Área 03 - Ciências Humanas e Lingüística, Letras e Artes

Índice

  1. A ampliação das práticas de letramento na esfera acadêmica
  2. A convergêcia entre o projeto pedagógico dos cursos de graduação, as ações didático-pedagógicas desenvolvidas para a formação profissional e as exigências de preparação de estudantes universitários pelas esferas profissionais,
  3. A enfiteuse e o aforamento na formação econômica e social brasileira
  4. A identidade artística feminina na região de Joinville
  5. A mobilização da sociedade são-bentense para a leitura
  6. A paisagem cultural na região leste de São Francisco do Sul: o Parque Estadual Acaraí
  7. A paisagem desvelada: os sambaquis da Bupeva no extremo sul da Praia Grande em São Francisco do Sul - SC
  8. A portaria 127/2009 do Iphan e a vulnerabilidade da paisagem cultural
  9. A trajetória dos estudantes dos cursos de licenciatura da UNIVILLE no período de 2010 a 2014
  10. ADOLESCÊNCIA E GRAVIDEZ: IMPLICAÇÕES NO PERCURSO EDUCACIONAL DE JOVENS MÃES
  11. Ambientalização Curricular na Universidade - Sustentabilidade Socioambiental para o Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação – atendendo a Comunidade Acadêmica
  12. As moedas e os militares: a "numismática" do Regime Militar Brasileiro (1964 - 1985).
  13. As propostas pedagógicas dos Municípios da AMURESC para as crianças de 0 a 3 anos em face de Lei n° 12.796/2013
  14. Caracterização de gestores, de escolas públicas, empreendedores
  15. Daqui ou de fora? Representações sociais sobre os joinvilenses nos museus de Joinville
  16. Epistemologia do patrimônio: entre sacralidade e secularização
  17. Escotismo: juventudes, gênero e currículo
  18. Etnicidade e Paisagem Costeira dos povos pré-coloniais da Costa Leste de São Francisco do Sul
  19. Exílio da língua alemã – hibridismo de identidades culturais entre descendentes de alemães em Joinville/SC
  20. Inserção profissional do professor com deficiência: a realidade de cada um
  21. Memórias Múltiplas e Patrimônio Cultural em rede: o registro (auto) biográfico diante da ameaça da perda
  22. MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS (CAUSAS E EFEITOS) E SEUS IMPACTOS EM JOINVILLE E REGIÃO
  23. Museu Casa Fritz Alt: arquitetura do museu e a representação do “estrangeiro” em Joinville
  24. NÓS E AMARRAS DAS FIBRAS VEGETAIS DO SAMBAQUI CUBATÃO I, ETNOARQUEOLOGIA E ARQUEOLOGIA EXPERIMENTAL.
  25. O letramento na esfera familiar: pistas sobre as atividades de leitura e escrita dos estudantes de Ensino Médio da UNIVIILLE em São Bento
  26. O Museu da Paz: memória e história sobre a Segunda Guerra Mundial e a Força Expedicionária Brasileira, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina.
  27. O objeto na arte joinvilense
  28. O período de graça e a proteção patentária no Brasil
  29. O período de graça no processo de proteção patentária
  30. O Vestir e o vestuário na Joinville oitocentista
  31. Orientações sobre a saúde e qualidade de vida: a importância dos eventos de letramento para a ampliação do conhecimento
  32. Políticas Públicas do Patrimônio Natural e Unidades de Conservação
  33. PROTEÇÃO JURÍDICA DO PATRIMÔNIO GENÉTICO E CONHECIMENTO TRADICIONAL BRASILEIRO.
  34. Publicidade e propaganda na contemporaneidade, padrões de beleza, e a influência clássica.
  35. Theatro Nicodemus e Sociedade Harmonia Lyra: Análise desses palcos como espaços fomentadores do patrimônio musical de Joinville
  36. UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE INTELIGENCIA COMPETITIVA PARA TOMADA DE DECISÕES NA ÁREA COMERCIAL.

Resumos

A ampliação das práticas de letramento na esfera acadêmica

  • Simone Lesnhak , Dr(a), si.lk@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: letramento, universidade, apropriação

O projeto de ensino A ampliação das práticas de letramento na esfera acadêmica: das habilidades básicas à apropriação dos dizeres da universidade tem como objeto a ampliação dos usos da escrita por estudantes de graduação da UNIVILLE SBS, e está fundamentado pelas perspectivas antropológica do letramento, filosófica dos gêneros do discurso e psicológica histórico-cultural do desenvolvimento e aprendizagem. Tomando como base essas concepções, entendemos que não só a linguagem poderá constituir os sujeitos, mas também a interação dele de forma constante com diversas situações de uso dela. Nesse sentido, cabe-nos, na universidade, possibilitar ao estudante a participação nas mais diversas situações de uso e aprendizagem da linguagem. Para isso, foram planejadas aulas que envolvam o estudo da linguagem, com foco na leitura e escrita característica da universidade. Essas aulas ocorrem nos sábados, em horário alternativo às aulas. Além das aulas, os estudantes desenvolvem atividades de leitura e de produção de textos e são orientados quanto aos seus usos. Foram convidados todos os estudantes da graduação da UNIVILLE, dos cursos do Campus São Bento. Inscreveram-se cerca de 80 estudantes, os quais revelam uma ressignificação das concepções de leitura e de escrita.

A convergêcia entre o projeto pedagógico dos cursos de graduação, as ações didático-pedagógicas desenvolvidas para a formação profissional e as exigências de preparação de estudantes universitários pelas esferas profissionais,

  • Maiane Francine de Miranda, Graduando, maianee@gmail.com
  • Michelli Cristini Simões, Graduando, michelli.simoes@univille.br
  • Simone Lesnhak, Dr(a), si.lk@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: Projeto pedagógico, mercado de trabalho, graduação

O projeto de pesquisa A convergêcia entre o projeto pedagógico dos cursos de graduação, as ações didático-pedagógicas desenvolvidas para a formação profissional e as exigências de preparação de estudantes universitários pelas esferas profissionais, da UNIVILLE São Bento do Sul tem como objetivos analisar a percepção dos egressos do curso de Administração da UNIVILLE em relação à formação profissional, bem como analisar os projetos pedagógicos – PPC - dos cursos de Administração, Engenharia Mecânica, Educação Física e Direito, identificando os objetivos e as atividades planejadas para o desenvolvimento profissional dos estudantes de graduação. O primeiro eixo da pesquisa envolveu a realização de uma pesquisa de campo com aplicação de entrevistas junto a egressos do curso de Administração. Alguns resultados entre outros apontam que o curso de Administração atende às exigências do mercado de trabalho quanto ao preparo dos estudantes do curso, procurando desenvolver eventos que envolvam os estudantes em situações enfrentadas na vida profissional, tendo sido apontado como fundamental a atuação dos professores em sala de aula, bem como as suas experiências de vida compartilhadas. As atividades extraclasses também se mostraram importantes para a aprendizagem, todavia os egressos apontaram a necessidade de mais cursos de extensão mais específicos relacionados à área. O segundo eixo de pesquisa se deu por meio de pesquisa documental dos PPC dos cursos já mencionados. Os principais resultados indicam que o conteúdo proposto nos cursos satisfaz as exigências e o conhecimento necessário ao profissional, porém a forma de didática, exceto o curso de Educação Física, é em sua maioria teórica o que dificulta a absorção do conhecimento pelo estudante.

A enfiteuse e o aforamento na formação econômica e social brasileira

  • Eleide Abril Gordon Findlay, MSc, efindlay@terra.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Enfiteuse, Aforamento, Terra

O estudo sobre o povoamento e as formas de acesso à terra pelos diferentes atores sociais que se dirigiram ao litoral nordeste de Santa Catarina indica que as estratégias utilizadas pelos homens brancos livres para a obtenção de uma data de terra foram a obtenção de carta de sesmarias, a posse simples e o recebimento de terras devolutas das autoridades provinciais. Na região estudada os estrangeiros vieram na condição de colonos de um empreendimento particular. Nesse sentido, as condições de acesso à terra se distinguem entre as oferecidas aos nacionais e aos colonos estrangeiros. No entanto, outra possibilidade foi usada pelos moradores das localidades que circundam a baia da Babitonga, a enfiteuse, ou aforamento, que consiste em um instituo legal em que o proprietário da terra (particular ou público), denominado senhorio, confere ao enfiteuta, ou foreiro, o domínio útil perpetuo de uma propriedade, tendo a obrigação de pagar ao senhorio, que detém o domínio direto, uma quantia anual, conhecida por foro. A prática dos contratos enfitêuticos teve ampla utilização no período colonial e imperial brasileiro visando ao aumento da produção, sendo que tal prática se restringia as terras incultas e terrenos para edificação. Na cidade de São Francisco do Sul esta foi uma prática acessada pelos moradores, já que nas Atas da Câmara Municipal de São Francisco do Sul existem diversas solicitações de aforamento de terrenos do patrimônio da instituição. Além da existência dos bens da União, os terrenos de marinha, que também são objeto de estabelecimento de contratos enfitêuticos, portanto, tem-se a visualização das relações entre os sem terra e os proprietários de terras e entre eles e o poder público. Na primeira etapa da pesquisa os objetivos propostos foram o aprofundamento da bibliografia temática e o levantamento da legislação pertinente ao ordenamento da enfiteuse desde o período colonial brasileiro. A análise desse instrumento jurídico que permitiu a existência do enfiteuta, ou foreiro, perpassa a discussão presente na historiografia acerca do processo da formação econômica e social do Brasil, e logo se impõe a confrontação entre as concepções que visualizam no processo de formação fundiária colonial as características do modo de produção feudal ou capitalista. A partir desse confronto de posicionamentos tem-se o papel da enfiteuse ou aforamento.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

