Área 03 - Ciências Humanas e Lingüística, Letras e Artes

Índice

  1. Uma análise de Caio Prado Júnior e a questão agrária brasileira
  2. (Entre)laçando experiências estéticas e educação não formal: imbricamentos para a constituição docente
  3. A compreensão dos direitos fundamentais pelos acadêmicos da Universidade da Região de Joinville - Campus São Bento do Sul
  4. A cultura digital e a prática educativa de professores do ensino médio
  5. A EDUCAÇÃO DOMICILIAR COMO EXPRESSÃO MÁXIMA DA RELAÇÃO PÚBLICO-PRIVADO NA EDUCAÇÃO
  6. A GÊNESE DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O PATRIMÔNIO CULTURAL EM BOMBINHAS – SC
  7. A mulher e a propriedade da terra
  8. A NARRATIVA DAS CASAS ENXAIMEL EM JOINVILLE: MODOS DE MORAR E VIVER POR MEIO DAS ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS
  9. A presença das TDICS (tecnologias digitais de informação e comunicação) na proposta pedagógica do curso de Psicologia nas universidades de Santa Catarina
  10. A PSICOLOGIA HISTÓRICO CULTURAL NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: REVISÃO DA LITERATURA
  11. A QUESTÃO DA DEMARCAÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS EM JOINVILLE E REGIÃO E A REPERCUSSÃO NAS MÍDIAS JORNALÍSTICAS (2015 -2020)
  12. A utilização das redes sociais por imigrantes haitianos: um espaço de resistência?
  13. ACERVOS MUSICAIS E DESCOLONIZAÇÃO NO MUSEU CONTEMPORÂNEO
  14. Aprender inglês como língua estrangeira na educação básica na visão de estudantes com TEA e suas famílias
  15. Aprendizagem baseada em problemas em cursos de Engenharia Civil e de Administração
  16. Aproximações entre história oral e história pública: práticas de ensino, pesquisa e extensão no Laboratório de História Oral e Centro Memorial da Univille
  17. Arquitetura Moderna em Joinville: uma investigação sobre valor e processos de registro
  18. As lápides e os escandinavos: o cemitério do imigrante como local de memória
  19. As prédicas cristãs e a doutrina jesuítica de catequização indígena no período colonial
  20. Atividades de reforço no PIBID: uma tentativa de efetivar o aprendizado de Língua Inglesa com turmas de 6º ano
  21. Aulas remotas em tempos de isolamento social: diretrizes para as práticas digitais do ensino médio em Santa Catarina
  22. Biografias e Formação Docente na Interface com o Campo da Desigualdade Social
  23. Comunicação inclusiva: Uma análise sobre a utilização da Língua Portuguesa pelos imigrantes haitianos
  24. CURRÍCULO DO NOVO ENSINO MÉDIO: ASPECTOS DE UM BALANÇO DE PRODUÇÕES ACADÊMICAS
  25. DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE DE PROFESSORAS INICIANTES E EXPERIENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL ACERCA DA DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA
  26. Ensino Médio em Santa Catarina: soluções digitais em tempos de pandemia
  27. ENTRE COISAS COLECIONADAS E COLEÇÕES MUSEALIZADAS
  28. Entre tramas de tecidos e linhas: a experiência narrativa e as artesanias das memórias
  29. Estado da arte sobre letramento acadêmico no Brasil envolvendo professores formadores de professores
  30. GEOPARQUE “CAMINHO DOS CANIONS DO SUL” – UM OLHAR SOBRE O PATRIMÔNO CULTURAL
  31. GRUPO DE LEITURA E DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: a jornada literária em tempos de isolamento social
  32. Informação e propaganda: construindo laços de geração de conteúdo entre comunidade, empresas locais, estudantes do ensino médio e de graduação
  33. Inovação, patrimônio cultural, habitats de inovação e cidades: o caso do Centro Sapiens, Florianópolis
  34. INTERVENÇÕES EDUCATIVAS PARA PROMOÇÃO DA CULTURA DA PAZ
  35. Linguagem e patrimônio: as narradoras que ecoam memórias sociopolíticas em “A casa dos espíritos”, de Isabel Allende, e em “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior
  36. Memórias da Cidade e Experiências Sociais na Pandemia: uma análise do relato de uma operária industrial
  37. Memórias do trabalho e de trabalhadores sobre o patrimônio industrial:o Moinho Joinville (1970-2021)
  38. Núcleo de Estudos e Atividades em Direitos Humanos (NEADH) e as Redes Sociais
  39. Núcleo de Estudos e Atividades em Direitos Humanos (NEADH) e o Capacitismo
  40. O complexo conjunto arquitetônico do “Le Mont-Saint-Michel et as Baie”: um estudo sobre um patrimônio mundial da UNESCO (1979)
  41. O conceito de cidades inteligentes e a noção de patrimônio mundial da UNESCO: o caso de Brasília (1981-1990)
  42. O Laboratório de História Oral e o Centro Memorial da Univille: atividades de ensino, pesquisa e extensão no contexto pandêmico
  43. O planejamento da prática pedagógica na educação infantil sob a perspectiva do letramento do professor
  44. O reconstruir da natureza: a Floresta da Tijuca e a história do Patrimônio natural no Segundo Império
  45. Papel da Universidade em tempos de Covid-19: análise da narrativa de uma docente universitária (Univille/SC)
  46. PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES: AMÉRICA LATINA E A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM EDUCAÇÃO, TRABALHO E FORMAÇÃO DOCENTE
  47. PRINCIPAIS DESAFIOS JURÍDICOS PARA OS EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO SOCIAL
  48. Projeto Iphan-Pr: acondicionamento de acervo fotográfico para conservação.
  49. Registros do feminino no Brasil do século XIX pelo olhar de Jean-Baptiste Debret
  50. Sistematização da produção documental de um percurso formativo com professores da educação básica de Joinville/SC e região
  51. Tributação de software e serviços na era de cloud computing aplicada aos novos modelos de negócios
  52. Unidades de Conservação em Santa Catarina
  53. VALORES E TRAJETOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL CATARINENSE NO SÉCULO XIX
  54. VESTIMENTAS E IDENTIFICAÇÕES DE GÊNERO
  55. “Castelo Coradelli: impactos, memórias e potencialidade patrimonial”
  56. “O Vôo Sobre o Oceano” de Bertolt Brecht

Resumos

Uma análise de Caio Prado Júnior e a questão agrária brasileira

  • Leyse Rebeca Oliveira Akel , Graduando, leyseakel@hotmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Palavras-chave: História agrária, Caio Prado Júnior, Reforma agrária

A pesquisa tem por objetivo analisar as contribuições feitas pelo intelectual Caio Prado Júnior em seus escritos publicados na Revista Brasiliense na década de 1960. Seus trabalhos nos possibilitam aclarar temas ainda presentes na realidade rural brasileira como a concentração de terras, a reforma agrária e a urgência de mudanças nas relações econômicas no campo. Nesse sentido, a História Agrária tem suma importância para se compreender o Brasil contemporâneo, uma vez que se perpetua a grande exploração dos trabalhadores rurais expropriados do direito à terra. A pesquisa discute através da análise do discurso as ideias e o contexto social, político e econômico que marcaram o tema da reforma agrária no pós-1964. A análise se centra nos escritos publicados na Revista Brasiliense, que posteriormente compuseram o livro A questão agrária (1979). Caio Prado chama atenção para alguns pontos cruciais quando se trata de reforma agrária. Dentre eles, há uma herança colonial nos moldes das relações no campo em que os grandes fazendeiros detêm a posse da terra, e em contrapartida os trabalhadores vivem em situação de miséria. O autor defende que a exploração do trabalho e a concentração da terra foi desenvolvida em grande escala de forma que obrigasse o pequeno agricultor a oferecer sua mão de obra ao proprietário das terras, uma vez que grande parte desses trabalhadores não possuem terras ou se possuíam, era em pequena escala, não sendo suficiente nem mesmo para a subsistência de sua família. Os dados apresentados nos escritos de Caio Prado permitem uma reflexão crítica sobre o contexto social, político e econômico do pós-64, fundamentais para os estudos sobre a posse da terra e da estrutura fundiária. Este estudo pretende contribuir para as análises sobre a posse da terra e os projetos de reforma agrária elaboradas no pós-64. Entendemos que a concentração da terra ainda se mantêm como o nó górdio dos problemas rurais e ambientais no Brasil.

Apoio / Parcerias: CNPq

(Entre)laçando experiências estéticas e educação não formal: imbricamentos para a constituição docente

  • Elaine Laumann, Mestrando(a), elaine.laumann@gmail.com
  • Andresa Gonçalves da Silva, Mestrando(a), andresaedfisica@gmail.com
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), pillotto0@gmail.com

Palavras-chave: experiência estética, constituição docente, educação não formal

A pesquisa (Entre)laçando experiências estéticas e educação não formal: imbricamentos para a constituição docente, é vinculada à pesquisa Educação, Experiência e sensibilidade nas práticas educativas (EDUSENPE) - e ao Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE). O estudo (entre)laça as pesquisas em andamento intituladas ‘O Educador Social: a criança e o adolescente em acolhimento institucional – um olhar sensível’ e ‘Experiências estéticas na dança/educação: imbricamentos na constituição docente’, vinculadas ao Programa de Pós-graduação - Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). Esse resumo decorre da seguinte inquietação: como as experiências estéticas promovidas em espaços não formais de educação influenciam a constituição docente? A fim de buscar respostas para o questionamento, tem-se como objetivo refletir sobre as experiências estéticas em espaços não formais de educação e seus imbricamentos na constituição docente. De cunho qualitativo e natureza bibliográfica, este trabalho está fundamentado em Minayo (2002) e Cruz Netto (2002) no que se refere aos aspectos metodológicos. Para atender o objetivo proposto, norteiam a pesquisa autores como: Larrosa (2014) ao tratar de experiências; Meira (2009) e Meira e Pillotto (2010) no que se refere a experiência estética e as sensibilidades; Vaillant e Marcelo (2015) no que tange às questões da constituição docente e Gohn (2010 e 2015) contribuindo nas questões voltadas à educação não formal. As experiências estéticas proporcionadas aos sujeitos nos espaços de educação não formal deixam marcas, pois afetam, sensibilizam e contribuem com a constituição dos sujeitos e suas subjetividades. Podem também ser um fator importante na constituição docente, mobilizando saberes sensíveis que agregam valores, conhecimentos e diferentes culturas. São percursos que deixam rastros de saberes afetados por um misto de emoções e sentidos. Esse é o lema de Larrosa (2014, p 110) quando afirma que: “[...] o sujeito da experiência não é um sujeito objetivador ou coisificador, e sim um sujeito aberto que se deixa afetar por acontecimentos”. Os afetamentos são pontos sensíveis daquilo que vivemos e imaginamos, são fragmentos (re)significados. Desta forma, como resultado parcial do (entre)laçamento destas pesquisas, verificou-se que as experiências estéticas promovidas em espaços de educação não formal, envolvem cognição e sensibilidade e estão imbricadas nos percursos formativos dos sujeitos e na sua constituição docente. Também, com as pesquisas têm-se a intenção de reforçar a importância de qualificar estudos que valorizam as questões subjetivas voltadas à experiência estética, educação não formal e constituição docente.

Apoio / Parcerias: CAPES PIC PG UNIVILLE

A compreensão dos direitos fundamentais pelos acadêmicos da Universidade da Região de Joinville - Campus São Bento do Sul

  • Betsy Beuther, G, beuther.betsy@gmail.com
  • Eduarda Schmicheck, Graduando, eduardaschmicheck@gmail.com
  • Jorge Rafael Matos, Doutorando(a), jorgematos@univille.br

Palavras-chave: direitos fundamentais, dignidade da pessoa humana, cidadania

Os direitos fundamentais são posições jurídicas concernentes à pessoa, seja em sua dimensão individual, coletiva ou social, consequentemente, ser cidadão em um regime democrático significa possuir um catálogo de direitos, entre os quais, o direito à participação, que desponta como recurso determinante na garantia dos direitos civis, políticos e sociais, de forma a assegurar um Estado voltado ao atendimento do mínimo existencial necessário para uma vida mais digna à sociedade. Entretanto, a participação popular, para ser efetiva, demanda um conhecimento básico que permita ao cidadão construir um quadro referencial do atual cenário brasileiro, e atuar no sentido de exigir que os representantes expliquem as suas ações, mudem sua forma de agir ou mesmo alterem os objetivos das políticas públicas. Sendo assim, este trabalho teve como escopo analisar a percepção que os acadêmicos da Universidade da Região de Joinville, do Campus São Bento do Sul, têm sobre os direitos fundamentais, em especial o princípio da dignidade da pessoa humana. Primeiramente, a pesquisa visou estabelecer um conteúdo básico de conhecimento empírico acerca dos direitos fundamentais, através de revisão bibliográfica nos mais recentes estudos publicados, tendo como alicerce a Constituição Federal. Posteriormente, elaborou-se um questionário de modo a abranger a pluralidade de direitos positivados na Constituição Federal, principalmente os dispostos nos artigos 5º e 6º, que se relacionam com o princípio da dignidade da pessoa humana. Este questionário foi aplicado aos acadêmicos por meio virtual, utilizando-se para tal, a plataforma do Google Forms. Por fim, após a tabulação e análise dos dados coletados, constatou-se que grande parte da população estudada de acadêmicos possui boa compreensão dos direitos fundamentais, sobretudo acerca dos direitos sociais. Houve equívocos na percepção de alguns direitos específicos, mas percebe-se que o maior déficit de informações se refere à universalização dos direitos civis. É patente, por parte da população estudada, a distinção entre pessoas consideradas merecedoras e não-merecedoras dos direitos fundamentais, e ainda permanece a ideia de que criminosos devem ter restringidas as garantias constitucionais. As reflexões a partir desse resultado, permitem concluir que os acadêmicos se encontram munidos de satisfatório conhecimento sobre o tema, possibilitando seu comprometimento como cidadãos participativos e geradores de conhecimentos, embora se mostra necessário maior disseminação de informações sobre o princípio da dignidade da pessoa humana, como qualidade intrínseca do ser humano.

Apoio / Parcerias: Núcleo de Estudos e Atividades em Direitos Humanos (NEADH) CNPq

A cultura digital e a prática educativa de professores do ensino médio

  • João Eduardo Lamim, Mestrando(a), joaoedursl@gmail.com
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Cultura digital, Ensino Médio, Práticas educativas

Esta pesquisa qualitativa, utilizando de entrevistas semiestruturadas aplicadas de modo online, busca conhecer as práticas educativas com tecnologias digitais de professores do Ensino Médio, formados entre 2010 e 2020, que atuam na rede estadual no município de Joinville/SC, considerando que estão inseridos na cultura digital. Atualmente, o fenômeno das tecnologias digitais permeia as atividades humanas diárias, constituindo a cultura digital. Os professores e estudantes do Ensino Médio, imersos neste contexto cultural e fazendo uso das tecnologias digitais em seu cotidiano, precisam encontrar no espaço escolar um lugar de conhecimento, interação e discussão crítica sobre os artefatos, instrumentos, aplicativos e demais elementos oferecidos pelas tecnologias à escola, construindo sua consciência individual e social de sujeitos imersos na cultura digital. Seguindo a abordagem teórica da cultura, tecnologias digitais e práticas educativas no Ensino Médio de Bauman (2011; 2012; 2013), Santaella (2004; 2007; 2010; 2013) e Dayrel et. al. (2014), esta pesquisa conhece práticas e concepções na cultura digital de sete professores de diferentes escolas e disciplinas do Ensino Médio de Joinville/SC. Considerando o tempo da pesquisa durante a aplicação das aulas remotas devido ao COVID-19, percebe-se, na análise dos dados, a constante narrada pelos professores do uso abrangente das tecnologias, necessidade de formação crítica para uso dos recursos digitais e necessidade de criticidade na compreensão dos novos espaços, papéis do professor mediador e aluno protagonista e das novas práticas colaborativas com as tecnologias digitais. A pesquisa se coloca na abertura crítica das discussões sobre as tecnologias digitais como elementos culturais atuais e seus impactos nos sujeitos, espaços e nas práticas escolares contemporâneas.

Apoio / Parcerias: CNPq

A EDUCAÇÃO DOMICILIAR COMO EXPRESSÃO MÁXIMA DA RELAÇÃO PÚBLICO-PRIVADO NA EDUCAÇÃO

  • Janaína Silveira Soares Madeira, Doutorando(a), janainasoaresmadeira@gmail.com

Palavras-chave: Educação Domiciliar, Relação Público-Privado, Direito à Educação

A pesquisa realizada na linha de pesquisa de Práticas Docentes e Formação Profissional é vinculada ao Grupo de Pesquisa Contextos da Educação da Criança, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade do Vale do Itajaí – Univali, parcialmente financiada pela Universidade da Região de Joinville – Univille, por meio do Auxílio Educação para Qualificação Docente – PQD e financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, discute a regulamentação da Educação Domiciliar Brasil. O movimento pelo Homeschooling defende o empoderamento dos pais na direção educacional de seus filhos, que é defendido como um direito de escolha por parte da família, fundamentado nos princípios constitucionais da liberdade educacional e do pluralismo pedagógico. Por outro lado, o Estado brasileiro tem o dever constitucional de ofertar educação pública, gratuita e de qualidade para todos, tratando-se de direito público subjetivo, consagrado pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Assim, o Estado detém o monopólio da direção da educação escolar, por meio da escolarização compulsória, obrigando os pais a matricular seus filhos na rede regular de ensino. Desta forma, através de pesquisa bibliográfica, contextualizando a relação público-privado na Educação e discutindo as bases do Homeschooling, analisamos, neste trabalho, a privatização da oferta educacional associada à Educação Domiciliar Brasil. Os resultados demonstram que a Educação Domiciliar pode ser entendida como via máxima de escolarização privada.

