Área 03 - Ciências Humanas e Lingüística, Letras e Artes

Índice

  1. "A cobra está fumando": fotografias de guerra sobre a FEB e o 1. GAvCa na Campanha da Itália (1944 - 1945).
  2. A (des)construção do ideário de justiça em uma perspectiva estética
  3. A construção do acervo “Histórias de Vidas com Esclerose Múltipla”: diálogos de uma equipe em formação
  4. A EDUCAÇÃO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS: O QUE INDICAM OS DOCUMENTOS DA FUNDAÇÃO MARÍLIA CECÍLIA SOUTO VIDIGAL (FMCSV)
  5. A percepção dos estudantes sobre as práticas de letramento propostas pelos professores
  6. A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO GENÉTICO E CONHECIMENTO TRADICIONAL ANTES E DEPOIS DA LEI 13.123/2015.
  7. A RELAÇÃO PÚBLICO E PRIVADO NA OFERTA DE VAGAS: TRAJETÓRIA E AVANÇOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL
  8. A Teoria das Representações Sociais e o Estudo do Patrimônio Cultural
  9. A utilização da Cibercultura no processo de escolha profissional dos estudantes de Ensino Médio.
  10. Acervos em história oral: desafios para a gestão, difusão e acesso público
  11. Análise das matrículas na educação infantil na cidade de Joinville após a adequação da Lei n° 12.796/2013 que fixa a obrigatoriedade da educação básica dos 4 (quatro) anos aos 17 (dezessete) anos
  12. ANÁLISE DE RESÍDUOS ALIMENTARES ENCONTRADOS EM ARTEFATOS CERÂMICOS DE POVOS CERAMISTAS DA BAIA DA BABITONGA – SC
  13. Artesania: Formação Cultural, Construções Identitárias e Experiências Sensíveis na Terceira Idade
  14. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e sua aplicabilidade na Univille: aspectos históricos e legais
  15. As paisagens, meio ambiente e jardins preservados pelo IPHAN de 1938 a 2016
  16. As Representações Sociais dos moradores de Joinville sobre o Patrimônio edificado em estilo Enxaimel
  17. Bem-me-quero, bem-te-quero: Um Projeto de Psicologia Educacional sobre a corporeidade e gestão do cuidado
  18. Centro de Estudos Interdisciplinares de Patrimônio Cultural da Univille: reflexões sobre uma proposta ainda emergente
  19. Constituições republicanas brasileiras e o direito à cultura e ao patrimônio cultural
  20. Criativamente - Laboratórios de Criatividade
  21. Digitalização de acervos de entrevistas orais: o caso do Laboratório de História Oral da Univille
  22. Direito e Performance: a judicialização da arte no Brasil
  23. Educação especial e - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: uma pesquisa sobre a produção científica da ANPEd Regional da Região Sul
  24. Educação especial e a relação família-escola: uma pesquisa sobre o estado da arte
  25. Educação especial e a sua relação com o TDAH. Uma pesquisa sobre a produção científica na ANPEd Nacional
  26. Estudos preliminares da malacofauna nos sítios arqueológicos (sambaquis) da costa leste da Ilha de São Francisco do Sul-SC
  27. Grupos de Estudos de História Oral e Memória: espaço de experimentação e de formação teórico-metodológica
  28. GUARANI E JÊ NA BAÍA DA BABITONGA – UM OLHAR ATRAVÉS DA TERRITORIALIDADE, CERÂMICA E RELATOS DE VIAJANTES DO SÉCULO XVI
  29. Habitat de inovação: A importância da conservação patrimonial e a implementação de praticas inovadoras.
  30. Lagoa de Saguaçú: criando identidades a partir das paisagens culturais
  31. Língua Brasileira de Sinais X Patrimônio Cultural: as representações dos surdos
  32. Mamíferos marinhos: uso por povos pré-coloniais sambaquianos da Baía da Babitonga
  33. Metodologias ativas: superação da resistência dos estudantes à utilização deste método de ensino-aprendizagem
  34. Múltiplos Olhares: memórias fotográficas
  35. Narrativas protestantes nas terras da América: a circulação de ideias na França Antártica (1555) e no Brasil Holandês (1630)
  36. O Centro Memorial da Univille: processamento técnico de seu acervo
  37. O Doente Imaginário: uma breve reflexão sobre processo de montagem e recepção do espetáculo da Cia de Teatro da Univille
  38. O invencível exército de Hitler: fotografia e propaganda de guerra alemã na imprensa períodica de São Bento do Sul (1939 - 1942).
  39. O Morro do Amaral: a paisagem da tranquilidade em Joinville
  40. O significado dos desastres e do luto: um tema de discussão no projeto de extensão EDUPAZ
  41. Oficina de Jogos Teatrais
  42. Oficina de produção escrita de gêneros acadêmicos e escolares
  43. Os principais paradigmas criminológicos da modernidade e suas recepções criativas na América Latina e no Brasil
  44. Os projetos de educação agrícola no Império
  45. PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO DE SANTA CATARINA: ESCULTURAS ZOOMORFAS, IDENTIDADE E SIMBOLISMO
  46. Patrimônio cultural e turismo de Joinville nas redes sociais digitais
  47. Patrimônio Mundial em Perigo: o estudo do caso Al-Mahdi e o papel do Tribunal Penal Internacional e da UNESCO.
  48. PATRIMÔNIO RUPESTRE DA BAIA DA BABITONGA – AS PINTURAS DO SAMBAQUI SOB ROCHA CASA DE PEDRA – SENTIDOS DO PASSADO E DO PRESENTE.
  49. Práticas de leitura e escrita de estudantes de Artes Visuais
  50. Processos históricos de transformação dos sambaquis na Praia Grande de São Francisco do Sul/SC
  51. Projeto “o Haiti é aqui”: integração de imigrantes haitianos na sociedade joinvilense
  52. Quem conta um conto aumenta um ponto: a experiência dialógica no projeto “Clube do conto”
  53. Representações da guerra do Paraguai nas pinturas “Combate naval do Riachuelo” e “Passagem de Humaitá” de Victor Meirelles
  54. Representações sociais do patrimônio cultural de bombinhas – sc
  55. Representações Sociais do patrimônio cultural do distrito de Pirabeiraba/Joinville/SC
  56. SAMBAQUIS, PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO NA COSTA LESTE DE SÃO FRANCISCO DO SUL/SC: REFLEXÕES SOBRE O TERRITÓRIO, VARIAÇÕES DO NÍVEL RELATIVO DO MAR (NRM) NO QUATERNÁRIO E TENSÕES ATUAIS.
  57. SIMULADO EXAME DE ORDEM - UNIVILLE
  58. Tensões entre turismo e patrimônio cultural: o caso do moinho de vento de Joinville
  59. Um Papa em Rede: Francisco e as Redes Sociais
  60. UMA EXPERIÊNCIA DE LEITURA/PRODUÇÃO DO LITERÁRIO EM BLOG
  61. UMA EXPERIÊNCIA DE LEITURA/PRODUÇÃO DO LITERÁRIO EM BLOG
  62. UTILIZAÇÃO DE GASTRÓPODES NO SÍTIO ARQUEOLÓGICO CASA DE PEDRA, COSTA LESTE DE SÃO FRANCISCO DO SUL, SC.
  63. Vozes dos estudantes do Ensino Médio sobre as práticas pedagógicas dos professores

Resumos

"A cobra está fumando": fotografias de guerra sobre a FEB e o 1. GAvCa na Campanha da Itália (1944 - 1945).

  • Paulo Henrique Vernillo, Graduando, phvernillo@gmail.com
  • Wilson de Oliveira Neto, MSc, wilhist@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: fotografia , Segunda Guerra Mundial, Campanha da Itália

O objetivo deste trabalho é analisar uma coleção de fotografias de guerra acerca da participação de forças combatentes brasileiras em operações militares durante a Campanha da Itália (1944 - 1945), no contexto da Segunda Guerra Mundial. A coleção em estudo faz parte de um conjunto documental sob a guarda do Arquivo Histórico de Joinville - AHJ, que consiste em um álbum de 440 fotografias, a maioria, oficiais do conflito, distribuídas por agências de notícias dos aliados e do eixo. O estudo do material fotográfico consistiu na descrição e na contextualização das fotografias que abordam, especificamente, a participação de militares brasileiros da Força Expedicionária Brasileira - FEB e do 1. Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira - FAB em operações de guerra no TO italiano.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa - FAP/Univille

A (des)construção do ideário de justiça em uma perspectiva estética

  • Mariana Datria Schulze, MSc, marianad.schulze@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Ideário de justiça, Dignidade Humana, Estética

O conceito jurídico de dignidade humana norteia diversas reflexões acerca dos direitos humanos e os desafios da aplicação da justiça e das decisões judiciais constitucionais na contemporaneidade. Nesse sentido, o presente projeto destaca a importância de uma leitura interdisciplinar, envolvendo conhecimentos da Filosofia, Estética e Teologia, bem como os desafios éticos impostos pelo desenvolvimento tecnológico da medicina e da psicologia, para a (des)construção dos discursos sobre o justo. Partindo dessas inquietações, seus encontros e seus desencontros, convergências e divergências, o objetivo desta investigação versa por compreender de que forma a tríade ética, estética e política são concebidas e desdobradas na constituição de um ideário de justiça pautado no principio da dignidade humana. Nesse sentido, esta pesquisa se caracterizará por seu cunho qualitativo, com o desenvolvimento de pesquisas bibliográficas e documentais acerca interlocuções possíveis para subjetividades reais no que diz respeito a temas como bioética, diversidade sexual,autonomia corporal e necessidades especiais, suas demandas judiciais e a forma como a corte constitucional brasileira vem se posicionando e decidindo sobre o tema.

A construção do acervo “Histórias de Vidas com Esclerose Múltipla”: diálogos de uma equipe em formação

  • Maureen Bartz, MSc, maureenartz@gmail.com
  • Gabriela Lennert, Graduando, raquelsenavenera@gmail.com
  • Jessica Fernanda Gomes, Graduando, jessica.fernand@hotmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquelsenavenera@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Memória, Acervo

Este artigo é parte das reflexões desenvolvidas durante a montagem da coleção “Histórias de Vidas com Esclerose Múltipla”, do acervo do Museu da Pessoa e é resultado de uma experiência da pesquisa que tem como objetivo coletar e organizar em rede as Histórias de Vida de pessoas com Esclerose Múltipla, EM, como uma aposta de que o registro (auto) biográfico se configure um espaço heurístico e de potência de criação, e^ ao mesmo tempo, contribua para a democratização da memória social a partir da (auto) biografia de pessoas que são ameaçadas, especialmente, pela perda da função neurológica da memória. Nessa oportunidade, parte da equipe traz algumas das reflexões metodológicas desenvolvidas durante a montagem da coleção. Por valorizar as narrativas de memória dessas vidas em sua característica mais cotidiana, a coleta de dados foi feita a partir da metodologia História Oral de Vida e no local mais confortável dos sujeitos, a casa. Essa decisão trouxe demandas e novas decisões que geraram as reflexões, que agora são registradas nesse artigo: a transcrição em texto, a organização de imagens, a edição do audiovisual. (Quanto ao material audiovisual, o fato de não estar em estúdio, somado ao fato de que a equipe era composta por acadêmicos em formação, aprendizes e portanto amadores, além dos equipamentos aquém à exigência de um ideal, resultou em um material de vídeo bastante fragmentado e menor que o tempo dos áudios constituídos também pelos ruídos da casa e das redondezas.) Outra demanda apareceu no processo de transcrição da entrevista em texto. O fato de haver alunos e familiares no set das entrevistas provocou uma entrevista transformada em conversa. Na transcrição, esses dois movimentos ficaram claros: a entrevista conduzida pelo roteiro semiestruturado e as conversa mais desconectado do método. Finalmente, o fato das fotografias e documentos estarem a distância das mãos dos entrevistados, havia pouca seleção prévia e, no momento da narrativa os entrevistados traziam mais fotos ocasionando um acumulo de imagens o que exigiu da equipe a construção de critérios de descarte. Essas foram algumas das demandas que forçaram a equipe a tomar decisões reflexivas a partir das leituras e bibliografias eleitas para os estudos e se configurou um espaço de formação.

Apoio / Parcerias: Univille; CNPq; Museu da Pessoa; ARPEMJ; AME

A EDUCAÇÃO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS: O QUE INDICAM OS DOCUMENTOS DA FUNDAÇÃO MARÍLIA CECÍLIA SOUTO VIDIGAL (FMCSV)

  • Melissa Daiane Hans Sasson, G, melissa.daiane@gmail.com
  • Alicia Carolina Cochorowsky Hille, Graduando, ahille47@gmail.com
  • Rosânia Campos, Dr(a), zana.c2001@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Políticas Públicas para Educação Infantil, Educação Infantil, Relação Público - privado

Este trabalho faz parte de uma pesquisa em andamento intitulada “A educação das famílias brasileiras: o que indicam os documentos da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal - FMCSV” desenvolvida na linha de Pesquisa “Políticas e Práticas Educativas” do Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville (Univille) e vinculada ao grupo de pesquisa “Políticas e Práticas para Educação e Infância” (GPEI). Tem por objetivo analisar a indicação de educação para às famílias brasileiras presentes nos documentos construídos pela ou em parceria com a FMCSV a fim de refletir sobre algumas repercussões para as políticas e práticas educativas para a educação infantil. É uma pesquisa documental, que analisará as produções realizadas por essa fundação no período de 2005 (ano em que a fundação começa a se dedicar oficialmente à promoção do desenvolvimento da primeira infância) a 2017. Seguindo o objetivo da pesquisa, serão analisados os livros, artigos, papers, vídeos e demais materiais que tenham como centralidade alguma orientação e/ou indicação para as famílias em relação ao como devem educar/cuidar de seus filhos/as. A base epistemológica será o materialismo histórico dialético, e a metodologia de análise dos dados será inspirada na metodologia da Análise Crítica do Discurso de Fairclough (2001). A relevância dessa pesquisa se dá pela observação do crescente de produtos: filmes, revistas, periódicos, artigos, blogs, entre outros meios e mídias com a intenção de difundir modos de educação, isto é, modos de como os pais devem educar seus filhos, sendo que uma instituição que nos últimos anos ganha protagonismo é a FMCSV. Dessa forma ao analisar qual o modelo de família e de educação infantil que essa Fundação propaga, pretendemos ampliar as reflexões sobre esse tema, uma vez que essas concepções repercutem também nos currículos de educação infantil, bem como nas práticas e relações com as famílias. Para esse trabalho, de modo específico, iremos discutir o conceito de família e como foram construídos os discursos que tornaram hegemônico um único modelo de família, de modo que há uma prescrição do que é uma “família estruturada”. Nesse sentido, observamos que a construção histórica da família é eclipsada, sendo naturalizado um modelo de família que repercute, tanto na dinâmica famílias, quanto no cotidiano educativo.

A percepção dos estudantes sobre as práticas de letramento propostas pelos professores

  • Nadiny Zanetti da Silva, E, nadiny_zanetti@yahoo.com.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Letramento, Prática Pedagógica, Estudante

O letramento pode ser observado em diversos espaços, na escola, na família, na rua, na igreja, em empresas, enfim, apesar de mudar de acordo com o ambiente que está inserido o letramento se faz presente em toda parte (OLIVEIRA, 2009). A discussão sobre letramento escolar será feita a partir do levantamento das atividades de leitura e escrita que são propostas para os estudantes do ensino fundamental nas diversas disciplinas contempladas pelo currículo. Autores como Soares (2012), Kleiman (2005) e Street (2014) irão embasar as discussões sobre o letramento e as práticas de leitura e escrita. Os dados aqui apresentados constituem parte do corpus de uma pesquisa de mestrado. Foram utilizados como instrumentos de pesquisa questionário e entrevista semiestruturada. Os participantes da pesquisa foram professores e estudantes dos anos finais do ensino fundamental. Neste trabalho foram analisadas as práticas de leitura, escrita e as disciplinas que oportunizam atividades mais significativas/interessantes na visão dos estudantes. Observou-se que os estudantes apontaram a diversidade de gêneros textuais que os professores disponibilizam como relevantes para o seu aprendizado. Também identificaram as atividades de leitura e escrita como as mais significativas/interessantes aquelas que oportunizaram a expressar sua opinião o que pode representar um maneira de desenvolver o pensamento crítico.

A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO GENÉTICO E CONHECIMENTO TRADICIONAL ANTES E DEPOIS DA LEI 13.123/2015.

  • Tcharla Cristina Cordeiro Sonai, G, xalasonai@gmail.com
  • Patrícia de Oliveira Areas, Dr(a), patricia.areas@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio genético, Biodiversidade, Lei 13.123/2015

A presente pesquisa tem como objetivo dar continuidade a análise da proteção jurídica prestada pelo Brasil ao patrimônio genético e conhecimento tradicional associado. Utiliza-se o método dedutivo e qualitativo, considerando a influência da Lei 13.123/2015 e discussões em torno do tema, por meio da abordagem de pesquisa bibliográfica, legislativa. Que o Brasil possui uma riqueza em biodiversidade é inquestionável, mas, como utiliza e regulamenta esse precioso ativo é uma discussão imprescindível. No âmbito internacional tem-se como marco inicial das discussões sobre o tema a CDB, no país buscou-se implantar uma legislação específica, esboçada pela MP 2186-16, a qual na prática em pouco alterou a situação pré-existente, considerada extremamente burocrática, fato que acabou por dar ensejo ao aumento da biopirataria, sem mencionar que não foi a forma correta de se legislar sobre um assunto de tamanha repercussão. Após recorrentes reedições e diversos questionamentos da sociedade brasileira foi promulgada a Lei 13.123/2015, que passou a viger a partir de novembro de 2015, com prazo de um ano para as efetivas adequações e regularizações dos agentes envolvidos no manuseio e exploração do patrimônio genético e conhecimento tradicional associado. Pela incipiência da norma, uma vez que se passou meses do prazo final de regularização das atividades, ainda é cedo para especular sobre sua pujança, no entanto, toda especulação em torno das mudanças proporcionadas pela nova lei é entusiasta. Ainda persistem indagações sobre alguns pontos, como por exemplo, o simples consentimento do representante de uma comunidade ser o suficiente para a exploração do conhecimento empírico daquele grupo ou a possibilidade das empresas firmarem um acordo direto com a comunidade para transferir alguma tecnologia, capacitações e projetos de conservação como forma de compensação pela utilização do seu patrimônio. Apesar disso, os avanços são significativos, como se observa nas isenções econômicas aos fornecedores intermediários, microempresas, microempreendedores individuais e pesquisadores; na exigência de um Acordo de Repartição de Benefícios apenas para a exploração de produto acabado ou material reprodutivo; e na composição deliberativa do CGEN, agora com a participação da comunidade. Até o momento é um caminho para o desenvolvimento do país, beneficiando tanto o manejo como a preservação, uma expectativa de trazer a legalidade muitas pesquisas.