A identidade artística feminina na região de Joinville

  • Maria Augusta Drechsel, Graduando, maria.drechsel@univille.net
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Arte, Mulher, Mídias sociais

A IDENTIDADE ARTÍSTICA FEMININA NA REGIÃO DE JOINVILLE O virtual permeia o mundo contemporâneo. Está infiltrado na sociedade de tal maneira, que sua relação com o ser humano impacta a subjetividade das pessoas e traz novas concepções à arte, seja ao trazer a tecnologia virtualizada como linguagem, isto é, como outra forma de manifestação artística, seja como forma de dar visibilidade ao trabalho artístico, ao disponibilizar e compartilhar sua produção nas mídias sociais. Esta pesquisa, de natureza exploratória, tem como objetivo investigar a presença das artistas visuais da região de Joinville nas mídias sociais, e justifica-se pela necessidade de visibilizar a produção artística feminina local. Busca conhecer a atividade dessas mulheres por meio de cinco mídias: site, blog, Facebook, Twitter e YouTube, observa se há a disponibilização e compartilhamento de suas produções artísticas, se estas abordam os seus processos de criação, se divulgam as exposições, se há entrevistas, matérias, dados biográficos, entre outras manifestações, independentemente se os materiais encontrados tenham sido disponibilizados virtualmente por elas ou por outros. A partir dos dados coletados e analisados, será possível ter um panorama da presença das mulheres artistas joinvilenses na Web em dois blocos: que tipo de informações essas mídias trazem sobre as artistas e como estas se relacionam com essas mídias. A metodologia segue o modelo de pesquisa bibliográfica, sendo fontes teóricas principais BARBOSA e LOPONTE. Na fase inicial, os dados retirados das mídias sociais foram organizados em tabelas e gráficos que sistematizam as informações coletadas e analisadas interpretativamente. A etapa atual trata da elaboração de um texto sobre cada artista analisada, que contenha um conjunto de informações sobre sua trajetória artística e contribuição para a arte local. Alguns dos resultados obtidos nesta investigação são: das 28 artistas joinvilenses pesquisadas, poucas delas utilizam as mídias sociais para divulgação de conteúdo artístico. O blog é a mídia mais utilizada por elas quando tem esse objetivo. Grande parte do material que se encontra na Web sobre as artistas é disponibilizado por outros, principalmente jornais e blogs de notícias. Desses, o conteúdo que mais aparece é relacionado a exposições, onde as artistas são citadas nas listas de selecionados, como expositoras.

A mobilização da sociedade são-bentense para a leitura

  • Simone Lesnhak, Dr(a), si.lk@hotmail.com
  • Emanuelle Spath Brunnquell, Graduando, manuspath@hotmail.com
  • Rafael Negrelli, Graduando, rafaelnegrelli@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: mobilização, leitura, incentivo

O Projeto Pró-Leitura do campus São Bento do Sul da UNIVILLE, projeto vinculado ao Programa Institucional de Incentivo à Leitura, tem como objetivo incentivar a leitura em todos as esferas sociais, promovendo a ampliação das práticas de letramento na sociedade. Entre as ações que desenvolve para atingir esse objetivo, estão: concursos de produção de textos, eventos de leitura em diversas esferas e mídias, edição de livros, cursos, palestras, etc. No ano de 2014 e 2015, o projeto desenvolveu as seguintes ações: a) realização de concurso de produção de textos em gêneros do discurso, do que resultou a publicação de livros que versam sobre a cultura do município de São Bento do Sul - os participantes desse concurso são estudantes de escolas da Rede Municipal, Estadual e Particular de Ensino do município de São Bento do Sul; b) a ação denominada Troca-troca, por meio da qual a sociedade em geral, especialmente crianças e jovens, pode trocar um livro que possuía por um outro da biblioteca do Proler, contando a biblioteca do projeto com mais de 1000 livros; c) leitura de poesias no transporte coletivo de São Bento do Sul; d) oferta de livros nos terminais rodoviários da cidade, por meio da disponibilização de estantes nesses espaços; e) momento de leitura semanal em redes sociais. Com essas ações, estima-se que a leitura tornou-se mais presente na vida das pessoas, pois toda experiência, vivência de leitura torna-as mais próximas dessa atividade.

A paisagem cultural na região leste de São Francisco do Sul: o Parque Estadual Acaraí

  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com
  • Dione da Rocha Bandeira, Graduando, dione.rbandeira@gmail.com
  • Euler Renato Westphal, Graduando, eulerrw@brturbo.com.br
  • Enori Carelli, Graduando, carelli@netvision.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Paisagem Cultural, Patrimônio, Sustentabilidade

Este projeto de pesquisa tem o objetivo de investigar sobre paisagens culturais, uma categoria recente do patrimônio cultural em implantação no Brasil. A proposta é estudar e discutir sobre o assunto divulgado pelo IPHAN e relacionar com a temática patrimônio ambiental. Neste contexto, é necessário destacar que na base da preocupação com as questões ambientais estão os valores pressupondo, portanto, revisão de atitudes, comportamentos e ações em relação ao modo de vida urbano industrial. Entende-se paisagem como expressão material do imaterial de uma cultura, expressão de valores culturais do ponto de vista das práticas culturais, também expressão de memórias de uma vida cultural. No campo do patrimônio cultural a paisagem é um "bem cultural" complexo de conteúdo simbólico, acentuado pelas marcas do hábito, da interação, da memória e dos saberes tradicionais. As discussões no campo da paisagem cultural e do patrimônio ambiental vislumbram a compreensão do objeto da presente pesquisa. Esta investigação abrangeu um estudo do tipo exploratório e bibliográfico sobre a paisagem cultural. Os resultados desta pesquisa foram: a) um estudo no âmbito teórico sobre a temática paisagem cultural no Parque Acaraí; b) outro estudo sobre publicações acerca das paisagens culturais no Brasil; c) foram entrevistadas pessoas que convivem no Parque Estadual Acaraí e foi escrito artigos e uma dissertação sobre o assunto; d) foi construído um blog sobre a temática que permite a confluência de interesses numa comunidade em si, fazendo com que pessoas de todo o mundo compartilhe experiência, ideias e troca de conhecimento.

Apoio / Parcerias: Univille

A paisagem desvelada: os sambaquis da Bupeva no extremo sul da Praia Grande em São Francisco do Sul - SC

  • Graciele Tules de Almeida, E, gracitules@gmail.com
  • Magda Carrion Bartz, E, magdacarrion@brturbo.com.br
  • Dione da Rocha Bandeira, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: São Francisco do Sul, Paisagem, Sambaqui

O estudo em questão pretende apresentar de que forma o conjunto de sítios da localidade da Bupeva (SFS-SC), compoem a paisagem mais ao sul da ilha de São Francisco do Sul e refletir sobre aspectos relacionados à transformação do espaço a partir da construção de sambaquis e o estabelecimento de uma paisagem por grupos humanos no passado. Para tanto, a pesquisa buscou localizar, descrever e delimitar os sítios, também foram realizadas coletas de amostras para datação radiocarbônica, no intuito de estabelecer de forma cronológica o processo ocupação do espaço e a partir de observações em campo, inferir dados sobre a percepção dos sítios como lugares experiência e espacialidades, contribuindo para uma arqueologia da paisagem e costeira. Nesse sentido, a paisagem é percebida como uma variedade de lugares significativos para um grupo, interligados por lugares de fazer, lugares de habitar, caminhos e histórias relacionadas a uma rede de relações que denotam o domínio de um território, ao mesmo tempo, em que é local de culto aos mortos, mas também moradia, resultando em uma paisagem construída socialmente, transformada em artefato social e marcada pelas vivências e por sentimentos. O projeto contou com os recursos do projeto ACARAI, vinculado a Universidade da Região de Joinville – Univille e da Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul. Está vinculado ao GEIPAC - Grupo de Estudo Interdisciplinares em Patrimônio Cultural e ao ArqueoCult – Grupo de Estudos em Arqueologia e Cultura Material.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

A portaria 127/2009 do Iphan e a vulnerabilidade da paisagem cultural

  • Fábia Pacheco Dombroski, Graduando, fabiadombroski@hotmail.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Paisagem Cultural, Patrimônio, Portaria 127/2009

O artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão a cerca da discussão relacionada às fragilidades da Chancela da Paisagem Cultural, e como ela estão presentes no âmbito jurídico, bem como sua permanência no mesmo. Destacando a importância da portaria do Iphan, de modo a proteger o patrimônio cultural, notando as intervenções humanas que refletem de forma significativa no meio ambiente. De modo a incentivar a utilização deste instrumento de preservação patrimonial, com o objetivo contribuir com as políticas de preservação do patrimônio cultural ambiental. As reflexões contidas neste artigo têm como destaque a preservação patrimonial, onde o conceito de paisagem cultural vem ganhando forças e destaque cada dia sobre a preservação patrimonial, buscando destaque na proteção do patrimônio mundial. A metodologia da pesquisa é natureza bibliográfica e documental. Na legislação brasileira vigente, a proteção ao patrimônio cultural está regularizada através da portaria 127 de 30 de Abril de 2009, do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que estabelece a Chancela da Paisagem Cultural Brasileira. Entende-se que esta portaria vem para auxiliar no âmbito jurídico juntamente a outras legislações e instrumentos de proteção patrimoniais, tendo como base a sustentabilidade e preservação das paisagens e do meio ambiente.

