Área 02 - Ciências Biológicas e da Saúde

Índice

  1. A coleção de Lepidópteros do Material Zoológico da Univille
  2. A coleção de mariposas do Projeto Material Zoológico da Univille
  3. A importância do conhecimento sobre bulimia, anorexia e vigorexia na prevenção de distúrbios alimentares em estudantes do ensino fundamental, médio e universitário
  4. A INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA PARA MELHORA NA QUALIDADE DE VIDA
  5. A macrofauna bentônica sublitoral em duas áreas da laguna Acarai, São Francisco do Sul, Santa Catarina
  6. A relação das vivências acadêmicas com a satisfação dos acadêmicos do curso de psicologia, em relação à escolha da profissão, no decorrer do primeiro ano letivo.
  7. Análise da influência do treinamento proprioceptivo no controle postural e equilíbrio em atletas de futsal masculino
  8. Análise do percentual de gordura dos escolares praticantes de natação
  9. Análise preliminar do uso de medicamentos para asma grave em pacientes da Farmácia Escola da Univille
  10. As atividades do Projeto Material Zoológico
  11. As espécies de abelhas de Santa Catarina
  12. Atividade externa de Melitoma segmentaria (Apidae, Emphorini)
  13. AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA PROTEÇÃO DAS NASCENTES DO RIO CACHOEIRA (JOINVILLE/SC) ATRAVÉS DO DIAGNÓSTICO DA FAUNA AQUÁTICA
  14. AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DA FOSFOMICINA FRENTE À ESCHERICHIA COLI E KLEBSIELLA PNEUMONIAE
  15. AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE RAULINOA ECHINATA R. S. COWAN PARA CONSERVAÇÃO EX SITU NO JARDIM BOTÂNICO DA UNIVILLE - Etapa 1
  16. Biobanco UNIVILLE - Uma Realidade
  17. Caracterização da fauna parasitária intestinal das populações de toninhas (Pontoporia blainvillei) e de botos-cinza (Sotalia guianensis) do litoral norte de Santa Catarina
  18. Caracterização estrutural e histoquímica de folhas de pariparoba (Potomorphe umbellata ( L.) Miq.), goiaba (Psidium guajava L.) e saia branca (Brugmansia suaveolens (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Bercht. & J. Presl) obtidas em dois ambientes distintos (UNIVIL
  19. Composição cariotípica de pequenos roedores, no Parque Estadual do Acaraí, em São Francisco do Sul
  20. Composição cariotípica de pequenos roedores, no Parque Estadual do Acaraí, em São Francisco do Sul
  21. Composição florística das bacias hidrográficas dos rios Cubatão, do Braço e Cachoeira (Joinville /
  22. Desenvolvimento e avaliação do perfil de dissolução de dispersões sólidas de genfibrozila em poloxamer 188
  23. Dieta de Nyctanassa violacea (Linnaeus, 1758) durante o período reprodutivo no ninhal da desembocadura do Rio Pedreira, São Francisco do Sul, SC
  24. DIFERENÇAS ENTRE EQUAÇÕES DE PREDIÇÃO DE GORDURA RELATIVA ENTRE MULHERES.
  25. Diversidade de entomofauna em cadáveres humanos no outono e inverno na região norte do estado de Santa Catarina
  26. Efeito de frações extrativas do micélio e do caldo de cultivo de Pleurotus sajor-cajur sobre a microbiota intestinal de camundongos
  27. EFEITO DO METABÓLITO ÁCIDO ARGINÍNICO ACUMULADO NA HIPERARGININEMIA SOBRE PARÂMETROS DE ESTRESSE OXIDATIVO EM SANGUE DE RATOS
  28. Efeito do uso de diferentes tensoativos nas características de micropartículas de Etilcelulose e Poli(L-ácido láctico) (PLLA) contendo Cetoprofeno
  29. Encontro: a subjetividade no comportamento alimentar
  30. Espaço Ambiental Babitonga
  31. Estado nutricional de crianças nascidas com macrossomia fetal após 18 a 24 meses de idade: Estudo de base domiciliar.
  32. Estudo palinológico de espécies da família Malvaceae (Juss.) Bayer
  33. GOVERNANÇA CLIMÁTICA COMO FERRAMENTA DE PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO À DESASTRES NATURAIS EM JOINVILLE
  34. Hábito alimentar da toninha, Pontoporia blainvillei, na Baía da Babitonga e litoral adjacente
  35. Hábito alimentar do boto-da-tainha (Tursiops truncatus) e do boto-cinza (Sotalia guianensis), no litoral norte de Santa Catarina
  36. Inovação pesqueira: desenvolvimento de um protótipo experimental para a captura de peixes em ambientes recifais.
  37. Interações entre a fauna de abelhas e a flora
  38. Levantamento clínico e de sensações neuromusculares de pacientes pós resolução da sepse para elaborar protocolo de avaliação
  39. O inventariamento de óbitos e a Entomologia Forense em Joinville/SC
  40. O movimento de inclusão de estudantes com NEE na Univille
  41. Ocorrência de Phalacrocorax brasilianus na Baía da Babitonga, litoral Norte de Santa Catarina
  42. Orientação e informação profissional para estudantes do ensino médio
  43. Pesquisas em biodiversidade na restinga do Parque Estadual do Acaraí
  44. Preparo e caracterização físico-química de microesferas contendo dispersão sólida de genfibrozila em Eudragit E e PHB
  45. Projeto Aldeia Conquista: múltiplas dimensões
  46. Projeto atividade física e saúde para idosos - força muscular dos participantes
  47. PROPORCIONANDO SAÚDE BUCAL À UMA COMUNIDADE ISOLADA
  48. Quantificação de sinvastatina e atenolol por espectrofotometria de absorção no ultravioleta
  49. RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À AVERSÃO E A PREFERÊNCIA PELA QUANTIDADE E VARIEDADE DE TEMPEROS NA COMIDA
  50. Resistência de união de cerâmicas odontológicas condicionadas com o sistema de plasma atmosférico
  51. Treinamento Proprioceptivo na Natação
  52. USO RACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS
  53. VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS DO PROJETO PALHAÇOTERAPIA NO PRIMEIRO CONTATO COM O HOSPITAL

Resumos

A coleção de Lepidópteros do Material Zoológico da Univille

  • Jeniffer Cristine de Sena , Graduando, jenisena@gmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga , Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: borboletas , conservação, biodiversidade

O conhecimento sobre a biodiversidade gera elementos que permitem promover de forma mais eficiente a conservação, por meio de ações focadas de educação ambiental com fins preservacionistas. Os lepidópteros, principalmente as borboletas, são coletadas há muitos anos e hoje encontram-se entre os invertebrados terrestres ameaçados de extinção. Dentre as medidas que visam permitir conhecer a diversidade, está a manutenção de coleções biológicas. A coleção entomológica de insetos do Projeto Material Zoológico (MZ) da Univille, resultante de doações, capturas correlatas de projetos passados e coletas didáticas realizadas por alunos do curso de Ciências Biológicas, está conservada no Laboratório de Abelhas e no MZ. Visando qualificar e quantificar a coleção, foi realizada, primeiramente, a manutenção dos espécimes que a compõem, por meio de revitalização de todo o acervo entomológico do MZ, com limpeza dos espécimes, adição de naftalina e pintura das caixas entomológicas bem como reorganização taxonômica dos insetos. Em seguida, empreendeu-se a identificação dos exemplares, com base na literatura e consulta a guias-chaves de identificação dotados de imagens, dentre outros procedimentos. Foram contabilizados até o momento 324 indivíduos, dos quais 247 são borboletas e 77 são mariposas. Das borboletas, 194 exemplares foram identificados, sendo da família Hesperiidae 4, Lycaenidae 4, Nymphalidae 120, Papilionidae 35 e Pieridae 31. Em Hesperiidae há 3 morfoespécies, em Lycaenidae 2 gêneros e 4 morfoespécies, em Nymphalidae 29 gêneros, 21 espécies e 26 morfoespécies, em Pieridade 2 gêneros, 4 espécies e 11 morfoespécies e em Papilionidae, 5 gêneros, 8 espécies e 12 morfoespécies. Dentre as espécies, destaca-se Parides ascanius (Cramer, 1775) (Papilionidae), listada como vulnerável na Lista Vermelha da IUCN e com status de criticamente ameaçada para o estado do Rio de Janeiro, segundo o Livro Vermelho da Fauna Brasileira ameaçada de extinção. A identificação será confirmada ulteriormente mediante comparação com lepidópteros já determinados tombados em coleções científicas e com o auxílio de especialistas. Um banco de dados da coleção entomológica foi criado, para incluir informações adicionais sobre ambiente, ocorrência, planta alimento e distribuição geográfica. Além de proporcionar o aprendizado taxonômico, a identificação deste importante recurso didático, utilizado como atração visual às visitas ao Material Zoológico, oportunizará um uso mais eficaz em atividades de educação ambiental futuras.

A coleção de mariposas do Projeto Material Zoológico da Univille

  • Carolina Lopes Ribeiro , Graduando, ccarol.lr@gmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga , Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: biodiversidade, Heterocera, Lepidoptera

A ordem Lepidoptera é constituída por duas subordens: Rhopalocera, conhecidas como borboletas e que possuem hábitos diurnos, e Heterocera, as mariposas, de hábitos noturnos. Ambas são dotadas de ornamentações coloridas, claras, escuras ou chamativas. As subordens são distinguíveis por aspectos de suas morfologias e compreendem, atualmente, cerca 180.000 espécies de lepidópteros descritas. São insetos ovíparos e holometabólicos, ou seja, dos ovos nascem lagartas que irão desenvolver-se, sofrer metamorfose completa e, por fim, tornarem-se indivíduos adultos. A prática da coleta de lepidópteros é antiga, em função de ser objetivo de muitos colecionadores e artesanato, e atualmente diversas espécies correm risco de extinção. A coleção de insetos do Projeto Material Zoológico da Univille (MZ) contêm variados espécimes diferentes de lepidópteros, que são expostos à visitação de escolas e da comunidade. Estes exemplares provem de trabalhos acadêmicos realizados por alunos do curso de Ciências Biológicas. Com o objetivo de conhecer as espécies de Heterocera componentes do MZ, foram verificados os indivíduos componentes da coleção. Os exemplares foram separados, contabilizados e identificados até o menor nível taxonômico possível. A identificação foi realizada através de guias-chaves, imagens de literatura procedente além de artigos científicos. Foram utilizados como caracteres de identificação os tons e as ornamentações das asas em vista dorsal e ventral, os formatos das asas e do corpo. Os exemplares mais antigos têm data de coleta de 1996 e necessitam cuidado no manuseio em vista das condições em que se encontram. Todos os indivíduos receberam etiquetas de numeração e de identificação taxonômica. São procuradas informações sobre planta hospedeira, habitat, distribuição geográfica e situação da espécie em termos de ameaça, que são dispostas em banco de dados. Ao todo foram contabilizados 77 exemplares, dos quais 34 foram identificados: família Arctiidae (1 indivíduo, Hypocrita bicolora), Erebidae (3 indivíduos, Ascalapha odorata), Noctuidae (1 indivíduo, Thysania agrippina), Saturniidae (18 indivíduos de 6 gêneros, Automeris, Automerella, Copaxa, Copiopteryx, Rhescyntis, Rothschildia, 1 espécie, 16 morfoespécies) e Sphingidae (11 indivíduos de 2 gêneros, Adhemarius e Manduca, 11 morfoespécies). Dentre as espécies, destacam-se, em Saturnidae, a mariposa meia-lua (Rhescyntis pseudomartii), a mariposa janela-de-vidro (Rothschildia sp.) e a mariposa-da-seda (Copiopteryx sp.). A continuidade da identificação da coleção de mariposas está em curso.

A importância do conhecimento sobre bulimia, anorexia e vigorexia na prevenção de distúrbios alimentares em estudantes do ensino fundamental, médio e universitário

  • Uara Koglin de Aguiar Corazza, Graduando, uara.corazza@gmail.com
  • Maryahn Koehler Silva, Dr(a), maryahn.koehler@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: anorexia, bulimia, vigorexia

Com o aumento nos casos de transtornos alimentares em jovens, principalmente a anorexia, bulimia e vigorexia, surgiu a necessidade com esta crescente de identificar e quantificar o nível de conhecimento dos alunos do Colégio da Univille e da Universidade da Região de Joinville (Univille). Apesar do transtorno de vigorexia não ser classificado como um transtorno alimentar, está ligado à preocupação excessiva com o corpo e a uma distorção da realidade, características essas presentes também nos transtorno de bulimia e anorexia. O objetivo deste trabalho é verificar e avaliar o número de estudantes que conhecem ou não esses transtornos e seus malefícios, para uma abordagem mais eficiente desse grupo, e assim, elaborar e implementar medidas sócio-educativas, visando reduzir possíveis portadores desses transtornos, com um plano de ação educativo e preventivo, para alunos, pais e professores. Para alcançar este objetivo, inicialmente foi utilizada como metodologia uma pesquisa bibliográfica, abordando os tópicos mais relevantes a respeito do assunto e, posteriormente, foi realizada uma pesquisa de campo com levantamento de dados, por meio de um questionário aplicado com alunos do ensino médio, fundamental e universitário. A amostra final de participantes da pesquisa foi de 10 alunos do ensino fundamental, com faixa etária entre 13 e 15 anos; 23 alunos do ensino médio, com faixa etária entre 15 e 17 anos; e 38 alunos do ensino superior, com faixa etária entre 17 e 48 anos, totalizando 71 participantes. Os resultados preliminares da pesquisa demonstram que o conhecimento sobre transtornos alimentares no que concerne a bulimia e a anorexia é mais baixo entre os alunos do ensino fundamental, no qual 15% não conhece e 60% conhece superficialmente. Destaca-se que 12% dos estudantes do gênero masculino, do ensino superior, não tem conhecimento sobre anorexia e bulimia e 44% destes tem informações apenas superficiais. Sobre a vigorexia, o conhecimento é muito baixo entre todos alunos pesquisados, sendo que, na média, 69% não conhece e 26% conhece apenas superficialmente este transtorno. Além disso, 39% dos alunos considera como importante os cuidados com o corpo e com a aparência, enquanto que 55% destes considera esse critérios como muito importantes. Com essas análises preliminares é possível verificar a importância da divulgação deste tema no âmbito escolar e universitário, buscando prevenir os alunos sobre os transtornos abordados.

A INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA PARA MELHORA NA QUALIDADE DE VIDA

  • Kátia Ferreira Duarte Alves, Graduando, katiaduarte.edf@gmail.com
  • Fabricio Faitarone Brasilino, E, fabricio.brasilino@univille.br
  • PEDRO JORGE CORTES MORALES, MSc, pedromorall@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Atividade Física, Qualidade de Vida, Saúde

A qualidade de vida tem sido tema recorrente nos últimos anos. Esse fato acontece porque o termo está associado às condições mínimas para que indivíduos possam viver com o máximo de suas potencialidades, seja no simples viver, no sentir ou amar, no trabalho, produzindo bens e serviços ou fazendo ciências ou artes. A atividade física tem se mostrado um excelente parceiro, quando utilizada de forma correta, no que se refere a melhorar a qualidade de vida das pessoas. O objetivo geral deste estudo foi verificar a influência da atividade física para a melhora na qualidade de vida em pessoas, de ambos os sexos e com idade acima de 18 anos. A amostra foi composta de 94 de indivíduos que frequentam a academia de musculação “Venux”, localizada em Joinville-SC. O instrumento de pesquisa utilizado foi um questionário adaptado de Morales (2002). Utilizou-se o programa Excel for Windows para a tabulação e plotagem dos dados, e o programa estatístico SPSS 16.0 para a análise estatística descritiva e associação entre variáveis categóricas recorreu-se ao teste do Quiquadrado(x²), tendo sido adotado o nível de significância de p < 0,05. Como principais resultados, obtiveram-se um grau de associação significativo de homens e mulheres que buscam a prática da atividade física pelo prazer, e pelos objetivos alcançados, e uma associação significativa dos homens com faixa etária entre 18 e 23 anos, por busca de um corpo ideal. Conclui-se que a atividade física influência sim na qualidade de vida, desde a melhora nos fatores de estresse, e a prática pelo prazer, propiciando melhoras no decorrer dia a dia, auxiliando na disposição para as atividades diárias.

A macrofauna bentônica sublitoral em duas áreas da laguna Acarai, São Francisco do Sul, Santa Catarina

  • Bruno Edegar Steffens, Graduando, brunostf@hotmail.com
  • Miguel Angel Alvarenga Baran, Graduando, baran.miguel@gmail.com
  • Luciano Lorenzi, Dr(a), llorenzi@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Macrofauna bentônica, Laguna Acarai, Santa Catarina

Laguna é um corpo d´água raso, que em geral mantém uma comunicação restrita com o mar e é considerado um ambiente importante para a manutenção da biodiversidade dos ecossistemas. Em sua maioria, abrangem dunas, manguezais, banhados, sítios arqueológicos e vegetações de restinga. A laguna Acarai destaca-se como o principal corpo d’água na ilha de São Francisco do Sul, Santa Catarina e se estende no sentido SO-NE. O trabalho determinou a composição e a abundância da macrofauna bentônica nos setores interno (IS) e externo (ES) da laguna Acarai. As amostragens foram realizadas em junho de 2014 e em cada setor da laguna foram estabelecidos três pontos e em cada ponto foram coletadas três amostras da macrofauna bentônica e uma amostra do sedimento com o auxílio de um busca fundo Petersen (área: 0,06 m²). Foi determinada a porcentagem de matéria orgânica do sedimento e calculados os valores médios por setor. Os organismos foram fixados em formalina 10%, separados, identificados e quantificados. Em cada ponto foram determinadas a temperatura, a salinidade, o pH, o oxigênio dissolvido com uma sonda Hanna e calculados os valores médios por setor. No IS a salinidade foi de 10,7, a temperatura de 19,8 ºC, o pH de 7,1, 53,2% de oxigênio dissolvido e 31,1% de matéria orgânica. No ES a salinidade foi de 28,9, a temperatura de 19,8 ºC, o pH de 8,3, 68,7% de oxigênio dissolvido e 5,1% de matéria orgânica. Os táxons mais representativos nos setores foram o poliqueta Paraprionospio sp. (12,1 inds./0,06m2), seguido dos poliquetas Heteromastus sp. com 5,1 inds/0,06m2 e Capitella capitata com 3,8 inds./0,06m2. No ES dominaram Paraprionospio sp. com 21,9 inds./0,06m2, Heteromastus sp. com 10,2 inds./0,06m2 e Capitella capitata com 5,5 inds./0,06m2. No IS dominaram Paraprionospio sp. com 2,2 inds./0,06m2, um Oligochaeta da família Tubificidae com 0,2 inds./0,06m2 e Sigambra grubei com 0,1 inds./0,06m2. O ES foi caracterizado por valores elevados de salinidade, pH e oxigênio dissolvido, mas a concentração de matéria orgânica aumentou no IS. Nessas condições ambientais, a macrofauna do ES foi mais numerosa, com a redução da densidade de Paraprionospio sp. no IS. Os táxons se alternaram com a dominância de Heteromastus sp. e C. capitata no ES e no IS dominaram Tubificidae e S. grubei. Ambientes com elevada concentração de matéria orgânica e decréscimo da salinidade tendem a abrigar uma fauna mais empobrecida, ao contrário da fauna que habita ambientes sob maior influência marinha.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille

A relação das vivências acadêmicas com a satisfação dos acadêmicos do curso de psicologia, em relação à escolha da profissão, no decorrer do primeiro ano letivo.

