Área 03 - Ciências Humanas e Lingüística, Letras e Artes

Índice

  1. Implantando uma sala multifuncional em escola
  2. (Re)construções de imagens da epidemia da covid-19 em estação das trevas de david gonçalves.
  3. A criação de um percurso formativo com discentes de ensino médio: implicações para uma atuação participativa
  4. A dimensão estética na atuação de diretores dos Centros de Educação Infantil públicos do município de Araquari/Sc.
  5. A história de duas mulheres negras nos séculos XVII e XIX: o olhar de Albert Eckhout e Jean-Baptiste Debret
  6. A importância de um espaço para leitura na educação infantil
  7. A Proteção Jurídica da Paisagem Cultural Brasileira
  8. A RED GEOLAC E O GEOPARQUE MUNDIAL DA UNESCO CAMINHOS DOS CÂNIONS DO SUL: PERSPECTIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
  9. A riqueza, a crise e as políticas de valorização do Café na Primeira República
  10. A/r/tografia – pesquisa educacional baseada em arte: uma proposição sensível na formação em pedagogia
  11. A/R/TOGRAFIA: UMA METODOLOGIA BASEADA EM ARTES
  12. Aproximações entre educação, ciência, tecnologia e inovação na região norte-nordeste de Santa Catarina (1980-2021): o caso da FAPESC em Santa Catarina
  13. Arteterapia como metodologia no campo do Patrimônio Cultural: Memórias maternas e contos
  14. Artistas-professores na cidade das indústrias: memória social da Escola de Artes Fritz Alt
  15. Canal do Linguado: uma discussão histórica e ambiental (1970-2022)
  16. CIPÓ-IMBÉ: O SABER-FAZER DAS MULHERES ARTESÃS NO MUNICÍPIO DE GARUVA/SC
  17. Clubes do conto e do romance: fruição e formação de leitores
  18. Comunicação Inclusiva: Análise das redes sociais de imigrantes haitianos em Joinville na busca pela cidadania
  19. Concepções de professores sobre as habilidades envolvidas no aprendizado do inglês como língua estrangeira
  20. Contribuições da Análise Crítica do Discurso com base em Fairclough para o estudo de documentos orientadores de currículo
  21. Criativamente: experiências poéticas no Ateliê Livre da Univille.
  22. Cultura digital e patrimônio: Análise das Cartas da UNESCO sobre o patrimônio cultural digital
  23. Do era uma vez ao ser feliz para sempre: os eventos e práticas significativas para o letramento literário na concepção de acadêmicos do curso de letras
  24. Documentação pedagógica na educação infantil (entre)laçada as experiências estéticas, narrativas e práticas educativas
  25. Educação em Saúde - Xô Dengue: Gincana na Comunidade Quilombola Caminho Curto para o combate ao Aedes Aegypti
  26. EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA: FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS A PARTIR DE SUAS VIVÊNCIAS
  27. ENSINO MÉDIO E TECNOLOGIAS DIGITAIS FRENTE AO DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO DA MESORREGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA
  28. Ensino Médio em Santa Catarina: relações com o desenvolvimento da microrregião de Joinville/SC
  29. Experiências literárias como mobilizadora de práticas educativas e sensibilidades
  30. Formação continuada de professoras do Atendimento Educacional Especializado na Rede Pública de Educação: Um Percurso Formativo na Perspectiva Participante
  31. FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES ALFABETIZADORES: IMPLICAÇÕES DE UMA COMUNIDADE DE PRÁTICA À ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS APÓS ISOLAMENTO SOCIAL – COVID-19
  32. FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO ENSINO MÉDIO EM ESCOLAS DA REGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA
  33. FUNÇÕES E SIGNIFICADOS DOS CADERNOS ESCOLARES PARA O TRABALHO DOCENTE EM TEMPOS DE PANDEMIA
  34. História Ambiental no Brasil: Uma revisão literária
  35. Histórias de vidas e memórias de pesquisadoras/es do campo do ensino de história
  36. Humanização na educação médica sob a perspectiva do estudante
  37. Impactos da Pandemia na Educação Básica com enfoque no Trabalho Docente e na Vivência de Estudantes: Levantamento de Produções Bibliográficas
  38. IMPLICAÇÕES DE UM PROCESSO FORMATIVO-COLABORATIVO AO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES QUE ATUAM NOS ANOS INICIAIS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE PIÇARRAS
  39. Imprensa e Antissemitismo em Jaraguá do Sul durante a década de 1930.
  40. INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR DO INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE: UM CAMINHO EM CONSTRUÇÃO
  41. Lei Cotas: 10 anos de avanços nas políticas educacionais
  42. Lei de Migração de 2017: uma análise dos direitos e garantias para imigrantes haitianos no Brasil
  43. LOUÇA DE BARRO, CULTURA, COMIDA E MEMÓRIA: A MATERIALIDADE COMO DOCUMENTO HISTÓRICO
  44. Memórias sobre os processos industriais de Joinville: perspectivas do ex-prefeito Nilson Wilson Bender
  45. Metamemórias sobre o patrimônio e música na cidade de São Bento do Sul, Santa Catarina
  46. Núcleo de estudos e atividades em direitos humanos
  47. O Feminino nas paisagens de Frans Post e Albert Eckhout
  48. O NEADHINTEGRA e a Iniciação Científica no Campus São Bento do Sul: temas e projetos de pesquisa.
  49. O processo biográfico na formação docente continuada: metamorfoses e complexidades
  50. O USO DAS TECNOLOGIAS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE ALUNOS NO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA)
  51. Os sambaquis no império: o caso do pesquisador francês conde Baril de La Hure e suas pesquisas na Baía Babitonga
  52. Panô de memórias: artesanias e experiências narrativas pelas imagens
  53. Percepções de estudantes do Ensino Médio sobre o uso das Tecnologias Digitais
  54. Percepções de estudantes sobre o Novo Ensino Médio: em foco os Itinerários Formativos
  55. Percepções de professores de inglês do ensino médio sobre o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
  56. PERFIL DE PROFESSORES QUE ATUAM NO NOVO ENSINO MÉDIO NA REGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA
  57. PRÁTICAS CULINÁRIAS ASSOCIADAS À CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
  58. Práticas docentes e Tecnologias Digitais: resultados de pesquisas
  59. Produções acadêmicas sobre impactos da pandemia na Educação Básica
  60. Professor Pesquisador: Desafios de Professores Mestres e Doutores que atuam na Educação Básica no município de Joinville-SC
  61. Projeto de Vida no Novo Ensino Médio: produções científicas sobre o tema
  62. PROJETO GAME-ON: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS SOBRE A GAMIFICAÇÃO DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA EM UMA ESCOLA MUNICIPAL DE JOINVILLE - SC.
  63. QUAIS AS ESTRATÉGIAS EDUCACIONAIS REALIZADAS EM SANTA CATARINA DURANTE A PANDEMIA POR COVID-19?
  64. Quando os dados da pesquisa geram novos dados
  65. Recursos tecnológicos utilizados por crianças do Ensino Fundamental 1
  66. Relações estéticas em percursos formativos docente: o percurso PERFORMA
  67. Revitalizando a biblioteca da escola de educação básica Dr. Jorge Lacerda
  68. Simulado da OAB
  69. Uma experiência de pesquisa sobre patrimônio industrial e arte pública em Joinville
  70. Violência do Estado contra os jovens afrodescendentes no Brasil: uma análise do racismo estrutural

