Área 03 - Ciências Humanas e Lingüística, Letras e Artes

Índice

  1. A 7ª e 8ª bienais do mercosul: o artista e suas relações com a sociedade e o meio onde vive.
  2. A concepção de infância dos professores da rede municipal de Joinville
  3. A imaterialidade do progresso material: uma interpretação teológica da cultura protestante na cidade de Joinville
  4. As mudanças lexicais e sintáticas do inglês enquanto língua de origem germânica
  5. Atividades educativas virtuais em arte: uma análise conceitual e metodológica
  6. Consequências do fechamento de escolas do campo no século XXI
  7. Contribuição à pesquisa documental sobre sambaquis da costa leste da Ilha de São Francisco do Sul/SC
  8. Desenvolvimento de interface gráfica para sistematização da Gestão do Design em escritório de Design de embalagem
  9. Discurso Curatorial: Mundo e tempo de crises
  10. Ensino fundamental de nove anos e a Educação Escolar Indígena: o que dizem os professores?
  11. Imigração: representações a partir do museu nacional de imigração e colonização de joinville
  12. Literatura Infantil juvenil com temática Afro: Usos e recursos em sala de aula
  13. O luto em "Olhai os lírios do campo"
  14. O olhar social: as histórias em quadrinhos como ferramenta pedagógica de reflexão
  15. O processo de inclusão no ensino superior: primeiros passos de uma longa caminhada
  16. O projeto na visão dos profissionais da docência dos Centros de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Joinville
  17. Os gêneros de discurso utilizados pelo inovador sistema de Televendas, bem como, o perfil dos clientes que compram por tal sistema comercial
  18. Representações da Guerra do Paraguai
  19. Salas de apoio e as condições do trabalho docente
  20. Trajetórias de letramento de professores de língua portuguesa na formação inicial
  21. Um Computador por Aluno: uma análise das políticas nacionais de educação brasileiras voltadas à difusão de TICs no cotidiano escolar.
  22. Usos sociais da escrita e as implicações na constituição dos gêneros TCC/TCE

Resumos

A 7ª e 8ª bienais do mercosul: o artista e suas relações com a sociedade e o meio onde vive.

  • ANA PAULA DE OLIVEIRA, Graduando, anapaulaoliveira@univille.br
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nlamas@univille.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: análise de discuso , curadoria, bienais de arte

O texto é parte da pesquisa Análise do discurso curatorial das 7ª e 8ª bienais do Mercosul, cujo objetivo é compreender os discursos curatoriais da mencionada bienal, e vincula-se a pesquisa ARTEME: Discurso Curatorial e as possíveis influências sobre a produção artística emergente em Joinville e Florianópolis que visa averiguar a possíveis influencias das grandes bienais de arte do Sul do país sobre os trabalhos de artistas emergentes de Joinville e Florianópolis.A pesquisa é de natureza bibliográfica e parte das teorias da análise de discurso com enfoque artístico, após o levantamento bibliográfico e virtual sobre as mencionadas amostras e as análises fez-se a comparação entre os discursos. Na presente fase pretende-se comparar os discursos das duas últimas edições da mostra, com vistas a perceber onde e como suas temáticas assemelham-se ou se afastam, entendendo melhor assim um pouco da arte contemporânea produzida neste período. Para começar a comparação dos discursos escolhemos os primeiros textos de cada uma das edições da mostra, da 7ª foi escolhido o texto Grito e Escuta, da 8ª o texto selecionado é o Ensaios de Geopoética. Na sétima edição da amostra, a temática dos curadores Vitoria Noorthoorm e Camilo Yañez concentraram-se na relação do artista com o meio social, esta interação é mutua, nela artista e sociedade estão em constante diálogo, que gera novas proposições artísticas. A oitava bienal teve como curador geral Jose Roca, que lidou com as noções de geopoética, tendo em vista as formas de expressão do artista com o meio onde vive, percebendo, não apenas a geografia de um determinado lugar, mais explorou também as noções de Estado e Nação, que os artistas tem em relação aos mesmos. Observa-se que os dois discursos se aproximam ao lidar com as relações dos artistas com o meio onde vive seja ela social, geográfica ou política, porém a relação postulada pelos curadores da sétima edição da bienal do Mercosul sugere um constante diálogo e uma interação contínua entre o artista e a sociedade. Já na oitava edição tem-se as várias visões postuladas pelos artistas, indo a fundo no conceito de geopoética, relação que também sugere um diálogo no qual a resposta do público talvez seja menos intensa mais igualmente importante.

Apoio / Parcerias: fundo de apoio a pesquisa

A concepção de infância dos professores da rede municipal de Joinville

  • JENIFER HARDT, Graduando, jenifer.hardt@univille.br
  • Sonia Regina Pereira, MSc, s.regina@univille.br

Palavras-chave: Infância, Criança, Especificidades

O presente trabalho analisa a concepção de infância dos professores que atuam no 1º e 2º ano das séries iniciais na rede municipal de Joinville. A pesquisa busca compreender como a criança é percebida pelo professor. O objetivo principal da análise é verificar se as especificidades das crianças do 1º e 2º ano das séries iniciais do ensino fundamental são observadas e respeitadas no trabalho realizado pelos professores durante o processo de ensino e aprendizagem. Para levantar os dados necessários usou-se a pesquisa de campo, através de um questionário que foi aplicado com professores da rede municipal de ensino de Joinville e através da pesquisa bibliográfica. Com base na análise feita percebeu-se que o professor das séries iniciais e a escola têm um grande desafio de repensar suas práticas pedagógicas. A criança possui o direito de ser criança, de ter educação e proteção. A escola, como instituição de ensino tem papel fundamental para que esses direitos sejam assegurados. A criança ingressa na escola a partir dos seus seis anos de idade, mas até 2006 a maioria das crianças com essa idade estavam na educação infantil. Essa realidade mudou com a Lei 11.274, que instituiu o ensino fundamental de nove anos de duração, com a inclusão das crianças de seis anos de idade. O ensino fundamental de nove anos trouxe muitos questionamentos sobre o currículo para as classes das crianças de seis anos de idade, referentes ao que se deve trabalhar com essas crianças.