  • Gislaine Alves Fladzinski, Graduando, gisa.flad@hotmail.com
  • Alexandre Cidral, Dr(a), alexandre.cidral@univille.br

Palavras-chave: escolha profissional, vivência acadêmica, satisfação escolha profissional

Objetivou-se com esta pesquisa verificar o nível de satisfação dos acadêmicos ingressantes do curso de Psicologia, em relação à escolha profissional, e a relação com as vivências acadêmicas do primeiro ano letivo. Participaram da pesquisa, acadêmicos do curso de Psicologia que frequentaram o primeiro ano letivo no ano de 2013, fazendo-se a amostra com 44 participantes (F=38 e M=6), com idade (M=21 anos) entre 17 e 50 anos. Utilizou-se como instrumentos, um questionário com uma pergunta aberta e outra fechada, e o Questionário de Vivência Acadêmica – r (QVA-r), a coleta de dados aconteceu no final do ano letivo daquele ano, com duração de cinquenta minutos de aplicação. Por meio da pesquisa definiu-se a concepção dos acadêmicos em relação a satisfação com a escolha da profissão. Os resultados obtidos, indicam que 96% da amostra encontram-se satisfeitos com a sua escolha da profissão, e que das cinco dimensões do QVA-r (Pessoal, Interpessoal, Carreira, Estudo e Institucional), a que se destaca pelas média é a Carreira (M=4,32, Mín.=3,33 e Max.=5), que a amostra está satisfeita com o curso frequentado. Concluiu-se com essa pesquisa, que há relação do nível de satisfação da escolha da profissão com a vivência acadêmica.

Análise da influência do treinamento proprioceptivo no controle postural e equilíbrio em atletas de futsal masculino

  • Gustavo Nardon Pazinato, Graduando, gustavonpaz@hotmail.com
  • PEDRO JORGE CORTES MORALES, MSc, pedromorall@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Propriocepção, Equilíbrio , Controle Postural

O futebol de salão nos últimos anos passou por uma grande fase de ascensão, não só pelas excelentes campanhas do futsal nacional no cenário mundial, mas também pela questão de infraestrutura. O objetivo principal da pesquisa foi de analisar a influência de um protocolo de treinamento proprioceptivo no controle postural e equilíbrio em atletas adultos de futsal masculino. A amostra foi composta por 11 atletas (25,8±13 anos) da equipe de futsal masculino da Associação Atlética Tupy, submetidos a um protocolo de treinamento proprioceptivo uma vez por semana, durante oito semanas. Os dados do pré e pós-treinamento foram obtidos através do Star Excursion Balance Test – SEBT e analisados e interpretados pela estatística descritiva com medidas de tendência central (media) e dispersão (desvio padrão). O teste Shapiro-Wilk demonstrou normalidade entre as variáveis investigadas, optando-se assim pelos testes paramétricos. O comparativo das amostras se deu pelo teste de post-hoc de Tukey comparações múltiplas, com nível de confiança de 95%. Como principais resultados obtidos temos, entre pré e pós treinamento, Anterior pré – pós (65,6 – 70,6 cm ” 5,0 cm), Posterolateral pré – pós (83,8 – 92,4 cm ” 8,6 cm) e Posteromedial pré – pós (87,8 – 98,3 cm ” 10,5 cm). Pode-se concluir através dos resultados que o protocolo de treinamento proposto obteve resultados positivos no aumento do controle postural e equilíbrio dos atletas.

Análise do percentual de gordura dos escolares praticantes de natação

  • Alessandra de Lima Timm, Graduando, ale.psy@hotmail.com
  • Fernda Cruzzeta, G, fernandacruzetta@hotmail.com
  • Luiz Henrique rodrigues, MSc, rodrigueslh.edf@gmail.com
  • Patricia esther Fendrich Magri, MSc, pef.magri@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: percentual de gordura, escolares, natação

Análise preliminar do uso de medicamentos para asma grave em pacientes da Farmácia Escola da Univille

  • Débora de Oliveira, Graduando, r5p6cj4j2@gmail.com
  • Maíra Lindomar Pires Toazza, Graduando, mahpires@hotmail.com
  • Sandro José Pereira, Graduando, sandro.pereiira@gmail.com
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com
  • Silvana Nair Leite, Dr(a), silvana.nair@hotmail.com
  • Mareni Rocha Farias, Dr(a), marenif@yahoo.com.br
  • Luciano Soares, Dr(a), soaresgnosia@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Asma, Uso de medicamentos, Assistência Farmacêutica

Mesmo com o desenvolvimento de políticas públicas que visam o acesso e o uso racional de medicamentos, os problemas relacionados têm aumentado a medida que a acessibilidade é ampliada. O objetivo é estudar o uso de serviços de dispensação e de medicamentos para asma grave de pacientes da Farmácia Escola da Univille. Realizou-se uma busca de dados nos processos e entrevistas com pacientes sobre seus tratamentos. Os resultados preliminares demonstram que a justificação do uso dos medicamentos pode ocorrer pelo reconhecimento dos sintomas das doenças, e essa percepção varia, passando pela não associação dos sintomas à asma, ou pela apresentação de dúvidas quanto ao diagnóstico médico, como ilustradas na fala de um entrevistado: “eu não considero isso uma asma. Por que asma não tem chiado? Eu não tenho chiado”. A análise conforme o modelo de uso de serviços de saúde de Andersen e cols. indica a adesão como um comportamento de autocuidado, influenciado pela percepção do medicamento como necessidade de saúde, não exclusivamente vinculada à doença, mas muito correlacionada aos sintomas. A fala a seguir ilustra essa análise: “eu sinto cansaço, daí eu tenho que tomar o remédio pro meus brônquios abrir, para mim poder continuar o meu trabalho, daí eu faço o meu serviço eu limpo a minha casa, faço almoço” [sic]. A formação e a manutenção da necessidade de saúde, na qual um medicamento é considerado um meio para atingir os objetivos terapêuticos, são correlacionadas à eficácia do fármaco. Quando a eficácia varia, a percepção da necessidade pode ser revista ou até desconsiderada. Em uma situação, um paciente relatou não conseguir controlar as crises de asma. O médico elaborou uma prescrição contendo a mesma associação de fármacos, porém de uma marca distinta. Outro aspecto relevante é o fator financeiro, que expressa a oferta pública de serviços ou a capacidade aquisitiva do paciente, conforme retratado a seguir: “tenho convênio do estado, e ele atende pelo convênio, ... esse convênio do estado ele mudou, aí muitos médicos não quiseram mais, que nem o Dr. X que me tratava, daí ele não quis mais me atender, ele queria cobrar R$ 300,00 por uma consulta”. Como o acesso a medicamentos para asma depende de prescrição médica, os aspectos de financiamento constituem características de acessibilidade. Os resultados preliminares ilustram a complexidade do comportamento de uso de medicamentos e a necessidade de uma abordagem coerente para obter os resultados positivos em saúde.

Apoio / Parcerias: Apoio financeiro: FAP/Univille PPSUS/CNPq/FAPESC Parceria: O trabalho é realizado em conjunto com o Departamento de Ciências Farmacêuticas da UFSC.

As atividades do Projeto Material Zoológico

  • Joana Camila Lopes , Graduando, joanacamilalopes@gmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga , Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: fauna , museologia, zooeducação ambiental

A fauna representa um patrimônio natural e cabe, aos países onde se encontra, sua preservação e estudo. Em vista da degradação ambiental a que está sujeito o mundo moderno e globalizado, os animais se acham em situação frequentemente precária e ameaçada. O Projeto de Extensão "Material Zoológico: seu preparo e sua exposição pública" (MZ), desenvolvido na Univille desde 2004, visa divulgar a fauna da região de Santa Catarina e propiciar uma reflexão sobre a conservação deste bem original, desenvolvendo uma conscientização cidadã. O MZ trabalha com animais nativos vertebrados encontrados sem vida (o mais frequentemente por causa de atropelamento), encaminhados à Univille, que são preparados por meio de taxidermia artística (onde é feita a representação mais fiel possível do animal em vida e de seu habitat) e sua mostra ao público, em sala de exposição na Univille. As interações com o público incluem apresentações dos animais e do projeto aos visitantes agendados, aulas com temáticas de Zoologia que professores de escolas de ensino médio e fundamental solicitam, exposições externas, entre outras. Além das apresentações, são desenvolvidas atividades lúdicas e dinâmicas relacionadas aos temas abordados, em acordo com a faixa etária dos visitantes. Já foram apresentadas aulas temáticas sobre insetos, primatas, canídeos, sapos, tartarugas marinhas, crustáceos, Mata Atlântica, manguezal. Os visitantes provem de Joinville e também de cidades próximas de SC (Araquari, Barra do Sul, Campo Alegre, Garuva, Jaraguá do Sul, Mafra, Massaranduba, São Bento do Sul, Schroeder), do PR (Guaratuba, Quatro Barras) e do Paraguai (Asuncion). O MZ recebeu, ao longo dos anos de existência, um total de 255.911 visitantes (em 2004 1.342, em 2005 2.000, em 2006 3.000 visitantes, em 2007 cerca de 200.000, em 2008 33.700, em 2009 cerca de 1.000, em 2010 4.842, em 2011 2.610, em 2012 3.555, em 2013 2.845 e em 2014, 1.017 visitantes), com idades de 2 a 70 anos. As visitas são solicitadas por escolas, Centros de Educação Infantil (CEIs), instituições ou pessoas que queiram visitar o local. Como resultado as ações empreendidas, o MZ tem recebido solicitações de parcerias com escolas para participação em editais de fomento à ZooEducação ambiental.

As espécies de abelhas de Santa Catarina

  • Tatiane Beatriz Malinowski Baran, Graduando, tatybmb@yahoo.com.br
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga , Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: apifauna, diversidade, levantamento

Com o objetivo de expandir o conhecimento sobre a diversidade da apifauna amostrada em Santa Catarina (SC), foi realizada uma revisão bibliográfica de trabalhos publicados sobre levantamentos de espécies de abelhas. Foram analisadas 39 referências (período 1897-2014), realizadas em oito formações vegetacionais e 24 municípios. Resultou uma diversidade de 358 espécies de abelhas, de 28 tribos, sendo as mais representativas Augochlorini (85 espécies), Megachilini (78) e Meliponini (43). As espécies mais relatadas foram Trigona spinipes (34 trabalhos), Bombus morio (32), Apis mellifera (25), Bombus pauloensis (21). A riqueza dos táxons por formação vegetal é: Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (FODTB) (172 espécies), Floresta Ombrófila Mista (FOM) (152), Floresta Ombrófila Densa Sub Montana (FODSM) (112), Floresta Ombrófila Densa Montana (FODM) (68), Floresta Estacional Decidual (FED) (64), restinga (63), campos (50) e campos de altitude (CA)(19). As formações vegetacionais onde ocorreram mais amostragens foram FODTB (13 trabalhos) e FOM (4). Os municípios onde foram amostradas mais espécies de abelhas foram Florianópolis (136 espécies), Blumenau (98) e Porto União (79). Os municípios onde ocorreram mais trabalhos foram Florianópolis (8), Blumenau (4) e Joinville (3). Após Muller (1897), os autores que acrescentaram maior quantidade de táxons à lista de espécies de SC foram Orth (1983) em Caçador (mais 63 espécies), Feja (2003) na ilha de SC (mais 26), Krug & Alves-dos-Santos (2008) em Porto União (mais 24), Steiner et al. (2006) na ilha de SC (mais 24 espécies), Mouga (2004) em Mafra (mais 23), Krug (2010) em Blumenau/ Concórdia (mais 19) e Silva (2005) em Cocal do Sul/ Criciúma/ Nova Veneza (mais 19 espécies). A curva de acumulação de espécies está em crescente (ainda há espécies a serem assinaladas). Os estimadores de riqueza jackkniffe 1 e 2 apontam valores de 494 e 561 espécies, respectivamente. Por formação vegetal, o índice de Simpson (1-D) mostra a sequência: restinga > CA > campos > FODSM > FODTB > FODM > FOM > FED enquanto que o índice de Shannon-Wiener (SW) retrata que os ambientes mais diversos são restinga > FODSM > FODTB > campos > CA > FODM > FOM > FED, evidenciando, em SW, o enviesamento causado pela abundância. O índice de Pielou, por formação vegetal, mostra que os ambientes com maior equabilidade são: CA > campos > restinga > FODSM > FODM > FODTB > FOM > FED. Estudos sobre a diversidade da apifauna devem ser continuados a fim de conhecer este patrimônio.

Atividade externa de Melitoma segmentaria (Apidae, Emphorini)

  • Andressa Karine Golinski dos Santos , G, santosgolinski@gmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga , Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: abelha solitária, fatores abióticos, movimento externo

Fatores abióticos tem influência sobre as abelhas pois estabelecem limites de atuação para a atividade externa. Para espécies não sociais polinizadoras há poucos dados disponíveis. Visando conhecer a influência da temperatura, umidade relativa, vento e intensidade luminosa sobre o movimento externo de Melitoma segmentaria, abelha solitária, ocorrente em SC, com nidificação natural em parede de tijolos maciços de barro, foi realizado um estudo ao longo de dois anos, no outono e inverno, em propriedade rural em Joinville/ SC, localizada em área de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, com altitude de 38m. O estudo ocorreu de 20/03/2013 a 22/09/2014, no horário entre 5h e 16h. No outono e inverno 2013, foram realizados 4 dias de observações por semana somando 80 dias e, no outono e inverno 2014, foi realizado um dia de observação semanal, somando 20 dias, havendo assim um total de 100 dias de observações para as duas estações. As observações foram realizadas a uma distância de 1-2 m da entrada dos ninhos, que eram 62, agrupados em muro abrigado. Foram anotadas a saída e a entrada de abelhas com ou sem carregamento e, a cada hora, valores de temperatura (ºC), umidade relativa (%), vento (m/ s) e intensidade luminosa (lux)(x1000). No outono de 2013 houve um total de 265 registros e foi notada atividade externa em 10 dias do período de estudo e, no outono de 2014, 121 registros, com atividade externa em 5 dias. No outono, em média, o início da atividade externa se deu às 7:00-7:50 e o final, às 8:30-8:45 (com carregamento) e 15h (sem carregamento). No outono, em relação à temperatura, houve registro de movimento com a temperatura mínima 18,6º-19oC e máxima 27,5º-28oC. Em relação à umidade relativa, observou-se que a faixa de movimento registrado ocorreu com mínimo de 47-52% e máximo de 90%. Em relação à intensidade luminosa, observou-se que a faixa de movimento registrado ocorreu com mínimo de 0 lux (sob e fora da edificação) e máximo 07-10 lux (sob edificação) e 1010-1075 lux (valor fora da edificação). Em relação a velocidade do vento, observou-se que a faixa de movimento registrado ocorreu com mínimo de 0 m/s e máximo de 4,3 m/s (dados apenas do outono 2014). Durante o inverno de 2013 e o inverno de 2014, a espécie não apresentou nenhum movimento. Os dados obtidos evidenciam uma espécie com comportamento sazonal definido.

AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA PROTEÇÃO DAS NASCENTES DO RIO CACHOEIRA (JOINVILLE/SC) ATRAVÉS DO DIAGNÓSTICO DA FAUNA AQUÁTICA

  • Roger Henrique Dalcin, Graduando, roger_dalcin@hotmail.com
  • Caue Felipe de Oliveira, Graduando, pinheiro.pc@terra.com.br
  • Pedro Carlos Pinheiro, Dr(a), pedro.c@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ictiofauna, indicador de qualidade de agua, variação espacial

A ictifauna das sub-bacias norte do Rio Cachoeira foi amostrada em 6 rios através do uso da pesca elétrica. Foram coletados 886 indivíduos pertencentes a 9 famílias e 16 espécies. As famílias que apresentaram o maior número de espécies foram Characidae (5), Callichtyidae (2), Cichlidae (2) e Poecilidae (2). As espécies dominantes em números de indivíduos foram Poecilia reticulata (56,55%) e Phalloceros caudimaculatus (22,01%). A captura em peso foi de aproximadamente 5179,71 g, sendo que as espécies que mais contribuíram com o peso total foram Rhamdia quelen (54%), Geophagus brasiliensis (16%) e Hoplias malabaricus (16%). O comprimento total variou entre 1,3 e 35,0 centímetros com a média de 3,85 cm, sendo que as espécies com as maiores médias foram Rhamdia quelen (25,71 cm), Hoplias malabaricus (25,57 cm) e Gymnotus pantherinus (19,67 cm) e as menores médias foram Poecilia reticulata (2,32 cm), Phalloceros caudimaculatus (2,83 cm) e Spintherobolus ankoseion (3,28 cm). O rio que apresentou a maior abundância absoluta foi o Luiz Tonnemann e menor foi o rio Saguaçu. As espécies que apresentaram uma maior frequência de ocorrência foram Geophagus brasiliensis (71,43%), Rhamdia quelen (71,43%) e a menor frequência de ocorrência foram Hollandichthys multifasciatus (14,29%), Gymnotus pantherinus (14,29%), Callichthys callichthys (14,29%), Spintherobolus ankoseion (14,29%), Mimagoniates microlepis (14,29%), Oreochromis niloticus (14,29%) e Hyphessobrycon griemi (14,29%). O índice de Shannon indica que a maior equitabilidade foi o rio Cachoeira e a menor equitabilidade do rio Morro Alto. O índice de Pielou indicou que o rio Saguaçu possui a abundância distribuída mais uniformemente entre as espécies. O índice de Simpson e de Margalef também demonstraram que o ponto com maior diversidade é rio Cachoeira. Foram registradas 2 espécies exóticas (Poecilia reticulata e Oreochromis niloticus) e uma espécie considerada vulnerável (Spintherobolus ankoseion).

AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE DA FOSFOMICINA FRENTE À ESCHERICHIA COLI E KLEBSIELLA PNEUMONIAE

  • Thaís Raquel Conci, Graduando, thais_conci@hotmail.com
  • Fernanda de Campos Galbiate, Graduando, fernandagalbiate@hotmail.com
  • Roseneide Campos Deglmann, MSc, roseneide.campos@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Fosfomicina, Infecção Urinária, ESBL

A infecção do trato urinário (ITU) é a segunda patologia mais comum na população, sendo mais prevalente no sexo feminino, mas também acomete pacientes do sexo masculino, principalmente quando associada à sonda vesical e doença prostática. Nas ITUs não complicadas a Escherichia coli é a bactéria responsável pela maioria das infecções, enquanto nas ITUs complicadas o espectro de bactérias envolvido é bem mais amplo, incluindo bactérias Gram positivas e Gram negativas. Na maioria dos casos, a prescrição antimicrobiana acontece antes do resultado da cultura, tomando como base os dados epidemiológicos. O objetivo do estudo foi avaliar a sensibilidade de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae isoladas em urina frente à Fosfomicina. Foram analisadas 203 uroculturas positivas para E. coli e K. pneumoniae de pacientes provenientes da comunidade, do hospital e Pró-Rim, atendidos no Ghanem Laboratório de Análises Clínicas, em Joinville, Santa Catarina, durante o período de outubro de 2013 a outubro de 2014. Todas as urinas foram cultivadas em meio de ágar CLED (Biomerieux®) e a identificação no sistema em automação VITEK ® 2 Compact (Biomerieux®). A sensibilidade de norfloxacina (10¼g), sulfametoxazol+trimetoprim (25¼g), nitrofurantoína (300¼g), ciprofloxacino (5¼g) e fosfomicina 200 ¼g acrescido de 50 ¼g de glicose 6 fosfato, todos marca Oxoid® foram analisados por difusão em disco (Kirby-Bauer) em meio Müeller-Hinton (Biomerieux®) e a interpretação da Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI, 2014). Do total de 203 isolados de urina, 178 foram E. coli e 25 Klebsiella pneumoniae, sendo maioria de pacientes externos do sexo feminino. A fosfomicina e nitrofurantoína foram os antibióticos com maior atividade para E. coli, com sensibilidade 94,4%(168) e 87%(155), enquanto ambos, norfloxacina e ciprofloxacino apresentaram 70,8%(126) e, sulfametoxazol+trimetoprim teve menor atividade 69,1%(123). Já a Klebsiella pneumoniae teve sensibilidade a fosfomicina de 68% (17), norfloxacina, sulfametoxazol+trimetoprim e ciprofloxacina 64% (16) todos e, menor atividade foi nitrofurantoína com 28%(7). Quanto à produção de ESBL 5,4%(11) dos isolados produziram esta enzima, sendo 09 E. coli e 02 K. pneumoniae. Dentro destas, 01 E. coli e 02 K. pneumoniae foram resistentes a todos os antibióticos testados. Conclui-se que a fosfomicina é a melhor escolha terapêutica no tratamento de cistites não complicadas, mas estudos constantes da resistência bacteriana são imprescindíveis para escolha adequada da terapia empírica, pois o aparecimento destas espécies com resistência a fosfomicina limita mais o tratamento.

Apoio / Parcerias: Fundação de Amparo a Pesquisa - UNIVILLE

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE RAULINOA ECHINATA R. S. COWAN PARA CONSERVAÇÃO EX SITU NO JARDIM BOTÂNICO DA UNIVILLE - Etapa 1

  • Julia Clara Hille, Graduando, juliahille@live.com
  • Juliana Miranda Tatara, Graduando, ju190894@gmail.com
  • Paulo Ivo Koehntopp, Dr(a), pauloik@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Clima, Temperatura, Pluviosidade

Raulinoa echinata R. S. Cowan (Rutaceae) é espécie reófita endêmica do vale do Itajaí, tendo sua distribuição restrita às margens e ilhas fluviais do rio Itajaí-Açú, em faixa de até 5,0 m do nível médio da água, entre os municípios de Ibirama e Indaial, em Santa Catarina. Cinco populações distintas ocorrem: Ilha das Cutias, Tipo, Morro Santa Cruz, Apiúna e Ilha Knaesel distribuídas por cerca de 50 km ao longo do rio. Em face de sua vulnerabilidade no ambiente natural, agravada pela ação antrópica, pesquisas visando a conservação ex situ desta e de outras espécie reófitas são urgentes. Com este projeto pretende-se avaliar o crescimento de R. echinata no seu ambiente natural, pela análise do lenho de caule, e de mudas introduzidas no Jardim Botânico da UNIVILLE juntamente com outras reófitas para conservação ex situ e educação ambiental. Nesta etapa da pesquisa, a caracterização climática dos locais de crescimento desta espécie será o foco do trabalho. Os resultados poderão subsidiar outras pesquisas e a adoção de estratégias para a conservação destas espécies ameaçadas de extinção e para a recuperação das florestas ciliares do rio Itajaí-Açú.

Biobanco UNIVILLE - Uma Realidade

  • Thais Alexandra Bobrowicz, Graduando, thaisbobrowicz@gmail.com
  • Jonas Lino de Oliveira, Graduando, jonasedyg@hotmail.com
  • Janaira Lunkes, Graduando, janairalunkes@hotmail.com
  • Lara Dayeh Bocato, Graduando, laraadb@hotmail.com
  • Leslie Ecker Ferreira, MSc, leka_ferreira1@hotmail.com
  • Norberto Luiz Cabral, Dr(a), nlcabral@terra.com.br
  • Paulo Henrique Condeixa de França, Dr(a), ph.franca@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Biobanco, Acidente Vascular Cerebral, DNA

O acidente vascular cerebral (AVC) é considerado hoje a segunda maior causa de morte no mundo. Sua importância também se deve às altas taxas de morbimortalidade associadas, tanto em países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Cerca de 2/3 das mortes ocorrem nos países menos desenvolvidos, refletindo deficiências na identificação do evento e/ou manejo das sequelas e complicações. São reconhecidos alguns fatores de risco para o desenvolvimento do AVC; entretanto, ainda não é totalmente esclarecido porque alguns indivíduos parecem ser mais propensos do que outros sob as mesmas circunstâncias. Portanto, faz-se necessário desenvolver ferramentas à busca de marcadores confiáveis e genes preditivos de desenvolvimento do AVC. Para tanto, a instalação de um banco de dados epidemiológicos e genéticos pode contribuir com a identificação desses biomarcadores e apontar possíveis alternativas terapêuticas. Objetivo: Dar sequência à implantação do Biobanco UNIVILLE, banco de amostras de DNA genômico associado à coorte JOINVASC, visando investigações genéticas futuras relacionadas ao AVC. Metodologia: De cada paciente diagnosticado com AVC em Joinville/SC, independente do subtipo, e dos indivíduos controle (ausência de histórico familiar e consanguinidade), em proporção 1:2, são coletados 10-12 mL de sangue periférico. As amostras são processadas no Laboratório de Biologia Molecular da UNIVILLE utilizando-se o método denominado “Fenol-Clorofórmio”. O DNA extraído e purificado é diluído em 200 µL de tampão TE e armazenado sob codificação a -80ºC. A avaliação da pureza e concentração é realizada via espectrofotometria (260/280nm). As alíquotas são qualificadas via eletroforese em 1% agarose, seguido de fotodigitalização sob luz ultravioleta. Resultados: Até agosto/2014 foram inclusas 3216 amostras, sendo 1210 pacientes (63,57±14,23 anos de idade) e 2006 controles (50,95±14,97 anos). Observou-se AVC do tipo isquêmico na maioria dos casos (74,8%), sendo 22,8% - cardioembólicos, 18,5% - aterotrombóticos, 17,7% - lacunares e 41% - outros. Conclusão: O Biobanco UNIVILLE está aprovado pela CONEP e será expandido com a inclusão de amostras relativas ao estudo AVCBR - Registro Epidemiológico e Biobanco Brasileiro de Acidente Cerebrovascular, que está sendo implantado em outras quatro cidades brasileiras. Espera-se contribuir para determinar genes associados à etiologia e contribuir com o desenvolvimento de exames diagnósticos e definição de alvos terapêuticos.

Apoio / Parcerias: Hospital Municipal São José

Caracterização da fauna parasitária intestinal das populações de toninhas (Pontoporia blainvillei) e de botos-cinza (Sotalia guianensis) do litoral norte de Santa Catarina

  • Ana Kássia de Moraes Alves, G, kassia_moraes@hotmail.com
  • Juliana Marigo, Graduando, jumarigo@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: parasitas, Sotalia guianensis, Pontoporia blainvillei

A toninha, Pontoporia blainvillei, é um pequeno cetáceo endêmico da costa leste da América do Sul e está ameaçado de extinção. O boto-cinza, Sotalia guianensis, distribui-se ao longo da costa leste das Américas do Sul e Central. O estudo da fauna parasitária de cetáceos contribui para identificar os aspectos biológicos e ecológicos de seus hospedeiros. O objetivo deste trabalho foi identificar a fauna parasitária intestinal de P. blainvillei e S. guianensis do norte do Estado de Santa Catarina e verificar se há diferença de infestação e prevalência entre os indivíduos coletados no interior da Baía da Babitonga em relação aos coletados na região costeira adjacente. Os intestinos foram retirados de espécimens encontrados mortos entre os anos de 2000 e 2014 e estavam tombados no Acervo Biológico Iperoba da UNIVILLE. Para as toninhas todo o intestino grosso foi triado, enquanto o delgado foi seccionado em cinco partes iguais, sendo que cada parte foi subdivida em três e analisada a primeira porção de cada parte. Para os botos o intestino foi dividido em três partes iguais e analisado por completo. Os intestinos foram abertos com uma tesoura em uma bandeja e o conteúdo retido em uma peneira com malha de 150µm e analisado em lupa e microscópio a fim de separar, contar e identificar os parasitos. Foi analisada a prevalência e a intensidade média de infestação para cada espécimen de cetáceo e de parasitos separadamente. Foram analisados 42 intestinos, sendo 23 de toninha (13 da Baía da Babitonga e 10 da região costeira) e 19 de botos-cinza (17 da Baía da Babitonga e 02 da região costeira). Para a toninha foi registrada apenas o parasito Synthesium pontoporiae, (Trematoda). Os indivíduos da região costeira adjacente apresentaram maior intensidade média de infestação, com 87,1 parasitas/toninha, e maior prevalência, com 80% da amostra parasitada. Já as da Baía apresentaram intensidade média de infestação de 10,8 parasitas/toninha e prevalência de 46,2% da amostra parasitada. Para S. guianensis foram identificados parasitos trematódeos e acantocéfalos nas duas localidades. Os botos da Baía apresentaram intensidade média de infestação de 5,7 trematódeos/boto e 0,18 acantocéfalos/boto com prevalência de 76,5% da amostra parasitada. Já os botos da região costeira adjacente apresentaram intensidade média de infestação de 485,5 trematódeos/boto e 40 acantocéfalos/boto, com prevalência de 50% da amostra parasitada. Os índices parasitológicos indicam que dentro da baía os botos-cinza e as toninhas estão menos propensos a infestações parasitárias.

Apoio / Parcerias: Laboratório de Patologia Comparada de Animais Silvestres - FMV/USP

Caracterização estrutural e histoquímica de folhas de pariparoba (Potomorphe umbellata ( L.) Miq.), goiaba (Psidium guajava L.) e saia branca (Brugmansia suaveolens (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Bercht. & J. Presl) obtidas em dois ambientes distintos (UNIVIL

  • Priscila Danielle Dorn, Graduando, priscilad.icasa@gmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com
  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karinesemann@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Plantas medicinais, Fatores ambientais, Sazonalidade

Plantas não possuem composição química uniforme, sendo quatro os fatores relacionados às alterações no tipo e quantidade de compostos secundários: genótipo, fase do ciclo vegetativo, fatores ambientais e práticas agrícolas. As plantas estão sujeitas às influências do solo, de onde obtêm água, sais minerais e, sob determinadas condições, poluentes. O município de Joinville / SC cresceu no entorno da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira, que abrange 83,12 km², sendo que as porções urbana e industrial da cidade ocupam a região central desta bacia. Uma vez que este rio recebe a maior carga poluidora do município, pretendeu-se verificar se há variação na composição química de três espécies de plantas que compõem sua vegetação ciliar, em relação a exemplares destas espécies cultivados no Horto de Plantas Medicinais da UNIVILLE. Foram identificados e marcados três indivíduos de pariparoba (Potomorphe umbelata (L.) Miq.), goiaba (Psidium guajava L.) e saia branca (Brugmansia suaveolens (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Bercht. & J. Presl) às margens do Rio Cachoeira, na região central de Joinville e três na UNIVILLE, para coleta e análise de folhas na primavera de 2013 e outono de 2014. As amostras coletadas foram fixadas em FAA para análise estrutural, realizada de acordo com técnicas usuais em microscopia. Para as análises histoquímicas utilizaram-se amostras frescas, nas quais pesquisou-se a presença de alcalóides, amido, compostos fenólicos gerais, lipídios ácidos e neutros, taninos e terpenos. Nas análises estruturais não foram observadas diferenças significativas entre as plantas cultivadas às margens do Rio Cachoeira e aquelas da UNIVILLE. Entretanto, em todos os casos verificou-se aumento no número de cristais nas amostras da UNIVILLE. Nas amostras de pariparoba da UNIVILLE, há tricomas tectores pluricelulares unisseriados com célula apical arredondada; e pluricelulares unisseriados com célula apical afilada em ambas as faces da epiderme da nervura central. As análises histoquímicas nas três espécies mostraram variação na histolocalização dos compostos secundários devido ao local e época de coleta. Dependendo do composto, sua presença e distribuição podem variar em função do local de coleta (alcaloides e lipídios da goiaba, amido e taninos da pariparoba, e taninos e terpenos da saia branca) e da estação do ano (lipídios e terpenos da goiaba, alcaloides, amido e lipídios da pariparoba, e compostos fenólicos da saia branca). Deve-se considerar estas informações quando se pretende fazer uso medicinal de alguma planta, uma vez que fatores ambientais podem interferir na concentração e distribuição dos compostos ativos, afetando seu potencial terapêutico.

Apoio / Parcerias: CNPq

Composição cariotípica de pequenos roedores, no Parque Estadual do Acaraí, em São Francisco do Sul

  • Chaiane Karol Alegri Cunha, Graduando, chaine_karol@univille.br
  • Dalva Marques, Graduando, dalva.marques@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Akodon, Cariótipo, Citogenética

Durante alguns anos, trabalhos com roedores vêm sendo desenvolvidos em nossa região. Porém, uma análise mais detalhada e fina ainda é pobre, principalmente em se tratando de uma ordem que fenotipicamente tem muita semelhança e pode gerar dúvidas sobre a sua classificação. A descrição dos cromossomos (número, variações morfológicas, etc.) contribui enormemente no conhecimento da real biodiversidade, neste grupo, para nossa região. Os dados são importantes na elaboração e desenvolvimento de projetos de reprodução, manutenção e preservação de espécies, com repercussões na preservação ambiental. Para análise, do cariótipo, foi aplicada a técnica direta de Ford & Hamerton (1956), com algumas alterações de Sbalqueiro & Nascimento (1996). Os cromossomos, cariotipados, foram retirados da medula óssea, tratados e colocados em lâminas, em seguida, foram corados. Para corar foi utilizada água deionizada e corante Giemsa. As lâminas são colocadas em um microscópio ótico e observadas em aumento de 1.000 vezes, com óleo de imersão. São localizadas 10 células, em metáfase, de cada indivíduo, uma vez encontradas, elas são fotografadas. Os cromossomos são contados, organizados e colocados em ordem de tamanho, formando o cariograma (SBALQUEIRO, 1989). Para estes animais cariotipados, do gênero Akodon, espera – se um número cromossômico igual a 24, 25, e 26. Cariótipos realizados, até este momento, demonstram que não há variação significativa dentro e entre as espécies estudadas. Somente um caso, até agora cariotipado apresentou diferença no número de cromossomos devendo, portanto ser examinado com técnicas moleculares mais precisas para exclusão ou inclusão da possibilidade do surgimento de uma nova espécie.