Resumos

Implantando uma sala multifuncional em escola

  • Luize Caroline Pfeng Silveira, Graduando, luize.caroline1@gmail.com
  • BRIGIDA MARIA ERHARDT, MSc, brigida.maria@univille.br

Palavras-chave: educação especial, sala multifuncional, aprendizagem significativa

O número crescente de crianças com alguma deficiência sendo matriculadas nas escolas, pode gerar impasse por a escola não estar preparada e adaptada o suficiente para atender as grandes demandas educacionais desses alunos. Identificou-se essa problemática como possibilidade para desenvolver as Práticas Curriculares Integradas do curso de Pedagogia EaD, pois a demanda possibilitaria elaborar a proposta de intervenção, criando um espaço especializado, como a sala multifuncional dentro do colégio para atender de forma adequada os educandos com alguma síndrome ou deficiência, servindo como um lugar de apoio aos alunos com maior dificuldade no desenvolvimento de aprendizagem. Teve-se como objetivos: auxiliar as crianças especiais através da sala multifuncional, com recursos para ultrapassar suas barreiras de aprendizagem e desenvolver-se plenamente, conseguindo acompanhar em sala de aula, os processos de ensino e aprendizagem e socializar com os colegas de classe; oportunizar as crianças com autismo e outras síndromes em momentos de crises, um espaço adequado com recursos para acalmá-los; Os procedimentos metodológicos foram: observação geral da escola; percepção do problema referente a falta de suporte às necessidades de aprendizagem e desenvolvimento das crianças especiais; pesquisa quantitativa e qualitativa a respeito do número de crianças especiais na escola e os dilemas que essas crianças enfrentavam na instituição; construção da proposta de intervenção da sala de recursos multifuncional; mobilização para aquisição de recursos para construir jogos e atividades pedagógicas para as crianças que iriam utilizar a sala; e utilização da sala com a aplicação dos recursos construídos e concebidos. Utilizou-se recursos e equipamentos, como: tampinhas, fichas de leituras, letras móveis, jogos de alfabetização, quadro branco, atividades adaptadas e apostilas das crianças; e houve doação de diferentes materiais por profissionais da escola. Os resultados alcançados foram muito positivos, como ouso do espaço, os alunos apresentaram grandes melhoras nos seus desenvolvimentos cognitivos. Observou-se que os estudantes que passaram a ser atendidos, utilizando os recursos da sala como as letras móveis, as fichas de leitura, as tampinhas para as continhas, jogos e outros, apresentaram melhoras significativas, como: leitura de palavras, fazer continhas com as tampinhas, entendimento do conceito de proporcionalidade; apropriação dos objetos de conhecimentos (conteúdos) mais abstratos em diferentes componentes, como ciências, história e geografia, pois os recursos concretos que criamos e as adaptações têm favorecido na hora de fazer as ligações conceituais. Sendo assim, os resultados iniciais têm impactado os estudantes, atingindo os objetivos estabelecidos e oportunizando grande aprendizado à acadêmica.

Apoio / Parcerias: Não se aplica

(Re)construções de imagens da epidemia da covid-19 em estação das trevas de david gonçalves.

  • Cladir Gava Colonetti, Doutorando(a), cladirgava@yahoo.com.br
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Palavras-chave: memória literária, sociedade, Covid-19

Esta proposta se insere em uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade para a elaboração de uma tese intitulada “(Re)construções de imagens da epidemia da Covid-19 em Estação das Trevas de David Gonçalves”. Escritor que articula como força motriz de seus escritos literários a relação entre o ser humano, a terra e as tecnologias. O romance Estação das Trevas, ambientado em Quadrínculo, a cidade metáfora e microcenário da Pandemia da Covid 19, suscita reflexões acerca das decorrências avassaladoras desse drama mundial. A pesquisa busca ativar a memória literária e demonstrar a potência das conexões entre a linguagem literária e as ciências humanas e sociais visando ampliar olhares sobre os fenômenos socioculturais como processos em reconstruções contínuas associados às memórias vividas e projetadas literariamente pelas vozes narradoras. O objetivo é problematizar as intersecções entre as experiências simbólicas dos personagens na pandemia e as abordagens das ciências humanas e sociais; contextualizar a (re)criação de mundos e a ressignificação das circunstâncias históricas e sociais acerca das relações do homem com o planeta que desencadeiam momentos marcados por crises, articulando fatos históricos/culturais e elementos ficcionados nos escritos literários. A pesquisa será desenvolvida com base nos fundamentos da intertextualidade, tendo como referência as proposições teórico-metodológicas da Semanálise, de Júlia Kristeva voltadas ao estudo dos significados que o texto literário produz em cada época. O conceito de intertextualidade proposto por Júlia Kristeva, a partir de estudos sobre Mikhail Bakhtin, teórico que compreende a linguagem poética como articuladora de múltiplas vozes e a escritura permeada tanto pela subjetividade quanto pela comunicabilidade. As considerações parciais da pesquisa indicam que Estação das Trevas dialoga com os escritos anteriores de David Gonçalves, dando continuidade à saga desencadeada em obras anteriores pelos personagens imigrantes do êxodo rural que passaram a habitar as periferias das cidades. O diálogo da literatura se estende às ciências humanas e sociais em abordagens sobre a epidemia da covid-19 em um contexto que interpõe cidade e campo.

Apoio / Parcerias: PROSUC/CAPES II.

A criação de um percurso formativo com discentes de ensino médio: implicações para uma atuação participativa

  • Gabriela Corbani, Graduando, gabriela.corbani@hotmail.com.br
  • Allan Henrique Gomes, Dr(a), allanhg@gmail.com
  • Gabriela Kunz Silveira, MSc, gabikunz@gmail.com

Palavras-chave: Educação Estética, Jovens, Psicologia da Educação

A temática de estudo sobre percursos formativos com discentes de ensino médio é uma das modalidades do PERFORMAR, projeto integrado de ensino, pesquisa e extensão da Univille e que acolhe, entre outras frentes, o estágio supervisionado de psicologia educacional. O objetivo desta comunicação é descrever o processo de criação de um percurso formativo com discentes de ensino médio, observando as implicações para uma atuação participativa em psicologia educacional. Para isso, ocupamos o lugar de pesquisadora-estagiária – articulando na vivência deste projeto a dialogicidade entre pesquisa e ensino. Nesta proposta, no campo de pesquisa e estágio, fizemos entrevistas no primeiro semestre com estudantes e famílias para tomar conhecimento do campo e das demandas que poderiam fomentar a criação de um percurso formativo. Após, delineamos eixos norteadores baseados em atividades inventivas e oficinas estéticas com encontros semanais, para serem aplicadas ao logo do segundo semestre. Verificou-se nas entrevistas a necessidades de se adotarem medidas no ambiente educacional para o combate ao bullying, racismo e homofobia assim como a construção de um espaço de fala para os estudantes que, muitas vezes, se encontram solitários e angustiados com a alta demanda escolar. Portanto, o processo de construção dos eixos se deu baseado em uma análise sócio-histórica da psicologia que compreende o sujeito como ativo e criador de suas vivências. A metodologia aplicada na pesquisa foi qualitativa, especialmente, a pesquisa narrativa psicossocial (GOMES; GUNLANDA, 2022). Nesta perspectiva, a narrativa se caracteriza como um método que envolve os saberes relativos ao encontro entre o pesquisador, a literatura e o campo, que engloba aspectos socioculturais que perpassam o contexto da pesquisa junto à um entendimento de que o processo da narrativa envolve o posicionamento ético do pesquisador. Como resultado desta vivência no campo educacional, criamos o percurso “Performatividade”, delineando quatro eixos: 1 - Ser Jovem; 2 - Conviver; 3 – Identidade e 4 - Viver Bem, cada um deles com dois encontros, que ainda estão em realização. A criação deste percurso (com os devidos temas e atividades interativas) em experimentação, pautará etapas futuras do PERFORMAR.

