalares. Este projeto busca resgatar na formação dos estudantes a preocupação com os aspectos humanísticos do cuidado à saúde.Após receberem um treinamento em habilidades artísticas, os estudantes passaram a visitar semanalmente a ala pediátrica de um hospital público, visando estabelecer uma comunicação com as crianças internadas, captando suas necessidades e respondendo a elas. O impacto deste projeto foi avaliado por meio de entrevistas qualitativas realizadas durante o mês de outubro/2004, entre 19 acompanhantes / pais e 6 profissionais de saúde que assistem às crianças na ala pediátrica do Hospital, apontando melhora no humor, na comunicação e na interação com os profissionais de saúde, com os pais e com outras crianças internadas. Segundo eles, todas mostraram-se mais alegres e ativas, três delas mostraram melhora do sono e uma da alimentação. A maioria das crianças perguntou a respeito da próxima visita dos terapeutas da alegria e todas fizeram comentários positivos sobre a visita aos pais e aos profissionais.Com relação aos alunos, notou-se mudanças importantes em termos de humanização do cuidado, reflexão crítica sobre o modelo biomédico e suas limitações, desenvolvimento da cidadania e conscientização sobre sua responsabilidade social.

Apoio / Parcerias: Hospital Materno infantil

PERFIL DOS PACIENTES PORTADORES DE FERIDAS CRÔNICAS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE HOSPITAL GERAL

  • Emirene Losso da Silva, Graduando, emi_ls@hotmail.com
  • Mariolivo Mognol, E, mognol@terra.com.br
  • Emirene Losso da Silva, Graduando, emi_ls@hotmail.com
  • Adriana Dal Bello, Graduando, adribello@hotmail.com
  • Adriana Moro, Graduando, drikamoro@hotmail.com
  • Viviane Zaclikevis, Graduando, vizaclikevis@hotmail.com
  • HARRY KLEINUBING JR, Dr(a), hkleinubing@terra.com.br

Universidade da Região e Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: feridas crônicas, prevenção , tratamento

OBJETIVO: Definir o perfil dos pacientes atendidos em ambulatório especializado no cuidado de pacientes portadores de feridas crônicas em Hospital Geral. MATERIAL E MÉTODO: trata-se de um estudo prospectivo, observacional, não controlado, individual e dinâmico. Os pacientes foram esclarecidos sobre a pesquisa e aqueles que concordaram em participar, assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Aqueles selecionados foram acompanhados desde março de 2005 até agosto de 2006, em ambulatório multidisciplinar para o cuidado de feridas crônicas. As úlceras foram inspecionadas, avaliadas quanto às suas características e os pacientes responderam a perguntas inerentes ao seu quadro clínico. RESULTADOS: Foram acompanhados 28 pacientes, 64,3% do sexo masculino, com idade média de 54,9 anos (28 a 80 anos). Analisando a etiologia das feridas, 28,6% dos pacientes apresentavam lesões relacionadas à trauma, 21,4% eram feridas cirúrgicas, 17,9% eram conseqüência de diabetes mellitus, 14,3% úlceras de pressão e 14,3% úlceras venosas crônicas. A maioria dos pacientes (64,3%) apresentava apenas uma lesão, enquanto que 25% apresentavam duas lesões e 10,7% com três ou mais lesões. As localizações mais freqüentes foram: pernas (38,7%), pés (32,3%), região sacral (6,4%) e trocânter (6,4%). O tamanho das feridas variou de 1.0x1.0 cm até 18.0x9.0 cm. Setenta e um por cento dos pacientes apresentavam tecido de granulação no leito da ferida, 24,1% evidenciavam necrose, 17,9% tinham dermatite ocre no membro afetado, 14,3% tinham infecção da lesão e 67,9% preservavam a sensibilidade local. Foi encontrado que 39,3% dos pacientes apresentavam alguma doença associada, sendo que a mais prevalente foi hipertensão arterial sistêmica (42,3%), e 7,1% dos pacientes eram tabagistas. Todos os pacientes analisados realizaram limpeza tópica da lesão, 32,1% realizaram desbridamento e 21,4% terapia de compressão. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes estudados era do sexo masculino, com idade média de 54,9 anos, e apresentavam apenas uma lesão. Essa era principalmente decorrente de trauma com localização preferencial por pernas e pés. A maior parte dos pacientes apresentava no momento do estudo tecido de granulação no local da ferida, com sensibilidade local preservada, recebendo o tratamento adequado para o tipo de ferida, variando de apenas limpeza tópica a desbridamento e terapia de compressão.