Composição cariotípica de pequenos roedores, no Parque Estadual do Acaraí, em São Francisco do Sul

  • Chaiane Karol Alegri Cunha, Graduando, chaiane.cunha@univille.br
  • Dalva Marques, MSc, dalva.marques@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Akodon, Cariótipo, Citogenética

Durante alguns anos, trabalhos com roedores vêm sendo desenvolvidos em nossa região. Porém, uma análise mais detalhada e fina ainda é pobre, principalmente em se tratando de uma ordem que fenotipicamente tem muita semelhança e pode gerar dúvidas sobre a sua classificação. A descrição dos cromossomos (número, variações morfológicas, etc.) contribui enormemente no conhecimento da real biodiversidade, neste grupo, para nossa região. Os dados são importantes na elaboração e desenvolvimento de projetos de reprodução, manutenção e preservação de espécies, com repercussões na preservação ambiental. Para análise, do cariótipo, foi aplicada a técnica direta de Ford & Hamerton (1956), com algumas alterações de Sbalqueiro & Nascimento (1996). Os cromossomos, cariotipados, foram retirados da medula óssea, tratados e colocados em lâminas, em seguida, foram corados. Para corar foi utilizada água deionizada e corante Giemsa. As lâminas são colocadas em um microscópio ótico e observadas em aumento de 1.000 vezes, com óleo de imersão. São localizadas 10 células, em metáfase, de cada indivíduo, uma vez encontradas, elas são fotografadas. Os cromossomos são contados, organizados e colocados em ordem de tamanho, formando o cariograma (SBALQUEIRO, 1989). Para estes animais cariotipados, do gênero Akodon, espera – se um número cromossômico igual a 24, 25, e 26. Cariótipos realizados, até este momento, demonstram que não há variação significativa dentro e entre as espécies estudadas. Somente um caso, até agora cariotipado apresentou diferença no número de cromossomos devendo, portanto ser examinado com técnicas moleculares mais precisas para exclusão ou inclusão da possibilidade do surgimento de uma nova espécie.

Composição florística das bacias hidrográficas dos rios Cubatão, do Braço e Cachoeira (Joinville /

  • Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karinesemann@gmail.com
  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com
  • Mariana Hagemann Martello, Graduando, marianahmartello@hotmail.com
  • Katia Regina Sgrott Sauer Machado, Dr(a), katiasauer1@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: angiospermas, mata ciliar, samambaias

As formas de uso e ocupação do solo do município de Joinville, terceiro polo industrial da região Sul do Brasil, caracterizam-se pela instalação de residências e indústrias, bem como agropecuária e mineração. Situado na Zona de Domínio da Mata Atlântica, a vegetação nativa tem sido altamente impactada pelas atividades antrópicas e a mata ciliar de diversos corpos d’água descaracterizada ou suprimida. Este trabalho teve como objetivo conhecer as principais espécies da flora vascular das bacias dos Rios do Braço, Cachoeira e Cubatão. Foram realizadas coletas de plantas férteis na mata ciliar ao longo dos rios, cujas exsicatas integram o acervo do Herbário Joinvillea, da UNIVILLE. A identificação foi realizada a partir de consulta a especialistas, comparação com exsicatas do acervo e buscas em literatura específica. Na bacia do Rio do Braço foram identificadas 39 espécies de 29 famílias; na bacia do Rio Cubatão, 58 espécies de 39 famílias; na bacia do rio Cachoeira, 33 espécies de 25 famílias. As famílias e espécies de samambaias mais representativas são Blechnaceae (Blechnum brasiliense Desv.), Cyatheaceae (Cyathea atrovirens (Langsd. & Fish.) Domin), Dryopteridaceae (Ctenitis pedicellata (Christ) Copel) e Polypodiaceae (Pleopeltis angusta Humb. & Bonpl. ex Willd.). Dentre as angiospermas destacam-se Arecaceae (Bactris setosa Mart., Euterpe edulis Mart. e Syagrus romanzoffiana (Cham) Glassman.), Rubiaceae (Psychotria nuda (Cham. & Schltdl.) Wawr, P. nemorosa Gardner e Faramea marginata Cham.) e Piperaceae (Piper cernuum Vell, P. mosenii DC e P. solmsianum DC). Além destas, foram identificadas espécies de Araceae, Asteraceae, Bromeliaceae, Cyperaceae, Melastomataceae, Poaceae, Sapindaceae e Zingiberaceae, entre outras. Asteraceae (Ageratum conyzoides L., Ellephantopus mollis Kunth. e Sphagneticola trilobata (L.) Pruski) são encontradas nas áreas de borda das nascentes, assim como Hedychium coronarium J. Joenig (Zingiberaceae), que ocorre de forma conspícua, constituindo-se numa planta invasora de difícil erradicação. Árvores do gênero Pinus Engel., igualmente invasoras, estabeleceram-se junto à vegetação de uma das nascentes do rio Cachoeira. A deposição de lixo é frequente ao longo das margens deste rio, sugerindo a necessidade urgente de medidas de educação ambiental para os moradores da região. Entretanto, a vegetação é densa e bem estruturada, indicando um bom estado de conservação.

Desenvolvimento e avaliação do perfil de dissolução de dispersões sólidas de genfibrozila em poloxamer 188

  • Jackeline Raquel Schumücker, Graduando, jackefarmacia@hotmail.com
  • Bárbara Carol Bona, Graduando, barbara.bona@hotmail.com
  • Rafael de Oliveira Stolf, Graduando, stolf.rafael@gmail.com
  • Josias Dittrich, Graduando, jdjosias@hotmail.com
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Eduardo Manoel Pereira, MSc, eduardo_manoel@yahoo.com.br
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Genfibrozila, poloxamer 188, dispersão sólida

As doenças cardiovasculares são as principais causas de óbitos no mundo. Entre os fatores de risco para essas doenças, está a dislipidemia, ou hiperlipidemia, caracterizada por concentrações sanguíneas anormais de lipídios ou lipoproteínas. Consequentemente, a redução dos níveis de lipídeos no sangue é um objetivo a ser atingido na prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares. A genfibrozila é um agente hipolipemiante da classe dos fibratos. Pertence à classe II do sistema de classificação biofarmacêutica (SCB), possuindo baixa solubilidade em meio aquoso e elevada permeabilidade gastrintestinal. Em termos farmacocinéticos, a baixa solubilidade aquosa compromete sua dissolução nos fluidos orgânicos, o que é essencial para que o fármaco atinja os sítios de ação em quantidades suficientes para promover o efeito desejado. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi desenvolver dispersões sólidas de genfibrozila em poloxamer 188, visando o aumento do perfil de dissolução do fármaco. Três formulações foram preparadas, contendo genfibrozila e poloxamer 188 nas proporções finais de 1:1, 1:0,5 e 1:0,25, por meio da solubilização do fármaco em uma mistura hidroetanólica, secagem primária em rotaevaporador e secagem secundária em liofilizador. Os perfis de dissolução foram obtidos, em triplicata, em um dissolutor Nova Ética, empregando o aparato 2, 50 rpm, 37 °C e 900 mL de tampão fosfato pH 6,8. As dispersões sólidas obtidas promoveram um aumento pronunciado na dissolução do fármaco, que foi diretamente proporcional a quantidade empregada de poloxamer 188. Os porcentuais de fármaco dissolvido em 10 minutos foram: genfibrozila pura = 19,3 ± 1,2%; formulação 1:1 = 71,5 ± 1,3%; formulação 1:0,5 = 46,3 ± 2,1%; formulação 1:0,25 = 37,9 ± 1,7%. Sendo assim, as dispersões sólidas obtidas, contendo poloxamer 188, mostraram-se bastante eficientes no incremento da dissolução da genfibrozila e a formulação 1:1, que apresentou o melhor resultado, será testada in vivo quanto ao efeito anti-hiperlipemiante em ratos.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille

Dieta de Nyctanassa violacea (Linnaeus, 1758) durante o período reprodutivo no ninhal da desembocadura do Rio Pedreira, São Francisco do Sul, SC

  • Joice Elisa Klug, G, lilamathers@hotmail.com
  • Jessica Patricia Bandeira, Graduando, jebandeira1991@gmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Baía da Babitonga, dieta, Nyctanassa violacea

Nyctanassa violacea é um socó típico do manguezal, que possui uma dieta especializada em crustáceos, apesar de consumir outros itens alimentares. Necessitam regurgitar o material não digerível, o que pode fornecer informações sobre o hábito alimentar da ave. O presente estudo teve como objetivo a caracterização da dieta de N. violacea, durante o período reprodutivo na desembocadura do Rio Pedreira, Baía da Babitonga. Os regurgitos foram coletados utilizando cestos instalados abaixo dos ninhos, sendo que cada amostra correspondeu ao material acumulado no período de uma semana. As amostras foram acondicionadas em sacos plásticos e em laboratório foram triadas. Animais inteiros, quelas de crustáceos e outras partem de invertebrados foram identificados ao menor nível taxonômico, com o auxílio de manuais de identificação, ajuda de especialistas e coleção de referência. O material foi separado por táxon, contabilizado e pesado em balança de precisão. Foi analisada a frequência de ocorrência (FO), frequência relativa (FR) e peso relativo (PR) para cada táxon, em porcentagem. Foram coletadas 13 amostras, em três ninhos. Foram identificados 13 táxons, sendo nove caranguejos, dois camarões, um siri e um inseto (Orthoptera). O caranguejo Ucides cordatus apresentou a maior frequência de ocorrência (84,62%), seguindo de Eurytium limosum, Metasearma rubripes e Sesarma rectum, estes com frequência de ocorrência de 76,92%. Quanto à frequência relativa, os caranguejos prevaleceram na dieta com 93,11%, seguidos de Orthoptera (2,81%) e camarões (2,55%) (gêneros Alpheus e Macrobrachium) e siri (1,53%) (gênero Callinectes). Entre os caranguejos o mais representativo foi E. limosum (28,57%), enquanto Armases angustipes e Goniopsis cruentata, apresentaram uma frequência relativa de apenas 0,26%. Quanto ao peso relativo, U. cordatus foi o mais representativo (39,28%). A maioria dos estudos realizados no Brasil indicam U. cordatus como a presa mais frequente nos regurgitos de N. violacea. No presente trabalho esta espécie foi à segunda com maior frequência relativa (21,68%), mas foi a mais representativa quanto ao peso relativo, provavelmente por ser a presa que atinge maior tamanho dentre aquelas identificadas.

DIFERENÇAS ENTRE EQUAÇÕES DE PREDIÇÃO DE GORDURA RELATIVA ENTRE MULHERES.

  • Fabrício Faitarone Brasilino, E, fabricio.brasilino@univille.br
  • Pedro Jorge Cortes Morales, MSc, pedro.jorge@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Perdição de gordura corporal, Mulheres, equações de regressão

As equações para a predição de gordura corporal foram muito difundidas nas áreas da saúde, esportes de rendimento e estética entre outros. Embora tenhamos uma infinidade de equações, a falta de critérios em sua utilização acaba por inutiliza-las, tornando os dados obtidos imprecisos e em consequência resultados não desejados. O objetivo deste estudo foi determinar as diferenças entre as equações empregadas para a obtenção do da gordura relativa entre mulheres. O estudo de caráter retrospectivo se deu pelo banco de dados obtidos nas avalições físicas do LAFIEX do ano de 2013. A amostra foi constituída por dados de 494 indivíduos do gênero feminino, com idades entre 18 e 64 anos. As equações generalizadas utilizadas para o comparativo foram: Guedes e Petroski. Já as específicas foram: Faulkner, Weltman e Pollock. Para a análise e interpretação dos dados obtidos foi utilizada a estatística descritiva com medidas de tendência central (media) e dispersão (desvio padrão). O teste Shapiro Wilk não demonstrou normalidade entre as variáveis investigadas, optando-se assim pelos testes não-paramétricos. O comparativo das amostras se deu pelo teste de Kruskal-Wallis comparações múltiplas, com nível de confiança de 95%. Para associação dos dados utilizou-se a matriz de correlação por meio do coeficiente de Spearman (p<0,05). Detectou-se que as equações: generalizadas de Guedes (17-27 anos) e específicas de Pollock 3 dobras (18-29 anos) atletas, possuem similaridade de resultados (r=0,97). Conclui-se que embora ocorram similaridades entre as equações de Guedes e Pollock estas não atendem aos critérios para a população investigada. Sugere-se que novas investigações sejam realizadas com fins de possibilitar uma adequação as necessidades do processo de avaliação da composição corporal.

Diversidade de entomofauna em cadáveres humanos no outono e inverno na região norte do estado de Santa Catarina

  • Anderson Gaedke, Graduando, andersongaedke@gmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Entomologia Forense, IML de Joinville, insetos necrófagos

Em Tanatologia Forense, o Intervalo Post Mortem é comumente calculado através de análises visuais do corpo, avaliando-se o rigor mortis, livor mortis e algor mortis, que podem ser usados para estimar uma morte que ocorreu há até 24 horas. Após este período, ocorrem os fenômenos abióticos transformativos, divididos em quatro fases (fresca, gasosa, coliquativa e restos), cuja interpretação pode auxiliar a estimar o IPM, podendo entretanto haver um desvio de até três dias. Em vista deste afastamento, é necessária a utilização de métodos mais específicos, sendo a entomologia forense eficaz na análise de morte tardia. Visando esta necessidade, no Instituto Médico Legal (IML) de Joinville, foi realizada a coleta de insetos de cinco cadáveres, de abril a setembro de 2014, tendo sido coletado um total de 59 espécimes, sendo 44 Dípteros, 12 Coleópteros e 3 Himenópteros. Com relação aos corpos encontrados, o primeiro apresentou 4 espécimes (1 Oxyletrum discicolle (Brulle 1840) (Coleoptera) e 3 Oxysarcodexia sp (Diptera)); o segundo 3 (3 Polybia ignobilis (Haliday) (Hymenoptera)), o terceiro 22 (9 O. discicolle e 13 Hemilucilia semidiaphana (Rondani) (Diptera)), o quarto 8 (3 Lucilia eximia (Wiedemann) (Diptera), 3 H. semidiaphana e 2 Quedius sp. (Coleoptera)) e o quinto 22 (22 Fannia sp. (Diptera)). Em relação à fase de decomposição, foi verificado que na fase fresca se encontraram 3 espécimes (03 de P. ignobilis), na fase gasosa 30 espécimes (03 de L. eximia, 03 de H. semidiaphana, 02 de Quedius sp, 22 de Fannia sp), na fase coliquativa 26 espécimes (10 de O. discicolle, 13 H. semidiaphana e 3 de Oxysarcodexia sp.) e na fase restos, nenhum exemplar. A fase gasosa apresentou maior abundância e diversidade, seguida da coliquativa e fresca. As ordens com mais abundância foram Diptera (44 indivíduos), Coleoptera (12), Hymenoptera (3). As ordens com mais diversidade foram Diptera (4 espécies), Coleoptera (2), Hymenoptera (1). As morfoespécies serão identificadas até o nível específico. As coletas de insetos dependem de cadáveres recolhidos pelo IML na região em estudo, não podendo ser previsto quando ocorrerão e em qual fase de decomposição os corpos se encontrarão. O conhecimento sobre a entomofauna necrófaga em humanos é de importância para o avanço da entomologia forense no estado de Santa Catarina, uma vez que este trabalho é pioneiro.

Efeito de frações extrativas do micélio e do caldo de cultivo de Pleurotus sajor-cajur sobre a microbiota intestinal de camundongos

  • Taise Muraro, G, taisemuraro@hotmail.com
  • Carmen Diamantina Teixeira Hayder, MSc, ctheyder@yahoo.com
  • Michele Morais Ouriques, Graduando, michele_ouriques@hotmail.com
  • Eduardo Manoel Pereira, MSc, eduardo_manoel@yahoo.com.br
  • Marcia Luciane Lange Silveira, MSc, marcia.luciane@univille.br
  • Thales de Cavatá, Graduando, thalescavata92@hotmail.com
  • Bruno Nascimento da Cruz, Graduando, bn.cruz@hotmail.com
  • Leandro Kachel Leal, Graduando, leandrokachel@hotmail.com
  • Regina Maria Miranda Gern, Dr(a), rgern@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus sajor-caju, frações extrativas, microbiota intestinal

Dentre os fungos da classe dos basidiomicetos, os do gênero Pleurotus são conhecidos por suas propriedades nutricionais e medicinais associadas à presença de polissacarídeos na parede celular. Estas propriedades têm levado ao aumento do consumo de cogumelos como "novos alimentos" na forma de cápsulas, tabletes ou comprimidos. Embora várias pesquisas tenham sido reportadas sobre os efeitos dos fungos na saúde humana, o efeito sobre a microbiota intestinal ainda não está bem elucidado. Esta pesquisa avaliou o efeito de frações extrativas obtidas do micélio e do caldo de cultivo de Pleurotus sajor-caju sobre a microbiota intestinal de camundongos. Camundongos Albino Swiss machos foram divididos em 5 grupos e alimentados por 28 dias por gavagem, conforme a seguir: grupo controle (C), composto de 24 animais que foram alimentados com solução de carboximetilcelulose; grupo S1, que recebeu a fração extrativa do caldo de cultivo de P. sajor-caju; grupo S2, que recebeu a fração extrativa do micélio de P. sajor-caju; grupo S3, que recebeu a fração extrativa do micélio desproteinizada e grupo S4 que recebeu a fração caldo de cultivo de P. sajor-caju desproteinizada. As frações foram ministradas nas doses de 10, 30 e 60 mg/kg. As fezes dos camundongos foram coletadas nos tempos 0, 14, 28 e 56 dias e avaliadas quanto a presença de bifidobactérias, lactobacilos e enterobactérias por meio da técnica da contagem em placas contendo meio de cultivo específico para cada micro-organismo. A evolução da massa corporal dos camundongos também foi avaliada. Resultados mostraram que, em relação ao grupo controle (35,5%), o grupo S2C apresentou maior ganho de massa (79,54%) seguido pelo grupo S2B (40,77%); S2A mostrou menor ganho de massa (25,98%). O grupo S2C apresentou ganho de massa significativo em 14 dias, enquanto em S2A e S2B o mesmo ocorreu em 28 dias. Não se observou diarreia entre os animais tratados. Conclui-se que a fração extrativa de P. sajor-caju utilizada nesse trabalho promoveu ganho de massa corpórea que tende a ser mais rapidamente adquirida e aumentar com a concentração do polissacarídeo, sem promover desordem intestinal. Os resultados das análises microbiológicas das fezes ainda aguardam tratamento estatístico.