A imaterialidade do progresso material: uma interpretação teológica da cultura protestante na cidade de Joinville

  • JOÃO ANTONIO DE MEDEIROS, Graduando, joaomedeiros@univille.br
  • EULER RENATO WESTPHAL, Dr(a), eulerrw@brturbo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: Patrimônio cultural, Imaterialidade, Teologia

Cuida-se de questão elementar a respeito da imaterialidade da cultura em Joinville a partir de 1851 até o início do século XX, vez que o protestantismo fomentou a cultura, pautando-se no trabalho e progresso material. Conforme a história, os imigrantes alemães e suíços que chegaram em Joinville a partir de 1851, eram na sua maioria protestantes. Na época estes imigrantes vivenciaram em seus países de origem que o protestantismo promovera importantes transformações culturais na Europa. A partir de então a consciência imaterial da teologia protestante foi fundamental para a construção da cultura encontrada na cidade, especialmente, referente à visão de trabalho e progresso. No tocante à imaterialidade é imperioso abordar sua teologia, pois é base fundamental da expressão cultural. De fato, a sociedade é constituída pelo conjunto das relações sociais e culturais de comunidades humanas, que constroem sua identidade coletiva por meio da valores tangíveis e intangíveis, os quais se expressam na construção do simbólico como elemento de estabilidade social. Joinville é um bom exemplo da construção de um modelo de imigração, cultura e igreja que aproxima questões políticas, culturais e confessionais de diferentes correntes e múltiplos aspectos sócio-políticos. Denota-se da análise bibliográfica que há efetivos subsídios teóricos para sustentação de discussões acerca da linguagem, valores, crenças, concepções de vida e leituras de mundo. Através dos textos examinados será possível uma aborgadem consistente sobre questões imateriais do patrimônio cultural material e a relação entre o patrimônio material e o imaterial. Além disso, haverá a propositura de abordagens mais amplas de patrimônio cultural, estabelecendo diálogos interdisciplinares ao chamar as concepções teológicas e os processos históricos, leitura das dinâmicas sociais nas primeiras décadas de formação da comunidade protestante em Joinville. Em relação à perspectiva da metodologia, o projeto está sendo coordenado por um pesquisador com a participação de aluna do MPCS e um aluno de gradução em Ciências Sociais e Jurídicas - Direito. Essencialmente, objetivando atingir os propósitos iniciais, estão sendo analisados textos de prédicas dos órgãos de comunicação da Comunidade Luterana de Joinville, da Comunidade Evangélica de Joinville (CEJ), prédicas de pastores luteranos e artigos da "Kolonie-Zeitung", que estão disponíveis em material digitalizado, bem como pesquisas bibliográficas, com foco em WEBER. Max. A ética protestante e o "espírito" do Capitalismo. São Paulo: Comp. das Letras, 2004. Portanto, conclui-se que a cultura se faz a partir da construção dos vínculos sociais, e construção de projetos de vida.

As mudanças lexicais e sintáticas do inglês enquanto língua de origem germânica

  • RAFAEL SILVA FOUTO, Graduando, rafael.fouto@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Língua inglesa, Linguística histórica, Ensino

Pensar sobre uma língua é também pensar na sua história. A compreensão das transformações de uma língua em seus diferentes estágios pode ajudar a explicar como e porque ela assim se constitui, podendo contribuir com as metodologias de ensino de língua no que concerne a aquisição linguística e comunicativa da língua alvo. Partindo desse pressuposto, o objetivo desta pesquisa foi demonstrar a importância dos estudos linguísticos históricos para o ensino da língua inglesa em sala de aula, em particular o impacto ao se considerar o inglês enquanto uma língua de origem germânica que passou por um longo processo de contato com outras línguas e culturas. Com base no grande corpus literário da língua inglesa, buscou-se averiguar, através das evoluções na sintaxe e no léxico documentadas em texto, os elementos que caracterizam e localizam o inglês dentro do grupo germânico, que inclui também o alemão, holandês e as línguas escandinavas. A metodologia empregada foi exploratória e bibliográfica, utilizando para a análise trechos selecionados de documentos e obras literárias disponíveis de cada período histórico, segundo Richard Hogg (1992), em que o inglês é linguisticamente dividido: antigo (séc. V-XI), médio (séc. XI-XV) e moderno (séc. XV- atualmente). A análise realizada permitiu o esclarecimento de questões tais como o padrão restrito de organização das palavras na sintaxe inglesa e o enorme vocabulário duplicado que a língua apresenta, bem como os principais adstratos e superstratos que impactaram o desenvolvimento do inglês, a bem dizer o adstrato nórdico e o superstrato francês e latino, estes dois últimos afetando fortemente o vocabulário de caráter mais erudito da língua, enquanto o vocabulário básico preserva sua origem germânica. A sintaxe, por outro lado, mostra ter sido afetada principalmente por transformações internas da língua, e pelo impacto do adstrato nórdico, mantendo também a estrutura nativa germânica. Concluiu-se que, para o ensino do inglês, estes são elementos que devem ser considerados tanto na formação do professor quanto no aprendizado do aluno, devendo estar claro para o professor o porquê das características que a morfologia e sintaxe inglesa apresentam, bem como a utilização de um vocabulário adequado à conversação cotidiana e natural, evitando a fala demasiada erudita com base no uso e ensino excessivo de vocábulos de origem latina.