A GÊNESE DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O PATRIMÔNIO CULTURAL EM BOMBINHAS – SC

  • Franciele Coelho Bez, Mestrando(a), franciele.coelho.bez@gmail.com
  • Sandra P.L. de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Representações Sociais, Bombinhas

Esta pesquisa busca identificar e compreender as representações sociais da população bombinense sobre seu patrimônio cultural. Para tanto, entre outros, investigamos a origem das representações atuais que a população em geral possui e as relacionamos com as representações que os dirigentes das instituições culturais do município manifestam. Neste ínterim, analisamos a legislação, entrevistas em História Oral e formulários aplicados presencial e digitalmente para a população. Com a finalidade de alcançar o objetivo apresentado aqui, fizemos uso da Teoria das Representações Sociais, da metodologia da História Oral e da Análise Crítica do Discurso. A cidade de Bombinhas – SC tem recente emancipação política e, desta forma, a criação de sua identidade cultural está embasada em ações pouco distantes temporalmente para a criação e valorização do que é considerado patrimônio local. Neste sentido, conhecer as representações sociais sobre o patrimônio cultural conforme a Teoria das Representações Sociais – proposta por Moscovici e aprofundada por Jodelet e Jovchelovitch, entre outros – a partir de entrevistas orais com atores culturais que dirigem as instituições culturais municipais é importante para o entendimento da gênese das representações atuais da população. A História Oral, por ser muito relevante nos estudos contemporâneos é também especialmente significativa para encontrarmos as representações sociais, e neste caso a gênese das representações. Deste modo, foi utilizada como uma das formas de coleta de dados e está evidenciada neste recorte da pesquisa. Pois, segundo Mary Jane Spink (1993) as representações sociais estão nas ruas, nas falas e nos atos das pessoas. Assim, ao identificarmos nos relatos dos entrevistados suas trajetórias, ações de trabalho e relações com o objeto de estudo foi possível perceber a vontade geradora e as indicações do que cultivar e considerar enquanto patrimônio cultural. Ainda, os dados coletados por meio de formulários, aplicados presencial e digitalmente, mostram vínculo direto das sugestões e representações sobre o patrimônio dos atores culturais institucionais com o que a população da cidade considera seu patrimônio.

A mulher e a propriedade da terra

  • Eleide Abril Gordon Findlay, MSc, efindlay@terra.com.br

Palavras-chave: Mulher, Propriedade, Terra

A equipe de pesquisa é formada pela coordenadora do projeto Eleide A G Findlay e a aluna Giulia Pandolfi Wosniak bolsista UNIEDU, entendem que na construção social de gênero, a agricultura é considerada uma atividade masculina, e a presença da mulher é identificada somente com o trabalho doméstico, ou simplesmente alguém que “ajuda” o marido nos trabalhos agrícolas. Diante da invisibilidade da mulher na história da propriedade da terra, o objetivo estabelecido foi analisar as condições de acesso à propriedade da terra pela mulher na região do nordeste do litoral catarinense. (Séc. XIX e XX). A metodologia adotada privilegiou, para além da pesquisa bibliográfica, o levantamento no Arquivo Histórico de Joinville- AHJ- das fontes documentais existentes no Fundo do Poder Judiciário, que se encontra em seu acervo, para a identificação dos testamentos, inventários e partilhas, ou arrolamento de bens, registrados no referido Fundo. Essas fontes documentais possibilitam a identificação do acesso das mulheres a propriedade da terra por herança, e as informações contidas nesses documentos judiciários se constitui em rica fonte de pesquisa, para o período estudado, já que é na condição de herdeira que a mulher tem acesso a propriedade da terra. A pandemia e isolamento social provocaram o fechamento do AHJ até a primeira metade de julho de 2021. Porém, de posse do arquivo do Fundo do Poder Judiciário, disponibilizado pelo AHJ, foi possível identificar os processos judiciais de 1858 até 1920. Diante da conjuntura a pesquisa precisou se concentrar no aprofundamento da revisão da literatura, com um mergulho em áreas do conhecimento do Direito, da Demografia Histórica, da História da Família entre outras. Os resultados da pesquisa relativos ao momento excepcional da pandemia mundial, foram divulgados nos seguintes eventos em 2020: XIX Encontro de História da ANPUH-Rio, I Colóquio em História do Brasil Oitocentista organizado pela Universidade Estadual da Paraíba, XII Encontro de História da ANPUH – Pará., O Brasil e o Mundo Atlântico: entre a modernidade e a contemporaneidade. NEMAT-UFPE. No ano de 2021, até o momento, a análise da temática da pesquisa foi divulgada no 31°Simpósio Nacional de História. ANPUH BR. Com a abertura do AHJ a pesquisa de campo foi retomada e com ela a possibilidade da compreensão das condições sociais que permitiram, ou não, às mulheres a acessibilidade da propriedade da terra.

A NARRATIVA DAS CASAS ENXAIMEL EM JOINVILLE: MODOS DE MORAR E VIVER POR MEIO DAS ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS

  • Nicole Santana, Graduando, nicolexsantana@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Palavras-chave: enxaimel, joinville, germânicos

Este projeto busca apresentar os resultados de uma pesquisa sobre casas enxaimel construídas na Colônia Dona Francisca em meados do século XIX, abordando a chegada e o estabelecimento dos imigrantes na região e a construção do enxaimel realizada pelos colonos. Além disso, propõe-se a discutir sobre as funções e a relação dos moradores com as casas e tratar da importância dessas construções como parte da cultura material de Joinville. Esse trabalho se caracteriza como uma pesquisa no campo da Arqueologia na Arquitetura, que por sua vez, busca fazer uma análise de uma estrutura arquitetônica e sua significação dentro da sociedade. A metodologia utilizada é de uma revisão bibliográfica, na qual foram explorados artigos, dissertações, livros, jornais e materiais produzidos por autores da época, buscando fazer uma discussão acerca das casas enxaimel através de um recorte temporal de meados até o final do século XIX. Com relação aos resultados obtidos, os imigrantes europeus se depararam com diversos problemas que colocaram suas vidas em perigo ou que dificultaram o assentamento na colônia, como más condições climáticas, problemas de saúde e de higienização, abrigos precários e ataques de animais selvagens. Quando os colonos alcançavam uma maior estabilidade, passavam a construir casas com a técnica do enxaimel. Essas casas, portanto, eram uma alternativa mais viável, visto que sua estrutura rígida feita de madeira e o preenchimento, comumente feito por tijolos, apresentavam maior conforto e segurança para os colonos. Essas casas passaram por adaptações que adicionaram novas funções e novos cômodos nas casas em decorrência das condições climáticas e dos recursos materiais disponíveis na região, como as varandas na parte da frente da casa para proteção contra o calor e chuva. Portanto, as casas enxaimel construídas na Colônia Dona Francisca simbolizam um período de luta e de inúmeras dificuldades dos imigrantes no que diz respeito ao seu estabelecimento na colônia. Essas casas, que abrigam trajetórias dos imigrantes germânicos, também carregam influências de técnicas construtivas brasileiras e modos de viver aprendidos com os habitantes locais da colônia. Do mesmo modo, fazem parte da cultura material de Joinville, tendo em vista que elas partem de construções humanas e carregam valor simbólico. Além disso, elas oferecem conforto e memórias para seus habitantes e permanecem presentes na cidade pelo apego dos moradores e pela necessidade de preservá-las pelo significado que possuem.

A presença das TDICS (tecnologias digitais de informação e comunicação) na proposta pedagógica do curso de Psicologia nas universidades de Santa Catarina

  • Rozeli Fernandes da Luz, Graduando, rozeli.luz@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Tecnologias digitais, Projeto pedagógico, Psicologia

Este projeto foi desenvolvido com o intuito de apresentar como as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) estão presentes nos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Psicologia de Universidades de Santa Catarina. Considerando que as tecnologias fazem parte do mundo contemporâneo e tendem cada vez mais a estarem presentes na educação, o objetivo desta pesquisa é analisar a inserção das TDIC nas propostas pedagógicas de onze cursos de Psicologia de universidades do estado de Santa Catarina. A partir da pesquisa bibliográfica foi aplicado o método de pesquisa documental e análise de conteúdo dos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC). De todas as Universidades de Santa Catarina que ofertam o curso de Psicologia somente seis têm o PPC disponível em sites da instituição: UFSC, UNIVILLE, FURB, UNIVALI, UNESC e UNOCHAPECÓ. Ao analisar os documentos destas universidades verificou-se que as TDIC são abordadas no que tange à estrutura dos campi e aos projetos de pesquisa e extensão. As atividades didático-pedagógicas podem contar com o ambiente virtual de aprendizagem, que são disponíveis para todos os cursos. Em relação ao curso de Psicologia, a TDIC aparece no PPC de duas universidades como oferta de disciplinas na modalidade semipresencial, e não como um conteúdo voltado à formação do psicólogo. Sendo assim, os estudantes convivem com as TDIC diariamente, todavia, não fica evidente nas ementas das disciplinas dos cursos analisados que há um estudo sobre a influência das tecnologias na vida psíquica das pessoas. Portanto, os resultados indicam que as TDICs estão mais direcionadas ao ambiente e ao recurso das universidades do que necessariamente voltadas especificamente aos conteúdos do curso de Psicologia.

Apoio / Parcerias: Bolsa UNIEDU- Estado de Santa Catarina

A PSICOLOGIA HISTÓRICO CULTURAL NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: REVISÃO DA LITERATURA

  • Eduarda Kwitschal Lira, Graduando, eduardaklira@hotmail.com
  • Jeferson Andrade, G, jefeandrade13@gmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene.cordeiro@univille.br
  • Allan Henrique Gomes, Dr(a), allan.gomes@univille.br

Palavras-chave: Docência, Formação de Professores, Psicologia Histórico-Cultural

Esta pesquisa nasce entrelaçada ao projeto de pesquisa institucional Percursos de Formação e Trabalho Docente no campo da Desigualdade Social (PERFORMA). Este trabalho tem como objetivo, através de uma pesquisa bibliográfica, identificar as temáticas de pesquisa que tenham enfoque na perspectiva Histórico-cultural e versem sobre a formação docente. Encontrou-se na Base de Teses e Dissertações (BDTD) um campo de muitas possibilidades, com produções publicadas entre os anos de 2016 e 2021, junto dos descritores: “formação de professores”, “teoria Histórico-cultural”, “psicologia Histórico-cultural na formação de professores” e “educação”. Os resultados da primeira pesquisa apontaram 136 teses e dissertações, os quais foram filtrados primeiramente por seu título, que nas palavras de Ferreira (2002, p.5): “Os títulos que se referem às dissertações e às teses informam ao leitor do catálogo a existência de tal pesquisa. Normalmente, eles anunciam a informação principal do trabalho ou indicam elementos que caracterizam o seu conteúdo”. Com o segundo filtro foram selecionadas apenas as teses e dissertações da região Sul do Brasil, para posterior leitura dos resumos, a fim de construir as categorias temáticas para análise dos dados. Atualmente teve-se o primeiro contato com as obras, a partir da leitura dos resumos, onde filtrou-se os trabalhos em formação inicial, específica ou continuada, área de conhecimento, objetivo, metodologia utilizada e as semelhanças com o PERFORMA, os quais serão organizados em tabela e discutidos na análise de dados. Referências: Ferreira, Norma Sandra de AlmeidaAs pesquisas denominadas "estado da arte". Educação & Sociedade [online]. 2002, v. 23, n. 79 [Acessado 3 Setembro 2021] , pp. 257-272. Disponível em: . Epub 20 Ago 2002. ISSN 1678-4626. https://doi.org/10.1590/S0101-73302002000300013.

A QUESTÃO DA DEMARCAÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS EM JOINVILLE E REGIÃO E A REPERCUSSÃO NAS MÍDIAS JORNALÍSTICAS (2015 -2020)

  • Maria Ariélle da Silva, Graduando, maria.arielle10@gmail.com
  • Sirlei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: Indígena, Direitos humanos, Mídias jornalística

O presente estudo faz parte do projeto de pesquisa intitulado “Indígenas: Saberes tradicionais e direito humano à alimentação nas comunidades Mbyá Guarani de Santa Catarina”, desenvolvido desde 2016 na Universidade da Região de Joinville (Univille). No momento atual o projeto figura como de Pesquisa Voluntário, a fim de debater as problemáticas que circulam o direito à terra e à alimentação dos povos indígenas da região. Inicialmente, tem-se como objetivo pesquisar acerca da importância e necessidade de garantir a demarcação das terras indígenas das comunidades de Joinville e região e problematizar como as mídias jornalísticas lidam e repercutem essas questões. Através de encontros mensais com a equipe, pela plataforma de reuniões on-line Microsoft TEAMS, são compartilhados os resultados das pesquisas e leituras de matérias feitas durante o mês. Com a busca por notícias envolvendo a demarcação de terras indígenas Mbyá Guarani do Norte de Santa Catarina, foi possível fazer uma análise das principais matérias acerca do tema. A metodologia de pesquisa utilizada teve enfoque em reunir matérias jornalísticas dos últimos cinco anos sobre o tema envolvendo Joinville e região. A partir disso, pode-se perceber a clara falta de importância que os meios de comunicação dão para a questão, uma vez que apenas três notícias, envolvendo as comunidades estudadas pelo projeto, foram encontradas. Pode-se concluir que é necessário buscar e discutir maneiras que possam resultar na reeducação dos grandes canais midiáticos e a forma como eles propagam, ou não, os embates judiciais a respeito da divisão das terras dos povos indígenas da localidade observada. Portanto, percebe-se a indispensabilidade de lutar para que os canais de comunicação produzam matérias sobre o tema. A posse e o pleno poder sobre as riquezas naturais de suas terras fazem parte da história e devem ser respeitados pela sociedade. As mídias jornalísticas têm como função manter a sociedade informada e educada, em vista disso têm como obrigação social repercutir mais sobre a demarcação de terras dos povos indígenas que habitam Joinville e região.

A utilização das redes sociais por imigrantes haitianos: um espaço de resistência?

  • Adriano Borges, Graduando, adri_borgess@hotmail.com
  • Jonathan Prateat, MSc, jonathanprateat@gmail.com
  • Sirlei de Souza, Graduando, sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: imigrantes haitianos , cidadania, comunicação

O presente estudo está vinculado ao Programa Institucional de Pesquisa em Comunicação da Universidade da Região de Joinville (Univille), denominado Comunicação inclusiva: O olhar do imigrante haitiano na construção de conteúdo em redes sociais, com a duração de março de 2020, até fevereiro de 2023. A origem da pesquisa em questão advém da necessidade de analisar a forma com a qual os imigrantes haitianos que residem em Joinville, utilizam-se das redes sociais para divulgar informações acerca dos seus direitos e ainda de efetivamente encontrarem um local seguro para expressarem suas opiniões e vivências. As reflexões produzidas buscam contribuir para um fortalecimento da rede de pesquisa sobre imigração, uma vez que serão realizadas 50 entrevistas semiestruturadas e analisados 50 perfis em redes sociais (projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, em 06/08/2020 sob o número do CAAE: 33719620.0.0000.5366). Nesse sentido importa problematizar se há engajamento dos imigrantes na produção de conteúdos e na mobilização por direitos e cidadania. Os resultados parciais, envolvendo as 10 primeiras análises – de entrevistas e perfis-, indicam que há uma utilização do espaço comunicacional virtual para o fortalecimento dos vínculos familiares e para a reflexão de questões culturais tanto do país de origem como do Brasil. A utilização da língua de origem (o crioulo) para a comunicação nas postagens provoca a pensar em questões relacionadas a identidade e resistência.

ACERVOS MUSICAIS E DESCOLONIZAÇÃO NO MUSEU CONTEMPORÂNEO

  • Mirtes Antunes Locatelli Strapazzon, Doutorando(a), mirteslocatelli@gmail.com
  • Sandra P.L. de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Acervos Musicais, Museus

Esse resumo reflete sobre acervos musicais e descolonização no museu contemporâneo, uma pesquisa iniciada no Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da Universidade da Região de Joinville. Esse tema perpassa pela imbricação das linguagens visual e sonora integrando as investigações patrimoniais do museu, da colonização e do acervo musical, em especial, como valor patrimonial e sua importância nas práticas passadas, presentes e futuras. Tais relevâncias se situam em sua função primária, e posteriormente, na sua musealidade, permeando a relação com outros instrumentos do acervo musical do museu, destacando a discussão, ainda atual da descolonização. O objetivo dessa comunicação é apresentar o panorama dos museus de Santa Catarina sob uma discussão descolonizadora de seus acervos e coleções como justificativa do projeto de tese. São 166 instituições museológicas cadastradas no Sistema Estadual de Museus de Santa Catarina, embora existam 263 museus no estado. Os dados desse relatório revelaram a necessidade de propor investimentos contínuos no sentido de qualificação no setor museológico podendo aprimorar as ações dos e nos museus. Também destacam a falta de profissionais atuando nesses espaços, o que implica no prejuízo à pesquisa e à preservação do patrimônio, dificultando outras atividades e ações com a comunidade local. Portanto, buscamos a análise documental para evidenciar a contribuição de conhecimento científico, podendo propor as possíveis expressões ainda desconhecidas que refletiriam em ações práticas, além da teorização esperada para uma tese de doutoramento. E como o resultado, ainda parcial e inconclusivo, identificamos que: a maioria dos museus catarinenses cadastrados tem como público visitante em sua maior representatividade os grupos escolares, embora, o museu seja, por lei, considerado aberto a todos; os tipos e coleções diversas como o de Antropologia e Etnografia com coleções relacionadas às etnias de diferentes culturas com acervos folclóricos e populares, indígenas, afro-brasileiras ao tipo Imagem e Som com coleções de documentos sonoros, videográficos, filmográficos e fotográficos, tendo as doações como a principal forma de aquisição de acervo. E ainda temos a discussão da descolonização que se encontram em destaque, sejam nos grupos minoritários que atuam na marginalidade museal ou na dicotomia entre museu tradicional e o comunitário.

