Área 02 - Ciências Biológicas e da Saúde

Índice

  1. Avaliação de condições do processo de encapsulação para obtenção de microesferas de Eudragit L e Felodipino.
  2. A FAUNA DO SAMBAQUI ILHA DA RITA – INFERÊNCIAS SOBRE HÁBITOS PRÉ-COLONIAIS NA ALIMENTAÇÃO
  3. Abelhas indígenas (Hymenoptera, Apidae): um estudo sobre a composição da apifauna em unidade de conservação em Joinville, SC.
  4. Anatomia de madeiras históricas da Ilha da Rita, São Francisco do Sul/SC.
  5. Anatomia de Madeiras Históricas de Uma Casa Germânica do Século XX em Santa Catarina.
  6. Análise polínica, físico-química e microbiológica de méis de sc
  7. Apicultura e meliponicultura no município de Joinville e região
  8. Avaliação da saúde bucal em crianças e adolescentes obesas acompanhadas no Hospital Materno Infantil de Joinville
  9. AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E FOTOSSINTÉTICAS DAS ALGAS EUGLENA GRACILLIS FRENTE A PRESENÇA DE ESTROGENOS E SEUS DERIVADOS
  10. Avaliação de condições do processo de encapsulação sobre a morfologia de microesferas contendo sinvastatina
  11. Avaliação do papel do bugio-ruivo Alouatta guariba clamitans (CABRERA, 1940) como dispersor de sementes em fragmentos florestais na Bacia do Rio do Braço, Joinville – SC
  12. AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ECOTOXICOLÓGICO DE RESIDUOS DE 17α ETINILESTRADIOL e 17β ESTRADIOL OBTIDOS PÓS-PROCESSO OXIDATIVO AVANÇADO A BASE PEROXIDO DE HIDROGÊNIO DESTINADOS A REMOÇÃO DESTES HORMONIOS
  13. Blendas de etilcelulose e poli(L-ácido láctico) como matriz para o encapsulamento de piroxicam
  14. Comparação entre a taxa de filtração glomerular estimada através das equações Crockoft-Gault e MDRD
  15. Condições de trabalho dos docentes do ensino fundamental sob a perspectiva da psicologia educacional
  16. Correlação de clearence de creatinina estimado com renda e educação em bairros de Joinville – análise de dados laboratoriais e censitários
  17. Dendrocronologia de cedrela fissilis Vell. (Meliaceae) em remanescentes florestais e mata ciliar da bacia hidrográfica do rio do braço, joinville- SC
  18. Desenvolvimento de atividades educativas sobre uso racional de medicamentos direcionadas aos usuários da unidade de saúde do bairro Costa e Silva, Joinville, SC.
  19. DESENVOLVIMENTO DE CULTIVO DE Daphnia magna PARA ENSAIOS DE TOXICIDADE
  20. Dieta de Alouatta guariba clamitans (Cabrera, 1940) em fragmentos de floresta na Bacia do Rio do Braço, Joinville, SC.
  21. Distribuição da toninha (Pontoporia blainvillei) na Baía da Babitonga em São Francisco do Sul – SC
  22. DIVERSIDADE DE SAMAMBAIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO BRAÇO
  23. Ecologia populacional de Alouatta guariba clamitans em fragmentos florestais no Distrito Industrial Norte, Bacia do Rio do Braço Joinville - SC.
  24. ECOTOXICIDADE DOS COMPOSTOS DE DEGRADAÇÃO ESTROGENICA POR PROCESSOS OXIDATIVOS, UTILIZANDO EUGLENAS GRACILLIS COMO BIOTESTE COMPARATIVO DE TOXICIDADE CRÔNICA
  25. Efeito dos extratos de Pleurotus ostreatus sobre a microbiota intestinal de camundongos
  26. Efeito in vivo e in vitro da arginina sobre parâmetros de estresse oxidativo em rins de ratos
  27. Efeitos da urbanização e do uso turístico nas comunidades microbianas da praia de Ubatuba
  28. Efeitos da urbanização e do uso turístico nas comunidades planctônicas da praia de Ubatuba (São Francisco do Sul, Santa Catarina).
  29. Estudo de formulações em suspensão como veículos para fração de P. djamour
  30. FLORA CATARINENSE REVISITADA (REFLORA)
  31. Levantamento da fauna de pequenos mamíferos não-voadores do Parque Estadual Acaraí, São Francisco do Sul, SC
  32. Levantamento de aves costeiras e marinhas em ilhas do Arquipélago das Graças, litoral norte de Santa Catarina.
  33. LEVANTAMENTO DE MYRTACEAE ADANS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO CUBATÃO EM JOINVILLE/SC.
  34. Levantamento dos microrganismos associados à sepse em Unidade de Terapia Intensiva de hospital privado em Joinville-SC
  35. Monitoramento de tecnologias em saúde
  36. O conhecimento que os professores de cinco escolas publicas Estaduais de Joinville-SC apresentam sobre o transtorno por deficit de atenção e hiperatividade (TDAH)
  37. OCORRÊNCIA DE AVES AQUÁTICAS NA DESEMBOCADURA DO RIO PEDREIRA, SÃO FRANCISCO DO SUL, SC.
  38. Padronização da identificação dos patógenos Acinetobacter baumannii e Klebsiella pneumoniae em amostras de sangue via Reação em Cadeia da Polimerase
  39. Padrões de residência da população de toninhas, Pontoporia blainvillei, na Baía da Babitonga.
  40. Perfil dos pacientes internados por complicações do Diabetes Mellitus no municipio de Joinville-SC
  41. Perfis de dissolução de comprimidos liquisólidos de sinvastatina
  42. Plantas apícolas em Santa Catarina: espécies e contribuições
  43. Preparo e caracterização de comprimidos contendo microesferas de Eudragit® E 100 / poli(3-hidroxibutirato) [PHB] e felodipino
  44. Prevalência do Polimorfismo T300A no Gene ATG16L1 na população de Joinville e Região
  45. Prevalência e relevância das variantes alélicas e genotípicas dos polimorfismos rs12979860 (C/T) e rs8099917 (T/G) do gene IL28B em pacientes mono-infectados pelo HCV, co-infectados HCV/HIV e indivíduos não infectados.
  46. Produção, extração e avaliação da ação antitumoral de polissacarídeos intracelulares produzidos por Pleurotus sajor caju
  47. Variabilidade da infauna bentônica em uma área urbanizada da praia de Ubatuba, São Francisco do Sul, Santa Catarina

Resumos

Avaliação de condições do processo de encapsulação para obtenção de microesferas de Eudragit L e Felodipino.

  • MIRELLY MELO BURIGO WISSOSKI, Graduando, mirelly.wissoski@univille.br
  • Bianca Ramos Pezzini , Dr(a), pezzinibia@hotmail.com
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Giovana Carolina Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: felodipino, microesferas, encapsulaçao

Um dos maiores desafios encontrados no desenvolvimento de formas farmacêuticas sólidas orais é a baixa solubilidade em água de alguns fármacos, como o felodipino, que apresenta baixa biodisponibilidade. Este estudo propôs avaliar as condições do processo para incorporação do felodipino em micropartículas a partir de um polimetacrilato (Eudragit L-100), tendo como objetivo melhorar a solubilidade do fármaco. As micropartículas foram obtidas através do método de emulsão e evaporação do solvente, que consistiu em dissolver 0,2g de felodipino e 0,5g de Eudragit L em 9 mL de diclorometano:etanol:isopropanol na proporção de 1:1:1, (fase interna), posteriormente emulsificada em 200ml de uma solução aquosa saturada com uma mistura dos solventes descritos acima contendo 0,3g de álcool polivinílico e 5 gotas de HCl 0,1M (fase externa). Foram preparadas duas formulações variando-se a temperatura da fase externa: 15ºC (Formulação A) e 5ºC (Formulação B). Após a evaporação dos solventes orgânicos, as micropartículas foram lavadas com água destilada, decantadas e secas à temperatura ambiente. A morfologia das partículas foi visualizada através de microscopia óptica evidenciando que na Formulação A foram obtidas partículas irregulares e fragmentadas. Por outro lado, as partículas da Formulação B apresentaram formato esférico. A quantificação do teor de fármaco nas micropartículas foi feita por espectrofotometria de absorção na região do ultravioleta. Altos teores de eficiência de encapsulação foram obtidos, sendo igual a 103,0% para a Formulação A e 88,3% para a Formulação B. Os perfis de dissolução in vitro do felodipino das micropartículas foram determinados em um aparelho de dissolução Nova Ética (modelo 299/6), utilizando-se as seguintes condições experimentais: Solução Tampão Fosfato pH 6,8 com 0,5% de Tween 80, como meio de dissolução, mantido à temperatura de 37±0,5 ºC e sob agitação de 100 rpm, durante o período de 1 h. Após períodos de tempo pré-determinados, uma alíquota foi coletada e o percentual de fármaco dissolvido foi determinado por espectrofotometria de absorção na região do ultravioleta. Através da avaliação dos perfis de dissolução, verificou-se que o percentual de felodipino dissolvido após 45 minutos foi de 5,5%. Quando incorporado nas micropartículas, 54,4% e 56,6% do fármaco dissolveu após o mesmo período de tempo para as formulações A e B, respectivamente. Com os resultados obtidos pode-se inferir que, empregando as condições do processo descritas para a Formulação B foi possível obter micropartículas esféricas, com alto teor de felodipino encapsulado e com considerável aumento da sua solubilidade.

A FAUNA DO SAMBAQUI ILHA DA RITA – INFERÊNCIAS SOBRE HÁBITOS PRÉ-COLONIAIS NA ALIMENTAÇÃO

  • THIAGO FOSSILE, Graduando, thifossile@gmail.com
  • Dione da Rocha Bandeira, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Baía da Babitonga, Ilha da Rita, Sambaqui

A Ilha da Rita situa-se no litoral norte do estado de Santa Catarina, mais precisamente na Baía Babitonga. Nela existem remanescentes de uma antiga base naval da Marinha, servindo como base militar de importância estratégica no abastecimento da esquadra brasileira durante o período da Segunda Guerra Mundial. Após o término da guerra, as instalações da base foram gradativamente perdendo sua função, até que em 1968 a Marinha devolveu a Ilha ao município de São Francisco do Sul. Assim, pode-se considerá-la um sítio arqueológico histórico. Além do patrimônio histórico há um sítio arqueológico de tipologia sambaqui, próximo a uma pequena praia que serve como ancoradouro auxiliar. Os sambaquis são conhecidos como amontoados de conchas, construídos por grupos de pescadores-coletores-caçadores, que exploraram vários ambientes e recursos marinhos e terrestres. Em 1996, a Univille demonstrou interesse em obter a cessão dos direitos de uso da Ilha para finalidades de pesquisas e estudos ambientais, sendo assinado o contrato em 1999. Desde então, diversos projetos de ensino, pesquisa e extensão, ligados às questões do meio ambiente, passaram a ser desenvolvidos. Além das preocupações ambientais, havia necessidade de estudos relacionados ao patrimônio histórico e arqueológico existente na Ilha da Rita não suficientemente contemplados em projetos anteriores. Tendo como um dos objetivos o estudo deste patrimônio, desenvolve-se desde 2011 o projeto “O Patrimônio Cultural da Ilha da Rita/SC: estudos prévios para sua revitalização e preservação”, sob a coordenação da Prof.ª Sandra Paschoal Leite de Camargo Guedes e financiamento do CNPq, CAPES e FAP\UNIVILLE, este vinculado ao grupo de pesquisa Estudos Interdisciplinar do Patrimônio Cultural e tem como objetivo maior apresentar proposta de revitalização da Ilha. O projeto que estamos desenvolvendo e cujos resultados preliminares estaremos apresentando está vinculado ao projeto acima citado. Este tem como objetivo contribuir para a compreensão das formas de aproveitamento dos recursos faunísticos pelo grupo sambaquiano que ocupou o Sambaqui Ilha da Rita, o modo de coleta, preparo, consumo e descarte dos restos bem como identificar indicativos de utilização como matéria prima. No tocante à metodologia, desenvolveram-se sondagens para identificar a extensão do sítio e amostras em uma região não muito perturbada antropicamente da matriz arqueológica e flotação, conforme metodologia proposta por Scheel-Ybert et al. (2005-2006). Tendo em vista a identificação taxonômica, de marcas e quantificação do material faunístico resultante da flotação, será utilizada coleção de referência e bibliografia específica. Também foram feitas coletas em outros sambaquis do Distrito do Saí, para comparação.

Apoio / Parcerias: CNPq, CAPES e FAP\UNIVILLE

Abelhas indígenas (Hymenoptera, Apidae): um estudo sobre a composição da apifauna em unidade de conservação em Joinville, SC.

  • ENDERLEI DEC, Graduando, enderlei@hotmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: diversidade de abelhas, polinização, levantamento

O Parque Ecológico Prefeito Rolf Colin, unidade de conservação (UC) de Joinville/ SC (26º28”84.90’ S, 48º84”52.15’ W) abriga recursos hídricos e uma formação vegetal em estado original importantes para a manutenção do equilíbrio das relações ecológicas cuja preservação depende de um conjunto de serviços naturais, inclusive a polinização. Visando conhecer a diversidade de abelhas silvestres nativas, está sendo realizado um levantamento das espécies desde janeiro de 2012, que já soma 150 horas de esforço de coleta quinzenal (10h/ dia, das 08:00 às 18:00). Os métodos de captura de abelhas resultaram em: rede entomológica (189 espécimes, 22 morfoespécies); pratos armadilha coloridos (102 espécimes, gêneros Dialictus e Ceratina) que atraíram, respectivamente, 56,4% (amarelo), 15,9% (azul), 14,9% (branco) e 12,8% (rosa); iscas aromáticas (eugenol) que permitiram a captura de espécimes de Euglossa annectans Dressler, 1982 (16 espécimes), Eulaema cingulata Fabricius, 1804 (1) e Neocorynura dilutipes Vachal, 1904 (1). Foram amostradas 466 abelhas, de 27 táxons, 3 subfamílias cuja riqueza/ abundância (%) é: Apinae 14/ 63,8 (%), Halictinae 9/ 33,9(%) e Megachilinae 4/ 2,3(%). Indivíduos de Andreninae e Colletinae não foram coletados. Apis mellifera L., espécie exótica, só foi observada coletando em secreções de cochonilhas (Homoptera) em janeiro e maio (5,8% da abundância). Espécies de abelhas não assinaladas para SC e coletadas na área incluíram: Megachile cachoeirensis Schrottky, 1920, Eulaema cingulata e N. dilutipes. Foram coletadas e identificadas 22 espécies de plantas forrageadas pelas abelhas. Sphagneticola trilobata (L.) Pruski foi a planta mais visitada (47%), atraindo 11 morfoespécies de Apidae das quais as de maior abundância foram Augochlora sp. (52%) e Megachile nudiventris Smith, 1853 (12%). Espécies vegetais importantes para a fauna que foram visitadas por abelhas incluem Psychotria suterella Müll. Arg. (frutos e sementes consumidos e dispersados intensamente por aves), visitada por Bombus brasiliensis Lepeletier, 1836; Euterpe edulis Martius visitado por Augochloropsis sp. 01, N. dilutipes e Plebeia droryana Friese, 1900, a qual também visitou Geonoma gamiova Barb. Rodr., ambas palmeiras nativas da Mata Atlântica ameaçadas de extinção em ambientes naturais; Begonia campos-portoana Brade, planta exclusiva das encostas da serra do mar e restrita ao norte de SC, visitada por Ariphanarthra palpalis. A interação das abelhas silvestres com plantas endêmicas ou ameaçadas, a relação com os dispersores de sementes além da baixa abundância de A. mellifera, denotam a importância da UC e a riqueza das associações da biota no ambiente e apontam para o reconhecimento dos potenciais polinizadores locais e suas preferências florais.

Anatomia de madeiras históricas da Ilha da Rita, São Francisco do Sul/SC.