Atividades educativas virtuais em arte: uma análise conceitual e metodológica

  • BARBARA MARIAH RETZLAFF BUBLITZ, Graduando, barbara.bublitz@univille.br
  • Alena Rizi Marmo, MSc, lemarmo@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: atividade educativa, virtualidade, ciberespaço

O presente resumo tem por finalidade delinear os resultados do projeto de iniciação científica “Investigação de atividades educativas virtuais em arte: uma análise conceitual e metodológica” que tem por objetivo central investigar atividades educativas disponibilizadas em sites de instituições culturais e museológicas identificadas pelo projeto de pesquisa maior Material Educativo Virtual em Arte (MEVA), desenvolvido no Programa Institucional de Extensão Arte na Escola da UNIVILLE. Foram analisados até o momento cento e quinze sites, dos quais noventa e um possuem material educativo e cinco possuem atividades educativas virtuais. Pode-se perceber, a partir da discrepância entre tais números que, embora já sejam cogitadas práticas descentralizadas de construção de saberes em relação ao sistema vigente de ensino e tenham sido efetuadas inserções tecnológicas em espaços públicos, não houve renovações no âmbito das concepções pedagógicas e de políticas públicas. Um possível reflexo desta situação é observado em ações insipientes por parte de instituições comprometidas com a fomentação da cultura quanto ao universo específico do ciberespaço e suas potencialidades.

Consequências do fechamento de escolas do campo no século XXI

  • MARILCHA LUCIANO DOS SANTOS, Graduando, marilcha.santos@univille.br
  • Elizabete Tamanini, Dr(a), btamanini@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: fechamento de escolas, educação do campo, escolas rurais

As transformações em nossa sociedade têm interferido diretamente na vida das comunidades rurais. O processo de fechamento de escolas do campo atualmente ocorre, em maior ou menor proporção, em todo o Brasil. Nota-se, daí que diante do fechamento da escola a comunidade rural sofre e se sente mais fraca. O presente projeto de pesquisa visa analisar questões decorrentes do fechamento de escolas rurais, pois é na relação com a escola que as comunidades expressam seus sentimentos, seus valores, suas subjetividades. A importância desse estudo reside justamente no fato de que o ambiente escolar é uma instituição física carregada de valores históricos, um espaço de outras atividades sociais e culturais. Quando uma escola é fechada, perde-se muito da memória daquela comunidade que foi afetada. Perde-se sua identidade e seu vínculo.

Contribuição à pesquisa documental sobre sambaquis da costa leste da Ilha de São Francisco do Sul/SC

  • JOELSON LOPES MACIEL, Graduando, joelsonlopesm@gmail.com
  • Dione da Rocha Bandeira, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: São Francisco do Sul, Sambaquis, Histórico

O presente projeto tem por objetivo produzir um levantamento da ocupação histórica da região leste da Ilha de São Francisco do Sul, atentando a relação entre as populações ali residentes outrora e os sítios arqueológicos do tipo sambaquis existentes. Está vinculado ao universo do projeto principal "Assentamentos humanos pré-coloniais na costa leste da Ilha de São Francisco do Sul/SC: contribuição para uma arqueologia costeira e estudos de etnicidade" (simplificadamente "Costa Leste"),que tem entre seus objetivos específicos "Levantar informações sobre a história de transformação/destruição de sítios arqueológicos a partir da bibliografia, documentação escrita e informações orais". É neste momento que se faz necessária uma pesquisa a respeito da ocupação humana histórica da região leste da Ilha de São Francisco do Sul, para identificar possíveis atividades ou situações em que o material dos sítios possivelmente tenha sido utilizado para outros meios, como pavimentação de estradas, produção de cal e telhas ou até mesmo moradia sobre o sítio, usos comuns para sambaquis na região Norte de Santa Catarina. Assim, para cumprir a tarefa de um levantamento histórico da costa leste, é preciso trabalhar em três frentes: pesquisa bibliográfica da história da ocupação territorial da Ilha, que ocorre concomitantemente ao andamento das outras atividades, e fornecerá subsídios para compreender as fontes que nos chegam; busca documental, privilegiando as fontes escritas, como jornais e processos de cessão de sesmaria, por exemplo, e que são importantes para embasar a narrativa bibliográfica e a terceira frente de trabalho; esta consiste na produção e análise de entrevistas orais, essenciais para identificar práticas de degradação mais recentes a sambaquis, bem como processos de ocupação e, mais recentemente, de desocupação territorial da costa leste da Ilha de São Francisco. Acerca dos resultados já obtidos, temos um panorama do passado da costa leste: em 1658, quando da fundação da Vila de São Francisco, a região estudada já estava inscrita numa divisão territorial por meio de sesmaria. Novamente um processo de requerimento de sesmaria dá registro de ocupação às margens da laguna do Acaraí em 1808, quando Francisca Martins da Conceição pede mais três quartos de légua de terra. Saint-Hilaire, em suas viagens ao Brasil, nos anos 1820, cita o "caminho real", estrada que corta a Ilha, hoje desativada, que ligava pequenas propriedades existentes à cidade. Esta estrada possui uma camada de conchas em sua superfície, podendo significar um uso dos sítios.

Desenvolvimento de interface gráfica para sistematização da Gestão do Design em escritório de Design de embalagem

  • LUCAS ALVARES DE SOUZA, Graduando, lucassouza@univille.br
  • Adriane Shibata Santos, Dr(a), adriane.shibata@univille.net

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Design de interação, Usabilidade, Gestão empresarial