Apoio / Parcerias: Hospital Regional Hans Dieter Schmidt - Joinville - SC

Pesquisa e desenvolvimento em emissão zero a partir de resíduos agroindustriais da região nordeste do estado de Santa Catarina

  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sfurlan@univille.br
  • Elisabeth Wisbeck, Dr(a), ewisbeck@univille.br
  • Marcia Luciane Lange Silveira, MSc, cesmar@terra.com.br
  • Mariane Bonatti, MSc, mbonatti@univille.br
  • Regina Maria Miranda Gern, Dr(a), rgern@univille.br
  • Vera dos Santos, MSc, paz@netvision.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Emissão zero de resíduos, resíduos lignocelulósicos, Pleurotus

Este trabalho baseou-se na proposta de emissão zero de resíduos, que consiste na utilização de resíduos agro-industriais da região Nordeste do Estado de Santa Catarina, como palha de arroz e de bananeira, para a produção de cogumelos comestíveis, com potencial terapêutico, e no uso seqüencial dos resíduos gerados a partir deste processo. A palha de bananeira, após ter sido digerida pelos fungos (cogumelos), no processo de produção, é utilizada como suplemento alimentar na vermicultura e na cunicultura e como adubo orgânico na agricultura. As minhocas provenientes da vermicultura e o húmus, provenientes da vermicompostagem, podem, por sua vez, ser utilizados na agricultura. Os dejetos procedentes da cunicultura são transformados em biogás e biofertilizante através do processo de biodigestão anaeróbica, sendo que o biogás poderá ser reaproveitado no aquecimento e iluminação da câmara de frutificação de cogumelos e o biofertilizante poderá ser empregado na agricultura. Assim, chega-se à emissão zero dos resíduos agro-industriais inicialmente utilizados. Os fungos utilizados nos experimentos são pertencentes ao gênero Pleurotus por serem capazes de utilizar compostos lignocelulósicos (palha de arroz e de bananeira) para a formação de corpos frutíferos (cogumelos) com elevado valor nutricional e elevado potencial terapêutico. Para a avaliação do potencial terapêutico os fungos foram cultivados em processo líquido (cultivo submerso) e observou-se que produzem antimicrobianos com atividade contra as bactérias Escherichia coli e Bacilos subtilis e contra a levedura Candida albicans. Produzem, também, exopolissacarídeos, os quais apresentam atividade antitumoral. A biomassa resultante do cultivo submerso pode ser utilizada como inóculo para a produção de corpos frutíferos, em cultivo sólido, nos substratos lignocelulósicos, com comprovado valor nutricional. Com relação ao reaproveitamento dos resíduos gerados durante o processo de produção de cogumelos, composto residual, verificou-se queum quilo de palha de folha de bananeira seca gerou 69g de cogumelo seco (630g de cogumelo úmido) e 868g de composto residual. Este composto, quando utilizado na vermicultura, produziu 15g de minhoca seca (79g de massa úmida) e na vermicompostagem, 298g de húmus seco (745g de massa úmida); na agricultura promoveu uma massa de 189g de raiz seca de cenoura (1871g de massa úmida) ou 65 g de rabanete seco (1214g de massa úmida) e; na cunicultura 68g de coelho em massa seca (229g de coelho vivo).