Apoio / Parcerias: FAP, FAEG, FAEX / Univille

A dimensão estética na atuação de diretores dos Centros de Educação Infantil públicos do município de Araquari/Sc.

  • Carolina Rodrigues da Silva, Mestrando(a), karol-sh@hotmail.com
  • Rosânia Campos, Ensino Médio, zana.c2001@gmail.com

Palavras-chave: Educação Infantil , Dimensão estética, pesquisa participante

O presente projeto de pesquisa está vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação do Mestrado em Educação, da linha de pesquisa de Políticas Educacionais, Trabalho e Formação Docente, da Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE. O objetivo geral é investigar a dimensão estética na atuação de diretores da educação infantil pública no município de Araquari-SC. Assim, esse estudo se constituirá por meio da metodologia da pesquisa participante, sendo dividido em dois momentos: primeiro através da revisão de produção e segundo momento junto ao grupo de diretores dos CEIs municipais de Araquari/SC, ao qual inicialmente será aplicado um formulário e mais adiante partiremos para encontros coletivos. Tais resultados sofrerão análise onde posteriormente, serão tabulados. Para análise de dados, usaremos a definição de categorias posteriores, que serão formadas a partir das recorrências das respostas. Através deste trabalho, almejamos promover momentos de reflexão e estudos, propiciando modificações na atuação dos gestores/as. Além disso, espera-se a divulgação e publicação desses materiais, promovendo ampliação desta temática. Os estudos iniciais indicam que, embora se fale em desenvolvimento estético no âmbito da educação, a compreensão de como esse processo ocorre, como as práticas educativas podem subsidiá-lo ainda é algo não realizado no cotidiano das instituições. Fato que justifica ainda mais a necessidade desse tipo de pesquisa que é desenvolvida com a participação dos sujeitos.

A história de duas mulheres negras nos séculos XVII e XIX: o olhar de Albert Eckhout e Jean-Baptiste Debret

  • Ana Paula Pagno Laurindo, Ensino Médio, anapaulapagno.laurindo@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Palavras-chave: Albert Eckhout , Jean-Baptiste Debret, paisagens femininas

Albert Eckhout permaneceu no Brasil por sete anos (1637-1644) durante o período do Brasil holandês, desenvolvendo forte atividade como documentarista da fauna e flora, e registrando a cultura e fisionomia dos indivíduos que habitavam a região. A fase de destaque da carreira de Eckhout é justamente o período de estadia no Brasil. Por outro lado, nas primeiras décadas do século XIX, o Brasil recebe novos artistas, sendo um dos exemplos mais expressivos a “Missão Artística Francesa”. Sendo assim, Jean- Baptiste Debret desembarcou no Brasil no dia 25 de março de 1816, trazendo as experiências e ideias do contexto que vivenciou na Revolução Francesa e os estranhamentos em relação ao trabalho escravo. A pesquisa é qualitativa e discute pelo viés da análise iconográfica (KOSSOY, 2014) a história das mulheres e a história da escravidão (DEL PRIORE, 1997; MATOS, 2003; PINSKY e PEDRO, 2012; SCHWARCZ e STARLING, 2015; TUTUI, 2015). O levantamento dos dados da pesquisa foi realizado nos arquivos virtuais, como o Arquivo Nacional, a Biblioteca Nacional, e outros arquivos históricos que possuem seu acervo digitalizado. O objetivo foi analisar a história das mulheres negras escravizadas no Brasil e os impactos econômicos e culturais da presença das populações africanas no Brasil através das iconografias feitas por Albert Eckhout e Jean-Baptiste Debret. Buscamos discutir com mais profundidade duas obras: A Mulher Africana (1641) de Albert Eckhout, que retrata a presença da cultura africana no Brasil através do uso de adornos tais como chapéu e miçangas africanas, entre outros, tudo acompanhado de uma paisagem exuberante e ao mesmo tempo exótica dos trópicos, principalmente as folhagens diferenciadas ali presentes. Ademais, discutimos a pintura Negra tatuada vendendo caju (1827), de Jean-Baptiste Debret. A vendedora de caju destaca a melancolia, a saudade da África e a violência da escravidão que atingiu tanto as mulheres negras livres como as escravizadas. Nesse sentido, a pesquisa discutiu temas trabalhados pela historiografia, mas que ainda apresentam questões sombreadas. Tentamos explicar a utilização da mão-de-obra escravizada feminina nos espaços rurais e urbanos e as estratégias de resistência de que lançaram mão em diferentes contextos. As mulheres negras escravizadas trouxeram consigo os saberes e a cultura africana, ocupando lugar privilegiado no olhar dos pintores europeus. Mais do que exotismo, percebe-se a marca das lutas femininas que atravessaram os dois lados do atlântico e quatro séculos de escravidão.

Apoio / Parcerias: Art. 170

A importância de um espaço para leitura na educação infantil

  • Monica Cristiane Martinez Nakagawa, Graduando, moni.moni.estrela@gmail.com.br
  • BRIGIDA MARIA ERHARDT, MSc, brigida.maria@univille.br

Palavras-chave: educação infantil, espaço de leitura, formação acadêmica

As Práticas Curriculares Integradas são um componente do curso de Pedagogia EaD que tem como propósito contemplar o processo e desenvolvimento das práticas pedagógicas nas quais há relação com ações teóricas e práticas do dia a dia de uma instituição escolar. Nesse sentido, favorece e permite aos acadêmicos um grande significado para compreender a realidade existente no ambiente escolar. Na pesquisa desenvolvida, observamos na instituição escolar escolhida que não havia biblioteca ou um espaço para leitura. Ter um espaço, um lugar especial lúdico para leitura é imprescindível para o desenvolvimento das crianças, pois desenvolve o foco, atenção, interação que é essencial para uma boa prática de leitura. O objetivo proposto foi implementar um espaço acessível para uma leitura agradável, convidativo, cheio de surpresas, envolvente, promovendo diferentes possibilidades para o universo da leitura. A metodologia escolhida foi o método Montessori, em que esse “espaço especial” tenha uma ampla gama de recursos para desenvolver atividades diversas, proporcionando aos pequenos o prazer da leitura e a emoção de descobrir obras repletas de conhecimento e imaginação. Com os recursos estabelecidos, primeiramente, com a colaboração dos envolvidos da instituição, realizamos a forração do piso com um tapete para a segurança e conforto das crianças, almofadas coloridas, nichos para organizar os livros, avental personalizado, fantoches, entre outros. Produzindo o espaço “Cantinho da Leitura”, decoramos, na parede, uma grande árvore colorida, com flores por toda a sua volta e no topo da árvore, expondo através das letras coloridas, escrito “Cantinho da Leitura”. Iniciamos com a apresentação do espaço especial “Cantinho da Leitura” para as crianças, todos se sentaram para a contação de histórias, após o término da leitura, utilizou-se o avental personalizado e interagiu-se com as crianças sobre o tema proposto, fazendo uma releitura da mesma história, todos participaram contemplando o momento com muita curiosidade, estímulo e imaginação. A experiência com as crianças foi muito interessante, principalmente comparando o desenvolvimento delas com as crianças menores. Elas são muito simpáticas e falantes. Muitas já criam suas próprias histórias e desenvolvem suas próprias brincadeiras, no cantinho da leitura produzido, logo foram explorá-lo manuseando os livros diversos organizado nas prateleiras, observamos que cada livro explorado leva as crianças ao mundo encantado de imaginação, um rico material repleto de histórias, memórias, fantasias, encantamento e valores humanos. Essas práticas contribuem no processo de formação dos acadêmicos a obter muita vivência, ampliando conhecimento de mundo para o pleno desenvolvimento pedagógico.

