Anais de Resumos - 17° Seminário de Iniciação Científica De 15/10/2012 à 19/10/2012

O presente trabalho é amparado pela pretensão de proporcionar uma reflexão e pesquisa humanística, que ressaltem valores intangíveis, imateriais da cultura, os quais são os valores éticos na construção da identidade cultural, despertando na sociedade a responsabilidade de serem agentes de mudanças por meio do breve resultado apresentado. O foco das investigações está sendo o conceituado Centro de recuperação Nova Esperança (CERENE), unidade São Bento do Sul em Santa Catarina, que é detentor de vários prêmios nacionais. Seus internos, na grande maioria são adultos, começaram a ingerir substâncias psicoativas na adolescência e juventude.

O presente projeto de pesquisa de modo geral, será coordenado por um pesquisador com a participação de um aluno, sendo este da graduação em Ciências Jurídicas. Sob orientação do pesquisador, buscou-se coletar a maior quantidade de dados possíveis. Assim, este projeto se caracteriza como sendo uma pesquisa pura, exploratória, de campo, quali-quantitativa. Em um primeiro momento, aprofunda a revisão bibliográfica e a pesquisa se concentrará na construção teórica-metodológica, abordando a questão dos bens imateriais, especialmente dos valores, da ética e das metanarrativas na pós-modernidade.

O objetivo é conhecer com profundidade o pensamento contemporâneo e verificar a relação entre a desestruturação dos valores familiares e a dependência química em internos de casas de recuperação; realizar o levantamento sobre a realidade familiar na pós-modernidade, a partir de uma construção teórica consistente; propor redimensionamentos de prevenção e combate à dependência de substâncias psicoativas, a partir do estudo da unidade do CERENE e delinear princípios de atuação na proteção à dignidade humana e à sua autonomia no diálogo teórico com a LOAS;

De acordo com as estatísticas, o processo de drogadição juvenil é uma forma de romper com a construção coletiva e com a objetivação do convívio humano. No decorrer das conversas com os internos foi possível notar uma espécie de “revolta” no período da drogadição. Conforme os demonstração nos gráficos, é possível observar que grande parte dos internos é dependente ou já experimentou substâncias psicoativas.

Esta pesquisa tem como objetivo estudar o
patrimônio industrial de Joinville-SC. Esta investigação é de natureza
preliminar, por tratar-se de uma temática em que não há estudos ainda na área
no município. É necessário mencionar que na base da preocupação com as questões
referentes ao patrimônio cultural estão os valores, tendo em vista o modo de
vida de uma população. Esse modo de vida se manifestam em atitudes,
comportamentos e ações em relação ao cuidado, sentimento e à preservação do
patrimônio histórico e cultural de uma dada região. Embora os estudos sobre
patrimônio industrial sejam insipientes, a discussão sobre a sua preservação
vem sendo ampliada de forma gradual. Os registros desse patrimônio abrangem
bens de valor cultural, que representam o trabalho e a produção em um
determinado tempo e espaço. No panorama da industrialização e da fábrica estão
integrando dimensões como: o território, a paisagem, a urbanização, as vilas de
trabalhadores, o comércio, a escola, o hospital, a igreja (independente do
credo), o esporte, o lazer, e o processo de desenvolvimento de uma região. Esta
pesquisa abrangerá a visão que cidadãos apresentam sobre o patrimônio
industrial no âmbito da cidade de Joinville. As categorias de estudo serão: o
conhecimento, a importância e a preservação do patrimônio. Para alcançar o
objetivo proposto, a pesquisa se apoiou em pesquisa bibliográfica, documental e
de campo do tipo levantamento. O instrumento de coleta de dados é um
questionário estruturado sobre a temática. A amostra, para a cidade de
Joinville, será de aproximadamente mil (1000) pessoas residentes em Joinville,
maiores de 18 anos, de diferentes escolaridades, ocupação e gênero. A
investigação realizada, até o momento, tem mostrado que o patrimônio industrial
é vivo e vivido pelas pessoas de Joinville. Ele não é algo que se pode julgar
como morto, do passado ou somente legado de outras gerações, uma de suas
principais características é que está sempre em movimento e não se limita aos
objetos, aos sítios ou aos bens arquitetônicos. Ele se apresenta como as formas
de produzir, de homens e mulheres, estabelecidas dentro de uma cultura. Nesse
processo, constata-se a inseparabilidade do patrimônio tangível e o intangível
do processo industrial: arquiteturas, objetos, maquinaria, tecnologias,
saberes, procedimentos, métodos de produção e o arranjo no espaço territorial
sempre de acordo com os valores de uma dada sociedade.