Apoio / Parcerias: Univille

A trajetória dos estudantes dos cursos de licenciatura da UNIVILLE no período de 2010 a 2014

  • JORDELINA BEATRIZ ANACLETO VOOS, Dr(a), jovoos@gmail.com
  • JORDELINA BEATRIZ ANacleto voos, Dr(a), jovoos@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação Superior, Política Institucional, Permanência.

Seguindo a trajetória das economias desenvolvidas, outras nações em desenvolvimento consideram que aumentar taxas de participação no ensino superior é necessário para a efetiva inserção no processo de globalização. Porém, os governos destas nações, como o Brasil, reconhecem que, por si só, não têm condições de atender esta demanda. Segundo dados do relatório da GUNI – Global University Network for Innovation (2009), contraditoriamente, os orçamentos governamentais para o ensino superior estão diminuindo constantemente, em uma base per capita. Então, no sentido de garantir o acesso e a permanência dos estudantes, foram criados políticas e programas para esta finalidade. Neste cenário, o objetivo deste estudo foi investigar qual a política institucional adotada pela Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, no período de 2011 a 2014, para os cursos de Licenciatura, no sentido de garantir o acesso e a permanência de estudantes. A investigação situa-se no horizonte do paradigma interpretativo em face do entrecruzamento das abordagens quantitativa e qualitativa. Caracteriza-se como um estudo do tipo exploratório. Os sujeitos da pesquisa foram os acadêmicos que cursavam o 4º ano dos cursos de licenciatura. O instrumento para coleta de dados foi um questionário constituido de questões fechadas e abertas. Para a complementação de dados foram feitas entrevistas semiestruturadas com os respondentes e as respectivas famílias e funcionários do Programa de Apoio ao Estudante da UNIVILLE. Os resultados foram analisados e descritos de acordo com as características inerentes ao tipo de estudo delineado: estatística descritiva e análise de conteúdo, tendo como centralidade a contextualização de sua produção. Os resultados evidenciam que, na trajetória dos estudantes pesquisados, a política institucional referente à expansão da taxa de matrícula, acesso e permanência dos estudantes dos cursos de licenciatura ainda, está distante de concretizar-se em face da ausência de programas específicos de articulação com a Educação Básica, especialmente, no Ensino Médio.

ADOLESCÊNCIA E GRAVIDEZ: IMPLICAÇÕES NO PERCURSO EDUCACIONAL DE JOVENS MÃES

  • Luana Nagel de Lima, Graduando, luana.lima@univille.net
  • Mariana Datria Schulze, MSc, m.schulze@univille.br

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Gravidez precoce, Adolescência, Escola

Debates e investigações acerca do tema gravidez na adolescência têm sido cada vez mais presentes em nosso cotidiano como apontam Frizzo, Kahl e Oliveira (2005), Dias e Teixeira (2010), Souza, Nóbrega e Coutinho (2012). Vários são os impactos de uma gestação precoce, seja ela inesperada ou planejada, como restrições socioeconômicas, situações de preconceito, impactos em seus laços relacionais e repercussões em sua vida escolar. Com o objetivo de compreender que implicações a gravidez precoce possui na trajetória educacional de mães adolescentes, esta pesquisa caracterizou-se por seu cunho qualitativo, baseando-se teórico-metodologicamente no materialismo histórico e dialético que entende o sujeito como um ser ativo, social e histórico. Poderiam participar adolescentes de 12 a 18 anos, em gestação ou após, devidamente matriculadas na rede estadual de ensino de uma cidade do norte de Santa Catarina. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com roteiro elaborado para tal fim, gravadas, transcritas literalmente e submetidas ao método de análise de conteúdo. Ao total, participaram cinco jovens mães, mediante autorização dos pais e/ou cuidadores. Como resultados, sentimentos e condutas, em geral negativos, por parte de familiares, amigos e conhecidos frente à notícia da gestação, destacando a questão da falta de planejamento, despreparo e imaturidade, foram relatados pelas adolescentes. Quando perguntadas acerca de métodos contraceptivos, todas indicaram terem conhecimento, contudo, o uso não era uma prática, destacando-se a crença de uma única relação sexual sem prevenção não bastaria para engravidar. Sobre a presença da temática sexualidade no cotidiano escolar, para elas, essas ações foram restritas e superficiais, dificultando a compreensão, discussão e aproximação com a realidade por elas vivida. Referente à vida escolar após a gravidez, uma das participantes informou ter interrompido sua trajetória educacional; duas cogitavam também interromper após o nascimento do bebê por conta dos cuidados com o recém-nascido; e duas disseram que terminariam o ensino médio por terem o auxílio de seus familiares após o nascimento das crianças, caso contrário isso não ocorreria. A escola desempenha um relevante papel cultural e histórico na constituição do sujeito. A interrupção da trajetória educacional ou seu impedimento pode deixar marcas irremediáveis que deflagram processos de exclusão social, impactando nas visões de homem e de mundo de forma ímpar, bem como possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem. Por fim, percebe-se a necessidade de se repensar as propostas escolares sobre sexualidade, por ser uma questão que atravessa a educação e, talvez, o único espaço-momento existente para isso.

Ambientalização Curricular na Universidade - Sustentabilidade Socioambiental para o Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação – atendendo a Comunidade Acadêmica

  • Gabriel Horn Iwaya, Graduando, gabrieliwaya@hotmail.com
  • Flavia Elisa Lutke, Graduando, flaviaelisa11@yahoo.com.br
  • Nelma Baldin, Dr(a), nelma.baldin@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Ambientalização Curricular, Sustentabilidade socioambiental, Educação Ambiental

O projeto de pesquisa “AMBIENTALIZAÇÃO CURRICULAR NA UNIVERSIDADE- SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO – ATENDENDO A COMUNIDADE ACADÊMICA” está sendo aplicado na Universidade da Região de Joinville – Univille (campus da Zona Industrial) e tem como seu objetivo geral o intuito de promover o processo de ambientalização na Instituição, contribuindo para uma formação acadêmica, científica e tecnológica integrada às questões socioambientais. Volta-se para a constituição de um Espaço Educador Sustentável. Como ações específicas, o projeto visa uma política de ambientalização na Instituição com ações que preveem a elaboração de um diagnóstico nos documentos curriculares dos cursos de graduação e pós-graduação stricto sensu do campus, envolvendo os docentes e gestores quanto às questões socioambientais na Instituição. Metodologicamente, a pesquisa está sendo desenvolvida com análises documentais dos setores administrativos e dos departamentos, com a aplicação de questionários on-line e ainda com entrevistas com chefes de departamentos e gestores. Esta etapa do projeto, em execução, compreende a coleta de dados prevista para este segundo semestre de 2015, para posteriormente ser realizada a análise das estratégias, ações e práticas sustentáveis desenvolvidas na universidade. Essa etapa deverá ocorrer no primeiro semestre de 2016. Neste sentido, o projeto compreende a universidade enquanto um Espaço Educador Sustentável (EES) e com capacidade para propiciar à comunidade universitária e sociedade em geral vivências não só de ações práticas, mas também de análises teóricas e de respeito aos princípios e valores da sustentabilidade ambiental e social, em suas diferentes dimensões. Entende-se, portanto que a Universidade deve e pode contribuir socioambientalmente para/com a comunidade de seu entorno, sendo tais questões consideradas de especial relevância na formação dos (as) futuros (as) profissionais que, ao exercerem seu trabalho, influenciarão sobre a qualidade de vida e do ambiente onde estão inseridos. Assim, educar para a sustentabilidade implica um esforço com foco no discernimento de modelos interpretativos em relação às questões sociais e ambientais. Promove ainda o acesso à experiências inovadoras e práticas com características alternativas. Nasce, portanto, a ideia da universidade como um dos espaços educadores sustentáveis que são aqueles que têm a intencionalidade pedagógica de se constituir em referências concretas de sustentabilidade socioambiental. A ambientalização da universidade abrange o currículo (que se centra no ensino), a pesquisa, a extensão e a gestão enquanto um processo contínuo e dinâmico que torna as universidades como autênticos espaços educadores sustentáveis. Este é o entendimento quanto à ambientalização curricular na universidade.

Apoio / Parcerias: Carta Convite Bolsa Art. 171 PIBIC/CNPq

As moedas e os militares: a "numismática" do Regime Militar Brasileiro (1964 - 1985).

  • Nicolas Marcos, Graduando, nicolasmarcos.contato@gmaill.com
  • Wilson de Oliveira Neto, MSc, wilhist@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Numismática, Regime Militar, Militares

Este trabalho apresenta as cédulas e as moedas emitidas pelo Regime Militar Brasileiro (1964 - 1985) como instrumentos de perpetuação de discursos pelo grupo que detinha o poder no Brasil, neste caso, os militares. Ao compreender o dinheiro como um instrumento de afirmação política, serão utilizados os elementos iconográficos presentes nas cédulas das duas famílias do padrão Cruzeiro (1970 - 1986) nas moedas emitidas pelo Banco Central em 1965 e nas moedas dos padrões Cruzeiro Novo (1967 - 1970) e Cruzeiro, como recursos para a compreensão de quais elementos da administração militar que suas lideranças pretendiam ressaltar e, neste sentido, legitimar seu governo.