Aprender inglês como língua estrangeira na educação básica na visão de estudantes com TEA e suas famílias

  • Amanda Suellen Bodnar, Mestrando(a), amanda.bodnar@hotmail.com
  • aliciene fusca machado cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Palavras-chave: Lingua estrangeira, Transtorno do Espectro autista, Educação Especial

O percentual de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm aumentado gradualmente nas etapas de ensino da educação básica. O crescimento do número de matrículas demonstra um marco fundamental para a inclusão desses estudantes nas escolas regulares.À vista disso, o trabalho proposto é parte da dissertação de mestrado que se encontra em fase de andamento e tem como objetivo compreender as concepções do processo de aprendizagem de língua inglesa como língua estrangeira na educação básica na visão de estudantes com TEA e suas famílias. A metodologia de pesquisa seguiu uma investigação bibliográfica e análise das entrevistas, as quais foram realizadas com três famílias, três estudantes e questionários realizados com dois docentes de língua inglesa de três escolas estaduais da cidade de Joinville-SC, através da Análise de Conteúdo (Bardin 2011; Franco 2005). A fim de compor o aporte teórico, a pesquisa baseia-se, principalmente, em: Vygotsky (1991; 1997; 2009; 2010), Leffa (2006; 2016), Figueiredo (2008; 2019), Barroco (2017; 2007a; 2007b), Orrú (2010; 2012). Com o aporte teórico mencionado, foi possível compreender o ensino de língua inglesa para os estudantes público-alvo da pesquisa sob uma perspectiva histórico-cultural, focada nas relações como parte da aprendizagem e desenvolvimento dos sujeitos como seres históricos e socialmente constituídos. A construção dos dados indicam que as mães percebem que os filhos possuem certa habilidade na aprendizagem da LI, mas que eles necessitam de apoio e adaptação das atividades para conseguirem aprender da melhor maneira. Os estudantes demonstram interesse no aprendizado e conseguem compreender frases ou palavras isoladas em inglês, mas relatam a dificuldade em realizar as tarefas de interpretação e tradução de textos. Quanto aos docentes entendem que a maior dificuldade dos estudantes durante o aprendizado da língua inglesa em sala de aula é a interação/fala e a compreensão de textos sem adaptação. Além disso, expõem que o ensino inclusivo precisa de mais atenção, formação continuada e melhores condições de trabalho aos professores para que possam acolher e contribuir para que o processo de aprendizagem desses estudantes em específico seja efetivo e de mais qualidade.

Aprendizagem baseada em problemas em cursos de Engenharia Civil e de Administração

  • Felipe Arnold, Ensino Médio, felipearnold1@hotmail.com
  • Caroline da Silva Prudêncio, Ensino Médio, carolinedasilvaprudencio@gmail.com
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Palavras-chave: Aprendizagem baseada em problemas, Engenharia Civil, Administração

Esta pesquisa tem como objetivo relacionar o currículo da Engenharia Civil e o currículo do curso de Administração na solução de um problema real enfrentado por uma construtora no estado de Santa Catarina. A proposta consiste em apresentar e defender um método de ensino que traz como principais características a busca pelo aprendizado de forma autônoma pelos alunos e a integração de vários conteúdos estudados em diferentes cursos de graduação. O Problem Based Learning – PBL, quando utilizado pedagogicamente, pode estimular o senso crítico, ao instigar os estudantes a identificar os problemas mais relevantes e saber como resolvê-los (MARGETSON, 2009). Pequenos problemas da sociedade podem ser estudados dentro da universidade, possibilitando a relação teoria e prática. Neste trabalho, foi realizada a relação entre os conteúdos das disciplinas de Inovação e Sustentabilidade, estudada no segundo ano do curso de Administração e a disciplina de Ética, estudada no quarto ano do curso de Engenharia Civil. A pesquisa, de abordagem qualitativa, identificou problemas em uma construtora no estado de Santa Catarina. A pesquisa contou com a aplicação de um questionário com perguntas abertas formuladas pelos acadêmicos dos cursos de Administração e da Engenharia Civil. Após a coleta de dados foram identificados os problemas na empresa e estudadas propostas para solução com base em conhecimentos dos cursos de graduação envolvidos na pesquisa. Com os resultados foi possível fazer duas análises: a 5W2H e a análise SWOT, que levaram em consideração o código de Ética do CONFEA/CREA. Com isso, foi possível identificar que os pontos fracos da empresa são a escassez de mão de obra qualificada e a falta de atenção ao marketing da empresa. Após a identificação dos problemas, foram formuladas as possíveis decisões que a construtora deveria tomar para a solução. A pesquisa realizada sobre a aprendizagem baseada em problemas, envolvendo os cursos de Engenharia Civil e Administração na solução de um problema real promoveu a relação entre dois cursos e atingiu as expectativas do PBL. A análise e proposta de solução possibilitou a integração de conteúdo de várias áreas do conhecimento, e contemplou um processo formal de solução de problemas (RIBEIRO 2008).

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille Programa UNIEDU - Artigo 171

Aproximações entre história oral e história pública: práticas de ensino, pesquisa e extensão no Laboratório de História Oral e Centro Memorial da Univille

  • Camila Melechenco, Graduando, camilamelechenco@gmail.com
  • Ilanil Coelho , Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Palavras-chave: História oral, História público, Materiais didáticos de História

Este trabalho é um projeto de pesquisa que se intitula “Aproximações entre História Oral e História Pública: práticas de ensino, pesquisa e extensão no Laboratório de História Oral e Centro Memorial da Univille”. Possui como objetivo desenvolver pesquisas e elaborar materiais didáticos direcionados à aprendizagem em História na Educação Básica e no Ensino Superior, através da aproximação entre a História Oral e a História Pública. Dessa forma, contém relevância no estudo do ensino, pesquisa e extensão já que busca investigar e discutir as melhores formas de acesso ao conhecimento histórico, além de conhecer e difundir práticas científicas em História Oral (Educação Básica e Educação Superior). O projeto também possui a intenção de fazer utilização dos acervos do Laboratório de História Oral (LHO) e Centro Memorial da Univille (CMU). O projeto foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental qualitativa, examinando as atividades já desenvolvidas com o uso da história oral em ambientes de ensino básico e superior. Assim utilizando do método indutivo e procedimento comparativo partimos de estudos e trabalhos específicos para se ter uma ideia do todo sobre a aplicação da história oral e, por meio de fichamentos, comparar as diferenças e semelhanças, com o intuito de relacionar com as fontes disponíveis no LHO e CMU para futuramente elaborar o material didático. Esta busca de documentos se realizou em páginas online de instituições de pesquisas e publicações sobre história oral, como a Revista de História Oral da Associação Brasileira de História Oral (ABHO), Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), Oral History Association (OHA) e universidades que se utilizam desta metodologia. Foram analisadas publicações como: artigos, projetos de pesquisa, entre outros. O projeto tem como finalidade desenvolver pesquisas sobre a aproximação entre História Oral e História Pública relacionando ao ensino, por intermédio do mapeamento e sistematização de estudos recentes a respeito destes temas e com a utilização das fontes orais integrantes dos acervos do LHO e CMU, para mais tarde elaborar um material didático sobre História Oral e Pública, direcionados à aprendizagem em História na Educação Básica e no Ensino Superior.

Apoio / Parcerias: UNIEDU-SC.

Arquitetura Moderna em Joinville: uma investigação sobre valor e processos de registro

  • Tayná Vicente, Mestrando(a), taynavicentee@gmail.com
  • Nadja de Carvalho Lamas, Dr(a), nadja.carvalho@univille.br

Palavras-chave: Patrimônio, Arquitetura Moderna, Valoração e Registro

A proposta desta comunicação parte do projeto de pesquisa para dissertação de mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade, no qual se busca problematizar e discutir sobre a valoração do patrimônio edificado e suas formas de registro tendo como estudo os exemplares da arquitetura moderna em Joinville (SC), uma vez que esses bens não estão inseridos nas Unidades de Interesse Patrimonial, em processos de tombamento ou com tombamentos consumados. Com o objetivo de identificar os critérios de valor para o registro dos bens patrimoniais e entender seu processo, a pesquisa parte de uma investigação histórica, bibliográfica e documental, identificando a história do patrimônio na urbe escolhida e como os bens modernos respondem e se inserem nas políticas do patrimônio. A reflexão sobre a valoração desse patrimônio edificado e seus processos de registro é o que se busca como resultado deste trabalho, reunindo novos dados e levantando discussões para que se possa colaborar com as questões de registro, catalogação e/ou tombamento do patrimônio moderno, embasando-se numa visão interdisciplinar em torno de memória, urbanismo e arquitetura.

Apoio / Parcerias: Programa Institucional de Apoio à Formação Científica na Pós-Graduação stricto sensu - PIC-PG Univille

As lápides e os escandinavos: o cemitério do imigrante como local de memória

  • Rebeka Hilda Rodrigues, G, bekahoezil13@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com
  • Maria Cristina Alvez, MSc, mariacristinaalves22@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Palavras-chave: Joinville, cemitério, escandinavos

Esta pesquisa financiada pelo CNPq, foi desenvolvida por mim, Rebeka Hilda Rodrigues, formanda de História, sob orientação da profª Dione da Rocha Bandeira, coordenadora do Laboratório de Arqueologia e Patrimônio Arqueológico da Univille com coorientação de Roberta Barros Meira Maria Cristina Alves. O objetivo geral da pesquisa era investigar as lápides do Cemitério do Imigrante de Joinville e a imigração escandinava para o Brasil, que ocorreu entre 1851 e 1881, e problematizar o cemitério como um local de memória que se contrapõe ao silenciamento presente na história oficial de Joinville. Para isso, formei uma tabela com os nomes dos imigrantes escandinavos que migraram no período de 1851 a 1881, utilizando os dois volumes do livro “Joinville - os pioneiros”, publicados por Maria Theresa Böbel e Raquel S. Thiago. Com esses dados separados, incluí também quais foram sepultados em Jlle, através do registro de óbitos obtidos no projeto financiado pela FAPESC “Cemitério do Imigrante: pesquisa, interdisciplinaridade e preservação”, coordenado por Arselle de Andrade Fontoura. Por fim, utilizei a lista de sepultamentos do Cemitério do Imigrante de Jlle, organizado por Dilney Cunha, para identificar quais imigrantes escandinavos foram enterrados lá. Ao final da pesquisa, foi possível ser encontrado apenas um sepultamento em pé no Cemitério do Imigrante, da dinamarquesa Johanna Brockmann. Não descarto a possibilidade de haver sepulturas soterradas no Cemitério do Imigrante e destas poderem pertencer à imigrantes escandinavos, também não descarto a possibilidade de que as lápides não identificadas por Cunha, mas que estão de pé, também possam pertencer a imigrantes escandinavos. E, é claro, há registrado sepultamentos em cemitérios no interior de Joinville. A emigração desses grupos escandinavos me parece ter sido muito forte, junto de casamentos com grupos germânicos. Com isso quero dizer que é possível que os imigrantes escandinavos não tenham permanecido em Joinville por muito tempo, podendo ter emigrado para outras colônias da região em busca de emprego, por exemplo. Há, ainda, os casos dos noruegueses, em que Woortmann traz a perspectiva de eles serem apenas considerados parte de um “mito de origem multicultural” da cidade ou, então, tenham se tornado parte da comunidade teuto-brasileira - aí entrando os casamentos. Vejo que os imigrantes dinamarqueses também se encaixam nessas perspectivas considerando que ser juridicamente dinamarquês no século XIX não garante ser etnicamente dinamarquês - ainda mais quando entendemos que tanto Schleswig quanto Holstein eram povoados por ambos alemães étnicos e dinamarqueses étnicos.

As prédicas cristãs e a doutrina jesuítica de catequização indígena no período colonial

  • Andrew Bernardo Corrêa, Graduando, andrew-musica@hotmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Palavras-chave: Catequização, Cartas jesuíticas, Conversão Indígena

Durante a evangelização dos povos indígenas, a Companhia de Jesus compôs uma complexa rede de comunicação entre os seus pares, envolvendo nesta tanto uma estrutura voltada para a educação dos colonos, como para a expansão cultural e religiosa realizada nas missões. Criava-se assim no “Novo Mundo”, os alicerces para a expansão da tradição católica realizada pela Companhia de Jesus, apoiados pela coroa portuguesa, numa densa e árdua cadeia de mecanismos que envolviam a manutenção dos colégios e assentamentos jesuíticos, a busca e conquista de territórios, também a construção de igrejas, mas principalmente a busca e conversão de almas para a “vinha do Senhor”. A atuação dos jesuítas durante o contexto colonial do Brasil gerou a intersecção entre a religiosidade católica e as crenças indígenas, desvendando o caráter particular e o papel fundamental da criação de uma linguagem própria entre os padres, nativos e colonos. A constituição de reduções jesuíticas durante a colônia evidencia o caráter doutrinário e o intuito catequético dos espaços de ensino, carregado de tradições e regimentos da Companhia de Jesus e do empenho da cristianização dos povos indígenas, visando ações concretas ao combate da expansão protestante das reformas de Lutero, alicerçadas na renovação da teologia pelo concílio de Trento e, de maneira primordial, os desígnios ao cuidado com a práxis e doutrina católica, a diligência e aplicação na fé para à conversão dos “brasis”. A análise de relatos, manuscritos e cartas jesuíticas, buscou destacar o papel indígena no processo de catequização, a construção de mecanismos de linguagem e de vocabulário entre jesuítas e nativos na efetivação da educação e doutrina catequética, o sincretismo religioso e o hibridismo cultural nas solenidades indígenas. A pesquisa concluiu o levantamento e a análise das cartas jesuíticas do período colonial e a análise dos dados foi realizada através da análise do discurso. Desta maneira, o objetivo da pesquisa foi discutir as narrativas que trazem esses povos como meros figurantes de uma história alheia, problematizando nas prédicas e relatos escritos, o modo de vida das populações indígenas e os embates com a metódica jesuítica de doutrinação dos índios. Enfim, as cartas deixam entrever aspectos importantes como os saberes indígenas, a circulação de saberes e a resistência indígena versus as imposições oriundas da catequização.

Apoio / Parcerias: Art. 170

Atividades de reforço no PIBID: uma tentativa de efetivar o aprendizado de Língua Inglesa com turmas de 6º ano

  • Victor Renato Raulino, Graduando, victorraulino@univille.br
  • João Paulo Conrado , Graduando, joao.conrado@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: PIBID, Atividades de reforço, Língua inglesa

Assolada pela pandemia da Covid-19 iniciada em 2020, a educação, em especial, necessitou de diversos rearranjos no que tange ao funcionamento das escolas e, consequentemente, da troca de conhecimento. Após quase um ano em total distanciamento social, as escolas passaram a oferecer a modalidade híbrida de ensino. Nessa perspectiva, o trabalho realizado por dois bolsistas do Subprojeto de Letras do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) - CAPES, vinculados à Universidade da Região de Joinville, em parceria com a Escola Municipal Professor Bernardo Tank - Joinville, tem por objetivo planejar atividades de reforço, norteadas pelas proposições de Luckesi (1999), com o intuito de retomar conteúdos de Língua Inglesa trabalhados em sala de aula pela professora supervisora do projeto. Considerando a modalidade híbrida, os bolsistas planejam e elaboram suas atividades para serem aplicadas durante a semana em que os alunos permanecem em casa. A proposta é constituída por uma reunião on-line, através do Google Meet, em que são expostos e discutidos os conteúdos planejados e são realizadas as atividades relacionadas ao tema trabalhado. Os encontros, de uma hora e vinte, ocorrem a cada duas semanas com três turmas de 6º ano. Durante a reunião virtual, pensada linearmente com o plano de aula da professora supervisora, os bolsistas e alunos da escola compartilham de diversos conhecimentos. Por um lado, os bolsistas, expondo o objeto de conhecimento a ser estudado, assim como exemplos de uso na prática, vocabulário e, como efetivação do aprendizado, uma avaliação, por outro, os alunos, que instigados pelas provocações fazem indagações, respondem a questionamentos e complementam explicações. O que se busca com essa troca, além da iniciação à docência dos bolsistas, é a efetivação do aprendizado da Língua Inglesa pelos alunos da escola parceira. Os resultados observados, até o momento, apontam que os alunos demonstram grande interesse pela troca de conhecimento, uma vez que participam dos diálogos na reunião, seja respondendo ou elaborando perguntas. Ademais, outro ponto que chamou atenção dos bolsistas é a necessidade do contato com os colegas sinalizada pelos alunos. Contudo, é possível afirmar que, seja pela simples troca de conhecimento, ou pela relação humana com os colegas, a proposta cumpre seu objetivo, posto que os alunos se mostram interessados e as respostas às avaliações são condizentes com as expectativas dos bolsistas.