Apoio / Parcerias: não se aplica

A Proteção Jurídica da Paisagem Cultural Brasileira

  • Chelsi Marise Ziemann , Graduando, chelsimziemann@gmail.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com

Palavras-chave: Paisagem Cultural, Proteção Jurídica, UNESCO e IPHAN

O Brasil possui uma vasta diversidade de paisagens e traz consigo a relação sociedade-natureza, na qual a paisagem incorpora valores humanos e resulta em potencial afetivo a determinados lugares. As paisagens trazem um significado social, denotam o conjunto entre o local, a paisagem e o povo, no entanto, fazem-se necessário observar a disposição jurídica a fim de proteger as relações sociais criadas entre os grupos sociais e natureza a fim de proteger a paisagem cultural brasileira. Assim, o objetivo da pesquisa consiste em estudar a proteção jurídica das paisagens culturais brasileiras. Para tanto, verificou-se a legislação que aborda os cuidados e obrigações com relação às paisagens culturais de forma a entender o desenvolvimento das políticas de criação e cuidado com a paisagem como patrimônio cultural brasileiro. A natureza da pesquisa é aplicada com uma abordagem qualitativa, sendo que para os resultados se apoia em pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa abrangeu artigos, monografias, dissertações, teses e livros que apresentaram a discussão sobre a proteção da paisagem cultural brasileira. Além disso, foi consultado as normativas da UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o abordado na Constituição da República Federativa do Brasil e as demais legislações relacionadas à proteção da paisagem cultural brasileira. Diante disso, os resultados contribuem para entendimento de que paisagens brasileiras são protegidas, bem como a maneira em que juridicamente ocorre essa blindagem. Diante desse contexto, os resultados da pesquisa demonstram quais as paisagens brasileiras protegidas, bem como quais as legislações aplicadas atualmente e como são aplicadas diariamente e quais os desafios na proteção das paisagens no âmbito do patrimônio cultural ambiental brasileiro.

Apoio / Parcerias: Estado de Santa Catarina - Art.171/FUMDES

A RED GEOLAC E O GEOPARQUE MUNDIAL DA UNESCO CAMINHOS DOS CÂNIONS DO SUL: PERSPECTIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

  • ANNA LETHICIA DOS SANTOS, Mestrando(a), lethicia.anna@gmail.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com
  • Juliano Bitencourt Campos, Dr(a), jbi@unesc.net
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Palavras-chave: RED GEOLAC, GEOPARQUE CAMINHOS DOS CÂNIONS DO SUL, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A Rede Mundial de Geoparques, criada no ano de 2004, sob os auspícios da UNESCO, promove a integração e desenvolvimento dos 177 geoparques chancelados atualmente ao redor do mundo. A prospecção desses territórios, no entanto, aconteceu de forma singular em cada um dos continentes, levando em conta as características próprias de cada região. Na América Latina e Caribe (LAC) há apenas dez geoparques mundiais designados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura até 2022. O Brasil, precursor dos geoparques mundiais nas Américas, possui três territórios chancelados: Geoparque Mundial da UNESCO Araripe (CE), Geoparque Mundial da UNESCO Seridó (RN), e Geoparque Mundial da UNESCO Caminhos dos Cânions do Sul (SC/RS). A presente pesquisa se propôs a analisar de que forma ocorreu a prospecção dos geoparques na LAC e como tais territórios podem contribuir para o desenvolvimento social e econômico sustentável das populações locais. Para atingir tal objetivo, se propôs as seguintes questões de pesquisa: a) como se deu o surgimento da Rede Mundial de Geoparques para a LAC e quais foram os principais instrumentos que levaram à sua formação; b) como ocorreu o processo de reconhecimento do Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul pela UNESCO; c) qual a contribuição dos geoparques da LAC, em especialmente do Geoparque Mundial da UNESCO Caminho dos Cânions do Sul, para o desenvolvimento econômico sustentável das comunidades locais? A metodologia empregada é bibliográfica e documental. A pesquisa demonstrou que os geoparques se desenvolveram na LAC de forma mais lenta e gradual, quando comparados com os demais continentes, porém tais territórios se mostram efetivos no desenvolvimento socioeconômico local e contribuem para a proteção do patrimônio cultural.

A riqueza, a crise e as políticas de valorização do Café na Primeira República

  • Jessica Fernanda Barauna, Graduando, jessicafernandaabaraunaa@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Palavras-chave: produção cafeeira, políticas de valorização, Primeira República

O café foi uma das bases econômicas do Brasil desde o Segundo Império e se mantém como um importante produto na balança comercial brasileira até os dias atuais. Ademais, a produção cafeeira é um dos temas mais expressivos e presentes de uma literatura e de uma legislação agrícola que se fortalece no último quartel do século XIX e que avança de forma cada vez mais complexa pelos séculos seguintes. No entanto, convém observar que a historiografia tem focado a sua análise principalmente na relação entre a cafeicultura e os diferentes tipos de trabalho - mão de obra escravizada ou livre - no final do século XIX. Nesse sentido, a pesquisa aqui apresentada foi pensada a partir da pouca ênfase que é dada pela historiografia aos estudos econômicos do período brasileiro conhecido como Primeira República (1889 – 1930). Nesse sentido, a cafeicultura e seus impactos é um dos temas essenciais para compreendermos a economia e política brasileira durante a Primeira República. O café se expandiu cada vez mais no Brasil devido ao fácil e rápido cultivo no solo brasileiro, mas com o aumento da produção passou a sofrer com crises de superprodução, influenciando diretamente o setor econômico nacional. Assim, foram necessárias diversas medidas econômicas para valorizar o preço da mercadoria e evitar a decadência do principal produto exportado pelo país. Essas medidas ficaram conhecidas como “políticas de valorização do café" e foram implantadas durante a primeira metade do século XX. Desse modo, o objetivo da pesquisa foi analisar as influências do café na economia brasileira durante a Primeira República (1889 - 1930) e a forte imbricação das relações entre agricultura, economia e Estado. Para isso, realizamos uma pesquisa qualitativa, utilizando como fontes primárias - especialmente a coletânea produzida pelo Departamento Nacional de Café, “Defesa do café no Brasil” (1935). Assim, levantamos e analisamos os documentos oficiais que apresentavam dados específicos sobre a produção, valores, taxas cambiais e a legislação vigente. A metodologia utilizada parte dos estudos da historiadora Maria Yedda Linhares (1997) e Sonia Regina de Mendonça (2008), do campo da história agrária. Enfim, percebe-se como o café utilizou o seu impacto econômico para viabilizar os convênios que buscavam minimizar as crises de superprodução, evitando a perda do status quo dos fazendeiros tanto na esfera política como econômica. O Estado foi a peça-chave na continuidade da monocultura e da concentração de terras mantidas até o tempo presente.