A organização e satisfação profissional são hoje alguns dos principais formadores de empresas de sucesso, mas não é tarefa fácil tornar uma rotina profissional em uma experiência prazerosa e ao mesmo tempo com resultados profissionais positivos. Neste sentido, o projeto desenvolvido procurou aplicar os conceitos do design de interação e usabilidade no cotidiano de um escritório de Design, a partir do desenvolvimento de uma interface para um sistema de gestão de projetos.Com o objetivo de minimizar o constrangimento e frustrações das pessoas na interação com novos dispositivos, transformando a interação entre homem e máquina mais próxima e gratificante, o projeto foi desenvolvido em cima dos parâmetros de design da empresa e suas necessidades de atuação. Para resultados mais precisos foram incluídos na pesquisa o contexto de uso (entendido como as necessidades dos usuários e motivos destes conteúdos serem importantes), o tipo de tarefa (entender as características do sistema e minimizar dificuldades eminentes), as áreas de atuação da empresa (buscando desenvolver diferentes trajetos ou interfaces para cada situação) e o tipo de usuário (cada usuário possui uma necessidade diferente, seja ela pelas funções agregadas ao produto ou visuais).Foi aplicado como método científico o método dedutivo, pois a pesquisa partiu de uma análise de princípios e diretrizes já conhecidas, originando uma conclusão final lógica. Para a interface gráfica do sistema buscou-se inicialmente o aprofundamento deste e outros temas em autores como PREECE et al (2005), Brown (2010) e Galitz (2007). Após compreender as diversas aplicações do design de interação em ambientes digitais diversos, procurou-se identificar, analisar e compreender interfaces existentes no mercado, sejam elas de softwares, sistemas e até mesmo aplicativos, toda tecnologia que pudesse oferecer ao usuário uma forma de interação e que houvesse o mapeamento de informações. Em seguida, foi analisada a metodologia projetual da empresa, a fim de compreender os processos projetuais executados atualmente no escritório de design. O próximo passo foi convertê-la em uma interface gráfica para um software/sistema que aliasse a funcionalidade, usabilidade e estética, adequando às configurações e navegação do novo sistema ao usuário. Por fim, avaliou-se a funcionalidade da interface desenvolvida por meio de estudos com usuários.Os resultados da pesquisa foram benéficos para empresa, acadêmico e interessados da área. Com a estruturação de um sistema de gestão dos projetos, foi possível criar, identificar e incorporar ao processo de desenvolvimento da empresa, novas ferramentas de análises de projetos.

Apoio / Parcerias: CNPq Entre Design

Discurso Curatorial: Mundo e tempo de crises

  • ALESSANDRA CRISTINA MELLO DOS PASSOS, Graduando, alessandra.passos@univille.br
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Bienal VentoSul, Discurso Curatorial, Análise do Discurso

O presente resumo aborda a pesquisa da Bienal VentoSul de 2009 e 2011, que faz parte de um projeto maior intitulado Discurso Curatorial e as possíveis influências sobre a produção artística emergente de Joinville e Florianópolis (ARTEME). O projeto visa como desdobramento, investigar através da Escola Francesa de Análise do Discurso a influência desta bienal nas produções artísticas emergentes. O principal teórico desta linha teórica de análise é Michel Pêcheux, no Brasil Eni Orlandi. A Escola Francesa de Análise do Discurso entende o discurso como um ritual, isto significa, ele é algo acontecendo, de maneira que o analista percebe as falhas, explicitando as marcas e a materialidade discursiva. Para isso, ocorre o cruzamento entre três filiações: a linguística, a psicanálise e o materialismo histórico. Sendo o analista o responsável por articulá-los, de maneira a encontrar as falhas e perceber como o discurso faz sentido. A referida Bienal acontece em Curitiba e se constitui de um evento internacional, contando com trabalhos de artistas dos cinco continentes. Em 2009 e 2011 se tem como conceito curatorial respectivamente: Água grande: os mapas alterados e Além da Crise. A primeira reflete acerca dos lugares e das posições por meio dos deslocamentos, mobilizações e deslizamentos, tendo como curadores gerais Leonor Amarante e Ticio Escobar. Enquanto a outra, percebe a crise como dispositivo para se chegar a novos lugares, sendo os curadores gerais Alfons Hug e Ticio Escobar. O curador pensa o conceito da exposição de modo a articular a história da arte e a crítica de arte, relacionando o local, o texto, o objeto e as escolhas realizadas. Com isso, através de uma dimensão crítica aproxima o público da história da arte. Nota-se que na Bienal VentoSul, há a permanência de Tico Escobar na posição de curador desde a primeira edição da mostra. Desta maneira, o recorte da análise se fixou na investigação de seus textos curatoriais. A pesquisa, portanto, busca analisar a materialidade discursiva expressa nos textos curatoriais e possíveis interferências no processo de produção dos artistas emergentes de Joinville e Florianópolis.

Ensino fundamental de nove anos e a Educação Escolar Indígena: o que dizem os professores?

  • DANIELA CRISTINA CAMARGO DE OLIVEIRA, Graduando, dani_oliver@live.com
  • Rosânia Campos, Dr(a), zana.c2001@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ensino Fundamental de nove anos, Educação Indígena, Concepção de Professores

A presente pesquisa procurou investigar como ocorreu o processo de ampliação do ensino fundamental de nove anos nas escolas indígenas da região de Joinville, focando tanto os aspectos legais deste processo, como também no que diz respeito ao órgão responsável pela implementação dessa política, a Gerência de Ensino / GERED Joinville. Também foi interesse deste estudo entender como as escolas indígenas da região têm sido organizadas, a partir dessa mudança. A abordagem teórica que norteou o trabalho foi a sóciohistórica- cultural, a coleta de dados foi realizada através de uma entrevista semiestruturada, sendo que o sujeito da pesquisa foi a responsável pela área da educação indígena da GERED. A partir dos estudos documentais legisladores e orientadores, entende-se que a educação escolar indígena deve seguir um currículo, pautado na alteridade cultural organizado a partir da concepção de um povo com organização social, costumes, língua, crenças e tradicionais próprias. Entretanto, a pesquisa empírica evidenciou que, fora o fato das escolas serem localizadas nas aldeias, o processo curricular não é distinto das escolas não indígenas. De modo especial, a implementação da política de ampliação do ensino fundamental ocorreu nos mesmos moldes e princípios da ampliação na rede escolar não indígena. Esse fato, conforme discutido remete a vários questionamentos e a indicação de novas investigações, como por exemplo, investigar qual a participação da comunidade no processo de ensino-aprendizagem, tendo em vista que, muitas culturas são ágrafas, o que em outras palavras implica em reproduzir muitas histórias, costumes oralmente. Sendo assim, somente uma participação efetiva da comunidade poderia oportunizar a socialização de saberes produzidos pelo seu povo.