Apoio / Parcerias: PIBID

Aulas remotas em tempos de isolamento social: diretrizes para as práticas digitais do ensino médio em Santa Catarina

  • Jaqueline Mendonça Basílio, Graduando, jaque.basilio@hotmail.com
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Tecnologias digitais, Ensino médio, Aulas remotas

Embora o uso das tecnologias digitais nas instituições educacionais tenha sido significativo nos últimos anos, em 2020, diante da realidade cruel da pandemia causada pelo vírus Sars-Cov-2, as tecnologias digitais passaram a ser a principal possibilidade de continuar as atividades educacionais. Frente a esse cenário, o objetivo da pesquisa é analisar as diretrizes propostas pela Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina na formação das práticas digitais dos professores de Ensino Médio para as disciplinas de Língua Portuguesa e Língua Inglesa. Pois, a dinâmica do ensino presencial e remoto se configuram de maneira diferente. Citelli (2016) aponta para a necessidade de várias etapas nesse processo, entre elas a (in) formação, a maturidade reflexiva, vínculos com o conhecimento. Para tanto, a pesquisa foi realizada no site (http://www.sed.sc.gov.br/) da Secretaria de Estado da Educação - SED de Santa Catarina, visando buscar diretrizes, materiais, formação para as aulas remotas aos professores do Ensino Médio. Foi encontrado o Programa chamado "SC em formação", que passou a ser analisado, tendo em vista, que não foram encontrados outros materiais. O Programa conta com 2 ciclos de formação. O primeiro ciclo aconteceu entre os meses de abril e maio de 2020 e contou com 31 palestras. O segundo ciclo aconteceu entre agosto e novembro de 2020, com 28 palestras. Todas as palestras aconteceram em formato de webinar, com duração em média de 1h30min cada encontro, as quais estão disponíveis no site da Secretaria. Ao analisar o Programa, observou-se que o primeiro ciclo de formação teve como principal finalidade apresentar aos professores ferramentas e estratégias que pudessem ser utilizadas nas aulas remotas, especialmente, dos recursos da plataforma Google Classroom, que foi adotada pelas escolas estaduais. Já no segundo ciclo de formação, houve uma abordagem maior para os organizadores curriculares das etapas do Ensino Fundamental. Nesse ciclo, foi possível encontrar três palestras desenvolvendo temas referentes às tecnologias digitais, entretanto, não abordaram conteúdos específicos para disciplinas do Ensino Médio. Os palestrantes escolhidos são um dos destaques das formações, especialistas em suas áreas de conhecimentos e, em sua maioria, professores experientes, compartilhando trocas significativas nesse novo cenário mundial. A iniciativa governamental evidencia uma preocupação na área de formação e capacitação docente. Contudo, percebe-se que ainda há espaço para aprofundar as discussões e disponibilizar materiais didáticos para as disciplinas de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, sobretudo, no Ensino Médio.

Apoio / Parcerias: CNPq

Biografias e Formação Docente na Interface com o Campo da Desigualdade Social

  • Guilherme José Senem, Graduando, senem.guilherme@outlook.com
  • Gabriela Kunz Silveira, MSc, gabikunz@gmail.com
  • Allan Henrique Gomes, Dr(a), allan.gomes@univille.br

Palavras-chave: Docência, História de Vida, Biografia

O trabalho Biografias e Formação Docente na Interface com o Campo da Desigualdade Social está vinculado ao projeto de pesquisa Percurso de Formação e Trabalho Docente no Campo da Desigualdade Social (PERFORMA), uma pesquisa-formação docente continuada que propõe encontros baseados em eixos temáticos. Cada eixo busca tratar de uma dimensão específica da experiência docente. São eles: biográfico; trabalho; conceitual; estético e coletivo. A presente pesquisa se encaixa no eixo biográfico e busca analisar e contribuir com os resultados das atividades realizadas. O eixo biográfico se baseia em uma entrevista semiestruturada sobre a história de vida dos docentes, percorrendo algumas perguntas base: como o entrevistado tornou-se professor, como foi seu percurso acadêmico e quais foram suas referências para tornar-se professor. A pesquisa tem como objetivo compreender como os professores se relacionam com suas memórias, dando sentido e forma as suas experiências e construindo uma consciência histórica de si e de seus aprendizados durante o percurso da vida e formação, por meio de processos de biografização, além de analisar como o processo biográfico pode ser benéfico a formação continuada deles. O trabalho se baseia no aprofundamento conceitual, revisão da literatura e análise de biografias do acervo do projeto PERFORMA. A revisão de literatura foi realizada por intencionalidade, ou seja, a partir desse levantamento inicial se verificou textos com contribuições conceituais e metodológicas que pudessem aprofundar a compreensão/possibilidades da atividade biográfica na formação docente continuada/PERFORMA. A pesquisa caminhou inicialmente no aprofundamento conceitual, cujos exemplos são: Biografia, Histórias de Vida, Pesquisa Narrativa, Memória e Identidade Docente. No percurso da pesquisa, entendemos que as biografias de vida e a pesquisa narrativa trazem além dos relatos e fatos históricos, também a subjetividade do entrevistado, pois, as memórias, na história, não se trata de relatos históricos precisos, mas sim um instrumento individual para compreender a si mesmo no presente. Além de que, essa modalidade de pesquisa possui tanto fins investigativos quanto formativos, sendo proveitoso para ambos os lados da conversa. “Relembrar o passado é crucial para nosso sentido de identidade: saber o que fomos confirma o que somos.” (LOWENTHAL, 1998, p. 83). Finalmente, com os resultados preliminares da pesquisa, consideramos que a dimensão biográfica na formação docente continuada é um instrumento proveitoso para entendermos as mudanças na identidade e compreendermos quem somos na história e no presente, sendo importantíssimo pois promove memórias, afetos, reflexões e, ainda, colabora no processo de vínculo entre professor participante e pesquisador assistente.

Comunicação inclusiva: Uma análise sobre a utilização da Língua Portuguesa pelos imigrantes haitianos

  • Marina Thomaz Fernandes, Graduando, marinathomazf@gmail.com
  • Jonathan Prateat, MSc, jonathanprateat@gmail.com
  • Sirlei de Souza, Graduando, sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: imigrantes haitianos, comunicação inclusiva, cidadania

O município de Joinville, situado no Estado de Santa Catarina, tido entre as cidades mais industrializadas do Sul do Brasil (IBGE, 2015), passou a ser conhecido como uma cidade migrante por seu potencial econômico e de oportunidades de trabalho, tornando-se um dos destinos de chegada e moradia dos haitianos. Dados colhidos pelo Núcleo de Migração da Polícia Federal de Joinville apuraram 3.991 imigrantes atendidos entre abril de 2007 e abril de 2020. Dentro deste contexto contemporâneo de forte presença imigrante, fortalecem-se os atos comunicacionais como balizadores das relações sociais, culturais e históricas que se cruzam dentro da sociedade. Segundo Rovira (2008), o idioma está inerente à expressão da cultura, possibilitando a transmissão e perpetuação de seus valores. Por consequência do fato, considera-se a barreira linguística como um dos principais desafios enfrentados no que se refere à adaptação a sociedade de acolhimento (BARBOSA E BERNARDO, 2017). Para Hall (2016), afirmar que dois indivíduos pertencem à mesma cultura equivale a dizer que eles interpretam o mundo de maneira semelhante. Em concordância com as afirmativas sobre cultura, língua, identidade e vivência, entende-se necessária a atenção sobre as jornadas realizadas por migrantes em regiões acolhedoras. Desta forma, os objetivos estabelecidos são: a) observar em quais cenários a língua portuguesa é utilizada (locais e/ou pessoas); b) entender o processo de aquisição do português; e c) analisar a relação dos imigrantes com a cultura brasileira e com a cultura haitiana. A primeira etapa da pesquisa se dá pela seleção de referenciais teóricos que discutam migração, cultura, cidadania e identidade. A segunda etapa, executada após a aprovação pelo Comitê de Ética, utiliza da abordagem qualitativa. A fim de levantar informações para que se compreenda o contexto em que os imigrantes haitianos, acadêmicos da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), estão inseridos, foram elaborados roteiros de entrevistas semiestruturadas. Com base nas informações obtidas nas entrevistas e por influência dos estudos citados anteriormente, a terceira etapa será composta por uma análise de conteúdo que objetiva entender a adaptação linguística e cultural dos imigrantes, relacionando estes pilares sociais com a trajetória realizada pelos participantes. A princípio, é possível perceber que as redes sociais e o conhecimento prévio de idiomas terceiros auxiliam estes imigrantes em sua estabilização dentro da população brasileira. Além disso, entende-se a continuidade da utilização do crioulo, da culinária e das postagens pessoais como forma de manter a cultura de origem viva.

CURRÍCULO DO NOVO ENSINO MÉDIO: ASPECTOS DE UM BALANÇO DE PRODUÇÕES ACADÊMICAS

  • Thiago Silveira Brand, Mestrando(a), silveira28thiago@gmail.com
  • Lucélia Izabel Fraga Krelling, Mestrando(a), luceliakrelling@gmail.com
  • Gabriela Grimm, Graduando, gabigrimmgg63@gmail.com
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Palavras-chave: Balanço de Produções, Novo Ensino Médio, Itinerários Formativos

A realização de um balanço de produções é o primeiro passo de uma investigação científica, pois consiste numa aproximação do tema de pesquisa com as produções já realizadas. No caso dessa pesquisa, o tema central é o Novo Ensino Médio proposto pela Lei 13.415/2017, que prevê a implementação de uma Base Nacional Curricular Comum e a oferta de itinerários formativos. Desse modo, o objetivo é analisar a produção acadêmica, por meio de balanço de produções, sobre os itinerários formativos e o Novo Ensino Médio. A pesquisa contou com uma abordagem quantitativa e qualitativa, pois o objetivo é compreender os fenômenos e seus movimentos. Os dados foram coletados no Banco de Teses e Dissertações da Capes com o uso dos descritores: “Itinerários Formativos” e “Novo Ensino Médio”. O refinamento da pesquisa se deu utilizando o período de 2017 a 2021; como grande área do conhecimento, área de concentração e área de avaliação e nome do programa foi utilizado a Educação. Após o refinamento da busca, foram encontradas 3.980 teses e dissertações com o descritor “Novo Ensino Médio” e 429 com “Itinerários Formativos”. Após a leitura dos títulos dos 20 primeiros trabalhos para cada descritor, foram selecionadas uma tese e sete dissertações, cujas temáticas mais se aproximavam do tema em estudo. Após a leitura dos resumos desses trabalhos, verificou-se que a metodologia mais utilizada foi a pesquisa documental e bibliográfica, pautada na análise de documentos curriculares e na leitura e análise de livros e artigos de pesquisadores da área. Isso pode estar ligado ao fato de que a reforma do Ensino Médio ainda não foi realizada nas escolas, e assim, as pesquisas se voltam predominantemente para o estudo das políticas curriculares. Quanto aos resultados, foi observada a preocupação com nova proposta curricular prevista pela Lei 13.415/2017 a ser implementada a partir de 2022. As análises indicam preocupações em relação aos possíveis efeitos da reforma curricular, que poderá irá interferir e (re)significar os currículos e os contextos escolares. As pesquisas ainda indicam que as mudanças podem aumentar o abismo entre estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e privadas, ampliando as desigualdades sociais. Esses aspectos corroboram com as análises de Corrêa e Garcia (2021), que analisaram movimentos e manifestações contrárias ao que propõe essa reforma, tanto pela imposição, que não permitiu o amplo debate da proposta com professores, estudantes, pesquisadores ou sociedade em geral, como pelas prováveis consequências dessas mudanças.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille Programa de Bolsas UNIEDU - Artigo 171

DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE DE PROFESSORAS INICIANTES E EXPERIENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL ACERCA DA DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA

  • Barbara Alves Ribeiro Marques, Mestrando(a), profabarbaramarques@gmail.com
  • Rita BUZZI RAUSCH, Dr(a), ritabuzzirausch@gmail.com

Palavras-chave: Desenvolvimento profissional docente., Educação infantil, Documentação pedagógica

Este texto apresenta a síntese de uma pesquisa vinculada ao Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Formação Docente - GETRAFOR, que integra o PPGE da UNIVILLE. Teve como objetivo geral compreender o percurso do desenvolvimento profissional docente de Professoras Iniciantes e Professoras Experientes acerca da documentação pedagógica. E como objetivos específicos: elucidar o percurso formativo e as compreensões acerca da documentação pedagógica de professoras da educação infantil; identificar as práticas de documentação pedagógica produzidas por professoras iniciantes e experientes da educação infantil, estabelecendo aproximações e distanciamentos; analisar as principais lições acerca da documentação pedagógica deixadas por professores iniciantes e experientes da educação infantil ao desenvolvimento profissional docente. O referencial teórico pautou-se nas ideias de Ostetto (2000, 2001, 2006, 2012, 2017), Oliveira (2012, 2019, 2021), Oliveira-Formosinho (2019), Marcelo Garcia (1995, 1999, 2002, 2009, 2010, 2016), Imbérnon (2000, 2010), Huberman (2000), Nóvoa (2009, 2019) e Vaillant e Marcelo Garcia (2012, 2015). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo colaborativa. Como procedimentos utilizamos: entrevista narrativa realizada via Plataforma Teams; análise de documentos produzidos pelas professoras, e um ateliê de autobiografia docente. Como resultados das análises, destacamos que a aprendizagem acerca da documentação pedagógica não foi suficiente na formação inicial, e se pôs como um desafio comum nas práticas. Identificamos que as Professoras Iniciantes tiveram o privilégio de aprender mais acerca do conceito e práticas de registros, que compõem a documentação pedagógica nos processos de formação continuada devido a um movimento de formações que integrou a temática aos grupos de estudos das instituições. As compreensões acerca da documentação pedagógica, indicam a relevância que as professoras identificam em suas produções, enquanto registros que servem às crianças e famílias e para a reflexão acerca do trabalho desenvolvido. A formação colaborativa também teve destaque, pois proporciona trocas entre professores que fazem desses momentos oportunidades de desenvolvimento profissional docente. Quanto às práticas de documentação pedagógica, destacam-se o uso de vídeos e fotografias, úteis para a elaboração dos registros na etapa da Educação Infantil. As lições identificadas traduzem a busca da produção de documentação pedagógica que coloque a criança como protagonista, e da importância de ações promovidas nas formações e do reconhecimento das lacunas que podem servir de material de estudo nos grupos formados nas instituições.

Apoio / Parcerias: Prefeitura Municipal de Joinville/Secretaria de Educação.

Ensino Médio em Santa Catarina: soluções digitais em tempos de pandemia

  • Gabriel Blasius Sutil de Oliveira, Graduando, blasius.gabriel@gmail.com
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Palavras-chave: Ensino Médio, Tecnologias digitais, Pandemia

Com a pandemia de COVID-19 as redes de ensino e seus professores tiveram que se reinventar, num esforço de manter a oferta educativa com qualidade. Especialmente em 2020, foi necessária a suspensão da maior parte das atividades humanas presenciais, incluindo as escolares. Diante desse cenário, o objetivo desta pesquisa foi identificar quais materiais, disponibilizados no site da Secretaria de Estado das Educação de Santa Catarina – SED, serviram de fonte de orientação para as práticas pedagógicas de professores do Ensino Médio durante a pandemia. De abordagem qualitativa, a pesquisa contou com dados do acervo disponibilizado no site da SED, que foi analisado com base na análise do conteúdo. Notamos que foi necessário um esforço para encontrarmos informações, as quais contemplavam a utilização das ferramentas do Google for Education, plataforma adotada na rede estadual de ensino. Foram encontrados diversos webinários sobre práticas e sugestões acerca de temáticas envolvendo a pandemia e o ensino. Quando nos debruçamos nos dois ciclos de formações disponibilizadas em webinários, notamos uma distinção de foco e temática entre eles. Também verificamos o curto período de tempo no qual estes foram realizados, um ao final do primeiro semestre e o outro no segundo semestre de 2020. O primeiro ciclo era composto por 31 webinários, que contemplavam 11 vídeos acerca de como utilizar a plataforma Google for Education (35,48%), 8 vídeos de temáticas sobre práticas pedagógicas e estratégias de adaptação (25,80%), 5 formações específicas para o Ensino Fundamental (16,13%) e somente 3 webinários (9,68%) com foco específico no Ensino Médio. No segundo ciclo de formação, observamos um foco maior no ensino fundamental, dos 28 webinários, 25 (89,29%) tratavam de formação específica para práticas do ensino fundamental e os outros 3 vídeos (10,71%) se debruçaram sobre discussões acerca da cultura digital. Ou seja, nesta segunda formação a temática do Ensino Médio não foi verificada. Sendo assim, foi possível verificar que os dois ciclos de formações, pautados em uma parceria da SED e a Google for Education, tiveram um foco maior em auxiliar os professores a adaptarem sua rotina educacional para o modo virtual por meio de ferramentas disponibilizadas pela plataforma contratada. Contudo, é de suma importância questionar, mesmo considerando as limitações desta pesquisa, a disponibilidade de poucas formações específicas para o Ensino Médio. Além disso, também podemos levantar a preocupação sobre a parceria entre o setor privado e público para a disponibilização de ferramentas educacionais.