A presente pesquisa tem como objetivo, analisar a viabilidade econômica do cultivo em larga escala de microalgas Scenedesmus sp em Joinville, Santa Catarina, como fonte de matéria prima destinada a produção de biodiesel. A metodologia aplicada até o momento consistiu na definição do equipamento a ser utilizado, bem como a matéria prima necessária para garantir a eficiência do cultivo das microalgas em escala laboratorial. Segue a descrição das atividades de cultivo.

Primeiramente foram obtidos cepas de Scenedesmus sp, onde as mesmas foram inoculadas assepticamente em frascos Durans com 1 litro de meio CHU. Durante a fase de crescimento microalgal, foram garantidas as condições mínimas de temperatura a 25°C, luminosidade contínua a 4000 Lux, e injeção de ar estéril a uma vazão específica de 0,5 vvm garantidas por uma bomba de diafragma.

Após o período de 27 dias sob aeração, a biomassa resultante do processo, foi filtrada e inserida em forno de secagem laboratorial, onde após 72 horas, obteve-se 0,9036g de massa seca, o que é cerca de 3 vezes superior a produção por hectare de cultivo, se comparado a outras oleaginosas como a soja por exemplo, que, em média nacional produz 3.106 Kg/ha (CONAB, 2011).

O aumento significativo do crescimento urbano nos últimos cinqüenta anos trouxe consigo um aumento da quantidade de resíduos descartados e uma diminuição dos locais físicos para descartes nas grandes cidades. Diante desta premissa o presente estudo teve por finalidade identificar o potencial de exploração sustentável de resíduos urbanos de Joinville para a produção de energia via incineração. Evidenciou-se através do levantamento de dados que a quantidade de resíduo descartados em Joinville nos últimos quatro anos vem aumentando consideravelmente ao ponto de se pensar em novas formas de destinação final. Observaram-se quais regiões de Joinville que mais geram resíduos, o que possibilitou construir um cenário que vislumbre o potencial do negócio para a cidade de Joinville nos próximos anos. Procurou-se através de modelos que visam à sustentabilidade econômica e sócio-ambiental, esclarecer que a produção de energia via incineração hoje é realidade e é uma ferramenta aplicada em países desenvolvidos aonde o crescimento populacional e econômico veio a passos largos em uma crescente. No Brasil a incineração de resíduos para geração de energia vem ganhando força tendo em vista que temos hoje no mercado uma empresa com tecnologia nacional o que possibilita viabilizar projetos de incineração em municípios acima de 180 mil habitantes. Portanto Joinville com seus 515.288 habitantes se enquadra perfeitamente nestas condições. Segundo o Plano Nacional de Resíduos; Lei nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010, que permeia a responsabilidade dos municípios frente ao gerenciamento de resíduos sólidos diz que deve ser observada a ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a implantação de programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental.

Este trabalho tem como objetivo analisar o projeto de inovação de uma empresa do setor químico de Joinville. Para se estabelecer uma descrição do setor, faz-se necessário definir o que é indústria química. Conforme explica Silva (2003), o conceito de indústria química é controverso e, segundo Associação Brasileira de Indústria Química (ABIQUIM), tal controvérsia esta centrada na questão da inclusão de atividade como refino de petróleo e na exclusão de segmentos tipicamente químicos, como resinas termoplásticas e da borracha sintética. O setor químico tem uma grande representatividade dentro da economia nacional, reunindo empresas cujas atividades representam grande potencial na área de inovação induzindo as empresas do setor a inovarem continuamente. As organizações são condicionadas por sua postura estratégica interna. A pesquisa fundamentou seus conceitos e classificações de inovação no Manual de Oslo (2008) e a busca de dados gerais sobre inovação no país foi obtida por meio de publicações acadêmicas, divulgações científicas em sites, na publicação da PINTEC (2008) e da ABIQUIM (2012). Há diversos tipos de inovação e o estudo caso aplicado a uma empresa do setor químico buscou identificá-las por meio de questionário formal, entrevista com responsáveis pela inovação, observação direta e análise de documentos publicados pela empresa.O estudo de caso será feito numa das maiores empresas de Joinville. Sendo essa empresa inovadora na área química extraindo magnésio do mar que é muito utilizado na indústria alimenticia. Onde tem uma grande participação no mercado Nacional e Internacional,com importação e exportação de produtos químicos.