  • Érico Gomes da Silva, Graduando, erico.silva@univille.br
  • João Carlos Ferreira de Melo Junior, MSc, jcmelo_wood

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Base naval, anatomia do lenho, patrimônio histórico

A madeira como matéria prima devido às suas propriedades estruturais, mecânicas e organolépticas há muito tempo tem sido utilizada na construção de um vasto conjunto de obras, elementos arquitetônicos e objetos que podem representar a diversidade de culturas, heranças e períodos históricos, sendo um elemento de desenvolvimento das sociedades humanas. As construções históricas e ruínas das edificações da base naval construída na Ilha da Rita, pela marinha brasileira durante a Segunda Guerra Mundial, preservam diversos elementos construtivos produzidos em madeira. Objetivou–se com este trabalho identificar por meio da anatomia do lenho as espécies arbóreas usadas na produção de peças em madeira presentes nas referidas construções. Amostras de madeira foram retiradas de 23 estruturas arquitetônicas, obtidas da casa do Capitão e das ruínas das dependências dos navais. Cortes histológicos foram feitos para a confecção de lâminas permanentes. Seguiu-se a terminologia da IAWA Committee para a descrição anatômica. Por meio de comparações em coleções de referência (JOIw, BCTw/IPT), literatura especializada e a base de dados Inside Wood realizou-se as descrições anatômicas. Os estudos comparativos apontam duas espécies arbóreas da região sul compondo as estruturas arquitetônicas: o pinheiro-do-paraná (Araucaria augustifolia (Bert.) Kuntze. - Araucariaceae)e a canela (tipo Ocotea/Nectandra - Lauraceae). Considerando os dados de distribuição geográfica das lauráceas supõe-se que Ocotea porosa (Mez) L. Barroso possa ser o tipo encontrado, por ser uma espécie muito encontrada no passado na região. As espécies arbóreas usadas possuem fustes de grande diâmetro, próprios à elaboração de peças com dimensões adequadas ao uso na construção civil. Os táxons encontrados estão presentes também em peças de diversas construções históricas da região, como casas enxaimel, serrarias e engenhos, o que representa sua abundância no passado, e pode estar associado a atual indisponibilidade desses recursos. Os resultados obtidos possibilitam a criação de ações de conservação e restauro desses bens patrimoniais. Entretanto, essas ações devem alertar ao uso de outras essências em obras de restauro, considerando o atual risco de extinção das espécies empregadas originalmente, ou sua substituição por materiais alternativos e mais resistentes às ações de biodeteriorização.

Apoio / Parcerias: CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Anatomia de Madeiras Históricas de Uma Casa Germânica do Século XX em Santa Catarina.

  • EMANOELE CRISTINE DENKE TODOROVSKI, Graduando, manu_todorovski@hotmail.com
  • João Carlos Ferreira de Melo Jr, MSc, jcmelo_wood@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Patrimônio Histórico, Anatomia do Lenho, Enxaimel

A identificação das madeiras utilizadas em patrimônios históricos é de suma importância para conservação e restauro dos mesmos, além de contribuir com a preservação das espécies em questão face ao atual cenário de degradação dos ambientes naturais. Pode também aclarar questões sobre a relação histórica da sociedade humana com os recursos naturais disponíveis. Este estudo objetivou identificar taxonomicamente as espécies de madeiras empregadas na confecção de objetos cotidianos e de elementos construtivos de uma casa do início do século XX, tombada como patrimônio histórico. A casa estudada, de tipologia enxaimel, foi construída originalmente em 1905 e instalada no Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville/SC em 1980. Foram coletados com auxílio de bisturi pequenos fragmentos de madeira de peças estruturais da casa e dos objetos de uso doméstico. A caracterização anatômica das madeiras seguiu a terminologia da IAWA, sendo a identificação baseada em coleção de referência (JOIw) e base de dados Inside Wood. Os resultados evidenciaram o uso de madeiras dos táxons Araucaria angustifolia (Bert.) Kuntze (Araucariaceae), Cedrela fissilis Vell. (Meliaceae), Centrolobium microchaete (mart. ex Benth.) Lima (Leguminosae-Papilionoideae), Dalbergia brasilienses Vogel. (Leguminosae-Papilionoidae), Ocotea sp. (Lauraceae) e Pinus sylvestris L. (Pinaceae), sendo o último uma conífera do hemisfério norte conhecida como pinho-de-riga. Dados de distribuição geográfica de espécies arbóreas sugerem que Ocotea porosa (Nees) L.Barroso Barr. (Lauraceae) tenha sido uma espécie amplamente explorada e presente nos objetos estudados, pois além da sua abundância pretérita, possui elevada resistência mecânica, sendo também encontrada em outras obras históricas da região. Por meio da identificação dessas madeiras foi possível compreender aspectos da vida cotidiana do homem do campo na reportada época, além de gerar subsídios para conservação do patrimônio cultural brasileiro.

Apoio / Parcerias: Sindec

Análise polínica, físico-química e microbiológica de méis de sc

  • MANUEL WARKENTIN, Graduando, manuel.warkentin@univille.br
  • Andressa Karine Golinski dos Santos, Graduando, pedro-andressa@hotmail.com
  • Juliane Valduga da Silva, Graduando, juliane.valduga@univille.br
  • Enderlei Dec, Graduando, enderlei@hotmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: qualidade alimentar, higiene na apicultura, propriedades de mel puro

O mel mais comercializado no Brasil é aquele produzido por abelhas da espécie Apis mellifera L., contendo açúcares e pequenas quantidades de dextrinas, enzimas, ceras, entre outras substâncias, em solução aquosa concentrada. É utilizado mundialmente por suas características dulcificantes, medicinais, nutricionais e energéticas. Para se determinar a qualidade de algum mel, é necessário verificar a sua procedência floral e sua sanidade físico-química e microbiológica. Santa Catarina é um dos estados brasileiros com maior produção apícola. Porém, há poucos dados sobre as características destes produtos. Tendo por objetivo iniciar um levantamento de dados sobre a qualidade destes compostos, foram realizadas análises polínicas, físico-químicas e microbiológicas para diversos méis do Estado. Para tanto, méis disponíveis no comércio foram adquiridos, tendo sido realizadas: 1-análise do espectro polínico pelo método da acetólise ácida, com caracterização da composição polínica em percentagens de pólen dominante, acessório, isolado e casual, para confirmar a procedência floral; 2-análise físico-química por meio das reações de Fiehe e Lund, pesquisa de corantes, determinação de açúcares, da densidade e da acidez, para verificar a adição de corantes, açúcar comercial ou água, e detectar manejo incorreto; 3-análise microbiológica pelos métodos de contagem de bolores e leveduras, e pesquisa de coliformes totais e termotolerantes para detecção das condições de higiene da produção. Em termos de espectro polínico, até o momento foram analisados 2 méis, com procedência floral aludida de macieira e laranjeira. Estes resultaram em 10 lâminas de microscopia, sendo o primeiro com 41 tipos polínicos identificados, e o segundo com 16. Para o primeiro mel, foram verificados 25 tipos polínicos isolados (abaixo de 15%), e 16 casuais (abaixo de 1%). Não havia nenhum dominante, nem acessório. No segundo mel, havia um tipo dominante (56,7%), um acessório (27,6%), quatro isolados e dez casuais. Quanto à análise microbiológica, no primeiro mel houve crescimento apenas de fungos na amostra mais concentrada (0,01g/L) e no segundo mel, houve proliferação de coliformes. Para a análise físico-química, foram analisados quatro méis (tidos como de procedência de macieira, laranjeira, eucalipto e bracatinga), sendo que o primeiro mel se apresentou como o mais puro, sem adição de corantes, água ou açúcares. No segundo, foi observado adição de açúcar comercial. No terceiro, verificou-se aquecimento indevido, pois apresentou pequena quantidade de enzimas diastásicas. E no quarto, além do aquecimento, observou-se uma possível adição de glicose. Estes resultados evidenciam uma não uniformidade dos méis produzidos no Estado em relação aos padrões estabelecidos pela legislação.

Apicultura e meliponicultura no município de Joinville e região

  • ANDRESSA KARINE GOLINSKI DOS SANTOS, Graduando, pedro-andressa@hotmail.com
  • Juliane Valduga da Silva, Graduando, juliane.valduga@univille.br
  • Enderlei DeC, Graduando, enderlei@hotmail.com
  • Manuel Warkentin, Graduando, deusconosco92@hotmail.com
  • DENISE MONIQUE DUBET DA SILVA MOUGA, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Apis mellifera, abelhas sem ferrão, APIVILLE

A apicultura é uma atividade que desenvolve a criação da abelha exótica Apis mellifera L. para fins comerciais, ocorrendo no Brasil desde 1839 e, em Santa Catarina, a partir de 1845, trazida pela imigração européia. Anteriormente, havia criação local de abelhas sem ferrão (meliponíneos), nativas e muito dóceis. Atualmente predomina a criação de A. mellifera africanizada que se constitui em opção para aumentar a renda na agricultura familiar. Visando reunir informações sobre o desenvolvimento da atividade de apicultura e meliponicultura em Joinville e na região, foram realizadas entrevistas no período de agosto de 2011 a maio de 2012 com sócios e não sócios da Associação de Apicultores de Joinville, APIVILLE, fundada em dezembro de 1984 por 48 sócios fundadores. Atualmente a APIVILLE conta com 70 sócios efetivos sendo que são 160 apicultores registrados para região. No total foram aplicados 33 questionários. 85% dos entrevistados residem em Joinville e os demais em regiões próximas. 60% dos apicultores tem a apicultura como atividade secundária e 51% tiveram influência familiar para seguir na atividade. Em Joinville estão localizados 26% dos apiários e 74% estão distribuídos nas proximidades (Araquari, São Francisco do Sul, Garuva, Jaraguá, Itapocu, Campo Alegre, Barra do Sul, Barra Velha, Guaratuba, Itapoá) sendo a maioria (83%) no campo e apenas 17% em perímetro urbano. A espécie mais criada é Apis mellifera L. (44%) e, dos meliponíneos, mandaçaia (Melipona quadrifasciata Lepeletier, 1836) e jataí (Tetragonisca angustula Latreille, 1811), com poucas colmeias. A obtenção das colônias se faz por caixa isca (40%) e colaboração com os bombeiros, multiplicação de colmeias, captura na natureza, compra ou instalação de caixa núcleo (60%). Os modelos de colmeias utilizados são Langstroth (71%) e Schenck (29%).Para alimentação, 82 % oferecem alimento (xarope, mel das próprias abelhas, açúcar invertido, farinha de mandioca). Estes apicultores dispõem de um total aproximado de 1690 colmeias, somando uma produção média de 100 ton/ mel/ ano além de cera, geleia real, própolis e pólen. A comercialização dos produtos apícolas ocorre predominantemente em casa (70%). Como maiores problemas para a criação foram relatados principalmente formigas (40%) além de roubo, desaparecimento das abelhas, mau tempo e ataque de iraras, traças, baratas, o ácaro Varroa e vandalismo. A pratica da apicultura na região se mostra em desenvolvimento, porém a meliponicultura poderia ser melhor explorada, aproveitando as espécies nativas e a capacidade florística da região.

Avaliação da saúde bucal em crianças e adolescentes obesas acompanhadas no Hospital Materno Infantil de Joinville

  • JULIANA SOETH, Graduando, juliana.soeth@univille.br
  • Caroline Teodoro, Graduando, carollteodoro@hotmail.com
  • Lúcia Fátima de Castro Ávila, Dr(a), lfcavila@uol.com.br

Palavras-chave: Cárie Dentária, Obesidade, Prevalência

A obesidade e a cárie dentária são doenças multifatoriais relacionadas aos hábitos alimentares. Oelevado consumo de açúcar por crianças e adolescentes obesos pode ser considerado um fator de risco para a ocorrência da doença cárie. O objetivo deste estudo foi avaliar a condição bucal e índice de ceo-d e CPOD em crianças e adolescentes do Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria em Joinville, SC, diagnosticados com sobrepeso ou obesidade e verificar a relação destas condições com a cárie dentária. Foram examinados 84 pacientes com média de idade de 10,4 anos (1,7 – 17 anos); média de IMC de 27,65kg/m², 46 do sexo masculino e 38 do sexo feminino. Para avaliação do CPO-D/ ceo-d separou-se três grupos etários: grupo 1- dentição decídua, idades de 1,7 a 5 anos (06 pacientes); grupo 2 - dentição mista, idades de 6 a 12 anos (52 pacientes) e grupo 3 - dentição permanente, idades de 13 a 17 anos (26 pacientes). O índice CPO-D/ceo-d geral foi de 1,33 ; 30 (35,7%) tinham a doença cárie e 25(29,8%) tinham dentes restaurados. O grupo 1 teve índice 1, no grupo 2, índice 1,5 e índice 2,35 no grupo 3;. Na avaliação de higiene, 40 (47,6%) indivíduos apresentaram boa higiene e 79 (89,3) executavam sozinhos sua higiene bucal. Dieta cariogênica foi observada em 25 (29,8%) pacientes porém,no grupo, de maior incidência de cárie, apenas 16 (19%) indivíduos tinham uma dieta cariogênica. Doença sistêmica estava presente em 43 (51,2%) pacientes e 25 (29,8%) faziam uso de medicação contínua. Concluiu-se que, não houve relação entre sobrepeso e obesidade e maior experiência de doença cárie.

AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E FOTOSSINTÉTICAS DAS ALGAS EUGLENA GRACILLIS FRENTE A PRESENÇA DE ESTROGENOS E SEUS DERIVADOS

  • LUANA SOARES SCHULTER, Graduando, luanaschulter@gmail.com
  • GILMAR SIDNEI ERZINGER, Dr(a), gerzinger47@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ecotoxicidade de estrógenos, poluição emergente, biotestes para estrogenos

Atualmente existe uma preocupação no que diz respeito aos “poluentes emergentes” – no qual se podem destacar aqueles oriundos de produtos farmacêuticos e presentes nos recursos. Dentro deste grupo de substâncias destacam-se os estrógenos e seus derivados, que mesmo em concentrações mínimas vem demonstrando capacidade de causar danos a saúde humana, como câncer de próstata em homens e de colo uterino em mulheres. Peixes machos expostos estradiol produzem a proteína vitelogenina –VTG - proteína esta encontrada apenas em peixes fêmeas, sendo este um marcador de presença de estrogenos em águas. Algumas leveduras geneticamente modificadas (LGM) são empregadas para biotestes para indicar a presença de estrógenos em água. O problema dos testes envolvendo VTG e LGM esta na demora de obtenção de resultados ou a obtenção de respostas que não são aplicáveis ao ambiente – como no caso das leveduras modificadas. Uma alternativa para a realização de biotestes ecotoxicológicos seria o uso de algas do gênero E.gracillis, sendo a problemática em questão a possibilidade ou não de uso destes microorganismos em biotestes para detecção de estrógenos. Este trabalho visa avaliar as alterações de parâmetros fisiológicos e fotossintéticos das algas Euglena gracillis sensível à presença de 17- β estradiol e 17-α etinilestradiol. METODOLOGIA: Meio de cultura contendo 400 ml de E.gracillis foi subdivido em oito frações de 50 ml. Duas frações receberam 0,1ml de hormônios (17- β estradiol ou 17-α etinilestradiol 5mg/ml em etanol - ETOH), duas ficaram como controle destes e duas receberam apenas etanol – ETOH (para avaliação do efeito deste solvente isoladamente. Duas frações restantes foram utilizadas como controle geral. Após a preparação das amostras, estas foram submetidas a testes de eficiência fotossintética aguda e crônica. Testes de ecotoxicidade em tempo real utilizando avaliação por imagens também foram realizadas pelo equipamento NGTOX, que realiza bioensaios através de tecnologia de análise de imagens em tempo real da motilidade e parâmetros fisiológicos. RESULTADOS: Até o presente momento se observa que ambos hormônios testados afetam a efetividade fotossintética das algas em teste quando comparado ao controle e ao teste com ETOH apenas, diminuindo o rendimento quântico. Observa-se também um aumento no NPQ da amostra contendo hormônios quando comparado com o controle e com o meio contendo apenas ETOH, indicando um processo de fotoproteção frente a redução da efetividade promovida, o que pode levar a um aumento na produção de zeaxantina. Resta saber se este pode ser um indicador de presença de estrógenos.

Apoio / Parcerias: INOVAPARQ

Avaliação de condições do processo de encapsulação sobre a morfologia de microesferas contendo sinvastatina

  • ELLEN PRISCILA DE SOUZA, Graduando, ellenps_19@hotmail.com
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Giovana Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: microesferas, sinvastatina, encapsulação

O preparo de microesferas contendo dispersões sólidas de sinvastatina, um fármaco utilizado no tratamento da hipercolesterolemia, vem sendo estudado para aumentar a solubilidade aquosa do fármaco e melhorar a sua biodisponibilidade. O objetivo deste trabalho foi verificar condições do processo de preparo de microparticulas de Eudragit E / polihidroxibutirato (PHB) / sinvastatina para obtenção de partículas esféricas e sem agregação. As micropartículas foram elaboradas através da técnica de emulsão e evaporação do solvente, utilizando 0,400g de sinvastatina, 1,580g de Eudragit® E e 0,25g de PHB (previamente fundido a 250 ºC) solubilizados em 10 mL de diclorometano e posteriormente emulsificados em 200 mL de uma solução aquosa contendo 0,3g de PVA, sob agitação, até a evaporação do solvente orgânico. Foram testadas três condições para o preparo: condição A (agitação em um agitador magnético, a 700 rpm, e secagem à temperatura ambiente); condição B (agitação em um agitador mecânico, a 700 rpm, e secagem à temperatura ambiente) e condição C (agitação em um agitador mecânico, a 700 rpm, e secagem através de liofilização). As micropartículas preparadas utilizando-se as condições A e B, observadas através de microscopia óptica, apresentaram-se com formatos irregulares e agregadas. Por outro lado, partículas esféricas e sem a formação de agregados foram obtidas empregando-se a condição C. Até o momento conclui-se que as condições utilizadas no processo C (agitação mecânica seguida de secagem por liofilização) foram as mais adequadas para a obtenção de microesferas com morfologia adequada. Ensaios para determinação da eficiência de encapsulação da sinvastatina e para obtenção dos perfis de dissolução estão sendo finalizados.