Apoio / Parcerias: CNPq

A/r/tografia – pesquisa educacional baseada em arte: uma proposição sensível na formação em pedagogia

  • Rita de Cássia Fraga da Costa, Doutorando(a), ritadacosta08@gmail.com
  • Eliana Stamm, E, elianastamm@gmail.com
  • Mirtes Antunes Locatelli Strapazzon, Doutorando(a), mirteslocatelli@gmail.com
  • Karinna Alves Cargninn, Doutorando(a), karinnaa10@gmail.com
  • Daniela Cristina Viana, Doutorando(a), daniela.ifsc@gmail.com
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), pillotto0@gmail.com

Palavras-chave: Proposição Sensível, A/R/Tografia, Pedagogia Cultural

O estudo A/R/Tografia – pesquisa educacional baseada em Arte: uma proposição sensível na formação em Pedagogia - está em desenvolvimento no Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE), vinculado ao Projeto Experiências Estéticas e seus Imbricamentos nas Práticas Educativas (EIDE), no Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE), na Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). Com o objetivo de refletir sobre as possibilidades pedagógicas culturais das proposições com/na arte nas experiências de ensinar e aprender no curso de Pedagogia, prospectamos a criação de proposições pedagógicas com a arte à graduandos em Pedagogia junto a matriz de seus conteúdos formadores. Esta pesquisa adota a A/R/Tografia, pesquisa educacional baseada em Arte, como metodologia (DIAS; IRWIN, 2013). A A/R/Tografia é fluída e dinâmica, sua nomenclatura é tradução do termo A/R/Tography que reúne A de Artist, R de Researcher, T de Teacher e GRAPH de grafia (DIAS; IRWIN, 2013). Com a marca da interdisciplinaridade, a A/R/Tografia busca por novos conceitos e significados, entrelaçando metodologias de pesquisas qualitativas numa continua disposição reflexiva constituída no entrelugar (DELEUZE, 2019), traçada em atravessamentos em que o Eu artista/pesquisador/professor, conjuntamente com o EU social (quando em compartilhamentos críticos), são a soma das identidades responsáveis por mobilizar as relações e conexões com outros campos de sentidos e conhecimentos. Compreendemos que o conhecimento produzido por meio da arte e suas visibilidades (espaço, objeto e sujeito) são construções subjetivas em uma pedagogia cultural, visto que trata de aquisições desdobradas a partir das especificidades teórico-práticas das proposições que proporcionam experiências em/na/com Arte. Neste contexto, assumimos que há uma conexão indivisível entre o fazer arte e os movimentos de ensinar/aprender. Para os futuros pedagogos, estas experiências podem significar ações potenciais para descortinar o mundo gerando conhecimentos que são conteúdos sensíveis, formulados na potência das experiências estéticas, entre as ações do “artista/pesquisador/professor” e as suas relações com o mundo (DIAS; IRWIN, 2013, p. 12). Neste viés, os desdobramentos esperados neste pesquisar visam, a partir de uma percepção expandida, buscar outros modos de pensar, impulsionando possibilidades e melhorias nas práticas e políticas educativas à formação de pedagogos.

Apoio / Parcerias: PROSUC CAPES Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação (NUPAE)

A/R/TOGRAFIA: UMA METODOLOGIA BASEADA EM ARTES

  • Mirtes Antunes Locatelli Strapazzon, Doutorando(a), mirteslocatelli@gmail.com
  • Sandra P. L. C. Guedes, Dr(a), sandraplcguedes@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Palavras-chave: A/r/tografia, Metodologia, Artes

Apresentamos A/r/tografia estudada na pesquisa em andamento: A (in)tocabilidade dos acervos musicais nos museus históricos e suas ressonâncias contemporâneas, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da Universidade da Região de Joinville/Univille. A A/r/tografia é uma das metodologias de Pesquisa Baseada em Artes/PEBA, usual nas Ciências Sociais e Ciências Humanas. Nos Estados Unidos é utilizada desde 1970, no Brasil, é pouco discutida, por isso consideramos a questão: A/r/tografia possui teorias/conceitos que sustentem uma investigação cientifica? Assim, o objetivo é refletir sobre os conceitos que envolvem a A/r/tografia. Para tal, escolhemos como metodologia e revisão bibliográfica. A/r/tografia surgiu na Universidade da Columbia Britânica/Canadá, segundo Dias (2013, p. 25) “A/R/T: Artist (artista), Researcher (pesquisador), Teacher (professor), GRAPH (grafia: escrita/representação)”, é uma metáfora em que saber/fazer/realizar se entrelaçam criando uma linguagem híbrida, permeando os múltiplos papeis de vida e profissão. Pautada na interdisciplinaridade, a A/r/tografia apresenta novas possibilidades para artistas/pesquisadores/professores, por meio de experiências, linguagens artísticas e textuais, criatividade e intelectualidade, produzirem conhecimento diferente. Assim, uma metodologia de PEBA também exige a elaboração de projetos, conhecimento de diferentes métodos e outras formas de escritas; ademais, busca compreender as relações de poder e entendimento da arte na construção do conhecimento científico. Os conceitos: contiguidade, pesquisa viva; metáfora/metonímia; aberturas, reverberações e excessos são bases da A/r/tografia. Contiguidade é uma representação adjunta na compreensão de ideias na A/r/tografia que se entrelaçam umas às outras, por exemplo, na barra / ou nas relações entre a arte e a escrita. Pesquisa viva é uma prática de vida pessoal, política e/ou profissional com rigor na disposição reflexiva, engajamento, análise e aprendizagem, incluindo coleta de dados qualitativos: entrevistas, documentação fotográfica ou qualquer forma de pesquisa artística e/ou educativa. A metáfora/metonímia é usada para dar sentido ao mundo e estabelecer as relações com nossos sentidos. As aberturas são capacidades para A/r/tógrafos prestarem atenção ao que sabem e veem, e ao que não sabem e não veem. As reverberações são movimentos dinâmicos forçando mudanças durante processos investigativos. A pesquisa inicia, acontece e se converte numa provocação, transformação ou na última interpretação. É o excesso! Os trabalhos dos A/r/tógrafos quando compartilhados os produtos, nesse processo, são refinados. Portanto, observamos que as bases conceituais que sustentam a A/r/tografia influenciam o fazer artístico, o pesquisar processos artísticos e as relações de aprendizagem, além de realizar a pesquisa com rigor necessário das metodologias tradicionais produzindo conhecimento científico.

Aproximações entre educação, ciência, tecnologia e inovação na região norte-nordeste de Santa Catarina (1980-2021): o caso da FAPESC em Santa Catarina

  • Weslley dos Santos Graper; Lucas Henrique da Silva Lima; Ketlyn Cristina Alves, G, ketlyn.cristinaa@gmail.com
  • Ketlyn Cristina Alves, G, ketlyn.cristinaa@gmail.com
  • Lucas Henrique da Silva Lima, Graduando, lukas.30.01.99@gmail.com
  • Weslley dos Santos Graper, Graduando, weslleygraper06@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Palavras-chave: Educação , Políticas Educacionais, História da Educação e CTI