Apoio / Parcerias: CNPq/FUNCITEC/UNIVILLE/CASCGO-UFSC

Prevenção à Cegueira por Ambliopia em Crianças de 3 Anos do Município de Joinville/SC

  • Liberdade Cezaro Salerno, Graduando, libelib@gmail.com
  • Júlio Polanski Cordeiro, Graduando, projetoambliopia@yahoogrupos.com.br
  • Mário Junqueira Nóbrega, Dr(a), mjn@terra.com.br
  • Newton Rodrigues Salerno, Dr(a), projetoambliopia@yahoogrupos.com.br
  • Mônia Gisa Bresolin, Graduando, projetoambliopia@yahoogrupos.com.br
  • Bruno Bernardon de Oliveira, Graduando, projetoambliopia@yahoogrupos.com.br
  • André Luiz Selonke de Souza, Graduando, andreselonke@gmail.com
  • Lucas Alexandre C. Reis, Graduando, projetoambliopia@yahoogrupos.com.br
  • Selma Cristina Franco, Dr(a), scfranco@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: Prevenção primária, Cegueira, Ambliopia

O exame dos olhos e da visão é vital para detecção de condições que podem resultar em cegueira, bem como de doenças sistêmicas graves, as quais podem ocasionar dificuldades no desempenho escolar ou, nos piores casos, ameaçar a vida da criança. A ambliopia pode ser definida como uma falha na consolidação da acuidade visual, decorrente da falta de estímulos ou da presença de estímulos inadequados ou insuficientes durante o período crítico de desenvolvimento, isto é, o lapso de tempo pós-natal durante o qual o córtex visual é suficientemente lábil para ajustar-se às mudanças decorrentes da experiência visual ou de modificações do meio. Trata-se de um problema relevante no âmbito da Saúde Pública, cuja prevalência estimada seja ao redor de 2 a 5%. Diversos estudos prospectivos têm evidenciado alto índice de sucesso – ao redor de 80%, quando o tratamento da ambliopia se dá nos primeiros anos de vida. Outros têm mostrado que a triagem visual é efetiva na detecção da ambliopia e que o tratamento da doença possui uma relação custo/benefício altamente positiva. Os objetivos do presente projeto foram: prevenir a cegueira por ambliopia em crianças de 3 anos do município de Joinville/SC, tratar e acompanhar os problemas oculares detectados e orientar pais e profissionais da área de Educação e Saúde sobre a importância da prevenção da ambliopia. Em 2006, realizou-se exame de acuidade visual em 456 crianças de 3 anos de idade selecionadas em 12 creches municipais e 4 unidades básicas de saúde. Das 125 encaminhadas para consulta oftalmológica devido a suspeita de baixa acuidade visual, 80 compareceram (64%), sendo identificados 4 casos de ambliopia, os quais permanecem em acompanhamento. Duas crianças já recuperaram a visão e as outras permanecem em seguimento. Conclui-se que a prevalência de ambliopia em nossa casuística foi semelhante à literatura (5%) e que o seguimento adequado da patologia, quando diagnosticada oportunamente, permitiu sua cura. Houve sensibilização dos pais e dos profissionais de Educação e de Saúde quanto à doença.

Apoio / Parcerias: Instituto de Olhos Sadalla Amin Ghanen,Secretaria Municipal da Saúde e Secretaria Municipal de Educação

Programa trilhas - educação e interpretação ambiental

  • Elzira Maria Bagatin Munhoz, MSc, elzira.b@univille.net
  • Tarcísio Possamai, MSc, tarcisio.possamai@univille.net
  • Cláudio Rudolfo Tureck, MSc, ctureck@univille.br
  • Fabrício S. Meyer, G, f.meyer@univille.net
  • Fábio Luis Quandt, Graduando, fabio.quandt@univille.net
  • Rodrigo O. Batista, Graduando, rodrigo.batista@univille.net
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: educação ambiental, trilhas, Mata Atlântica