Avaliação do papel do bugio-ruivo Alouatta guariba clamitans (CABRERA, 1940) como dispersor de sementes em fragmentos florestais na Bacia do Rio do Braço, Joinville – SC

  • JÉSSICA HOLZ, Graduando, jessica.holz@univille.br
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Alouatta, germinação, bugio ruivo

Trabalhos já realizados com primatas do gênero Alouatta caracterizam os mesmos como importantes dispersores de sementes, e sugerem que, quando habitam pequenos e médios fragmentos florestais, esses primatas contribuem para a manutenção do processo de regeneração florestal através da dispersão de sementes e podem ser considerados elementos chave em programas de manutenção e restauração de fragmentos O presente trabalho apresenta os resultados parciais da pesquisa realizada entre os meses de Abril a Agosto de 2012, e que irá ser concluída até Dezembro de 2012. Os objetivos do trabalho foram avaliar o papel de dispersor de sementes de Alouatta guariba clamitans em fragmentos florestais no Distrito Industrial Norte (Bacia do Rio do Braço), bem como avaliar as taxas de germinação de sementes que passam pelo trato digestivo do bugio. A metodologia consistiu em coletar as fezes do bugio e marcar o local, as marcações foram feitas através de GPS e foram apontados também o horário e data da coleta. As fezes foram lavadas, as sementes encontradas foram identificadas e separadas por espécies para os testes de germinação. Para os testes de germinação foram separadas as sementes que aparecem com maior expressividade nas fezes. Para o controle dos testes, foram coletas sementes da árvore-mãe, que também são marcadas. Após a identificação, as sementes coletadas nas fezes e as sementes controle foram plantadas em sacos de plantio e foram armazenadas no Jardim Botânico da Univille. As variáveis: tipo de solo, umidade relativa do ar, luminosidade e ventos foram controladas, pois as sementes foram armazenadas em local com as mesmas características do local onde foram coletadas. Os resultados obtidos até o momento com os testes de germinação indicam que ao passar pelo trato digestivo, as sementes que se encontram inteiras, e não trituradas, não possuem restrições quanto a serem plantadas. As sementes identificadas nas fezes e mais expressivas em números foram dos gêneros Syagrus, Cryptocarya,Hyeronima e Campomanesia, e já foram plantadas, estando os testes de germinação em andamento.

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ECOTOXICOLÓGICO DE RESIDUOS DE 17α ETINILESTRADIOL e 17β ESTRADIOL OBTIDOS PÓS-PROCESSO OXIDATIVO AVANÇADO A BASE PEROXIDO DE HIDROGÊNIO DESTINADOS A REMOÇÃO DESTES HORMONIOS

  • MARCELA CRISTINA FAUSTO TEIXEIRA, Graduando, fausto.marcela@hotmail.com
  • GILMAR SIDNEI ERZINGER, Dr(a), gerzinger47@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: remoção de estrógenos, peróxido de hidrogênio, ecotoxicidade residual

Atualmente existe uma crescente preocupação no que diz respeito aos “poluentes emergentes” – no qual se podem destacar aqueles oriundos de produtos farmacêuticos e presentes nos recursos. Dentro deste grupo de substâncias destacam-se os estrógenos e seus derivados, que mesmo em concentrações mínimas vem demonstrando capacidade de causar danos a saúde humana, como câncer de próstata em homens e de colo uterino em mulheres. Processos Oxidativos Avançados visam a remoção química de certas substâncias, sendo a remoção de estrógenos em água bastante estudada. A problemática em questão reside no potencial ecotoxicológico que pode existir nos resíduos formados pós-processo de remoção. O objetivo deste trabalho é avaliar a ecotoxicidade dos resíduos químicos originados a partir da oxidação de 17α etinilestradiol e 17β estradiol, via peróxido de hidrogênio, em um processo destinado a remoção química destes hormônios, bem como avaliar o grau de ecotoxicidade dos resíduos em diferentes tempos de reação com o peróxido de hidrogênio e de valores de pH. METODOLOGIA: Amostras contendo 5mg/ml de 17α etinilestradiol e 17β estradiol foram submetidas a processo oxidativo via peróxido de hidrogênio, utilizando 20mg/ml deste oxidante. Os testes foram realizados em três valores de pH – 3,0; 7,0 e 11,0. Os tempos utilizados foram de 10, 15 e 30 minutos. Após a realização do processo as amostras foram guardas em geladeira para posterior análise em CGMS. Testes de ecotoxicidade foram feitos com o equipamento NGTOX, que realiza bioensaios através de tecnologia de análise de imagens em tempo real da motilidade e outros parâmetros fisiológicos de algas do gênero Euglena gracillis. RESULTADOS: Os testes se encontram em desenvolvimento e espera-se verificar qual o tempo e pH onde se obtém melhor rendimento de remoção de estrógenos, bem como o tempo e pH onde se tem maior potencial de risco ecotoxicológico, e correlacionar ambas as informações (ecotoxicidade e rendimento), visando encontrar aquele tempo em que se tenha um rendimento de remoção adequado e de menor impacto ambiental.

Apoio / Parcerias: INOVAPARQ

Blendas de etilcelulose e poli(L-ácido láctico) como matriz para o encapsulamento de piroxicam

  • ANA CAROLINA CAVALHEIRO PIRES, Graduando, anacarolina.accp@gmail.com
  • Monique de Sousa, Graduando, moni.sousa.2006@hotmail.com
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br
  • Vivia Buzzi, MSc, stlvi@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Piroxicam, Etilcelulose, Poli(L-ácido láctico)

O piroxicam (P) pertence à classe dos anti-inflamatórios não esteroidais, podendo causar irritação da mucosa gastrintestinal quando administrado por via oral, fato que justifica a sua utilização na forma de sistemas multiparticulados. A etilcelulose (EC) é um derivado de celulose amplamente usado no revestimento de formulações sólidas para administração oral de fármacos; quando utilizado como única matriz para o piroxicam, as micropartículas obtidas apresentaram uma eficiência de encapsulamento próxima a 80%, entretanto a taxa de liberação do fármaco limitou-se em 24%. Diante dessa constatação, escolheu-se o poli(L-ácido láctico) (PLLA), um poliéster considerado biodegradável e biocompatível, amplamente usado nas áreas médica e farmacêutica por apresentar alta estabilidade e relativamente lenta decomposição no meio corpóreo, para compor uma blenda com a EC. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da incorporação do PLLA na formulação Etilcelulose/Piroxicam (EC/P) sobre o processo de preparação das micropartículas. Testou-se a metodologia EC/P para a obtenção de micropartículas e maior domínio do procedimento. Posteriormente iniciaram-se testes incorporando o PLLA à formulação. As micropartículas foram preparadas por meio da técnica de emulsão e evaporação do solvente. Inicialmente preparou-se a fase externa: foi pesado o PVA em um béquer e adicionado água destilada mantido em agitação a 50 °C até completa solubilização. Em outro béquer foi preparada uma solução de cloreto de sódio, a qual foi mantida sob agitação e adicionado metanol. A solução de NaCl foi vertida na fase externa. Na fase interna, foram adicionados: EC e PLLA, na proporção 70/30 em massa, P, e SPAN 80 a um frasco Duran, e acrescentado diclorometano. Esse frasco foi fechado à meia rosca permanecendo em agitação e temperatura de 50 °C até completa solubilização. Com auxílio de uma pipeta pasteur, gotejou-se vagarosamente a fase interna sobre a fase externa. Esse sistema foi mantido sob agitação por aproximadamente 24 horas para completa evaporação do solvente. Em seguida, as micropartículas foram filtradas e lavadas com água destilada, transferidas para uma placa de Petri e colocadas em estufa a uma temperatura constante de 60ºC, por aproximadamente 8 horas. Com a incorporação do PLLA facilitou-se o gotejamento facilitado da fase interna na externa, formaram-se micropartículas menores, com menor formação de filme, ao contrário da EC/P que formou maiores micropartículas com grande formação de filme e gotejamento dificultado em virtude da viscosidade da solução. Com isso, concluiu-se que o PLLA aperfeiçoou o processo de obtenção de micropartículas. Outras proporções dessa blenda estão sendo produzidas.

Comparação entre a taxa de filtração glomerular estimada através das equações Crockoft-Gault e MDRD

  • GABRIEL CLÈVE NICOLODI, Graduando, gabrielnicolodi@gmail.com
  • Eduardo Tomazoni, Graduando, eduardo_tomazoni@hotmail.com
  • Helbert do Nascimento Lima, Dr(a), medicina@univille.br
  • Norberto Luiz Cabral, Dr(a), medicina@univille.br
  • Anderson Ricardo Roman Gonçalves, Dr(a), roman@netvision.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: TFG taxa de filtração glomerular, CG crockoft gault , MDRD

Introdução: a taxa de filtração glomerular (TFG) é utilizada clinicamente para análise da função renal, em geral através de fórmulas simplificadas que utilizam a creatinina sérica como parâmetro. As equações mais utilizadas em nosso meio são a de Crockoft-Gault (CG) e a Modification of Diet in Renal Disease de 4 variáveis (MDRD). Medidas pelos dois métodos são altamente correlacionadas, mas não necessariamente concordantes. Em nosso meio não há comparação dos dois métodos em populações específicas. Metodologia: estudo retrospectivo em que foram utilizados dados clínico-laboratoriais de 1601 pacientes vítimas de acidente vascular cerebral, do projeto JOINVASC, de 2005 a 2007, da cidade de Joinville - SC, com dados suficientes que permitissem cálculo das fórmulas de CG e MDRD. Ambos os resultados foram comparados utilizando-se o método estatístico de avaliação de concordância, preconizado por Bland e Altmann (1986). Para o caso dos valores serem excessivamente discordantes, foi realizada análise univariável entre grupos criados com base na variação ± 20% de uma fórmula para outra. Resultados: ambos os métodos são altamente relacionados (coeficiente de correlação de Pearson = 0,803), mas com uma diferença média entre valores para o mesmo paciente de -3,8 ± 19,7 ml/min (MDRD fornecendo valores maiores). Pelo gráfico de Bland Altmann, a variação matemática considerada adequada é largamente superior à diferenças clinicamente aplicáveis: variação de 38,6 e -42,5 ml/min. Essa grande variação não melhorou com o cálculo da variação percentual: -7,5±25,2% (+41,6 a -57%). Arbitrariamente consideramos aceitável uma variação de 20% entre os métodos e criamos um grupo com variação ± 20% e o grupo com variações > ± 20%. Conclusão: as fórmulas CG e MDRD apresentam baixa concordância e não devem ser consideradas intercambiáveis em populações como a estudada. A variação é maior que 20% em mulheres, com idade maior, com creatinina plasmática menor, com superfície corporal menor e em diabéticos. Além disso, a variação menor que 20% foi associada com níveis maiores de colesterol plasmático e ácido úrico. Estudos adicionais devem ser realizados para compreender melhor esses achados.

Condições de trabalho dos docentes do ensino fundamental sob a perspectiva da psicologia educacional

  • BRUNA AVANÇO SILVA, Graduando, brunaavanco@gmail.com
  • Márcia de Souza Hobold, Dr(a), gmhobold@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Condições de trabalho, Docência, Psicologia da Educação

Diversas mudanças no sistema de ensino e no contexto em que a educação esta inserida, fizeram com que as escolas se reorganizassem e se reestruturassem. Essas mudanças na organização escolar implicam no surgimento de novas funções e na reorganização de obrigações e tarefas que antes eram destinadas a tradicionais cargos e funções, mas que hoje, foram incorporadas ao trabalho docente (ASSUNÇÃO e OLIVEIRA, 2009). Todas estas mudanças, principalmente as que estão relacionadas ao papel do professor, refletem em sua prática de ensino e em sua saúde, tendo como resultado o absenteísmo, licença médica para tratamento de saúde, além de refletir na relação professor-aluno. Muitas são as fontes que geram o adoecimento ou mal-estar na atividade docente. Sendo assim, Zaragoza (1999) distingue duas categorias que influenciam para o adoecimento e mal-estar docente. Uma delas é derivada dos fatores primários que incidem diretamente sobre o professor, em sala de aula, gerando tensões que se associam a sentimentos e emoções negativas; e, a outra, são os fatores secundários constituído pelas condições ambientais e o contexto em que se exerce a atividade docente. Levando em consideração estes dois fatores, e suas implicações na atividade docente, é que se propôs esta pesquisa sobre a saúde dos professores. Espera-se que os dados resultantes desta investigação possam contribuir para a melhoria da condição docente. Assim, este projeto de pesquisa tem por objetivo conhecer as condições de trabalho, bem como possíveis fatores que levam à intensificação do trabalho dos professores do Ensino Fundamental, e a possível influencia na saúde deste profissional, tendo como perspectiva teórica a psicologia da educação. Pelos aportes teóricos da psicologia educacional, serão analisadas questões do instrumento de coleta de dados (questionários autoaplicavéis) da pesquisa do Mestrando Fernando de Lima “Condições de Trabalho dos Docentes do Ensino Fundamental”, vinculado ao Programa de Mestrado em Educação. O referido Mestrando realizou sua pesquisa com 1302 professores efetivos (concursados), com mais de três anos na Rede Municipal de Ensino, dos anos finais do Ensino Fundamental, independente da sua formação inicial, idade ou sexo. Partindo dos dados trazidos nas questões, pretende-se conhecer como as condições de trabalho dos docentes do Ensino Fundamental podem influenciar na saúde e qualidade de vida deste profissional, de forma que estas informações possam subsidiar políticas públicas de prevenção à saúde e qualidade de vida do professor, bem como contribuir com o campo de estudo da psicologia da educação.

Correlação de clearence de creatinina estimado com renda e educação em bairros de Joinville – análise de dados laboratoriais e censitários

  • EDUARDO TOMAZONI, Graduando, eduardo_tomazoni@hotmail.com
  • Gabriel Clève Nicolodi, Graduando, gabrielnicolodi@gmail.com
  • Norberto Luiz Cabral, Dr(a), medicina@univille.br
  • Helbert do Nascimento Lima, Dr(a), medicina@univille.br
  • Anderson R. Roman Gonçalves, Dr(a), roman@netvision.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Clearence de creatinina estimado, Renda, Educação

Introdução: O objetivo do trabalho foi correlacionar resultados de função renal dos moradores de bairros de Joinville com suas respectivas variáveis demográficas de anos de educação e renda mensal. Sabemos que a função renal diminui progressivamente com a Doença Renal Crônica. Metodologia: Utilizamos dados clínico-laboratoriais de mais de dois mil pacientes que estavam armazenados em laboratórios informatizados de análises clínicas que fossem relevantes para atingir o objetivo da pesquisa, tais como: endereço, idade, sexo, renda, anos de estudo, peso, altura, creatinina plasmática, e outros. Com as informações foi possível agrupar pacientes nos seus respectivos bairros e calcular a função renal estimada pela fórmula de Cockroft-Gault de cada paciente. Em seguida comparamos a média da função renal estimada dos bairros com seus respectivos níveis de renda e anos de estudo. Resultados e Discussões: O resultado foi contrário ao esperado, ou seja, bairros com menor renda e menos anos de estudo apresentaram uma função renal estimada melhor que os bairros com melhor poder aquisitivo e escolaridade. Conclusão: Concluímos que pacientes com menor escolaridade e renda morrem por outras causas, principalmente Acidente Vascular Cerebral e Infarto Agudo do Miocárdio, antes que se desenvolva a Doença Renal Crônica. Para dar suporte a esta conclusão seria necessário acesso a outras variáveis que não estavam em nosso banco de dados, como uso de medicações e outras comorbidades, rastreando um possível aumento na prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabete mellitus na população mais carente e com menor escolaridade.