Apoio / Parcerias: CNPq

Imigração: representações a partir do museu nacional de imigração e colonização de joinville

  • LILIAN VEGINI BAPTISTA, Graduando, lilivegini@hotmail.com
  • Sandra Paschoal Leite de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: representações, imigração, museus

Os museus têm papel importante na preservação de memórias e na construção de identidades e podem colaborar para a construção de representações sobre diferentes aspectos da sociedade. Apesar de o nome remontar à imigração para o país como um todo, o Museu Nacional de Imigração e Colonização foi pensado e organizado como um lugar de memória da imigração para Joinville, Santa Catarina, e tem o poder de influenciar a visão de como a história da cidade foi constituída. A presente pesquisa tem como objetivo entender quais representações sobre imigração são formadas a partir das exposições deste museu e para isso foi feita uma análise do acervo e a aplicação de cem formulários aos visitantes com idades acima de 18 anos após a visitação. Uma das representações observadas refere-se à existência de imigrantes ricos e pobres e esses estariam representados nas duas residências que compõem o Museu, a casa enxaimel e a casa principal, sendo esta decorada com peças de requinte e cujas dimensões impressionam o visitante. Já a casa enxaimel, que está localizada no jardim do museu, é menor e não tem tantos artefatos decorativos ou luxuosos, mas oferece muito conforto dentro das possibilidades da época.

Literatura Infantil juvenil com temática Afro: Usos e recursos em sala de aula

  • EVANDRO GRUBER, Graduando, evandrogruber@univille.br
  • Sueli de Souza Cagneti, Dr(a), brasil.italia@uol.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Literatura infantil juvenil, Africanidade, Práticas pedagógicas

Literatura Infantil Juvenil com temática Afro: Usos e recursos em sala de aula Realizado com o objetivo de levar para a sala de aula a literatura Infantil e juvenil com a temática Africanidade, de qualidade, e possibilitar a construção de leituras e atividades durante esse período, tal pesquisa foi realizada sob orientação da Professora Dra Sueli de Souza Cagneti e desenvolvida junto ao Programa Institucional de Literatura Infantil Juvenil da Univille – PROLIJ. O trabalho apresenta uma análise de experiências pedagógicas realizadas no ano de 2012, nos meses de outubro e novembro, em três turmas de sextos anos em uma Escola da Rede Pública Estadual do Estado de Santa Catarina. Esta pesquisa também buscou propiciar novos olhares sobre o uso da Literatura Infantil e Juvenil com a temática Africanidade, promovendo uma discussão a partir do uso desta literatura como recurso para diversas leituras, em um contato que propiciasse estabelecer diálogos e reflexões pertinentes sobre/com a Cultura Afro. A obrigatoriedade do ensino de História da África e das Culturas Afro-Brasileiras nos currículos das escolas públicas e particulares da Educação Básica, conforme Lei 10. 639/03, tem promovido uma corrida desde então, por parte dos professores, na busca por material que possa ser utilizado como apoio às propostas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula. Nesse intento, a pesquisa foi realizada para possibilitar um encontro real entre o material (literário) primeiramente estudado, conforme os pressupostos teóricos e, então, aplicá-lo em sala de aula. Foram selecionadas quatro obras literárias, e elaboradas para cada qual uma proposta pedagógica que foi desenvolvida em sala de aula durante as aulas da disciplina de Língua Portuguesa. Dentro de um trabalho intitulado de “Áfricas do meu Brasil” as práticas (através de diálogos entre textos, construções narrativas verbais e visuais de contos africanos) promoveram a discussão e principalmente, deixaram como bagagem a provocação aos alunos que participaram do projeto durante a construção de um ambiente crítico e reflexivo. A experiência retratada neste resumo dimensiona quanto, e como, ainda há caminhos que podem ser percorridos no uso da literatura em sala de aula, incitando o contato com uma “nova” cultura, com “novas” narrativas e com novos jeitos de narrar.

O luto em "Olhai os lírios do campo"

  • ANA PAULA KINAS TAVARES, Graduando, kita.ana.l@gmail.com
  • Sueli de Souza Cagneti, Dr(a), brasil.italia@uol.com.br

Palavras-chave: Morte, Luto, Literatura Brasileira

O presente trabalho mescla a literatura e a psicologia em um estudo de um tema ainda mistificado, mas de estrema importância para o bem viver: a compreensão da morte e o vivenciar do luto. Pautado em estudiosos da morte e do processo de luto como Chiavenato, Kovács e Parkes, analisou-se o romance “Olhai os lírios do campo”, de Érico Veríssimo, na perspectiva do protagonista Eugênio vivenciando o luto e sendo capaz de superar os sentimentos desconsoladores da morte de alguém que se ama. Organizado de forma a reafirmar a necessidade de lidar com a morte de maneira construtiva, o trabalho utilizou estudos de Parkes (1998) para comparar trechos da obra de Érico com as etapas do processo de luto, percebendo assim, que a literatura - intencionalmente ou não – continua a revelar as angústias da alma humana, no entanto também pode demonstrar os caminhos de “cura”.