A RELAÇÃO PÚBLICO E PRIVADO NA OFERTA DE VAGAS: TRAJETÓRIA E AVANÇOS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL

  • JANAINA SILVEIRA SOARES MADEIRA, G, janaina@holzmadeira.com.br
  • Rosânia Campos, Dr(a), zana.c2001@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Políticas Públicas para Educação Infantil, Relação Público - privado, Direito a educação

Na educação infantil é histórico o oferecimento de vagas públicas para atendimento de crianças por instituições privadas, sem fins lucrativos, como instituições comunitárias, filantrópicas e assistenciais. Ocorre que, novos arranjos estão sobrevindo a partir da relação público - privado para dar conta da demanda pela educação infantil, inclusive, com a expansão de parcerias com instituições privadas com fins lucrativos. A partir dessa observação, foi iniciada uma pesquisa, ainda em andamento, vinculada a linha de pesquisa de Políticas e Práticas Educativas, do Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville – Univille e ao Grupo de Pesquisa em Políticas e Práticas para Educação e Infância – GPEI. O objetivo da pesquisa é investigar a relação público e privado na oferta de vagas na educação infantil em um município catarinense. Nesse sentido, se busca compreender: a) o atual processo de conveniamento na educação infantil, isto é, como ocorre o processo de credenciamento das instituições; b) o processo de regulação existente, em outras palavras, quais os mecanismos e procedimentos adotados para acompanhar o atendimento desenvolvido nas instituições conveniadas; e c) quem são os profissionais que atuam nas instituições conveniadas. Para tanto, será desenvolvida uma pesquisa qualitativa, que terá como metodologia de construção de dados, o questionário e a entrevista. O questionário será direcionado para as instituições conveniadas, e as entrevistas serão realizadas com técnicos da Secretaria Municipal de Educação. Posteriormente, os dados serão sistematizados e analisados, tendo por base epistemológica o materialismo histórico dialético e a concepção de educação infantil como direito. As informações que serão levantadas se revestem de importância para discussão das repercussões dessa política de ampliação de vagas, como um novo desafio para as políticas públicas para a educação infantil, posto que não é possível pensar a educação infantil independente do espaço no qual as crianças são alocadas, mormente porque as políticas públicas para a educação infantil devem garantir a equidade no atendimento das crianças, sendo certo que a garantia da vaga não equivale à qualidade da educação infantil. De modo específico nesse trabalho iremos discutir conceitualmente a relação público – privado na educação infantil e as implicações da estratégia de conveniamento, ferramenta privilegiadas nos últimos anos para a consolidação de uma educação infantil pública e de qualidade.

A Teoria das Representações Sociais e o Estudo do Patrimônio Cultural

  • Maiara Lindroth, Graduando, maiaralidroth@gmail.com
  • SANDRA PASCHOAL LEITE DE CAMARGO GUEDES, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Representações Sociais, Patrimônio Cultural, Museus

A presente comunicação tem como objetivo descrever como se dá o estudo do Patrimônio Cultural através da Teoria das Representações Sociais e encontra-se inserido em duas pesquisas maiores, sendo elas: “Museus e Espaços de Memória: representações, acervos e função social” e “Representações sociais sobre o patrimônio cultural de Joinville”. O trabalho está baseado na revisão da literatura e elaboração do estado da arte acerca das publicações que relacionam “Patrimônio Cultural e Representações Sociais”, “Espaços de Memória e Representações Sociais”, “Lugares de Memória e Representações”. Para tanto, foram realizados levantamentos nas plataformas virtuais e acadêmicas utilizando os temas de investigação como palavras-chave. A partir dessa busca, tornou-se possível delinear o Estado da Arte e apontar “o quê?” e “onde?” estão sendo produzidos artigos que abordam a respeito do tema estudado. Através da análise das obras encontradas por tais palavras-chave nas plataformas Scielo, CAPES e Google Acadêmico, foi possível perceber que grande parte dos textos que fazem o elo Teoria das Representações Sociais e Patrimônio Cultural foram encontrados no Sudeste do Brasil, já que oito dos artigos utilizados para o estudo foram publicados em universidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. No Sul do país, foram encontrados textos nas regiões do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, um deles na Universidade de Santa Maria com ano de publicação em 2011 e outras onze dissertações já publicados no Mestrado de Patrimônio Cultural e Sociedade da Universidade de Joinville. Além dessas onze já publicadas, outros quatro alunos do Mestrado estão desenvolvendo suas dissertações a partir desses dois principais temas. O projeto está proporcionando a inserção no mundo da pesquisa e, até o momento, ressaltou o quão importante é o estudo do Patrimônio Cultural juntamente com as Representações Sociais, uma vez que, a partir da teoria, podem-se identificar quais são as representações de determinada sociedade, o que une e melhor representa a história para a mesma, podendo assim ligar o Patrimônio Cultural aos interesses sociais.

Apoio / Parcerias: Bolsista do art.170 da Constituição Estadual

A utilização da Cibercultura no processo de escolha profissional dos estudantes de Ensino Médio.

  • Eliziane Meurer Boing, MSc, liziboing@gmail.com
  • Eduardo Silva, MSc, edu.silva@univille.br
  • Soraya Juliane da Silva, MSc, soraya.juliane@yahoo.com.br
  • Larissa Iankoski, Graduando, laryssaiankoski@gmail.com
  • Max Lingoski, Graduando, max_lingoski@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: Cibercultura, Interatividade, Escolha profissional

O objetivo do projeto é auxiliar os estudantes do Ensino Médio no processo de escolha profissional utilizando a Cibercultura, relação essa entre a tecnologia e a comunicação, iniciada com a evolução tecnológica, transformada em um novo processo comunicacional, proporcionando para a sociedade um novo modelo de interconexão e vinculação em comunidades virtuais. É a cultura da remixagem, da idolatria ao virtual, o que, diga-se de passagem, é intrínseco às novas gerações, caracterizada pelo compartilhamento de informação e conhecimento. O que acontece, por exemplo, no dia-a-dia quando se utiliza plataformas sociais, como Youtube, facebook, instagram, twitter, entre outros ao acessar um site de notícias, ou até mesmo em conversas na hora do cafezinho. Assim, os estudantes ao iniciarem seu conhecimento sobre a escolha da sua futura profissão utilizam-se da Cibercultura como um apoio nesse processo de escolha, no entanto esse acesso à informação, através da internet ocorre de maneira genérica, gerando muito conteúdo e pouco direcionamento para a escolha de profissão. Neste sentido, estaria ocorrendo um processo de universalização da cibercultura, na medida em que no dia-a-dia há maior imersão nas novas relações de comunicação com a tendência que acompanha o crescimento do ciberespaço, a virtualização, por meio dos computadores e smartphones. A metodologia abordada para esta pesquisa foi através de uma pesquisa quantitativa sobre planejamento de carreira, escolha das profissões e a interatividade por meio da Cibercultura. Assim foram produzidos os conteúdos necessários para a produção dos vídeos. Paralelamente será criado um canal no Facebook, assim como no YouTube, o ProfissaTuber com vídeos iniciais falando sobre escolha de carreira. Será realizada uma abordagem presencial com os estudantes do Ensino Médio de escola pública e privada, buscando informações e efetuando um levantamento das principais escolhas profissionais, dúvidas entre outras, nesta abordagem será divulgado o canal e incentivado os alunos a enviarem perguntas com dúvidas sobre profissões específicas. Com base nestas perguntas, foram produzidos vídeos com entrevistas e explicações sobre a profissão, o que faz, quais os conhecimentos, habilidades e competências necessárias para o seu exercício, que foram desenvolvidos com profissionais (professores, empresários, entre outros) que possam auxiliar aos estudantes do Ensino Médio no processo de escolha profissional, planejamento de carreira, assim como sua integração à vida universitária. Esses vídeos serão expostos no canal, incentivando os estudantes para que visualizem, inscrevam-se, carreguem e compartilhem os mesmos, gerando assim a interatividade do meio de comunicação no ciberespaço.

Apoio / Parcerias: Gerência Regional da Educação do Planalto Norte (25º SDR), por meio das escolas participantes. Colégio da Univille - Campus São Bento do Sul/SC. Colégio Excelência - Mafra/SC. Assim como todos os estudantes que tiverem acesso ao canal.

Acervos em história oral: desafios para a gestão, difusão e acesso público

  • Roberto Montes Filho , Graduando, robmontesfilho@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Laboratório de História Oral da Univille, Gestão de acervos de entrevistas orais, Acesso público a entrevistas orais

Tomando como referência o conjunto de trabalhos realizados pelo Laboratório de História Oral da Univille (LHO/Univille), esta comunicação propõe apresentar aspectos técnicos das rotinas desenvolvidas nesse Laboratório, em especial os processos de difusão e acesso público às suas entrevistas orais. O LHO/Univille, vinculado ao curso de História e ao Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille, é composto por um acervo de aproximadamente 650 entrevistas orais, organizadas em 46 coleções, suportadas nos formatos de CD, DVD, fitas-cassete, microcassete, disquetes, áudios digitalizados e transcrições. Além disso, o LHO/Univille também disponibiliza, gratuitamente, serviços de assessoria e empréstimo de tecnologias de informação e comunicação para realização das entrevistas (gravadores, câmeras fotográficas, filmadoras etc.). Tal Laboratório integra o Programa Institucional de História Oral da Univille (PIHO/Univille), e seu objetivo, dentre outros, é o de promover a difusão do seu acervo às comunidades interna e externa, para fins de ensino, pesquisa e extensão. Em sua rotina, o LHO/Univille conta com um Procedimento Operacional Padrão (POP), cujo intuito é facilitar os trabalhos internos, promover a melhoria da comunicação junto aos seus consulentes, bem como otimizar os serviços prestados à comunidade. A elaboração do POP deu-se através da experiência e do conhecimento adquiridos pelos membros da equipe técnica e gestores do Laboratório. Nesse POP são especificadas as atividades que englobam o processamento técnico de uma entrevista oral, entre os quais se destacam: recebimento e conferência da documentação atinente à entrevista oral; catalogação técnica; incorporação e salvaguarda da entrevista no acervo; disponibilização pública das entrevistas para consulta e/ou empréstimo. Considerando que não existe uma normatização internacional oficial sobre como processar em espaços de memória documentos orais como os custodiados no LHO/Univille, acreditamos que o Laboratório age de forma inovadora. Tais trabalhos apresentam desafios e responsabilidades a serem enfrentadas pela equipe técnica do LHO/Univille, principalmente relacionados às políticas de doação e autorização de uso das entrevistas orais para projetos de ensino, pesquisa e/ou extensão (métodos de disponibilização à consulta pública digital). Por fim, essa comunicação se dispõe, por meio da contextualização da experiência de desenvolvimento do POP do LHO/Univille, contribuir com reflexões relacionadas à gestão e o processamento técnico de documentação oral produzida no âmbito da metodologia da história oral.

Apoio / Parcerias: Centro Memorial da Univille. Departamento de História da Univille. Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille.

Análise das matrículas na educação infantil na cidade de Joinville após a adequação da Lei n° 12.796/2013 que fixa a obrigatoriedade da educação básica dos 4 (quatro) anos aos 17 (dezessete) anos

  • Paola Stefanon Ferreira, Graduando, stefanon.paola@gmail.com
  • Rosânia Campos, Dr(a), zana.c2001@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Políticas Públicas para Educação Infantil, Educação Infantil, Obrigatoriedade da matricula os 4 anos

A presente pesquisa, documental, teve como objetivo investigar as matrículas de educação infantil, em Joinville, cidade com a maior rede pública de educação infantil do estado, após o termino do período de implementação da Lei nº 12.796/2013 que definiu a obrigatoriedade da matrícula a partir dos quatro anos. Para tanto, procuramos: a) identificar os dados de matrículas para creches e pré-escolas no período de 2010 (último ano para instituição do ensino fundamental de nove anos com matrícula obrigatória aos seis anos de idade) até 2017; b) analisar o número de matrículas, nesse período, em instituições denominadas conveniadas; c) identificar as matrículas em relação ao período de atendimento: integral ou parcial, no citado período. A presente pesquisa é justificada pela urgência em se verificar se, a parcialização do atendimento na pré-escola repercutiu diretamente no aumento de vagas para creches e pré-escolas, ou acabou por gerar novos desafios para a família trabalhadora. A coleta de dados foi realizada via sítios governamentais, federal e municipal, que contém dados referentes as matrículas. Os dados foram analisados a partir de diferentes tabulações realizadas, e tendo como referencial teórico epistemológico o materialismo histórico dialético. Após a conclusão das análises no período de 2010 – 2017, é possível observar o aumento dos números de matrícula em regime parcial, tanto na etapa creche, quanto na pré-escola, sendo que nessa última praticamente foram reduzidas as matrículas em regime integral. Desse modo, observamos que em 2010 haviam 2841 matrículas em regime integral na creche, e 567 em regime parcial. Na pré-escola existiam 1566 matrículas em regime integral, e 4906 matrículas em regime parcial. Passados sete anos, e o prazo para adequação da lei da obrigatoriedade o cenário na creche permanece com mais matrículas em regime integral, já na pré-escola, somente 13 matrículas são ofertadas em regime integral, sendo que 9327 são as atuais matrículas em regime parcial. O expressivo aumento de matrículas, sobretudo na pré-escola, evidencia que a ampliação do atendimento na cidade ocorreu, sobretudo, a partir da estratégia de parcialização. Importante ainda observar que essa política também se observa na creche, de modo que em 2016 haviam 4146 matrículas em regime integral na creche, e 1442 em regime parcial, cenário diferente em 2017, conforme já indicado que apresentou redução nas matriculas em regime integral também nessa etapa. Nesse sentido, entendemos que a ampliação de matrículas ocorreu a custa de redução do tempo de permanência das crianças nas instituições.

ANÁLISE DE RESÍDUOS ALIMENTARES ENCONTRADOS EM ARTEFATOS CERÂMICOS DE POVOS CERAMISTAS DA BAIA DA BABITONGA – SC

  • Yohanna Bisewski Tomaschitz , Graduando, yohannatomaschitz@gmail.com
  • Graciele Tules de Almeida, MSc, gracitules@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: cerâmica, arqueometria, alimentação

A presente pesquisa que se apresenta em fase inicial, é financiada pela bolsa de Iniciação Científica PIBIC/CNPq e está vinculada ao projeto Patrimônio Arqueológico Pré-Colonial Costeiro – Relações entre Cultura Material e Ambiente nas Sociedades Sambaquianas (ARQUOCOSTA), coordenado pela Prof.ª Dra. Dione da Rocha Bandeira, que está ligado ao Grupo de Estudos Interdisciplinares de Patrimônio Cultural (GEIPAC), na linha de Arqueologia e Cultura Material (ArqueoCult). O projeto visa identificar, através de análises químicas em artefatos cerâmicos, resíduos de dietas alimentares dos povos ceramistas pré-coloniais Jê e Guarani, que habitaram a região da Baía da Babitonga, localizada ao norte da região litorânea de Santa Catarina. Os objetos de estudo desse trabalho, os artefatos cerâmicos manufaturados por tais povos, são encontrados nos sítios arqueológicos com cerâmica Enseada I, Bupeva II, Rio Pinheiros II, Forte Marechal Luz, Itacoara e Poço Grande. A cerâmica na função de peça utilitária, está diretamente ligada à alimentação desses povos, e é usado para armazenamento ou cozimento dos alimentos em situações cotidianas ou ritualísticas, podendo também ser utilizada na confecção de cachimbos ou urnas funerárias. Por essas razões, a cerâmica é considerada de grande importância para estudos arqueológicos, uma vez que traz informações comportamentais do grupo que a produziu. Atualmente, os artefatos pertencem ao acervo do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ) e ao Museu Nacional da UFRJ. Metodologicamente, realizar-se-á um levantamento bibliográfico para estudo sobre os habitantes da região estudada, focando principalmente na alimentação de tais povos, bem como um estudo aprofundado sobre as análises utilizadas no presente trabalho, tais como a Cromatografia Gasosa (CG) e a Espectroscopia de Infravermelho por Transformadas de Fourier (FTIR), utilizando-se também o microscópio eletrônico para análise da superfície cerâmica e possíveis resíduos encontrados nela. A pesquisa conta com a coorientação da MSc. Graciele Tules de Almeida, contemplada com o prêmio Elizabete Anderle com um projeto que também se volta para análises arqueométricas dando continuidade à sua dissertação de mestrado que também teve este enfoque.