Dendrocronologia de cedrela fissilis Vell. (Meliaceae) em remanescentes florestais e mata ciliar da bacia hidrográfica do rio do braço, joinville- SC

  • SCHELEN GROSSEL, Graduando, schelen.grossel@univille.br
  • KARIN ESEMANN DE QUADROS, Dr(a), karinesemann@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Dendrocronologia, Cedro, Anéis de crescimento

A espécie Cedrela fissilis Vell. (Meliaceae) também conhecido como cedro-rosa, possui anéis de crescimentos bem evidentes no lenho, sendo possíveis análises dendrocronológicas que relacionam o crescimento radial e as condições ambientais da região de Joinville. Para coleta, foi utilizado a sonda de incremento Pressler (método não-destrutivo) e coletadas 11 árvores, anotando dados para análises. As coletas ocorreram nas áreas do Parque Municipal Morro do Finder e Jardim Botânico da UNIVILLE, retirando de 3 à 4 amostras de cada árvore no sentido casca-medula. Após o reconhecimento dos anéis foi estimada as idades e mensurada a largura dos anéis através do programa ImageTool. Como resultado obteve-se idades entre 22 a 109 anos com DAP variando de 12 a 54 cm. Para a análise da mensuração foi utilizado o microscópio estereoscópico e dados climáticos, fornecidos pela Estação Meteorológica da Univille. O maior incremento médio anual foi da árvore CF5, com 4,1475 mm e o menor da CF6 com incremento anual de 1,665 mm. As árvores obtiveram como incremento médio anual 2,59 mm. A pesquisa foi regida pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/CNPq e obteve parceria com a FUNDEMA.

Apoio / Parcerias: Fundema; Embrapa

Desenvolvimento de atividades educativas sobre uso racional de medicamentos direcionadas aos usuários da unidade de saúde do bairro Costa e Silva, Joinville, SC.

  • JACQUELINE FERREIRA, Graduando, jacquelineferreira.jf@gmail.comle.br
  • Magali Bazzanella, Graduando, magaba__@hotmail.com
  • Januária Ramos Pereira Wiese, MSc, januariaramos@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Automedicação, farmácia caseira, armazenamento dos medicamentos

Introdução: A grande parte da população brasileira possui medicamentos em sua residência, acumulando-os de forma a constituir o que se pode denominar de farmácia caseira. A farmácia caseira deve garantir a qualidade dos medicamentos, através do adequado armazenamento destes. Estudos demonstram a possibilidade de perda da estabilidade do fármaco devido a fatores como temperatura, presença de oxigênio, luz, radiação e umidade, o que justifica a necessidade de orientações relacionadas ao armazenamento dos medicamentos nas residências. Além disso, o estoque domiciliar pode influenciar os hábitos de consumo dos moradores, favorecendo a automedicação, a reutilização de prescrições e facilitando a ocorrência de equívoco entre um medicamento e outro. Objetivo: verificar em que condições os moradores do bairro Costa e Silva, Joinville/SC, estocam medicamentos em casa, de que maneira esses são adquiridos e, após serem armazenados, de que forma são utilizados. Metodologia: Foram realizadas visitas domiciliares nos meses de abril e maio de 2012 juntamente com as agentes comunitárias de saúde. Através da aplicação de questionário foram obtidas informações sobre locais e condições de armazenamento dos medicamentos, tipo de medicamentos armazenados, além de se verificar a forma de utilização dos mesmos. Resultados e discussão: Foram realizadas entrevistas à 58 residências sendo que todas apresentavam pelo menos um medicamento estocado totalizando 436 medicamentos. Segundo os entrevistados, 317 medicamentos eram de uso continuo e 119 medicamentos de uso esporádico. Os locais mais freqüentes para guarda foram cozinha (n=37), sala (n=25) e quarto (n=11) onde a guarda era realizada principalmente dentro do armário e em cima de móveis/eletrodomésticos. Em 17% dos casos os medicamentos estavam ao alcance de crianças, expostos ao calor e/ou a umidade. A maioria dos 436 medicamentos eram especialidades farmacêuticas (n=420) para a via oral (n=400), 292 eram de venda sob prescrição médica e 62 eram de venda sob retenção de receita, 237 estavam estocados sem embalagem, 278 estavam sem bula e 22 estavam vencidos. Os medicamentos mais freqüentes foram metformina, AAS, sinvastatina, hidroclorotiazida, captopril, losartana, paracetamol, lovastatina e enalapril. Metade dos medicamentos analisados foi comprada e, em 32% destes casos os medicamentos foram obtidos sem receita. Os dados obtidos mostram que há necessidade dos profissionais da área da saúde de intervir em favor do uso racional de medicamentos e orientar quanto ao armazenamento de produtos farmacêuticos.

DESENVOLVIMENTO DE CULTIVO DE Daphnia magna PARA ENSAIOS DE TOXICIDADE

  • STÉFFANY CAROLINE INÁCIO, Graduando, steffany.inacio@univille.br
  • Cleiton Vaz, Graduando, cleiton.vaz@univille.br
  • Cláudia Hack Gumz Correia, Graduando, clau.hgc@gmail.com
  • Therezinha Maria Novais de Oliveira, Dr(a), tnovais@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: cultivo, microcrustáceos, Daphnia magna

No Brasil as Resoluções do CONAMA nº 357/2005 e nº430/2011, regulamentam os padrões de qualidade para cada classe de águas (doces, salinas, salobras), além de padronizar e identificar as condições de lançamento de efluentes. Além dos parâmetros físicos-químicos, a legislação exige que os efluentes não apresentem efeitos tóxicos aos organismos aquáticos, de acordo com a classificação dos rios. Em Santa Catarina, além do cumprimento à legislação federal, as organizações tem a necessidade de atender ao disposto na Portaria Fatma nº 17/2002 que normatiza os testes de toxicidade feitos em laboratório e estabelece limites de toxicidade para despejo de efluentes líquidos. Os microcrustáceos da espécie Daphnia magna são amplamente utilizados nesses testes de toxicidade, pois são sensíveis a diversos agentes nocivos, possuem ciclo de vida relativamente curto e geram descendentes idênticos, por se reproduzirem por partenogênese, sendo dessa forma um dos organismos teste padronizados pelo estado de Santa Catarina. Este estudo teve por objetivo desenvolver o cultivo de Daphnia magna no laboratório de Meio Ambiente e Ecotoxicologia da Univille, com vistas ao desenvolvimento de pesquisa e monitoramento da qualidade da água das bacias hidrográficas dos rios Cubatão e Cachoeira em Joinville. Foram testadas duas condições diferentes para o estabelecimento do cultivo. A primeira, utilizando água reconstituída a partir de água deionizada e a segunda, com água natural enriquecida com soluções de: cloreto de cálcio di-hidratado (CaCl2 . 2H2O), sulfato de magnésio hepta-hidratado (MgSO4 . 7H2O), cloreto de potássio (KCl) e bicarbonato de sódio (NaHCO3). As condições gerais de cultivo foram temperatura de 18 a 20ºC e fotoperíodo de 16 h claro/ 12 h escuro. Os organismos foram alimentados diariamente com alga Selenastrum capricornutum ou Selenastrum subspicatus. Os resultados demonstraram que o cultivo com água 100% reconstituída não é viável, pela baixa natalidade e alta mortalidade dos organismos. Na segunda condição, com o uso de água natural enriquecida, foram obtidos resultados adequados de adaptação e reprodução da espécie, com baixos níveis de mortalidade. Os organismos cultivados no laboratório apresentam-se dentro da faixa de sensibilidade especificada na norma ABNT (NBR12713), tornando-os viáveis para o uso em ensaios de toxicidade aguda e crônica. Dessa forma, sugere-se a continuidade do uso de água natural enriquecida para o cultivo de D. magna no laboratório de Meio Ambiente e Ecotoxicologia da Univille, tendo como premissa, oferecer organismos em quantidade e qualidade adequadas para o desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao meio ambiente aquático e de efluentes em empresas.

Dieta de Alouatta guariba clamitans (Cabrera, 1940) em fragmentos de floresta na Bacia do Rio do Braço, Joinville, SC.

  • EMANUELE CORDEIRO, Graduando, emanuele.cordeiro@univille.br
  • Sidnei S. Dornelles, MSc, psidnei@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Alouatta guariba clamitans , dieta, dispersão de sementes

A ocupação humana e consequente devastação e fragmentação da Mata Atlântica compromete a sobrevivência de populações. No entanto, a espécie Alouatta guariba clamitans, endêmico da Mata Atlântica, consegue adaptar-se a esses hábitats e pode contribuir para a regeneração florestal, já que são considerados bons dispersores de sementes, devido a sua dieta classificada como folívoro-frugívora. No estado de Santa Catarina existem poucos estudos sobre A. g. clamitans. Este trabalho tem como objetivo avaliar a dieta e a qualidade de dispersor de sementes de Alouatta guariba clamitans em um fragmento florestal de 74,3 ha no Distrito Industrial Norte, Bacia do Rio do Braço, Joinville (SC). Para a análise da dieta dos bugios foram identificados os grupos a serem acompanhados para posterior observação dos itens que compõe sua dieta. As árvores utilizadas pelo grupo para alimentação foram marcadas, numeradas e classificadas. Também foi feito a coleta de fezes, marcando e numerando os locais onde foi visto um indivíduo defecando e identificando cada material coletado. As fezes são utilizadas para análise e classificação dos frutos consumidos e também para avaliar o bugio como dispersor ou predador de sementes da espécie consumida. O presente estudo ocorre desde julho de 2011, totalizando 204 horas de esforço de campo e 48 dias de campo e até o momento, das árvores utilizadas para alimentação que foram marcadas e identificadas, as espécies mais consumidas pelos bandos foram Syagrus romanzzofiana, Cryptocarya mandioccama e Cecropia glazioui. O item alimentar mais consumido foram as folhas (55,5%), seguido dos frutos (44,5%), que foram mais procurados durante o período de frutificação. Nos conteúdos fecais os gêneros mais representativos foram Syagrus, Cryptocarya, Hyeronina e Campominesia. Entretanto, as árvores utilizadas para alimentação e as sementes encontradas nas amostras fecais ainda estão sendo identificadas.

Distribuição da toninha (Pontoporia blainvillei) na Baía da Babitonga em São Francisco do Sul – SC

  • MILENE PEREIRA, Graduando, milene.pereira@univille.br
  • Anelise Colinn, G, annelise_colin@hotmail.com
  • Marta Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Pontoporia blainvillei, Baía da Babitonga, Distribuição

A distribuição de uma população é determinada pela presença ou ausência de habitats adequados. A toninha, Pontoporia blainvillei, é considerada a espécie de cetáceo mais ameaçado do Atlântico sul-ocidental. Devido ao seu comportamento discreto e coloração mais escura, esta espécie é difícil de ser observada no ambiente natural. Sendo assim, são poucas as informações a respeito de sua ecologia e distribuição. O presente trabalho tem como objetivo analisar a distribuição da toninha na Baía da Babitonga. A obtenção dos dados foi no período de março de 2011 a julho de 2012. A área da baía foi percorrida através de uma rota pré-estabelecida, com uma embarcação a uma velocidade constante de 20km/h. Sempre que um grupo de toninhas foi avistado, foi feita a aproximação para o registro da posição geográfica e tamanho de grupo. O estado de maré (enchente ou vazante) foi indicado com base na Tábua de Marés do DHN. Foram realizadas 36 amostragens de barco para coleta dos dados, totalizando 107 e 52 minutos de esforço. Para a análise dos dados, a baía foi dividida em quadrantes de 500 m2 utilizando os recursos do ArcMap 9.3. Foi calculada uma taxa de encontro por quadrante, dividindo o número de registros no quadrante pelo número de vezes que o quadrante foi visitado. Para cada quadrante duas covariáveis explicativas foram definidas: distância da costa e distância da desembocadura da baía. O cálculo das distâncias foi realizado a partir do ponto central de cada quadrante. Para analisar a influência da maré no padrão da distribuição das toninhas, foi realizada uma análise de regressão linear para cada estado de maré (enchente e vazante), considerando a taxa de encontro do quadrante e as covariáveis explicativas. Os dados mostram que a espécie apresenta um padrão de distribuição heterogêneo. Existem áreas na baía utilizadas em menor intensidade, enquanto outras são utilizadas intensamente. As covariáveis não apresentaram significância em relação aos estados da maré. Contudo, é possível que os dados aqui apresentados estejam influenciados pelo reduzido número de amostragens, sendo necessária também a inclusão de outras covariáveis, como profundidade, por exemplo. A continuidade de pesquisas desta natureza são fundamentais para compreensão dos padrões de uso do habitat da toninha, fornecendo subsídios para ações voltadas à conservação da espécie.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental.

DIVERSIDADE DE SAMAMBAIAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO BRAÇO

  • FRANCINE SCHMOELLER, Graduando, francine.schmoeller@gmail.com
  • Iasmyn Sapelli, Graduando, myn_sapelli@hotmail.com
  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karinesemann@gmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pteridófitas, Mata Atlântica, Joinville

A Mata Atlântica apresenta elevada biodiversidade e nela se insere a Bacia Hidrográfica do Rio do Braço, que tem sofrido com a ocupação desordenada, criando uma paisagem fragmentada. Este trabalho buscou conhecer e identificar a diversidade de samambaias na Bacia Hidrográfica do Rio do Braço, em Joinville / SC. Foram delimitados e georreferenciados quatro pontos na bacia, segundo o grau de conservação das áreas. As coletas foram realizadas no Morro do Finder, Empresa Franke do Brasil, Perini Business Park e área de preservação permanente da Prefeitura Municipal de Joinville, à Rua Hellmuth Miers, Pirabeiraba. Amostras de plantas férteis foram coletadas e encaminhas ao Herbário Joinvillea para herborização. A identificação foi realizada a partir de consulta a especialistas, comparação com exsicatas existentes no acervo do Herbário e buscas em literatura específica. As áreas amostradas se encontram em elevado estágio de regeneração, com ampla diversidade de árvores, contribuindo para a ocorrência de samambaias, especialmente epífitas, como Asplenium scandicinum Kaulf. Espécies terrícolas de ambientes sombreados foram encontradas em menor quantidade, entre elas Blechnum brasiliense Desv. e Diplazium cristatum (Desr.) Alston. Foram coletadas amostras de 10 famílias botânicas, sendo 20 espécies já identificadas. A família mais representativa é Polypodiaceae, em que predominou o hábito terrícola. Entre as espécies mais encontradas destacam-se Blechnopsis brasiliensis (Desv) C. Presl., Campyloneurum minus Fée, Pleopeltis angusta Humb. & Bonpl. ex Willd., e Ctenitis pedicellata (Christ) Copel. Lindsaea lancea (L.) Bedd. foi encontrada em apenas uma área, talvez por necessitar de características ambientais mais específicas. A maior diversidade de famílias de samambaias foi verificada na empresa Franke do Brasil, mas a maior riqueza específica foi observada no condomínio Perini. Esta área se encontra em bom estado de conservação, essencial para a manutenção da biodiversidade.

Ecologia populacional de Alouatta guariba clamitans em fragmentos florestais no Distrito Industrial Norte, Bacia do Rio do Braço Joinville - SC.

  • PATRÍCIA TORRES DE CAMPOS, Graduando, patriciacampos@univille.br
  • sidnei da silva dornelles, MSc, sdornelles@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Alouatta guariba clamitans, população, fragmentos florestais

A fragmentação de habitats isola as populações dependentes da floresta, podendo extinguir ou diminuir estas devido a diversos problemas relativos ao pequeno tamanho populacional, como a endogamia, que acaba potencializando a expressão de genes deletérios na população. Este trabalho é uma continuidade do acompanhamento dos grupos de bugios (Alouatta guariba clamitans) em dois fragmentos de Floresta Ombrófila Densa de Baixada no Distrito Industrial de Joinville (26o 14’21’’S e 48o52’02’’W), Bacia do Rio do Braço. Neste trabalho procurou-se estudar a ecologia populacional de Alouatta guariba clamitans nestes fragmentos florestais, bem como levantar os tamanhos dos grupos, procurando identificar as áreas de uso dos mesmos e os pontos de pernoite destes. o método para detecção da presença ou a ausência foi feita pela observação direta dos animais. Apenas um grupo foi avistado em todos os campos, sendo ele composto de um macho adulto, um macho sub-adulto, duas fêmeas, dois infantes e dois indivíduos adultos em que não foram identificados os sexos. Foram avistados outros bandos e ouvidas vocalizações porém sem recorrência. Dentro do grupo acompanhado observou-se que os indivíduos tendem a procurar o macho mais jovem com exceção de uma das fêmeas um infante.