A educação ambiental refere-se basicamente à busca da qualidade de vida, que implica na convivência harmoniosa do homem com o ambiente, natural ou construído, e lida, com o potencial das pessoas para entender e transformar o mundo ao seu redor. A atual dimensão de planetariedade passa a dar outros contornos às expectativas humanas, e nesta perspectiva, o conceito de qualidade de vida não fica restrito as conquistas tecnológicas, mas a noção de bem estar e vida em harmonia com o planeta. Nesta perspectiva o Programa Trilhas trabalha, com a intenção de sensibilizar o público visitante para a percepção do ambiente onde as trilhas estão inseridas, buscando a inclusão e a incorporação de novos valores morais e éticos e o reconhecimento do entorno cotidiano como significativo e importante. Contando com uma equipe diversificada e um método participativo de concepção e execução das ações, o Programa Trilhas no ano de 2006 realizou melhoramentos nas condições físicas das trilhas dois Centros de Estudos e Pesquisas Ambientais/UNIVILLE, monitorou a capacidade de carga destas trilhas, acompanhou visitantes nestas trilhas, ministrou palestras, realizou atendimentos a rede de ensino pública e privada, ministrou curso de capacitação para professores do ensino público de São Bento do Sul e forneceu suporte técnico à abertura de uma trilha no futuro Jardim Botânico, no Campus Joinville. Dentre os principais grupos de visitantes atendidos, encontraram-se escolas estaduais e privadas da rede de ensino de Itapoá, São bento do Sul, Joinville e São Francisco do Sul, principalmente de 5a a 8ª series, contando com adolescentes de 12 a 17 anos. Contou-se também com atendimentos a grupos universitários da Univille, de cursos como: Pedagogia, Odontologia, Administração e Ciências Contábeis, onde a perspectiva do Programa sobre a questão ambiental foi debatida entre essas diferentes áreas acadêmicas. Também foram realizadas palestras alusivas a Mata Atlântica e importância dos recursos naturais, com apresentações em colégios e no campus Universitário, onde as palestras abrangeram públicos como: adolescentes do ensino fundamental e médio, turmas do curso de magistério e comunidade em geral.

Projeto Corredores de Biodiversidade do Nordeste Catarinense: Etapa 3 – Avaliação da conectividade da paisagem entre a Península de Itapoá e a Serra do Mar, nordeste de Santa Catarina.

  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br
  • Fabiano Antônio de Oliveira, Dr(a), fabiano.o@uol.com.br
  • Rodrigo Cechin, Graduando, rodrigo_cechin@yahoo.com.br
  • Ercília Santos Souza, Graduando, itapoabeach2001@yahoo.com
  • Camila Heloisa Vieira, Graduando, camila.heloisa@univille.net

Sidnei da Silva Dornelles, BIOIII, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: corredores, biodiversidade, mastofauna