EFEITO DO METABÓLITO ÁCIDO ARGINÍNICO ACUMULADO NA HIPERARGININEMIA SOBRE PARÂMETROS DE ESTRESSE OXIDATIVO EM SANGUE DE RATOS

  • Leticia Dalmedico, Graduando, leticiadalmedico@yahoo.com
  • Simone Sasso, MSc, simonesasso@yahoo.com.br
  • Débora Delwing Dal Magro, Dr(a), deboradelwing@yahoo.com.br
  • Daniela Delwing de Lima, Dr(a), daniela.delwing@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ácido arginínico, Estresse oxidativo, Sangue

A hiperargininemia é um erro inato do ciclo da ureia, causado pela deficiência na atividade da arginase hepática, que catalisa a conversão de arginina em ureia e ornitina. Essa doença leva ao acúmulo tecidual de arginina e de seus metabólitos, os compostos guanidínicos. Os principais sintomas, que se manifestam progressivamente, são caracterizados por espasticidade, epilepsia e retardo mental. Considerando que a patogênese do quadro clínico característico apresentado por pacientes hiperargininêmicos é ainda desconhecida este trabalho teve como objetivo estudar os efeitos in vitro do composto guanidínico ácido arginínico sobre a atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), glutationa peroxidase (GSH-Px) e superóxido dismutase (SOD) em eritrócitos e sobre a formação de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBA-RS) e conteúdo total de sulfidrilas em plasma de ratos. Foram utilizados ratos machos Wistar de 60 dias de idade, não tratados. O composto guanidínico ácido arginínico foi adicionado ao ensaio a fim de se obter as seguintes concentrações finais: 0,1, 1,0 e 5,0 µM. O grupo controle foi realizado sem a adição do composto guanidínico. A atividade das enzimas CAT, GSH-Px e SOD foi determinada pelos métodos de Aebi (1984), Wendel (1981) e Marklund (1985), respectivamente, o TBA-RS foi determinado pelo método de Esterbauer e Cheeseman (1990), o conteúdo total de sulfidrilas pelo método de Aksenov e Markesbery (2001) e a determinação das proteínas foi realizada pelo método de Lowry (1951). Os resultados mostraram que o composto guanidínico ácido arginínico in vitro na concentração de 5 µM alterou significativamente a atividade das enzimas antioxidantes CAT [F(3,20)=11,564; p<0,001], SOD [F(3,20)=5,397; p<0,01] e GSH-Px [F(3,20)=13,702; p<0,001] em eritrócitos. Os resultados também mostraram que o ácido arginínico adicionado ao meio de incubação (estudos in vitro) não alterou os níveis de TBA-RS [F(3,20) 0,917; p>0,05] e o conteúdo total de sulfidrilas [F(3,20) 1,051; p>0,05] em plasma de ratos. Os resultados indicam que o composto guanidínico ácido arginínico induz o estresse oxidativo em sangue de ratos, uma vez que altera as defesas antioxidantes.

Apoio / Parcerias: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina – FAPESC; FAP/UNIVILLE.

Efeito do uso de diferentes tensoativos nas características de micropartículas de Etilcelulose e Poli(L-ácido láctico) (PLLA) contendo Cetoprofeno

  • Monique Sousa, Graduando, mooniquesousa@gmail.com
  • Ana Carolina Kinkbeiner, Graduando, ana@univille.br
  • Matheus Mews, Graduando, matheus.mews@univille.br
  • Vivia Buzzi, Graduando, buzzi@univille.br
  • Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: VA64, eficiência de encapsulação, anti-inflamatório não esteroidal

A microencapsulação de alguns fármacos específicos pode ser extremamente vantajosa, como é o caso do cetoprofeno. Este é um fármaco da classe dos anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs). Por apresentar uma rápida absorção ocorre uma queda nos níveis plasmáticos rapidamente, gerando a necessidade de repetir as administrações para manter os níveis plasmáticos. A etilcelulose (EC) é um derivado de celulose amplamente usado no revestimento de formulações sólidas para administração oral de fármacos. O poli(L-ácido láctico) (PLLA), é um poliéster considerado biodegradável e biocompatível, amplamente usado nas áreas médica e farmacêutica por apresentar alta estabilidade e relativamente lenta decomposição no meio corpóreo. Este estudo teve como objetivo, avaliar o efeito da aplicação de diferentes tensoativos junto a uma matriz composta por EC/PLLA na encapsulação do cetoprofeno. A partir de uma matriz de EC á estudada pelo grupo, preparou-se inicialmente 3 formulações, denominadas de F1, a qual contem somente PVA, como tensoativo, F2 contendo somente VA64 e a F3 formada na presença de PVA/VA64. As micropartículas foram preparadas por meio da técnica de emulsão e evaporação do solvente O/A; a fase externa,consistindo de uma solução de VA 64 ou VA 64/PVA, NaCl e metanol, e a fase interna, contendo cetoprofeno, etilcelulose, PLLA e SPAN 80 e diclorometano.Após o gotejamento da fase interna sobre a fase externa, a mistura foi mantida sob agitação constante por 24 horas e em seguida, as micropartículas foram lavadas com água destilada e colocadas em estufa a uma temperatura de 30 (+- 2) Cº por aproximadamente 3 horas. As amostras obtidas foram analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) para determinação da eficiência de encapsulação (EE%). As EE% médias atingidas foram em torno de 40% para F1, 45% para F2 e 52% para F3. As micropartículas foram submetidas à análise por Microscopia eletrônica de varredura (MEV), mostrando micropartículas esféricas, F1 e F2 praticamente sem poros e F3 com poros e lisas. Os termogramas registrados por DSC para o cetoprofreno puro apresentou um pico endotérmico em 90ºC, o que evidencia o hábito cristalino do fármaco. O perfil das curvas para as três formulações não apresentou pico de fusão do fármaco e são semelhantes entre si o que sugere uma característica amorfa às formulações.

Encontro: a subjetividade no comportamento alimentar

  • Monize Gabriela dos Santos, Graduando, monize@me.com
  • Arlene Leite Nunes, MSc, arlenenunes@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: obesidade, sobrepeso, interdisciplinariedade

A formação dos profissionais Psicólogos deve conferir-lhes competências para a realização de pesquisa, prestação de serviços e atuação profissional na direção das demandas da sociedade, promovendo saúde e qualidade de vida nos indivíduos. Nessa perspectiva foi criado o Projeto de Extensão “Encontro” que tem como objetivos, oportunizar para os estudantes a prática de atividades, a troca e a discussão de conhecimentos de maneira multidisciplinar e proporcionar para a comunidade participante o entendimento, a aceitação e a compreensão dos vários aspectos associados à questão do (a) sobrepeso/ obesidade, para que possam lidar com seus conflitos individuais. A metodologia empregada no projeto e a qualitativa participante. O Projeto Encontro é coordenado pela equipe de Psicologia (coordenadora e acadêmicas) e tem a participação dos acadêmicos de Nutrição, Educação Física, Farmácia e Gastronomia. São realizados grupos de uma hora e trinta minutos (1h30min), uma vez por semana. Nesses encontros é oportunizado aos participantes a discussão, a troca de experiências e a reflexão sobre novas maneiras de funcionamento. Atualmente existem quatro grupos, um direcionado a usuários do Centro de Atenção Psicossocial - CAPS III, um com crianças de escolas municipais, outro com os pais dessas crianças e um aberto a comunidade em geral. O serviço é gratuito e acontece no Serviço de Psicologia da Universidade. A supervisão dos acadêmicos ocorre uma vez por semana, com duração de uma hora e trinta minutos (1h30 min.), e nesse momento é possível discutir sobre o grupo e atrelar os conhecimentos teóricos à prática. O foco do Projeto Encontro não está no emagrecimento, mas no processo de conscientização dos indivíduos, o emagrecimento passa a ser a consequência de um grupo que constrói novas possibilidades de lidar ou resolver o problema do (a) sobrepeso/obesidade.

Apoio / Parcerias: Colégio Bom Jesus - Ielusc

Espaço Ambiental Babitonga

  • Emanuele Cordeiro, G, emanuele.cord@gmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: sensibilização ambiental, ecossistemas costeiros, visitação

A zona costeira abriga atualmente a maior concentração demográfica do Brasil. O crescente aumento das atividades nesta área compromete cada vez mais os ecossistemas, bem como sua fauna. A Baía da Babitonga é um estuário localizado no litoral norte de Santa Catarina, que abriga diversas espécies, incluindo uma população residente de toninhas, espécie de golfinho ameaçada de extinção. A falta de conhecimento da população sobre a importância destes ambientes é um dos principais problemas que influenciam a conservação e preservação ambiental. Visando divulgar esta problemática e sensibilizar a população, em 2007 foi criado o Espaço Ambiental Babitonga, um projeto de extensão que tem como objetivo contribuir com o processo de educação ambiental da comunidade da região da Baía da Babitonga, sensibilizando as pessoas sobre a problemática da toninha e dos ambientes costeiros através de atividades educativas. O trabalho consiste na realização de visitas ao Espaço Ambiental Babitonga, localizado em São Francisco do Sul. Os visitantes, num primeiro momento, assistem a uma palestra introdutória sobre a fauna local e os ambientes costeiros e depois realiza uma visita guiada ao museu que reúne dioramas dos ecossistemas costeiros, uma ala científica e uma ala de aquários, incluindo um tanque de toque. Após a visita pode ser realizada uma trilha no manguezal e dinâmicas de sensibilização ambiental. Entre janeiro e outubro de 2014 foram recebidos 1.874 visitantes, entre estudantes, professores e pessoas da comunidade, vindos de diversas regiões de Santa Catarina. 94,77% dos visitantes eram estudantes, 3,78% eram professores e 1,45% eram pessoas da comunidade. O principal público atingido foram grupos escolares, formados por estudantes dos municípios do entorno da Baía da Babitonga, principalmente São Francisco do Sul e Joinville. Dos grupos escolares que visitaram o Espaço Ambiental Babitonga, 38,40% eram do município de São Francisco do Sul, 36,50% de Joinville e 25,10% de municípios de outras regiões. A crescente procura da comunidade para a realização de visitas no Espaço Ambiental Babitonga, principalmente os grupos escolares, demonstra o interesse da comunidade local em participar de atividades de sensibilização ambiental. Além disso, o projeto cumpre sua função de divulgação das toninhas e dos ambientes costeiros.

Apoio / Parcerias: Petrobras - Petroleo Brasileiro

Estado nutricional de crianças nascidas com macrossomia fetal após 18 a 24 meses de idade: Estudo de base domiciliar.

  • Mayte Bertoli, Graduando, mayte_bertoli@hotmail.com
  • Sandra Ana Czzarnobay, MSc, anaczar@gmail.com
  • Daniela Santos, MSc, daniela_uniarp@yahoo.com.br
  • Aila Anne Pinto Farias, MSc, ailaanne@hotmail.com
  • Katherinne Barth Wanis Figueirêdo, Graduando, katherinne.bwf@hotmail.com
  • Caroline Kroll, G, carol-kroll@hotmail.com
  • Silmara salete de Barros Silva Mastroeni, Dr(a), silmara.mastroeni@univille.br
  • Marco Fabio Mastroeni, Dr(a), marco.mastroeni@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: macrossomia, excesso de peso ao nascer, estado nutricional

Introdução: O aumento do excesso de massa corporal em crianças tem sido um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O excesso de massa corporal na infância tem sido associado a sobrepeso/obesidade na vida adulta, e está relacionado a diversas outras patologias como diabetes, doenças cardiovasculares, síndrome metabólica, entre outras. Objetivo: Avaliar o estado nutricional, aos 18-24 meses de idade, de 42 crianças nascidas com macrossomia fetal no período de janeiro a fevereiro de 2012 em uma maternidade pública de Joinville-SC, Brasil. Métodos: Estudo tipo coorte de nascimentos. A partir das informações obtidas na primeira coleta dos dados, em 2012, uma nova coleta de dados sociodemográficos, econômicos, de aleitamento e antropométricos foi realizada em 2013, dando continuidade ao estudo. Do total de 435 mães e crianças que fizeram iniciaram o estudo, 42 mães tiveram filhos macrossômicos. Destes, 33 (78,6%) participaram desta segunda fase. Resultados: Mães classificadas com IMC igual ou superior a 25 kg/m2 possuem significativamente (p=0,036) maior prevalência (44,9%) de crianças com >P85, quando comparadas ao grupo com IMC< 25 kg/m2. Entretanto, a presença de macrossomia fetal não foi significativamente associada ao estado nutricional da criança as 13-24 meses de idade. Conclusão: Ainda que a macrossomia fetal não tenha relação com o estado nutricional da criança após um ano do nascimento, o estado nutricional da mãe influencia significativamente esse desfecho. Neste sentido, é fundamental direcionar a mãe a obter hábitos de vida saudáveis de forma a permitir que a criança assuma os mesmos hábitos e evite o risco de sobrepeso/obesidade.

Apoio / Parcerias: Secretaria da Saúde de Joinville Maternidade Darcy Vargas - Joinville Laboratório Gymenes

Estudo palinológico de espécies da família Malvaceae (Juss.) Bayer

  • Vanessa Feretti, Graduando, vanessaferetti@gmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga , Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: malváceas, palinologia, pólen

A família Malvaceae possui ampla distribuição, ocorrendo predominantemente nas regiões tropicais. No Brasil é representada por cerca de 750 espécies, distribuídas em 70 gêneros. Diversas malváceas apresentam interesse sendo utilizadas na alimentação, na indústria têxtil, no paisagismo, na indústria farmacológica, dentre outras aplicações. Visando a caracterização morfológica das espécies de importância econômica, foram analisados dez espécies de Malvaceae: Abelmoschus esculentus (L.) Moench (quiabo); Abutilon megapotamicum (A. Spreng.) A. St.-Hil. & Naudin (lanterninha-japonesa); Abutilon striatum Dicks. ex Lindl. (lanterna chinesa); Dombeya natalensis Sond. (astrapéia branca); Dombeya wallichii (Lindl.) K. Schum. (astrapéia) ; Hibiscus rosa-sinensis L. (hibisco); Hibiscus sabdariffa L. (rosélia); Malvaviscus arboreus Cav. (hibisco-colibri); Sida rhombifolia L. (guanxuma); Talipariti pernambucense (Arruda) Bovini (hibisco-da-praia). Os grãos de pólen foram preparados segundo a técnica de acetólise, sendo montadas três lâminas histológicas para cada espécie e observados em vista polar e vista equatorial (grãos isopolares). As observações ocorreram sob microscópio óptico e microscópio eletrônico de varredura, sendo que para o último o pólen foi submetido à desidratação alcoólica. Os caracteres polínicos utilizados foram: unidade polínica, âmbito, simetria, polaridade, ornamentação e espessura da exina e aberturas. Os grãos de pólen se apresentaram em mônades, com simetria radial. Em sua maioria mostraram tamanho grande (56,87 a 147,85 mm) exceto H. sabdariffa que se apresentou gigante (204,94 mm). A forma ocorreu como oblato-esferoidal, havendo também prolato-esferoidal (Abutilon megapotamicum, Hibiscus rosa-sinensis, Malvaviscus arboreus) e esférico (Abelmoschus esculentus, Talipariti pernambucense). Em relação à polaridade, a maioria se apresentou apolar, exceto as espécies de Dombeya e Abutilon que se mostraram isopolares. A exina apresentou variação na espessura (de 2,94 mm nas espécies menores a 15,65 mm nas espécies maiores). O âmbito variou de subcircular (Abutilon megapotamicum, Dombeya natalensis, Dombeya wallichii) a circular. Todas as espécies apresentaram na exina espinhos, com ápice agudo ou arredondado, variando de 5,51 a 30,59 mm na altura e de 6,40 a 10,27 mm no diâmetro da base. Todas as espécies apresentaram aberturas, sendo os grãos das espécies de Dombeya e Abutilon 3-4porados com ânulos e os das demais, pantoporados. A família Malvaceae, atualmente, inclui os integrantes das antigas famílias Sterculideae, Tilacideae e Bombaceae. As espécies analisadas no presente trabalho se incluem nas atuais subfamílias Dombeyoideae e Malvoideae. Foi observado que, entre as espécies de Dombeya e Abutilon ocorreram caracteres polínicos similares e, entre as outras espécies, os caracteres se apresentaram distintos. Estes dados podem contribuir em análises filogenéticas.

GOVERNANÇA CLIMÁTICA COMO FERRAMENTA DE PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO À DESASTRES NATURAIS EM JOINVILLE

  • Camila Holler, Graduando, camila_holler@hotmail.com
  • Paulo Ivo Koehntopp, Dr(a), pauloik@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Governança, Clima, Mitigação

A governança climática é difícil de ser conceituada e cada região do país possui diferentes tipos de necessidades com relação a gestão das mudanças climáticas ou do próprio clima característico local. Entretanto, existe uma preocupação e comoção geral para que os fenômenos naturais causados pelo clima não se transformem em desastres naturais. Para isso, os governos locais podem tomar as ações para a prevenção ou mitigação destes desastres. A cidade de Joinville, no estado de Santa Catarina, já possui sérios problemas com relação às consequências de condições climáticas desfavoráveis, principalmente inundações e deslizamentos. Tais problemas, somados a falta de um plano diretor, falta de fiscalização para evitar a ocupação nas áreas de risco geológico, além de uma gestão que trata os desastres naturais como sendo pontuais e não recorrentes, não se preocupando com a prevenção, acabam trazendo riscos a população, e esgotamento dos recursos naturais. Portanto, o objeto deste trabalho foi apresentar uma proposta de governança climática para o município, visando à prevenção e mitigação desastres naturais e analisar quais as ações de prevenção e mitigação a desastres naturais já existentes. A elaboração do presente trabalho passou pela realização de revisão bibliográfica sobre o tema da governança climática, estudo das ações para mitigação e preservação de desastres naturais e mudanças climáticas globais, entre outros. Seguiu-se coleta de dados, e participações em cursos e palestras. Os resultados obtidos sugerem que a cidade está se preparando para o enfrentamento dos desastres naturais, com medidas estruturais, principalmente de drenagem urbana, porém, em termos de políticas púbicas para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas em Joinville, ainda não está coordenada de maneira eficaz as ideias para a elaboração destas. A nova proposta para a governança climática de Joinville aqui apresentada sugere integração maior entre os atores, principalmente a iniciativa privada, e entre os próprios órgãos internos da administração pública.