ECOTOXICIDADE DOS COMPOSTOS DE DEGRADAÇÃO ESTROGENICA POR PROCESSOS OXIDATIVOS, UTILIZANDO EUGLENAS GRACILLIS COMO BIOTESTE COMPARATIVO DE TOXICIDADE CRÔNICA

  • AMANDA CARVALHO VIEIRA, Graduando, amandaa.vieira@hotmail.com
  • GILMAR SIDNEI ERZINGER, Dr(a), gerzinger47@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ecotoxicidade de resíduos hormonais, técnicas oxidativas, estrógenos

Atualmente existe uma preocupação crescente com relação à contaminação dos rios e estações de tratamento de águas e de efluentes pelos chamados “poluentes emergentes” (PE). Merece destaque especial à contaminação originada de produtos farmacêuticos e seus derivados. Um PE que se enquadra nesta categoria são os estrógenos e seus derivados. Dentro deste contexto, a existência de métodos de eliminação baseado em técnicas oxidativas (TO) vem conseguindo reduzir a níveis aceitáveis a atividade hormonal presente na água coletada. As TO empregadas devem ter como premissa básica o fato de serem o menos agressivo possível ao. A problemática reside na questão da possível ecotoxicidade gerada pelos compostos formados a partir deste processo em longo prazo, sendo esta toxicidade relevante ou não. Apesar da eficiência no processo de remoção da atividade estrogênica, pouco se sabe a respeito das características dos produtos originados após degradação. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo vem objetivando comparar a ecotoxicidade dos compostos de degradação obtidos após dois processos oxidativos distintos: combinação de cloro com ozônio e o foto fenton. Para analise foi utilizado o equipamento New Generation Ecotox 5.0 (NG-Tox), aparelho que utiliza para biotestes os flagelos unicelulares Euglenas gracialis. Trata-se de um sistema de teste biológico automático que analisa os parâmetros de mobilidade, velocidade, orientação gravitacional das algas. Medição da atividade fotossintética foi feita através do PAM. Amostras contendo águas tratadas foram submetidas ao teste, por período crônico de 30, 45 e 60 dias. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No presente momento a avaliação do comportamento das algas frente aos hormônios vem demonstrando queo 17 β estradiol influenciou a atividade nos cloroplastos em 205 vezes o rendimento da fotossíntese quando comparado com o controle. Por outro lado o 17 α etinil estradiol apresentou um estimulo menor sobre o rendimento (167 vezes) quando comparado com o controle. O 17 β estradiol apresentou uma interação mais significativa (p > 0,001; DP 17 β = 0,054; DP 17 α = 0,043) com o cloroplasto quando comparado com o hormônio o 17 α estradiol. A concentração utilizada nos experimentos não se mostrou como fator determinante para um maior rendimento de fotossíntese. As Euglenas sofrem influência dos hormônios e os mesmos interferem no seu metabolismo energético aumento a produção de oxigênio, o que em presença de luz pode levar a morte das mesmas. Resta avaliar a atividade das algas com os resíduos pós POA e comparar os efeitos e verificar a existência de ecotoxicidade.

Apoio / Parcerias: INOVAPARQ

Efeito dos extratos de Pleurotus ostreatus sobre a microbiota intestinal de camundongos

  • HENRIQUE HERBST ROSA, Graduando, henrique.rosa@univille.br
  • Regina Maria Miranda Gern, Dr(a), regina.maria@univille.br
  • Michele Morais Ouriques, Graduando, michele_ouriques@hotmail.com
  • Eloise Schott, MSc, elonutri@yahoo.com.br
  • Eduardo Manoel Pereira, MSc, eduardo_manoel@yahoo.com.br
  • Carmen Diamantina Teixeira Heyder, MSc, ctheyder@yahoo.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus ostreatus, microbiota cecal, prebiótico

Os fungos são fonte de muitos compostos bioativos. O gênero Pleurotus, pertencente à classe dos Basidiomicetos, apresenta polissacarídeos do tipo ²-D-glucanos como constituintes da parede celular, os quais são excretados para o meio de cultivo, e estas moléculas são apontadas como as principais responsáveis pelas propriedades medicinais desses fungos. O presente estudo teve o objetivo de avaliar o efeito de corpos frutíferos desidratados de Pleurotus ostreatus e seus respectivos polissacarídeos sobre o crescimento de bactérias da microbiota intestinal de camundongos. Camundongos Swiss machos pesando entre 30 a 35g, foram divididos em oito grupos testes de 6 camundongos cada e um grupo controle com 2 camundongos. Cada animal dos grupos testes recebeu suplementação alimentar, administrada por gavagem, uma vez ao dia durante 14 dias, constituída por uma das seguintes concentrações de biomassa ou de polissacarídeos de Pleurotus ostreatus: 0,3 – 1– 10 – 30mg/Kg; grupo controle recebeu dieta sem suplementação do fungo. Os animais foram anestesiados com pentobarbital (60 mg/Kg, via intraperitoneal) e um fragmento de 3 cm do ceco foi extraído e mantido congelado em tubos estéreis a -80°C para análise bacteriológica do conteúdo cecal. O efeito da biomassa e dos polissacarídeos de Pleurotus ostreatus sobre a microbiota intestinal dos camundongos foi avaliado através do isolamento e contagem de Lactobacillus spp e Bifidobacterium spp, utilizando-se os meios ágar LBS e Bifidobacterium Agar Modified (formulado). O conteúdo cecal (0,1g) foi adicionado à 5 mL de solução salina com cisteína 0,05% a partir da qual foram feitas diluições seriadas. Inóculos de 25 ¼L de cada diluição foram semeados nos respectivos meios de cultura, em triplicata, e incubados a 37ºC, por 48 horas em microaerofilia para lactobacilos e 72 horas em anaerobiose para bifidoactérias. As colônias foram contadas e o resultado reportado em unidades formadoras de colônias (UFC) por grama de fezes. Resultados obtidos a partir da média entre as contagens (UFC) nos animais que receberam dieta com biomassa de Pleurotus ostreatus foram maiores do que as obtidas no grupo controle, em todas as concentrações para bifidobactérias e nas concentrações de 10 e 30mg/Kg para lactobacilos, indicando efeito estimulante no crescimento dessas bactérias. Análise do conteúdo cecal dos grupos que receberam dieta com os polissacarídeos de Pleurotus ostreatus estão em andamento. Testes estatísticos serão aplicados aos resultados para evidenciar diferenças entre os grupos e confirmar a indicação preliminar.

Efeito in vivo e in vitro da arginina sobre parâmetros de estresse oxidativo em rins de ratos

  • CINDY LAÍS PETT VIEIRA, Graduando, cindy.vieira@univille.br
  • Débora Delwing Dal Magro, Dr(a), deboradelwing@furb.br
  • Gislaine Maria Marestoni Grola, Graduando, gi_marestonigrola@hotmail.com
  • Débora Adriana Fischer, Graduando, deborafischer@gmail.com
  • Daniela Delwing de Lima, Dr(a), daniela.delwing@univille.edu.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Arginina, Estresse oxidativo, Rins

Departamento de Farmácia, UNIVILLE, Joinville, SC, Brasil. Vieira, C.L.P., Grola, G.M.M., Fischer, D.A., Delwing-Dal Magro, D., Delwing-de Lima, D. INTRODUÇAO: A hiperargininemia é um erro inato do ciclo da uréia causado pela deficiência na atividade da arginase hepática, a qual catalisa a conversão de arginina (Arg) em uréia e ornitina. Essa doença é caracterizada bioquimicamente pelo acúmulo tecidual de Arg e outros compostos guanidínicos. Retardo mental e outras alterações neurológicas são sintomas comuns em pacientes hiperargininêmicos. OBJETIVOS: Considerando que a disfunção neurológica característica da hiperargininemia é pouco conhecida, que a Arg induz o estresse oxidativo cerebral e sanguíneo e que o estresse oxidativo está envolvido no mecanismo de muitas doenças, no presente trabalho investigamos os efeitos in vivo (agudo) e in vitro da Arg sobre a atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), glutationa peroxidase (GSH-Px) e superóxido dismutase (SOD) e sobre a formação de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBA-RS) em rins (córtex e medula) de ratos de 60 dias de idade. METODOLOGIA: Inicialmente, ratos Wistar de 60 dias de idade receberam uma injeção intraperitoneal de Arg (0.8 g/Kg) ou volume equivalente de solução salina (0.9%, grupo controle). Os animais foram sacrificados por deslocamento cervical 1h após a injeção e o rim foi rapidamente removido. Para os experimentos in vitro, a Arg foi adicionada ao ensaio nas seguintes concentrações finais: 0,1, 0,5 e 1,5mM. A atividade das enzimas CAT, GSH-Px e SOD foi determinada de acordo com o método de Aebi (1984), Wendel (1981), Marklund (1985), respectivamente; e o TBA-RS pelo método de Ohkawa (1979). RESULTADOS: Os resultados mostraram que a administração aguda de Arg aumentou significativamente os níveis de TBA-RS [t(10)=-2,277; p<0,05], diminuiu a atividade da CAT [t(10)=4,523; p<0,001] e aumentou a atividade da SOD [t(10)=-3,046; p<0,05] em medula renal de ratos e diminuiu a atividade da CAT [t(10)=2,728; p<0,05] em córtex renal de ratos. Os resultados também mostraram que a administração de Arg ao meio de incubação (estudos in vitro) aumentou os níveis de TBA-RS [F(3,20)=3,508; p<0,05] e diminuiu a atividade da SOD [F(3,20)=3,542; p<0,05] em medula renal de ratos. CONCLUSÃO: Os resultados indicam que a Arg induz o estresse oxidativo em rim de ratos, uma vez que altera a defesa antioxidante e induz lipoperoxidação.

Apoio / Parcerias: Apoio Financeiro: FAP/UNIVILLE.

Efeitos da urbanização e do uso turístico nas comunidades microbianas da praia de Ubatuba

  • RAMON FELIPE SIQUEIRA CARNEIRO, Graduando, ramon.carneiro@univille.br
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.br
  • Beatriz Maria de Oliveira Torrens, MSc, beatriz.torrens@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Análise microbiológica, Praia, Ação antrópica

As praias arenosas desempenham inúmeras funções, sendo a mais básica a manutenção e estabilidade da linha costeira, além de possuírem um papel sócio-econômico importante por causa de atividades comerciais e turísticas. Atualmente a pressão sobre esses ecossistemas vem aumentando através da urbanização e da demanda de recursos naturais, causando impactos ambientais e impactos sobre as espécies existentes. O objetivo do projeto é estimar o Número Mais Provável deEscherichia coli e de Enterococcus sp.; estimar a abundância e identificar fungos filamentosos nas estações de verão e inverno em um local urbanizado e outro com pouca interferência antrópica na praia de Ubatuba em São Francisco do Sul - SC. Durante dois anos serão realizadas coletas nesses dois locais. Na primeira etapa foram coletadas amostras da areia da praia na região entre marés (mesolitoral) para análise de bactérias do grupo coliforme .A coleta das amostras foi realizada em frascos esterilizados, nos dois locais, urbanizado e não urbanizado, divididos em quadrantes, totalizando 18 pontos de amostragem. Em laboratório as amostras foram analisadas para verificação da densidade de coliformes totais e coliformes fecais de acordo com o Standard Methods (AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION, 1992). Os resultados obtidos foram comparados a Resolução Nº 274 de 29 de novembro 2000, pois para as análises microbiológicas de areia de praia não há legislação vigente. Nas amostras onde a praia não está urbanizada não foram encontrados coliformes termotolerantes nos transectos analisados. No entanto no ponto da praia que está urbanizado no transecto A obteve-se resultado de 4.300 NMP/100mL de coliformes termotolerantes,assim como valor elevado para coliformes totais, 24.000 NMP/100mL,sendo este valor superior ao preconizado pela referida legislação. Ressalta-se que os resultados apresentados são parciais, pois o projeto ainda está em andamento.

Apoio / Parcerias: FAPESC

Efeitos da urbanização e do uso turístico nas comunidades planctônicas da praia de Ubatuba (São Francisco do Sul, Santa Catarina).

  • Mileine Girardi Bernardi, Graduando, mileine.bernardi@univille.br
  • Kátia Regina Sgrott Sauer Machado, Dr(a), katia_sauer@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: fitoplâncton, zooplâncton, Bacillariophyceae

O Plâncton é formado por organismos uni ou pluricelulares, em sua grande maioria microscópicos, que flutuam com pouca capacidade de locomoção nos oceanos e mares, na superfície de águas salobras, doces ou lagos, sendo a base da cadeia alimentar do ecossistema aquático. O objetivo geral deste estudo foi determinar os efeitos da urbanização e do uso turístico sobre as comunidades planctônicas no verão em uma área urbanizada e outra não urbanizada, na praia de Ubatuba, em São Francisco do Sul, Santa Catarina. A coleta das amostras de água foi realizada em uma profundidade intermediária nas proximidades do perfil praial com garrafa de van Dorn. As amostras foram armazenadas em frascos de polietileno de 500 ml, congeladas e em laboratório foram analisadas as concentrações de nitrato, nitrito, amônio, fosfato e silicato pelo método colorimétrico. Amostras quali-quantitativas de fito e zooplâncton foram obtidas através de arrastos de 15 segundos por uma distância de 25 metros com redes de plâncton cônicas de 20cm de diâmetro de abertura de boca, confeccionadas com malhas de 200 e de 300μm. As amostras de fitoplâncton foram analisadas em microscópio invertido com câmara de sedimentação. A identificação dos organismos fitoplanctônicos foi feita através de bibliografia especializada. Os seguintes valores foram obtidos para os nutrientes dissolvidos nas amostras: nitrato, 0 ppm para área urbanizada e não urbanizada; nitrito, 0 ppm para a área urbanizada e 0,01 ppm para área não urbanizada; amônio, 1,76 ppm para área urbanizada e 2,52 ppm para área não urbanizada; fosfato, 1 ppm para ambas as áreas; silicato, 1 ppm para área urbanizada e 2 ppm para área não urbanizada. Os principais taxa fitoplanctônicos identificados pertencem à classe Bacillariophyceae e são os seguintes, para a área urbanizada e não urbanizada: Coscinodiscus spp., Asterionellopsis glacialis, Nitzchia closterium e Anomoeoneis serians. Os resultados parciais obtidos não mostraram diferenças entre o local urbanizado e não urbanizado.

Estudo de formulações em suspensão como veículos para fração de P. djamour

  • ANA PAULA EICHINGER, Graduando, ana.eichinger@univille.br
  • Jéssica Santana Ouriques, Graduando, jessica_ouriqueis@hotmail.com
  • Márcia L. Lange Silveira, MSc, marcia.luciane@univille.br
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: P. djamor, suspensões, fenol sulfúrico

Há frações do P. djamor que ao serem administradas via intraperitoneal pode reduzir em 84% o tumor induzido em ratos, resultado diferente daquele obtido quando da administração oral tendo como hipótese mais provável a hidrolise que ocorre no meio ácido no estômago. Existe uma grande diversidade de formulações que permitem a administração sem que haja a degradação da fração. No que se refere a essas formulações, as suspensões são as de melhor aplicação para o paciente e de menor custo e tempo para produção. Dentre os objetivos deste estudo estão, o de determinar o teor de açúcares totais, da fração fúngica, e verificar o efeito das composições de duas formulações selecionadas em relação a estabilidade das suspensões obtidas. O teor de açúcares totais foi obtido pelo método fenol sulfúrico e as formulações testadas foram a base de carboximetilcelulose(CMC):PEG 400, sendo o percentual relativo 1/40, e outra com Alginato:CMC com percentual 1/0,7. Os tensoativos testados foram span 80, tween 80 e tween 20 e como fase orgânica, glicerina e óleo de coco, que variaram em ambas as formulações. O teor de açúcares totais mostrou-se em torno de 79% (p/p) da amostra. Em relação às formulações bases escolhidas para realizar as suspensões foi possível observar que a formulação que contem alginato e CMC manteve-se por mais de 48 horas estável, pois não houve grande separação das fases, como na outra formulação testada. Com o óleo de coco as suspensões não se mantiveram estáveis. Na análise dos tensoativos, aquele que mostrou melhor estabilidade em ambas as suspensões foi o tween 80. A partir desses resultados a composição escolhida para o desenvolvimento de uma formulação com a fração de P. djamor foi aquela a base de alginato e CMC, contendo glicerina e tween 80.