Apoio / Parcerias: Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ)

Artesania: Formação Cultural, Construções Identitárias e Experiências Sensíveis na Terceira Idade

  • Rita de Cássia Fraga da Costa, G, ritadacosta08@gmail.com
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), pillotto0@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Práticas Educativas, Artesania, Terceira Idade

As artesanias e a terceira idade estão nas práticas educativas desta pesquisa. Tanto as artesanias, o fazer artesanato, processo e produto, quanto os idosos carregam em si rastros do seu tempo e, vistos juntos, condensam muitos valores, constituídos de saberes. Esses valores, por vezes, permanecem adormecidos, mas ao longo de suas vidas, armazenam potencialidades, que não escapariam a qualquer um de nós. Os idosos, portanto, trazem consigo significativos conhecimentos, saberes, sensibilidades e memórias, que alimentam suas mentes e espírito. Neste viés respeitoso, podemos abrir os caminhos para a artesania, desenvolvendo práticas educativas de maneira lúdica e prazerosa, revisitando suas vivências, suas culturas, buscando no diálogo e no fazer, despertá-los para a sensibilidade, valorizando suas construções identitárias e proporcionando novas propostas para um envelhecer significativo e autônomo. O presente artigo apresenta a pesquisa “Artesania: formação cultural, construções identitárias e experiências sensíveis na terceira idade”, que está em andamento na linha Políticas e Práticas Educativas, do Mestrado em Educação, da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. O estudo busca investigar experiências em artesania com a terceira idade, em espaço não formal de educação, pelo viés da formação cultural, construções identitárias e experiências sensíveis. Para isso, faremos uso de uma abordagem cartográfica e narrativa, guiados por Passos, Kastrup e Escóssia (2015), e Clandinin e Connelly (2015), somados às contribuições teóricas em: artesania, de Petrykowski Peixe et al (2014); terceira idade, de Bosi (1994) e Almeida (1998); educação não formal, de Gohn (2011; 2014); formação cultural e construções identitárias, por Hall (2006), Bauman (2012) e Adorno (2005); e experiências sensíveis, com Duarte Jr. (2010), Larrosa (2016) e Meira (2014). O campo de pesquisa escolhido foi o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos dos Idosos - SCFV, em uma das unidades dos Centros de Referência de Assistência Social - CRAS, em Joinville, Santa Catarina. Desta forma, considerando as potencialidades das artesanias, ao desenvolvê-la junto aos idosos, em forma de práticas educativas (4 oficinas de sensibilização e artesania), estaremos desafiados a internalizar experiências sensíveis, e atentos a criar disposição de sentir, de exercitar sentidos, de comunicar percepções e mobilizar memórias, que poderão contribuir para manter ativadas reais potencialidades, construções identitárias e sensibilidades, reiterando a importância dos processos em formação cultural. Por fim, como resultado, espera-se perceber como as experiências sensíveis podem ativar as memórias, contribuindo nas construções identitárias e, por conseguinte, na ampliação de novos olhares e sentires para suas vidas.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e sua aplicabilidade na Univille: aspectos históricos e legais

  • Sirlei de Souza, MSc, professorasirlei@gmail.com
  • Wilson de Oliveira Neto, MSc, wilhist@gmail.com
  • Cícero Daniel Cardoso , Graduando, cicero.daniel.cardoso@gmail.com
  • Vitória Regina Petermann, Graduando, petermannvitoria@outlook.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação, Relações Étnico-Raciais, Univille

As Diretrizes Curriculares Nacionais, resultantes do Parecer CNE/CP 3/2004, foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em março de 2004, dispondo-se a atender a Lei nº 10.639/2003, que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas do Brasil. A Universidade da Região de Joinville, por sua vez, para atender tais Diretrizes estabeleceu em 20 de fevereiro de 2013 a Instrução Normativa 01/2013/PROEN, que têm por objetivo contemplar os seguintes temas nos planos de ensino e aprendizagem dos cursos oferecidos pela instituição: educação das relações étnico-raciais; educação ambiental; e educação em direitos humanos. Considerando os aspectos legais e institucionais o presente projeto se propõe a examinar o cumprimento das Diretrizes enfatizando as ações de ensino, pesquisa e extensão previstas e cumpridas pelos cursos de graduação e programas de pós-graduação da Univille. Para tanto, foi imprescindível uma investigação acerca de conceitos históricos, a exemplo da escravidão e do racismo, bem como, um aprofundamento em relação a essas questões na contemporaneidade. A pesquisa evidenciou também o percurso legislativo educacional em âmbito nacional, procurando problematizar à luz da Ciência Jurídica o contexto e as forças políticas envolvidas na definição desses marcos legais sobre a educação das relações étnico-raciais. O levantamento da documentação institucional demonstra que estão evidenciados os compromissos da Universidade com as temáticas indicadas pelas Diretrizes Nacionais. Já o diagnóstico preliminar realizado sobre as ações desenvolvidas nos últimos anos, no que diz respeito a pesquisa e extensão, indica que muito antes das exigências legais já havia por parte da instituição ações de pesquisa e extensão envolvendo a temática. A pesquisa encontra-se na fase de análise dos projetos pedagógicos dos cursos no intuito de identificar as atividades de ensino que contemplem a educação das relações étnico-raciais.

As paisagens, meio ambiente e jardins preservados pelo IPHAN de 1938 a 2016

  • Fábia Pacheco Dombroski, Graduando, fabiadombroski@hotmail.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Paisagem cultural, Ambiente, Jardins

Esta pesquisa tem o objetivo de estudar as atas do IPHAN de 1938 a 2016 referente às paisagens, ao ambiente e aos jardins, que foram tombados ou registrados pelo referido órgão federal. A relevância dessa pesquisa está no levantando da concepção do IPHAN sobre o patrimônio cultural natural ou ambiental e como o órgão contribuiu e influenciou na construção do patrimônio e natureza no Brasil. Neste contexto, o estudo das paisagens, ambiente e jardins oferece uma perspectiva diferenciada na discussão sobre o patrimônio cultural, uma vez que imbrica no seu bojo conceitual a inseparabilidade dos elementos tangíveis e intangíveis combinados na relação significativa do homem e natureza. A inclusão do patrimônio natural no rol dos patrimônios brasileiros a serem preservados foi um passo fundamental para a conservação da fauna e flora nacional, dimensões da constituição do patrimônio natural e de relevância essencial para sustentabilidade do planeta, um bem indiscutivelmente da humanidade. O movimento em torno da preservação do patrimônio cultural voltou-se à incorporação de conhecimentos socioambientais, enriquecendo o arcabouço teórico de patrimônio. A metodologia da pesquisa envolveu pesquisa bibliográfica e pesquisa documental, a qual envolveu a leitura e análise das atas publicadas no site do IPHAN de 1938 a 2016 para identificar a preservação, a partir dos instrumentos tombamento ou chancela de paisagens, da natureza e de jardins. A partir desse estudo e análise foi constado o que o IPHAN preservou no Brasil, com relação à paisagem, ambiente e jardins de 1938 a 2016. Constatou-se que inicialmente o IPHAN tinha uma visão dualista e fragmentada do patrimônio cultural e natural, na década de 70 começa uma discussão mais ampla da imbricação cultural e natural, que se consolida com o estabelecimento da chancela da paisagem no ano 2009.

Apoio / Parcerias: Não há

As Representações Sociais dos moradores de Joinville sobre o Patrimônio edificado em estilo Enxaimel

  • Rafaela Cardoso Dagnoni, Graduando, rafa.dagnoni@gmail.com
  • SANDRA PASCHOAL LEITE DE CAMARGO GUEDES, Graduando, sandraplcguedes@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Representações Sociais, Patrimônio Cultural, Joinville

A pesquisa realizada para elaboração do presente trabalho busca identificar as representações sociais dos moradores de Joinville em relação ao seu patrimônio cultural, principalmente o patrimônio edificado de tradição germânica, conhecido pelo estilo enxaimel. As construções enxaimel são técnicas trazidas pelos imigrantes alemães ao sul do Brasil no século XIX, o estilo arquitetônico consiste em uma estrutura de madeiras entrelaçadas aonde os vãos são preenchidos por tijolos, pedra ou taipa. Sabe-se que a partir da década de 1970 houve em Joinville uma política turística fortemente voltada para as características da arquitetura germânica na região, com incentivo ao chamado "falso enxaimel" a fim de transformar a cidade em um ponto turístico nostálgico da presença de imigrantes alemães no sul do Brasil, proporcionando aos moradores da cidade e seus visitantes a fama de cidade européia. Dessa forma, pretende-se, através da aplicação de formulários quali-quantitativos aplicados por toda a região de Joinville, analisar as relações que a população joinvilense possui com o patrimônio cultural da cidade e a influência da cultura germânica nas representações que possui sobre o patrimônio cultural local. Para isso, será utilizada a Teoria das Representações Sociais, desenvolvida por Serge Moscovici (2003). Além de outros autores relacionados a TRS, a pesquisa bibliográfica contribui com autores que trabalham a história de Joinville e patrimônio cultural.

Apoio / Parcerias: PROJETO VOLUNTARIO

Bem-me-quero, bem-te-quero: Um Projeto de Psicologia Educacional sobre a corporeidade e gestão do cuidado

  • Roselaine Vieira Sonego, MSc, sonego.psico@gmail.com
  • Allan Henrique Gomes, Dr(a), allanpsi@yahoo.com.br

Palavras-chave: Educação Básica, Gestão do Cuidado, Corporeidade

A temática da corporeidade é emergente em diversos contextos porque ela faz interlocução direta com significações e subjetividades na constituição da identidade pessoal atravessada por ideologias e interditos que cada sociedade marca no corpo. Apesar da abrangência do tema, na escola, a corporeidade aparece como uma representação da dinâmica das relações sociais de seu micro e macro contexto. Esse trabalho é um relato de experiência do Estágio de Psicologia Educacional iniciado no quarto ano e em andamento no quinto ano de formação de psicologia. Por isso, a temática emergiu após um período significativo de vivência das acadêmicas no espaço de uma escola pública municipal de Joinville, SC, onde se observou as demandas de gestores, professores e dos estudantes. Tais demandas foram distintas envolvendo temas como bullying, respeito, sexualidade, família, inclusão, agressividade, virtualidade, entre outros. O objetivo desse trabalho foi realizar ações psicoeducativas para os estudantes dos sextos, sétimo e oitavo anos do período vespertino, da educação fundamental, que possibilitassem a vivência do eixo temático da corporeidade. As intervenções se caracterizaram por uma pesquisa ação, tendo como metodologia a elaboração e aplicação de oficinas sobre corporeidade, com possibilidade de trabalhar as demandas prévias e àquelas que surgissem a partir da interação das acadêmicas com os estudantes. Os resultados iniciais obtidos foram a produção de práticas desenvolvidas de trabalho psicológico educacional envolvendo quatro eixos: 1) Corpo: conceitos e identidade; 2) Corpo: sexualidade (beleza, sexualidade, autoproteção); 3) Corporeidade e virtualidade, 4) Cuidado de si e do outro. As oficinas priorizaram atividades e dinâmicas lúdicas que trabalharam a sensorialidade do corpo, a relação dos sentimentos com o corpo, a percepção de si e do outro, a influência histórica de múltiplas determinações que colocam todas as interdições no corpo, a reflexão das demandas de cada grupo, produzindo assim novas subjetividades e significações das relações interpessoais, iniciando nessa escola a vivência da gestão do cuidado de querer bem a si e ao outro. Até o momento se observou que os espaços escolares carecem de intervenções que possibilitem: a) outras visões e subjetividades que promovam relações de cuidado, de apreço ao bem estar de si e do outro; b) senso de incompletude e de inacabamento diante das fragilidades provisórias e dos obstáculos reais como carência de tempo para interlocução ampla com as pessoas da escola; c) desafio à rotina que escolariza o corpo; d) vivências lúdicas da corporeidade e de suspensão do cotidiano aos estudantes e professores.

Apoio / Parcerias: Secretaria Municipal de Educação / Prefeitura de Joinville - SC

Centro de Estudos Interdisciplinares de Patrimônio Cultural da Univille: reflexões sobre uma proposta ainda emergente

  • Gilmar Nilsen , G, gnilsen86@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Centro de Estudos Interdisciplinares de Patrimônio Cultural da Univille:, Espaço de memória, Gestão de acervos de interesse patrimonial

O Mestrado em Patrimônio Cultural da Univille (MPCS) completa dez anos. Neste contexto, emergiu e vem sendo consolidada a proposta de criação de um Centro de Estudos Interdisciplinares em Patrimônio Cultural (CEIPAC), cuja missão seria promover e apoiar o desenvolvimento de estudos e investigações sobre Patrimônio Cultural de acordo com a área de concentração e as linhas de pesquisa do MPCS e do Departamento de História, bem como ofertar serviços sobre conhecimento e valorização pública de patrimônios e práticas e processos de gestão. A partir disso, a primeira ação realizada foi a preparação de um espaço dentro da Biblioteca Central da Univille, junto ao Laboratório de História Oral e ao Centro Memorial da Univille, para abrigar o CEIPAC. Documentos que estavam na sala foram processados e vem sendo paulatinamente incorporados aos acervos do LHO, CMU e do próprio CEIPAC. Concomitantemente, uma série de reuniões entre os professores do curso de História e do MPCS e mestrandos do MPCS foram realizadas com o intuito de preparar uma proposta de atuação institucional do CEIPAC, levando em conta a atuação de outros laboratórios e centros de pesquisa em patrimônio cultural do Brasil e do Mundo. A partir disso, concebeu-se como visão de futuro do CEIPAC ser referência local, regional e internacional nos estudos interdisciplinares sobre patrimônio cultural e a produção de conhecimento e valorização pública de patrimônios. A proposta global atinente à criação do CEIPAC encontra-se em fase final de estudo por parte de professores do mestrado e do curso de História da Univille. Por fim, percebeu-se que uma iniciativa como esta demanda uma quantidade significativa de planejamento e trabalho, contudo, a expectativa de um resultado positivo para a Instituição e para os pesquisadores, a partir da constituição deste espaço, serve de grande estímulo. Também nesse processo, os alunos do MPCS e do curso de História vem experimentando concretamente e aprendendo sobre as complexidades teórico-metodológicas envolvidas com a emergência e o desenvolvimento de um espaço de memória da natureza do CEIPAC, enriquecendo suas formações em nível de graduação e pós-graduação.

Apoio / Parcerias: Centro Memorial da Univille. Departamento de História da Univille. Laboratório de História Oral da Univille Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille.

Constituições republicanas brasileiras e o direito à cultura e ao patrimônio cultural

  • FERNANDA MOREIRA SPROTTE, Graduando, ernanda_0608@yahoo.com.br
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio cultural, Memória, Constituições

O direito à memória está descrito implicitamente na Constituição Federal de 1988 (CF/88), vinculando elementos que integram o direito à cultura. Esses elementos discorrem sobre direitos individuais e coletivos, associados à identidade, ação e memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. Entretanto, nas constituições anteriores, a cultura e o direito à cultura são concebidos de modo diferente, os quais, respondendo a contextos e legislações específicas, trataram a cultura atrelada ao viés educacional. Assim, a pesquisa objetivou conhecer no âmbito das constituições brasileiras do período republicano, a configuração que assumiu o direito à memória, à cultura e ao patrimônio, além de aprofundar as reflexões acerca dos instrumentos de proteção e os seus vínculos com o exercício dos direitos à cultura. A pesquisa documental foi realizada por meio de análise do discurso legal vinculando o institucionalismo desde 1891 até a normatividade da Constituição de 1988. Também foram elaborados mapas conceituais históricos de ordenamento jurídico sobre direito à cultura, memória e patrimônio com base em tecnologia educacional disponibilizados pelo Grupo de Pesquisa Mapas Conceituais, integrado ao Núcleo de Pesquisas em Novas Arquiteturas Pedagógicas da Universidade de São Paulo. Como resultado de pesquisa, verificou-se que normativamente até a CF/88, a cultura correspondia a um ideal educativo sob dois aspectos: desenvolvimento de civismo e meio civilizatório. Nesse sentido, a cultura era um “produto” a ser adquirido por quem detivesse meios de acesso à educação nacional. Já, no discurso constitucional contemporâneo, a cultura passa a ser concebida como “processo social” e elemento indissociável dos cidadãos. Pela pesquisa foi possível constatar que o patrimônio cultural brasileiro desde a Constituição de 1891 referiu-se a bens materiais eleitos pelo Estado e por ele associados à reverência de heróis e à matriz civilizatória do país. O interesse pela proteção do patrimônio nacional ganhou destaque especial em 1937 pelo decreto N° 25/37 que criou o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e instituiu o instrumento jurídico do tombamento. Na CF/88 operou-se duas principais rupturas: a criação de novos instrumentos de proteção (inventário, registro, vigilância) e a inversão do protagonismo na atribuição de valores e reconhecimento do patrimônio nacional, isto é, o Estado deixou de ser a instância definidora para assumir o papel declaratório dos bens considerados patrimônios nacionais.

Apoio / Parcerias: CNPq

Criativamente - Laboratórios de Criatividade

  • Fernanda Pozza da Costa, MSc, fernanda.costa@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: criatividade, expressão pessoal, inclusão

O projeto FAEG, intitulado Criativamente, foi proposto considerando-se o desnível social e financeiro que tem como consequência a diversidade instrucional presente em grande parte dos educandos da Univille. Com isso, buscou-se estimular o desenvolvimento do potencial expressivo e criativo, além de propiciar processos inclusivos a partir de atividades em Laboratórios de criatividade, destinados aos estudantes da Univille, especificamente dos cursos de Design, Fotografia Arquitetura e Urbanismo, Publicidade e Propaganda e Artes Visuais. A partir da vivência em sala de aula, a autora do projeto percebeu necessidades latentes que dificultam um melhor desempenho do aluno em processos, tais como: interpretação e construção de elementos sígnicos, expressividade de maneira criativa, visando a elaboração e desenvolvimento de propostas coesas. O Criativamente, então, aliou esses elementos e incluiu a percepção da cultura visual presente em seu entorno e a utilização desse material como referencial no exercício da criatividade, tanto em termos de expressão gráfica, como em propostas alternativas. Por meio de propostas prático-reflexivas, o projeto objetivou estimular o desenvolvimento do potencial expressivo e criativo dos participantes, além de propiciar processos inclusivos. O conteúdo foi organizado em sete Módulos com abordagens específicas, compreendendo atividades como: exercícios de olhar e perceber o entorno; propostas de produção prática a partir das observações empreendidas; atividades de desconstrução e reconstrução da forma; leitura, releitura a partir de imagens e textos; exercícios de leitura, interpretação crítica e criação nas diferentes linguagens; proposição de desafios que exercitem o pensamento lógico e divergente e a rapidez na solução de problemas, de maneira criativa, reflexiva e coesa. Após o encerramento do Criativamente, realizou-se uma pesquisa junto aos participantes e obteve-se uma boa avaliação do projeto, e o reconhecimento, por parte dos participantes, dos benefícios obtidos com sua participação nos laboratórios de Criatividade.