Hábito alimentar da toninha, Pontoporia blainvillei, na Baía da Babitonga e litoral adjacente

  • Suelen Maria Beeck da Cunha, Graduando, suelen.cunha@hotmail.com
  • Pedro Carlos Pinheiro, Dr(a), pedro.c@univille.net
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: dieta, Pontoporia blainvillei, litoral norte

A Baía da Babitonga, no litoral norte de Santa Catarina, é o único lugar tipicamente estuarino onde a toninha (Pontoporia blainvillei) ocorre ao longo de todo o ano. Este é um dos golfinhos mais ameaçados de extinção do Atlântico sul ocidental, fato ocasionado principalmente pela captura acidental em redes de pesca e pela poluição marinha. A alimentação da toninha tem sido bastante estudada e já se sabe que ela consome uma variedade de presas, com cerca de 80 itens identificados ao longo de sua distribuição. O trabalho teve como objetivo estudar o hábito alimentar da toninha na Baía da Babitonga e litoral adjacente, comparando a dieta das toninhas que encontradas mortas no interior da Baía da Babitonga com aquelas encontradas no litoral adjacente, identificando as famílias e espécies de presas de maior importância na dieta e avaliando a importância relativa de cada espécie de presa. As amostras analisadas foram obtidas a partir de indivíduos encontrados mortos no litoral norte de Santa Catarina, entre Itapoá e Barra Velha, incluindo a Baía da Babitonga. O material foi coletado entre julho de 2001 e abril de 2014. As carcaças foram congeladas em contêiner frigorífico a -20oC e estão tombadas no Acervo Biológico Iperoba da Univille. O trato digestivo foi retirado durante a necropsia e amarrado na região anterior do esôfago e posterior do intestino ou do pilórico, para posterior análise. Foram analisados 11 estômagos de toninhas do interior da baía, sendo que dois estavam vazios (indivíduos que possuíam 62 cm e 68 cm, provavelmente só estavam ingerindo leite). As espécies e famílias de presas mais importante foram Stellifer rastrifer (Scianidae) (IIR = 4.344,62%), Pellona harroweri (Pristigasteridae) (IIR = 2.057,29%) e Cetengraulis edentulus (Engraulidae) (IIR = 156,25%). No litoral adjacente foram analisados 12 estômagos, sendo que somente um estava sem otólitos mas tinha bicos córneos de cefalópodes. As famílias de presa mais importantes foram Stellifer rastrifer (Scianidae) (IIR = 1.622,07%), Isopisthus parvipinnis (Scianidae) (IIR = 1.070,23%) e Pellona harroweri (Pristigasteridae) (IIR = 479,38%).. O hábito alimentar de Pontoporia blainvillei apresentou diferenças quando comparados animais encontrados mortos no interior da baía e no litoral adjacente, embora algumas espécies, como C. jamaicensis, S. rastrifer e P. harroweri, estarem presentes na dieta das toninhas das duas regiões. Esta informação contribui com os estudos sobre a ecologia da espécie que visam avaliar o grau de isolamento da população de toninhas que vive na Baía da Babitonga.

Apoio / Parcerias: Petrobras - Petroleo Brasileiro

Hábito alimentar do boto-da-tainha (Tursiops truncatus) e do boto-cinza (Sotalia guianensis), no litoral norte de Santa Catarina

  • Mayara Gomes da Silva Costa, Graduando, magomeess@gmail.com
  • Pedro Carlos Pinheiro, Dr(a), pinheiro.pc@terra.com.br
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: dieta, Sotalia guianensis, Tursiops truncatus

Tursiops truncatus pertence à família Delphinidae e é conhecido como boto-da-tainha ou golfinho-nariz-de-garrafa. Ocorre tanto em águas costeiras quanto oceânicas, em todas as regiões tropicais e temperadas, não ocorrendo apenas nos polos. Sotalia guianensis também pertence à família Delphinidae e é conhecido como boto-cinza. Tem sua distribuição contínua ao longo da costa atlântica tropical e subtropical das Américas do Sul e Central, desde a Nicarágua até a Baía Norte de Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, Brasil. Mamíferos marinhos, em geral, são consumidores de topo de cadeia e possuem um importante papel na determinação da estrutura da cadeia alimentar. No caso de cetáceos, as informações sobre a dieta são obtidas tradicionalmente através da análise e interpretação de estruturas resistentes à digestão encontradas no estômago, como otólitos, entre outros. No presente estudo foram analisadas amostras obtidas de animais encalhados mortos no litoral norte de Santa Catarina, entre as localidades de Itapoá e Barra Velha. Os estômagos dos indivíduos foram retirados durante a necropsia e congelados para posterior análise. Para a triagem, o estômago foi descongelado e seccionado longitudinalmente. O conteúdo foi lavado com água corrente sobre um jogo de 3 peneiras, com malhas de 2 mm, 1 mm e 500 ¼m. Os otólitos foram separados e armazenados a seco. A identificação das espécies de teleósteos foi realizada a partir dos otólitos saggita. Para cada espécie identificada foi analisada a frequência de ocorrência, frequência numérica e o índice de importância relativa (IIR = %FN x %FO). Foram recuperados 185 otólitos de teleósteos e identificadoas 14 taxa (Centropomus undecimalis, Mugil curema, Diapterus auratus, Gobiidae, Trichiurus lepturus, Stelliffer spp., Menticirrhus americanus, Eugerres brasilianus, Cynoscion acoupa, Gobionellus oceanicus, Stellifer rastrifer, Micropogonias furnieri, Mugil platanus e Porichthys porosissimus). Stellifer rastrifer e T. lepturus foram encontradas na dieta de ambas as espécies de cetáceos. Foram identificadas tanto presas de fundo (M. furnieri, P. porosissimus) quanto animais da coluna de água (Mugil spp., T. lepturus), o que indica que os animais se alimentam em diferentes profundidades. As informações contidas nesse, assim como em outros trabalhos, indicam que os teleósteos são as presas mais abundantes na dieta tanto de T. truncatus como de S. guianensis.

Inovação pesqueira: desenvolvimento de um protótipo experimental para a captura de peixes em ambientes recifais.

  • Mariana Hagemann Martello, Graduando, marianahmartello@hotmail.com
  • Pedro Carlos Pinheiro, Dr(a), pedro.c@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Pesca, Inovação, Tecnologia

A pesca artesanal se apresenta como uma atividade realizada em toda a extensão costeira do estado de Santa Catarina, principalmente nas baías, lagoas e estuários, beneficiando direta ou indiretamente 150 mil pessoas. Na Baía da Babitonga, localizada no litoral norte do estado, existem 33 comunidades ligadas a essa atividade que agregam cerca de 1.089 pescadores. São utilizados diversos apetrechos de pesca na região, todos de pesca ativa (caceio e fundeio, cerco, redondo e arrasto). Apesar de pouco aplicado na porção sul do Brasil, o uso de armadilhas para a coleta de peixes propicia bons resultados em locais onde a arquitetura complexa do substrato impede, ou limita severamente, a aplicação de outros métodos de amostragem. O desenvolvimento de uma armadilha visando a criação de um aparato de baixo custo direcionado a frota pesqueira local partirá do desenho adotado de covos produzidos por tribos indígenas, porém será adaptado para possuir um sistema de articulação que permita a estrutura ser dobrada para que seja possível seu transporte em embarcações do porte das utilizadas na região. Após a montagem com canos pvc de 30 armadilhas, será testado então a eficácia das mesmas quando a sua arquitetura (dimensões, forma, tamanho de malha, durabilidade, resistência, peso e custo), efetividade da captura por unidade de esforço e tempo de imersão, além de eficiência na captura de espécies de interesse comercial. O uso dessa tecnologia pode ser adotado para subsidiar estratégias de manejo dos recursos pesqueiros, observações comportamentais de deslocamento através da captura, marcação e recaptura. Este projeto viabilizará investigações para estudar e aprimorar o estado da pescaria artesanal através de dados estatísticos de captura e esforço para as artes de pesca mais importantes e de composição por tamanhos e sexo para as espécies dominantes. A informação daí obtida constituirá a base para uma estratégia de gestão pesqueira e fomento à pesca artesanal neste trecho da costa brasileira.

Interações entre a fauna de abelhas e a flora

  • Manuel Warkentin, Graduando, deusconosco92@hotmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga , Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: apifauna, manguezal , planta apícola

Muitas espécies de plantas mantêm relações exclusivas com espécies de abelhas enquanto que outras são polinizadas por uma diversidade de abelhas. O Parque Natural Municipal da Caieira (PNMC) insere-se entre a mancha urbana de Joinville e as margens da Lagoa do Saguaçú, num remanescente de Mata Atlântica, constituída de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, restinga arbustiva e manguezal. Visando estudar as relações que se estabelecem entre a apifauna e seus recursos forrageiros no PNMC, foram realizadas 24 coletas quinzenais, de abelhas e plantas associadas, entre novembro/ 2013 e outubro/ 2014. As coletas seguiram a metodologia de Sakagami et al. (1967), adaptada, com redes entomológicas e armadilhas de queda em seis cores distintas. As plantas associadas às abelhas foram fotografadas e coletadas. Abelhas e plantas foram registradas. Plantas e abelhas identificáveis visualmente foram apenas anotadas. Todos os indivíduos coletados foram preparados para conservação e identificação, que foi realizada com literatura especializada e auxílio de especialistas. As informações foram inseridas em banco de dados. Foram calculados os índices ecológicos de diversidade de Shannon-Wiener (SW), de equabilidade de Pielou (P), os estimadores de riqueza jackkniffe 1 e 2 e a curva de acumulação de espécies. Foram amostradas 58 espécies de abelhas, que incluem 1507 indivíduos, visitando 48 espécies de plantas de 28 famílias. Os indivíduos de abelhas se distribuíram nas subfamílias Apinae (66%), Halictinae (32%) e Megachilinae (2%). Foram coletados 653 indivíduos com redes entomológicas. As armadilhas de queda capturaram 271 indivíduos, com destaque para as cores laranja, amarelo e azul (119, 56 e 52 indivíduos respectivamente). Não houve capturas na armadilha vermelha. O SW resultou em 2,61 e o P em 0,64, evidenciando riqueza de espécies relevante e tendência à distribuição de abundância uniforme entre as espécies. Os estimadores de riqueza jackkniffe 1 e 2 indicam, respectivamente, que foram amostrados cerca de 72% e 58% das espécies de abelhas ocorrentes no local. As plantas que atraíram o maior número de espécies de abelhas foram Sphagneticola trilobata (Asteraceae, 18 espécies de abelhas), Crepis japonica (Asteraceae, 16) e Ipomoea cairica (Convolvulaceae, 16). Foi observada uma preferência das abelhas por flores das cores branca (431 abelhas de 22 espécies) e amarela (282 indivíduos de 38 espécies) e de tamanho pequeno (0 a 1 cm). Muitas espécies vegetais não apresentaram guia de néctar (63% das espécies) porém em 60% destas foi observado odor intenso. Os dados obtidos neste estudo são condizentes com síndromes de melitofilia.

Levantamento clínico e de sensações neuromusculares de pacientes pós resolução da sepse para elaborar protocolo de avaliação

  • Caroline Frazão Scheffer de Mello, Graduando, carolinefscheffer@hotmail.com
  • Carla Werlang Coelho, Dr(a), carla.werlang@univille.br
  • Glauco Adrieno Westphal, Dr(a), glauco.adrieno@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: sepse, polineuropatia, sensações neuromusculares

Introdução A sepse é uma síndrome resultante da resposta inflamatória sistêmica à infecção, que, em virtude do grande impacto sistêmico, apresenta altas taxas de mortalidade, sendo a maior causa de morte nas unidades de terapia intensiva (UTI) e uma das maiores causas de morte nos EUA. Além da alta mortalidade, a sepse é responsável por interferir significativamente na qualidade de vida, a longo prazo, de seus sobreviventes6. A fraqueza muscular é uma das complicações neuromusculares da sepse, comum em pacientes críticos, sendo atribuída a duas condições: a miopatia do paciente crítico (MPC) e polineuropatia do paciente crítico (PPC). Foi encontrado que até 70% dos pacientes com sepse e falência múltipla de órgãos, desenvolvem PPC. A remissão completa do quadro ocorre em até 53% dos pacientes que sobrevivem. O quadro clínico de destas doenças são semelhantes e apresentam gravidade e impacto variável na qualidade de vida. Ambas apresentam acometimento dos membros inferiores, agravado nas porções distais dos membros, podendo haver alteração na sensibilidade a dor, temperatura e vibração. Objetivo O objetivo deste trabalho é elaborar e validar um questionário, a fim de, futuramente, avaliar as sequelas neuromusculares referidas pelos pacientes após quadro séptico, bem como, o impacto destas sequelas nas atividades da vida diária e qualidade de vida. Métodos Após vasta pesquisa na literatura sobre sintomas neuromusculares no paciente crítico, e em especial ao séptico, somado ao acompanhamento da rotina de fisioterapeutas com os pacientes, foi elaborado um questionário contendo 16 questões. Num primeiro momento, para validação das questões, o questionário foi submetido a avaliação de especialistas (fisioterapeutas e médicos intensivistas) com o intuito de validar esse intrumento de medida. Assim, logo abaixo de cada questão, foi disponibilizada uma escala de validade, onde poderia ser assinalada uma nota de 0 (zero) a 10 (dez). As questões avaliadas entre 0 (zero) a 4 (quatro), seriam anuladas ou substituídas, por serem consideradas inválidas, as que receberiam notas entre 5 (cinco) e 7 (sete) seriam revistas, por serem consideradas pouco válidas e as questões com notas 8 (oito) a 10 (dez) seriam aprovadas, sendo mantidas em sua forma original, por serem válidas.Resultados Os resultados encontrados nessa fase de validação do questionário foram os seguintes: 68,7% do total das questões obtiveram médias acima de oito, portanto, são consideradas válidas, e os 31,3% restantes apresentaram médias inferiores a oito, necessitando revisão. Assim, essa primeira fase de validação foi concluída com índice muito satisfatório.

O inventariamento de óbitos e a Entomologia Forense em Joinville/SC

  • Ana Júlia Schreiber Pires, Graduando, anajspires@hotmail.com
  • Denise Monique Dubet da Silva Mouga, Dr(a), dmouga@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: decomposição, Entomologia Forense, insetos necrófagos

Como há carência de dados entomológicos para necrofagia e também é relevante verificar a frequência com a qual a Entomologia Forense (EF) pode contribuir para a elucidação de casos criminais, este projeto tem por objetivo realizar o levantamento cadastral dos casos de mortes atendidos pelo Instituto Médico Legal (IML) da mesorregião de Joinville, visando identificar a quantidade de casos onde a EF teria permitido um melhor esclarecimento do Intervalo Post Mortem (IPM) ou da causa mortis. Para o período de 5 anos (2008 a 2012), foram analisados 2.030 laudos, dos quais 101 (4,97%) eram de corpos encontrados em decomposição. Destes, apenas 7 laudos incluíam exames toxicológicos, de DNA ou de esperma (na maioria das vezes tendo 2 exames no mesmo laudo), por estarem nas primeiras fases de decomposição, aptos a serem examinados. No ano de 2008, houve 404 mortes encaminhadas para o IML, destas 19 foram encontradas em decomposição, sendo 1 (5,26%) indivíduo do sexo feminino. Em 2009, de 409 mortes, 22 encontravam-se em estado de decomposição, sendo 2 (9,09%) indivíduos do sexo feminino. No ano de 2010, ocorreram 375 mortes, com 20 corpos em estado de decomposição, dos quais 4 (20%) do sexo feminino. Em 2011, de 409 corpos, 16 encontravam-se em estado de decomposição, todos do sexo masculino. Em 2012, houve 433 mortes, com 24 corpos em decomposição, sendo 6 (25%) do sexo feminino. A média de idade das pessoas encontradas em estado de decomposição foi de, aproximadamente, 42 anos. Houve 3 casos em 2008 e 2 casos em 2012 em que não foi possível saber o sexo do indivíduo. A quantidade de laudos de suicídio, afogamento e morte natural, sobre o total de laudos (2030), é de 365 (17,98%) e, sobre o total de laudos de corpos em decomposição (101), é de 46 (45,54%). A maioria dos insetos e larvas encontradas nos corpos em decomposição é descartada. A coleta destes insetos e seus imaturos permitiria a incorporação e comparação com a coleção entomológica da Univille, incrementando a utilização da EF em SC.

O movimento de inclusão de estudantes com NEE na Univille

  • Leticia Ribas Diefenthaeler Bohn, MSc, lebohn@gmail.com
  • Sonia Maria Ribeiro, Dr(a), soniaproesa@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Inclusão, Ensino Superior, Necessidades educacionais especiais

Na última década temos presenciado, a nível nacional, um movimento crescente no que se refere a inclusão de pessoas com deficiências nos espaços sociais, dentre eles destacam-se os destinados a educação nos mais diferentes níveis de ensino. Um fato que reforça esta situação é o aumento de publicações científicas produzidas a partir das realidades vividas no âmbito escolar, no entanto observa-se uma escassez destas produções quando a temática volta-se para a inclusão de pessoas com necessidades especiais (NEE) no ensino superior, demonstrando a importância de maiores investimentos neste nível de ensino. Neste contexto, a Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE vem desenvolvendo ações que visam garantir o acesso e a permanência de estudantes com NEE, sendo uma delas a criação em 2008, do PROINES- Projeto de apoio a inclusão de alunos com necessidades especiais (FAEG), que visa dar suporte tanto ao corpo discente como docente e administrativo no que se refere o processo de ensino e aprendizagem destes estudantes. Nos últimos cinco anos o PROINES tem acompanhado e registrado um aumento no número de estudantes com NEE seja por apresentarem deficiências ou outros transtornos, matriculados nos diferentes cursos oferecidos pela instituição. Diante deste fato este estudo teve como objetivo diagnosticar a incidência de estudantes com NEE matriculados nos cursos de graduação da UNIVILLE. Para tal, foi realizado um levantamento das matrículas nos últimos cinco anos, a partir dos relatórios de matrícula encaminhados pela Central de Atendimento Acadêmico (CAA). Após organização e tabulação dos dados estes foram analisados e inicialmente, considerando o número de estudantes com NEE/ano, foi identificado que em 2010 matricularam-se n=91 estudantes ; 2011 (n=71); 2012 (n=76); 2013 (n=81); 2014 (n=115), vale mencionar que os cursos que mais receberam estudantes com NEE nos últimos cinco anos foram: Administração, Design, Direito e Ed. Física com uma média de 11,5 estudantes por curso /ano. Outro fato identificado é uma crescente no número de estudantes que não se enquadram em nenhuma das quatro categorias das deficiências (deficiência intelectual, visual, auditiva e física), mas que possuem outras necessidades por apresentarem transtornos como de ansiedade, transtorno do déficit de atenção, transtorno global do desenvolvimento, condutas típicas e distúrbios neurológicos. Estes dados nos permite concluir que há a necessidade da instituição investir cada vez mais em ações voltadas a comtemplar a diversidade e as demandas que esta impõe, como formação de professores e acessibilidade atitudinal na busca por uma educação baseada na qualidade.