FLORA CATARINENSE REVISITADA (REFLORA)

  • FRANCINE SCHMOELLER, Graduando, francine.schmoeller@gmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com
  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karinesemann@gmail.com
  • Ana Zanin, Dr(a), anazanin@ccb.ufsc.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Herbário, Santa Catarina, Exsicatas

O Brasil carrega uma história de exploração dos recursos naturais que remonta ao início do século XVI. No século XIX, naturalistas realizaram diversas excursões por várias regiões brasileiras. Entre os estudiosos que estiveram no sul do Brasil, tem-se Auguste de Saint Hilaire, Fredrich, Charles Gaudichaud, Giovanni Casaretto, Fritz Müller e Ernst Heinrich Ule. As amostras coletadas por estes estrangeiros foram tombadas em herbários europeus. No século XX, outros pesquisadores se destacaram no estudo da flora do sul do Brasil: Roberto Miguel Klein e os padres João Evangelista Rick, Luiz Sehnem e Raulino Reitz. O REFLORA, executado por todos os herbários catarinenses, pretende contribuir com o resgate de informações sobre a flora do estado, resgatando dados de coletas antigas e recentes em Santa Catarina. O objetivo é identificar os tipos nomenclaturais coletados em Santa Catarina que se encontram depositados nos herbários do Muséum National d’Histoire Naturelle de Paris e no Royal Botanic Gardens de Kew. A etapa executada pelo Herbário Joinvillea consiste em pesquisar na coleção “Flora Ilustrada Catarinense”, quarenta e quatro famílias botânicas entre Plantaginaceae e Winteraceae. Foram realizadas pesquisas na coleção de plantas disponibilizadas online no site dos herbários de Kew e de Paris. Até o momento, foram resgatadas, no herbário de Paris, informações sobre 35 espécies de plantas pertencentes a 11 famílias botânicas. As plantas mais coletadas em Santa Catarina nos séculos XIX e XX foram as Ranunculaceae Clematis denticulata Vell. (10 coletas), Ranunculus bonariensis Poir. (9 coletas), Ranunculus flagelliformis Sm. e Ranunculus muricatus L. (6 coletas), além de Polypodium latipes Langsd & L. Fisch., Polypodiaceae (6 coletas). A família com mais representantes foi Solanaceae, com 38 espécies amostradas. Em seguida: Umbeliferae (18 espécies), Polypodiaceae (13 espécies), e Pteridaceae e Ranunculaceae (12 e 7 espécies respectivamente). Duas plantas são restritas a Santa Catarina: Daphnopsis pseudosalix Domke (Thymelaeaceae) e Eryngium corallinum Mathias & Constance (Umbeliferae). O herbário de Kew contém apenas oito espécies pertencentes a seis famílias botânicas. A pesquisa ainda inclui um levantamento de espécimes amostrados recentemente, referentes a táxons coletados pelos naturalistas antigos e depositados em Santa Catarina. O herbário Joinvillea, não apresenta sua coleção inteiramente cadastrada no sistema Herbária para que essa etapa seja realizada, entretanto, o cadastramento está em processo de execução. O projeto REFLORA está em andamento e há outras metas a serem cumpridas para que se conheça a situação atual da flora do estado, em comparação com a diversidade encontrada nos séculos passados.

Apoio / Parcerias: FAP-CNPQ

Levantamento da fauna de pequenos mamíferos não-voadores do Parque Estadual Acaraí, São Francisco do Sul, SC

  • PEDRO BALIEIRO DE ALMEIDA VIEIRA, Graduando, pedro.vieira@univille.br
  • Sidnei da Silva Dornelles, MSc, sdornelles@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: mastofauna, ecossistemas costeiros, Parque Estadual Acaraí

A falta de conhecimento da mastofauna brasileira, juntamente com a drástica redução da Mata Atlântica, uma das florestas tropicais mais ameaçadas do mundo, tem aumentado o interesse no assunto de diversos pesquisadores nos últimos anos. O conhecimento da mastofauna em Santa Catarina ainda é um dos menores dentre os estados brasileiros. Autores sugerem que se pode atribuir o uso potencial da fauna de pequenos mamíferos para diferentes categorias ecológicas e considerá-los como indicadores da qualidade ambiental, pois atestam o grau de alteração em que se encontra o seu habitat. Este trabalho tem com objetivo conhecer a mastofauna de pequenos mamíferos no Parque Estadual Acaraí,SC Foram definidos 10 pontos de amostragem nos principais ambientes do parque: Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (3 pontos), Floresta Ombrófila Densa submontana (1 ponto) e Restinga (6 pontos). Em cada um dos pontos foi plotada um linha com 15 estações a 20 metros de distância umas das outras; em cada estação foi armada uma armadilha de contenção viva no chão (modelo tipo Sherman) e uma no sub-bosque (modelo tipo Tomahawk), totalizando 30 armadilhas por linha. No total houve um esforço de 2.100 armadilhas-noite, e uma taxa de captura total de 1.19%. Na restinga a taxa de captura foi de 0,16%, seguido da floresta com 2,74%. Foram capturados 20 indivíduos de seis espécies, duas de marsupiais Micoureus paraguayanus e Didelphis aurita, e quatro de roedores Nectomys squamipes, Akodon sp., Euryoryzomys russatus e Oligoryzomys sp.. Na restinga houve somente a captura de dois indivíduos. A espécie mais abundante foi o Akodon sp. com 11 individuos representando 52,38% das capturas, seguido de Euryoryzomys russatus com cinco indivíduos e 23,8%, Nectomys squamipes com dois e 9,25% e por fim as demais espécies com um individuo e 4,76%. Desta forma, o parque aparentemente possui baixa densidade populacional e riqueza, principalmente na restinga, com relação a muitos estudos realizados na Mata Atlântica. Entretando para se tirar reais conclusões são necessários estudos de maior duração levando em conta principalmente a sazonalidade.

Apoio / Parcerias: FATMA - Parque Estadual Acaraí

Levantamento de aves costeiras e marinhas em ilhas do Arquipélago das Graças, litoral norte de Santa Catarina.

  • TAMARA APARECIDA CARLINI, Graduando, tah_c@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer , Dr(a), marta.cremer@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Levantamento, aves, Arquipélago das Graças

Ilhas são importantes habitats utilizados por espécies de aves. As aves desempenham um importante papel no controle populacional das espécies de presas e no fluxo de energia do ecossistema. O presente estudo teve como objetivo caracterizar as espécies de aves costeiras, marinhas e os falconiformes em ilhas do Arquipélago das Graças e os padrões de uso do habitat das espécies. A área de estudo compreende as ilhas pertencentes ao Arquipélago das Graças: Ilha do Pirata (26°9’54.99 “S, 48°29,7.16”O), Ilha do Veado (26°9’59.57 “S, 48°28’53.34” O), Ilha Mandigituba (26º20,1 73” S, 48º49,1. 72” O) e a Pedra da Baleia (26°10’2.00 “S, 48°28’32.86” O), onde foram realizadas transecções quinzenalmente utilizando embarcação a motor. A embarcação percorreu toda a margem de cada ilha, na maior proximidade possível, para a contagem de aves costeiras, marinhas e falconiformes com no mínimo três observadores. As amostragens ocorreram entre os meses de julho de 2011 a junho de 2012. As espécies foram observadas utilizando binóculos bushnell (7x50) e contabilizadas através de um contador manual de quatro dígitos. Foram registrados todos os indivíduos que estavam pousados sobre as pedras, vegetação, na água e os que estavam sobrevoando as ilhas. Foram registradas 18 espécies de aves marinhas e costeiras pertencentes a 13 famílias. As espécies registradas que obtiveram maior dominância foram: Larus dominicanus (56,42%), Fregata magnificens (32,39%), Sula leucogaster (5,46 %) e Coragyps atratus (4,5 %). O grande número de registro das espécies Larus dominicanus e Sula leucogaster podem estar relacionados ao seu ciclo de vida, pois utilizam as ilhas como local de reprodução. Coragyps atratus foi considerado a espécie predadora mais abundante no local, onde estudos mostram que a espécie consome ovos e filhotes de espécies como atobás, gaivotas e trinta réis. O estudo mostrou que estas ilhas servem como local de reprodução de duas espécies de aves marinhas: Larus dominicanus e Sula leucogaster. E ocorrem outras espécies que as utilizam para atividades de descanso e alimentação.

LEVANTAMENTO DE MYRTACEAE ADANS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO CUBATÃO EM JOINVILLE/SC.

  • IASMYN ROCHADEL SAPELLI, Graduando, myn_sapelli@hotmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com
  • Francine Schmoeller, Graduando, francine.schmoeller@gmail.com
  • Karin Esemann-Quadros, Dr(a), karinesemann@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Biodiversidade, Myrtaceae, Mata Atlântica

O aumento populacional e produtivo vem alterando irreversivelmente as características da Mata Atlântica, na qual está inserida a Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão, que também tem sofrido com as atividades industriais e o desmatamento não controlado. Este estudo buscou conhecer a flora vascular, especialmente da família Myrtaceae Adans na Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão, em Joinville/ SC. Foram delimitados e georrefenciados quatro pontos ao longo da bacia, segundo o grau de conservação da vegetação. As coletas ocorreram no Morro do Finder, Condomínio Perini Business Park, Empresa Franke do Brasil, e área de preservação permanente da Prefeitura Municipal de Joinville, à Rua Hellmuth Miers, em Pirabeiraba. Amostras de plantas férteis foram coletadas e encaminhadas ao herbário Joinvillea, para herborização. A identificação foi realizada por comparação com exsicatas do acervo, consulta à literatura específica e auxílio de especialistas. Até o momento, foram identificadas 79 espécies, pertencentes a 42 famílias botânicas. As famílias mais encontradas foram Melastomataceae (10 espécies), Bromeliaceae e Piperaceae (8 espécies), além de Myrtaceae e Rubiaceae (6 espécies). Dentre as Myrtaceae identificadas destacam-se cinco espécies. 1) Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.Berg, encontrada com mais frequência na Empresa Franke (4 exemplares) e no Morro do Finder (2 exemplares); essa planta floresce durante os meses de março, abril, maio, junho e julho, os frutos amadurecem de setembro em diante. 2) Eugenia pseudomalacantha D.Legrand, coletada na empresa Franke (3 exemplares), é árvore exclusiva da mata pluvial da vertente atlântica do Estado de SC e floresce em junho e julho. 3) Eugenia burkartiana (D.Legrand) D.Legrand., coletada na área da Prefeitura Municipal (2 exemplares), que floresce durante os meses de janeiro, fevereiro, março, abril e maio, amadurecendo os frutos em agosto e outubro. 4) Marlierea tomentosa Cambess. (1 exemplar), distribuída do norte de Santa Catarina até o Paraná, e litoral do Rio de Janeiro, na mata pluvial da encosta atlântica. 5) Calyptranthes strigipes O.Berg coletada na Empresa Franke (2 exemplares), árvore que floresce durante os meses de janeiro e fevereiro. Dentre as 14 amostras de Myrtaceae coletadas, cinco foram identificadas apenas como pertencentes a esta família botânica e duas identificadas apenas pelo gênero Myrcia DC., um dos mais representativos da família, apresentando cerca de 400 espécies. A família botânica em estudo é bem distribuída pelo estado, e foi encontrada em todas as áreas amostradas. Talvez não tenha havido grande número de amostras coletadas, pois as plantas não se encontravam férteis à época da realização deste estudo.

Levantamento dos microrganismos associados à sepse em Unidade de Terapia Intensiva de hospital privado em Joinville-SC

  • JOANNA TEREZA PARIZOTTO, Graduando, joannaparizotto@gmail.com
  • Leslie Ecker Ferreira, MSc, leka_ferreira1@hotmail.com
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), phfranca@terra.com.br
  • Glauco Adrieno Westphal, Dr(a), glauco.w@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Sepse, unidades de Terapia Intensiva, microrganismos

Sepse é um conjunto de manifestações sistêmicas graves com elevada incidência em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O início de antibioticoterapia adequada é fundamental quando a etiologia está relacionada com um processo infeccioso em curso. Porém, os exames laboratoriais tradicionais exigem 24h à 72h para confirmarem o agente causal. Por essas razões, considera-se importante conhecer o quadro epidemiológico local, o que pode auxiliar a previsão de risco de surtos de infecção e a tomada de decisões necessárias à contenção. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo levantar a incidência e a natureza dos microrganismos associados à sepse em conjunto de pacientes internados na UTI de um hospital privado da cidade de Joinville-SC. Métodos: O estudo incluiu dados relativos ao período de janeiro a setembro de 2011 arquivados na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Foram incluídos os pacientes com registro de presença de sinais e sintomas sugestivos de sepse. Após a definição da suspeita clínica, amostras sanguíneas foram colhidas segundo protocolo padrão. Em caso de hemocultura positiva, procedeu-se a preparação de cultivo para a realização de testes de identificação microbiana. Resultados: A média de idade dos 39 pacientes incluídos foi de 64 (15-93) anos, sendo 22 (56,4%) do sexo masculino. Apenas 14 (36%) tiveram o diagnóstico clínico de sepse confirmado pela hemocultura. As bactérias encontradas foram Escherichia coli (5/14; 36%), Staphylococcus aureus beta lactamase positiva (3/14; 21%) e um isolado de cada um dos seguintes microrganismos: Escherichia coli ESBL positivo, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter cloacae, Proteus mirabilis e Streptococcus agalactiae. Em amostra de um paciente confirmou-se a presença concomitante de duas bactérias, sendo Serratia marcescens e Staphylococcus warneri. Conclusão: as bactérias Gram negativas foram os microrganismos mais detectados, representando 64% do total. Dentre estas prevaleceu a E. coli, observada em 36% das amostras. Nos Gram positivos, o S. aureus beta lactamase positivo foi o microrganismo mais detectado (21%). Os resultados obtidos poderão contribuir para o estabelecimento do perfil microbiológico da UTI estudada, orientando o início precoce de antibioticoterapia adequada e, desta forma, auxiliando a redução da morbidade e mortalidade dos pacientes.

Monitoramento de tecnologias em saúde

  • CLAUDIA CRISTINA LOVATEL, Graduando, claudia.lovatel@univille.br
  • Eduarda Garcia Elias, Graduando, elias.duda@gmail.com
  • Camila de Souza Oliveira, Graduando, camila_souzaoliveira@hotmail.com
  • Rodrigo Juan Basse, Graduando, rodrigo_j_basse@hotmail.com
  • Caroline Costa Giocondo, Graduando, carol_giocondo@hotmail.com
  • Carlos Augosto Cardim de Oliveira, Dr(a), cardim.joi@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Stent, Bariátrica, Artroplastia

Avaliação de tecnologia em saúde (ATS) é um processo contínuo de análise e síntese de benefícios e consequências do emprego de equipamentos, medicamentos, insumos e procedimentos, utilizados na prestação de serviços de saúde, bem como a infra-estrutura e organização destes serviços. ATS tem como dimensões a eficácia, efetividade, segurança, eficiência e os impactos ético, social e organizacional.

O objetivo do projeto foi avaliar as indicações e os resultados clínicos do emprego dos implantes de stents coronarianos, próteses de quadril e joelho e das cirurgias bariátricas realizadas em pacientes de hospital privado de Joinville para oferecer subsídios técnicos sobre a adequação da incorporação, difusão ou desincoporação das tecnologias estudadas.

Estudo prospectivo tipo coorte. Foram elegíveis todos os pacientes internados no hospital para serem submetidos a implantes de stents coronarianos, próteses de quadril e joelho e às cirurgias bariátricas, no periodo de 2012. Após a assinatura de termo de consentimento informado, cada paciente teve seus dados clínicos e demográficos registrados. Após a alta hospitalar, foram realizadas visitas hospitalares ou domiciliares, seguidas de telemonitoramento telefônico para coleta de dados sobre os desfechos clínicos mais importantes. Os dados foram analisados no pacote estatístico STATA versão 11. Considera-se para negação da hipótese nula de não associação entre fatores de risco e desfechos erro tipo de 5%.

Este projeto, continuação dos realizados nos anos de 2010 e 2011, já incluiu até o momento dados de 238 pacientes com implantes de stents coronarianos, 82 de próteses de quadril, 41 de próteses de joelho e 227 submetidos a cirurgia bariátrica, totalizando 588 sujeitos de estudo em um período de três anos. Dos stents implantados, 63,5% foram metálicos e 36,5% foram revestidos com drogas. A idade media dos pacientes que receberam prótese de quadril foi 63 anos e a dos operados para colocação de prótese de joelho 65 anos; para ambas as cirurgias de colocação de prótese predominaram as mulheres, 64,6% para quadril e 80% para joelho; a doença primária mais prevalente foi a osteoartrose. Para os pacientes submetidos a cirurgia bariátrica, o índice de massa corpórea variou de 42,2kg/m2 para 29,8kg/m2, a ocorrência de diabetes caiu a ¼ da inicial e a de hipertensão arterial various de 47% para 7,2%.

Os dados indicam que as indicações clínicas para os procedimentos são em sua maioria adequadas e que os desfechos clínicos esperados estão sendo atingidos.