O olhar social: as histórias em quadrinhos como ferramenta pedagógica de reflexão

  • DANIELA ALEXANDRE, Graduando, daniela.alexandre@univille.br
  • Nielson Ribeiro Modro, MSc, nielson@modro.combr

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Histórias em quadrinhos, Ensino, Crítica social

A utilização de histórias em quadrinhos como meio didático ainda é muito pouco valorizada devido ao preconceito de muitos professores e pais que acreditam que esse tipo de material não é suficiente para a aprendizagem da criança ou adolescente, visto que são consideradas por muitos como fonte de entretenimento sem fundamentação crítica. O projeto de pesquisa “A Linguagem dos Quadrinhos: Literatura, Arte e Conhecimento” tem por objetivo desenvolver um banco de dados com histórias em quadrinhos que contenham elementos que possam ser utilizados em sala de aula. Objetiva ainda mostrar que os quadrinhos não são somente entretenimento ou subliteratura, mas podem ser trabalhos carregados de simbolismos e críticas sociais que podem ser utilizados para fortalecer, de forma lúdica, os debates em torno de temas diversificados, explorando todos os aspectos que essa forma de leitura pode oferecer, como a linguagem, a imagem e o contexto. Nesse sentido,a principal atividade foi a busca e análise de produções desse gênero que instigassem os alunos a pensar as relações de poder atuais e os jogos entre capitalismo e políticas públicas de bem estar social, pesquisando sites e páginas da web em que houvesse histórias em quadrinhos e charges contendo personagens críticos. Os mais utilizados nas pesquisas realizadas durante todo o ano de 2013 foram: Mafalda, personagem do cartunista argentino Quino; Calvin e Haroldo, do norte americano Bill Watterson; Armandinho, criado pelo agrônomo e publicitário Alexandre Beck, autores que exploram a “inocência” e curiosidade infantil para criticar as desigualdades sociais e as formas de governo modernos, fazendo com que os leitores reflitam acerca do mundo em que vivem e convivem diariamente. Ressalte-se que outros autores também foram utilizados à medida que suas leituras mostrassem as práticas de sociabilidade atuais, as quais buscando aproximar as relações acabam nos afastando, como os maus usos da internet e dos meios de comunicação em geral, tendo como principal objetivo levar os leitores a poder avaliar o mundo e se avaliar como sujeitos de construção social.

O processo de inclusão no ensino superior: primeiros passos de uma longa caminhada

  • FABIANO FURLAN, Graduando, fabianofurlan13@gmail.com
  • Sonia Maria Ribeiro, Dr(a), soniavile@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Inclusão, Ensino superior, Necessidades especiais

Este artigo traz um recorte de uma pesquisa que está em desenvolvimento, a qual visa analisar o processo de inclusão de alunos com necessidades especiais, da matrícula ao acolhimento na sala de aula em uma universidade do estado de Santa Catarina. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa, apoiando-se na abordagem materialista dialética. A entrevista semiestruturada foi utilizada como técnica de coleta de dados. Os sujeitos pesquisados foram três professores/chefes de departamento e uma gerente da Central de Atendimento Acadêmico da instituição. Dentre os dados levantados até o momento, constatou-se que a universidade possui um programa de atendimento ao aluno com necessidades especiais. O estudo também revela que alguns departamentos buscam por meio de iniciativas próprias sanar as dificuldades que surgem no decorrer do trabalho docente junto ao acadêmico. Entretanto, a fala dos chefes de departamentos, apontam para a necessidade da instituição investir em tecnologias assistivas, assim como fica também evidente que dentre as chefias, cuja as falas foram analisadas, nenhum dos sujeitos mencionaram conhecer a política que subsidia a inclusão de estudantes com deficiência no ensino superior.

Apoio / Parcerias: CNPq.

O projeto na visão dos profissionais da docência dos Centros de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Joinville

  • JENIFER CAROLINE ELLER, Graduando, jenifer.eller@univille.br
  • Sonia Regina Pereira, MSc, s.regina@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Docente, Projeto, Educação Infaltil

O presente artigo tem como objetivo demonstrar o entendimento, a visão e as dificuldades para a elaboração de projetos que os profissionais da docência dos Centros de Educação Infantil da rede Municipal de Ensino de Joinville (SC) demonstram obter à partir da pesquisa. Para melhor compreensão do tema na fundamentação teórica utilizou-se alguns autores conhecidos no campo dos projetos na educação, como Nilbo Nogueira (2007) e Maria C. S. Barbosa e Maria C. G. Horn (2008), além de alguns documentos nacionais referentes a educação. As informações foram contidas através de uma pesquisa de campo realizada com docentes de algumas instituições, sendo estes desde a equipe diretiva até os profissionais que atuam em sala, onde com os mesmos foi aplicado um questionário. Percebeu-se que a metodologia de projetos é vista pelos docentes como enriquecedora para o desenvolvimento das crianças, pois engloba todos os aspectos a serem desenvolvidos na educação infantil. Mas para que o projeto realmente surta efeito, o docente tem que compreender o que é um projeto, quais os elementos que o constituem e que este deve surgir a partir do interesse das crianças. Além de que o profissional deve estar em constante formação, buscando sua atualização nos conhecimentos.

Os gêneros de discurso utilizados pelo inovador sistema de Televendas, bem como, o perfil dos clientes que compram por tal sistema comercial

  • Mayra Valéria Lino, Graduando, mayralino@gmail.com
  • Simone Lesnhak Krieger, MSc, si.lk@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: Gêneros de discurso, Telemarketing / televendas, Perfil dos clientes

O atual cenário de globalização mundial, aliado as já conhecidas formas de comércio, nos fazem refletir sobre opções para inovar o processo de vendas e prospecção de clientes. Visitar um cliente, apresentar seu portfólio de produtos e aguardar o interesse do mesmo em efetuar uma compra, é uma realidade antiga, mas mantida por muitos como primordial. Ao analisarmos as aplicações do sistema de Televendas, observamos que este está sendo aplicado em muitas empresas como uma inovadora e prática forma de venda. Uma vez que bem planejado e bem elaborado, tal sistema costuma apresentar ótimos resultados para sua empresa, entretanto é uma opção de comércio ainda pouco utilizada nas organizações. Nesse sentido, o projeto “Os gêneros de discurso utilizados pelo inovador sistema de Televendas, bem como, o perfil dos clientes que compram por tal sistema comercial” objetiva investigar as características do gênero oral televendas, com a sua variação telemarketing, com o intuito de apresentar às empresas da região as especificidades desse gênero, preparando-as para desenvolver melhor a prática de vendas por telefone; apresentar o perfil de clientes que acessam a esse tipo de serviço das empresas, de forma que elas atinjam melhores resultados no comércio de seus produtos, trabalhando a comunicação com o cliente de forma adequada. O desenvolvimento deste projeto se deu da seguinte forma: a) pesquisa bibliográfica sobre o tema; b) aplicação de questionário junto a profissionais com a função de atendentes de televendas. Os resultados deste projeto indicam que há poucas referências sobre o tema, pois o que se encontra sobre o assunto não vai diretamente ao encontro da constituição do gênero em sua dimensão social e verbal. Sobre os resultados da pesquisa de campo, não podemos ainda relatá-los em razão de ela se encontrar em fase de desenvolvimento.