A pesquisa vem sendo desenvolvida desde janeiro de 2022 e tem como objetivo geral construir uma escrita histórica a respeito de políticas e práticas voltadas à aproximação entre educação, ciência, tecnologia e inovação na região norte-nordeste de Santa Catarina (1980-2021). Em termos mais específicos, o projeto pretende compreender o papel desempenhado pela FAPESC no processo de indução e/ou disseminação dessas políticas, assim como o de agências nacionais de CTI que, entre 1980 e 2021, empreenderam esforços no sentido de promover políticas dessa natureza no Brasil e em Santa Catarina (CAPES, CNPq, Ministério da Educação e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações). Ampliando a escala de investigação, o projeto também visa identificar e discutir as conexões históricas entre os programas de educação e CTI agenciados pela OCDE e UNESCO e criação de políticas de aproximação entre educação, ciência, tecnologia e inovação para Santa Catarina. Para tanto, o projeto conta com uma equipe integrada por experientes pesquisadores associados ao grupo “Cidade, cultura e diferença”, um grupo de investigação vinculado aos cursos de graduação em História, Artes Visuais e Direito, assim como ao Programa de Pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade (Mestrado e Doutorado) da UNIVILLE. No que diz respeito aos seus aspectos metodológicos, o projeto sobre os temas de interesse do projeto; b) Uma pesquisa documental intencional e sistemática em acervos de natureza diversa; c) A produção de entrevistas com base nos pressupostos teóricos-metodológicos da História Oral com gestores públicos, cientistas/pesquisadores, experts, coordenadores, docentes e estudantes associados a grupos de pesquisa e laboratórios de CTI. Como produtos editoriais, no transcurso da pesquisa, pretendemos lançar um livro, elaborar artigos acadêmicos e submetê-los à publicação em periódicos nacionais e internacionais, além de apresentarmos comunicações orais em congressos científicos realizados no Brasil e em outros países. Nesse âmbito, esperamos que o projeto contribua tanto para a reflexão histórica quanto à construção ou realinhamento de políticas de desenvolvimento em educação e CTI no estado de Santa Catarina, sobretudo para o fortalecimento da atuação em rede dos atores que compõem o ecossistema educacional, científico, tecnológico e de inovação do norte-nordeste catarinense.

Apoio / Parcerias: FAPESC; FAP/Univille.

Arteterapia como metodologia no campo do Patrimônio Cultural: Memórias maternas e contos

  • Damiani Schons da Silva, Mestrando(a), danianischons@gmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquelsenavenera@gmail.com

Palavras-chave: narrativas, memória , identidade

Essa pesquisa aposta em realidades observadas entre as mães de estudantes com deficiências atendidos na APAE de Garuva. Trata-se na observação de uma dedicação extrema a uma maternidade que se confunde com a função de cuidadora. Os filhos com deficiência não alcançam uma autonomia de cuidado de si mesmo, como as crianças que conformam um sentido de normalidade. O sentido social de “normal”, ou seja, aquele desenvolvimento gradual das crianças e adolescentes que segue a cronologia da vida, acaba por estabelecer uma norma de maternidade, com expectativas de identidades. Essa pesquisa quer investigar os processos de identidade dessas múltiplas formas de exercer a maternidade e por isso busca a criação das memórias revisitadas e provocadas pela arteterapia. O trabalho de pesquisa a partir das produções em arteterapia, promove o acesso a perspectiva de evidenciar e questionar essa ruptura, dos projetos de vida dessas mulheres e mães, esse trabalho de reflexão a partir das suas narrativas e da formação de si, pensando, sensibilizando-se, apreciando-se e questionando-se. Permitindo a evolução dos seus contextos de vida. Suas questões, inquietações, explicitadas no trabalho individual, sobre as suas produções, permite que as mães saiam do isolamento e comecem a refletir, e criar recursos para se reinventar. O Patrimônio (em) comum da humanidade, como a linguagem e suas formas de expressão é um campo ainda em investigação e essa hipótese interdisciplinar com a Arteterapia pode contribuir com os argumentos deste tipo de patrimônio.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio a Pesquisa, FAP UNIVILLE

Artistas-professores na cidade das indústrias: memória social da Escola de Artes Fritz Alt

  • Juliana Rossi Gonçalves, Doutorando(a), julirossi@gmail.com
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Palavras-chave: escola de artes, artista-professor, memória social

O presente resumo é referente à pesquisa tese intitulada “Artistas-professores na cidade das indústrias: memória social da Escola de Artes Fritz Alt” vinculada ao Grupo de Pesquisa Imbricamentos de Linguagens, da linha de pesquisa Patrimônio, Memória e Linguagens do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade (UNIVILLE). Um dos objetivos da investigação é descrever a criação da Escola de Artes Fritz Alt (EAFA) inserida no contexto socioeconômico de Joinville/SC nas décadas de 1960-1970. Por meio de pesquisa documental e bibliográfica, objetivou-se a compreensão da origem do conceito de “cidade do trabalho” atribuída ao município, denotando a criação de uma escola de arte em meio ao contexto de industrialização da região. Há uma hipótese que um dos propósitos da administração municipal para a criação da escola foi o de impulsionar a mão de obra industrial da cidade, pois a EAFA foi inicialmente denominada “Escola Municipal de Artes Aplicadas”. Ativa desde 1968, a EAFA é mantida pela Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Joinville e, desde sua origem, incorporou/incorpora artistas reconhecidos no cenário artístico municipal, como: Victor Kursancew, Mário Avancini, Edith Wetzel, Asta dos Reis e Luciano da Costa Pereira. A pesquisa, de cunho cartográfico, aborda memórias narradas por artistas-professores atuantes e aposentados por meio de entrevistas semiestruturadas. A análise demonstrou que os artistas incorporaram/incorporam sua experiência artística, técnica e conceitual à sua prática docente, articulando-se como artistas-professores, conceito híbrido de identidade que vem sendo utilizado em pesquisas acadêmicas principalmente na última década (2010-2020). Desde sua criação até meados dos anos 1990, os artistas eram convidados a lecionar na escola. A partir dessa década até os dias atuais, os professores são contratados via concurso público. Com a construção da Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior em 1972, a EAFA passou a ter sede própria, além da possibilidade de expansão e criação de novos cursos. Ao longo de sua trajetória, ocorreram movimentos opostos para sua manutenção, como a interdição do espaço físico da escola em 2011 e a pandemia do novo coronavírus em 2020-2021, que fez com que novas formas de fazer, ensinar e aprender arte fossem elaboradas e desenvolvidas. Os resultados parciais demonstram que as mobilizações de professores, funcionários, alunos e comunidade ao longo dos anos fazem com que a EAFA permaneça ativa e se reinvente frente a desafios das mudanças históricas e sociais, estimulando o pensamento e produção artística em uma cidade industrial e “do trabalho”.

Apoio / Parcerias: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por meio do Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias de Ensino Superior (PROSUC).

Canal do Linguado: uma discussão histórica e ambiental (1970-2022)

  • Lucas Jair Petroski, Graduando, lucas.petroski@univille.br
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Palavras-chave: História ambiental, Canal do Linguado, Baia da Babitonga