O conhecimento que os professores de cinco escolas publicas Estaduais de Joinville-SC apresentam sobre o transtorno por deficit de atenção e hiperatividade (TDAH)

  • ALINE FACHIN OLIVO, Graduando, line_olivo@hotmail.com
  • Caroline Frazão Scheffer de Mello, Graduando, caroline.scheffer@hotmail.com
  • Fernanda Carolina Cani de Souza, Graduando, fernanda_carolina@msn.com
  • Andressa Moreira Iwanusk, Graduando, andressa_ami@yahoo.com.br
  • Wagner Francisco Alfredo Corrêa, Graduando, wagner.correa.21@gmail.com
  • Dalva Marques, MSc, dozol@terra.com.br
  • Valéria C. Rufo Vetorazzi, MSc, valeriac.rufo@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: ensino, professores, TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma alteração neurobiológica com caráter multifatorial que pode se manifestar de forma combinada (desatenção e hiperatividade), predominantemente desatento ou predominantemente hiperativo – impulsivo. Sua prevalência é estimada em torno de 3 a 5%, e entre os parentes das crianças afetadas é de 2 a 10 vezes maior do que na população geral. Uma vez que não existem achados físicos ou laboratoriais que diagnostiquem TDAH, é importante que os professores fiquem atentos aos sinais apresentados, necessitando para isso conhecer sobre o transtorno para agir de maneira apropriada com os casos diagnosticados positivamente. Desta forma, este trabalho está fazendo um levantamento a respeito do conhecimento que os professores de Escolas Publicas Estaduais de Joinville – SC, apresentam sobre o TDAH. Foram entregues aos professores um questionário com perguntas sobre o conhecimento que eles possuem sobre TDAH, as dificuldades que os mesmos apresentam no processo ensino-aprendizagem, e quais as maiores duvidas que eles encontram no seu dia a dia. Nas 5 escolas participantes, um total de 31 questionários foram preenchidos pelos professores que, após conhecerem os objetivos da pesquisa, aceitaram participar da mesma assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Em 16 dos questionários os professores relataram não conhecer claramente os principais aspectos do TDAH. Estes profissionais informaram que suas maiores dificuldades residem em saber lidar com o desinteresse, com a falta de socialização, com a agressividade apresentada por algumas crianças e com o baixo rendimento de seus alunos. Fica claro que os professores almejam melhorar o desempenho acadêmico e social destes alunos, solicitando conhecer a respeito dos aspectos comportamentais, psicológicos e de manejo em sala de aula. Estes professores foram instrumentalizados, através de palestra sobre as suas principais reinvindicações e tiveram suas dúvidas esclarecidas uma vez que, é através do conhecimento sobre todos os aspectos que permeiam este transtorno que os profissionais da educação poderão auxiliar estas crianças, a fim de que se estabeleça um melhor desempenho socio-psico-educacional.

OCORRÊNCIA DE AVES AQUÁTICAS NA DESEMBOCADURA DO RIO PEDREIRA, SÃO FRANCISCO DO SUL, SC.

  • JÓICE ELISA KLUG, Graduando, lilamathers@hotmail.com
  • Giulia Caroline Bisinela, Graduando, giu_bis@yahoo.com.br
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Rio Pedreira, Ocorrência, Aves aquáticas

O estuário da Baía da Babitonga é um importante local de reprodução de aves aquáticas, possuindo três áreas de nidificação. Uma delas localiza-se na desembocadura do Rio Pedreira, colonizada por vegetação nativa de manguezal. A desembocadura do Rio Pedreira está localizada próxima ao centro de São Francisco do Sul e ao lado do Porto de São Francisco do Sul, no litoral norte de Santa Catarina, e vem sofrendo intensa pressão antrópica, que resulta em grandes mudanças nas suas características. Diante disto, é importante a caracterização e o monitoramento da colônia reprodutiva das aves aquáticas na área como subsídio para a preservação deste ambiente. Este trabalho teve como objetivo identificar as espécies que ocupam e nidificam na área, descrever a ecologia reprodutiva e estimar o sucesso reprodutivo das espécies. Até o momento, as amostragens foram realizadas de junho a agosto de 2012, semanalmente, e terão continuidade nos próximos meses. As amostragens foram realizadas com binóculos 7x50, percorrendo ambas as margens do rio. Foram registradas informações como o horário da avistagem, o comportamento das aves, o ambiente utilizado, bem como o número de indivíduos, seus estágios (jovem ou adulto) e as espécies presentes, identificadas com auxílio de guias de campo. Até o momento foram totalizadas sete horas e quarenta e três minutos de observação e identificadas 27 espécies. As espécies mais abundantes no local foram o savacu-de-coroa (Nyctanassa violacea) e o savacu (Nycticorax nycticorax), que normalmente são observados descansando na vegetação. Outras espécies, como o tapicuru-de-cara-pelada (Phimosus infuscatus), a garça-azul (Egretta caerulea), a garça-branca-pequena (Egretta thula), a Sabia-poca (Turdus amaurochalinus) e o quero-quero (Vanellus chilensis) foram registrados com frequência forrageando nas planícies lodosas, quando a maré estava baixa. Apesar de menos abundantes, também foram registradas a garça-branca-grande (Ardea Alba), o colhereiro (Platalea ajaja), o martim-pescador (Chloroceryle sp.) e o martim-pescador-grande (Megaceryle torquata) no local, repousando e forrageando. Foram registrados voando sobre a área o gaivotão (Larus dominicanus), que ocasionalmente também utiliza a planície para alimentação, o urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) e o caracará (Caracara plancus), que também são consideradas espécies predadoras em ninhais. Os dados mostram a grande diversidade de aves na área e destacam sua importância para o descanso e alimentação das aves, além de servir de local de nidificação para algumas dessas espécies. Até o momento não foram registradas atividades reprodutivas na área, que provavelmente iniciem no final de agosto.

Padronização da identificação dos patógenos Acinetobacter baumannii e Klebsiella pneumoniae em amostras de sangue via Reação em Cadeia da Polimerase

  • ANDRÉIA GUTBERLET, Graduando, deiagut@hotmail.com
  • Jéssica Augustini Ferreira, Graduando, jessicaaugustini@hotmail.com
  • Leslie Ecker Ferreira, MSc, leka_ferreira1@hotmail.com
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), phfranca@terra.com.br
  • Glauco Adrieno Westphal, Dr(a), glauco.w@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Multiplex-PCR, Sepse, Bacilos Gram Negativos

Sepse é definida como uma resposta inflamatória sistêmica relacionada a um processo infeccioso. A elevada mortalidade e custos em ambientes hospitalares associam-se ao diagnóstico tardio do agente etiológico e à terapia imprecisa à base de antibióticos. Bacilos Gram negativos são os mais frequentes causadores de sepse, destacando-se Acinetobacter baumannii e Klebsiella pneumoniae com crescente incidência e multirresistência. A investigação de micro-organismos através da PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) tem sido expandida por intermédio dos sistemas de detecção múltipla, Multiplex-PCR, nos quais são empregados dois ou mais pares de iniciadores em uma única reação, possibilitando resultados rápidos e precisos e uma terapêutica com maiores chances de sucesso. Objetivo: Padronizar PCR para identificação de A. baumannii e K. pneumoniae, associados à ocorrência de sepse, com vistas à investigação destes a partir de amostras clínicas. Métodos: O DNA genômico das cepas padrão (A. baumanii ATCC 19606 e K. pneumoniae ATCC 13883) e das amostras clínicas advindas do Centro Hospitalar Unimed, em Joinville-SC, foram extraídos e purificados com o kit “Qiamp DNA Mini Kit” (Qiagen). Para avaliar a qualidade dos DNAs microbianos obtidos foram realizadas espectrofotometria, eletroforese em gel 1% agarose e amplificação com iniciadores bacterianos universais direcionados ao gene codificante para a fração 16S rRNA. A detecção específica foi avaliada utilizando-se iniciadores seletivos aos microrganismos de interesse e variando-se os parâmetros de termociclagem, incluindo quantidades de magnésio e iniciadores. O limite de sensibilidade do sistema foi analisado via diluição seriada (500 ng/¼L a 50 fg/¼L) de cada DNA microbiano alvo e a especificidade foi testada empregando-se um painel de DNAs microbianos e humano não correspondentes aos iniciadores utilizados na PCR. Adicionalmente, procedeu-se a avaliação da Multiplex-PCR empregando-se as condições estabelecidas para a amplificação isolada dos patógenos. Resultados: Obtiveram-se amplificações em condições únicas de reação e termociclagem para os micro-organismos A. baumannii (722 pb) e K. pneumoniae (374 pb), utilizando-se cepas padrão. O sistema demonstrou ser especifico aos micro-organismos alvos. A quantidade de 1 ng de DNA microbiano correspondeu ao limite de sensibilidade do sistema. Conclusão: Através da otimização da reação, observou-se a possibilidade da detecção conjunta (Multiplex-PCR) de A. baumannii e K. pneumoniae, em tempo inferior aos métodos de diagnóstico convencionais, permitindo antecipação da identificação microbiana, o que, em consequência, favoreceria uma melhor conduta terapêutica. Contudo, não foi obtida a identificação dos patógenos em amostras de sangue, não sendo possível confirmar sua aplicabilidade até o momento.

Apoio / Parcerias: CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)

Padrões de residência da população de toninhas, Pontoporia blainvillei, na Baía da Babitonga.

  • RENAN LOPES PAITACH, Graduando, renan_ptch@hotmail.com
  • Camila Meireles Sartori, G, milams2@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Padrões de residência, Pontoporia blainvillei, Baía da Babitonga

A toninha (Pontoporia blainvillei) é um pequeno cetáceo endêmico do Atlântico Sudocidental. A espécie é ameaçada de extinção sendo a captura acidental em redes de pesca a maior causa da mortalidade. Conhecer os padrões de ocupação de uma população é determinante para a elaboração de estratégias de conservação. O método de fotoidentificação, através de marcas naturais para muitos cetáceos, possibilita o acompanhamento de forma não invasiva. O objetivo deste trabalho foi calcular a frequência de avistamento e o tamanho da área utilizada pelas toninhas na Baía da Babitonga. A área de estudo está localizada nas coordenadas 26°15’S e 48°41’W, no sul do Brasil. A coleta de dados foi ocasional de fevereiro a maio de 2011 e semanal de setembro de 2011 a junho de 2012. Foi utilizada uma embarcação a motor e as imagens foram obtidas com uma máquina fotográfica digital Canon EOS 7D de 19 megapixels e lente zoom de 100-400mm. As buscas foram feitas nas áreas de maior concentração de toninhas dentro do estuário e o esforço foi direcionado para fotografar a nadadeira dorsal dos indivíduos em ângulo perpendicular ao fotógrafo. Para cada grupo fotografado foram registradas as coordenadas com GPS. A frequência de avistamento foi expressa em percentual pelo cálculo: meses de avistagem / total de meses de esforço * 100. As áreas foram estimadas para as toninhas que tiveram ao menos cinco registros em dias diferentes, utilizando o método do Mínimo Polígono Convexo no programa ArcGIS 10. Com um esforço de cento e dezesseis horas, foram obtidas 30.511 fotos, sendo 3.557 de boa qualidade (11,6%), permitindo a identificação de 21 toninhas. A frequência de avistamento variou de 7,7% a 92,3%, sendo que 38,09% dos indivíduos identificados tiveram frequência superior a 50%. O tamanho das áreas foi calculado para 11 toninhas, variando de 0,7 a 9,8 km². Ao se considerar todos os registros da população obteve-se uma área de 19,86 km², o que representa 12,41% da área da baía. É necessário ampliar os esforços para obter uma amostragem mais homogênea da baía, pois se acredita que estas áreas estejam subestimadas. Os resultados indicam que as populações de P. blainvillei apresentam elevada fidelidade e áreas de uso restritas. São necessárias medidas de gestão das atividades de pesca e trafego de embarcações no local, visando à conservação desta população e este trabalho tem a contribuir neste processo.

Apoio / Parcerias: Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental

Perfil dos pacientes internados por complicações do Diabetes Mellitus no municipio de Joinville-SC

  • VICTOR CUBAS SCHULZ, Graduando, victorcs02@gmail.com
  • Martha Maria Vieira de Salles Abreu Artilheiro, Dr(a), martha@expresso.com.br
  • Camila Coelho Carneiro, Graduando, camila.carneiro10@gmail.com
  • Selma Cristina Franco, Dr(a), scfranco@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Diabetes Mellitus, Complicações do Diabetes Mellitus, Perfil sócio-demográfico

Introdução Diabetes Mellitus (DM) é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos dos carboidratos, lipídeos e proteínas que apresenta em comum à hiperglicemia. É uma doença crônica de elevada prevalência e seu controle adequado pode ser realizado a nível ambulatorial com ações oportunas e adequadas. A internação por DM e suas complicações é um indicador indireto da qualidade da atenção fornecida pelo SUS envolvendo diagnóstico precoce, tratamento e educação para a saúde. Os objetivos do presente estudo foram descrever o perfil sócio-demográfico e de saúde das pessoas internadas nos hospitais do SUS, por complicações do DM. Metodologia Trata-se de uma coorte retrospectiva na qual foram identificados através do DATASUS, todos os pacientes entre 30-59 anos, residentes em Joinville, internados nos hospitais públicos da cidade considerando-se os códigos para as internações do CID10 por Diabetes Mellitus (DM) e suas complicações, Através de contato telefônico foram marcadas visitas domiciliares para se aplicar questionário previamente elaborado. Os dados foram transcritos para um banco de dados no MS-Excel (v. 2007). Resultados Foram entrevistados 50 pacientes, sendo 28 (56,0%) do sexo masculino, 24 (48,0%) com escolaridade abaixo do colegial completo , 25 (50,0%) possuem o colegial completo e apenas 1 (2,0%) possui nivel superior. As classes econômicas predominantes foram B1-B2 com 15 (30,0%), C1-C2 com 29 (58,0%) e D com 6 (12,0%) pacientes. A comorbidade associada mais prevalente foi hipertensão arterial sistêmica (HAS) (52,0%), seguida de oftalmopatia (34,0%), nefropatia (32,0%), doença vascular periférica (32,0%) e cardiopatia (24,0%). Com relação ao tempo de diagnóstico, 28 (56,0%) sabem ser diabéticos há menos de 9 anos. No último ano, 38 (76,0%) entrevistados consultaram no posto de saúde, sendo a unidade básica de saúde o local mais citado (68,0%). Quanto ao acesso ao endocrinologista, 27 (54,0%) referiram não ter realizado nenhuma consulta nos últimos 3 anos. A não aderência total ao tratamento foi de 9 (18,0%), sendo que 37 (74,0%) usam insulina e 30 (60,0%) hipoglicemiante oral. Conclusão A maioria dos pacientes internados por complicações do DM é do sexo masculino, de baixa escolaridade e pertence à classe econômica C. Mais da metade sabe ser diabético há pouco tempo, tendo HAS como a comorbidade mais comum. A unidade básica de saúde foi o local onde a maioria dos entrevistados se consultou no último ano, sendo que mais da metade não consultou com endocrinologista nos últimos 3 anos. Uma porcentagem significativa dos diabéticos não adere ao tratamento.

Perfis de dissolução de comprimidos liquisólidos de sinvastatina

  • IZABEL CRISTINA CELESKI, G, izabelceleski@live.com
  • Giovana Carolina Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: comprimidos liquisólido, sinvastatina, dissolução

Um dos principais focos da investigação farmacêutica presente são as técnicas capazes de melhorar o perfil de dissolução de fármacos em meio aquoso. Durante os últimos anos, muitas técnicas têm sido desenvolvidas para essa finalidade, entre elas a obtenção de sistemas liquisólidos, nos quais um fármaco dissolvido ou disperso em um solvente não volátil é posteriormente convertido em um sólido não aderente, de fluxo livre e compressibilidade adequada, mediante a simples mistura com excipientes sólidos apropriados. O objetivo deste estudo foi preparar sistemas liquisólidos de sinvastatina e caracterizá-los quanto ao perfil de dissolução, comparando-os com uma formulação convencional. Foram preparadas quatro formulações de comprimidos: SCS-0 (sistema convencional de liberação de sinvastatina) e SLS-1 a SLS-3 (sistemas liquisólidos de liberação de sinvastatina). Os comprimidos convencionais continham o fármaco, celulose microcristalina, crospovidona, dióxido de silício coloidal e esterato de magnésio. Os comprimidos liquisólidos foram formulados empregando-se os mesmos componentes que os convencionais, além de 10% de um solvente não volátil (Cremophor EL, polietilienoglicol 400 [PEG 400] ou polissorbato 20). Os ensaios de dissolução foram realizados, em triplicata, empregando-se o método da pá nas seguintes condições: 100 rpm, 900 mL de lauril sulfato de sódio 0,2% e 37 ºC. Após a coleta em tempos pré-estabelecidos, as amostras foram centrifugadas e o fármaco quantificado no sobrenadante por espectrofotometria de absorção no ultravioleta em 238,5 nm. A influência do tipo de solvente não volátil sobre a liberação do fármaco foi avaliada realizando-se a comparação estatística (one-way ANOVA e teste de Tukey, a = 0,05) entre os resultados de eficiência de dissolução em 20 minutos (ED%20min) obtidos para SLS-1 a SLS-3. Os comprimidos liquisólidos de todas as formulações apresentaram perfis superiores de liberação de sinvastatina em comparação à formulação convencional, demonstando a eficiência da técnica. As formulações SLS-1 (Cremophor EL) e SLS-3 (polissorbato 20) apresentaram valores semelhantes de ED%20min, os quais foram significativamente superiores ao resultado obtido para SLS-2 (PEG 400). Sendo assim, concluiu-se que o Cremophor EL e o polissorbato 20, na concentração de 10%, foram mais eficientes ao promover o incremento da dissolução da sinvastatina a partir de comprimidos liquisólidos, quando comparados ao PEG 400 na mesma concentração.