As propostas pedagógicas dos Municípios da AMURESC para as crianças de 0 a 3 anos em face de Lei n° 12.796/2013

  • kátia Cristina Sommer, Graduando, katiacschmidt@hotmail.com
  • Rosânia Campos, Dr(a), zana.c2001@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Educação Infantil, Políticas para Educação Infantil, Proposta Pedagógica

A pesquisa teve como objetivo investigar os planejamentos delineados por cada município pertencente à região da AMUNESC (Associação de Municípios do Nordeste de Santa Catarina) para atender as exigências legais referentes ao sistema municipal de ensino e ao projeto político pedagógico para educação infantil. Para tanto, a pesquisa foi desenvolvida observando os seguintes procedimentos: pesquisa bibliográfica e documental (em nível de governo federal e municipais) a partir de materiais impressos e/ou disponíveis on line; mapeamento das políticas destinadas à educação infantil e coleta e análise de dados junto às secretarias de educação, quando não possuíam dados disponibilizados online. Em relação a presença ou ausência de sistemas municipais de ensino nos referidos municípios, os dados indicam que todos já tem aprovada a lei que o institui, conforme determina a LDB (Lei 9.394/1996). No entanto, se essa determinação legal foi observada pelos municípios, o mesmo não pode se dizer em relação as Propostas Pedagógicas para Educação Infantil. De acordo com os dados analisados, dos 9 (nove) municípios estudados, apenas 2 (dois): Itapoá (2007) e Joinville (s.d.), possuem essa proposta. Araquari, Campo Alegre e São Francisco do Sul estão em processo de construção e Balneário Barra do Sul, Garuva e Rio Negrinho ainda não possuem uma proposta elaborada. Essa ausência de um direcionamento pedagógico indica que, para além do desafio de atender a demanda por matricula em cada município, há também o desafio de se definir uma proposta de trabalho para essa etapa educativa. Desse modo, parece que, em que pese os avanços legais observadas nas últimas décadas, ainda estamos longe de atingir as metas que garantem a equidade e a qualidade na educação infantil. Outro aspecto que também tornou-se relevante na pesquisa foi a constatação de que, muitas secretarias municipais, apresentam fragilidades na compreensão da função da proposta pedagógica. Assim, ainda não parece claro que as secretarias compreendam a proposta como uma fundamentação teórica para os aspectos técnicos e práticos que compõe o cotidiano institucional. Sendo assim, destacamos a necessidade de diálogo com estes municípios para que entendam a importância da criação e efetivação desse documento na garantia de uma educação infantil pautada em princípios que respeitem o direito das crianças a uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Apoio / Parcerias: Bolsista PIBIC - CNPQ

Caracterização de gestores, de escolas públicas, empreendedores

  • Jordelina Beatriz Anacleto Voos, Dr(a), jovoos@gmail.com
  • Marileia Gastaldi Machado Lopes, Dr(a), marileia.m@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Empreendedorismo, Gestão escolar, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

Apresentamos, neste artigo, a análise de um estudo realizado entre os gestores de escolas públicas, cujo objetivo central foi identificar as suas características de natureza empreendedora. Analisamos o perfil de 11 gestores das escolas da rede pública municipal e estadual de ensino de Joinville, estado de Santa Catarina, a partir da seguinte questão-problema: Quais são as características empreendedoras dos gestores das escolas públicas de Joinville que, na avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - no período 2010/2011, o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB - ficou acima da média projetada no Plano Nacional de Educação (PNE 2001-2010)? No percurso da investigação, de cunho qualitativo, os 11 gestores foram entrevistados. Os dados foram analisados à luz dos princípios da Análise de Conteúdo e da Estatística Descritiva. Dentre os resultados, configura-se a relação: perfil empreendedor, gestão e desempenho da unidade escolar.

Apoio / Parcerias: Prefeitura Municipal de Joinville Secretaria Municipal de Educação Governo do Estado de Santa Catarina Gerência Regional de Educação

Daqui ou de fora? Representações sociais sobre os joinvilenses nos museus de Joinville

  • Emersson Tabaldi, G, etabaldi@gmail.com
  • Sandra Paschoal Leite de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Representações sociais, Museus, Patrimônio Cultural

Os museus são lugares onde os bens culturais de uma sociedade se relacionam com os sujeitos por meio de símbolos. O patrimônio preservado e exposto é apenas uma parcela de um mundo maior de objetos e de ideias. A forma como as exposições são concebidas e apresentadas ao público, além de colaborar na criação de representações, são, elas mesmas, representações do real. Esta pesquisa, desenvolvida entre 2015 e 2017, está vinculada ao projeto de pesquisa “O Brasil no estrangeiro e o estrangeiro no Brasil: museus e representações” e ligada ao Grupo de Pesquisa Estudos Interdisciplinares em Patrimônio Cultural. Pretende analisar, por meio da Teoria das Representações Sociais, quais são os joinvilenses representados nas exposições de longa duração dos três museus mais visitados da cidade de Joinville: o Museu Nacional de Imigração e Colonização, o Museu Casa Fritz Alt e o Museu de Arte. A metodologia qualiquantitativa estará composta pela análise dos discursos presentes nos textos e imagens das exposições e pela análise das falas dos responsáveis e dos curadores das instituições museais envolvidas.Também será realizada a aplicação de formulários com visitantes dos museus, a fim de obter quais as representações dos mesmos sobre qual é o joinvilense representado nessas instituições. A presente pesquisa está ancorada teoricamente nos conceitos de representações sociais, patrimônio e sociomuseologia. As representações sociais dos joinvilenses sobre os museus da cidade no senso comum apontam para uma representação que realça a perspectiva do mito fundador, dos colonizadores germânicos e seus descendentes.

Epistemologia do patrimônio: entre sacralidade e secularização

  • Euler R. Westphal, Dr(a), eulerrw@brturbo.com.br
  • Angelita Borba, Graduando, angelitaborba@hotmail.com
  • Patrícia Jusviack, Graduando, eu_pathi@hotmail.com
  • Gilmar da Silva Ferreira , Graduando, msgilmar@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Patrimônio cultural, simbólico, secularização

Epistemologia do patrimônio: entre sacralidade e secularização

A partir do delineamento teórico e metodológico do presente projeto, entendemos que as teias de significado são tanto o pressuposto como o núcleo de uma cultura, porque são elas que proporcionam sentido para a vida humana. Também em uma sociedade secularizada, as expressões culturais são construídas coletivamente, decorrentes de valores e espiritualidades individuais. Nesse contexto, a tarefa da pesquisa, em especial, é de compreender e explicar as teias de significados em torno das quais se organizam as culturas. Essas teias do simbólico também são de natureza simbólica. Considerando que são as redes do simbólico que proporcionam norte à vida humana, a teologia é chamada à interpretação dessas teias. O patrimônio cultural tangível, material, é a objetivação de todos os complexos e mútuos processos da convivência humana. A cultura se edifica por meio dos vínculos sociais, da construção de sentido, dos valores éticos e dos projetos de vida. A pesquisa sobre cultura, ética e bioética tem como objetivo uma abordagem interdisciplinar. Assim, busca-se um entrelaçamento de diferentes autores e de distintas áreas do conhecimento. A hermenêutica do patrimônio cultural proporciona uma análise do processo de secularização na modernidade, que se observa pela perda da memória do que foi considerado sagrado. Segundo Nora, “acumular religiosamente” as memórias, por meio de algum vestígio do passado perdido, é expressão desse processo de secularização.

Escotismo: juventudes, gênero e currículo

  • Eloyse Caroline Davet, Graduando, eloysedavet@yahoo.com.br
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquelsenvenera@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Currículo, Juventude, Genero

A pesquisa em tela tem o Movimento Escoteiro como foco e apresenta: uma narrativa histórica sobre sua fundação e os interesses que permearam essa iniciativa; a forma como ele aborda as construções dos gêneros dentro dos Grupos Escoteiros; seu posicionamento enquanto um movimento juvenil e suas intenções enquanto formador de um currículo de educação não formal. Ao iniciar essa pesquisa não se possuía uma quantidade expressiva de fontes, entretanto ao longo do seu desdobramento foram vislumbrados alguns estudos que vêm sendo elaborados acerca de todos os temas contemplados nessa pesquisa, bem como o interesse do próprio Movimento Escoteiro em discutir as principais questões em que o país se pauta na atualidade, educação e gênero. É a partir da problemática do posicionamento da União dos Escoteiros do Brasil sobre as formações e inserção dos diferentes gêneros no Escotismo, que a pesquisa foi levantando algumas questões: o Movimento Escoteiro está preparando os seus membros para casos como esses? Ou melhor reformulando a pergunta, o Movimento Escoteiro está discutindo isso com seus membros, adultos e juvenis?! Vale lembrar o artigo número 4 da Lei Escoteira “O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros”. Para que fosse possível estabelecer as análises durante a pesquisa, a metodologia que fundamentou teoricamente foi a Análise do Discurso, de Michel Foucault em que através da busca por fontes de pesquisa em três diferentes arquivos históricos ocorreu um confronto com os dados obtidos através dos manuais escritos pela União dos Escoteiros do Brasil – UEB – e também por meio de livros escritos por B.P. Foi, muitas vezes, conflitante perceber o posicionamento da UEB frente às questões propostas, pois seus discursos, ainda em análises, apontam discrepâncias de linguagem e também direcionam a pesquisa por outros caminhos de análise. Entretanto conclui-se que a co-educação escoteira vem acontecendo, porém as discussões de gênero se pautam na lógica binária, não dialogando com as questões LGBT’s. Ao se pensar nos sentidos de currículo que são propostos pelo Escotismo, estes vêm sendo refletidos e aprimorados em congressos – nacionais e mundiais – entretanto ainda na estética de formação de uma geração “salvadora e emancipatória”.