Ocorrência de Phalacrocorax brasilianus na Baía da Babitonga, litoral Norte de Santa Catarina

  • Rayla Martins Gonçalves, Graduando, rah.marttins@hotmail.com
  • Marta Jussara Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: abundância, Baía da Babitonga, Phalacrocorax brasilianus

O biguá Phalacrocorax brasilianus é uma ave aquática e pertence à família Phalacrocoracidae, com ampla distribuição neotropical. Os indivíduos possuem plumagem predominante preta, comprimento de 15 cm e sua vocalização forte se assemelha a um porco. Phalacrocorax brasilianus pode ser encontrado em zonas costeiras, estuários, lagoas, rios, represas e lagos. A identificação dos locais utilizados por uma espécie é uma ferramenta valiosa na conservação da biodiversidade, pois alterações nos padrões das populações podem servir como indicadores da qualidade ambiental. As informações existentes sobre a biologia do biguá no país são precárias, mesmo sendo esta uma espécie comum nos levantamentos ornitológicos do Brasil. A avaliação do status populacional de P. brasillanus na Baía da Babitonga é de suma relevância, pois sua ocorrência na região é muito freqüente. O objetivo desse trabalho foi avaliar a ocorrência de flutuações sazonais e caracterizar a distribuição da população de P. brasilianus na Baía da Babitonga, litoral norte catarinense. As amostragens foram feitas quinzenalmente, no período de 2006 a 2009. Foi utilizado um barco a motor que percorreu uma rota pré-definida junto às margens. Com auxílio de binóculos (7x35), foi feita a varredura das margens por dois observadores. Foi registrada a posição geográfica e o número de indivíduos para cada avistagem. Para a análise de dados foi calculada a abundância relativa e a freqüência de ocorrência da espécie ao longo dos meses amostrados e nos diferentes ambientes. A maior abundância relativa foi de 0,36% e 0,25% para as estações de primavera e verão, respectivamente, e a freqüência de ocorrência foi de 100% para todas as estações. O ambiente mais utilizado foi a região do Canal do Linguado onde a abundância relativa foi de 65%, seguido da região da Gamboa, com 22%, e a região do Monte de Trigo, com 5%. O número máximo de indivíduos avistados foi de 6.048 no dia 31 de março de 2009. O estuário da Baía da Babitonga abriga uma população considerável de P. brasilianus com a ocorrência de grupos com milhares de indivíduos. Foi registrada a ocorrência de flutuações sazonais na população de P. brasilianus no período, com a maior abundância na primavera e no verão. Também foram identificadas áreas de uso preferencial da espécie.

Orientação e informação profissional para estudantes do ensino médio

  • Alexandre Cidral, Dr(a), alexandre.cidral@univille.br
  • Fabiano Furlan, G, fabiano.furlan@univille.br
  • Vanessa Arrazão, G, vanessa.arrazao@univille.br
  • Lucas Cota, G, lucas.cota@univille.br
  • Wagner Correa, G, wagner.correa@univille.br
  • Caroline Silva, G, caroline.graciele@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: orientação profissional, escolha profissional, adolescentes

O projeto de Orientação e Informação Profissional para Estudantes do Ensino Médio (OI-Profissional) é uma atividade de extensão desenvolvida desde 2007 pelo curso de Psicologia da Univille. Este resumo tem por objetivo apresentar os resultados obtidos através da experiência dos acadêmicos do 5ª ano de Psicologia da Universidade de Região de Joinville – UNIVILLE, na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado de Nível Específico em Psicologia Organizacional e do Trabalho em 2013. Os estagiários fizeram parte do OI – Profissional o que proporcionou a inserção dos mesmos no campo de estágio, além do atendimento de demandas por orientação profissional de adolescentes de Joinville. Os trabalhos em grupo de orientação e informação profissional foram realizados com 11 estudantes do 3º ano do Ensino Médio, de 02 escolas particulares do município de Joinville, totalizando 03 grupos. Os encontros aconteciam duas vezes por semana, durante 10 semanas. Cada encontro teve duração de duas horas. Além dos atendimentos na modalidade grupal nas escolas, foram realizados atendimentos individuais, sendo 03 indivíduos atendidos no Serviço de Psicologia da UNIVILLE. Para o desenvolvimento destes trabalhos utilizou-se a Escala de Maturidade para Escolha Profissional - EMEP, dinâmicas de grupo e questionários. Além das ações desenvolvidas nas escolas e dos atendimentos individuais, também foram realizadas algumas ações complementares tais como palestras, workshops e atividades de orientação profissional para jovens aprendizes de grandes empresas da cidade de Joinville/SC. Como referencial teórico adotado, foram utilizados autores como Bohoslavsky (2007), Neiva (2007) e Levenfus e Soares (2010). Na análise dos resultados observou-se que os estudantes obtiveram um aumento na Maturidade Total para a escolha da profissão. Dentre os jovens participantes do projeto, 90% relatou que a participação no projeto contribuiu para a escolha. Os adolescentes também relataram que o projeto foi de grande importância, pois aprenderam novas ferramentas para fazer a escolha, além de desenvolver o autoconhecimento e adquirirem novas perspectivas sobre a realidade profissional.

Pesquisas em biodiversidade na restinga do Parque Estadual do Acaraí

  • João Carlos Ferreira de Melo Júnior, MSc, jcmelo@univille.br
  • Maiara Matilde da Silva, Graduando, maaiara.27@gmail.com
  • Ígor Abba Arriola, Graduando, igor_abba@hotmail.com
  • Maick Willian Amorim, Graduando, maickwamorim@gmail.com
  • Karoline Raimundo da Silva, Graduando, karolline.silva@unville.br
  • Barbra Aliane Bächtold, Graduando, barbrabachtold@hotmail.com
  • Eloiza Regina da Silveira, Graduando, eloiza.regina89@gmail.com
  • Izabel Liberato, Graduando, izabel_liberato@hotmail.com

Palavras-chave: ppbio, restinga, biodiversidade

As restingas são ambientes característicos da costa atlântica brasileira que se desenvolvem sobre solos arenosos e de origem quaternária. Sua flora é oriunda de outras porções da Mata Atlântica e também de outros biomas, como a Caatinga e o Cerrado. Sua fauna apresenta uma série de endemismos e, a maior parte, ainda é pouco conhecida. As restingas se encontram na atualidade sob forte pressão antrópica pela ocupação maciça do litoral brasileiro. Por esses motivos, as restingas se tornaram alvo de pesquisas crescentes que buscam conhecer melhor sua diversidade, assim como processos ecológicos que influenciam sua dinâmica e formas de vida. O Parque Estadual do Acaraí, localizado no município de São Francisco do Sul/SC, é a única área de restinga da planície costeira do estado inserida na rede nacional de projetos de pesquisa sobre a biodiversidade (PPBIO), sendo reconhecido como módulo permanente de pesquisa coordenado pelos Prof. João Carlos Melo e Sidnei Dornelles, ambos do Departamento de Ciências Biológicas da Univille. A primeira fase da pesquisa teve como focos de abordagem: a) respostas plásticas e funcionais de espécies lenhosas; b) interações do tipo galhas; c) anatomia funcional de espécies estruturantes da fisionomia florestal; e d) diversidade de mamíferos de pequeno porte. Para a flora, os resultados apontam que: a) as espécies estudadas desenvolvem ajustes morfo-anatômicos nos caracteres ligados à sobrevivência que lhes proporcionar lidar com a heterogeneidade ambiental e, muitas vezes limitante, encontrada na restinga; b) poucas são as interações com organismos galhadores no ambiente pós-praia, o que pode estar associado aos fatores estressantes dos ambientes de dunas; c) espécies lenhosas de maior abundância da floresta de restinga mostram trade-off no xilema secundário como ajuste às diferentes condições hídricas dos solos de restinga de forma a maximizar a condutividade hidráulica.

Apoio / Parcerias: Universidade Federal do Paraná Universidade Federal de Minas Gerais

Preparo e caracterização físico-química de microesferas contendo dispersão sólida de genfibrozila em Eudragit E e PHB

  • Bárbara Carol Bona, Graduando, barbara.bona@hotmail.com
  • Jackeline Raquel Schmucker, Graduando, jackefarmacia@hotmail.com
  • Eduardo Manoel Pereira, MSc, eduardo_manoel@yahoo.com.br
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Genfibrozila, Dispersão Sólida, Microesferas

O presente estudo teve como objetivo o preparo de uma dispersão sólida de genfibrozila na forma de microesferas poliméricas e sua caracterização, quanto à eficiência de encapsulação e perfil de dissolução. As microesferas foram preparadas pela técnica de emulsão e evaporação do solvente óleo em água. A fase interna consistiu de 400 mg de poli-3-hidroxibutirato (PHB), 600 mg de Eudragit E, 30 mg de Cremophor EL e 600 mg de genfibrozila, dissolvidos em 20 mL de diclorometano; a fase externa foi preparada pela solubilização de 900 mg de acetato de polivinila (PVA) em 600 mL de água destilada. Gotejou-se a fase interna sobre a fase externa sob agitação de 500 rpm, em agitador mecânico de hélice, durante 20 minutos. Então, cessou-se a agitação, removeu-se o sobrenadante e congelou-se a amostra contendo as microesferas. Depois de 24 horas no congelador, as microesferas foram submetidas à secagem por liofilização. Para o cálculo da eficiência de encapsulação, obteve-se a equação da reta y = 0,0092x – 0,0167 (R² = 0,9919). As microesferas apresentaram eficiência de encapsulação de 95,3 ± 2,4% (CV = 2,5%). O ensaio de dissolução foi realizado em triplicata, em um dissolutor Nova Ética, modelo 299/6, empregando-se as seguintes condições: aparato 1, agitação de 100 rpm, temperatura de 37 ºC. Utilizou-se 900 mL de HCl 0,1N + 0,5% de lauril sulfato de sódio como meio de dissolução. A quantificação do fármaco nas amostras foi realizada por espectrofotometria de absorção em 275,5 nm (Espectrofotômetro 1601 PC). A dissolução da genfibrozila a partir das microesferas foi de apenas 1,8 ± 0,1% (CV = 5,6%) em 60 minutos. Os resultados obtidos para as microesferas demonstraram uma eficiência de encapsulação bastante satisfatória, porém, o perfil de dissolução foi extremamente baixo. Portanto, o sistema proposto mostrou-se ineficiente para a genfibrozila, embora tenha demonstrado excelentes resultados no incremento das propriedades de dissolução de outros fármacos, como a sinvastatina e o felodipino, em trabalhos previamente realizados pelo nosso grupo de pesquisa.

Apoio / Parcerias: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Tecnológica e Inovação (PIBITI) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Projeto Aldeia Conquista: múltiplas dimensões

  • Cristina Ortiga Ferreira, MSc, tinaortiga@hotmail.com
  • Roseneide Campos, MSc, roseneide.campos@gmail.com

Palavras-chave: saúde, indigena, extensão

Este trabalho apresenta ações desenvolvidas pelo projeto Aldeia Conquista que envolveu 12 famílias desta comunidade indígena. A nação Guarani faz parte do grupo étnico Tupi e se divide em outros subgrupos. Xiripá, Kaiowá e Mbyá como é o caso da aldeia, localizada no município Balneário de Barra do Sul e possui uma área aproximada de 1000 hectares . O tronco linguístico é o Tupi, a família Tupi Guarani e o do dialeto Mbyá. No ano de 2013 o projeto contou com acadêmicos dos cursos de medicina, farmácia, odontologia, Ciências Biológicas e História. O desenvolvimento do projeto se deu por encontros semanais onde se realizavam as leituras, reflexões, elaboração das ações e as visitas quinzenais à aldeia. Para atender a necessidades destas 38 pessoas, entre crianças, jovens e adultos, temáticas como saúde bucal, controle de verminoses, uso de plantas medicinais, desenvolvimento e plantio de horta foram desenvolvidas com palestras, registros artísticos jogos, trocas de conversa... A escola, espaço histórico de imposição de valores e assimilação da cultura branca é presente nesta aldeia e no momento em que não há o professor bilíngue, os aspectos da cultura indígena são suprimidos do currículo. Desta forma atividades de jogos foram pautadas na lógica kuaa – mbo’e = conhecer – ensinar. Conteúdos escolares eram resignificados para a cultura guarani de modo que pudessem, também perceber sua cultura e seu saber.entendia-se que conhecer a cultura do outro, valorizá-la, respeitar a diversidade mantêm uma relação muito estreita com os sentidos e funções que a comunidade atribui à escola. Para os participantes deste projeto a ação extensionista como processo construtivo e educativo desenvolve-se inicialmente através de apreensão, de inter-relações, de reflexão e de percepção dos fatos e realidades que neste caso são dos povos indígenas. O desafio que se coloca todos os anos é o de pensar os grupos indígenas como protagonistas no âmbito acadêmico. Isso significa permitir aos acadêmicos o movimento de abrir mão de certezas etnocêntricas e compartilhar saberes. Nesta busca, o Projeto Conquista cumprem um papel relevante, haja vista a singularidade da população atendida.

Projeto atividade física e saúde para idosos - força muscular dos participantes

  • Ricardo Yves dos Passos, Graduando, ricardoyvesdospassos@hotmail.com
  • Mauren da Silva Salin, Dr(a), mauren.salin@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Idosos, Atividade Física, Força Muscular

Introdução: A redução da capacidade funcional durante o processo de envelhecimento decorre em grande parte da inatividade física. Existem evidências epidemiológicas que sustentam o efeito positivo do envolvimento dos indivíduos em programas de atividade física ou de exercício na prevenção e minimização dos efeitos deletérios do envelhecimento (ACSM, 2000).

Objetivo: Avaliar a força muscular de membros superiores e inferiores de idosos participantes de um Projeto de Extensão Universitária voltado à prática de exercícios físicos generalizados, antes e após um período de 8 meses de intervenção.

Método: Este estudo caracteriza-se como descritivo e semiexperimental. A população deste estudo constituiu-se de 22 idosos, ambos os sexos. A força muscular foi avaliada por meio dos testes sentar e levantar e flexão de cotovelos, pertencentes à Bateria SFT de Rikli e Jones (2008). Para caracterização da amostra utilizou-se estatística descritiva simples (porcentagem, frequência). Para comparar os resultados do pré e pós-teste utilizou-se o teste “t” de student pareado, adotando-se o nível de significância de 95%.

Resultados: A média de idade dos idosos foi de 66 anos, 72% são mulheres, 35 % declararam possuir de 1 a 4 anos de escolaridade, 73% comentaram ter alguma dor ou patologia e 57% realizava caminhadas ao ar livre além das atividades propostas no projeto. Em relação aos testes aplicados encontrou-se diferença estatisticamente significativa na força dos membros inferiores dos idosos (p=0,013). O mesmo não ocorreu nos resultados do teste de força dos membros superiores dos participantes.

Conclusão: Observou-se no presente estudo incrementos na força muscular de membros inferiores dos idosos. Entretanto percebe-se a necessidade de novos planejamentos para obtenção de resultados mais expressivos na força dos membros superiores dos participantes.

Apoio / Parcerias: CNPq

PROPORCIONANDO SAÚDE BUCAL À UMA COMUNIDADE ISOLADA

  • Melisa Paes Esmeraldino, Graduando, mel.paes@terra.com.br
  • Julia Carelli, Graduando, jucarelli_@hotmail.com
  • Luiza Duarte de Oliveira, Graduando, luiza_deoliveira@hotmail.com
  • Celia Maria Condeixa de França Loipes, MSc, cmcflopes@ig.com.br
  • Edward Werner Schubert, MSc, ewschubert@ig.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Saúde bucal, Prevenção, Escovação Dentaria

O Programa Institucional “Sorria Vila da Glória”, iniciou suas atividades na comunidade da Vila da Glória, Distrito do Saí, no município de São Francisco do Sul (SC), no ano de 2003, para o desenvolvimento das atividades do Programa de Extensão do Departamento de Odontologia. A proposta, desde o início das atividades, é oportunizar aos acadêmicos do Curso de Odontologia da UNIVILLE, complementação sólida ao “saber odontológico”, aquele adquirido nas salas de aula e clínicas do Campus Universitário, com a experimentação da vivência do profissional odontólogo, inserido no seio da comunidade, e em contrapartida oferecer à comunidade a oportunidade de melhora na saúde bucal, por meio de ações preventivas e/ou curativas. Os cerca de 2.500 habitantes desta comunidade, dispõem de água encanada em toda a localidade, mas sem tratamento nem fluoretação. O atendimento odontológico é restrito aos serviços de um profissional, vinculado ao ambulatório local, que não supre as necessidades da população, estando focado no atendimento curativo, atuando por demanda espontânea. A inserção do acadêmico ocorre pela atuação na tríade indissociável que alicerça o ensino universitário moderno: Ensino, Pesquisa e Extensão. O Programa conta com 3 alunos bolsistas, 8 alunos voluntários e ainda 5 alunos da Disciplina de Estágio Extra-Muros(Disciplina integrante da grade curricular do 5º ano do Curso de Odontologia). Estes acadêmicos são cuidadosamente selecionados dentre aqueles que se identificaram com a proposta do Programa e que estão regularmente matriculados no Curso de Odontologia. Envolver alunos dos diferentes anos de formação favorece a construção do conhecimento, pela interação de todos – Docentes e Discentes. O Programa está dividido em ações específicas, delineadas em 5 diferentes projetos (Promoção de Saúde Bucal nos Escolares - atuando na Escola Municipal, na Escola Estadual, no CEI - Pré-Escola -; Orientação e Motivação de Professores em Saúde Bucal, Odontologia para Bebês, Tratamento Odontológico Curativo; e Mutirão).A comunidade tem uma percepção positiva da presença da equipe, demonstrando confiança plena nos trabalhos desenvolvidos. Autorizando o atendimento preventivo e curativo nos estudantes de todas as unidades de educação local e também buscando orientações e atendimento para a população adulta. Esta população foi beneficiada no ano de 2013 com a realização de 290 procedimentos odontológicos curativos, 1510 escovações supervisionadas, 89 visitas domiciliares para atendimento dos bebês e para os procedimentos de maior complexidade o Programa proporcionou 4 Mutirões, na Clínica de Odontopediatria da UNIVILLE, realizando 157 procedimentos. Os 3033 procedimentos realizados interferiram positivamente na qualidade de vida desta comunidade.