Representações da Guerra do Paraguai

  • MISLEINE KREICH, Graduando, historiavenus@gmail.com
  • Sandra Paschoal Leite de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: espaços de memória, identidade nacional, discursos narrativos

O presente projeto está vinculado ao Projeto de Pesquisa “Representações do Brasil e dos brasileiros nos museus do exterior” REBMU, ligado ao Grupo de Pesquisas “Estudos Interdisciplinares de Patrimônio Cultural”, tendo por objetivo identificar e analisar quais são as representações expressas no Museu Militar do Ministério da Defesa e o espaço de memória denominado Pantheon, localizados na cidade de Assunção no Paraguai.Busca-se problematizar através da categoria de analise da nova história cultural, como esses espaços de memória, através de suas exposições e representações se (re) significam e se apropriam da história e do patrimônio cultural, para manifestação de suas identidades. Para tanto foram analisadas perspectivas historiográficas de autores como: Francisco Doratioto (2002), Toral (1999), Leslie Bethell (1995), entre outros. A partir desse embasamento teórico, foram realizadas pesquisas em acervos digitais e de características que compunham as exposições dos espaços de memória na cidade de Assunção no Paraguai. Por ultimo, foi realizada uma pesquisa de campo no Museu Militar do Ministério da Defesa e no espaço de memória Pantheon. Os museus enquanto espaços de memória se apropriam de discursos narrativos para perpetuar signos e vontades inspiradas no presente, nessa perspectiva é que o Pantheon é instituído em 1936 como um símbolo da identidade nacional, pós golpe de Estado, trazendo personagens que serão considerados “heróis” do país e que legitimam poderes vigentes. Nesse mesmo aspecto, o Museu Militar do Ministério da Defesa, foi instituído em 1958 com objetivo de conseguir comprar objetos que estariam disponíveis na Argentina para estabelecerem narrativas da história da Guerra de Tríplice Aliança visando à história oficial com a personificação de Solano Lopez em um caráter contemplativo legitimando a história de forma a “guiar” o povo paraguaio.

Apoio / Parcerias: CAPES

Salas de apoio e as condições do trabalho docente

  • HELOIZA IRACEMA LUCKOW, Graduando, helo_luckow@hotmail.com
  • Mariana Datria Schulze, MSc, marianad.schulze@gmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Trabalho docente;, Sala de apoio pedagógico;, Condições de trabalho.

O contexto histórico e social no qual a escola está inserida na atualidade corrobora para que esta seja um espaço que legitime a forma de funcionar da classe dominante, culpabililzando os diversos atores envolvidos no processo de escolarização das crianças, quando elas não correspondem ao padrão esperado. Para esses alunos são criadas ferramentas como forma de auxiliá-los a enquadrar-se no fluxo escolar, dentre elas estão as Salas de Apoio Pedagógico – SAP, destinadas a “alunos do 2º ao 5º ano que apresentam dificuldades de aprendizagem” (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO, 2009). Essas crianças são vítimas de estigmatização, pois frequentemente, pais, professores e crianças se apropriam de um discurso que rotula o aluno com características negativas. Afeta-se assim, o trabalho docente, a relação pais/escola e criança/escolarização. Dadas essas condições, este trabalho teve como objetivo conhecer as concepções das professoras da sala regular sobre as salas de apoio pedagógico. Adotou-se como base epistêmica-metodológica o materialismo histórico e dialético que entende o sujeito como um ser ativo, social e histórico (GONÇALVES, 2005). Nesta pesquisa, o instrumento utilizado para a coleta de dados foram questionários auto-aplicáveis, compostos por 18 perguntas. Esses questionários foram enviados para as escolas, a fim de serem respondidos por professores da sala regular que houvessem efetuado o encaminhamento de estudantes para a sala de apoio. No entanto, não foram apenas esses professores que responderam. Aqueles que não haviam encaminhado também responderam os questionários que estavam disponíveis na escola, sendo o presente estudo realizado a partir desses últimos. Utilizou-se como referencial teórico Contretras (2002), Rockwell e Mercado (1999), Tardif e Lessard (2011), entre outros. Os dados foram tratados por meio de análise de conteúdo. Assim, a elaboração de categorias foi realizada, buscando não só as falas e situações recorrentes, mas também “mensagens implícitas, dimensões contraditórias e temas sistematicamente ‘silenciados’” (LUDKE e ANDRÉ, 1986). Foram elaboradas reflexões com relação aos sentidos atribuídos pelos docentes ao trabalho na SAP; a intensa culpabilização dos estudantes; o trabalho especializado do docente da SAP e a função do trabalho docente frente à diversidade na escola. Ao discutir educação inclusiva é fundamental estar atento aos posicionamentos dos professores sobre a singularidade de cada estudante e o seu trabalho docente. As vozes dos professores participantes revelam que a estratégia de encaminhar estudantes para as salas de apoio pedagógico estão pautadas em uma concepção única de aprendizagem e desenvolvimento, a qual se propõe homogeneizadora e anulatória daquilo que os constitui enquanto sujeitos.

Apoio / Parcerias: Secretaria Municipal da Educação de Joinville; Escolas Municipais participantes da pesquisa.