Apoio / Parcerias: UNIVILLE – Universidade da Região de Joinville; CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; GECDOTE - Grupo de Pesquisa em Estudos Curriculares, Docência e Tecnologias.

ENTRE COISAS COLECIONADAS E COLEÇÕES MUSEALIZADAS

  • Rosane Patricia Fernandes, Doutorando(a), rosepati@gmail.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Palavras-chave: Cultura Material, Coleções , patrimônio arqueológico

Este trabalho é um recorte de uma pesquisa de doutorado interdisciplinar vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade, na linha de Patrimônio, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e conta com o apoio financeiro da CAPES para seu desenvolvimento. A problemática do estudo está em torno da origem, produção, uso e circulação da coleção de cerâmicas etnográficas do colecionador Guilherme Tiburtius, antes e depois de serem acervo museológico explorando a vida social dos objetos. Tem por objetivo, por meio de revisão bibliográfica e documental, refletir sobre concepções que destacam as funções e valores agregados aos objetos na perspectiva histórica, cultural e simbólica e sobre formação de coleções, amparado pelas discussões da cultura material, bem como posicionar a figura do colecionador frente aos seus objetos, os estímulos e objetivos envolvidos no ato de colecionar. Ademais, visa fornecer, novas e provocativas questões sobre como os objetos fazem parte da nossa organização social explorando a ambiguidade das coisas, sua funcionalidade, sentidos e valores e a natureza das coisas colecionadas e sua musealização. Para estabelecer a reflexão proposta entre objetos e pessoas foram acionados os autores cujas perspectivas teóricas se complementam nas discussões de cultura material, materialidade e coisas, como Olsen (2003), Hodder (1987-2012), Ingold (2007, 2015), Tilley (1990-2007), Miller (2003; 2013), Woodward (2007), Latour (2009-2012). Apesar de esses autores abordarem esse tema de forma diferente, ambos estão, atentos às ponderações das diferentes materialidades e temporalidades da cultura e agência entre humanos e não humanos. Meneses, (1983, 1984, 1998), Le Goff (1998-2005), Olsen (2003), Geertz (2008), Lima (2011), Ostrower (2012) sustentam as colocações da materialidade como cultura, documento e fonte histórica. No tocante a coleções, foram acionados Pomian (1986), Blom (2003), Pearce (2004) Soares (2012), Oliveira (2013, 2017) entre outros autores buscando compreender por que meios coleções privadas que nascem de uma tendência pessoal, formada ao sabor dos mais diversos propósitos, acabam no acervo de museus, em uma fruição pública. Por fim, tratou-se da institucionalização de bens culturais, e os museus como agentes de preservação patrimonial, por meio das colocações de Prats (1998, 2005, 2006), Chagas (2005) e Poulot (2003,2009), apresentando aspectos da coleção de Guilherme Tiburtius que compõe o acervo do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville- SC e o processo de atribuição de valor aos bens culturais.

Entre tramas de tecidos e linhas: a experiência narrativa e as artesanias das memórias

  • Rita de Cássia Fraga da Costa, Doutorando(a), ritadacosta08@gmail.com
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Palavras-chave: Memória., Imbricamento de linguagens, Experiência Narrativa

Com o objetivo de cartografar como as artesanias de um Panô de Memórias de/com idosos desvelam experiências em narrativas (auto)biográficas tramadas na tecitura têxtil de uma imagem, de forma a reatualizar seus interlocutores diante da vida, a pesquisa/tese Narrativas artesaniadas: tecituras de um Panô de Memórias está em desenvolvimento no Programa de Patrimônio Cultural e Sociedade (PPGPCS), na linha de pesquisa Patrimônio, Memória e Linguagem e no grupo de pesquisa Imbricamentos de Linguagens, da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). A metodologia adotada tem viés cartográfico (DELEUZE; GUATTARI, 2012), com aporte na pesquisa narrativa (PASSEGGI, 2008; 2020; CLANDININ; CONELLY, 2015). O objeto desta pesquisa nasceu no desenvolvimento do campo de uma pesquisa-dissertação, em meio as ações interativas de roda de conversas, em seis oficinas de artesanias com onze idosos participantes de um CRAS em Joinville, SC. Oportunidade que os idosos costuraram o Panô de Memórias acomodando os quadros confeccionados em tramas e aplicações artesanais, ao unir pequenos panôs elaborados como apresentação de si em imagem no desejo de fazer referência as memórias de suas vidas (COSTA, 2019). O Panô de Memórias é conjunto de multiplicidades das subjetividades tecidas como escrita/leitura de si em uma narrativa viva. Portanto, é imagem-mapa, matéria do vivido e do vivível que constrói um inconsciente sobre ela mesmo. Portanto, diante dos registros das narrativas dos idosos em imagens tramadas nessa artesania, este pesquisar/cartografar se põem a cercar a experiência estética (MAFFESOLI; 1998) e a experiência narrativa (BENJAMIN; 2012) e as relações entre as narrativas e as experiências (CLANDININ E CONELLY, 2015). Assim, nessa perspectiva, consideramos que diante das imagens do Panô, seus interlocutores empregam/desprendem forças (potências) nas reconstruções imagéticas de formações subjetivas num imbricamento de linguagens, gerando movimentos narrativos. Ações que servem de suporte a estes sujeitos autobiográficos que ao enunciar-se revelam-se na/pela matéria externada num bloco de efeitos produzidos na alteridade relacional do Eu com o Outro, do interno com o externo. A partir deste entendimento, destacamos que os gestos narrativos permanecem na extensão do corpo, que nos desafios das artesanias bordam, tecem e traçam ponto a ponto suas imagens como escrita/leitura de si; movimentos manifestos no trânsito da memória e na construção do pensamento; tempo/espaço tramado como corpo de subjetividades. Assim, ao percursar pelos desdobramentos dos sentidos diante das imagens do Panô de Memórias percebemos a passagem dos afectos pelas suas tramas e a proliferação das narrativas entre tecidos e linhas.

Apoio / Parcerias: BOLSA CAPES - PROSUC

Estado da arte sobre letramento acadêmico no Brasil envolvendo professores formadores de professores

  • Júlia Freitas, Graduando, juliaf01@hotmail.com
  • Rosana Mara Koerner, Dr(a), rosanamarakoerner@hotmail.com

Palavras-chave: letramento acadêmico, professores formadores de professores, estado da arte

A pesquisa tem como objeto de estudo o estado da arte sobre letramento acadêmico no Brasil, envolvendo professores formadores de professores. O objetivo é verificar a dimensão das pesquisas sobre letramento acadêmico no Brasil, considerando especialmente o professor formador de professores. Trata-se de um apoio às pesquisas desenvolvidas no grupo de pesquisa Leituras e Escritas em Práticas Educativas (LEPEd), ligado ao Mestrado em Educação. Está sendo realizado o levantamento das pesquisas desenvolvidas no Brasil, sobre letramento acadêmico. Estão sendo considerados: teses, dissertações e artigos acadêmicos sobre letramento acadêmico desenvolvidos no Brasil, nos últimos 5 anos. O trabalho apoia-se na leitura analítica dos títulos e dos resumos, para a tabulação de dados. Portanto, na primeira etapa, observamos que na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), até o momento, há uma significativa ausência de textos relacionados à temática estudada, confirmando a necessidade de continuidade da pesquisa sobre letramento acadêmico envolvendo os professores formadores de professores. A segunda parte do projeto envolve a leitura do Catálogo de Teses e Dissertações, além de artigos disponibilizados pela CAPES. A importância do letramento para a educação superior, visto sob a ótica do professor, poderá contribuir para novas reflexões sobre a constituição da formação do professor. A universidade tem um papel importante a ser feito, que é aprimorar as práticas de letramento dos seus alunos, promovendo uma sociedade cada vez mais letrada. Analisaremos as práticas feitas pelos professores resultantes de suas próprias trajetórias de contato com materiais escritos, para identificar as contribuições trazidas pela formação na constituição de um professor que trabalhe na perspectiva do letramento.

Apoio / Parcerias: UNIEDU - Art. 170 FAP/UNIVILLE

GEOPARQUE “CAMINHO DOS CANIONS DO SUL” – UM OLHAR SOBRE O PATRIMÔNO CULTURAL

  • Anna Lethicia dos Santos, Mestrando(a), lethicia.anna@gmail.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Palavras-chave: geoparque, unesco, patrimônio cultural

Esta pesquisa se propõe a contribuir para o aprofundamento do estudo acadêmico dos geoparques, em especial nos aspectos relacionados ao processo de reconhecimento do projeto de geoparque Caminho dos Cânions do Sul como integrante da Rede Global de Geoparques da UNESCO. O estudo tem por objetivo geral identificar o patrimônio cultural presente nas cidades catarinenses integrantes do projeto, quais sejam, Jacinto Machado, Morro Grande, Timbé do Sul e Praia Grande, e analisar de que forma esse patrimônio vem sendo acolhido pela atual gestão do geoparque. A metodologia será bibliográfica, fazendo-se o estado da arte para entender o que vem sendo pesquisado e publicado em revistas científicas, anais e congressos a respeito dos geoparques, e interpretativa e dedutiva, no sentido de se entender de que forma o patrimônio cultural identificado é valorizado pela gestão. Como resultado da pesquisa, espera-se identificar o patrimônio cultural, material e imaterial, presente nas cidades catarinenses integrantes do Projeto de Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul e entender como este vem sendo acolhido e discutido dentro do processo de governança do geoparque.

GRUPO DE LEITURA E DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: a jornada literária em tempos de isolamento social

  • Jaqueline Mendonça Basílio, Graduando, jaqueline.mendonca@univille.br
  • Alcione Pauli, MSc, alcionepauli@gmail.com
  • Maria Clara Maia Vieira, Graduando, maria.clara.maia.vieira@univille.br
  • Maria Eva Daniele, Ensino Médio, maria.danielle@uninville.br
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br

Palavras-chave: Contação de histórias, jornada literária, isolamento pandêmico

O Grupo de Leitura e de Contação de Histórias é um projeto de extensão vinculado ao Programa Institucional de Literatura Infantil Juvenil (PROLIJ). O PROLIJ, coordenado pela professora Berenice Rocha Zabbot Garcia, conta com a participação das extensionistas Maria Clara Vieira, Jaqueline Mendonça e Maria Eva Danielle, graduandas do curso de Letras - Língua Portuguesa e Língua Inglesa. O Grupo de Leitura e Contação de Histórias, sob a coordenação da professora Alcione Pauli, especialista pedagógica em contação de histórias, tem como objetivos investigar a literatura e o universo dos livros; promover espaços de divulgação da Literatura Infantil Juvenil, democratizando o acesso a leitura; e contribuir para a formação de novos contadores de histórias. O processo metodológico se subdivide nas etapas: divulgação do projeto e inscrição de novos participantes; encontros quinzenais para pesquisa e seleção de histórias literárias, bem como discussão de estratégias de contação de histórias; registro da presença dos participantes para sistematização dos dados e emissão das declarações de participação; apropriação dos participantes às histórias selecionadas, a partir de leituras e releituras; preparação para a contação em espaços virtuais; avaliação e análise da contação de histórias; divulgação dos resultados nas redes sociais do Prolij. Por conta da pandemia e da necessidade do distanciamento social, os encontros acontecem virtualmente na plataforma Microsoft Teams, às terças-feiras. Essa mudança para o virtual significou um aumento de participação significativo, já que possibilitou também o acesso de pessoas de outras cidades e estados. Os vídeos de contação divulgados nos canais do programa têm, em média, 180 visualizações. A universidade, ao abrir espaço com participações acadêmicas e não acadêmicos para pensar o quê, como e para quem ler, pode ser uma possibilidade na construção de caminhos para uma sociedade que ainda apresenta relatórios terríveis nas questões que se referem ao livro, à leitura e à literatura. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil mostra que nos últimos quatro anos, o Brasil perdeu mais de 4,6 milhões de leitores. O Grupo de Leitura e de Contação de História pode ser uma possibilidade para amenizar os impactos sobre o déficit de leitura e o contato com a literatura neste momento pandêmico e pós-pandemia. Para narrar histórias é preciso ler muitas histórias e neste movimento de ler e contar o extensionista passa pelo processo de criação e de organização de repertório de livros e leituras, (...) “narrar é uma forma de pensar o mundo.” (PRIETO, 2015,p.07).

Informação e propaganda: construindo laços de geração de conteúdo entre comunidade, empresas locais, estudantes do ensino médio e de graduação

  • Silvio Simão de Matos, Dr(a), simon@univille.br
  • Henrique Arins, Doutorando(a), henriquearins@univille.br
  • José Isaías Venera, Dr(a), j.i.venera@gmail.com
  • Arthur Baltazar, Graduando, arthur.baltazar@univille.br
  • Anna Jhulian, Graduando, annajhulian09@gmail.com
  • Eduarda Caroline de Paula, Graduando, eduardapaula@univille.br
  • Gabriel Imhoff; Renata Mereles Paim; Thieny Garcia;, Graduando, gabriel.imhoff@univille.br
  • Luana Oenning , Graduando, oenningluana@gmail.com

Palavras-chave: Geração de conteúdo, Ensino Médio, Redes Digitais

O projeto de extensão “Informação e propaganda: construindo laços de geração de conteúdo entre comunidade, empresas locais, estudantes do ensino médio e de graduação” vem sendo aplicado junto a escolas e colégios da rede pública e privada de Joinville. Os objetivos do projeto tiveram que ser adequados devido a questão da pandemia. Nesse sentido, procurando não afetar a ideia central de produzir conteúdos e publicar nas redes digitais, a equipe do projeto, envolvendo professores e estudantes, decidiu por adaptar o projeto visando construir textos sobre conteúdos dos componentes do ensino médio e que são parte integrante das provas do Enem. O caminho percorrido então foi buscar uma parceria com o projeto Loucos por Saber, que indicou cerca de 80 temas, envolvendo todos ás áreas do Enem. Enquanto metodologia de aplicação do projeto, foram feitas reuniões entre a equipe e os estudantes, analisadas possíveis escolas para participarem da iniciativa e a partir dos integrantes do projeto foram realizados os contatos com os diretores das escolas. Atualmente, o projeto esta em execução nas seguintes escolas: Jandira D’avila, Naggib Zattar e Santos Anjos. Outras escolas já sinalizaram positivo e devem fazer a execução entre setembro e outubro, sendo elas: Colégio Univille, Colégio Santo Antônio, Senai Norte, Annes Gualberto, Escola Bailarina Liselott Trinks e Marli Maria de Souza. A metodologia de execução do projeto consiste em: contato com a gestão das escolas; definição de professor (a) ligado (a) a componente redação para coordenar localmente a aplicação; distribuição dos temas do enem para a escola; explicação da atividade para a turma; execução de atividade avaliativa sob orientação do professor (a); revisão e finalização dos textos; publicação no Medium; divulgação no Instagram do projeto. A publicação de textos foi definida pelos integrantes pelo fato de “gastar” uma banda de web menor, devido aos planos dos estudantes, pois a finalidade maior da iniciativa é proporcionar a geração de conteúdos visando preparação dos estudantes para o Enem.

Apoio / Parcerias: Ensino Privado Colégio dos Santos Anjos (possibilidade) Colégio da Univille Santo Antonio (Possibilidade) Senai Norte (Possibilidade) Ensino Público Escola Estadual Dep. Nagib Zattar Escola Estadual Gov. Marli Maria de Souza Escola Estadual Profa Jandira D’ávila Escola Estadual Bailarina Liselott Trinks Escola Estadual Annes Gualberto

Inovação, patrimônio cultural, habitats de inovação e cidades: o caso do Centro Sapiens, Florianópolis

  • Marco Antônio da Silva, G, ma2844676@gmail.com
  • Patrícia de Oliveira Areas, Dr(a), patricia.areas@univille.br

Palavras-chave: Inovação, Patrimônio cultural, revitalização urbana

A proposta da presente pesquisa foi conhecer e analisar como as propostas de revitalização de espaços históricos nas cidades podem impactar o patrimônio cultural, principalmente quando se referem a usos com base em iniciativas de inovação, como é o caso dos Habitats de Inovação. Para tanto, tomou-se por base o “Centro Sapiens” em Florianópolis. Inicialmente a proposta era trabalhar com documentos do projeto do Centro Sapiens, bem com visitas in loco e entrevista. Contudo, com a pandemia houve várias limitações. Assim, a metodologia foi baseada em pesquisa teórica, a partir de fontes bibliográficas primárias como documentos e apresentações disponibilizadas no site do projeto, bem como secundárias como artigos, teses e dissertações sobre o Centro Sapiens. Como resultado identificou-se que várias são as ações propostas para o Centro Sapiens, pautada, principalmente nos elementos da economia criativa. Dentre as ações estão desde novos planos turístico, revitalização dos espaços com cabeamento subterrâneo, restauração prédios históricos, até rotas que levam aos estabelecimentos comerciais locais, ações de formação para atores locais. Talvez, nestas últimas ações podem estar algumas alternativas para se evitar a potencial gentrificação destes processos de revitalização: que é excluir atores locais que antes faziam usos deste território. Excluir pessoas de seu território é também excluir parte do patrimônio cultural local. Ações de revitalização de espaços urbanos históricos a partir de iniciativas pautadas na inovação e na economia criativa podem ser boas alternativas. Contudo, também envolve o risco de gentrificação, o que pode impactar negativamente o patrimônio cultural. Uma boa gestão envolve também inserir a comunidade local nas ações previstas, tanto de geração de renda, como capacitação.