Etnicidade e Paisagem Costeira dos povos pré-coloniais da Costa Leste de São Francisco do Sul

  • Dione da Rocha Bandeira, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com
  • Maria Cristina Alves, MSc, mariacristinaalves22@gmail.com
  • Graciele Tules de Almeida, E, gracitules@gmail.com
  • Júlio César de Sá, E, jcsarqueo@gmail.com
  • Magda Carrion Bartz, E, magdacarrion@brturbo.com
  • Jessica Ferreira, Graduando, jessicaferreira@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: sambaquis, paisagem, etnicidade

Pretende-se apresentar os resultados preliminares do projeto Cultura Material e Patrimônio Arqueológico Pré-Colonial da Costa Leste da Ilha de São Francisco do Sul/SC - Contribuição para uma Arqueologia da Paisagem Costeira e Estudos de Etnicidade. Está vinculado ao Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da Univille na linha Patrimônio e Sustentabilidade e conta com financiamento da FAPESC. O projeto tem como objeto o conjunto de 30 sítios localizados nessa área, composto em sua maioria por sambaquis, com um sambaqui em abrigo, duas ocorrências com cerâmica Jê em camada superficial e uma oficina lítica de polimento. Os sítios conhecidos estão alinhados no sentido norte sul, assentados sobre cordões de dunas ou afloramentos rochosos e apresentam dimensões que variam entre 2 m a 25 m de altura. Dois sambaquis, Enseada I e Bupeva II, situados nos extremos norte e sul da área, respectivamente, foram alvo de pesquisas (TIBURTIUS, 1997; BECK, 1972, BANDEIRA, 1992 e 2004, ALMEIDA, 2015). Há dois sambaquis tradicionais datados em 3.850 ± 200 e 3.600 ± 180 anos AP e dois com cerâmica sendo os horizontes sem cerâmica datados em 3.920 ± 40 e 2.325 ± 25 e os cerâmicos em 1.390 ± 40 anos AP e 375 ± 40 anos. Com abordagem teórica pautada na Arqueologia da Paisagem Costeira e da Etnicidade, busca-se propor um modelo interpretativo sobre a identidade destes grupos, a partir do conceito de etnicidade, o modo como os grupos se instalaram na região, em que momento, em que ambiente, e as relações que estabelecerem entre si e com o ambiente. A metodologia envolve pesquisa sobre as intervenções históricas nos sítios, sondagens nos sítios tendo em vista a caracterização da matriz arqueológica e a coleta de amostras para datação, escavação do sambaqui em abrigo, reestudo das coleções dos sambaquis Enseada I e Bupeva II (zoo e arqueometria) e caracterização geoarqueológica da área com base em dados disponíveis. Até o momento foram realizadas sondagens em 11 sambaquis e iniciado a escavação do abrigo Casa de Pedra. Deste sítio deu-se início aos estudos de zooarqueologia e realizada duas datações cujo resultado apontam ocupação deste abrigo em 4.460 ± 30 e 5.470 ± 30 anos AP.

Apoio / Parcerias: FAP/Univille FAPESC

Exílio da língua alemã – hibridismo de identidades culturais entre descendentes de alemães em Joinville/SC

  • Jade Grosskopf, Graduando, jadegrosskopf@hotmail.com
  • Taiza Mara Rauen Moraes , Dr(a), moraes.taiza@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Memórias, História Oral, Deslocamentos identitários e linguísticos

A pesquisa é dirigida para a compreensão de fatores de mudanças em sujeitos que viveram sob a égide do período em que vigorou a Campanha de Nacionalização na Era Vargas. A problemática recortada abrange questões históricas, linguísticas e relacionadas às transformações e deslocamentos identitários referentes à preservação da germanidade entre seus descendentes, e a emergência de um aspecto mítico nessa relação. As investigações resultam do Grupo de Pesquisa Imbricamentos de Linguagens - Linha Patrimônio Cultural e Memória Social - MPCS. O referencial linguístico é analisado a partir de ideologias que afloram conflitos demonstrando o hibridismo e a diversidade cultural como fatores preponderantes na contemporaneidade. A metodologia adotada foi a História Oral para a realização das entrevistas a um subgrupo do Programa Matura(i)dade da UNIVILLE – 2014, com perfil de descendência germânica. Os conceitos norteadores foram de Alberti (1990, 2003); Bakhtin (1986); Barthes (1989); Canclini (2008); Castilho (2013); Durkheim (1983); Eagleton (2011); Foucault (2002, 2010); Ricoeur (2007); Seyferth (1981).

Inserção profissional do professor com deficiência: a realidade de cada um

  • Ana Beatriz Stange, Graduando, ana_b_12_@hotmail.com
  • Sonia Maria Ribeiro, Dr(a), soniaproesa@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Inserção profissional, Professor com deficiência, Inclusão

Esta pesquisa teve como objetivo investigar as experiências dos professores com deficiência quando na sua inserção profissional. É uma investigação de abordagem qualitativa, utilizando a entrevista semiestruturada como instrumento de coleta de dados afim de identificar as experiências dos professores com deficiência na inserção profissional, se houve algum impacto por parte dos integrantes da escola, e como os demais professores entendem a sua inclusão. Compreende-se que a inserção na docência se caracteriza por um período de conflitos e aprendizagens intensas em contexto geralmente desconhecido e durante o qual os professores iniciantes devem adquirir conhecimento profissional além de conseguir manter certo equilíbrio pessoal. (MARCELO GARCIA,1999). Ainda são escassos os estudos sobre como pessoas com deficiência analisam seu próprio processo de inclusão/exclusão nos seus locais de trabalho. Para Caiado (2013) o conceito de deficiência é historicamente sinônimo de incapacidade e vulnerabilidade, o estigma da inferioridade na relação com pessoas não deficientes acompanha e constitui o imaginário social e institucionaliza práticas sociais que segregam e marginalizam. Com essas representações, a pessoa com deficiência precisa permanentemente provar suas potencialidades. Seis professores com deficiência, egressos dos cursos de licenciatura da Univille, se constituíram sujeitos dessa pesquisa. Destes, cinco possuem deficiência física e um possui deficiência visual. Os professores atuam na educação básica na cidade de Joinville e advém de escolas do estado e do município. Os resultados prévios dessa pesquisa evidenciam que as escolas onde esses docentes trabalham têm um grande caminho a percorrer para que esses professores sejam incluídos adequadamente nos seus espaços profissionais, como: acessibilidade arquitetônica, tecnologia como recurso didático, apoio pedagógico e acessibilidade para os docentes com deficiência física. Os dados evidenciam que os professores contam com atitudes de respeito de seus alunos e gestores, e que isso é fundamental para que eles se sintam incluídos. E que há desafios que estão relacionados com a aprendizagem dos alunos, e com o olhar do outro que por vezes o considera incapaz.

Memórias Múltiplas e Patrimônio Cultural em rede: o registro (auto) biográfico diante da ameaça da perda

  • Camila Haas, Graduando, camilynhah@hotmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Graduando, raquelsenvenera@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Memória, (auto)biografias

Trata-se de uma pesquisa que busca registrar e organizar em rede as Histórias de vida de pacientes acometidos pela Esclerose Múltipla, em Joinville e região, em uma aposta de que o registro (auto) biográfico se configure uma produção heurística diante da ameaça da perda da memória. Se propõe contribuir para articular e fortalecer duas tendências que atravessam as trajetórias de pesquisa com essa característica: (i) a centralidade e valorização da História de Vida de pessoas comuns como Patrimônio Cultural e (ii) a compreensão de que a (auto) biografia apresenta desafios metodológicas no fazer pesquisa que demandam necessariamente diálogos interdisciplinares. A Esclerose Múltipla, EM, é uma doença neurológica crônica cujas características são imprevisíveis. É comum que os pacientes relatem diferentes sintomas e essa variação é causadora de uma incerteza bastante grande, ou seja, nunca se sabe o próximo evento. Ao propor a organização e consolidação de uma rede de Histórias de Vida de pacientes portadores de Esclerose Múltipla de Joinville e região, essa pesquisa se compromete na comunicação dessas histórias como patrimônios culturais, além de apostar em um diálogo articulado e sistemático com saberes das áreas humanas e da saúde. A experiência compartilhada nesse trabalho teve como objetivo transcrever as Histórias de Vida orais de pacientes com Esclerose Múltipla disponibilizando-as em forma de textos. A metodologia foi orientada pela História Oral, entendida como uma abordagem ampla, como intepretação das histórias e culturas em processo de transformação, por intermédio da escuta às pessoas e do registro das histórias de suas vidas. A principal habilidade exigida ao pesquisador é a escuta das reconstruções de experiências narradas pelos entrevistados. A memória como recriação da experiência de vida que traz à tona as significações, os sentidos de identidade, alteridade, pertencimentos, mas também medos, frustrações e expectativas de futuros. Ao propor a organização e consolidação de uma rede de Histórias de Vida de pacientes portadores de Esclerose Múltipla de Joinville e região, essa pesquisa se comprometeu na comunicação dessas histórias como patrimônios culturais, além de apostar em um diálogo articulado e sistemático com saberes das áreas humanas e da saúde. Essa problemática aposta na potencialidade epistemológica dos mecanismos (auto) biográficos e na defesa das Histórias de Vida como Patrimônios Culturais e no sonho político a que nos fala Paul Thompson “Nunca se deve subestimar o poder do compartilhamento da experiência humana” (THOMPSON, 2006. p. 41).