Trajetórias de letramento de professores de língua portuguesa na formação inicial

  • MARCELE KIRSCHBAUER, Graduando, marcele.kirschbauer@univille.br
  • Rosana Mara Koerner, Dr(a), rosanamk@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: letramento, práticas de leitura, formação inicial

O objetivo do presente artigo é apresentar alguns resultados de uma pesquisa intitulada Trajetórias de letramento de professores de língua portuguesa na formação inicial, realizada com acadêmicos do curso de Letras, sobre suas práticas de leitura. Participaram da pesquisa 48 acadêmicos, sendo deste total, 24 acadêmicos do 1º ano, 12 acadêmicos do 4º ano – habilitação em língua portuguesa e 12 acadêmicos do 5º ano – habilitação em língua portuguesa e língua inglesa. Os participantes da pesquisa responderam a um questionário, caracterizando a pesquisa como do tipo survey. Neste artigo, serão apresentados os dados referentes a seis questões, a respeito das experiências de leitura dos acadêmicos entrevistados e sobre o motivo da escolha do curso de Letras como graduação. Os resultados revelaram as preferências de leitura dos acadêmicos, sendo em primeiro lugar livros, seguido de jornais e revistas. Em se tratando de livros, os resultados mostraram que, para a escolha de um livro, os acadêmicos levaram em conta, principalmente, a sinopse/resumo e o autor. Além disso, os motivos mais citados para a realização de leituras foram: conhecimento, entretenimento e lazer e o número de livros lidos por ano, pelos acadêmicos, foram entre 6 a 10 livros. Os resultados revelaram ainda que, do total dos participantes da pesquisa, 75% destes, quando crianças, tiveram alguém que lhes contou histórias. Sobre o motivo pela escolha do curso de Letras, os participantes responderam, em primeiro lugar, devido à língua inglesa/estrangeira, seguida pelo gosto de gramática e literatura.

Um Computador por Aluno: uma análise das políticas nacionais de educação brasileiras voltadas à difusão de TICs no cotidiano escolar.

  • RAFAELLA THEIS, Graduando, rafaella.theis@univille.br
  • Fernando Cesar Sossai, MSc, fernandosossai@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Tecnologia, Educação, Políticas Públicas

O presente relato, busca enunciar parcialmente os resultados obtidos durante o projeto de iniciação cientifica “Um Computador por Aluno: uma análise das políticas nacionais de educação brasileiras voltadas à difusão de TICs no cotidiano escolar” a qual é um fragmento do projeto “Aulas Conectadas? Mudanças Curriculares e Aprendizagem Colaborativa entre as Escolas do Projeto UCA em Santa Catarina” desenvolvido em parceria entre Udesc, Univille, Ufsc, com financiamento do CNPq. É um dos objetivos do projeto investigar as formas de apropriação de alunos e professores do Programa Um Computador por Aluno, bem como Investigar de que forma as políticas públicas vem buscando a inserção de tecnologias da informação e comunicação na rede pública educacional. Para tal foi preciso que as referências bibliográficas sobre a temática fossem analisadas com atenção, assim como se tornou necessária a investigação em campo: foram desenvolvidas visitas em uma escola participante daquele programa e, por meio de uma ficha de observação, foram relatados de que forma ocorriam os usos dos computadores em sala de aula. Ainda que a pesquisa não tenha terminado, pode-se perceber que diante de tantos desafios enfrentados em sala de aula, com planejamento adequado é possível que a utilização das chamadas novas tecnologias atrevessem as barreiras do próprio currículo escolar e contribuam de forma efetiva para uma aprendizagem colaborativa.

Usos sociais da escrita e as implicações na constituição dos gêneros TCC/TCE

  • EMANUELLE SPÄTH BRUNNQUELL, Graduando, manuspath@hotmail.com
  • Bruna Paula Schiehl, Graduando, bruna_schiehl@hotmail.com
  • Simone Lesnhak, MSc, si.lk@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: escrita, academia, trabalhos de conclusão de curso

O projeto PRALET - Práticas de letramento de alunos em final de curso e as implicações referente à realização de TCC e TCE – tem como objetivo investigar os usos sociais da escrita dos estudantes quarta/quintanistas dos cursos de graduação da Univille Campus São Bento, bem como os eventos de letramento dos quais esses estudantes participam durante o seu percurso universitário, o que implica nas práticas de letramento necessárias à apropriação das características dos gêneros TCCs/ TCEs. Por letramento, entendemos os usos sociais da escrita, sendo que os eventos de letramento são os lugares onde a escrita se materializa, sendo que, desses eventos, podem ser depreensíveis práticas, que se referem aos recursos invisíveis, tais como conhecimentos e sentimentos, os propósitos e os valores sociais, etc. Este projeto se desenvolveu por meio de: a) pesquisa bibliográfica: pesquisa sobre o tema, especificamente sobre a apropriação dos gêneros acadêmicos TCCs/ TCEs; b) pesquisa de campo: foram aplicados instrumentos de pesquisa junto aos estudantes de final de curso, com o intuito de identificar os eventos de letramento dos quais os estudantes participaram durante o seu percurso acadêmico. Outras etapas estão ainda em fase de desenvolvimento: aplicaremos instrumento de pesquisa junto aos professores orientadores de TCCs/ TCEs para identificar os eventos de letramento que eles consideram necessários para o desenvolvimento desse gênero de texto. A partir dos dados coletados, observa-se que se proporciona pouca vivência dos estudantes em eventos de letramento científicos, o que pode melhor contextualizar a pesquisa acadêmica e a constituição de gêneros mais complexos como o trabalho de conclusão de curso. Os estudantes experienciam insuficientemente a produção escrita, o que dificulta os usos da escrita acadêmica como a constituição de um gênero que lhes exige sintetização de pesquisas bibliográficas e/ ou reflexão analítica de situações de pesquisa de campo, articulando teoria e prática.