O Projeto Patent1, no qual as atividades de iniciação científica aqui descritas foram realizadas, tem como principal foco a análise de aspectos redacionais de patentes implicados em avaliações negativas por parte dos examinadores do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI. O INPI é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, responsável por registros de marcas, concessão de patentes, averbação de contratos de transferência de tecnologia e de franquia empresarial, e por registros de programas de computador, desenho industrial e indicações geográficas, de acordo com a Lei da Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/96) e a Lei de Software (Lei nº 9.609/98) e é instituição parceira do projeto. O projeto PATENT1 visa oferecer a este instituto e ao público interessado material norteador da avaliação linguística de textos dos pedidos de patente que permita menor subjetividade por parte dos examinadores e maior objetividade por parte dos redatores desse tipo de documento. O trabalho realizado pela acadêmica teve como objeto de pesquisa os documentos de patente: o que são, para que servem, como são redigidos e estruturados e qual o trâmite necessário para depósito. A metodologia utilizada consistiu em análise documental e bibliográfica e os resultados foram organizados em resumos descritivos sobre os dados levantados a fim de facilitar a consulta por parte da pesquisadora coordenadora, assim como dos demais interessados pelo conteúdo do projeto. Concluiu-se com o trabalho realizado que as patentes são documento de relevância técnica, acadêmica e jurídica cuja importância, forma de apresentação e tramitação precisam ser mais e melhor divulgadas, na universidade e no meio empresarial. Outra conclusão obtida é que o conhecimento sobre o Sistema de Propriedade Industrial brasileiro, assim como estudos sobre Propriedade Intelectual, precisam fazer parte dos conteúdos do curso de Direito o mais breve possível para que os acadêmicos possam ser introduzidos nesta área de conhecimento, oportunizando que projetos sobre propriedade intelectual tenham recursos humanos cada vez melhor preparados para serem facilitadores do funcionamento do Sistema Nacional de Inovação.

A participação e a representação feminina na política, ainda hoje, é objeto de frequentes debates e estudos dentro e fora do âmbito acadêmico. No Brasil, a conquista dos direitos políticos pelas mulheres foi fruto de reivindicações contínuas por igualdade, em especial quanto à oportunidade de ascender aos cargos de poder político. A cultura patriarcal, ao longo da história, conduziu à exclusão feminina das cadeiras legislativas. Considerando a relevância social da participação política popular, pela eleição de representantes que figurem na luta por determinados grupos sociais e seus anseios, o presente projeto tem por escopo realizar um estudo sobre a participação política da mulher no Poder Legislativo Joinvilense, à fim de apontar a existência, ou não, de uma baixa representatividade feminina, através da análise das informações obtidas nas Câmaras Legislativas Municipais de Santa Catarina, em especial a da cidade de Joinville. Para tanto, foram realizados estudos bibliográficos sobre gênero e direitos políticos através de livros, artigos, periódicos e afins, bem como análise documental de modo que os conhecimentos obtidos na doutrina e legislação se relacionassem ao caso concreto. Para a mensuração quantitativa da representatividade feminina joinvilense, realizou-se o mapeamento comparativo do número de mulheres atualmente em exercício nas Câmaras Legislativas Municipais do estado. Já o estudo qualitativo do objeto da pesquisa, se deu por intermédio de questionários respondidos pelos vereadores da Câmara Municipal de Joinville, a abordar as implicações do debate sob o ponto de vista dos parlamentares. Desta forma, os resultados empíricos, ainda preliminares, já evidenciam que o Poder Legislativo Joinvilense conta com um número de vereadoras maior do que grande parte das demais cidades de Santa Catarina. O contingente de mulheres concorrendo a vagas para as eleições da Câmara de Joinville nunca foi tão alto como no corrente ano. Porém, a disparidade entre o número de homens e mulheres eleitos ainda é evidente. Tais considerações, a posteriori, receberão apreciação crítica, visando estabelecer as principais causas e consequências do índice de representantes femininas no Poder Legislativo, assim como possíveis soluções para a baixa representação da mulher na política. As conclusões decorrentes da pesquisa serão melhor explanadas ao término do projeto, em dezembro de 2012, quando pretende-se produzir e publicar um artigo científico junto ao relatório a ser entregue ao final dos onze meses de sua duração.