A riqueza e a abundância de espécies nas florestas tropicais estão em franco declínio devido à combinação da fragmentação de hábitats e da caça ilegal. O uso de corredores de biodiversidade é uma estratégia de conservação incentivada pelos órgãos de pesquisa e entidades envolvidas com a problemática da conservação, pois pode diminuir os efeitos deletérios causados pela fragmentação como perda da variabilidade genética e extinções locais. O objetivo principal deste projeto foi avaliar a conectividade da paisagem entre a Península de Itapoá e Serra do Mar no nordeste de Santa Catarina, e a riqueza da mastofauna existente na região. De forma mais específica buscou-se mapear os fragmentos florestais que podem estar mantendo a conexão entre a Serra do Mar e a Península de Itapoá e as unidades de conservação presentes; levantar a riqueza de espécies de mamíferos de médio e grande porte e realizar entrevistas com moradores locais considerados informantes especialistas. Para a região foi confeccionado um mapa de uso do solo por classificação supervisionada de imagem de satélite. Já a mastofauna foi amostrada utilizando armadilhas fotográficas e paralelamente, entrevistas informais com moradores locais foram realizadas com o intuito de conhecer o conhecimento local sobre a mastofauna. Nas duas áreas amostradas totalizou-se 551 armadilhas fotográficas/dia, entre abril e novembro de 2006. Obteve-se capturas fotográficas de sete espécies de mamíferos silvestres e quatro espécies de aves silvestres. O animal com maior número de registros fotográficos foi Cerdocyon thous, seguido por Tapirus terrestris, Mazama gouazoubira, Dasypus novemcinctus e Procyon cancrivorus. Foi obtida uma captura de Leopardus wiedii, felino que consta na Lista de Animais Ameçados de Extinção do IBAMA. O número de registros obtidos com Tapirus terrestris indica que há uma abundancia maior do que a esperada para a espécie na região. Através de entrevistas com 10 moradores da Serra Dona Francisca buscou-se relatos e/ou evidências da presença de Panthera onca, e como resultado obtiveram-se relatos de que a cerca de um ano atrás uma onça-pintada circulou pela região. Na Península de Itapoá, 40 entrevistados forneceram informações sobre ecologia e comportamento mastofauna, principalmente a cinegética. Os resultados indicam que a composição da mastofauna da região pode garantir a presença na área, mesmo que eventual, de grandes predadores como o puma e a onça-pintada. Estes animais poderão servir como espécies-bandeira para a conservação dos grandes remanescentes de floresta na região.

Apoio / Parcerias: Centro de Cartografia Digital e Sistemas de Informações Geográficas/UNIVILLE Projeto Puma

Projeto Primatas: ecologia e conservação dos primatas da região nordeste de Santa Catarina.

  • Sidnei S. Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), marta.cremer@univille.net
  • Joao Carlos Ferreira Melo Jr., MSc, jc_melo@hotmail.com
  • Juliana Santos, Graduando, juli_santos@click21.com.br
  • Guilherme H. Evaristo, Graduando, guilherme.legion@ig.com.br
  • Guilhermo M. Sangiao, Graduando, guisangiao@gmail.com.br
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: primatas, ecologia, conservação

A região nordeste do Estado de Santa Catarina possui importantes remanescentes de Mata Atlântica, onde sobrevivem populações de primatas que sofrem os efeitos da pressão antrópica. O objetivo deste projeto é estudar alguns aspectos de dinâmica e da ecologia dos primatas no nordeste catarinense, com a finalidade de subsidiar estratégias e ações conservacionistas na região. No censo populacional utilizou-se o método de transectos lineares, da família DISTANCE e o método de King. A área de estudo foi a APA Serra Dona Francisca, em Joinville-SC, escolhendo três pontos de amostragem nesta região: Monte Jurapê, a RPPN Caetezal e o Castelo dos Bugres. Foram percorridos um total de 88,110 Km, com 09 avistamentos de Alouatta guariba clamitans e 14 de Cebus nigritus. A dinâmica populacional nos grupos de A. g. clamitans foi analisada através da ausência ou da presença de grupos em áreas fragmentadas, observando vestígios de fezes e vocalização. O estudo ocorreu no Distrito Industrial de Joinville/SC, registrando a presença de três grupos, o primeiro composto por 7 indivíduos, o segundo composto por 5 indivíduos e o terceiro composto por 3 indivíduos, não havendo registro nos outros fragmentos. A análise da bioacústica de C. nigritus e A. g. clamitans utilizou o método animal-focal e ad libitum. A técnica de playback foi utilizada conforme o avistamento do grupo, utilizando gravador e microfone para a obtenção das vocalizações emitidas pelos membros dos grupos estudados. O estudo ocorreu em duas áreas: na RPPN Volta Velha no município de Itapoá e no Distrito Industrial de Joinville, totalizando cerca de 71 horas de reprodução do “playback”, e não foi registrada nenhuma resposta vocal frente à utilização das gravações. O estudo preliminar dos aspectos ecológicos do C. nigritus na RPPN Volta Velha, em Itapoá-SC, utilizou o método Ad libitum para a obtenção dos dados ecológicos do grupo de estudo, preparando a área de estudo através da construção de um sistema de trilhas englobando a área domiciliar do grupo. Foram registrados 31 encontros diretos com os indivíduos do grupo e 9 registros de vocalização sem contato visual. O trabalho em áreas fragmentadas mostrou que as espécies diferem quanto a preferência de habitats, onde o bugio permanece em áreas menores mesmo sofrendo com o efeito de borda, e o macaco-prego foi encontrado em grandes fragmentos. As densidades encontradas para macaco-prego foram consideradas muito baixas, podendo estar relacionado com o esforço amostral.