INTERVENÇÕES EDUCATIVAS PARA PROMOÇÃO DA CULTURA DA PAZ

  • João Pedro Alves Scremim , Graduando, joao.scremin@univille.br
  • Dalva Marques, MSc, dalva.marques@univille.br
  • Ana Beatriz Gonçalvez Vieira, Graduando, ana.beatriz.goncalves.vieira@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Projeto de extensão, Cultura da paz, Ações propositivas

O Projeto de Extensão Linguagem da Não-Violência: Educação para a Paz - EDUPAZ, desenvolveu suas atividades de modo integralmente remoto, desde março de 2020, devido às restrições sanitárias impostas pela pandemia COVID-19. Desse modo, para lidar com as possibilidades limitadas de ações e propostas, houve uma transformação do modo de construir significativamente as intervenções que o projeto costumeiramente praticava. As práticas intervencionistas previamente estabelecidas como hábito símbolo do projeto, seja pelos simpósios, palestras e outros eventos que se davam dentro do ambiente escolar, em contato com os alunos, professores e demais membros da comunidade, para criar práticas e consciência efetiva de uma educação para uma linguagem da paz adaptou suas atividades para a elaboração de materiais, a pesquisas e eventos on-line. As temáticas estudadas pelos bolsistas UNIEDU, oriundos de diversos cursos de graduação, foram: violências contra os profissionais de saúde; preconceito contra idosos; a questão do bem-estar infantil; e, a angústia virtual. As pesquisas e os materiais didáticos desenvolvidos constituem o acervo do projeto e servirão para fundamentar as práticas intervencionistas que irão ocorrer futuramente. Os bolsistas PROESDE, divididos em duas equipes, desenvolveram oficinas em escolas estaduais a partir de um diagnóstico de interesse dos estudantes. Em relação aos eventos on-line destacam-se: 1. Simpósio EDUPAZ, que está na sua 7ª versão; 2. Discuta o Curta, com objetivo de a partir de um curta discutir uma temática relacionada à violência; 3. Concurso de Fotografia EDUPAZ, com objetivo de estimular os diferentes olhares a fim de promover uma reflexão sobre cultura da paz. O envolvimento dos extensionistas tem sido fundamental para a formação cidadã dos acadêmicos. Já os eventos possibilitam manter as reflexões e a conscientização sobre a questão da violência presente em nossa sociedade.

Linguagem e patrimônio: as narradoras que ecoam memórias sociopolíticas em “A casa dos espíritos”, de Isabel Allende, e em “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior

  • Luana Seidel, Mestrando(a), luanaseidel@univille.br
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Palavras-chave: Linguagem e Patrimônio, Memórias sociopolíticas, A casa dos espíritos/ Torto Arado

Linguagem e patrimônio: as narradoras que ecoam memórias sociopolíticas em “A casa dos espíritos”, de Isabel Allende, e em “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior é um estudo que aborda a linguagem e seus imbricamentos com a memória e a cultura sociopolítica, partindo de que o literário reconstrói o acontecido no campo real ou imaginário recuperado pela memória do autor, pelo narrador. Esta pesquisa procura articular, analisar e compreender a linguagem em sua potencialidade de projetar subjetividades, recortes históricos políticos culturais e mundos possíveis. Pensar e analisar o autor e seus modos de capturar o mundo pela linguagem é um caminho para traçar desenhos de uma memória social como o patrimônio de uma cultura e uma sociedade, eternizados pela arte literária. A dissertação será construída a partir de três artigos relacionados à linguagem literária, à memória e ao patrimônio cultural. Para seu desenvolvimento, será utilizado o método de pesquisa bibliográfica: a linguagem literária será entendida, tomada e pesquisada como patrimônio, levando em consideração artigos, monografias, dissertações e outros escritos sobre o tema. Ao tangenciar o estudo da linguagem literária, da memória, voz do(s) narrador(es), o conceito de decolonização e a pós-modernidade, serão estudadas fontes já conhecidas sobre o tema, bem como autores que dão base à pesquisa acadêmica em torno das questões globais do patrimônio cultural imaterial. A investigação intertextual das narrações se dá a partir dos recortes “A casa dos espíritos” (1982), da chilena Isabel Allende, que tem como foco as mulheres da família Del Valle-Trueba, e “Torto Arado” (2019) do brasileiro Itamar Vieira Junior, que apresenta a voz (e falta dela) dos que nasceram a partir de um passado escravagista. De que forma, então, a linguagem literária potencializa a crítica sociocultural ao narrar transformações sociopolíticas e culturais? Para responder esta e outras questões, serão utilizados textos de Walter Benjamin (1936), Beatriz Sarlo (2013), Terry Eagleton (1996), Joël Candau (1996). A literatura é potência. Registra, narra, expõe, questiona, inspira a partir das vozes mais variadas e de vozes silenciadas e não puderam falar e sobrevivem no simbólico.

Apoio / Parcerias: BOLSISTA MODALIDADE II PROSUC CAPES

Memórias da Cidade e Experiências Sociais na Pandemia: uma análise do relato de uma operária industrial

  • Gabriel Henrique de Oliveira Furlanetto, Graduando, gabriel.furlanetto@univille.br
  • Sirlei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: Pandemia COVID-19, História Oral, memória

No ano de 2020, a pandemia da Covid-19 trouxe várias consequências sociais no âmbito nacional e internacional. O município de Joinville também foi afetado consideravelmente. A presente comunicação tem por objetivo relatar parte da pesquisa realizada no componente curricular “Atividades de Extensão” no Curso de História da Univille em parceria com o Laboratório de História Oral. Trata-se do projeto de pesquisa intitulado “Memórias da Cidade e Experiências Sociais na Pandemia (Covid-19): Narrativas da Comunidade acadêmica da Univille (Campus Joinville)”. Utilizando-se da metodologia de história oral, foram realizadas entrevistas com o objetivo de problematizar as memórias no que diz respeito às experiências na pandemia. Em vista disso, o foco de pesquisa concentrou-se em professores, estudantes, pessoal administrativo da Univille e familiares dos estudantes do curso de Licenciatura em História dessa instituição. Será apresentada uma análise de uma das entrevistas realizadas, especificamente de uma operária industrial (familiar) que narrou as suas experiências e perspectivas, refletindo suas dificuldades, pontos positivos, referente ao aprendizado durante a pandemia, entre outras questões. Desse modo, foi possível compreender melhor, quando da análise da narrativa, as estratégias utilizadas no cotidiano para viver esse momento tão incerto. Tal pesquisa colabora para a construção da história vista de baixo e da visibilidade de histórias singulares que contribuem para uma compreensão dos nossos dias.

Memórias do trabalho e de trabalhadores sobre o patrimônio industrial:o Moinho Joinville (1970-2021)

  • ANELISE BONALDI KLÖPPEL, G, anelisekloppel@gmail.com
  • Sandra P.L. de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Patrimônio Industrial, Memória

Este trabalho é fruto de um projeto de dissertação inserido na linha de pesquisa Patrimônio, memória e linguagens, do Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade, contemplado com bolsa integral pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes. O objetivo principal é apresentar o andamento da pesquisa que visa compreender narrativas que foram construídas por trabalhadoras e trabalhadores contratados pelo Moinho Joinville entre 1970 e 2013. Adota-se como metodologia o uso da História Oral, a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental. Os resultados esperados dessa pesquisa, para além da defesa da dissertação, visam fomentar discussões sobre o Patrimônio Industrial e memória do trabalho por meio de apresentações em Congressos ou Simpósios e publicações. A pesquisa bibliográfica indica que os estudos sobre o Patrimônio Industrial na América Latina são recentes, e apontam a Memória do Trabalho como uma importante possibilidade de pesquisa. Da mesma forma, a consulta em alguns documentos como cartas patrimoniais que conceituam o Patrimônio Industrial evidenciam que o potencial intangível desse campo vem sendo reforçado a partir de novas discussões, que permitem pensar os modos de fazer, saberes e conhecimentos elaborados por trabalhadores e trabalhadoras das Industrias. Desse modo pode-se concluir que a Memória do trabalho poderá ser uma perspectiva que enriquecerá as discussões sobre o Patrimônio Industrial, evidenciando narrativas de trabalhadoras e dos trabalhadores que ainda não foram analisadas.

Apoio / Parcerias: Capes

Núcleo de Estudos e Atividades em Direitos Humanos (NEADH) e as Redes Sociais

  • Eduarda Schmichek, Graduando, eduardaschmicheck@gmail.com
  • Jorge Rafael Matos, Doutorando(a), jorgerafaelmatos@gmail.com
  • Sarah Francine Schreiner, Doutorando(a), sarahfrancine@yahoo.com.br
  • Wilson de Oliveira Neto, Dr(a), wilson.o@univille.br

Palavras-chave: Extensão, Redes Sociais, NEADH

O Núcleo de Estudos e Atividades em Direitos Humanos (NEADH) é um grupo de extensionista promovido pela Univille - campus São Bento do Sul, que possui como princípio norteador a disseminação de conteúdos relativos aos direitos humanos e aos direitos fundamentais em toda a comunidade da região, qual seja: São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre. Nesse sentido, o NEADH proporciona a convivência da comunidade em geral com a comunidade acadêmica por meio de encontros quinzenais que seguem três vertentes principais. A primeira visa a elaboração de uma cartilha para as pessoas com deficiência como forma de simplificar a Lei da Inclusão (Lei n.13.146/2015), além de realizar capacitação sobre “capacitismo”. A segunda vertente e o “projeto cidadania”, que busca a realização de seminários referente aos direitos humanos junto ao público do ensino médio. Por fim, a terceira vertente é responsável pela manutenção das redes sociais do grupo, tendo em vista que elas são o principal meio de contato com a sociedade em geral. Desse modo, cabe salientar o importante papel das redes sociais para este grupo de extensão, essencialmente, porque auxiliam na propagação de conteúdos sobre os direitos humanos e os direitos fundamentais. Através do Facebook e do Instagram é possível promover a aproximação direta da comunidade com os temas, e os acadêmicos bolsistas e voluntários produzem o conteúdo ali veiculado com o caráter informativo e educativo. As publicações criadas pelos participantes do projeto abordam uma diversidade de temas, como a conceituação de termos básicos, a comemoração de datas especiais relacionadas a direitos humanos, o aspecto histórico dos direitos humanos, e os objetivos do desenvolvimento sustentável. Ressalta-se que todos os conteúdos postados são supervisionados pelos professores responsáveis. Além disso, pode-se destacar o aspecto cultural presente nas redes sociais do NEADH na medida em que incentivam o hábito da leitura mediante a indicação de obras de autores como Djamila Ribeiro e Paulo Freire, e promovem reflexões e aprendizados. Os resultados do engajamento diário das redes são favoráveis, de modo que atualmente a página do Facebook do Neadh conta com aproximadamente 1.100 seguidores e o Instagram possui 430 seguidores. Frisa-se que os integrantes do grupo de estudo estão na constante busca pela qualificação a fim de providenciar a disseminação de informações concretas e concisas em relação ao panorama atual dos direitos humanos e direitos fundamentais.

Núcleo de Estudos e Atividades em Direitos Humanos (NEADH) e o Capacitismo

  • Nicoly Baumgardt Muller, Graduando, nicolymuller05@gmail.com
  • Sarah Francine Schreiner, Doutorando(a), sarahfrancine@yahoo.com.br
  • Jorge Rafael Matos, Doutorando(a), jorgerafaelmatos@gmail.com
  • Wilson de Oliveira Neto, Dr(a), wilson.o@univille.br

Palavras-chave: pessoa com deficiência, capactismo, extensionista

O NEADH – Núcleo de Estudos e Atividades em Direitos Humanos - é um projeto de extensão universitária, com funcionalidade no campus São Bento do Sul e que possui como escopo a disseminação de informação e o chamamento da comunidade para as questões relacionadas aos Direitos Humanos. Para tanto se desenvolve uma parceria com a APAE de São Bento do Sul, tendo como foco a facilitação e a acessibilidade da legislação respectiva àqueles a quem mais interessa: as pessoas com deficiência. O objetivo da parceria então é promover a facilitação da compreensão do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), bem como levar ao público a discussão sobre o tema ‘’Capacitismo’’. Para se alcançá-lo se optou pela metodologia da capacitação no intuito de cientificar os participantes sobre as formas de discriminação relacionadas às pessoas com deficiência, uma vez que, dentre as formas de supressão de grupos minoritários, esta é a menos discutida e não por ser menos importante. Mas sim por se dar de forma velada e sem conhecimento do público. A capacitação, para além da universidade, é para ser levada a colégios e públicos específicos interessados no tema. Aponta-se que estes conteúdos discutidos e pesquisados promoveram entre os acadêmicos extensionistas vários debates, em sala de aula, em vivências profissionais, trazendo capacitação e aprendizado, de forma que, com as ferramentas que são disponibilizadas e com trabalho em equipe, se consegue levar tudo adiante, para todos e com todos. Se conclui que é importante se promover informação de qualidade, com respaldo científico, mediante pesquisa qualificada de conteúdo, e dar continuidade a esta promoção. Isso leva o acadêmico extensionista do projeto, diariamente, a buscar qualificar sua pesquisa e elevar sua responsabilidade social, uma vez que a academia, onde se acessa a informação científica de qualidade, não é a única forma de promoção de conhecimento, e é isso que o NEADH proporciona, e o que o extensionista deseja disseminar para toda a sociedade.

O complexo conjunto arquitetônico do “Le Mont-Saint-Michel et as Baie”: um estudo sobre um patrimônio mundial da UNESCO (1979)

  • Vinicius Azevedo Antonio Vieira, Graduando, vinicius_antoniooo@hotmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio mundial, UNESCO, Ativação patrimonial

Esta comunicação pretende socializar resultados do projeto intitulado “O complexo conjunto arquitetônico do “Le Mont-Saint-Michel et as Baie”: um estudo de caso sobre um patrimônio mundial da UNESCO (1979)”. Tal projeto, possuiu vinculação com uma pesquisa maior denominada “Pelos bastidores da UNESCO: estratégias para uma governança em rede do patrimônio mundial (1970-2020)”, financiada pelo Fundo de Apoio à Pesquisa da UNIVILLE. Possuindo como base a historiografia pertinente e fontes primárias atinentes à patrimonialização mundial do “Le Mont-Saint-Michel et as Baie”, a comunicação problematiza como o referido bem cultural francês foi oficialmente reconhecido e ativado como patrimônio mundial da UNESCO no final dos anos 1970. Em termos metodológicos, a comunicação vale-se de ações investigativas de caráter bibliográfico e histórico-documental, bem como da análise de fontes digitais coletadas em sites, tais como as bases acadêmicas do “Google Scholar”, Biblioteca Virtual da Univille, Portal Scielo e a Biblioteca da UNESCO, assim como no site do World Heritage Centre (https://whc.unesco.org/). Como resultado deste projeto foi possível perceber a ampla dimensão e alcance internacional do patrimônio mundial da UNESCO (política, econômica e cultural). Nesse âmbito, destacamos a importância do conjunto arquitetônico, artístico e histórico do “Le Mont-Saint-Michel et as Baie”, um exemplar único na Europa. Nosso trabalho identificou que o Le Mont-Saint-Michel et as Baie” desempenha um caráter socioeconômico para a sua comunidade atual, especialmente de maneira turística, mesmo durante a Pandemia da COVID-19. Igualmente, notamos que há pouquíssimos estudos em língua portuguesa a respeito da história do “Le Mont-Saint-Michel et as Baie” e, menos ainda, sobre a sua patrimonialização mundial da UNESCO. Nesse sentido, concluímos reforçando a necessidade de mais investigações cientificas sobre esses assuntos, às quais poderiam contribuir para uma compreensão mais aprofundada das dimensões artísticas, históricas e arquitetônicas desse patrimônio.

Apoio / Parcerias: PIBITI/CNPq; FAP/Univille.

O conceito de cidades inteligentes e a noção de patrimônio mundial da UNESCO: o caso de Brasília (1981-1990)

  • Vinícius José Mira, Graduando, viniciusmira1987@gmail.com
  • Diego Finder Machado, Dr(a), diego_finder@yahoo.com.br
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio mundial, Brasília, Cidades inteligentes

Este banner é um desdobramento de uma pesquisa de iniciação científica que visa investigar historicamente o emprego da noção de cidades inteligentes e sustentáveis no processo de candidatura e reconhecimento de Brasília como patrimônio mundial da UNESCO, no transcurso da década de 1980. Do ponto de vista metodológico, a referida pesquisa foi desenvolvida a partir de agosto do ano de 2020, valendo-se de bibliografia de apoio e fontes primárias (documentos institucionais do Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO). Os instrumentos utilizados para sistematização dos dados pesquisados foram o fichamento bibliográfico-conceitual, mapa conceitual e fichas de análise. Como resultados, o banner apresenta reflexões a respeito do conceito de patrimônio mundial da UNESCO, da experiência patrimonial de Brasília e da noção de cidades inteligentes. A esse respeito, o banner analisou o conceito de cidades inteligentes, posicionando-o historicamente em relação à sua emergência, na década de 1990, e buscando sinalizar algumas das características que constituem essa categoria em relação aos centros urbanos que fazem uso eficiente dos recursos naturais, humanos e tecnológicos. Além disso, nosso estudo demonstrou que não há aplicação muito clara do conceito de cidades inteligentes no parecer do processo de candidatura e reconhecimento de Brasília como patrimônio mundial da UNESCO, embora algumas características que compõem o conceito estão presentes nas fontes analisadas. Ao que parece, isso se deve pela influência que o urbanismo do século XX, cuja cidade de Brasília é um dos exemplos mais significativos, apostou na emergência do conceito de cidades inteligentes, no transcurso da década de 1990. Por fim, esperamos que este banner seja uma contribuição para pesquisas que lidem com a patrimonialização de Brasília e os desafios de sua gestão urbana patrimonial. Nesse sentido, sinalizamos que as dificuldades enfrentadas na gerência do Plano Piloto na qualidade de patrimônio cultural podem ser analisadas à luz da noção de cidades inteligentes.