Desenvolvido na disciplina de Pesquisa Histórica, este Projeto de Pesquisa visa compreender a relação homem-natureza na região do Canal do Linguado. O Canal do Linguado fica localizado no grande ecossistema estuarino da Baía da Babitonga, na região norte/nordeste de Santa Catarina, a Babitonga é circundada por seis municípios: Araquari, Balneário Barra do Sul, Garuva, Itapoá, Joinville e São Francisco do Sul. O Canal do Linguado foi aterrado entre os anos 1933-1935, onde hoje passa a BR-280, ligando a região de Araquari e Balneário Barra do Sul à São Francisco do Sul através da Ilha do Linguado. O fechamento do Canal provocou o acúmulo de lodo no Braço Norte da Baía da Babitonga acarretando, também, diferentes salinidades entre os dois lados. Além disso, influenciou uma diferença na densidade de flora de manguezais. Ademais, a Baía da Babitonga contém diversos resquícios dos povos sambaquieiros e vegetação de restinga. Em 1970, o crescimento urbano no município de Joinville se tornou algo problemático. Com uma forte crise habitacional, os migrantes vindos das diversas cidades do Brasil, principalmente, do estado do Paraná, tiveram que buscar moradias em regiões mais periféricas e longínquas do centro, incidindo sobre o processo de aterro das regiões de manguezais. O presente Projeto de Pesquisa é qualitativo e seguiu por dois caminhos, estudo bibliográfico e estudo documental. Baseou-se a revisão bibliográfica em artigos nacionais e internacionais sobre História Ambiental. Juntamente, procurou-se bibliografias que tratassem a Baía da Babitonga pelas áreas de Geografia, Biologia e Ecologia para melhor compreender as questões naturais da região. Em um segundo momento, começou-se a pesquisa dirigindo-se às fontes primárias, tais como os relatórios técnicos, planos de controle e diagnósticos ambientais, e, como suplemento, foram pesquisados jornais, imagens e fotografias que retratassem a diferença entre a parte norte e a sul do Canal do Linguado no ecossistema Babitonga. Nota-se, pelo que foi pesquisado, que a questão histórica envolvendo a possível abertura do Canal do Linguado engloba três áreas: o meio ambiente, a economia e a questão social. A pesca, o escoamento de produtos do porto, a comunidade no entorno das águas da Baía da Babitonga são agentes sobre o ecossistema que, por sua vez, age e reage as ações impostas.

Apoio / Parcerias: CMU e LHO/Univille.

CIPÓ-IMBÉ: O SABER-FAZER DAS MULHERES ARTESÃS NO MUNICÍPIO DE GARUVA/SC

  • Roberto Marcolino Graciano, Mestrando(a), rmg25892@gmail.com
  • Luana de Carvalho Silva Gusso, Dr(a), lu_anacarvalho@yahoo.com.br
  • Herison Schorr, G, folhanortesc@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Palavras-chave: cipó-imbé, artesanato, patrimônio cultural

O artesanato com o cipó-imbé é uma atividade aprendida com os povos originários e repassada entre gerações de mulheres, desde o início do século XX, na localidade de Três Barras, em Garuva-SC. A absorção do conhecimento do trançado pelo sexo feminino foi uma consequência de convivência entre filhas e mães que também optavam pela função para não abandonarem a convivência domiciliar e dedicarem-se entre o trabalho e o cuidado materno. No início da década de 90 até os dias atuais, três fatores influenciaram de forma intrínseca na diminuição da produção do artesanato por meio do cipó no Município de Garuva, impactando diretamente na renda familiar e compactuando para o estímulo ao desuso da atividade, como trabalho principal: o êxodo rural; o fomento à propriedade privada, e a diminuição da Mata Atlântica. Assim, o objetivo de nosso trabalho foi fazer uma análise a respeito da diminuição de artesãs em dedicarem-se integralmente a este saber fazer: produção de artesanato usando como matéria-prima o cipó-imbé, bem como fazer uma análise a respeito da proteção deste saber fazer, sob a luz da legislação municipal vigente. Ademais, foi analisado a importância do artesanato como gerador de renda e de fortalecimento da identidade, bem como a necessidade de valorização do produto e do artífice. Quanto à metodologia utilizada, foi realizado um levantamento bibliográfico. Destarte, conclui-se que não há respaldo do poder executivo e legislativo local, seja por meio da legislação municipal, ou ainda, projetos culturais de salvaguarda deste saber-fazer, no intuito de preservar este ofício, correndo o risco desta atividade se extinguir, considerando que é escasso o número de artesãs que usam o cipó-imbé exclusivamente como forma de trabalho e renda nesta localidade. Percebe-se que a municipalidade tem ignorado este patrimônio imaterial, este saber fazer das cipozeiras da cidade; sendo portanto, urgente o estabelecimento de um programa de proteção deste patrimônio no município.

Clubes do conto e do romance: fruição e formação de leitores

  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Doutorando(a), berenice.rocha@univille.br
  • KARLA PFEIFFER MOREIRA, MSc, karla.pfeiffer@univille.br
  • Maria Clara Maia Vieira, G, maria.clara.maia.vieira@univille.br
  • Helena Stringari Gonçalves, Graduando, helenastringari@gmail.com
  • Alcione Pauli, MSc, alcionepauli@gmail.com

Palavras-chave: grupos de leituras, obras literárias, formação de leitores

Esse resumo apresenta a experiência de dois grupos de leitura vinculados ao PROLIJ - Projeto Institucional de Literatura Infantil Juvenil, que foram adaptados, a partir do isolamento social provocado pela pandemia, do modelo presencial para o modelo on-line com o objetivo de manter a promoção da leitura literária por meio das discussões de grupos de leitura. Os encontros do Clube do Conto acontecem quinzenalmente, e os do Clube do Romance, bimestralmente. A partir de 2020, os encontros passaram a ocorrer virtualmente por meio da plataforma Microsoft Teams. Na metodologia do projeto, há cinco etapas centrais: a curadoria; convite dos mediadores; a divulgação da grade com as obras que serão discutidas; e o registro dos participantes para e emissão de declarações. Os grupos contam com a participação de estudantes, de docentes e de membros da comunidade externa. Nos encontros todos podem expor e debater seus diferentes pontos de vista acerca da leitura, contribuindo para as trocas de experiências literárias. O modelo de encontros de discussão de leituras on-line oportunizou a presença da comunidade externa à Univille de outras cidades e estados do Brasil, expandindo o alcance das ações do projeto. A divulgação dos encontros ocorre por e-mail e pelas redes sociais (@prolij). As mediações são articuladas para que um professor e um acadêmico que fomentem a discussão, promovendo o contato direto dos estudantes com a comunidade externa. O modelo de encontros de discussão de leituras on-line oportunizou, em especial, a presença da comunidade externa à Univille de outras cidades e estados do Brasil, expandindo o alcance das ações literárias promovidas pelo PROLIJ. Em 2022, o Clube do Conto e o Clube do Romance têm cerca de 170 e 150 inscritos, respectivamente.

Apoio / Parcerias: FAEX - Fundo de Apoio à Extensão

Comunicação Inclusiva: Análise das redes sociais de imigrantes haitianos em Joinville na busca pela cidadania

  • Eloísa André Flores , Graduando, eloisaandreflores@gmail.com
  • Juliana Cristina Kolombesky da Silva , Graduando, jukolombesky@gmail.com
  • Maria Ariélle da Silva , Graduando, maria.arielle10@gmail.com
  • Marina Thomaz Fernandes , Ensino Médio, marinathomazf@gmail.com
  • Vyctoria Monahra Alves , Graduando, VyctoriaMonahra88@gmail.com
  • Jonathan Prateat, Doutorando(a), j.prateat@univille.br
  • Sirlei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: imigração haitiana, cidadania, redes sociais

O presente estudo está vinculado ao projeto Comunicação Inclusiva: O olhar do imigrante haitiano na construção de conteúdo em redes sociais, relacionado ao Programa Institucional de Pesquisa em Comunicação da Universidade da Região de Joinville (Univille). A pesquisa visa compreender como o uso das mídias sociais influencia as vivências de imigrantes haitianos na cidade de Joinville. Para tanto, utilizou-se como base de informação interações e relatos em redes sociais, através de palavras-chaves, como “haitianos Joinville”, assim como entrevistas pré-estruturadas com imigrantes que aceitaram participar deste levantamento de dados. As redes sociais são fortes colaboradas nas lutas e afirmativas de vivências da população haitiana, bem como facilitam a troca de saberes e adequação ao novo ambiente que os imigrantes estão inseridos. Por esse motivo, tem-se como atual objetivo analisar o conteúdo compartilhado por alguns destes imigrantes haitianos e como eles se relacionam ao seu cotidiano no atual país de moradia; se existem conexões entre discussões que compõem a trajetória de um imigrante, como a construção de sua identidade e a conexão com o país de origem e, ainda, a luta pelos direitos migratórios. Brevemente, conclui-se que, mesmo com dificuldades, os imigrantes haitianos se esforçam para não abandonar suas origens e fortalecer a perpetuação de sua cultura e a comunicação com seu povo através das redes sociais, assim como com o povo em que está atualmente inserido.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa - Univiille Uniedu - Pesquisa