Digitalização de acervos de entrevistas orais: o caso do Laboratório de História Oral da Univille

  • Eloyze Caroline Davet, Graduando, eloysedavet@yahoo.com.br
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Laboratório de História Oral da Univille, Digitalização de entrevistas orais, Acervos de interesse histórico e tecnologias

Pensar e usar tecnologias exige refletir sobre sua historicidade. A partir desse entendimento, não é equivocado dizer que as tecnologias são contemporâneas ao tempo em que são produzidas e isso pode vir a ser um desafio na construção de arquivos/acervos de interesse histórico que não possuem como suporte o papel. A apresentação desta comunicação tem como objetivo compartilhar os problemas e as soluções encontradas no processo de digitalização do acervo de entrevistas orais custodiadas pelo Laboratório de História Oral da Univille (LHO). Tais entrevistas, integram um conjunto de 46 coleções temáticas (653 entrevistas), suportadas em fitas cassetes, microcassetes, CDs e DVDs. O processo de digitalização vem sendo feito de maneira artesanal, com uso de aparelhos digitais e analógicos. Para executar a digitalização foi necessária uma pesquisa exploratória (bibliografia e manuais de instituições congêneres) para definir a metodologia que seria utilizada. Inicialmente, foram adquiridos aparelhos específicos para a passagem das fitas cassetes (e do áudio nelas contido) para o computador e, então, sua conversão em arquivo de áudio mp3. Porém, os aparelhos empregados nessa tarefa apresentaram problemas e não puderam ser utilizados, exigindo uma adaptação da metodologia inicialmente planejada. Em uma busca online por um método de possível de digitalização, encontramos a opção de transpor o áudio de um gravador/reprodutor de fita cassete para um gravador digital. Dessa forma, os arquivos já sairiam no formato desejado (mp3). Refletindo a partir dessa experiência, foi perceptível que acervos de história oral nem sempre estão bem preparados para as mudanças tecnológicas. As tecnologias estão em constante modificação, portanto, é necessário que estejamos prontos para lidar com essas alterações, especialmente quando se trata de um espaço de memória como o Laboratório de História Oral da Univille, cuja proposta é produzir e acolher entrevistas orais que apresentem sintonia com a metodologia da história oral. Por fim, o referido processo de digitalização revelou que a passagem do analógico para o digital não se resume à dinâmica do “velho” versus o “novo”. Indo para além disso, tal relação nos parece uma oportunidade de constante aprendizagem no campo da história, da história oral e das tecnologias digitais.

Apoio / Parcerias: Centro Memorial da Univille. Departamento de História. Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille.

Direito e Performance: a judicialização da arte no Brasil

  • Camile Coelho, Graduando, milescoelho@gmail.com
  • Luana de Carvalho Silva Gusso, Dr(a), lu_anacarvalho@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: patrimônio cultural, direitos culturais, arte

O presente projeto tem como objetivo principal realizar um levantamento das leis no ordenamento jurídico brasileiro que possam assegurar a arte performática, a partir de estudos do Artigo 216 e 216-A da Constituição Federal Brasileira. Nesse sentido, busca-se explorar as possibilidades de regulamentação e de proteção jurídica da performance como forma de expressão artística, bem como bem como problematizar as incompatibilidades de tal expressão e o universo regulador e disciplinador do Direito. Nesse sentido, busca analisar os casos ocorridos em Joinville – como a performance “Corte em Nós”, de Carlos Alberto Franzoi, em que expressões performáticas, ocorridas especialmente em espaços públicos, são impedidas e até criminalizadas sob o argumento de falta de “autorização”, de risco social e humano ou perturbação do sossego, entre outros. Assim, o presente projeto realiza um questionamento sobre os limites entre o direito e a arte performática, bem como as soluções jurídicas apresentadas sugestionadas em nome da segurança jurídica.

Educação especial e - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: uma pesquisa sobre a produção científica da ANPEd Regional da Região Sul

  • Camila Cristina Haas, Graduando, camilynhah@hotmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação Especial, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, Anped Sul

Partindo do objetivo geral desta pesquisa que visa identificar e analisar a produção cientifica publicada no período de 2010-2017 na ANPEd Regional da Região Sul de Santa Catarina sobre o tema Educação especial e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Esta pesquisa busca mapear a produção científica tendo como foco o impacto da medicalização na Educação especial e a sua relação com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. A metodologia da pesquisa se caracteriza como balanço de produção utilizando o levantamento bibliográfico de publicações ocorridas no período de 2010-2017 sobre o TDAH no âmbito da educação especial. Diante disso, foi realizada uma investigação das produções cientificas realizadas sobre a temática nos últimos sete anos nas bases de dados da ANPEd Sul nos seguintes GTs: Ensino Médio, Educação e Infância, Formação de Professores, Alfabetização e Letramento, Ensino Fundamental, Psicologia da Educação, Educação e Trabalho e Educação Especial. A pesquisa foi realizada utilizando os seguintes descritores: hiperatividade - transtorno - atenção - educação especial - medicalização – aprendizagem. No entanto, após a busca, não foi encontrado nenhum artigo que discutisse a relação da medicalização com o TDAH conforme a pesquisa em questão. Os resultados apontam para um a necessidade de pesquisas que enfoquem essa temática, a qual ate o momento aparece. Considerando o aumento de encaminhamentos para ao diagnostico de estudantes e possível tratamento medicamentoso, faz-se necessário conhecer como a Educação e a Educação Especial tem tratado o tema.

Educação especial e a relação família-escola: uma pesquisa sobre o estado da arte

  • Amanda Packer Meurer Marques, Graduando, amandap.meurer@gmal.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação Especial, Família, Educação

A importância da relação família-escola têm sido confirmada pelas produções científicas, as quais revelam-na como uma facilitadora no processo de inclusão escolar (MATURANA e CIA, 2015). Assim, o objetivo do presente estudo é identificar e analisar as produções bibliográficas sobre a relação família-escola no âmbito da Educação Especial, publicadas no período de 2009 a 2015. A pesquisa foi empreendida nas bases de dados da ANPEd e EDUCERE, onde realizou-se a leitura do título, palavras-chave e resumos dos trabalhos, encontrando um total de 17 produções sobre o tema proposto. Para a análise dos dados, adotou-se a análise de conteúdo, descrita por Moraes (1999) e estabeleceu-se as seguintes categorias de análise: temas e subtemas, etapa de ensino e deficiência estudada, área do conhecimento (origem), universidade (região do país), tipo de pesquisa, referencial teórico (autores utilizados) e palavras-chave. Os resultados apontam para três temas emergentes: 1) a família do estudante público alvo da educação especial; 2) problematizações sobre deficiência auditiva (deficiência mais estudada) e 3) o processo de inclusão. Dentre as etapas de ensino pesquisadas, a Educação Infantil e o Ensino Fundamental foram as que se sobressaíram. Destaca-se também uma maior produção científica dentro dos programas de pós-graduação (mestrados e doutorado) sobre a temática pesquisada, bem como, maior concentração de estudos e pesquisas na região sul do país. Percebem-se ainda, alguns silenciamentos e/ou lacunas nas produções encontradas, dentre os quais, ressalta-se os trabalhos que tenham os estudantes público alvo da educação especial como participantes da pesquisa e as pesquisas desenvolvidas na etapa final da educação básica - Ensino Médio - e no Ensino Superior.

Educação especial e a sua relação com o TDAH. Uma pesquisa sobre a produção científica na ANPEd Nacional

  • Silvana Rocha Walz, Graduando, silwalz@hotmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação Especial, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, medicalização

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) se apresenta em voga devido ao aumento do consumo de medicamento e da quantidade de diagnósticos que vêm sendo realizados (EIDT e FERRACIOLI, 2010). Desta forma, o objetivo do presente estudo é identificar as produções bibliográficas científicas sobre a temática de Educação Especial e a sua relação com o TDAH, publicadas no período de 2010 a 2015. A pesquisa foi executada na base de dados da ANPEd Nacional, se restringindo aos grupos de trabalho (GTs) de maior relevância, de acordo com a problemática da pesquisa. Sendo os GTs: Movimentos sociais, sujeitos e processos educativos; Didática; Educação de crianças de 0 a 6 anos; Educação popular; Formação de professores; Alfabetização, leitura e escrita; Educação fundamental; Educação especial; Educação de pessoas jovens e adultos; Psicologia da educação. A seleção da leitura e análise completa dos trabalhos ocorreu conforme as palavras-chave (TDAH; Medicalização; Déficit de Atenção e Hiperatividade) encontradas no corpo do texto, resultando em cinco artigos. Para a análise de dados, adotou-se a análise de conteúdo, descrita por Franco (2005) e estabeleceu-se as seguintes categorias de análise: temas emergentes, área do conhecimento (origem), universidade (região do país), tipo de pesquisa, referencial teórico (autores utilizados), crítica e visão do TDAH. Os resultados apontam para três temas: 1) à cultura da medicalização; 2) os problemas de aprendizagem ou de comportamento que resultam em fracasso escolar; 3) a falta de práticas desenvolvidas pela escola no processo de ensino-aprendizagem para alunos com TDAH. Evidencia-se algumas lacunas nas produções encontradas, dentre os quais, enfatiza-se os trabalhos que tenham os docentes como participantes da pesquisa e as pesquisas desenvolvidas na etapa inicial da educação infantil.

Estudos preliminares da malacofauna nos sítios arqueológicos (sambaquis) da costa leste da Ilha de São Francisco do Sul-SC

  • Jessica Ferreria, Graduando, jessferreira.f@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Sambaquis, Costa Leste, Malacofauna

Os sambaquis, são os vestígios mais marcantes da uma cultura denominada, genericamente, por sambaquiana, de pescadores-coletores-caçadores que ocuparam, praticamente, todo o litoral brasileiro por volta de 7.000 a 1.000 anos A.P. Por ocuparem áreas caracterizadas por grande produtividade pesqueira, como enseadas, regiões estuarinas e lagunares possuíam grande habilidade na prática de pesca. Atualmente, ao longo do litoral brasileiro, tem-se 2000 sambaquis registrados e, somente na Baía da Babitonga, uma formação estuarina localizada no extremo norte catarinense, estima-se 170 sambaquis. Comportando um dos maiores agrupamentos de sambaquis, esta região desperta interesse de diversos pesquisadores que buscam estudar não apenas as culturas pretéritas como também, as variações paleoambientais e as interações ecológicas entre o homem e fauna na tentativa de caracterizar e avaliar a oscilação das populações das espécies ao longo do tempo e buscar por modelos de conservação para manutenção das espécies atuais e futuras. Diante disto, o presente estudo vinculado ao projeto Costa Leste, buscou realizar uma análise preliminar da malacofauna que compõe a matriz arqueológica de 21 sambaquis distribuídos no litoral leste da Ilha de São Francisco do Sul, a fim de analisar os padrões de exploração desta fauna pelos povos pré-coloniais e caracterizar a malacofauna na região durante o Holoceno. Para obtenção dos resultados, foram realizados vários campos de reconhecimento e intervenções arqueológicas por meio de sondagens nos sambaquis. Em laboratório 100g do material proveniente das amostras foram separadas para datação e encaminhados para o Beta Analytic Inc. (USA) o e restante (± 10 litros) passaram por processo de flotação, triagem, identificação e análise dos dados. Este processo resultou em 76.401 peças identificadas ao menor nível taxonômico equivalente a 40.890 indivíduos distribuídos em 34 espécies de moluscos, sendo 17 gastrópodes (610) e 17 bivalves (40.280). Com base nas análises, 7 espécies não haviam sido registradas no paleoambiente holocênico da Babitonga e o levantamento preliminar de moluscos que ocorrem nos sambaquis associado à datação dos sítios arqueológicos resultou na identificação de similaridade entre as espécies de sítios próximos geograficamente, ressaltando a possibilidade de os sítios da zona leste de São Francisco do Sul não apresentarem variações significativas da fauna ao longo do tempo, mas sim em decorrência da distância ou proximidade territorial entre eles. Tais dados foram de extrema importância para complementar as respostas referentes à caracterização da mobilidade e domínio do ambiente pelas populações pretéritas, além de compor maiores informações sobre a fauna dos ambientes holocênicos.

Apoio / Parcerias: Fapesc

Grupos de Estudos de História Oral e Memória: espaço de experimentação e de formação teórico-metodológica

  • Beatriz Rengel, G, rengelbeatriz@gmail.com
  • Danilo de Matos Serafim , Graduando, danilo442008@gmail.com
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Grupo de Estudos em História Oral e Memória, Formação superior, Univille

O atual Grupo em Estudos de História Oral e Memória foi iniciado no ano de 2007 e vincula-se ao Centro Memorial e ao Laboratório de História Oral da Univille. Nestes 10 anos de existência, as discussões foram diversificadas, englobando: metodologia da história oral, ditadura no Brasil e nas Américas, direitos humanos, gênero, memória e esquecimento, ética na pesquisa, narrativa como fonte científica, desafios atinentes ao trabalho com arquivos e acervos de natureza histórica, trabalho escravo na atualidade, movimentos sociais, memórias traumáticas, testemunhos e biografias, entre outros. Sua realização acontece uma vez por mês, com estudos de textos e vídeos, socializações dos resultados de teses, dissertações e projetos de iniciação científica. A proposta do Grupo é realizar um debate acadêmico horizontal, no qual não há centralidade de um ou outro participante (especialmente do professor), procurando se configurar como um espaço de compartilhamento de experiências de ensino, pesquisa e extensão. Dessa forma, os encontros se tornam oportunidades para aprender e ensinar; se dizer e se ouvir; momentos onde é possível encontrar ou mesmo reconfigurar problemas, reflexões e/ou dúvidas. No contexto de sua criação, o objetivo do Grupo era se reunir periodicamente para discutir novos conhecimentos teóricos, trocar ideias e relatar experiências sobre o emprego da história oral no fazer histórico. Tais objetivos somaram-se aos do Laboratório de História Oral e do Centro Memorial da Univille, espaços institucionais que se propõem: apoiar projetos de ensino, pesquisa e extensão; oportunizar aos estudantes do curso de História e do Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade a experimentação de trabalhos técnicos em acervos documentais de natureza diversa. Levando em conta as experiências do referido Grupo, essa comunicação tem como objetivo discutir como os encontros realizados entre os participantes contribuíram ao aprendizado, ao desenvolvimento e ao aprofundamento de suas pesquisas em nível de graduação ou pós-graduação. A partir disso, recuperamos a trajetória de antigos e atuais integrantes desse Grupo e observamos o quanto os temas estudados ao longo dos encontros influenciaram seus projetos e investigações acadêmicas. Por fim, salientamos que, durante seu percurso, o Grupo, além de auxiliar teoricamente os participantes, promoveu discussões metodológicas, fortalecendo a formação e o debate a respeito de temas contemporâneos nos cursos de graduação e pós-graduação da Univille e região.

Apoio / Parcerias: Centro Memorial da Univille Laboratório de História Oral da Univille Departamento de História Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade

GUARANI E JÊ NA BAÍA DA BABITONGA – UM OLHAR ATRAVÉS DA TERRITORIALIDADE, CERÂMICA E RELATOS DE VIAJANTES DO SÉCULO XVI

  • Vitor Marilone Cidral da Costa do Amaral, Graduando, vitorcidral2091@hotmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Baía da Babitonga, Ocupação Indígena, Interdisciplinaridade

A pesquisa de iniciação científica intitulada “ Guarani e Jê na Baía da Babitonga - um olhar através da territorialidade, cerâmica e relatos de viajantes do século XVI”, está vinculada ao projeto guarda-chuva intitulado “Cultura material e patrimônio arqueológico pré-colonial da Costa Leste da ilha de São Francisco do Sul/SC – contribuição para uma arqueologia da paisagem costeira e estudos de etnicidade”. O projeto é vinculado ao Grupo de Estudos Interdisciplinares em Patrimônio Cultural/Geipac, na linha Arqueologia e Cultura Material/Arquocult e contou com o financiamento do Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille (FAP) e FAPESC. Além disso, contou com bolsa de fomento à pesquisa pelo Governo do Estado de Santa Catarina (Fumdes/171). O presente trabalho é resultado da pesquisa e revisão bibliográfica sobre os acervos cerâmicos indígenas da Baía da Babitonga que abarcam a ocupação dos Jê e Guarani, até então pouco trabalhado na perspectiva interdisciplinar. O objetivo principal da pesquisa foi analisar a ocupação indígena em São Francisco do Sul utilizando-se dos relatos de viajantes do século XVI, junto à produção científica acerca dos vestígios cerâmicos de sociedades pré-coloniais que viviam na região. As fontes documentais usadas são os relatos de Hans Staden (1549) e Álvar Núñez Cabeza de Vaca (1541) que passaram pelo litoral de Santa Catarina. As crônicas de viagem, de modo geral, revelam um olhar diferente, apresentando as singularidades, o exótico, o imaginário e as primeiras “etnografias” sobre os diferentes povos indígenas que encontraram esses viajantes nas suas travessias pelo Novo Mundo. Contudo, essa documentação caracteriza os grupos indígenas do litoral como uma única filiação étnica, o guarani, sem considerar qualquer outro grupo vivendo no litoral norte de Santa Catarina. Os vestígios arqueológicos e sua identificação etnográfica, em contrapartida, revelam diferentes assentamentos indígenas na região (Jê e Guarani) pouco percebida quando se trabalha apenas com os relatos de viajantes, que homogeneizaram os grupos viventes na região denominando-os de Carijós. Explica-se assim a escolha por uma pesquisa interdisciplinar, que parte da História e da Arqueologia para trazer novos elementos para a História indígena.

Apoio / Parcerias: Fundo de Amparo à Pesquisa da Univille (FAP) e FAPESC Governo do Estado de Santa Catarina (Fumdes/171)

Habitat de inovação: A importância da conservação patrimonial e a implementação de praticas inovadoras.