Apoio / Parcerias: ARPEMJ Museu da Pessoa

MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS (CAUSAS E EFEITOS) E SEUS IMPACTOS EM JOINVILLE E REGIÃO

  • Paulo Ivo Koehntopp, Dr(a), pauloik@uol.com.br
  • Kauê Klimesch Canuto, Graduando, kaue_canuto@hotmail.com
  • Isabela do Amarante, Graduando, isa.amarante@hotmail.com
  • Francine Emanuela Vieira, Graduando, francineemanuela@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Governança Climática, Mudança Climática, Patrimônio Cultural

O tema da mudança climática é, hoje, um dos maiores desafios da civilização, com impactos diretos sobre a vida humana no planeta e na utilização dos recursos naturais nele existentes. Contudo, em que pese haver crescente consenso científico e político a respeito da gravidade desses assuntos, ainda não estão definidas nem consensuadas a governança e a governabilidade relativas a eles. Apesar das discussões e articulações internacionais que mostram os rumos gerais a serem seguidos pelos governos nacionais no enfrentamento das mudanças climáticas globais, é nas cidades, nos governos locais, que as ações para a adaptação ou mitigação desse fenômeno deverão ser primeiramente implementadas para que realmente surtam efeito e sejam incorporadas às práticas diárias da população. A cidade de Joinville, em Santa Catarina, já possui sérios problemas com relação às adversidades climáticas, principalmente inundações e deslizamentos. Tais problemas, conjugados com a falta de planejamento urbano integrado às variáveis de ordem climática e às zonas de risco de ocupação, além de uma prática instalada nos governos de tratar as questões e/ou problemas geralmente de forma pontual e localizada, sem percebê-los em seu contexto maior de tempo e espaço, poderiam, diante da questão, colocar em risco o cidadão joinvilense. Neste contexto, este trabalho pretende analisar as causas e os efeitos das mudanças climáticas globais sobre Joinville, bem como a governança climática, com o intuito de verificar se a cidade está devidamente preparada ou se preparando para o enfrentamento da questão, e a consequente preservação do seu patrimônio cultural e o desenvolvimento sustentável. A elaboração do presente trabalho passou pela realização de revisão bibliográfica sobre o tema das mudanças climáticas globais. Seguiu-se coleta de dados (percepções, reflexões, posicionamento e propostas de ações frente ao problema) dos atores, via entrevista gravada do tipo estruturada, por meio de questionário realizado face a face. Conclui-se que a cidade não está preparada nem se preparando coordenada e adequadamente para o enfrentamento das mudanças climáticas, seja em termos de políticas públicas ou de infraestrutura.

Museu Casa Fritz Alt: arquitetura do museu e a representação do “estrangeiro” em Joinville

  • Karine Bastos de Carvalho, Graduando, karine.carvalho.018@hotmail.com
  • Sandra Paschoal Leite de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Representações, Museu Casa Fritz Alt, Arquitetura

Esta pesquisa de iniciação cientifica – artigo 170 está vinculada ao projeto guarda chuva ´’O Brasil no estrangeiro e o estrangeiro no Brasil: museus e representações’’ e ligada ao Grupo de Pesquisa Estudos Interdisciplinares em Patrimônio Cultural. Pretende contribuir para a pesquisa de mestrado denominada ‘’Daqui ou de Fora? Representações sociais sobre joinvilenses nos museus de Joinville‘’, que tem como objetivo compreender quais são os joinvilenses representados nas exposições de longa duração dos três museus mais visitados da cidade de Joinville, tendo como foco específico o Museu Casa Fritz Alt. O seu objetivo principal é levantar subsídios históricos e arquitetônicos sobre esse patrimônio. O Museu Casa Fritz Alt foi criado em 1975, na casa do próprio artista construída na década de 1940,no seu acervo contém obras e moldes resultantes de sua carreira artística e objetos do seu uso pessoal. Até o presente momento foram realizadas as seguintes atividades: levantamento e pesquisa bibliográfica em livros e periódicos referentes ao tema proposto, partindo primeiramente de leituras referentes à história de Joinville e da arquitetura da cidade, assim como das áreas da memória, museus, representações e patrimônio. Além disso, foram feitas pesquisas e visitas, in loco ou online, ao Arquivo Histórico de Joinville e à Coordenadoria de Patrimônio Cultural do município na busca de informações sobre o processo de tombamento do Museu Casa Fritz Alt. Para a compreensão da arquitetura do museu selecionado, além da visita in loco, foram utilizados documentos de arquivos tais como plantas, documentos escritos e fotografias, além de medições e visitas aos locais a serem estudados. Fritz Alt foi o primeiro artista reconhecido de Joinville e diversas de suas obras tornaram-se marcos na cidade. A casa que abriga o museu foi inspirada em modelos arquitetônicos de casas na República Weinar. Umas peculiaridades do Museu Casa Fritz Alt é que seu projeto arquitetônico foi inspirado em esboços do próprio artista. Para o registro dos estudos utilizou-se programas de representação gráfica como o AutoCAD e SketchUp (programas de modelo em 3D).

NÓS E AMARRAS DAS FIBRAS VEGETAIS DO SAMBAQUI CUBATÃO I, ETNOARQUEOLOGIA E ARQUEOLOGIA EXPERIMENTAL.

  • Júlio César de Sá, E, jcsarqueo@gmail.com
  • Dione da Rocha Bandeira, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: sambaqui, fibras, Cubatão I

Esta comunicação, relacionada à pesquisa realizada na Especialização em Arqueologia da Univille, apresenta os resultados das análises de artefatos confeccionados com fibras vegetais, conservados encharcados, coletados na base do Sambaqui Cubatão I (3.000 a 2.500 AP), datada em 3000 anos AP, a partir de projeto iniciado em 2006 (BANDEIRA et al 2009). Nesta camada foram coletados trançados, cordas, nós e estrutura de madeiras unidas por fibras vegetais de Philodendron corcovadensis, pertencentes à família Aracea (PEIXE, et al, 2007), conhecido popularmente por cipó imbé. Foram encontrados dez tipos de nós, corda torcida de três fibras e acabamento tipo falcaça na ponta das cordas. A interpretação destes artefatos, empregando metodologias da etnoarqueologia e arqueologia experimental, reforça o entendimento de que os habitantes do Sambaqui Cubatão I, eram pescadores, navegadores, construtores, realizavam trabalhos em equipe, e que existiam, provavelmente, atividades diferentes para homens e mulheres. Vale destacar o pioneirismo desta metodologia de pesquisa sobre fibras vegetais e em especial oriundas de um sambaqui. Parte das informações comprovam hipóteses formuladas por arqueólogos e abre espaço para novas interpretações sobre a comunidade sambaquiana da região da baia da Babitonga.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

O letramento na esfera familiar: pistas sobre as atividades de leitura e escrita dos estudantes de Ensino Médio da UNIVIILLE em São Bento

  • Simone Lesnhak, Dr(a), si.lk@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: Letramento, jovens , influência da família

O Museu da Paz: memória e história sobre a Segunda Guerra Mundial e a Força Expedicionária Brasileira, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina.

  • Wilson de Oliveira Neto, MSc, wilhist@gmail.com
  • Gabriela Lennert Alves da Silva, Graduando, gabylennert@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Segunda Guerra Mundial, Força Expedicionária Brasileira, Museu da Paz

O objetivo deste trabalho é analisar a memória e a história da Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e da Força Expedicionária Brasileira - FEB através do Museu da Paz - MPZ, localizado no município de Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Para isso, foi adotada como metodologia de pesquisa a descrição e contextualização da exposição permanente do MPZ, assim como a história do próprio museu, conforme orientam Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses e Marilia Xavier Cury. As fontes consultadas foram de natureza arquivística e oral, tais como atas de reuniões, depoimentos orais, estatutos, fotografias, recortes de jornais e a própria exposição permanente do Museu da Paz - seus objetos e seus textos escritos e visuais. O Museu da Paz foi criado em 2009, a partir da reestruturação do antigo Museu do Expedicionário, fundado em meados da década de 1990, em Jaraguá do Sul. Ele é considerado um museu histórico, cujas origens estão relacionadas à Fundação Cultural de Jaraguá do Sul e da seção jaraguaense da Associação Nacional dos Veteranos da FEB - ANVFEB. Através de uma exposição histórica, composta por objetos e textos escritos e visuais, o MPZ problematiza os conceitos de cidadania e paz, assim como discute a memória e a história da Segunda Guerra Mundial e da FEB, em particular, um grupo de veteranos denominado "pracinhas do Vale do Itapocu".

Apoio / Parcerias: Fundo de Amparo à Pesquisa - FAP/UNIVILLE. Museu da Paz - MPZ.

O objeto na arte joinvilense

  • Mayara Mendes Dorada, Graduando, mayaradorada@hotmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: arte contemporânea, objeto, Joinville

Esta pesquisa tem por objetivo refletir sobre produção artística contemporânea joinvilense tendo por foco o objeto como expressão de arte, a partir da produção de Cyntia Werner, Priscila dos Anjos e Ricardo Kolb Filho. O ponto de partida foi o estudo do contexto histórico no qual se iniciou o gesto de apropriação pelos artistas do ocidente no século XX. Já especificamente em Joinville, é possível observar, através das coletivas e exposições, que o cenário artístico local se torna cada vez mais aberto ao gesto de apropriação como prática artística. Como exemplo, pode-se tomar o trabalho de Schwanke, primeiro artista em Joinville a fazer uma intervenção por meio de apropriação de objetos, o que ocorreu em 1989, no Museu de Arte de Joinville e em alguns espaços públicos. Para o desenvolvimento desta pesquisa, foram utilizadas referências bibliográficas sobre a história da arte e autores que articulam questões referentes à arte contemporânea. Também foram feitos estudos e registros de documentos do acervo do Museu de Arte de Joinville – MAJ, referentes aos artistas pesquisados e a Coletiva de Artistas de Joinville. Além disso, foram realizadas entrevistas com os artistas via e-mail e conversas em exposições. Dentre os trabalhos de Cyntia Werner, é possível perceber que sua produção surge da apropriação de elementos de jogos e brinquedos, que a partir da intervenção da artista perdem sua função impossibilitando o jogo. No trabalho de Ricardo Kolb, a apropriação se da por objetos industrializados presentes no cotidiano, instalados de forma que recebem um novo sentido e discutam a relação do homem com o mundo. Já Priscila dos Anjos, tem um trabalho auto-referencial e se apropria de objetos dos quais tem afinidade. Como resultado está sendo desenvolvido um site com informações sobre os três artistas e suas produções em Joinville, o qual foi pensado como ferramenta educativa e como uma forma de aproximar o público da produção artística local. Também será inserido no mesmo o registro digital da capa de todos os catálogos das coletivas de Joinville que acontecem desde 1971 até o ano de 2015. Foi possível constatar que Joinville tem uma grande geração de artistas que utilizam-se da apropriação de objetos na sua produção e também o quanto a coletiva de artistas é importante para a produção local, uma vez que por meio dela os artistas ganham espaço para seus trabalhos e são reconhecidos.