Riscos da Auto-medicação: Tratando o Problema com Conhecimento

  • Lígia Hoepfner, MSc, ligia.hoepfner@univille.net
  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@gmail.com
  • Gisleine Carolina de Sousa, Graduando, gisleinesousa@hotmail.com
  • Lucas Ricardo Righes, Graduando, lrrighes@yahoo.com.br
  • Bruno Sotopietra, Graduando, bruno_sotopietra@yahoo.com.br

Univille, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: medicamentos, conscientização, intozicação

Introdução. A auto-medicação constitui o uso de medicamentos sem prescrição médica, na qual, o próprio paciente decide qual medicamento utilizar. Os medicamentos servem para aliviar sintomas, curar doenças e disfunções orgânicas. Porém, quando utilizados erroneamente podem mascarar doenças ou agravar quadros patológicos. Atualmente, a intoxicação por medicamentos é uma das mais freqüentes no Brasil, onde cerca de 80 milhões de pessoas são adeptas da auto-medicação, a qual decorre de vários motivos como aspectos culturais, publicidade, falência dos sistemas de saúde, dispensação de medicamentos sem a devida prescrição e a falta de informação e instrução da população em geral, justificando a preocupação da prática no país. Objetivos. Conscientizar a população estudantil da rede de ensino do município de Joinville e comunidade em geral sobre os riscos da auto-medicação. Metodologia. Atividades desenvolvidas em escolas e comunidades do município de Joinville por estudantes do curso de Farmácia da UNIVILLE, no formato de dinâmicas e palestras sobre o assunto, partindo-se do conhecimento existente, visando orientar para o uso racional de medicamentos. Resultados. Foram realizadas atividades no Posto de Saúde do bairro Floresta de Joinville, as quais visaram orientar a comunidade quanto aos riscos providos pela auto-medicação, nesta atividade foram atendidas cerca de 70 pessoas, também foi prestada orientação a alunos da Escola São Benedito, do Colégio Plácido Olímpio de Oliveira e do Colégio Energia onde cerca de 170 estudantes do ensino médio foram atendidos, estes receberam uma palestra sobre auto-medicação e participaram de uma dinâmica em grupo. O grupo esteve presente durante toda a Semana da Comunidade na UNIVILLE, e participaram também do projeto vivências universitárias onde estudantes do ensino médio do Colégio da UNIVILLE participaram de uma dinâmica. Em palestra realizada na Comunidade Dom Gregório diversas dúvidas da comunidade puderam ser sanadas. O projeto foi apresentado no 3º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, realizado em Florianópolis. Os extensionistas participaram de evento destinado à Terceira Idade na Sociedade Rio da Prata onde foram abordados assuntos relacionados a auto-medicação, cerca de 50 pessoas participaram do evento. O projeto desenvolverá atividades no evento 60 anos da Maternidade Darcy Vargas, no dia 19 de abril. Conclusões. A única forma de conscientizar a população sobre os riscos da auto-medicação é garantir informação de qualidade e acesso ao conhecimento. Educar a população, alertando sobre os riscos do uso de medicamentos é essencial para promover a saúde na comunidade.