  • Dorothy Jaqueline Schulz, Graduando, dorothyschulz.arq@gmail.com
  • Patrícia de Oliveira Areas, Dr(a), patricia.areas@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Habitats de inovação, Inovação, Patrimônio Cultural

Habitats de inovação são ambientes organizados para apoiar o empreendedorismo, principalmente aqueles voltados para introduzir inovação no setor produtivo e/ou social. Podem se dar por meio de centros de inovação, parques científicos e/ou tecnológicos, incubadoras de empresas, dentre outros. Nestas áreas vários atores do processo de inovação podem ser envolvidos (tais como: empresas, instituições de ensino, institutos de pesquisa, agências, empresas, empreendedores, etc.) de forma a estarem próximos, potencializando a transferência do conhecimento para o setor produtivo / social e apoiando a geração de novas empresas, soluções, tecnologias. (MACHADO; SILVA; CATAPAN, 2016, p. 89). Estes habitats, por envolver inovação, são estratégias de intervenção urbana que vão além do crescimento econômico do setor produtivo e/ou social: envolvem o próprio desenvolvimento regional e sustentável da região (OCDE, Manual de Oslo, 1997). Tais ações têm impacto direto e/ou indireto em determinado território, seja no planejamento urbano, seja na própria identidade desta população. Patrimônio cultural, por sua vez, conforme art. 216, da Constituição Federal, são os “bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”. Envolve tudo que remete a identidade, representação, memória de uma determinada população. Relaciona-se desde edificações históricas ou representativas de determinada cidade ou localidade, até a própria identidade que esta população tem com seus modos de fazer, conhecimentos, festas, folclores, etc. Portanto, por envolver uma intervenção urbana – não só de natureza material por meio de edificações, áreas, projetos e programas visando este intercâmbio e relação com os atores locais, mas também na atuação direta nos próprios modos de fazer da comunidade do território – a criação e desenvolvimento de habitats de inovação pode ter impacto direto e/ou indireto no patrimônio cultural do território envolvido. Daí a problemática da presente pesquisa e o objetivo de estudar a relação entre habitats de inovação e patrimônio cultural desde a perspectivas de seus impactos positivos e/ou negativos para o desenvolvimento sustentável do território. Para tanto a pesquisa será dividida em etapas, sendo que esta primeira focada na pesquisa exploratória de identificação dos casos brasileiros e estrangeiros envolvendo a criação de habitats de inovação em localidades que possuam patrimônio cultural com potencial de ser impactado por estas intervenções urbanas. A pesquisa ainda está em fase inicial, atuando na revisão sistemática incluindo pesquisas bibliográficas e pesquisa sobre o tema em sites, revistas e artigos científicos.

Lagoa de Saguaçú: criando identidades a partir das paisagens culturais

  • Mirian Pollyana Vitalino Sudre, Graduando, mirian.vitalino@gmail.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Paisagem cultural, Lagoa do Saguaçu, Identificação

Este estudo tem o objetivo de estudar as paisagens culturais da Lagoa de Saguaçú no bairro Espinheiros em Joinville, na Baia da Babitonga, para entender melhor os patrimônios naturais de Joinville. Além disso, esta pesquisa visou reconhecer e discutir as práticas e os fazeres da população na paisagem da Lagoa de Saguaçu no município de Joinville. Para analisar as formas de expressão e as relações existenciais com a Lagoa de Saguaçu se faz necessário considerar que as paisagens que se configuram anteriormente como “naturais” estão em constantes transformações em consonância com o desenvolvimento do espaço “urbano". Com avanço do processo de modernização das práticas de trabalho e do comércio local, Joinville passou a se destacar como um grande centro econômico e industrial do país, que nas últimas décadas tem modificado significativamente a sua paisagem em detrimento de um acelerado crescimento populacional e urbano. Esta pesquisa é de natureza qualitativa, cuja a abordagem é exploratória, considerando-a como patrimônio ambiental no âmbito da região do estudo. As categorias de investigação foram: patrimônio cultural, meio ambiente, natureza, e paisagem cultural. Para alcançar os objetivos propostos, a pesquisa se apoiou em pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo. Na pesquisa documental foi realizado um levantamento dos registros significativos existentes de imagens publicadas, fotografias sobre a Lagoa de Saguaçú em Joinville e de reportagens sobre a região. Na pesquisa de campo foi entrevistado 7 moradores do bairro Espinheiros em Joinville, que se situa no entorno da Lagoa de Saguaçu, em que colheu-se narrativas orais sobre a paisagem cultural da Lagoa, possibilitou o acesso a informações sobre as representações, possíveis relações e vivência com as paisagens, a natureza, o espaço do mangue, muitas vezes urbanizado. Assim a pesquisa, aqui apresentada, mostra as narrativas dos moradores, como se relacionam com os manguezais e a identificação com a Lagoa do Saguaçu, tendo como foco a paisagem local, o patrimônio cultural ambiental e como este contribuiu na construção da subjetividade. Outra dimensão relevante que a pesquisa mostra é o sentimento de pertencimento e construção de identificação dos moradores, das proximidades da Lagoa de Saguaçú, no bairro dos Espinheiros, com as paisagens dessa região.

Apoio / Parcerias: Esta pesquisa teve o apoio do Programa de Iniciação Científica da Univille.

Língua Brasileira de Sinais X Patrimônio Cultural: as representações dos surdos

  • Neide Lima Lourenço, E, neidelimalourenco@gmail.com
  • SANDRA PASCHOAL LEITE DE CAMARGO GUEDES, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Representações Sociais, Patrimônio Cultural, Surdos

A presente proposta de comunicação é parte da pesquisa de mestrado “Repre-sentações dos surdos adultos sobre patrimônio cultural da cidade de Joinville” que é de-corrente de outras duas pesquisas coordenadas pela orientadora e coautora Sandra P.L. de Camargo Guedes: “Representações Sociais sobre Patrimônio Cultural de Joinville” e “Museus e Espaços de Memória: representações, acervos e função social”. Em 2002 a Libras –Língua Brasileira de Sinais - foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão dos surdos brasileiros pela Lei Federal nº 10.436. Os surdos que são usuários da Língua Brasileira de Sinais-Libras, fazem parte de uma minoria linguística, reconhecida pela lei 10.436/02 como meio legal de comunicação e expressão, devendo ser garantido pelo poder público o apoio, o uso e a difusão da mesma. Desta forma, o acesso à informação sobre o patrimônio material e imaterial na sociedade em que estão inseridos deve ser garantido de maneira que as pessoas surdas conheçam e se percebam como sujeitos de direito e pertencentes a esta sociedade. Partindo das leis que são especificas e que garantem o direito dos surdos de interagirem, de terem informações através da sua língua materna, este estudo tem como objetivo identificar quais as representações que os surdos têm sobre o Patrimônio Cultural e como a Língua Brasileira de Sinais influencia nessa representação. A análise dá-se por meio de uma abordagem qualitativa, que inclui a realização de entrevistas com formulários que possuem 46 perguntas relacionadas ao patrimônio cultural, sendo que os entrevistados se manifestaram em sua língua materna, sendo traduzida e interpretada por intérpretes fluentes em Libras. A partir das análises de vinte e cinco entrevistas constatou-se que os surdos entrevistados têm a Libras como seu principal patrimônio cultural. Outro dado relevante é que os entrevistados almejam e manifestam sua indignação acerca da ausência de uma educação bilíngue para crianças surdas na cidade.

Mamíferos marinhos: uso por povos pré-coloniais sambaquianos da Baía da Babitonga

  • Tatiane Andaluzia K. da Silveira, Graduando, tatiane.andaluzia@gmail.com
  • Marta Cremer, Dr(a), mjc2209@yahoo.com.br
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Sambaquis, mamíferos marinhos, Baía da Babitonga

Este projeto, que conta com bolsa do artigo 170, visa levantar, a partir da literatura, os mamíferos marinhos mais ocorrentes na Baía da Babitonga, comparar a diversidade atual com dados sobre estes animais na pré-história, a partir de acervos da Univille e arqueológico do MASJ, e discutir os usos destes animais por estes povos no passado. A metodologia utilizada consiste em um levantamento bibliográfico da literatura sobre o assunto, na identificação taxonômica e tafonômica dos vestígios encontrados nos acervos MASJ e UNIVILLE, e análise dos usos dos mamíferos marinhos pelos sambaquianos da Baía da Babitonga. Estudando esses vestígios podemos analisar as características dessas sociedades pré-históricas, incluindo a dinâmica de estratégias de sobrevivência, biogeografia e inovações tecnológicas na parte de caça. Alguns pesquisadores, como Rohr (1977) e Aguiar et al (2001), acreditavam que os vestígios de cetáceos em sambaquis era resultado da pesca pelos sambaquianos. Entretanto, Tiburtius (1976), Castilhos (2005) e Bacha (2016) mencionam que estas populações não eram especializadas na caça e captura de mamíferos marinhos levando a supor que os materiais arqueológicos provenientes dos sítios possam ser resultados de uma coleta da carcaça ou pesca acidental. Isto porque, mesmo estes grupos possuindo grande habilidade na prática da pesca, com base nos vestígios de fibras trançadas para confecção de redes, estacas, lanças, arpões e pesos de rede encontrados em muitos sítios arqueológicos, não há presença de marcas destas ferramentas de pesca em ossos destes animais ou uso de utensílios apropriados para captura de cetáceos (CASTILHOS, 2005). Tendo como resultados parciais do projeto o levantamento de espécies que ocorrem na Baía da Babitonga, havendo registro de dez espécies de mamíferos marinhos, os quais pertencem a dois grandes grupos. Os mais diversificados e constantes na baia é a ordem Cetardiodactyla, com seis espécies: Baleia-franca, baleia-minke-anã, falsa-orca, boto-da-tainha, boto-cinza e toninha. E os mamíferos marinhos pertencentes a ordem Carnivora, com quatro espécies: leão-marinho-do-sul, lobo-marinho-subantartico, lobo-marinho-antartico e a foca-caranguejiera. Sendo o boto-cinza e a toninha residentes da Baia da Babitonga. Junto com o levantamento realizado na região, se tem registro de vestígios de misticetos em 15 sambaquis. Uma quantidade considerável, visto que, somente 20% dos sambaquis da Baía da Babitonga foram estudados. Tal composição levanta problemáticas sobre as formas de interação ecológica entre estas complexas sociedades e os cetáceos na Baía da Babitonga.

Apoio / Parcerias: Laboratório de Mamíferos Marinhos da Univille e profa. Marta Cremer coorientadora

Metodologias ativas: superação da resistência dos estudantes à utilização deste método de ensino-aprendizagem

  • Sarah Francine Schreiner, E, sarahfrancine@yahoo.com.br

Palavras-chave: Metodologia ativa, ensino-aprendizagem, produção do cohecimento

O exercício do magistério superior demanda o domínio de metodologias de ensino-aprendizagem que preocupam-se em verdadeiramente capacitar o estudante profissionalmente, além de estimulá-lo a associar seus conhecimentos prévios àqueles que ele agrega no curso superior por ele escolhido, ajudando-o a construir uma visão crítica, criativa e transformadora. Neste ano, objetivando a constante capacitação através da prática, manteve-se a operacionalização das metodologias ativas tanto na disciplina de Direito Civil – Coisas, mas também na Disciplina de Direito Penal – Parte Especial, como método de ensino-aprendizagem. Implementou-se o método “problem based learning” (resolução de problematizações), aplicando-se também a sala de aula invertida (onde os alunos apresentam os problemas e as soluções para os demais, sendo sabatinados e complementando os resultados obtidos com a participação do professor e dos colegas) usando-se metodologias ativas inclusive no sistema avaliativo (os estudantes se avaliam mutuamente, a partir das considerações da professora e levando em conta seu próprio esforço e o trabalho produzido pelo colega), tornando o estudante parte de praticamente toda a construção da produção do conhecimento. Observa-se que resultados obtidos no sistema de ensino-aprendizagem foram positivos, porquanto os estudantes tem apresentado maior comprometimento com as disciplinas (especialmente os que, logo no início do ano diziam não se identificar ou ter interesse no conteúdo, o que normalmente prejudica o rendimento da aprendizagem), além de terem implementado a qualidade de seus questionamentos e o interesse na pesquisa extraclasse, contribuindo para melhor rendimento do grupo na produção do conhecimento. Dentre os estudantes destas disciplinas, há solicitações de avaliações exclusivamente com o perfil dos métodos aplicados (sala de aula invertida e PBL), refutando o sistema de avaliação clássico, porquanto autoanalisam seu rendimento no aprendizado dos conteúdos como superior através de metodologias ativas. Ademais, uma pesquisa quantitativa, envolvendo um questionário aplicado à cinquenta dos setenta alunos matriculados na disciplina de Direito Civil – Coisas (dentre as turmas do turno matutino e noturno), e à quarenta e sete dos sessenta e quatro alunos matriculados na disciplina de Direito Penal – Parte Especial (dentre as turmas do turno matutino e noturno), dá conta de 2/3 (dois terços) dos entrevistados perceberem ter melhor rendimento em relação à assimilação dos conteúdos das disciplinas através de metodologias ativas (problem based learning). Assim, o desafio na aplicação de metodologias que fogem ao método clássico, como a resistência dos estudantes em ser parte responsável do desenvolvimento de seu processo de ensino-aprendizagem, mostrou-se superado.

Múltiplos Olhares: memórias fotográficas

  • Eloyse Caroline Davet, Graduando, eloysecdavet@gmail.com
  • Maureen Bartz Szymczak, MSc, maureenartz@gmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquelsenavenera@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Memória, Histórias de Vida

A proposta da exposição “Múltiplos Olhares: memórias fotográficas” surgiu a partir da participação, durante o ano de 2015, como voluntárias no trabalho técnico no projeto de pesquisa "Memórias Múltiplas e Patrimônio Cultural em rede: o desafio (auto) biográfico diante da ameaça da perda", sob coordenação da Profa Dra. Raquel ALS Venera. O objetivo desta exposição é comunicar sutilezas da pesquisa, que se encontra em andamento, por meio dos registros fotográficos produzidos durante a primeira fase desse projeto. O tema em pauta é a vida atravessada pela Esclerose Múltipla, uma doença crônica, degenerativa e sem cura. Isso foi retratado de forma que demonstrasse as potências de cada sujeito envolvido na pesquisa. A principal proposta da primeira fase do projeto foi registrar as histórias de vida dos pesquisados. Os registros fotográficos das entrevistas ajudaram a compor, visualmente, esse momento da pesquisa, quando as narrativas pessoais ultrapassavam o espaço da fala e ocupavam, também, o espaço visual das ‘manualidades’ e da cotidianidade. Para garantir a qualidade das fotografias, foram utilizadas câmeras profissionais de modelos Canon EOS T3 e Canon EOS 7D. A interação dos pesquisados com o projeto e a não intencionalidade dessa exposição como produto final, fizeram com que os resultados fossem maiores do que os imaginados. Reconhecemos que a participação de acadêmicas de iniciação científica nesse projeto foi um marco em seus processos de formação, frente aos desafios práticos e metodológicos que se apresentavam a cada nova entrevista e no decorrer do processo de organização do material registrado.

Apoio / Parcerias: Univille; CNPq; Museu da Pessoa; ARPEMJ; AME

Narrativas protestantes nas terras da América: a circulação de ideias na França Antártica (1555) e no Brasil Holandês (1630)

  • Arlindo Ferretti Junior, Graduando, jnferretti@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com
  • Euler Renato Westphal, Dr(a), eulerwestphal@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Protestantismo no Brasil, Patrimônio Cultural, Sacralidade e Secularização

O século XVI foi cenário para um sem-número de acontecimentos fundamentais para a construção histórica mundial. Foi nos quinhentos que o Novo Mundo fez brilhar os olhos dos exploradores e fez sangrar os primeiros hereges protestantes. Ao som do martelo das 95 teses de Martinho Lutero, em Wittenberg na Alemanha, navegadores ibéricos iniciavam o processo de ocupação das desconhecidas terras americanas. Alguns eventos fazem convergir estes dois elementos: da instalação francesa na Baía da Guanabara e do poderoso domínio holandês do nordeste brasileiro emanavam esperanças, conflitos e transformações. Embora a experiência da França Antártica tenha sobrevivido por um curto espaço de tempo, a instalação colonial tornou-se sede, de 1555 até sua extinção formal na década de 1560, de conflitos que transpunham, ao solo brasileiro, o conturbado contexto das guerras religiosas. No Brasil Holandês (1630), mais amadurecidos e com apoio intenso do Estado, os esforços foram mais duradouros, e a colônia foi retomada pelos portugueses apenas em 1654. Em um ou em outro empreendimento, é notável a consolidação de novas visões sobre o velho e o novo mundo, com destaque para a inserção de uma nova perspectiva: a teologia reformada. A construção de discursos como os dos cronistas André Thevet e Jean de Léry no caso francês, e o de Gaspar Barléu no caso holandês, são fontes inestimáveis para uma compreensão mais íntima do processo de apropriação das terras do que um dia fora chamado paraíso. Baseado nestas fontes e em outros materiais, como as cartas do chefe da expedição francesa Nicolas Durand de Villegagnon – escassamente utilizadas neste tipo de análise -, este trabalho pode compreender parte das aspirações que os colonos, tomados por uma nova perspectiva de vida, carregavam consigo. Os franceses realizaram o primeiro culto e a primeira santa ceia reformada no Brasil. No Brasil Holandês, diferente do que houve na região do atual Rio de Janeiro, onde a aproximação foi tímida, as práticas missionárias abrangeram de maneira mais sólida as comunidades indígenas. Embora as colônias tenham, notavelmente, suas singularidades, parece correto dizer que a efervescência cultural e religiosa da Europa, teve papel fundante em diversos processos que marcaram a trajetória dos dois empreendimentos.

Apoio / Parcerias: Bolsa do CNPQ e apoio do setor de pesquisas da Univille

O Centro Memorial da Univille: processamento técnico de seu acervo

  • Thainá Lima Takemoto, Graduando, t_takemoto@hotmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Centro Memorial da Univille, Processamento técnico de documentos de interesse histórico, Gestão de acervos

Esta comunicação, vinculada ao Centro Memorial da Univille (CMU), tem como objetivo socializar a diversidade de procedimentos técnicos voltados ao bom acondicionamento dos documentos que integram o acervo desse espaço (higienização, organização, formas de conservação/preservação de documentos). O CMU é um espaço de memória mantido pela Universidade com o objetivo de valorizar a memória da Instituição, bem como estimular o sentimento de pertencimento à Universidade entre as pessoas das comunidades internas e externas. De maneira geral, o acervo do CMU conta com documentos recebidos de diversos setores da Universidade, tais como: recortes de reportagens da impressa periódica, fotografias, vídeos e folders institucionais, cartões de natal, atas de reuniões, convites de formatura, gravuras, revistas de circulação interna, documentos oficiais em papel, entre outros. Entre os procedimentos técnicos efetuados pela equipe do CMU, destacam-se aqueles que visam equacionar danos específicos nos documentos, assim como retardar sua degradação por meio de práticas preventivas (higienização mecânica e acondicionamento especial voltado à proteção e a diminuição da exposição dos documentos a variação de temperatura, umidade e luminosidade). Além disso, os trabalhos técnicos realizados no CMU também levam em conta a necessidade de sua equipe técnica manusear adequadamente os documentos, por meio da utilização de equipamentos específicos como luvas, clipes não oxidáveis, guarda-pó, extratores, etc. Todos esses procedimentos visam prolongar a vida útil das fontes custodiadas no acervo e podem viabilizar seu uso quando do desenvolvimento de projetos de ensino, pesquisa e extensão. Ademais, consideramos que esse tipo de prática oportuniza aos estudantes da graduação em história o aprendizado de um trabalho específico, o qual pode contribuir para o aprofundamento da formação profissional do historiador e, em especial, para o alargamento do seu campo de atuação em arquivos, centros de memória e museus. Finalmente, salientamos que esta comunicação visa, ainda, compartilhar os procedimentos técnicos realizados no Centro Memorial da Univille, bem como realçar a sua importância na preservação e difusão de documentos atinentes à história da Univille.