Apoio / Parcerias: Secretaria Municipal de Saúde - São Francisco do Sul (SC); Secretaria Municipal de Educação - São Francisco do Sul (SC)

Quantificação de sinvastatina e atenolol por espectrofotometria de absorção no ultravioleta

  • Rodrigo Reinert da Silva, Graduando, rodrigo_rsilva82@hotmail.com
  • Melissa Zétola, MSc, mel.zetola@gmail.com
  • Bianca Ramos Pezzini, Dr(a), pezzinibia@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Atenolol, sinvastatina, espectrofotometria no ultravioleta

As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo. O risco de desenvolver doenças cardiovasculares aumenta quando o paciente apresenta hipertensão arterial associada à hipercolesterolemia, o que justifica o tratamento conjunto com fármacos anti-hipertensivos e hipolipemiantes. Há estudos que defendem a associação desses fármacos em um único medicamento para facilitar a adesão do paciente ao tratamento e promover maior controle do quadro clínico. No controle de qualidade de medicamentos contendo a associação de fármacos, é importante a utilização de metodologias que possibilitem a análise dessas substâncias presentes na mesma amostra. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um método de quantificação de sinvastatina (hipolipemiante) e atenolol (anti-hipertensivo) presentes em uma mesma forma farmacêutica, por espectrofotometria de absorção no ultravioleta. Inicialmente, foram obtidos os espectros de absorção no ultravioleta da sinvastatina (15,0 ¼g/mL) e do atenolol (50,0 ¼g/mL), empregando HCl 0,1 N pH 1,2 como solvente. Os comprimentos de onda de 247,4 nm e 274 nm foram selecionados, respectivamente, para a quantificação da sinvastatina e do atenolol, pois os espectros das substâncias isoladas indicaram que nestes comprimentos de onda não haveria interferência de um fármaco na análise do outro. Uma curva de calibração foi construída para a sinvastatina empregando 5,0; 7,5; 10,0; 12,5 e 15,0 µg/mL, sendo obtida a equação da reta y = 27,837x + 0,1848 (R² = 0,9988). Para o atenolol, a curva de calibração foi construída empregando 5,0; 10,0; 20,0; 30,0; 40,0 e 50,0 µg/mL, obtendo-se a equação da reta y = 194,64x - 0,1516 (R² = 0,9999). Esses resultados demonstraram que o método é linear para a sinvastatina e o atenolol, nas concentrações testadas. Para determinar a especificidade do método, foram preparadas soluções com concentrações conhecidas de atenolol, que foram submetidas à análise em 247,4 nm, sendo este o comprimento de onda selecionado para a sinvastatina. Desta forma, o atenolol não deveria apresentar leitura nesse comprimento de onda. Porém, embora o espectro do atenolol não possua uma banda de absorção em 247,4 nm, o fármaco apresentou leitura neste comprimento de onda, o que demonstrou que o método não é específico para a sinvastatina. Sendo assim, embora os resultados preliminares indicassem que o atenolol e a sinvastatina poderiam ser quantificados em amostras contendo os dois fármacos, isto não foi possível pois o atenolol interferiu na leitura da sinvastatina.

Apoio / Parcerias: PIBIC-CNPq

RELAÇÃO ENTRE SENSIBILIDADE À AVERSÃO E A PREFERÊNCIA PELA QUANTIDADE E VARIEDADE DE TEMPEROS NA COMIDA

  • Gabriel Horn Iwaya, Graduando, gabrieliwaya@hotmail.com
  • Valeria Cristina Rufo Vetorazzi, MSc, valeriac.rufo@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: aversão a alimentos, gastronomia darwiniana, hipótese antimicrobiana

A aversão é uma emoção universal, desencadeada por estímulos que aparentam algum risco de contaminação, evitando que entremos em contato com esse contaminante em potencial. Porém, nem todos respondem à aversão da mesma forma e há evidências na literatura de que as mulheres, em geral, são mais sensíveis à aversão, quando comparadas aos homens e, tanto em homens quanto em mulheres, a sensibilidade à aversão parece diminuir conforme a pessoa vai ficando mais velha . Recentemente, uma nova vertente da gastronomia, intitulada "Gastronomia Darwiniana" vem tentando estudar à luz da lógica evolucionista, a razão pela qual fazemos uso de alguns elementos durante a preparação do alimento. Um dos mais estudados é referente ao uso dos temperos. Para alguns autores os temperos podem apresentar propriedades antimicrobianas, sendo essenciais para reduzir a chance de nos contaminarmos ao ingerir algum tipo de alimento já assolado por algum micróbio. Nesta pesquisa foram selecionados um total de 178 participantes (50%, masculino e 50% feminino), todos eles universitários, acadêmicos dos cursos de graduação da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. A pesquisa teve por objetivo investigar a relação entre a “Sensibilidade à aversão” e a quantidade, preferência, frequência e variedade de temperos aceitos na alimentação. Para tanto foram utilizadas uma “Escala de Sensibilidade a Aversão” e um questionário elaborado pelos autores sobre os tipos de temperos e a frequência de seus usos na alimentação. Através da análise estatística, realizada com o software MINITAB, as análises de variância, sobre as correlações entre a DS-R e quantidade de carne na dieta, preferência por temperos na comida, frequência de consumo de alimentos temperados e quantidade de temperos aceitos na comida não demonstraram valores estatisticamente significativos. Embora não tenha sido possível estabelecer uma correlação direta entre a aversão e a alimentação, os dados obtidos confirmam a hipótese anti-microbiana de Sherman & Billings (1999), bem como a amostragem feminina demonstrou ser mais sensível à aversão em comparação com a masculina, conforme descrito por Schuenle et al (2005) e Olatunji et al (2005).

Resistência de união de cerâmicas odontológicas condicionadas com o sistema de plasma atmosférico

  • Shélen Fernandes, Graduando, shelen.fernandes@gmail.com
  • Luiz Carlos Machado Miguel, Dr(a), lcmmiguel@gmail.com
  • Peter Clayton Moon, Dr(a), peter@clayton.com.br
  • Rubens Nazareno Garcia, Dr(a), rubens.garcia@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Gases em Plasma , Cerâmica, Resistência ao Cisalhamento

O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência de união ao cisalhamento de um cimento resinoso autoadesivo a quatro cerâmicas odontológicas tratadas com plasma atmosférico. Foram utilizados vinte e quatro blocos de cerâmicas (4 mm largura, 14 mm comprimento, 2 mm espessura), que foram previamente abrasionados com óxido de alumínio (90 ¼m), divididos em 12 grupos / n=8 cilindros por grupo. O cimento resinoso RelyX U200 (3M ESPE) foi unido às cerâmicas reforçadas por leucita Creapress (CRE-Creation/Klema), Finesse All-Ceramic (FIN-Dentsply/Ceramco), IPS Empress Esthetic (IEE-Ivoclar Vivadent) e Vita PM9 (PM9-Vita), com três tratamentos das cerâmicas: 1. Controle / ácido hidrofluorídrico (HF); 2. Plasma atmosférico (AP); e 3. Combinado (HF+AP). Após os tratamentos das superfícies e silanização, quatro matrizes do tipo Tygon foram posicionadas sobre cada bloco e preenchidas com o cimento resinoso (fotopolimerização de 40 segundos). As matrizes foram removidas para expor os corpos de prova (cilindros com área de 0,38 mm2) e as amostras armazenadas a 37±2°C por 24 horas em água destilada. Os corpos de prova foram testados em cisalhamento em uma máquina universal de ensaios Instron (com a força aplicada na base dos cilindros com um fio de aço 0,25 mm) a uma velocidade de 0,5 mm/min, até a falha. Os resultados foram analisados pela Análise de Variância (tratamentos e cerâmicas) e teste de Tukey (p<0,05). Comparando os tratamentos dentro de cada cerâmica, para a CRE o tratamento com o plasma atmosférico resultou em menor resistência de união. Para a FIN, o tratamento combinado resultou em maior resistência de união. Para as cerâmicas IEE e PM9 não houve diferença estatística para os diferentes tratamentos de superfície, porém com maiores médias de resistência de união para a IEE em relação às demais cerâmicas. O tratamento com plasma atmosférico é cerâmica-dependente. A sua utilização combinada com o ácido hidrofluorídrico pode ser uma opção viável para ampliar a resistência de união, porém mais estudos de longevidade da união devem ser realizados.

Apoio / Parcerias: VCU, Virginia Commonwealth University, Dental School, Richmond, Virginia, USA

Treinamento Proprioceptivo na Natação

  • Ana Clara Ceconello, Graduando, aceconello1@gmail.com
  • PATRICIA ESTHER FERNDRICH MAGRI, MSc, pef.magri@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Treinamento, Proprioceptivo, Natação

Introdução: A propriocepção pode ser também conhecida por cinestesia que é a capacidade de orientação espacial do corpo. Os exercícios de propriocepção trabalham a consciência corporal, sendo por isso muito importante no envio de informações ao cérebro sobre o posicionamento corporal para execução e controle de movimento. Objetivo: O objetivo do estudo foi planejar, aplicar e analisar o impacto de atividades de flutuação, deslize, respiração e propulsão, para melhora da propriocepção e sensibilidade do nadador. Método: Este projeto foi desenvolvido com 15 (quinze) nadadores na faixa etária de 11 e 12 anos, com um ano de prática. O planejamento considerou o nível de habilidades e o resgate de conteúdos da fase anterior que precisavam ser reforçados. As atividades se constituíram de oito exercícios com e sem o uso de materiais e realizou-se durante dois meses.Cada atividade teve a meta de fazê-los pensar sobre o movimento e a consequência no seu rendimento. Em todas as aulas os alunos foram questionados sobre o rendimento. Os dados foram registrados em formulário específico e posterior análise de conteúdo. As respostas foram organizadas por categorias e apresentadas em percentuais. Resultados: Possibilidade de prestar atenção nos movimentos 38%; Mais rapidez 35%; Facilidade na realização 12%; Percepção de leveza 10%; Melhoria em geral 05%. Essa experiência apontou que treinamento proprioceptivo por meio de práticas reflexivas se tornam interessantes, pois a atenção nos movimentos fazem com que a postura, equilíbrio e ativação muscular rápida, sejam retroalimentada. Vale frisar que o SNC envia informações ao cérebro orientando os componentes articulares para se reajustarem à uma nova situação e assim, manter o equilíbrio, pois os proprioceptores se tornam mais "atentos", fazendo com que este processamento de informação se torne mais rápido, evitando estresse muscular e a melhoria contínua. Conclusão: O resultado obtido, demonstra que o treinamento proprioceptivo pode ser estimulado por meio da reflexão sobre a sua própria prática, o que contribui para melhoria contínua do nadador, tanto quanto para adaptação dos órgãos sensoriais nos movimentos específicos da modalidade e apropriação de si.

Apoio / Parcerias: CNPQ

USO RACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS

  • Cynthia Hering Rinnert, Dr(a), crinnert@gmail.com
  • Luiz Paulo de Lemos Wiese, MSc, luizwiese@gmail.com
  • Larissa Desordi, Graduando, larissa.desordi@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Fitoterapia, Autocuidado, Difusão do conhecimento

O uso de plantas medicinais é uma prática que acompanha o homem desde os primórdios da civilização, fundamentado no acúmulo de informações repassadas oralmente através de sucessivas gerações. O acesso limitado aos medicamentos e à atenção básica à saúde tem motivado a busca de soluções para os problemas de saúde, autogeridas por grupos independentes, na comunidade ou até pessoalmente. O objetivo deste projeto consiste em difundir a utilização correta de plantas medicinais como alternativa terapêutica no Sistema Único de Saúde e estratégia de autocuidado em saúde para a população de Joinville, considerando-se os conhecimentos científico e tradicional na construção dos saberes. Este projeto existe desde 2005, envolvendo acadêmicos e professores do curso de Farmácia que, até o momento, atingiram cerca de 10000 pessoas entre alunos, professores, funcionários, agentes de saúde, pais, pacientes e comunidade em geral por meio de atividades como palestras, gincanas e oficinas sobre o uso racional de plantas medicinais. Para informar e orientar a comunidade, é necessária a realização de estudos bibliográficos sobre os temas abordados, que estão em constante atualização. Além disso, muitas informações fornecidas têm como base pesquisas e trabalhos de conclusão de curso produzidos no Departamento de Farmácia. Em 2013 foram realizadas diversas palestras, capacitações técnicas para gestantes, hipertensos e professores, parceria com o SESC (Serviço Social do Comércio), capacitação para os agentes de saúde da Unidade Básica de Saúde “Estrada Anaburgo”, visitas guiadas ao Horto de Plantas Medicinais da UNIVILLE e oficinas de velas. O projeto participou de vários eventos, destacando-se: Evento na Praça Nereu Ramos (em parceria com o SESC), Evento na Igreja Paranaguamirim (CRAS); Dia do Trabalhador (Cau Hansen), SIPAT-SESC, Eco Ilha (São Francisco do Sul); Jornada Ambiental da Univille (Unidade Centro e Bom Retiro), Semana SIPAT (PERINI), entre outros. O público atingido foi de 868 pessoas. Além de orientações à comunidade em geral, este projeto contribui com a formação de recursos humanos, uma vez que os bolsistas recebem capacitação sobre a correta identificação e o uso racional de plantas medicinais, cuidados com plantas tóxicas e relacionamento interpessoal. O projeto também acolhe acadêmicos que recebem bolsas do artigo 170, os quais realizam pesquisas bibliográficas, mantendo atualizado o banco de dados sobre plantas medicinais. As atividades desenvolvidas pelo projeto são divulgadas em blog (http://urpm.blogspot.com.br/2009/11/palestra-no-colegio-da-univille.html) e no facebook (https://www.facebook.com/PEURPM). Os resultados evidenciam a relevância do URPM para as comunidades externa e interna da UNIVILLE, fundamentados na pesquisa, no ensino e na extensão universitária.

Apoio / Parcerias: SESC

VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS DO PROJETO PALHAÇOTERAPIA NO PRIMEIRO CONTATO COM O HOSPITAL

  • Woryk Schröder Nowak, Graduando, woryk@gmail.com
  • Aline Brancaleone Rochembach1, Graduando, aline@gmail.com
  • Grazielle Dutra da Silva, Graduando, grazielle.dutra@gmail.com
  • Guilherme Thomaz dos Santos, Graduando, guilherme@gmail.com
  • Angela Finardi, MSc, angela.finardi@gmail.com
  • Selma Cristina Franco, Dr(a), scfranco@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Humanização da Assistência, Terapia do Riso, Relações Comunidade-Instituição

Introdução: O ambiente hospitalar está associado no imaginário coletivo a representações de dor, sofrimento e morte. Daí a importância da escola médica propiciar experiências de contato com hospitais e pacientes hospitalizados desde o início da formação acadêmica Objetivos: Relatar a vivência dos acadêmicos de cursos da área da saúde ingressantes no projeto Palhaçoterapia com relação ao primeiro contato com o hospital e os pacientes hospitalizados. Relato de Experiência: Palhaçoterapia é um projeto de extensão da UNIVILLE do qual participam estudantes de cursos da área da saúde, com o objetivo de resgatar aspectos humanísticos do cuidado à saúde. Baseado em técnicas artísticas circenses e teatro clown, o grupo atua em ambiente hospitalar, visando estabelecer uma aproximação com crianças hospitalizadas, pais e profissionais de saúde, bem como com o saber médico e as rotinas hospitalares. É realizado em encontros semanais, nos quais os acadêmicos desenvolvem habilidades artísticas e, após um período de preparo de quatro meses, passam a visitar semanalmente um hospital público pediátrico interagindo com as crianças internadas, por meio de atividades lúdicas. Resultados: As expectativas relatadas antes da primeira visita ao hospital referiram-se a ampliar os conhecimentos sobre humanização, aumentar o contato com pacientes, amenizar a dor de pacientes e familiares e aprimorar a habilidade de expressão pessoal. O temor do despreparo para este contato foi relatado por todos. Após a visita, as expectativas positivas foram confirmadas, deixando clara a centralidade da dimensão interpessoal e intersubjetiva frente aos pacientes. Fazer parte do projeto passou a ser revalorizado pelos estudantes. Conclusões: Projetos de extensão podem propiciar as primeiras vivências dentro do ambiente hospitalar em grupos orientados por professores, em contextos protegidos no qual os estudantes podem desenvolver o autoconhecimento, expor sentimentos e refletir sobre a prática médica. É responsabilidade das escolas médicas tornar estas vivências objeto das práticas pedagógicas.

Apoio / Parcerias: Hospital Materno Infantil Dr Jeser Amarante Faria