Através deste projeto busca-se, por meio do estudo e mapeamento da cultura material dos períodos marcantes na história do design de Santa Catarina, identificar algumas características dessa cultura, com o objetivo de explorá-la historicamente, como características básicas de um pensamento nascido, desenvolvido e produzido pelo o homem de Santa Catarina. Traça-se um panorama cronológico evolutivo do design no estado e a partir deste panorama desmembra-se as vertentes fundamentais na concretização deste processo. Contudo, no que se refere ao desdobramento da história do design em Santa Catarina, apesar de todo investimento material e/ou imaterial, não existe um comprometimento com uma contribuição direta para a formação de um registro histórico específico. Com este intuito, o presente projeto vem como uma forma de fornecer ao mundo do design, mais especificamente ao design regional, uma parte de sua história, oferecendo principalmente aos alunos da Universidade da Região de Joinville, Univille, uma nova forma de se situarem no contexto histórico da região, no que diz respeito a um dos cursos mais requisitados pela entidade. Com isso, foi construída uma metodologia que pudesse compreender o campo da pesquisa em design, tanto como em história. Para tanto, na presente pesquisa, damos enfoque ao olhar histórico sobre a área em questão geral, à observação do design enquanto um campo de conhecimento, produção e atuação profissional e ao design catarinense como uma das áreas que constituem o design brasileiro como um todo. Para melhor análise, o livro “Design no Brasil: Origens e Instalação” de Lucy Niemeyer e “Uma Introdução ao Design” de Rafael Cardoso serve como base para melhor embasamento histórico sob uma concepção mais genérica do que podemos definir como design, através de uma abordagem bem concisa sobre os quarenta e um anos da história do design no país tendo como enfoque o processo de institucionalização do design no Brasil e no Mundo. Através de um levantamento bem conciso, por meio de registros de empresas instauradas em Santa Catarina desvendou-se fatores que comprovam o uso e desenvolvimento de projetos no estado, voltados a um olhar mais elaborado projetualmente, o que conclui-se, serem embasados em um conceito que possamos definir como um conceito de design, desmistificando referenciais que a firmam a chegada tardia do design no estado e até mesmo no país.

O projeto de pesquisa “O plágio nos trabalhos acadêmicos: barreira para produção científica de alunos e professores”, em desenvolvimento no campus São Bento do Sul, tem como objetivo estudar as formas e compreender o plágio na Universidade. Para tanto, foi desenvolvida pesquisa bibliográfica e jurisprudencial sobre o tema para, na sequência, aplicar questionários com acadêmicos e orientadores de trabalhos de conclusão de curso. Nesta etapa, buscou-se identificar a sistemática usada pelos estudantes na coleta de informações para construção dos referenciais teóricos, a forma de utilização dessas informações no texto acadêmico e de sua apresentação pelo uso de citações e referências bibliográficas. Também investigou-se a forma usada pelos professores orientadores de estágio na análise e julgamento do uso de informações de terceiros nos textos acadêmicos (TCC/TCE). Assim, com o resultado das pesquisas – ainda em fase de coleta -, visa-se subsidiar a comunidade acadêmica com informações que previnam e corrijam esse tipo de contrafação no âmbito do Direito Autoral, além de atender em parte o pedido da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes e da Ordem do Advogados do Brasil – OAB para que se atue contra o plágio nas universidades. Conclui-se que a aplicação da proposta na Univille oportunizará o planejamento de ações que irão além do ensino do uso de citações e referências bibliográficas como aspecto metodológico por parte dos professores, atingindo a formação de consciência crítica por parte dos acadêmicos sobre o uso do conhecimento produzido por outros autores.