Apoio / Parcerias: Departamento de História Laboratório de História Oral da Univille Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade

O Doente Imaginário: uma breve reflexão sobre processo de montagem e recepção do espetáculo da Cia de Teatro da Univille

  • Maria Luiza Silveira de Oliveira, Graduando, malllu_oliveira@hotmail.com
  • Ângela Emilia Finardi, MSc, angela.finardi@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Teatro, Doente Imaginário, Molière

A Companhia de Teatro da Univille, ligada ao Programa Institucional de Artes Cênicas da Univille, tem como principal objetivo a formação de artistas e a montagem de espetáculos com excelência técnica, em diferentes estilos e linguagens estéticas, que promovam reflexões sobre a responsabilidade social e a importância da arte na economia criativa. Nos últimos dois anos, reestreou e manteve em cartaz o espetáculo O Doente Imaginário, de Molière, que já esteve em cartaz no ano de 2011. A montagem atual conta também com direção de Ângela Finardi e elenco composto por treze atores: acadêmicos, egressos e pessoas da comunidade. O processo de montagem contou com estudo da obra de Molière e da commedia dell’arte com textos, exibição de filmes e oficina de commedia dell’arte para a construção física dos personagens. O espetáculo estreou no Galpão de Teatro da AJOTE e realizou em 2016 nove apresentações na Sala Antonin Artaud e duas no Teatro do SESC. Em 2017, foram realizadas três apresentações: no SESC, na Sala Antonin Artaud e no Teatro Juarez Machado, a última em parceria com a ADIPROS. Até o momento 1488 pessoas assistiram a montagem. O Doente Imaginário (Le Malade Imaginaire), a última obra escrita por Molière em 1673 é considerada uma de suas obras primas. A peça tem como personagem principal um hipocondríaco que vivia com a constante visita de médicos e farmacêuticos. Molière satiriza a precária ciência do seu tempo: a medicina e faz uma crítica acirrada à relação médico-paciente, na época digna das relações marcadas pela frieza e pelo descaso. Na montagem, as máscaras fazem alusão à forma pela qual Molière construiu os personagens de suas comédias, com inspiração na commedia dell’arte. A direção manteve a dramaturgia original. Como forma de verificar a recepção do espetáculo, ao final de algumas apresentações foi proposta ao público presente uma breve conversa acerca do mesmo. Grande parte da plateia, ao ser questionada sobre a validade da montagem na contemporaneidade, fez analogias tanto com as relações de poder expostas na peça, quanto à exploração da indústria farmacêutica. Mesmo sendo uma dramaturgia do século XVII, percebe-se a grande recepção do público pela montagem, o que demonstra para além da elaboração técnica e estética buscadas na encenação, a atemporalidade da obra de Molière por tratar das vicissitudes do espírito humano. Pode-se considerar que a montagem tem cumprido o objetivo do Programa de trazer à tona a reflexão sobre a sociedade.

Apoio / Parcerias: ADIPROS - Associação Diocesana de Promoção Social AJOTE - Associação Joinvilense de Teatro AMORABI - Associação de Moradores do bairro Itinga SESC - Serviço Social do Comércio Teatro Juarez Machado

O invencível exército de Hitler: fotografia e propaganda de guerra alemã na imprensa períodica de São Bento do Sul (1939 - 1942).

  • Daniel Stahlke Rabitzsch, Graduando, daniel.rabitzsch@gmail.com
  • Wilson de Oliveira Neto, MSc, wilhist@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: Segunda Guerra Mundial, propaganda de guerra, fotografia

O objetivo deste trabalho é analisar a propaganda de guerra alemã através das fotografias publicadas na imprensa periódica de São Bento do Sul, fornecidas pela agência de notícias RDV ao jornal "O aço", durante a Segunda Guerra Mundial, entre os anos de 1939 e 1942. A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar internacional marcado pelo uso intenso dos meios de comunicação, através dos quais as propagandas de guerra dos aliados e do eixo foram difundidas entre civis e militares. Nesse contexto, a fotografia foi uma das formas mais usadas de registro e representação do conflito. Produzidas por fotógrafos oficiais dos países envolvidos com a guerra, elas foram distribuídas por agências de notícias internacionais, como por exemplo, a RDV, uma agência de notícias da Alemanha, cuja sucursal no Brasil estava localizada na cidade do Rio de Janeiro, na época Distrito Federal. Tal como as demais cidades de colonização alemã, o município catarinense de São Bento do Sul sentiu de diversas formas os impactos da Segunda Guerra Mundial, sendo a circulação de notícias e imagens sobre o conflito uma dessas formas. Para tanto, foram consultadas as edições do jornal "O aço", publicadas no município entre 1939 e 1942 - ano este em que o Brasil declarou guerra contra à Alemanha e à Itália, e selecionadas as fotografias de propaganda de guerra alemãs fornecidas pela RDV ao periódico. Em seguida, as imagens foram descritas e analisadas a partir dos contextos históricos da Segunda Guerra Mundial e do Brasil durante o período, na época submetido a um regime de ditadura que exerceu forte controle sobre os meios de comunicação, através do Departamento de Imprensa e Propaganda - DIP. No decorrer da pesquisa, constatou-se o uso de fotografias como propaganda de guerra pela Alemanha. Mais que um registro midiático do conflito, as fotografias analisadas sugerem um exército profissional e imbatível, diante de troféus de guerra e de inimigos abatidos e derrotados nas frentes de combate na Europa e no norte da África. Um invencível exército de Hitler.

Apoio / Parcerias: Colégio da Univille (Campus São Bento do Sul) e Fundo de Apoio à Pesquisa - FAP/Univille.

O Morro do Amaral: a paisagem da tranquilidade em Joinville

  • Isis da Silva Ramos Guedes, Graduando, isissrg@outlook.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Paisagem, Morro do amaral, Etnografia

O objetivo desse estudo é fazer uma descrição fática de reconhecimento do Morro do Amaral. A história da localidade é pouco conhecida, o patrimônio cultural e natural, material e imaterial lá existente é de relevância impar para o município de Joinville-SC. O Morro do Amaral, tão distante do agitado Centro de Joinville, guarda, para aqueles que visitam uma longa jornada, constata-se, no decorrer do caminho, um processo em que ocorrem mudanças de paisagens e modos de vida. Visitar o Morro do Amaral foi uma experiência única, e fazê-lo observando cada detalhe do caminho e a mudança da paisagem, no decorrer da viagem percorrida do bairro Bom Retiro ao Morro do Amaral em Joinville foi o modo mais satisfatório encontrado para observar como cada indivíduo faz parte da paisagem em que está inserido. A metodologia da pesquisa é de natureza qualitativa e quanto aos procedimentos é etnográfica, para tanto utilizou-se predomina a observação do espaço e das transformações da paisagem e, descreveu-se detalhadamente o contexto estudado. Verificou-se que a transformação da paisagem dentro de uma mesma cidade nos mostra como o desenvolvimento de certas regiões em prejuízo de outras transforma os indivíduos que habitam cada local. Uma mesma sociedade é composta de diferentes paisagens, ideais e solicitações isto parte principalmente pela forma como cada um observa o mundo a sua volta. Conclui-se que o Morro do Amaral dita o tempo de forma calma e tranquila, traz aos seus moradores a cultura de uma região pacata e a sociedade religiosa, que cresceu à parte do desenvolvimento da maior cidade do estado, Joinville, onde à beira mar as famílias tocam suas vidas sem muitas alterações, com a família crescendo em volta de um mesmo terreno vivendo da pesca à espera de um olhar mais atencioso da prefeitura.

Apoio / Parcerias: Apoio do Programa de Bolsas de Iniciação Científica da Univille, Artigo 170.

O significado dos desastres e do luto: um tema de discussão no projeto de extensão EDUPAZ

  • Dalva Marques, MSc, dalva.marques@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação para paz, desastres e luto, violência

Na sociedade atualmente, os meios de comunicação e as redes sociais têm possibilitado um maior acesso a informação sobre desastres naturais e tecnológicos, crimes e atentados terroristas. A divulgação desses eventos em tempo real tem feito com que as pessoas se sintam participantes, podendo ocasionar um sofrimento psíquico e, às vezes, um sentimento de luto. Por outro lado, a banalização e a exposição constante à informação de eventos violentos podem ser assimilados de modo a dessensibilizar as pessoas ao sofrimento do outro. A reflexão sobre esta temática pode ajudar as pessoas a lidarem com esses eventos. Segundo Kovácks (2012), a escola precisa estar preparada para lidar com as perdas e o luto tanto coletivo quando individual. Para a autora, os professores reconhecem a importância de trabalhar com o tema, mas não se sentem preparados. Nessa perspectiva, com o objetivo de compreender o significado da violência que ocasiona a perda e, posteriormente, o luto, o projeto de extensão A linguagem da não-violência: uma possibilidade para a construção da cultura da paz – EDUPAZ tem planejado ações que possam oportunizar espaços de discussão sobre essa questão. Uma das ações do projeto foi a participação no Programa na Semana do Trânsito promovida Polícia Militar que tem como público alvo os alunos do ensino fundamental das escolas municipais da cidade de Joinville. A proposta se baseou na apresentação de figuras, em forma de desenho, sobre o que entendemos como violência no trânsito. Em seguida, os alunos desenharam uma cena, que tenham presenciado, que melhor a retrata a violência, no trânsito, causadora de muitos óbitos. A outra ação foi a promoção do II Simpósio sobre Educação para a Paz: luto e desastres, que foi idealizado por acadêmicos do curso de psicologia que integram o projeto Edupaz. A programação do Simpósio contemplou palestras com temas como: luto e desastres e interferências na cotidiano na escola. A participação de um número significativo de crianças no Programa na Semana do Trânsito representou a oportunidade de promover uma educação para a paz, possibilitando que se tornem adultos mais responsáveis e conscientes do seu papel na sociedade. Da mesma forma, o Simpósio possibilitou uma reflexão do significado do luto e da necessidade de se aprofundar os estudos e promover a formação dos professores e licenciandos sobre esta temática.

Apoio / Parcerias: Polícia Militar Escolas Municipais Gerência de educação

Oficina de Jogos Teatrais

  • Suelen Rebeca de Augustinho, Graduando, beccaaugust93@gmail.com
  • Mayara Mendes Dorada , Graduando, mayaradorada@hotmail.com
  • Maria Luiza Silveira de Oliveira, G, malllu_oliveira@hotmail.com
  • Ângela Emilia Finardi, MSc, angela.finardi@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: jogos teatrais , criatividade, comunicação

Com base nos jogos teatrais propostos pela teatróloga Viola Spolin, as participantes do Programa Institucional de Artes Cênicas, acadêmicas e egressas do curso de Artes Visuais e Design de Animação Digital, sob orientação da professora Ângela Finardi promoverão uma oficina destinada aos acadêmicos dos Cursos de Design de Animação, Pedagogia, Letras e Artes Visuais, na qual se pretende vivenciar e discutir as contribuições dos jogos teatrais para o desenvolvimento das habilidades de comunicação e criatividade e sua aplicabilidade na educação em geral. Na oficina será utilizada a metodologia de ensino dialética, que considera a práxis como ponto de partida e de chegada na construção do conhecimento. Os participantes, através dos jogos realizarão exercícios que visam à investigação criativa da corporeidade e vocalidade em improvisações livres e planejadas. Na improvisação planejada há um tempo curto reservado para os participantes criarem seus roteiros de cena, selecionarem materiais, configurarem o espaço e ensaiarem brevemente antes da apresentação para o grande grupo. Ao término da oficina, espera-se que os participantes possam ter compreendido as regras básicas dos jogos teatrais: onde, quem, o quê e foco de atenção e a utilidade destes jogos na educação, tanto para a aprendizagem de conteúdos quanto para o desenvolvimento da criatividade e da capacidade de relacionamento interpessoal.

Oficina de produção escrita de gêneros acadêmicos e escolares

  • Rosana Mara Koerner, Dr(a), rosanamarakoerner@gmail.com
  • Mariana da Rocha Coutinho, Graduando, marirocha09@hotmail.com
  • Débora Schoenhals, Graduando, deboraschoenhals@gmail.com
  • Denise Cristina Kniess, Graduando, kniess.denise@gmail.com
  • Nayara Araujo dos Santos, Graduando, nayara-santos@hotmail.com
  • Francisco Lino de Aviz Neto, Graduando, extensaouniversitaria@univille.br
  • Heloiza Aguiar Goulart, Graduando, extensaouniversitaria@univille.br

Palavras-chave: produção escrita, gêneros , oficina

O projeto de extensão Oficina de Produção Escrita de Gêneros Acadêmicos e Escolares tem como principal objetivo contribuir para o aprimoramento da produção escrita dos acadêmicos da Univille através do auxílio dos bolsistas do projeto. Este auxílio acontece através de encontros periódicos. De modo inicial, os acadêmicos atendidos enviam textos para os bolsistas que, após lerem o material, atendem os acadêmicos, auxiliando e tirando dúvidas sobre a construção da produção textual dos gêneros acadêmicos (resenha, resumo, fichamento etc.). Inicialmente o projeto visava, principalmente, o encontro presencial e de alunos das licenciaturas da Univille; no entanto, conforme as demandas foram surgindo, foi preciso abrir para o atendimento online e para os demais cursos da Universidade. Atualmente o projeto também possui uma página no Facebook na qual, semanalmente, há postagens de dicas de português. Desta forma, os acadêmicos também podem ter acesso aos materiais produzidos pelos bolsistas na plataforma digital. Além da criação do conteúdo da página, os extensionistas estão desenvolvendo material de apoio, para aplicar na Educação Básica.

Os principais paradigmas criminológicos da modernidade e suas recepções criativas na América Latina e no Brasil

  • Victor Bambinetti Gonçalves, Graduando, victor@fwjorge.com.br
  • Leandro Gornicki Nunes, MSc, leandro@gnsc.adv.br
  • Luana de Carvalho Siva Gusso, Dr(a), lu_anacarvalho@yahoo.com.br
  • Ana Rúbia de Carvalho Elias, Graduando, anarubiacarvalho33@gmail.com
  • Raphael Holthausen, Graduando, raphael.holthausen@gmail.com
  • Bruno Henrique Valentini Grigorio, Graduando, bruno.grigorio@grupopan.com
  • Helena Schiessl Cardoso, MSc, helena.schiessl.cardoso@gmail.com

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Direitos Humanos, Criminologia, Criminologia brasileira

Os projetos de educação agrícola no Império

  • Vanessa de Oliveira, Graduando, vanvanessa_ritzmann@hotmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ensino agrícola, Instituto Fluminense de Agricultura, Império

A partir da segunda metade do século XIX, a agricultura brasileira veio despontar o fortalecimento cada vez maior da ciência. A concorrência no mercado internacional geraria uma premente necessidade de reestruturar as formas tradicionais de cultivo do solo até então vigor. Isso assentado, não há como relevar a importância que seria dada ao ensino agrícola. Se estudarmos os projetos de ensino, pode-se perceber a sua divisão em dois caminhos: aquele voltado para a formação da elite agrária, e, outro voltado, para a formação técnica da futura mão de obra dos espaços agrícolas. O artigo pretende, ao utilizar como fonte, a Revista Agrícola do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura, problematizar a construção do ensino agrícola que se vinculava as ideias de atraso e o próprio fim do trabalho escravo. Nesse sentido, propõe-se a discutir o ensino a partir das falas registradas na revista de um dos mais importantes institutos agrícolas do Império.