Tratamentos de esterilização e concentração do meio MS para cultivo de Austroeupatorium inulaefolium (H.B.K)R.M.King & H.Rob.

  • Gladys Daniela Rogge Renner, MSc, roggerenner@uol.com.br
  • Priscilla Danielle Lopes, Graduando, pri_danielle@hotmail.com
  • Gabriela Tambosi, Graduando, gabisbs@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, Univille, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: esterilização, meio MS, Austroeupatorium inulaefolium

A espécie A. inulaefolium não apresenta sua assepsia conhecida para utilização em experimentos de micropropagação. Também não há dados bibliográficos sobre a melhor concentração de meio de cultivo MS para a propagação desta espécie. Com o objetivo de se verificar qual a forma mais eficiente de esterilização e a melhor concentração de meio MS, segmentos nodais e discos foliares foram submetidos a cinco experimentos com diferentes concentrações e tempos de imersão em HgCl2 e hipoclorito de sódio comercial. Os mesmos explantes foram cultivados com meio MS em sua concentração total de sais, MS 1/2 e MS 1/3. Os resultados mostraram que, para os segmentos nodais a concentração de 20% de hipoclorito comercial foi mais eficiente, enquanto para discos foliares a concentração ideal desta substância foi de 100%. Para o cultivo em meio MS, não houve diferença entre as concentrações utilizadas.

Uso racional de plantas medicinais - inserção permanente na comunidade

  • Cynthia Hering Rinnert, MSc, crinnert@univille.br
  • Luciano Soares, MSc, soaresgnosia@gmail.com
  • Camila Detzel Fleith, Graduando, milafleith@gmail.com
  • Joice Lerise Cidral, Graduando, joicecidral@hotmail.com
  • Camile Nutti, Graduando, camile_nutti@hotmail.com
  • Camila Silva, Graduando, doll_camila@hotmail.com

Universidade da região de Joinville, UNIVILLE, Joinville/SC, Brasil

Palavras-chave: fitoterapia, plantas medicinais, uso racional

O emprego de plantas medicinais ocorre desde os tempos mais remotos e ainda hoje se apresenta, em vários países, como forma de atenção primária à saúde. O conhecimento sobre o uso de plantas medicinais é adquirido por muitas pessoas de modo empírico, transmitido oralmente de geração a geração, tendo como conseqüência a substituição de terapias farmacológicas consagradas por plantas medicinais. Além disso, é comum verificar-se a utilização de plantas ainda não validadas pela ciência, e também com potencial toxicidade. Por estas razões, com este projeto buscou-se promover o uso racional de plantas medicinais, incentivando um processo formal de educação em saúde e ampliando o acesso da comunidade a informações atualizadas, seguras e de qualidade. O público direto atingido foi de aproximadamente 1500 pessoas, especialmente crianças, estudantes, donas de casa e idosos (estes dois últimos grupos, os mais interessados em obter maiores informações sobre as plantas). Foram realizadas palestras, exposições de plantas medicinais e oficinas sobre a correta preparação de chás. Dentre os diversos eventos nos quais o projeto se fez presente, destacaram-se: V Jornada Catarinense e I Jornada Internacional de Plantas Medicinais (organização do evento e exposição de plantas medicinais), várias edições de UNIVILLE na Comunidade (exposição de plantas e palestras), Semana da Comunidade (exposição de plantas medicinais), VII Fórum de Extensão Universitária da ACAFE (resumo e apresentação oral - Rio do Sul/SC), Feira das Profissões (exposição de plantas e divulgação com folders - Shopping Cidade das Flores), 3º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (apresentação de banner e artigo completo – Florianópolis/SC), 57º Congresso Nacional de Botânica (apresentação de resumo e banner – Gramado/RS), e palestras com grupos de idosos vinculados a igrejas de Joinville e também ao projeto MATURIDADE/UNIVILLE, e para membros da Pastoral Renascer da Natureza. Em Joinville, os eventos foram realizados em diferentes bairros do município. Ainda, o banco de dados sobre plantas medicinais foi enriquecido com novas informações, foram elaboradas estratégias de educação, com elementos para informação e divulgação como folders, banners e um blog contendo informações sobre os eventos realizados e agenda com as próximas atividades do projeto (www.urpm.blogspot.com). Verificou-se que as metas propostas para 2006 foram atingidas, tanto em número de pessoas, quanto em atividades desenvolvidas. Nesse ano, a equipe de trabalho foi composta por dois professores e quatro acadêmicas do curso de Farmácia. O projeto foi viabilizado financeiramente pelo Fundo de Apoio à Extensão (FAEX) e recebeu o apoio do Departamento de Farmácia.