Apoio / Parcerias: PIBITI/CNPq; FAP/Univille.

O Laboratório de História Oral e o Centro Memorial da Univille: atividades de ensino, pesquisa e extensão no contexto pandêmico

  • Camila Melechenco, Graduando, camilamelechenco@gmail.com
  • Ilanil Coelho , Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com
  • Éwerton de Oliveira Cercal , Graduando, ewerton.cercal@gmail.com
  • Lucas Henrique da Silva Lima, Graduando, lukas.30.01.99@gmail.com
  • Vinícius José Mira , Graduando, viniciusmira1987@gmail.com
  • Weslley dos Santos Graper , Graduando, weslleygraper06@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Palavras-chave: Centro Memorial da Univille, Laboratório de História Oral da Univille, Pandemia

Esta comunicação oral tem por objetivo socializar as recentes atividades de ensino, pesquisa e extensão empreendidas pelas equipes do Centro Memorial e Laboratório de História Oral da UNIVILLE (LHO) em contexto pandêmico. Entre as atividades realizadas, destacamos o projeto “Patrimônio Fora da Caixa”, desenvolvido a partir de 2020, que ainda se encontra em andamento. Em tal projeto, pesquisadores, bolsistas e voluntários associados ao LHO produzirão um material didático a ser usado na educação básica, discutindo o patrimônio cultural em suas mais diversas dimensões (patrimônio natural, digital, musical, industrial etc.). Outro projeto de 2020 abordou o “Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual”, data criada pela UNESCO com o objetivo de sensibilizar o público e promover o reconhecimento da importância do Patrimônio Audiovisual em diferentes partes do planeta. As equipes do LHO e do Centro Memorial da Univille – CMU, em parceria com o Arquivo Histórico de Joinville - AHJ, promoveram diversas atividades durante toda a semana do dia 27 de outubro, tais como a divulgação de algumas fontes históricas existentes no LHO e no AHJ. Além disso, o LHO realizou a organização de diversos eventos em 2021, entre eles: a) XXVI Semana de História da Univille, ocorrida entre os dias 21 e 25 de junho de 2021, de maneira online, com o tema "A profissão historiadora no Brasil contemporâneo: História, políticas, tecnologias"; b) 5ª Semana Nacional de Arquivos, com a mesa-redonda, transmitida via canal UnivillePlay no YouTube, intitulada "Empoderando arquivos: debates, experiências e perspectivas", realizada no dia 10 de junho de 2021, com participantes do AHJ, do curso de História da Univille e da Secretaria de Cultura e Turismo de Joinville; c) XI Encontro Regional Sul de História Oral: evento online realizado nos dias 25 a 27 de agosto de 2021. Ademais, na data de 25 de agosto, no contexto do XI Encontro Regional Sul de História Oral, foram realizadas as filmagens que irão compor um conjunto de 10 vídeos comemorativos alusivo ao aniversário de 40 anos do Laboratório de História Oral da Univille, a ser completado em 06 de março de 2022.

Apoio / Parcerias: FAEX/Univille.

O planejamento da prática pedagógica na educação infantil sob a perspectiva do letramento do professor

  • Jane Tromm Stopa, Mestrando(a), janetromm@gmail.com
  • Rosana Mara Koerner, Dr(a), rosanamarakoerner@hotmail.com

Palavras-chave: educação infantil, planejamento, letramento do professor

A pesquisa é parte de uma dissertação de mestrado em Educação e tem como objetivo principal verificar as percepções de professores de educação infantil acerca do planejamento de sua prática docente como uma atividade escrita inerente à profissão docente e, nesse sentido, relacionada ao letramento do professor. Optou-se por realizar um estudo qualitativo, utilizando-se para a geração de dados um questionário e uma entrevista semiestruturada com 6 professoras que atuam em turmas de 4 e 5 anos em CEIs da rede municipal de Joinville. As professoras consideram o planejamento um norte para a sua atuação diária, é flexível, permitindo adequações no decorrer das vivências e circunstâncias ocorridas no cotidiano da educação infantil. Sua flexibilidade se dá também, por considerar os interesses que as crianças apresentam nas rodas de conversa e momentos de brincadeira, que são sempre observadas e acompanhadas pelas professoras. Por meio das entrevistas, ficou evidente que aprender a elaborar um planejamento faz parte do fazer docente e sua elaboração sofre alterações conforme o local de trabalho. O planejamento elaborado pelas professoras entrevistadas parece ser organizado a partir de uma descrição do que acontecerá no decorrer do dia, considerando tempos e espaços utilizados para as vivências e momentos oportunizados com as crianças. Um dos resultados da pesquisa evidenciou a contribuição da coordenação pedagógica no processo de aprendizagem quanto à elaboração do planejamento pedagógico e o fazer docente, o que sugere a formação em serviço oportunizada no próprio local de trabalho. As trocas feitas entre os professores, por meio de conversas informais ou em momentos de reflexões oportunizados pelas coordenações, também são reconhecidos como momentos de aprendizagem e aprimoramento do fazer docente. Outro aspecto mencionado pelas professoras entrevistadas é em relação à importância da leitura para o aprimoramento docente e como suporte fundamental para enfrentar os desafios diários da professora de educação infantil. O conhecimento e apropriação de documentos oficiais também apareceu nas falas das professoras como uma base importante para a elaboração do planejamento, o que reforça aspectos do letramento dentro da profissão docente. Neste aspecto há um caminho que apresenta o letramento docente como uma condição indispensável ao fazer docente, que é o que vem sendo estudado nesta pesquisa que, neste momento, ainda está em processo de finalização. Os principais autores que fundamentam esta pesquisa são: Vasconcellos (2000), Libâneo (1994), Ostetto (2012) e Kleiman (2016).

O reconstruir da natureza: a Floresta da Tijuca e a história do Patrimônio natural no Segundo Império

  • Gabriel Lopes, Graduando, lopesg931@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Palavras-chave: História Ambiental, Floresta da Tijuca, crise hídrica

A História Ambiental possibilita muitas reflexões, principalmente sobre a continuidade da destruição ambiental e os seus reflexos na atualidade. Releva notar que o Brasil enfrenta recorrentes crises hídricas desde o século XIX. As pesquisas sobre a Floresta da Tijuca podem aclarar tanto os dados sobre a destruição ambiental, como as possibilidades de recuperação das florestas pelas políticas ambientais. Este trabalho fundamenta-se em duas partes que se integram entre si com objetivo de desenvolver a pesquisa. A primeira etapa consistiu no levantamento da historiografia que trabalhou com a conjuntura política, ambiental e social do Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX. A segunda etapa consistiu no levantamento da documentação primária do período, principalmente as fontes que trazem as discussões sobre o projeto da Floresta da Tijuca, como os periódicos, os discursos e projetos de estadistas, as iconografias e os relatórios. A pesquisa foi desenvolvida com o método da análise do discurso e com uma abordagem qualitativa, utilizando como fonte primária os fundos documentais sobre a Floresta da Tijuca e a diversa documentação do século XIX, que abarcam iconografias, discursos políticos, literários, científicos e jornalísticos. Por outro lado, utiliza-se a noção trazida pela História Ambiental das mudanças na natureza como uma parte fulcral da História (PÁDUA, 2010). A degradação ambiental na cidade do Rio de Janeiro Oitocentista veio de inúmeros fatores como a extração florestal, caça, crescimento urbano e demográfico, práticas agrícolas predatórias ligadas ao aumento dos cafezais. Estes fatores somados com as altas temperaturas na cidades agravaram os problemas de saúde, uma vez que a cidade foi assolada diversas vezes por epidemias, em especial a da Febre Amarela. As doenças e a crise hídrica foram fatores determinantes para a implementação das políticas ambientais. O reflorestamento da Tijuca não foi uma ação isolada para solucionar o abastecimento de água no Rio de Janeiro. Os intelectuais do período defendiam que o seu modelo fosse replicado nas províncias brasileiras. As discussões sobre as mudanças climáticas apontam que o projeto inovador da Tijuca pode ser retomado na atualidade.

Apoio / Parcerias: Art. 171

Papel da Universidade em tempos de Covid-19: análise da narrativa de uma docente universitária (Univille/SC)

  • Moroni de Almeida Vidal, Graduando, moronialmeidavidal@gmail.com
  • Camila Melechenco, Graduando, camilamelechenco@gmail.com
  • Sirlei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: história oral, pandemia COVID-19, universidade

Este trabalho tem por objetivo socializar algumas reflexões proporcionadas pela produção e análise de entrevista oral com uma professora universitária no ano de 2020, durante a pandemia de COVID-19. Para a produção da entrevista foram utilizados referenciais teóricos e metodológicos da História oral. A entrevista está vinculado ao projeto “Memórias da cidade e experiências sociais na pandemia (COVID-19): narrativas da comunidade acadêmica da Univille (Campus Joinville)” e aos estudos desenvolvidos na disciplina de Atividades de Extensão III, do curso de Licenciatura em História da Universidade da Região de Joinville em parceria com o Laboratório de História Oral da mesma Universidade. Neste sentido, a presente comunicação pode contribuir para as reflexões sobre os usos da História oral durante a pandemia de COVID-19, com o auxílio de plataformas digitais. Por outro lado, problematizar o papel da universidade advindo das ausências provocadas pelo isolamento físico.

PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES: AMÉRICA LATINA E A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM EDUCAÇÃO, TRABALHO E FORMAÇÃO DOCENTE

  • Jeferson Andrade, G, jefeandrade13@gmail.com
  • aliciene fusca machado cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Palavras-chave: Trabalho docente, Formação docente, América Latina

Este trabalho fez parte de uma pesquisa do Grupo de Estudos em Formação e Trabalho Docente (GETRAFOR) vinculado à Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). A pesquisa buscou-se aproximar dos saberes que foram produzidos e publicados sobre educação, no contexto da América Latina, destacando aqueles que abordam a temática formação e trabalho docente, e a partir disso, evidenciar os temas de pesquisa encontrados nestas produções. Foi realizando um levantamento bibliográfico em diversas bases de dados, como Scientific Electronic Library Online (SciELO). Buscou-se publicações no período de 2009 a 2018, e a partir dos seguintes descritores: América Latina + Trabalho docente, América Latina + Formação docente, América Latina + Docência e América Latina + Docente. Para as análises, delimitou-se dois critérios: a) Proximidade com a proposta da pesquisa; b) Idioma de publicação: artigos escritos em língua portuguesa. Sendo assim, a partir destes filtros, obteve-se 5 artigos para argumentação. Com base nas leituras realizadas, destacaram-se algumas interposições de ideias presentes nos estudos como: A década de 1990 foi marcada por mudanças no contexto da América Latina e Caribe, a nível social, econômico e político. Evangelista e Triches (2012) pautaram algumas consequências no trabalho docente a partir do alargamento das funções do professor, que não compactua com o aumento das condições de trabalho que são ofertadas. Esta ampliação está ancorada em documentos emitidos pelas Organizações Multilaterais (OM). destacam-se também outras organizações como o Banco Mundial (BM), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Programa de Promoção da Reforma Educativa na América Latina e Caribe (PREAL), presentes no contexto educacional dos países estudados de forma direta ou indireta. (TELLO e ALMEIDA, 2014). O que pode-se inferir a partir dos dados é que existem duas preocupações primordiais entre os pesquisadores, sendo a primeira uma inquietação quanto ao levantamento das organizações que tem participação na formulação de documentos e diretrizes para a educação. E a segunda é referente às condições de trabalho do professor no contexto educacional.

PRINCIPAIS DESAFIOS JURÍDICOS PARA OS EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO SOCIAL

  • Nicole Nehls , Graduando, nicole.nehls@univille.br
  • Patrícia de Oliveira Areas, Dr(a), patricia.areas@univille.br

Palavras-chave: Empreendimentos de impacto social, Regulamentação, Desafios

O presente artigo trata de esclarecer o que são os empreendimentos sociais e identificar alguns dos principais desafios jurídicos enfrentados por aqueles que buscam desenvolver empreendimentos de impacto social no Brasil. Pode se dizer que os empreendimentos sociais buscam, de forma geral, desmarginalizar um grupo, global ou local, que enfrenta dificuldade socioambientais, não sendo seu foco principal o lucro do empreendimento. Para tanto, a pesquisa se caracterizou como qualitativa, baseada em fonte bibliográficas e documentais principalmente vinculadas a legislação atinente a matéria. Por fim, como resultado verificou-se que estes empreendedores sociais ainda sofrem com a insegurança jurídica que permeia as principais características de sua atividade, principalmente nas questões societárias, de natureza jurídica e tributárias. Assim, uma regulamentação especifica que promova regras mais claras e até premiais a esta atividade pode ser uma iniciativa que facilitaria e impulsionaria a empreendedores investirem em negócios de impacto social.

Projeto Iphan-Pr: acondicionamento de acervo fotográfico para conservação.

  • Vivian Letícia Busnardo Marques, Doutorando(a), vivianlbmarques@hotmail.com
  • Luana de Carvalho Silva Gusso, Dr(a), lu_anacarvalho@yahoo.com.br

Palavras-chave: Patrimônio Cultural Material, Conservação, Acervo Fotográfico

Esta pesquisa trata da técnica de conservação de acervos, especificamente do acondicionamento de um acervo fotográfico de 16. 775 fotografias da Extinta Rede Ferroviária RFFSA do Paraná e Santa Catarina. Foi realizado um projeto para o IPHAN – Paraná, visando a preservação e a conservação destas fotografias. A problemática nesta ação está em executar um projeto com muitos itens de acervos e como manipular e acondicionar estas fotografias a fim de promover a sua conservação. O objetivo geral do projeto foi a conservação e a restauração das fotografias, porém neta pesquisa tratamos apenas da pesquisa e técnica de acondicionamento, dentro da área de conservação de acervos. Foram elencados alguns objetivos específicos como: discutir com o IPHAN sobre o armazenamento, comprar para o acervo um arquivo deslizante, adquirir pastas suspensas alcalinas, pesquisar materiais quimicamente inertes e fabricados para a conservação de fotografias, definir como será o armazenamento nas pastas alcalinas e identificar envelopes e papéis alcalinos disponíveis no mercado. A metodologia utilizada, foi baseada na ciência da conservação, a qual indica materiais e técnicas de acondicionamento para este estudo de caso. Através do diagnóstico e definição do acondicionamento deste acervo junto ao IPHAN-Pr, foram determinadas as ações de conservação. Após a aquisição de um arquivo deslizante e compra de pastas alcalinas suspensas, foi definido o local de armazenamento e acondicionamento das fotografias. Após estas definições a primeira etapa foi de identificação dos tamanhos das fotos, que em sua maioria cabiam nas pastas suspensas, outras em maior tamanho foram acondicionadas em gavetas. As fotografias foram acondicionadas em folhas de papel tamanho 21,0 cm x 29,7 cm, alcalino, na cor bege, onde as fotografias foram encaixadas nas suas quatro pontas, com pequenos cortes no papel de sustentação, desta forma podem ser retiradas para atender qualquer necessidade. Estas folhas foram inseridas dentro de envelopes de filme de poliéster, material quimicamente inerte e indicado para a conservação. Após a inserção dentro de envelopes, as fotografias foram acondicionadas dentro das pastas suspensas. A numeração feita atrás de cada fotografa foram inseridas nas pastas, conforme inventário realizado. Foram confeccionados passe-partout frente e verso e acondicionadas as fotografias de grande formato e estas armazenadas nas gavetas do arquivo deslizante. Os resultados foram satisfatórios e conclusos, diante de um acervo com 16.775 fotografias. A experiência foi gratificante e registrada aqui como resultado de pesquisa e ação, a fim de conservar este patrimônio.