Apoio / Parcerias: PIBPG

PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO DE SANTA CATARINA: ESCULTURAS ZOOMORFAS, IDENTIDADE E SIMBOLISMO

  • Jefferson Batista Garcia, G, jeffersonarqueologia@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Zoolito, Identidade

Resumo: Nossa pesquisa analisa as esculturas zoomorfas atribuídas aos pescadores, caçadores e coletores fabricantes de sambaquis que viveram em Santa Catarina entre 6.000 e 1.000 anos antes do presente. O estudo tem os seguintes objetivos: 1) analisar os zoólitos conjecturando acerca da identificação da espécie de animal representada, suporte, dimensões e procedência arqueológica revisando as fontes primárias da arqueohistoriografia sobre o tema; 2) identificar se as espécies representadas existiram no paleoambiente e no ambiente atual; 3) discutir a possibilidade de as representações de animais serem a materialização de traços identitários dessas sociedades e a expressão de um simbolismo em relação a eles. Para tanto, selecionamos duas coleções importantes de zoólitos pertencentes a dois museus catarinenses que trabalham com a temática dos sambaquis: Museu do Homem do Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr, S. J.” (MHS), em Florianópolis, e o Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ). A pesquisa conta com apoio do Fundo de Amparo à Pesquisa (FAP) da Universidade da Região de Joinville (Univille), mediante bolsa parcial, e do Colégio Catarinense, mantenedor do MHS, que disponibilizou suporte logístico para o estudo das peças. Para os procedimentos metodológicos do objetivo 1, foram realizadas análises laboratoriais para levantamento e revisão das medidas das esculturas, para a verificação da pesagem e o registro fotográfico. Para os registros dos atributos verificados desenvolvemos fichas de caracterização, com dez campos informativos e um para a inserção das fotografias realizadas das esculturas. Além da literatura especializada sobre o tema, foram realizadas pesquisas em documentações históricas presentes no Arquivo Histórico do Museu do Homem do Sambaqui, em Florianópolis. Os resultados parciais da nossa pesquisa nos revelaram um número maior de esculturas zoomorfas do que a historiografia sobre o tema considera (cerca de 300 peças) bem como reforçam a ideia delas serem a expressão de traços identitários dos sambaquieiros de Santa Catarina considerando a dispersão das peças e a perspectiva culturalista que coloca que - as identidades dos grupos humanos ficam gravadas em seus objetos

Apoio / Parcerias: Museu do Homem do Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr, S. J.” (MHS), em Florianópolis, Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (Masj) Fundo de Amparo à Pesquisa (FAP) da Universidade da Região de Joinville (Univille

Patrimônio cultural e turismo de Joinville nas redes sociais digitais

  • Samili Domingos, Graduando, samilidomingos2707@hotmail.com
  • Felipe Borborema Cunha Lima, Dr(a), felipebcl2@hotmail.com
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio cultural, Turismo, redes sociais

O presente resumo apresenta os resultados parciais de uma pesquisa intitulada “Patrimônio cultural e turismo de Joinville nas redes sociais digitais” cujo foco está em contribuir com o debate político e acadêmico acerca da valorização ou não do Moinho de Vento de Joinville como bem cultural a ser ou não patrimonializado. Para isso, a metodologia escolhida se pautou numa busca de dados em redes sociais pré-determinadas: Facebook, Instagram, TripAdvisor e Google Imagens, considerando algumas hashtags para a busca de microtextos e fotos que pudessem expressar como o monumento do Moinho é representado e como aciona (ou não) a memória das pessoas sobre a colonização da cidade por imigrantes alemães. A partir das percepções e imagens dos internautas, considerando os dados que já obtivemos, é possível inferir que o Moinho tem assumido prioritariamente a função de atrativo turístico, tendo sido encontrada apenas uma página proveniente dessas redes que articula interações entre a sociedade do passado com a atual (Joinville de ontem). Além disso, observamos que alguns turistas claramente estabeleceram relações errôneas entre o Moinho do Pórtico e o Moinho Bünge, fato que pode ter sido desencadeado pela escassez de referenciais representativos da história do Moinho e da memória dos colonos nas redes pesquisadas. Outro aspecto que nos chama atenção dá-se ao fato do Moinho ter sido incorporado como uma espécie de marca da cidade, onde destacamos a sua utilização em cartazes, material publicitário, tatuagem e grafites em prédios públicos e privados, o que nos leva a crer que o monumento está passando por uma ativação patrimonial através da ação turística.

Patrimônio Mundial em Perigo: o estudo do caso Al-Mahdi e o papel do Tribunal Penal Internacional e da UNESCO.

  • Michelle Michels, Graduando, mimichels96@gmail.com
  • Luana de Carvalho Silva Gusso, Dr(a), lu_anacarvalho@yahoo.com.br

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: patrimônio cultural, direitos humanos, Unesco

O presente trabalho promove um estudo do caso Al-Mahdi julgado pelo Tribunal Penal Internacional no ano de 2016. Ace Ocas versa sobre a acusação do malinês Ahmad Al Faqi Al Mahdi perante o Tribunal Penal Internacional de cometer crime de guerra ao dirigir ataques contra monumentos históricos e edifícios dedicados à religião na cidade de Tombuctu, pertencente ao país de Mali, na África. A cidade é considerada Patrimônio Mundial em Perigo pela lista da UNESCO, uma lista que visa informar a comunidade internacional sobre as condições que ameaçam os patrimônios e também a encorajar ações corretivas. Tombuctu foi inserida na lista em 2012, ano em que foram realizados os ataques, e permanece inscrita até o presente momento, devido à desertificação e a acumulação de areia trazida pelo vento. Nesse sentido, problematiza, como um resultado a ser alcançado, contribuir para o fortalecimento das discussões acadêmicas sobre o patrimônio cultural e, suas violações perpetradas em âmbito internacional. Assim, parte da compreensão do papel desempenhado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como o de proteção, identificação e preservação dos patrimônios culturais ao redor do mundo, haja vista que são considerados símbolos de diversas culturas e servem de identificação dos mais variados povos, e ainda, do Tribunal Penal Internacional, responsável por processar e julgar crimes de guerra e contra a humanidade. A metodologia adotada consiste em análises bibliográficas, legislativas e documentais, com o fito de verificar se as medidas aplicadas pela UNESCO, em relação ao seu compromisso com os patrimônios culturais, foram efetivas no caso de Tombuctu. Esta pesquisa está vinculada ao projeto DIPATRI, “Direito do Patrimônio Cultural: perspectivas e desafios para seu reconhecimento como Direitos Humanos”.

PATRIMÔNIO RUPESTRE DA BAIA DA BABITONGA – AS PINTURAS DO SAMBAQUI SOB ROCHA CASA DE PEDRA – SENTIDOS DO PASSADO E DO PRESENTE.

  • Lucas Matos, G, lucaasmatos@gmail.com
  • Fabiana Comerlato, Dr(a), fabilato@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: pintura rupestre, Palavras chave: pintura rupestre; patrimônio , São Francisco do Sul

Esta comunicação é um recorte da pesquisa de mestrado acadêmico, em fase inicial realizado na Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE, ligado ao programa de pós graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade com auxílio financeiro do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência e o Fundo de Amparo à Pesquisa – PIBID/FAP. A pesquisa está ligada à linha Arqueologia e Cultura Material do Grupo de Pesquisa e Estudos Interdisciplinares do Patrimônio Cultural/GEIPAC. O objeto principal desta pesquisa são as pinturas rupestres presente no sítio arqueológico Sambaqui Sob Rocha Casa de Pedra, localizado na costa leste da Baía da Babitonga, no município de São Francisco do Sul, dentro das dependências do Parque Estadual Acaraí. A área de estudo é rica em sítios arqueológicos e é objeto de estudos interdisciplinares nos últimos anos, o sambaqui Casa de Pedra apresenta características únicas até o momento registrado no litoral norte de Santa Catarina, está localizado em um abrigo e apresenta pinturas rupestres tais características demonstram a importância desta pesquisa para região. As pinturas rupestres e o Sambaqui Sob Rocha Casa de Pedra constituem o patrimônio cultural brasileiro, são resultados da ação de culturas passadas produzidos intencionalmente e com funções diversas, atualmente protegidos pela Lei nº3961/61 e salvaguardados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN – fazem menção à identidade, à ação e à memória dos grupos formadores da sociedade brasileira. Os principais objetivos deste estudo são, discutir as pinturas rupestres do sambaqui sob rocha Casa de Pedra enquanto patrimônio cultural arqueológico e como expressões de sociedades pretéritas. A metodologia utilizada para esta pesquisa será: análises arqueométricas; utilização do software DStretch; fotogrametria; melhoramento digital de imagens e desenhos esquemáticos das pinturas. Espera-se com esta pesquisa identificar as possíveis Tradições Arqueológicas às quais as pinturas rupestres podem estar associadas; questionar a representação simbólica para essas populações pretéritas; analisar as representações rupestres e seu contexto espacial; identificação e datação dos pigmentos; registro fotográfico para análise; cadastro e referência para futuras pesquisas e contribuir para as políticas públicas de preservação dos bens culturais materiais da costa leste de São Francisco do Sul e fomentar a importância da preservação do patrimônio arqueológico e natural da região e do país

Apoio / Parcerias: UFRB coorientação de Fabiana Comerlato

Práticas de leitura e escrita de estudantes de Artes Visuais

  • Sara Isabel Kunz, Graduando, sara.i.kunz@gmail.com
  • Jaqueline Rocha de Leão, Graduando, jaque.deleao@gmail.com
  • Rosana Mara Koerner, Dr(a), rosanamarakoerner@gmail.com

Palavras-chave: Letramento acadêmico, Licenciatura, Artes Visuais

No ano de 2016, o Grupo de pesquisa “Letramento no Trabalho e na Formação de Professores” (Letrafor) desenvolveu e aplicou uma pesquisa sobre práticas de escrita e leitura dos estudantes do curso de Artes Visuais da UNIVILLE. A pesquisa teve como objetivo contribuir para as discussões sobre letramento acadêmico a partir do levantamento quanto às práticas de leitura e de escrita nas quais os estudantes estão envolvidos e verificar a contribuição que a formação traz para a ampliação dessas práticas. Para tal, foi aplicado um questionário com perguntas fechadas e abertas aos estudantes ingressantes e concluintes do referido curso, totalizando 35 participantes na pesquisa. Por meio do questionário, além de aspectos mais gerais sobre a escolaridade anterior e a atuação profissional, foram obtidas informações sobre práticas de leitura e de escrita dos estudantes, tanto aquelas realizadas no âmbito universitário, como aquelas feitas em outros contextos. Os resultados apontam estudantes que buscam estratégias próprias para superar as suas dificuldades ligadas à leitura e à escrita no meio acadêmico.

Processos históricos de transformação dos sambaquis na Praia Grande de São Francisco do Sul/SC

  • Matheus Rodrigo Silveira, Graduando, matheuz.rodrigo@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Ocupação histórica, transformações dos sambaquis, populações históricas São Francisco do Sul

A presente pesquisa de iniciação cientifica está vinculada a um projeto maior intitulado “Costa Leste”. Considerando o potencial arqueológico da ilha de São Francisco, procurou-se trabalhar e investigar os sistemas de assentamento de populações pré-coloniais e históricas que comprovassem uma ocupação pretérita, assim dentro da pesquisa foram apanhados dados de 40 sítios arqueológicos da costa leste de São Francisco do Sul, tendo como objetivo estruturar informações históricas sobre os processos de transformação dos sítios arqueológicos dentro de um meio que abrange o período Colonial ao período contemporâneo. Ressaltando as indicações de intensa atividade humana na região que se encontram essas povoações históricas desde século XVII até a década de 1960. Dessa forma, será necessária a obtenção de informações sobre a história das transformações de sítios arqueológicos a partir da revisão bibliográfica referente aos povos sambaquianos, e a história de São Francisco do Sul, especialmente sobre a região leste. Procurando também na iconografia informações sobre a ocupação histórica da região leste de São Francisco do Sul que podem estar relacionadas com processos que alteraram os sítios arqueológicos. Assim a pesquisa histórica sobre a localidade em questão, procura entender os processos de ocupação do território e as relações e usos que podem ter se estabelecido com sambaquis da costa leste, pois intervenções humanas do período colonial e pós-colonial acabaram afetando a estrutura de alguns sítios arqueológicos. Sabe-se agora que no loteamento Jardim Curitiba na praia do Ervino ao sul de São Francisco do Sul encontram-se três sambaquis inseridos no interior da comunidade são eles o Sambaqui Praia Grande I, Sambaqui Praia do Ervino I, Estrada antiga Praia Grande. E mais ao norte ainda em uma região de habitação se encontra o Sambaqui Praia Grande X. Assim será realizados entrevistas com moradores já pré-selecionados para a obtenção de mais informações dos usos e transformações provocadas nos sítios.

Projeto “o Haiti é aqui”: integração de imigrantes haitianos na sociedade joinvilense

  • Valéria Fernanda Steinke, Graduando, steinkevaleria@gmail.com
  • Sirlei de Souza, MSc, professorasirlei@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Imigrantes haitianos, mercado de trabalho, interculturalidade

“O Haiti é aqui” é um projeto de extensão universitária vinculado ao Curso de História e ao Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille, desenvolvido em parceria com a Associação de Imigrantes Haitianos de Joinville (AIHJ). O projeto conta também com o apoio de alunos-voluntários vinculados aos cursos de História, Direito, Ciências Contábeis, Fotografia e Letras da Univille. Por oferecer diversificadas oportunidades profissionais, a Região Sul do Brasil foi um dos principais destinos de imigração haitiana, após o terremoto de 2010 que assolou o Haiti. De maneira geral, o Projeto Haiti possui como principal objetivo estimular a integração dos imigrantes haitianos na sociedade joinvilense, principalmente no âmbito do mercado de trabalho, por meio da promoção de oficinas voltadas à informação, qualificação e capacitação. A maioria dos haitianos participantes trabalham nas indústrias e no setor comercial de Joinville, geralmente em nível operacional, ainda que possuam graduação e ensino médio completo. Sob o formato de oficinas, o projeto já ofereceu 11 encontros, nos quais foram tratados dos seguintes temas: direitos trabalhistas e previdenciários, direitos humanos, empreendedorismo, imigração e meios de comunicação, diálogos interculturais, aprendizado da língua portuguesa e uso do Excel. Tais temas foram definidos em reuniões realizadas com representantes da AIHJ, nas quais os haitianos expuseram suas dificuldades de inserção no mercado de trabalho, de comunicação oral, de interação com a população de Joinville, bem como diante de atitudes xenofóbicas recorrentes no cotidiano da cidade. Além disso, no curso das oficinas outros problemas foram expostos ligados a atitudes de empregadores (pagamentos indevidos, retenção de carteira de trabalho e não cumprimento de leis trabalhistas) e impossibilidade de não terem seus diplomas educacionais reconhecidos no Brasil. Até o momento, percebemos que os haitianos não desejam ser vistos apenas como força de trabalho bruta, mas como moradores de Joinville em busca de melhores condições de vida, de formação profissional e de crescimento educacional.

Apoio / Parcerias: Associação de Imigrantes Haitianos de Joinville (AIHJ) Laboratório de História Oral da Univille

Quem conta um conto aumenta um ponto: a experiência dialógica no projeto “Clube do conto”

  • Nicole Barcelos, Graduando, prolij@univille.br
  • Gabrielly Pazetto, Graduando, prolij@univille.br
  • Alcione Pauli, MSc, prolij@univille.br
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Formação de leitores, Ensino dialógico, Discussão literária

O ser humano é um intertexto. As palavras de um falante estão sempre atravessadas pelas palavras de outros. É na e pela linguagem, concretizada no diálogo (consigo mesmo, com o outro), que se constrói o mundo. Dialogar com tal realidade implica em saber lê-la, em suas nuances e sutilezas – uma leitura para além das palavras, como sugere Paulo Freire. Pois, dialogar é ler. O leitor, diante do mundo, do texto, está constantemente se interpelando consigo mesmo e com outros, significando e ressignificando sua realidade através de tal interação. Assim, tendo em suas raízes a intenção de promover a reflexão de "como", "o que", "para quê" e "para quem" ler, o Programa Institucional de Literatura Infantil Juvenil da Univille (Prolij) tem realizado, nos últimos 20 anos, ações que fomentem a leitura em diferentes ambientes, com distintos públicos, de modo a contribuir na formação de leitores desses espaços. No segundo semestre de 2017, o programa abriu mais uma dessas frentes de ação através da criação de um clube de leitura de contos da literatura clássica mundial, chamado “Clube do Conto”. Buscando fomentar, no espaço universitário, a discussão sobre obras literárias clássicas e contemporâneas, com vistas à transformação do espaço acadêmico em um espaço de fruição literária, o clube reúne acadêmicos, funcionários da universidade e membros da comunidade em reuniões quinzenais em horário próximo às aulas, a fim de permitir que o máximo de interessados possa integrar as atividades. A cada mês, o “tema” dos contos trabalhados muda, expandindo as possibilidades de leitura e intertextos dentro do grupo (até o final de 2017 deverão ter sido discutidos textos sobre mulheres, sobre o sentimento de angústia, contos de terror e um conto de Natal, para encerrar as discussões do ano vigente, por exemplo). Em cada encontro, um participante distinto, previamente escolhido, realiza a mediação dos contos, provocando os outros membros a discutirem os textos, e assim criando um ambiente dialógico em que os próprios participantes respondem e levantam questionamentos sobre a leitura, pela identificação ou pelo estranhamento com aquilo que está dito (e não-dito). Até o momento, o clube conta com cerca de 30 membros assíduos, o que demonstra grande adesão de pessoas interessadas em discutir a literatura no ambiente da universidade, assinalando-a, desse modo, como espaço para a leitura e discussão do literário entre indivíduos de locais de falas distintos, para além das fronteiras da sala de aula.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio a Extensâo - FAEX

Representações da guerra do Paraguai nas pinturas “Combate naval do Riachuelo” e “Passagem de Humaitá” de Victor Meirelles

  • Guilherme VIertel, G, guilhermeviertel1@gmail.com
  • SANDRA PASCHOAL LEITE DE CAMARGO GUEDES, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Representações, Guerra do Paraguai

A Guerra do Paraguai foi um conflito bélico ocorrido entre 1864 e 1870 envolvendo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, sendo este um dos maiores conflitos já ocorridos na América Latina. A Pintura Histórica é um gênero artístico que busca retratar acontecimentos históricos memoráveis e assim representar a História por meio de imagens. No século XIX a Pintura Histórica se tornou um gênero artístico bastante apreciado no Brasil, sendo utilizado para construir um passado glorioso para a nação. A Guerra do Paraguai foi um acontecimento marcante e considerado merecedor desse tipo de representações. Diversos artistas se dedicaram a retratar o conflito através de Pinturas Históricas. Para a presente comunicação foi escolhido Victor Meirelles, pois suas obras, “Combate Naval do Riachuelo” e “Passagem de Humaitá” fazem parte da nossa pesquisa, sendo estes produzidos a pedido do Estado Brasileiro. Após analise e revisão da literatura ficou claro que essas obras foram produzidas com o objetivo de exaltar a glória nacional, através do êxito em ações militares contra o inimigo e também ensinar “História” por meio de uma visão oficial do conflito. Sabendo que houve a intenção de produzir esses registros históricos, pretende-se aqui discutir a importância e os objetivos que levaram a produção dessas representações sobre a Guerra do Paraguai. Este trabalho faz parte da pesquisa de mestrado “Patrimônio iconográfico e lugares de memória: a construção de representações sobre a Guerra do Paraguai”, sendo este vinculado à pesquisa “Museus e Espaços de Memória: representações, acervos e função social” da professora Sandra P. L. de Camargo Guedes e à linha Patrimônio e Memória Social do Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade.