O período de graça e a proteção patentária no Brasil

  • Aline Samira Pereira Farhat, Graduando, alinefarhat@hotmail.com
  • Andréa Maristela Bauer Tamanine, Dr(a), atamanine@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: patentes, período de graça, produção científica

A falta de conhecimento acerca da Lei de Propriedade Industrial leva muitos pesquisadores a divulgarem dados de suas pesquisas em congressos, seminários ou em publicações em revistas e periódicos, pensando terem o produto dos seus estudos protegido apenas por serem os primeiros a divulgar as informações. Este pensamento equivocado, na verdade, torna a pesquisa vulnerável para que terceiros entrem com os pedidos de patente sobre as descobertas. O presente trabalho buscou estudar formas para proteger as descobertas e invenções produtos de pesquisas científicas garantindo os direitos intelectuais aos autores destas pesquisas. Neste sentindo, o período de graça age como uma proteção ao direito do autor do invento, permitindo-lhe que, mesmo após ter divulgado informações acerca de suas pesquisas, ainda possa adquirir a patente de seu invento em seu nome. O período de graça apresenta uma exceção a esta regra no Brasil e aparece como uma garantia de proteção ao autor do invento. O período de graça assegura que as divulgações feitas pelo próprio inventor ou por terceiros, com base em informações obtidas direta ou indiretamente do inventor, serão consideradas como novidade a título de reivindicação de patente, desde que tenham sido realizadas até 12 (doze) meses antes da data do depósito ou da prioridade reivindicada. Alguns países não reconhecem o período de graça ou utilizam períodos de tempo diferentes para o mesmo. O objetivo desta análise se voltou as aspectos descritivos desse processo a fim de torná-lo conhecido, porém advertir-se sobre suas fragilidades, diante do cenário complexo de formas e condições de proteção intelectual nas universidades brasileiras. Para tal, utilizou-se de pesquisa bibliográfica e documental. O trabalho faz parte das atividades do projeto Paten4, que tem como principal foco a análise de aspectos atuais de redação, denominação, classificação, organização, submissão e trâmite o documentos de patentes perante o INPI. O INPI é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, responsável por registros de marcas, concessão de patentes, averbação de contratos de transferência de tecnologia e de franquia empresarial, e por registros de programas de computador, desenho industrial e indicações geográficas, de acordo com a Lei da Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/96) e a Lei de Software (Lei nº 9.609/98) e é instituição parceira do projeto. Como principal resultado destaca-se a produção de material informativo sobre o processo e o apoio aos trabalhos do Núcleo de Inovação e Propriedade Intelectual da Univille.

Apoio / Parcerias: Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI

O período de graça no processo de proteção patentária

  • Aline Samira Pereira Farhat, Graduando, alinefarhat@hotmail.com
  • Andréa Maristela Bauer Tamanine, Dr(a), atamanine@yahoo.com.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: patentes, produção científica, período de graça

A falta de conhecimento acerca da Lei de Propriedade Industrial leva muitos pesquisadores a divulgarem dados de suas pesquisas em congressos, seminários ou em publicações em revistas e periódicos, pensando terem o produto dos seus estudos protegido apenas por serem os primeiros a divulgar as informações. Este pensamento equivocado, na verdade, torna a pesquisa vulnerável para que terceiros entrem com os pedidos de patente sobre as descobertas. O presente trabalho buscou estudar formas para proteger as descobertas e invenções produtos de pesquisas científicas garantindo os direitos intelectuais aos autores destas pesquisas. Neste sentindo, o período de graça age como uma proteção ao direito do autor do invento, permitindo-lhe que, mesmo após ter divulgado informações acerca de suas pesquisas, ainda possa adquirir a patente de seu invento em seu nome. O período de graça apresenta uma exceção a esta regra no Brasil e aparece como uma garantia de proteção ao autor do invento. O período de graça assegura que as divulgações feitas pelo próprio inventor ou por terceiros, com base em informações obtidas direta ou indiretamente do inventor, serão consideradas como novidade a título de reivindicação de patente, desde que tenham sido realizadas até 12 (doze) meses antes da data do depósito ou da prioridade reivindicada. Alguns países não reconhecem o período de graça ou utilizam períodos de tempo diferentes para o mesmo. O objetivo desta análise se voltou as aspectos descritivos desse processo a fim de torná-lo conhecido, porém advertir-se sobre suas fragilidades, diante do cenário complexo de formas e condições de proteção intelectual nas universidades brasileiras. Para tal, utilizou-se de pesquisa bibliográfica e documental. O trabalho faz parte das atividades do projeto Paten4, que tem como principal foco a análise de aspectos atuais de redação, denominação, classificação, organização, submissão e trâmite o documentos de patentes perante o INPI. O INPI é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, responsável por registros de marcas, concessão de patentes, averbação de contratos de transferência de tecnologia e de franquia empresarial, e por registros de programas de computador, desenho industrial e indicações geográficas, de acordo com a Lei da Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/96) e a Lei de Software (Lei nº 9.609/98) e é instituição parceira do projeto. Como principal resultado destaca-se a produção de material informativo sobre o processo e o apoio aos trabalhos do Núcleo de Inovação e Propriedade Intelectual da Univille.

Apoio / Parcerias: INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

O Vestir e o vestuário na Joinville oitocentista

  • Ruth Pavanello Bianchini, Graduando, ruthpavanellobianchini@gmail.com
  • Sandra Paschoal Leite de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Indumentária, Representações, Patrimônio Cultural

Roupas e adornos estão presentes em todas as sociedades e a estes objetos culturais é atribuída grande importância. Problematizar a indumentária a partir de uma perspectiva interdisciplinar contribui para uma compreensão mais profunda sobre as relações sociais e processos históricos de determinada sociedade. Esta pesquisa de iniciação científica, artigo 171, está sendo desenvolvida entre 2014 e 2016 e tem como principal objetivo identificar os diferentes tipos de indumentária e os modos de utilizá-la existentes em Joinville no século XIX. Está vinculada ao projeto de pesquisa “O Brasil no estrangeiro e os estrangeiros no Brasil: Museus e Representações” e ligada ao Grupo de Pesquisa de Estudos Interdisciplinares em Patrimônio Cultural. De caráter qualitativo, esta pesquisa teve início com uma revisão bibliográfica relacionada à História da imigração para o Brasil e em especial para Joinville; assim como sobre indumentária, museus, fotografias e representações. Por meio dessa revisão foi possível entender como se deu a ocupação na cidade, as dificuldades e realidades encontradas no século XIX, estabelecendo o contexto com o qual se iniciou a coleta de dados específicos sobre a indumentária utilizada no período e descrita na bibliografia local ou nacional. Posteriormente foi feita a pesquisa em documentos bibliográficos e iconográficos em bibliotecas, Museus e Arquivo Histórico da cidade, a fim de subsidiar o tema da pesquisa. A pesquisa iconográfica resultou num banco de dados sobre a indumentária de Joinville no século XIX onde estão identificados e descritos os diferentes tipos e usos da indumentária. Pretende-se mostrar os resultados obtidos por meio de um catálogo com descrição, gráficos e ilustrações. Para o desenvolvimento do mesmo estão sendo utilizados, além de pesquisas bibliográficas e documentais, softwares para a ilustração de esboços de croquis sobre a indumentária da Joinville oitocentista. A pesquisa, além de apresentar um levantamento sistemático a respeito da indumentária utilizada em Joinville no século XIX, contribui para uma compreensão de questões sociais, politicas e econômicas da cidade.

Orientações sobre a saúde e qualidade de vida: a importância dos eventos de letramento para a ampliação do conhecimento

  • Guilherme Eiselt, Graduando, guilherme.eiselt@hotmail.com
  • Simone Lesnhak, Dr(a), si.lk@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, São Bento do Sul, Brasil

Palavras-chave: Qualidade de vida, Saúde, Exercícios físicos no cotidiano

O projeto de extensão desenvolvido com estudantes das escolas públicas de São Bento do Sul, do Curso de Educação Física da UNIVILLE São Bento é intitulado Orientações sobre a saúde e qualidade de vida: a importância dos eventos de letramento para a ampliação do conhecimento e tem como objetivo principal ampliar o conhecimento dos jovens acerca da saúde e da qualidade de vida. Esse projeto é desenvolvido com 140 alunos das escolas Celso Ramos e Frederico Fendrich. As atividades do projeto (em andamento) desenvolvidos neste ano foram: pesquisas bibliográficas sobre o tema; encontros mensais para orientações dos grupos; pesquisa sobre o perfil dos estudantes participantes do projeto; avaliação física; atividades práticas. Os encontros teóricos versaram sobre temas relacionados à definição de qualidade de vida e como ter uma vida de qualidade; alimentação saudável e atividades físicas; de acordo com seu perfil de vida, adequar exercícios físicos em sua rotina diária, sendo em academias ou em suas próprias casas. As atividades práticas envolveram ginástica laboral, musculação, dança e atividades físicas no dia a dia. A avaliação física dos estudantes envolveram IMC, força abdominal, flexibilidade e força dos membros superiores. As pesquisas sobre o perfil dos estudantes buscaram levantar dados acerca das atividades físicas que os estudantes desenvolvem e sua frequência, bem como levantar as características de sua alimentação, se é saudável ou não. Os principais resultados obtidos com o desenvolvimento do projeto diz respeito à importância da mudança de hábitos alimentares dos estudantes, que consomem, principalmente, alimentos não saudáveis, assim como estimular a prática de atividade física, já que o perfil do jovem participante é de indivíduo mais caracteristicamente sedentário.