Variação espacial da macrofauna bentônica no sublitoral inconsolidado da Baía da Babitonga – Santa Catarina, Brasil

  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.net
  • Jenyffer Vierheller Vieira, Graduando, jenyffer.v.v@bol.com.br
  • Aline Gonzalez Egres, Graduando, alinegres@bol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Francisco do Sul/SC, Brasil

Palavras-chave: Macrofauna bentônica, Sublitoral inconsolidado, Baía da Babitonga

A Baía da Babitonga constitui uma das maiores formações estuarinas do litoral norte de Santa Catarina, com eixos nas orientações NE – SW que correspondem ao eixo principal, e ao eixo NW – SE onde estão os canais do Palmital e do Linguado. Nos fundos inconsolidados sublitorais da baía se desenvolvem comunidades macrobentônicas que estão associadas ao sedimento inconsolidado, condicionados pelos padrões de circulação locais. Esses organismos tendem a variar de acordo com a composição do substrato, que é condicionada por padrões hidrodinâmicos. Em geral esses organismos apresentam maior sensibilidade a perturbações ambientais pela baixa mobilidade e ciclo de vida relativamente curto. O objetivo do trabalho foi determinar os padrões de variação espacial do macrobentos no sublitoral inconsolidado em 29 pontos distribuídos ao longo da baía. Amostras foram retiradas em uma profundidade média de 6 metros através de mergulho autônomo com o auxílio de um amostrador cilíndrico de aço. As amostras foram previamente lavadas em campo com uma sacola de malha com abertura de 500 μm. O material foi triado sob microscópio estereoscópio e os organismos da macrofauna bentônica identificados e preservados. Amostras de sedimento foram retiradas para determinar as variações nas proporções do tamanho dos grãos, porcentagens de matéria orgânica e carbonato de cálcio. A água próxima ao fundo foi coletada para determinar a temperatura e a salinidade. Em geral a salinidade tendeu a diminuir a partir da desembocadura até o interior de baía e a temperatura não apresentou um claro padrão de variação. O sedimento apresentou maior proporção de matéria orgânica na no interior da baía, tendendo a aumentar a concentração de areia nos pontos próximos à desembocadura. Polychaeta foi o grupo dominante na macrofauna bentônica, seguido de Crustacea. A abundância de Magelona sp. e Aricidea abatrossae tenderam a aumentar nos pontos internos da baía, acompanhando as concentrações de matéria orgânica e carbonato de cálcio. Esse aumento ocorreu pela proximidade dos pontos com a foz do Canal do Palmital, área que tende a aumentar a deposição sedimentos mais finos, ao contrário dos pontos próximos da desembocadura da baía, onde dominou Armandia sp. O maior número de táxons no Canal do linguado, representado pelo poliqueta Polydora sp., pode estar relacionado com a maior disponibilidade de matéria orgânica e carbonato de cálcio. A análise preliminar dos dados demonstrou que em geral ocorre influência direta da composição do sedimento sobre a macrofauna bentônica sublitoral da Baía da Babitonga.