Apoio / Parcerias: Bolsista Integral da Capes

Representações sociais do patrimônio cultural de bombinhas – sc

  • Franciele Coelho Bez, G, franciele.coelho.bez@gmail.com
  • SANDRA PASCHOAL LEITE DE CAMARGO GUEDES, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Representações, Patrimônio Cultural, Bombinhas

Esta comunicação se constitui como parte inicial da pesquisa de mestrado com o mesmo nome, ligada ao programa de pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade, da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, à linha de Pesquisa “Patrimônio e Memória Social”, igualmente ao Grupo de Pesquisas “Estudos Interdisciplinares do Patrimônio Cultural” – Geipac estando vinculada ao projeto “guarda-chuva” “Museus e Espaços de Memória: representações, acervos e função social”. Pretendemos apresentar a análise feita a partir de pesquisa bibliográfica e documental relativa à legislação e às políticas públicas municipais de proteção e salvaguarda dos bens patrimoniais materiais e imateriais da cidade, identificando e descrevendo quais são as representações sociais do Patrimônio Cultural presentes nos discursos que amparam legalmente o mesmo na cidade de Bombinhas – SC. Cidade de emancipação político-administrativa recente e com crescimento demográfico acentuado, nos últimos anos, devido suas características territoriais serem consideradas de vocação para as atividades turísticas. Essas características atraem tanto migrantes para moradia fixa quanto para trabalhos sazonais de verão, modificando as características culturais locais e propiciando tensões. A pesquisa buscará na Teoria das Representações Sociais e na Análise do Discurso a base teórica e metodologica para respaldar a discussão.

Apoio / Parcerias: Capes. Bolsista parcial Capes

Representações Sociais do patrimônio cultural do distrito de Pirabeiraba/Joinville/SC

  • Ian Pogan, Graduando, campodoirani@gmail.com
  • SANDRA PASCHOAL LEITE DE CAMARGO GUEDES, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Representações, Joinville

O projeto intitulado “Representações Sociais do patrimônio cultural do distrito de Pirabeiraba/Joinville/SC”, fez parte do projeto “guarda-chuva”, intitulado: “As Representações Sociais sobre o Patrimônio Cultural de Joinville” (RSPCJ). O objetivo geral do trabalho foi o de identificar as representações que a população de Pirabeiraba possui acerca do patrimônio cultural da cidade de Joinville, assim como de Pirabeiraba. A parte metodológica baseou-se primeiramente em um aprofundamento bibliográfico, posteriormente, foi produzido conjuntamente ao grupo de pesquisa GEIPAC, um formulário com 44 questões que foi aplicado a uma amostra da população de Pirabeiraba, totalizando 36 entrevistados. Os resultados foram computados e estruturados em planilhas Excel e as análises revelaram que: dos participantes da pesquisa, 52,9% foram mulheres, os homens 47,1%, a idade média dos entrevistados foi entre 35 a 65 anos, a média escolar foi de 2ª Grau completo e a renda média ficou entre 1 a 5 salários mínimos. Ao serem questionados sobre o que identificava a cidade de Joinville, a arquitetura despontou como a principal com 33,3%, seguido do artesanato com 29,6%, sendo que os resultados foram semelhantes quando se perguntou o que é patrimônio cultural. Com relação às práticas culturais que identificam a cidade de Joinville, aparecem novamente a arquitetura (31,3%) e o artesanato (29,2%) como os principais. Esses resultados podem ser entendidos pela configuração do distrito de Pirabeiraba, uma vez que o lugar apresenta uma arquitetura típica com forte influência europeia destacando-se um número elevado de construções de tipologia enxaimel sendo que algumas são tombadas pelo Município ou pelo Estado. Com relação ao artesanato, ficou perceptível a forte presença dessa prática como renda extra para as famílias, principalmente aquelas que vivem da agricultura de subsistência.

Apoio / Parcerias: Pibic CNPq

SAMBAQUIS, PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO NA COSTA LESTE DE SÃO FRANCISCO DO SUL/SC: REFLEXÕES SOBRE O TERRITÓRIO, VARIAÇÕES DO NÍVEL RELATIVO DO MAR (NRM) NO QUATERNÁRIO E TENSÕES ATUAIS.

  • Julio Cesar de Sa, MSc, jcsarqueo@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Arqueológico, Sambaquis, Território

O estudo objetivou compreender os sambaquis como patrimônio arqueológico e a dinâmica das populações pretéritas que viveram na região da Costa Leste de São Francisco do Sul/SC construtoras destes sítios pré-coloniais neste Município. Discutiu-se por meio de estudos interdisciplinares os locais de instalação dos sítios e os territórios ocupados, às variações do nível relativo do mar no Quaternário, considerando as mudanças na paisagem e as tensões existentes diante das realidades e dos desafios da preservação do patrimônio frente às ações antrópicas. Sua relevância é diante da fragmentação e contundências de pesquisas anteriores, gerando óbices no entendimento da construção destes patrimônios nos últimos 7.000 anos. Métodos qualitativos e quantitativos multidisciplinares e interdisciplinares da Geografia, Geologia, Geoarqueologia, Arqueometria e Arqueologia foram empregados no estudo e interpretação do paleoambiente e cronologia dos sambaquis. Envolveu o levantamento dos sítios arqueológicos pré-coloniais, trabalhos "in situ" como prospecções geoarqueológicas, escavação do sambaqui sob rocha “Casa de Pedra” e análises laboratoriais dos materiais coletados. Os resultados de campo foram interpretados cruzando dados envolvendo datações, estudos granulométricos do solo, Nível Relativo do Mar (NRM) no Quaternário em contraponto as referências. Gerou a produção de tabelas, gráficos e mapas temáticos com a localização dos sítios na matriz geológica (Holoceno e Pleistoceno), cronologia, provável processo de formação do território e modelo de ocupação da Costa Leste.

SIMULADO EXAME DE ORDEM - UNIVILLE

  • Frederico Wellington Jorge, MSc, fwjorge@fwjorge.com.br
  • BEATRIZ REGINA BRANCO, MSc, beabranco@uol.com.br

Palavras-chave: SIMULADO, EXAME, QUALIDADE

O projeto visa preparar nossos alunos para a prova da OAB e outros concursos , visto que a competitividade e a complexidade da prova. O fato de não cobrarmos para que os nossos alunos possam realizar a prova, e assim terem a mesma oportunidade daqueles que tem possibilidade financeira é extremamente importante para uma Universidade Comunitária. Verifica-se no mercado atual uma grande concorrência de cursos de Direito, e a necessidade de formar bacharéis com ética e responsabilidade diante da sociedade. O simulado do Exame de Ordem já se consolidou como mais um procedimento a ser tomado para garantir o fortalecimento da qualidade do curso, tanto para fins estratégicos como para aprovações dos egressos no Exame de Ordem da OAB. Este projeto tem o intuito de estimular o estudo para o Exame de ordem, e também para identificar os conteúdos que precisam de reforço, e envolver o corpo docente em uma atividade interdisciplinar. Lembramos que a aprovação pela OAB é requisito obrigatório para que o bacharelado possa exercer a profissão conforme exigência da Lei Federal 8.906/94 precisa prestar exame junto a Ordem dos Advogados do Brasil, em suas respectivas Secções, e serem aprovados para se tornarem advogados. A aprovação nos exames formulados pela OAB tem sido historicamente muito baixa. Pretendemos preparar nossos alunos para um melhor resultado.

Apoio / Parcerias: FAEG

Tensões entre turismo e patrimônio cultural: o caso do moinho de vento de Joinville

  • Andrew Bernardo Correa, Graduando, andrew-musica@hotmail.com
  • Felipe Borborema Cunha Lima, Dr(a), felipebcl2@hotmail.com
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Patrimônio, Turismo, Identidade

A comunicação visa apresentar os resultados parciais de uma investigação sobre a história do Moinho de Vento de Joinville e as tensões acerca das representações de identidade da cidade, fruto da relação entre atividades turística e de patrimonialização. Foi realizado um levantamento, no Arquivo Histórico de Joinville, de reportagens veiculadas pela mídia local entre 1980 e 2004. A pesquisa tem como problemática analisar e compreender à construção de um monumento com a forma de moinho, acionando a memória da colonização da cidade por imigrantes alemães. A obra foi concebida e iniciada pelo prefeito Luiz Henrique em 1980, como uma maneira de homenagear o passado imigratório e fomentar atividades turísticas. Desse modo, a construção do Moinho ocorreu nas imediações do centro de convenções Expoville e foi integrada ao complexo do pórtico da cidade, às margens da Rodovia BR101. A pesquisa apontou que, desde sua idealização, o moinho foi objeto de debate e de conflitos sobre se seria ou não um monumento representativo da história e da memória dos colonos que chegaram a Joinville no final do século XIX. Pela análise das fontes conclui-se que embora o projeto tenha sido inspirado em moinhos existentes na região de Hamburgo, os enfrentamentos tiveram como base as referências identitárias a serem adotadas para representar a “cidade industrial” em contraposição à “cidade colonial alemã”. Assim, as disputas travadas remetem a como, nos anos de 1980, setores sociais joinvilenses buscaram significar o progresso de uma cidade industrial, moderna, embora com um passado colonial.

Apoio / Parcerias: Bolsa de iniciação científica, UNIEDU.

Um Papa em Rede: Francisco e as Redes Sociais

  • Eduardo Silva, MSc, edu.silva@univille.br

Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil

Palavras-chave: Papa Francisco, Redes Sociais, Pós-modernidade

Trata-se de pesquisa de Tese de Doutorado em Comunicação e Cultura do programa ECO/Pós da UFRJ. Inúmeras questões permeiam as Redes Sociais. De maneira geral elas se apresentam como um novo Ethos, o Ethos virtual. Esta nova forma de ser-estar no mundo é marcada pelos dispositivos eletrônicos de comunicação. Esta forma "dispositiva" de relação não ocorre sem que interfira em todas as relações sociais estabelecidas em sociedade. Neste "admirável mundo novo" como ocorre a religiosidade? Como instituições milenares como a Igreja Católica consegue e conseguirá interagir com estas tecnologias? É neste novo universo comunicativo que busca-se compreender a figura de Francisco e o seu alcance nas Redes Sociais. Esta pesquisa é de cunho antropológico-teológico, utilizando análises de discurso, semiótica, etnografia na internet e pesquisa documental.

Apoio / Parcerias: Doutorado interinstitucional Univille/UFRJ

UMA EXPERIÊNCIA DE LEITURA/PRODUÇÃO DO LITERÁRIO EM BLOG

  • Daniela Simon, Graduando, daniela.simon1995@gmail.com
  • TAIZA MARA RAUEN MORAES, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: blog, leitura, literatura

As reflexões relatadas são decorrentes de pesquisas numa intersecção entre ensino/pesquisa/extensão desenvolvidas no blog Poéticas Tecnológicas e iniciadas em 2010, junto ao projeto “Autores, obras e acervos literários catarinenses em meio digital” (PRONEX – FAPESC/ CNPq/ UFSC/ UNIVILLE/ UDESC/ Universidade Complutense de Madrid), cujo objetivo é propor reflexões e discussões sobre a leitura do literário no ciberespaço. O suporte blog está sendo experimentado como um instrumento para auxiliar na reconfiguração do ensino e circulação de discussões sobre o literário, propiciando o registro do movimento do sujeito leitor como autor e receptor num tempo/espaço fluido. As postagens do blog poeticatecnologica.blogspot.com sinalizam ao longo do processo registros de impressões críticas construídas e partilhadas por grupos e disseminadas na web, rompendo as fronteiras institucionais, bem como promotoras de diálogos entre textos literários, visuais, jornalísticos/críticos e históricos. O subprojeto desenvolvido no curso de Letras da UNIVILLE articulado em parceria com o Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Linguística (NUPILL www.nupill.org) resultou no Caderno Literando, produzido a partir de coletivos auto avaliadores, 2014 - 2017 em 4 edições- como um canal de difusão de olhares críticos sobre o literário e de produções autorais. Os resultados indicam autonomia leitora/produtora por parte dos sujeitos envolvidos nas propostas construídas coletivamente. A comunicação está focada na edição 2017. Os conceitos sustentadores das discussões foram de Santaella (2007, 2008), Lévy (1996, 2003), Foucault (1992), Harvey (2000), Manovich (2009) e Bakhtin (2008).

Apoio / Parcerias: bolsista artigo 170

UMA EXPERIÊNCIA DE LEITURA/PRODUÇÃO DO LITERÁRIO EM BLOG

  • RAFAELA CAVINATO BULLA, Graduando, rcbulla@gmail.com
  • TAIZA MARA RAUEN MORAES, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Métodos de ensino e aprendizagem, Interação online, Youtube

A pesquisa foi desenvolvida na perspectiva interdisciplinar, a partir dos imbricamentos entre língua e linguagem /linguística e publicidade, analisando transformações no compartilhamento e recebimento de conteúdos didáticos online estabelecendo comparações com aulas expositivas, presenciais e de formato tradicional. O projeto discute as novas formas de linguagem usadas no ensino da Língua Portuguesa identificadas no canal do YouTube “Escreva Sem Erros” (endereço web: www.youtube.com/c/EscrevaSemErros). Este tem como objetivo orientar o usuário de Internet que deseja não só receber informações associadas às questões linguísticas, mas que também busca como características importantes o humor e a curta duração dos conteúdos. A partir da observação da interação do público, foi traçado um perfil do público e elencar pontos de destaque relativos ao método de ensino. As referências bibliográficas sustentadoras foram Lucia Santaella (2007), Hans-Georg Gadamer (2009), Bakhtin (1997) e pesquisas científicas, como Attention Spans (Capacidade de Atenção, tradução pessoal), da Microsoft Canada, que mostram como a internet dissemina informações desabituadas com os métodos de ensino tradicionais e bem adaptada aos novos formatos de compartilhamento de informação online.

Apoio / Parcerias: Projeto PIBIC/CNPq

UTILIZAÇÃO DE GASTRÓPODES NO SÍTIO ARQUEOLÓGICO CASA DE PEDRA, COSTA LESTE DE SÃO FRANCISCO DO SUL, SC.

  • Jonata Rodrigo Cavassola da Silva, Graduando, jonatarodbio@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Tafonomia, Gastropoda, Sambaqui

Os sambaquis são marcados pela predominância de conchas de moluscos bivalves sobre as quais inúmeras interpretações têm sido feitas ao longo dos anos – como restos de alimentação cotidiana ou relacionadas a rituais e como material construtivo - no entanto, pouco tem sido feito sobre os gastrópodes. Contando com bolsa do programa UNIEDU, esta pesquisa, que ora apresentamos os resultados parciais, volta-se ao estudo das conchas coletadas no sambaqui sob rocha, Casa de Pedra, situado no Parque Estadual Acaraí, Ilha de São Francisco do Sul, SC. Este sítio, que apresenta 35 cm de camada arqueológica e foi datado em 5470 +/- 30 anos antes do presente, foi escavado pela Prof. Dra. Dione da Rocha Bandeira, pelo projeto “Cultura Material e patrimônio Arqueológico Pré-Colonial da Costa Leste da Ilha de São Francisco do Sul/SC - Contribuição Para Uma Arqueologia da Paisagem e Estudo de Etnicidade”, com recursos do Fundo de Amparo à Pesquisa da Univille e pela Fapesc. A tafonomia, disciplina que estuda os processos que afetam e transformam o organismo como parte do registro fóssil, tem um papel auxiliar na interpretação das marcas físicas dos restos faunísticos na Arqueologia. Desse modo, o objetivo dessa pesquisa é entender a utilização dos gastrópodes, a partir de análise tafonômica, pelos povos construtores de sambaquis. Para tanto, através de um formulário, usou-se uma análise quali-quantitativa de alterações antrópicas como marcas de queima e uso, e ambientais como corrosão, abrasão e bioturbações das conchas, assim como Número Mínimo de Indivíduos (MNI) e Número Individual de Espécimes (NISP). Essas análises permitirão gerar dados estatísticos a serem correlacionados com o contexto do sítio. Para a identificação taxonômica, está em desenvolvimento uma coleção de referência auxiliar dos gastrópodes mais comuns da região. A coleção possui um total de 100% das espécies identificadas e está em processo de registro. Até o momento, foram identificadas no sítio um total de seis espécies, Nassarius vibex, Siratus senegalensis, Neritina virginea, Cerithium atratum, Bulla striata. Há conchas fragmentadas, inteiras e levemente danificadas. Poderemos pensar sobre o processo de construção do sítio, o uso ou não de gastrópodes na alimentação e/ou como matéria-prima, coleta intencional ou não, entre outras questões relacionadas com o modo de vida dos sambaquianos, bem como a fauna e o ambiente antigo.

Apoio / Parcerias: Fapesc bolsa do programa UNIEDU

Vozes dos estudantes do Ensino Médio sobre as práticas pedagógicas dos professores

  • Clarita Mitiko Isago, G, claritaisago2@gmail.com
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Práticas Pedagógicas, Estudantes, Ensino Médio

Partimos do pressuposto que conhecer as práticas pedagógicas, pela fala direta dos educandos, pode contribuir para a formação destes como sujeitos do processo de ensino e aprendizagem. Arroyo (2014) coloca-nos o desafio de escolher sermos professores enquanto desumanos sentenciadores das aprendizagens e comportamentos dos estudantes ou insistentes auscultadores de suas vivências escolares. É pela segunda proposta do autor, insistentes auscultadores, que consideramos uma leitura positiva da escola pública e de seus sujeitos sobre as práticas pedagógicas que levam à aprendizagem, não sobre as que não levam à aprendizagem. Nesta perspectiva, este trabalho tem por finalidade discutir parte dos dados de uma pesquisa de mestrado, em andamento, intitulada “Vozes dos estudantes do Ensino Médio sobre as práticas pedagógicas dos professores.” O objetivo principal da pesquisa é conhecer as percepções dos estudantes do Ensino Médio sobre as práticas pedagógicas de seus professores que levam à aprendizagem, enquanto práticas sociais nos diferentes espaços e tempos da escola, como defendem Caldeira e Zaidan (2010). O método da coleta de dados foi o grupo de discussão, que ocorreu em duas escolas públicas estaduais, com alunos do terceiro ano do ensino médio. Será compartilhada aqui uma categoria, que emergiu da análise das transcrições das falas dos estudantes, sendo ela saberes pedagógicos nas vozes discentes. Os estudantes demonstram a necessidade do professor dominar sua área de conhecimento e de saber ensinar este conhecimento.