Políticas Públicas do Patrimônio Natural e Unidades de Conservação

  • Luana Varela Ferreira, Graduando, luana_v_ferreira@hotmail.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: Patrimônio Natural, Políticas Públicas, Sustntabilidade

O presente artigo versa sobre as Políticas Públicas do Patrimônio Natural com base na lei 9.985 de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, será explanado aqui os objetivos da SNUC, como é criada as categorias de unidades de conservação, sua gestão, e outras peculiaridades. Também será discutido a lei Estadual (SEUC) de Santa Catarina, lei nº 11.986, de 12 de novembro de 2001, e em seguida será apresentado as áreas do município de Joinville protegidas, com base na lei ordinária n°1773 de 1980. É importante ressaltar que com o intuito de uma maior proteção ambiental foram criadas leis que vem a garantir que o patrimônio natural seja preservado, em especial a lei n° 9.985, de 18 de Julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. Esta é a lei que protege o patrimônio ambiental no Brasil, pois, proteger o meio ambiente é, também, uma forma de proteger a vida humana, envolve todos os recursos naturais do globo, inclusive o ar, a água, a terra, a flora e a fauna. A metodologia da pesquisa realizada é bibliográfica e documental (legislações). Neste estudo, conclui-se que as Unidades de Conservação são protegidas por intervenção do Poder Público, constituindo-se verdadeiros patrimônios paisagísticos, pois quando há uma área a ser preservada, não há motivo para não torná-la uma área de proteção ambiental, e essas áreas podem se tornar patrimônio por iniciativa particular, como no caso das Reservas de patrimônio natural, onde o próprio proprietário protege as suas áreas naturais.

Apoio / Parcerias: Univille

PROTEÇÃO JURÍDICA DO PATRIMÔNIO GENÉTICO E CONHECIMENTO TRADICIONAL BRASILEIRO.

  • Tcharla Cristina Cordeiro Sonai, Graduando, xalasonai@gmail.com
  • Patrícia de Oliveira Areas, Dr(a), patricia.areas@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: patrimônio genético, conhecimento tradicional, patentes

Há muito tempo se discute quanto a proteção e o uso adequado dos recursos naturais, mas a proteção no âmbito econômico e soberano de seus detentores é recente, indagada com fervor a partir da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), e que vem tomando espaço nas agendas internacionais. O Brasil, considerado um dos países megadiversos do mundo, também necessita de uma legislação eficaz e equitativa, já que possui uma riqueza em fauna, flora e conhecimentos tradicionais imensurável. O processo de discussão interno de uma legislação sobre meio ambiente e diversidade teve seu início em 1995 com um projeto de Lei, precedido por vários outros, inclusive um do Poder Executivo Federal, resultando em uma proposta de emenda à Constituição Federal, a PEC 618/98, que acrescentaria um inciso em seu artigo 20. Enquanto a proposta de emenda à Constituição continua parada desde 2011, os acessos aos recursos genéticos ficam sob uma hesitação. Diante deste cenário, e sob questionamentos da sociedade em 2001, o governo formulou uma Medida Provisória que passou a regulamentar o acesso ao patrimônio genético nacional, a MP 2.186-16/01. Agora, quase completando 15 anos depois, reeditada por diversas vezes, esta MP foi substituída pela Lei 13.123 que foi sancionada em 20 de maio de 2015, tão polêmica quanto a MP, uma vez que a sociedade questiona novamente a eficácia quanto a proteção e repartição dos benefícios do acesso aos recursos naturais e ao conhecimento tradicional. Importante mencionar que com a atual lei, continua sob a responsabilidade do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN) a implementação e a elaboração de normas para completar os pontos que dependeram de norma subsidiária, órgão instituído pela MP supracitada. Contudo, existem avanços, um deles é que o CGEN passa a ter uma nova composição com a referida lei, e a partir desta contará com a participação da sociedade, “em no mínimo 40% (quarenta por cento) dos membros, assegurada a paridade entre setor empresarial, setor acadêmico, populações indígenas, comunidades locais e agricultores tradicionais”. (VASCONCELOS, 2015). Atualmente o acesso se tornou simples e desburocratizado, na expectativa de minimizar a biopirataria. Observa-se que entre os grandes méritos da nova lei, temos a facilitação do acesso para fins de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Agora temos que conhecer a extensão dessa riqueza, a capacidade e o poder socioeconômico da biodiversidade, os países detentores em regra pouco investem no desenvolvimento interno destas pesquisas.

Publicidade e propaganda na contemporaneidade, padrões de beleza, e a influência clássica.

  • Desirrê Lubawski Gruner, Graduando, desirrelg7@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Publicidade, Arte, Padrões de beleza

A partir da análise de campanhas publicitárias que têm referências da arte, esta pesquisa, de natureza bibliográfica e interpretativa das imagens, investiga sobre mensagens nelas veiculadas e a maneira como se dá tal processo. Busca nas imagens das propagandas as relações com movimentos artísticos, a análise de sentidos e significados materializados nas campanhas analisadas. Ao reconhecer tais aspectos, migrados da arte para a publicidade, vê-se que esta segunda, apesar de ser relativamente nova, se comparado á primeira, utiliza-se de mapeamentos muito mais antigos em sua ênfase. Para tanto, as considerações advindas de um estudo histórico da arte, relacionando-as à publicidade ao longo da pesquisa, promoveu bases para então identificar a existência de padrões de beleza impostos pelas campanhas; além da perpetuação de certos valores clássicos na percepção e na idealização da forma física e da beleza humana. A investigação aponta ainda para os possíveis impactos gerados por estas campanhas tanto em seu público alvo quanto em outros que tenham contato com as mesmas, considerando aceitação e formação de opiniões sobre si e sobre os semelhantes. Por fim, serão exibidos pontos de alcance sociais e econômicos notados, demonstrando a abrangência do processo e permitindo ao leitor tanto quanto ao pesquisador compreender e propor-se pontos de vista; e juízo sobre estes.

Theatro Nicodemus e Sociedade Harmonia Lyra: Análise desses palcos como espaços fomentadores do patrimônio musical de Joinville

  • Pedro Romão Mickucz, G, petter_roman@hotmail.com
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), moraes.taiza@gmail.com

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Música, Patrimônio cultural, Linguagens

O presente trabalho traz alguns resultados parciais da pesquisa desenvolvida no Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade – MPCS/UNIVILLE, vinculado ao grupo de pesquisa “Imbricamentos de Linguagens”. A proposta é fazer circular dados da análise das tensões do campo patrimonial partindo-se de produções artísticas e as diferentes linguagens executadas em dois teatros da cidade: Theatro Nicodemus e Sociedade Harmonia Lyra, visto que a história de Joinville é marcada pela colonização e o estabelecimento de diferentes grupos étnicos. Partimos do pressuposto que analisar repercussão dessa diversidade de povos e culturas e as tensões existentes na cidade a partir de meados do século XIX. A metodologia de pesquisa adotada foi a historiográfica documental para decodificar como as experiências, as lembranças de um passado muitas vezes são mitificadas. O recorte visa dimensionar de que forma os bens patrimoniais da cidade interfiram e interferem nas relações sociais, para dimensionar de que forma os bens patrimoniais da cidade interfiram e interferem nas relações sociais. A pesquisa visa construir olhares sobre esses espaços culturais da cidade que serviram de palco de relações e de convívio / conflito; e como relatos de diferentes sujeitos que frequentaram/frequentam esses espaços culturais são constituídos a partir da música instrumental. Assim, a partir de documentos primários disponibilizados por historiadores e registros catalogados no Arquivo Histórico de Joinville, uma análise parcial sobre as produções musicais na cidade pode ser observada.

Apoio / Parcerias: FAP

UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS DE INTELIGENCIA COMPETITIVA PARA TOMADA DE DECISÕES NA ÁREA COMERCIAL.

  • FELIPE RASVEILER BLAU, Graduando, felipe.blau@fabioperini.com
  • Marcelo L De Borba, MSc, borbauniville@gmail.com

Palavras-chave: Competição, Decisão, Inteligência

Objetivo do estudo foi levantar as principais técnicas e métodos de sistemas de inteligência competitiva aplicado em tomadas de decisões na área de vendas e pós-vendas, por intermédio de pesquisa aos mais relevantes trabalhos na área. Avaliar os resultados obtidos nas pesquisas e verificar qual técnica ou método é mais aplicado para uma empresa do seguimento business-to-business. Evidenciar os ganhos que a área comercial pode vir a ter, se suportada com dados de mercado, tendências e previsão de cenários e assim fazer com que desta forma as ações da área deixem de ser reativas, tomando uma postura ativa quando às oportunidades de mercado.