Registros do feminino no Brasil do século XIX pelo olhar de Jean-Baptiste Debret

  • Luana Hellmann, Graduando, luly.hellmann@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Palavras-chave: História das Mulheres, Jean-Baptiste Debret, Brasil oitocentista

O artista francês Jean Baptiste Debret foi um dos integrantes selecionados para a chamada “Missão Francesa”. Com o exílio de Napoleão na ilha de Santa Helena, em 1815, a volta dos Bourbons, os artistas da corte francesa se veem à mercê da própria sorte (TUTUI, 2015, p.3). Nesse mesmo ano o Brasil torna-se parte do Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves, tendo o Rio de Janeiro como capital e sede da Coroa. Foi nesse contexto que D.João VI, ouvindo sugestão de seus conselheiros, contratou um grupo de artistas franceses, com a intenção de fundar uma academia de belas artes em seu Reino (TREVISAN, 2011, p.197). Debret produziu, entre 1816 e 1831, uma extensa coleção de imagens sobre o Brasil nos primeiros anos do século XIX. Por meio de suas representações pictóricas e anotações, podemos discutir os modos de vida no Brasil, em especial na cidade do Rio de Janeiro. As imagens e os textos feitos por Debret retratando os diferentes espaços femininos permitem discutir o apagamento e aclarar aspectos ainda pouco discutidos sobre o papel das mulheres no século XIX. O percurso metodológico perpassa por uma pesquisa bibliográfica e documental em artigos, produções acadêmicas e levantamentos históricos acerca da obra de Jean-Baptiste Debret. Ademais, o projeto possui como objetivo analisar as aquarelas e os escritos presentes no livro “Voyage Pittoresque et Historique au Brésil”, publicado na França entre 1834 e 1839. O artista registra em suas anotações que após a travessia de dois meses, percorrendo pela primeira vez as ruas do Rio de Janeiro, os franceses sentiram-se estranhamente impressionados em não verem as senhoras, nem nos balcões nem nos passeios, tendo as visto somente no dia nas igrejas. Quando observamos o cotidiano das mulheres em oposição ao que ocorre nas memórias dos homens, percebe-se a transmissão do poder masculino e do controle das mulheres pelo apagamento das suas vidas. Em relação às mulheres “Porque são pouco vistas, pouco se fala delas.” (PERROT, 2007, p.17). A pesquisa levantou as principais iconografias feitas por Debret que abarcam os espaços femininos. Enfim, podemos concluir que as representações femininas feitas por Jean-Baptiste Debret ao serem discutidas pelo olhar da História das mulheres possibilitam uma reflexão crítica sobre os espaços femininos e o seu apagamento na história.

Apoio / Parcerias: Art. 170

Sistematização da produção documental de um percurso formativo com professores da educação básica de Joinville/SC e região

  • ANA JULIA CAPISTRANO LAZZARIS, Graduando, ana.lazzaris@univille.br
  • Ana Paula Salvatori, Mestrando(a), anapsalvatori@yahoo.com.br
  • Gabriela Kunz Silveira, MSc, gabikunz@gmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene.cordeiro@univille.br
  • Allan Henrique Gomes, Dr(a), allan.gomes@univille.br

Palavras-chave: Docência, Pesquisa Documental, Formação de Professores

A presente pesquisa tem por objetivo sistematizar a produção documental do projeto PERFORMA, Percurso de Formação e Trabalho Docente no campo da Desigualdade Social. O PERFORMA trata-se um percurso de acompanhamento psicoeducacional para docentes da educação básica da região de Joinville, com ênfase nas experiências de atuação no campo da desigualdade social. Os encontros do primeiro percurso, no ano de 2020, foram organizados por cinco eixos temáticos: biográfico, trabalho, conceitual, estético e coletivo. Cada encontro foi conduzido por pesquisadores assistentes, que propuseram oficinas estéticas para que a participação dos professores no percurso pudesse evidenciar a inventividade docente nos contextos de desigualdade. Os professores participaram de forma voluntária mediante a assinatura do TCLE. Os encontros foram virtualizados, gravados e registrados pelos pesquisadores assistentes, que posteriormente compartilharam sua produção documental em um serviço on-line de armazenamento de arquivos. Essa produção documental compõe o objeto de estudo da presente pesquisa, visando a organização e sistematização dos documentos produzidos sobre o percurso. Vale ressaltar que os aspectos éticos acordados no TCLE estão preservados, no que diz respeito ao sigilo das informações que possam vir a identificar os professores participantes. O tratamento desses documentos está sendo orientado pela metodologia da pesquisa documental, de acordo com Sá-Silva, Almeida e Guindani (2009) e Cellard (2008), tendo em vista que a produção citada não recebeu nenhum tratamento analítico a priori. O primeiro contato com o acervo on-line oportunizou a caracterização do mesmo, ou seja, é possível afirmar que o acervo do PERFORMA é composto por produções de texto, áudios, vídeos e imagens, totalizando 210 arquivos. Nas primeiras análises, foi identificada uma significativa quantidade de documentos referentes ao eixo biográfico, o que indica a potencialidade de trabalhar com narrativas biográficas docentes em processos formativos. Um outro aspecto que compõe a pré-análise são as imagens produzidas pelos professores participantes sobre o seu cotidiano do trabalho na pandemia. Em suma, a sistematização e organização desse acervo possibilita análises, tanto sobre a participação desses professores no percurso mencionado, como a própria criação de um percurso formativo em uma perspectiva dialógica, participante, contribuindo para a produção de conhecimento acerca do trabalho e da formação docente.

Tributação de software e serviços na era de cloud computing aplicada aos novos modelos de negócios

  • Vitória Regina Peterman, Graduando, petermanvitoria@outlook.com
  • Patrícia de Oliveira Areas, Dr(a), patricia.areas@univille.br

Palavras-chave: Software, Tributação, Cloud computing

Os softwares fazem parte do dia a dia de grande parte das pessoas, independente da área de atuação, visto que sua presença se dá pelo simples fato de utilizar um computador, um e-mail, um armazenamento na nuvem, o próprio celular, etc.. Uma vez que são devidamente legislados, o softwares devem ser igualmente tutelados pelo direito. A partir do momento em que são colocados em uso, estão sujeitos à tributação, de acordo com sua modalidade. Deste modo, o objetivo geral da presente pesquisa é estudar as medidas tributárias aplicáveis aos softwares comercializados via cloud-computing, analisando, para tanto, as ferramentas legais de proteção jurídica destes softwares e levando em consideração o progresso da inovação tecnológica, por meio do desenvolvimento econômico e social. A metodologia adotada no projeto de pesquisa é a partir do método dedutivo, por meio do qual, a partir da análise legislativa, doutrinária e jurisprudencial, busca uma resposta sobre a tributação do software nos modelos de negócios que envolvem cloud computing. As técnicas de pesquisa utilizadas são a bibliográfica e documental, com base na doutrina jurídica e técnica sobre propriedade intelectual, inovação, cloud computing e tributação. Documental, com base na legislação aplicável e jurisprudência relacionada. Finalmente, a pesquisa é explicativa, atendendo ao objetivo geral do projeto de pesquisa. Os resultados obtidos a partir do estudo, até o momento, possibilitaram a melhor compreensão e uma análise aprofundada acerca do modo de incidência tributária aplicável à cada modalidade de software, tendo em vista a crescente demanda por inovação nos ramos profissionais e a necessidade de tutela e tributação adequadas, a partir do desenvolvimento econômico e social do país, levando em consideração a natureza jurídica dos softwares, bem como sua tutela legal.

Unidades de Conservação em Santa Catarina

  • Lilian Nardo Pires, Graduando, lilian.nardo10@gmail.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio Natural;, Unidades de Conservação;, Plano de Manejo

Esta pesquisa tem o objetivo estudar a gestão das Unidades de Conservação-UC do Estado de Santa Catarina. Uma UC refere-se a uma área natural territorial que contempla a conservação da biodiversidade da natureza para proteger os conjuntos bióticos (animais, vegetais, bactérias, fungos, microrganismos, etc.) e abióticos (água, solo, vento, sol, etc). As UCs brasileiras são regidas pela Lei n. 9.985, de 18/07/ 2000, chamada de Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC. Esta legislação específica as UCs de proteção integral e as de uso sustentável. Uma UC é legalmente instituída pelo poder público e, tem a relevância de proteger a biodiversidade específica de uma região, além de promover estudos científicos, educação ambiental, recreação e turismo. O processo de gestão de cada uma delas é fator que impacta na proteção da natureza. A gestão é delineada pelo plano de manejo. O plano de manejo é um instrumento de gestão de toda a UC e precisa ser publicado e colocado em prática, para que os objetivos propostos sejam atendidos. A metodologia da pesquisa foi pesquisa bibliográfica e documental na internet e em sites de órgãos governamentais, sites de turismo, ICMBIO, páginas oficiais dos municípios de Santa Catarina. Além disso, quando não encontrávamos o plano de manejo de uma UC na internet, utilizamos o e-mail, ferramenta que nos ajudou a coletar informações, junto aos órgãos responsáveis municipais, estaduais ou federais. Os resultados da pesquisa apresentou que das 248 UCs pesquisadas, 159 são municipais, 61 são particulares, 16 são federais, 12 são estaduais. Do total de UCs, 66 apresentam plano de manejo, 02 o plano de manejo não foi publicado, 74 não possuem plano de manejo, 68 não tem informações disponíveis e 38 UCs foram desativadas. O Estado de Santa Catarina apresenta um total de 248 UCs, dessas apenas 66 (44,76%) têm Plano de Manejo. Decorre que 55.24% do total das UCs do Estado de Santa Catarina não se sabe se tem ou não tem o Plano de Manejo. Acredita-se que a falta de informações sobre o plano de manejo, realmente significa que não existem, denota negligência na gestão e manejo das UCs, que impacta na redução da proteção do ambiente e da biodiversidade. Assim, é preciso mais informações para saber os fatores que impedem as UCs de terem um plano de manejo eficaz, eficiente e atuante.

VALORES E TRAJETOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL CATARINENSE NO SÉCULO XIX

  • Murilo Ristow Catarina, Mestrando(a), muriloristowc@gmail.com
  • Sandra P.L. de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Valores, Santa Catarina

O presente trabalho faz parte de uma dissertação que está ligada ao programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade na linha de pesquisa Patrimônio, Memória e Linguagens. É vinculada também ao Grupo de Pesquisas Estudos Interdisciplinares de Patrimônio Cultural (Geipac) e ligada ao projeto guarda-chuva “Museus e Espaços de Memória: representações, acervos e função social” (MEM). Este trabalho está sendo financiado parcialmente pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A problemática da pesquisa é entender quais os valores atribuídos ao Patrimônio Cultural de Santa Catarina no Século XIX e tem como objetivo identificar os valores atribuídos e a trajetória de objetos de origem catarinense que tenham sido enviados para fora da Província, no século XIX, para exposições nacionais ou internacionais. A metodologia é de caráter qualitativo e documental. A busca por tais documentos foi feita, inicialmente, por meio de acervos virtuais, como a Biblioteca Nacional e a Biblioteca do Senado, onde foram identificados documentos relativos às exposições internacionais e nacionais ocorridas no período em estudo e que Santa Catarina tenha sido partícipe. Após este processo foi feita uma pré-análise da documentação e posterior análise do discurso e do conteúdo. Os resultados parciais, relacionados à Exposição de História do Brasil, que aconteceu em 1881, na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, nos ajudam a compreender que tanto o governo imperial quanto a Província de Santa Catarina procuravam demonstrar a organização e o desenvolvimento da província, contribuindo assim com o discurso relacionado ao progresso e a grandeza do império.

Apoio / Parcerias: Bolsista Parcial Capes

VESTIMENTAS E IDENTIFICAÇÕES DE GÊNERO

  • Jessica Borges Caikoski , Mestrando(a), jb5663426@gmail.com
  • Sandra P. L. C. Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com
  • Raquel Sena Venera, Dr(a), raquelsenavenera@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Palavras-chave: vestimentas, gênero, feminino

Este estudo faz parte de uma pesquisa de mestrado vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade, integrado à linha “Patrimônio, ambiente e desenvolvimento sustentável”. A problemática envolve discussões em torno das relações entre a vestimenta feminina e os processos identificatórios de gênero. Nosso objetivo é analisar a partir da narrativa de mulheres, a influência das roupas na sua identidade de gênero, assim como sua relação com os debates sobre cultura material. A pesquisa se justifica à medida que possibilita ampliar debates sobre gênero e da relação entre objetos – especificamente as vestimentas, e sujeitos. As entrevistas ocorreram com base na metodologia da História Oral (VERENA, 2004; PORTELLI, 1997). Elas se deram por meio de plataformas digitais que possibilitaram a gravação de áudio e vídeo. Participaram oito mulheres, de diferentes gerações, com idade de 24, 34, 49, 58, 69, 75, 84 e 92 anos. A seleção das participantes aconteceu por conveniência (MAYER, 2016). Os resultados obtidos através das entrevistas foram de que na infância e adolescência as participantes mais velhas utilizavam unicamente vestidos e saias. As mais jovens já utilizaram calças, no entanto, as colorações e as estampas usadas por meninos e meninas eram diferentes. Uma única entrevistada, mulher trans, revelou usar roupas com característica do gênero masculino durante sua infância e enfrentar julgamentos ao se apropriar de signos da vestimenta feminina da adolescência em diante. De maneira geral, as falas evidenciaram que as peças de roupas são classificadas conforme suas estampas, cor, tecido e corte, que costumam ser entendidas como pertencentes a um ou outro gênero. As vestimentas enquanto artefatos da cultura material servem à transmissão de significados de gênero, elas atuam nas classificações de masculino e feminino, estão presentes nos processos identificatórios. Ao serem apropriadas pelas pessoas dentro de um cenário cultural, além de comunicar características, são ressignificadas.

“Castelo Coradelli: impactos, memórias e potencialidade patrimonial”

  • Gabriel Henrique de Oliveira Furlanetto, Graduando, gabriel.furlanetto@univille.br
  • Sandra P.L. de Camargo Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio Cultural, Joinville, Castelo Coradelli

No decorrer das práticas cotidianas, os cidadãos de Joinville e turistas podem se deparar com particulares edificações e, por conseguinte, expressarem a curiosidade de desvendá-las. Um desses alvos é a construção intitulada “Castelo Coradelli”, que chamou a atenção por se contrastar não apenas no cenário paisagístico da cidade, mas também por apresentar peculiaridades que, em geral, não são comuns no território brasileiro. Em vista disso, foi criado o projeto de Iniciação Científica denominado “Castelo Coradelli: impactos, memórias e potencialidade patrimonial”, ligado ao projeto guarda-chuva “Museus e Espaços de Memória: representações, acervos e função social”, de responsabilidade da orientadora deste projeto, e ao Grupo de Pesquisas Estudos Interdisciplinares de Patrimônio Cultural. Objetiva-se, principalmente, discutir as potencialidades daquele edifício se tornar um patrimônio cultural da cidade. Nessa direção, foi realizada uma revisão bibliográfica em torno das questões e conceitos referentes ao patrimônio cultural de Joinville, epistemologia do patrimônio cultural, história do município, representações sociais e imaginário. No que tange a sua suposta patrimonialidade, foi vislumbrado o quanto as discussões de identidade e relevância social são configuradoras para essa questão, especialmente pelo fato de que é em torno disso que são tomadas as decisões acerca do que deve ou não ser preservado e destacado socialmente. Por fim, o progresso desse projeto de pesquisa deva ser visado pelos estudos sobre turismo, paisagem, “mitos locais” – nos quais esse edifício também é circundado – e a metodologia da História Oral, que será útil para o conhecimento das narrativas do precursor do Castelo Coradelli.

Apoio / Parcerias: Aluno voluntário

“O Vôo Sobre o Oceano” de Bertolt Brecht

  • Leonardo Gruber Ribas, Graduando, leonardo.gruber10@gmail.com
  • Ana Beatriz Gonçalves Vieira, Graduando, anabeatrizgoncalvesvieira@gmail.com
  • Dannyelson Círico Vieira, Graduando, dannycirico@gmail.com
  • Felipe Ricardo Voigt, Graduando, voigt.felipericardo@gmail.com
  • Mariana Gretter, Graduando, marianagretter19@gmail.com
  • Natália Cristina Christoff, Graduando, nati-chris@hotmail.com
  • Angela Emilia Finardi, MSc, angela.finardi@gmail.com

Palavras-chave: teatro, leitura dramática, audiovisual

O fazer teatral na universidade se configura como um convite para que os acadêmicos possam ir além da sala de aula na formação de seus repertórios de conhecimento. Durante o primeiro semestre de 2021, o Programa Institucional de Artes Cênicas da Univille desenvolveu estudos teatrais baseados na peça radiofônica didática de Bertolt Brecht: O Vôo Sobre o Oceano, sob a orientação do Profº Silvestre Ferreira. O projeto teve como objetivo proporcionar a iniciação teatral com ênfase na palavra a partir de jogos e leituras dramáticas; exercitar habilidades de comunicação e expressão através do teatro; explorar conceitos sobre dramaturgia e sua história. Paralelamente aos exercícios e experimentos de leitura realizados durante os encontros online em busca de uma vocalidade poética, houve a discussão da temática presente na obra brechtiana e como ela se relacionava com a contemporaneidade. Como resultado desta parte do processo criativo foi realizada uma leitura dramática na plataforma Univille Play, no Viva Arte e Cultura Univille, que alcançou 130 visualizações e 19 curtidas. Com a realização da leitura dramática, outro objetivo foi estabelecido em meio ao processo criativo: produzir O Voo Sobre o Oceano em formato audiovisual. As filmagens foram realizadas na sala Antonin Artaud obedecendo às regras de segurança e distanciamento social devido à pandemia de COVID-19. As gravações foram feitas em plano médio com um fundo verde e na edição foi aplicado o uso da ferramenta chroma key, para contextualizar os atores em cena ou trazendo imagens que dialoguem com o texto. Este exercício com a câmera, gravando um texto teatral, permitiu uma interface com o curso de Design de Animação Digital. A construção de personagens antes experimentada no tom de voz, na inflexão do texto e no ritmo das ações vocais se estendeu para a fisicalidade dos corpos, no vídeo. Todo o processo de filmagem, captação de som, legendas e edição de vídeo e áudio foram realizados pelos participantes, que em sua maioria são acadêmicos deste curso. A criação do figurino ocorreu de forma coletiva, sendo a opção por camisas claras justificada por suas características atemporais: a ação poderia ocorrer tanto em 1927, quanto em 2021. Além dos aspectos técnicos e de desenvolvimento humano que a experiência teatral proporcionou ao grupo, o gosto pela pesquisa e pela leitura foram ampliados.