Apoio / Parcerias: Apoio: Bolsa do PIBITI concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Plantas apícolas em Santa Catarina: espécies e contribuições

  • JULIANE VALDUGA DA SILVA, Graduando, juliane.valduga@univille.br
  • Enderlei Dec, Graduando, enderlei@hotmail.com
  • Andressa Karine Golinski dos Santos, Graduando, pedro-andressa@hotmail.com
  • Manuel Warkentin, Graduando, deusconosco92@hotmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: plantas melitófilas, pasto apícola, apicultura

O conhecimento sobre as plantas que são apícolas é uma grande contribuição para a atividade de criação de abelhas assim como para o entendimento sobre as relações planta/ polinizador que implicam em interações dependentes, garantindo a sobrevivência de diferentes espécies. No estado de Santa Catarina há intensa atividade de apicultura, mas os dados sobre recursos florais para abelhas são escassos e dispostos de modo esparso em publicações avulsas. Visando relacionar as espécies botânicas apontadas como apícolas, foi empreendido o levantamento de trabalhos publicados sobre abelhas no Estado e compiladas as informações atinentes aos seus recursos forrageiros. A bibliografia consultada reúne 17 obras e cobre o período de 1983 a 2008. Inclui anais de eventos científicos, relatórios de iniciação científica, artigos em periódicos científicos, monografias, dissertações de mestrado, teses de doutorado e livros. Foram listadas como apícolas em SC 693 espécies, de 363 gêneros e 91 famílias botânicas. Os dados analisados até o momento indicam como família botânica mais citada Asteraceae, com a espécie Senecio brasiliensis (Spreng.) Less. (7 citações), seguida por Bidens pilosa L., Solidago chilensis Meyen, Taraxacum officinale Weber)(6 citações cada uma) assim como Lantana camara L. (Verbenaceae)(6 citações). Em relação aos hábitos das plantas, ocorrem como ervas 35,6% das espécies, como árvores 30,1%, arbustos 20,4%, lianas (trepadeiras) 6,2%, subarbustos 3,8%, arvoretas 3,4% e epífitas 0,3%. Quanto aos recursos florais oferecidos às abelhas, 48,8% das plantas fornecem néctar e pólen, 33,3% somente néctar e 17,8% somente pólen. Para 43 espécies botânicas, há disponibilidade de dados sobre a concentração de néctar, que oscila de 19 a 45%. 20,2% das espécies botânicas apuradas estão citadas na literatura como apícolas. Dentre as espécies listadas, somente uma está ameaçada de extinção, Caesalpinia echinata Lam., o pau-brasil (Fabaceae). Em termos de calendário floral, a intensidade de florescimento ocorre mais na primavera (36,0%), seguida de verão (23,9%), outono (18,4%), inverno (19,0%), havendo 2,4% de espécies que florescem o ano inteiro. Dentre as espécies, 100 (14,4%) são ornamentais e 223 (32,2%) encontram-se como introduzidas no Brasil. Diante dos resultados obtidos até o momento, verifica-se que SC apresenta uma grande diversidade de flora apícola, o que aponta a necessidade de realizar trabalhos que possam corroborar o potencial de seu pasto apícola em termos de sustentabilidade.

Preparo e caracterização de comprimidos contendo microesferas de Eudragit® E 100 / poli(3-hidroxibutirato) [PHB] e felodipino

  • MADIÃ MANNES, Graduando, madia.mannes@univille.br
  • Karla Vanessa Reinert Satler, Graduando, karla.satler@hotmail.com
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com
  • Giovana Carolina Bazzo, Dr(a), gbazzo@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Felodipino, Eugragit® E, poli(3-hidroxibutirato)

Apoio / Parcerias: FAP UNIVILLE

Prevalência do Polimorfismo T300A no Gene ATG16L1 na população de Joinville e Região

  • EMILY DOS SANTOS, Graduando, emily.santos@univille.br
  • Bruno Lorenzo Scolaro , G, brunoscolaro@yahoo.com.br
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), phfranca@terra.com.br
  • Leslie Ecker Ferreira, MSc, leka_ferreira1@hotmail.com
  • Mauro de Souza Leite Pinho, Dr(a), mauro.pinho@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: T300A, ATG16L1, Doença de Crohn

Introdução: As doenças inflamatórias intestinais possuem etiologia e patogenia pouco esclarecidas, apresentando diversos fatores contribuintes, como fatores ambientais, microbiota intestinal, respostas imunes aberrantes e predisposição genética. Particularmente, a influência da genética tem sido amplamente investigada na Doença de Crohn (DC) com o objetivo de verificar seu papel como fator de risco para a doença. No momento, um dos genes mais estudados é o ATG16L1. A proteína codificada por esse gene faz parte de um grande complexo de proteínas necessárias para realização da autofagia, um processo biológico envolvido na degradação de proteínas, processamento de antígenos, regulação da sinalização celular e outros caminhos essenciais para a iniciação e regulação da resposta inflamatória. Diversos polimorfismos têm sido identificados no gene ATG16L1, destacando-se o polimorfismo T300A (rs2241880), que ocasiona a substituição do aminoácio Treonina por Alanina na posição 300 da proteína. A escassez de dados referentes à população brasileira em relação ao polimorfismo T300A, considerado como fator de risco para a DC, demonstra a necessidade de se obter maiores informações, iniciando-se por estudos populacionais. Objetivo: Estimar a prevalência do polimorfismo de base única T300A no gene ATG16L1 na população de Joinville e região. Materiais e métodos: Neste estudo foram incluídos 300 doadores voluntários do Hemocentro Regional de Joinville (HEMOSC). A extração e purificação do DNA genômico foi realizada a partir de 0,2 mL de sangue total, com utilização do kit Qiamp DNA Mini (Qiagen), seguido da amplificação do segmento gênico via Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). A definição dos genótipos foi estabelecida pela técnica “Polimorfismos de Comprimentos de Fragmentos de Restrição” (RFLP) com emprego da enzima LweI (Fermentas) e, na sequência, eletroforese em gel de agarose a 2%. Resultados: Até o momento, 211 amostras foram genotipadas, observando-se prevalências genotípicas correspondentes a 35,07% (AA), 44,55% (AG) e 20,38% (GG). O alelo A mostrou-se mais frequente na população estudada, correspondendo a 57,35% das amostras, enquanto o alelo G mostrou-se menos frequente (42,65%). Conclusão: Os resultados obtidos até o momento estão de acordo com a literatura, já que houve predomínio da forma selvagem (alelo A) do polimorfismo. Estes dados permitirão que estudos comparativos sejam realizados com portadores da Doença de Crohn de modo a se avaliar o impacto do rs2241880 como fator na etiologia desta doença.

Prevalência e relevância das variantes alélicas e genotípicas dos polimorfismos rs12979860 (C/T) e rs8099917 (T/G) do gene IL28B em pacientes mono-infectados pelo HCV, co-infectados HCV/HIV e indivíduos não infectados.

  • BRUNA CRISTINA BERTOL, Graduando, bruunab@hotmail.com
  • Simone Moreira, MSc, simonebioq@hotmail.com
  • Raquel Francine Liermann Garcia, G, drargarcia@terra.com.br
  • Mauro de Souza Leite Pinho, Dr(a), mpinho.joi@terra.com.br
  • Leslie Ecker Ferreira, MSc, leka_ferreira1@hotmail.com
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), phfranca@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Polimorfismo, IL28B, Hepatite C

Introdução: A Hepatite C é um problema de saúde pública mundial, acometendo aproximadamente 170 milhões de pessoas. A co-infecção pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é comum uma vez que ambos os vírus são transmitidos por via parenteral. É reconhecido que o HIV impacta o curso da hepatite C aumentando os níveis de RNA viral e o dano hepático. Fatores como o genótipo do vírus, carga viral e variações genéticas relacionadas ao hospedeiro têm sido associados com a capacidade de depuração do HCV. Recentemente, foram identificados Polimorfismos de Nucleotídeo Único (SNPs) próximos ao gene IL28B fortemente associados com a capacidade de eliminação do HCV. Objetivo: Estimar a prevalência e relevância das variantes alélicas e genotípicas dos polimorfismos rs12979860 (C/T) e rs8099917 (T/G) do gene IL28B em pacientes mono-infectados pelo HCV, co-infectados HCV/HIV e indivíduos não infectados, avaliando sua possível influência quanto a instalação da mono-infecção pelo HCV e da co-infecção HCV/HIV. Métodos: Foram incluídos 198 indivíduos com evidência sorológica de ausência de exposição ao HCV e HIV (amostras residuais de sangue periférico de doadores voluntários) e 215 pacientes com hepatite C crônica (amostras de sangue obtidas via punção digital), dos quais 51 estão co-infectados com HIV. A genotipagem consistiu em amplificação do segmento gênico contendo os SNPs rs12979860 e rs8099917 via Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) seguido de exposição às endonucleases Hpy166II e BsrDI, respectivamente, e análise dos padrões de restrição gerados (RFLP). Os amplicons e fragmentos obtidos foram separados via eletroforese em gel de agarose e registrados sob luz ultravioleta. Resultados: Dentre os indivíduos controle, 47,4% (90/190) apresentaram rs12979860 genótipo C/C, 43,7% (83/190) C/T e 8,9% (17/190) T/T, enquanto 29,2% (62/212), 52,4% (111/212) e 18,4% (39/212) dos pacientes apresentaram genótipo C/C, C/T e T/T, respectivamente. Quanto ao polimorfismo rs8099917, 67,2% (133/198) dos indivíduos controle apresentavam genótipo T/T, 31,3% (62/198) T/G e 1,5% (3/198) G/G, enquanto 56,8% (122/215), 40,0% (86/215) e 3,2% (7/215) dos pacientes apresentavam genótipo T/T, T/G e G/G, respectivamente. Não houve diferença estatisticamente significativa na distribuição dos genótipos e alelos entre pacientes mono-infectados pelo HCV e co-infectados HCV-HIV em ambos os SNPs avaliados. Conclusão: As frequências do alelo C e do genótipo C/C do SNP rs12979860, assim como do alelo T e do genótipo T/T do SNP rs8099917, mostraram-se significativamente aumentadas no grupo controle quando comparado ao grupo de pacientes (p<0,05), corroborando seu papel protetor proposto quanto à instalação da infecção pelo HCV.

Apoio / Parcerias: Hospital Municipal São José - Joinville SC; Hospital Universitário Gaffrée Guinle - Rio de Janeiro RJ; Santa Casa de Misericórdia - Porto Alegre RS; Hospital da Universidade Federal de Pelotas - Pelotas RS e Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina

Produção, extração e avaliação da ação antitumoral de polissacarídeos intracelulares produzidos por Pleurotus sajor caju

  • LETÍCIA CECILIA TODESCHINI, Graduando, leticia.todeschini@univille.br
  • Sandra Aparecida Furlan, Dr(a), sandra.furlan@univille.br
  • Franciane Agostini , G, franciane_farmacia@yahoo.com.br
  • Marcia Luciane Lange Silveira, MSc, marcia.luciane@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Pleurotus Sajor Caju, Extrato aquoso, Ação Antitumoral

Vários estudos têm revelado um grande potencial de compostos naturais no combate ao câncer e, entre estas substâncias, destacam-se polissacarídeos de origem fúngica. Assim, o objetivo deste trabalho foi extrair e avaliar a capacidade antitumoral dos polissacarídeos miceliais obtidos a partir de cultivo submerso de Pleurotus sajor caju. Foi realizado o cultivo submerso de Pleurotus sajor caju em biorreator de mistura completa, com volume de trabalho de 4L e meio de cultivo POL modificado (2,5 g L-1 de (NH4)2SO4; 0,2 g L-1 de MgSO4. 7H2O; 0,5 g L-1 de K2HPO4; 1,0 g L-1 de extrato de levedura; 1,0 g L-1 de peptona), com 20 g L-1 de glicose e pH inicial de 6,5-7,0. Este meio foi inoculado com 400 mL de inoculo e o cultivo realizado até o esgotamento da fonte de carbono (glicose). O micélio e o caldo fermentado foram separados por filtração. O micélio foi delipidificado e, em seguida, foi colocado em água e aquecido 100ºC, por 12 horas, sendo o extrato separado por centrifugação. Este procedimento foi repetido cinco vezes. Os extratos foram reunidos, concentrado, congelado e descongelado a temperatura ambiente, até que a fração insolúvel em água fria fosse separada da fração solúvel. A fração solúvel foi liofilizada e usada para teste de atividade antitumoral. Foram testadas três doses (10, 30 e 50 mg/Kg), sendo que, para cada dose foram utilizados 40 camundongos: 10 animais para grupo teste, 10 animais para o controle positivo, 10 animais para o controle substância e 10 animais para o controle negativo. A indução das células de Sarcoma 180 foi realizada via subcutânea, no dorso de cada camundongo dos grupos teste e controle positivo. Após 24 horas, teve início o tratamento com duração de 10 dias. Os camundongos dos grupos controle substância e negativo receberam o veículo (PBS 0,01M). A avaliação do desenvolvimento tumoral foi realizada 3 semanas após a indução do tumor, por determinação da massa tumoral, do volume tumoral e taxa de inibição. Após os testes realizados, observa-se que a fração aquosa quente solúvel obtida através do micélio promoveu uma redução da massa e do volume tumoral dos grupos testados, sendo esta redução associada ao aumento da dose testada. A taxa de inibição apresentou valores de 65,1%, 74,6% e 81,0% de redução do desenvolvimento do tumor para as três doses (10, 30 e 50 mg/Kg, respectivamente). Assim, a fração aquosa quente solúvel apresenta redução no desenvolvimento do tumor S180.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE e CNPQ

Variabilidade da infauna bentônica em uma área urbanizada da praia de Ubatuba, São Francisco do Sul, Santa Catarina

  • SCHELEN GROSSEL, Graduando, schelen.grossel@univille.br
  • Cauê Felipe de Oliveira, Graduando, cauenaraki@hotmail.com
  • Luiz Paulo da Silva, Graduando, scottpp.l@hotmail.com
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Infauna bentônica, praia urbanizada, Santa Catarina

As praias arenosas são amplamente utilizadas pela disponibilidade de recursos naturais e turismo. Entretanto, o uso desses ambientes promove a intensa ocupação e urbanização, que de alguma forma afeta a fauna e flora com o descarte de resíduos, o desmatamento de dunas e restingas e a descarga de esgoto doméstico. O objetivo do trabalho foi determinar a distribuição da infauna bentônica em uma área urbanizada da praia de Ubatuba, localizada no município de São Francisco do Sul, estado de Santa Catarina. As amostragens foram realizadas em março de 2012 em uma área próxima a um conjunto de residências a cerca de 20 metros da faixa de areia. Para a amostragem da infauna foram aleatoriamente fixados seis transectos perpendiculares à linha de praia e ao longo de cada transecto foram marcados dez pontos equidistantes desde a linha de detritos até a linha d´água. Em cada ponto foi coletada uma amostra com um cilindro de aço com 0,05m2 e imediatamente fixadas em formalina 10%. Em um dos transectos foi determinado o desnível do perfil, a salinidade da água de percolação e coletadas amostras de sedimento em cada um dos pontos para a análise granulométrica e determinação da porcentagem da umidade do sedimento. Na variação do desnível do perfil houve a formação de uma cúspide entre os pontos 3, 4 e 5, que apresentaram as menores proporções de umidade e a partir dos quais aumentou a salinidade até a linha d´água. O sedimento foi composto por areia fina nos pontos 1 a 5 e areia média nos pontos 6 a 10 e em todos os pontos os grãos foram muito bem selecionados, variando de simétricos a positivamente assimétricos, com distribuição variando de mesocúrtica a leptocúrtica. O Polychaeta Scolelepis goodbodyi dominou com 88,2% do total dos indivíduos, seguido de uma espécie de Hymenoptera (5,2%) e do bivalve Donax hanleyanus (1,87%). S. goodbodyi dominou a partir do mesolitoral médio até o inferior e D. Hanleyanus apresentou a mesma tendência de distribuição, enquanto Hymenoptera dominou na linha de detritos. Os resultados indicaram uma relação direta da umidade do sedimento e o diâmetro médio dos grãos com a densidade e distribuição de S. goodbodyi e Donax hanleyanus. Apesar de o perfil estar em uma área urbanizada, a variabilidade da infauna bentônica foi semelhante a estudos realizados em outras praias da costa brasileira.

Apoio / Parcerias: UNIVILLE ; FAPESC