Concepções de professores sobre as habilidades envolvidas no aprendizado do inglês como língua estrangeira

  • Filipi Teixeira, Graduando, filipiiteixeira@hotmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Palavras-chave: Trabalho docente, Aprendizagem, Língua inglesa

A procura pelo aprendizado do inglês como língua estrangeira tem sido priorizado e valorizado pela sociedade brasileira atual, tendo em vista as inúmeras vantagens cognitivas e sociais que o domínio desse idioma proporciona, assim como o constante desenvolvimento de novas tecnologias da comunicação e oportunidades profissionais. Todavia, pesquisas mostram que o desenvolvimento cognitivo e processo de aprendizado não estão atrelados somente às áreas da comunicação, envolvendo outras habilidades dos aprendizes além da fala, escrita, audição e leitura. O presente artigo se propõe a analisar as habilidades envolvidas no aprendizado do inglês como língua estrangeira a partir da perspectiva de professores de inglês de uma escola de Joinville, Santa Catarina. A coleta de dados para a pesquisa foi realizada através de grupos focais (reuniões de grupo), que reuniram um total de 9 (nove) professores, a fim de investigar as percepções destes sobre o tema – por meio de discussões geradas através de perguntas norteadoras, contendo questões sobre as repercussões e relevância do aprendizado do inglês e habilidades envolvidas nesse processo. A partir de uma análise qualitativa, através da técnica de análise de conteúdo de Franco (2005), embasada nos pressupostos teóricos da Psicologia Histórico-Cultural, foi possível perceber que além das principais habilidades envolvidas no aprendizado de idiomas, outras que não são tão específicas dessa área se mostraram presentes nos enunciados dos profissionais, como: atenção, abstração e percepção; além de saberes e hábitos construídos historicamente nas vivências dos alunos (e não tão abordados pela teoria), como: persistência, paciência e autocompaixão. Diante de tais resultados, este artigo convida a um olhar personalizado para o ensino e aprendizado da língua inglesa, visando promover ambientes de aprendizagem eficazes e dinâmicos, que permitam ao aluno explorar todas as suas possibilidades.

Contribuições da Análise Crítica do Discurso com base em Fairclough para o estudo de documentos orientadores de currículo

  • Danielle Pykocz, MSc, daniellepykocz@univille.br
  • Maria Helena Tavares Bastos Gama, Ensino Médio, maria.helena.gama@univille.br

Palavras-chave: Política Educacional , Análise do Discurso, Educação Básica

As discussões ora apresentadas resultam de pesquisa bibliográfica e documental realizada como parte dos procedimentos de uma pesquisa maior intitulada “Concepção sobre a juventude nos documentos normativos para o Ensino Médio: uma análise discursiva”, realizada por intermédio do Programa Institucional de Iniciação Científica Junior (PIC JR), pela qual se tem investigado a função identitária do discurso, no que diz respeito ao estudante do ensino médio, nos Parâmetros Curriculares Nacionais, nas Diretrizes Curriculares Nacionais e na Base Nacional Comum Curricular. Destarte, partindo dos estudos em curso, o objetivo deste resumo é apresentar alguns elementos da proposta de análise tridimensional do discurso do linguista britânico Norman Fairclough que contribuem para a análise de referenciais curriculares. Conforme ressalta Fairclough, o discurso é constitutivo uma vez que contribui para a formação das identidades, das relações sociais e dos sistemas de conhecimento e crença. O autor supracitado propõe a análise seja realizada em três âmbitos: o texto, a prática discursiva e a prática social. Destarte, realizando as aproximações com o campo de estudos das políticas educacionais com ênfase nos referenciais curriculares, as nossas análises têm indicado para a possibilidades de identificar: 1) os mecanismos discursivos que se esforçam em direcionar os processos interpretativos, como o uso de termos já assentados no campo da educação muitas vezes de forma imprecisa; 2) a constituição de identidades para os sujeitos envolvidos no processo educativo como forma de justificar as proposições no âmbito da política; 3) os artifícios que pretendem produzir consensos sobre o que é proposto por intermédio dos documentos, como a apresentação de desafios a serem enfrentados pela educação ou das expectativas em torno do papel da escola na sociedade. Esses aspectos quando identificados, permitem caracterizar as finalidades educativas dos textos políticos e perceber as tensões nos seus processos de produção e consumo.

Apoio / Parcerias: Programa Institucional de Iniciação Científica Junior - PIC JR

Criativamente: experiências poéticas no Ateliê Livre da Univille.

  • Alena Rizi Marmo Jahn, Dr(a), alena.marmo@univille.br

Palavras-chave: Criatividade, experiência, arte

O Criativamente, projeto FAG, propicia aos estudantes de diferentes cursos da Univille, experiências artísticas no Ateliê Livre, no Centro de Artes e Design, por meio da proposição de desafios e resolução de problemas poéticos a serem desenvolvidos através do exercício da criatividade por meio da exploração de linguagens e procedimentos da arte. Estão fazendo parte do projeto, acadêmicos de Artes Visuais, Design, Publicidade e Propaganda e Cinema. Até o momento, foram desenvolvidas atividades em pintura, cerâmica, desenho e colagem, por meio das quais os participantes tiveram a oportunidade de realizar vivências poéticas a quais certamente estão contribuindo para o exercício do olhar sensível o que influenciará não apenas seus processos de ensino e aprendizagem dentro da Universidade, mas também o profissional que serão depois de formados. Os trabalhos produzidos como resultados das experiências poéticas serão apresentados por meio de duas exposições. A primeira delas será realizada no final de setembro, fruto do primeiro semestre. A segunda será realizada no mês de novembro. Até o momento, foram apresentadas 5 situações para seres resolvidas poeticamente. A primeira delas, consistiu em um uma pintura, fruto da autorrepresentação e autorreferência. Para tal, os acadêmicos partiram de um objeto pessoal, desenvolveram mapa metal, pesquisa acerca de uma palavra destacada e materializaram a característica escolhida em uma pintura acerca de si mesmos. A segunda, consistiu na materialização, por meio da argila, no que para eles significa a pedra do poema de Vinicius de Morais. A terceira, tratou da representação visuais de músicas. A quarta, consistiu em uma colagem, envolvendo elementos da materialização da música e da construção de diálogos entre palavras, desenhos e imagens. A quinta, consistiu na criação de um objeto, em argila, que tenha uma função totalmente diferente de sua aparência. No momento, está em desenvolvimento a sexta situação problema que consiste na produção de xilogravura a partir do tema “Trauma, sonho e fuga”. Para a desenvolvimento das proposições, os acadêmicos tiveram orientação acerca das diferentes linguagens e técnicas utilizadas, assim como também acerca do desenvolvimento de suas ideias. As aulas, que tem duração de 3 horas, estão acontecendo no ateliê livre, no laboratório de gravura e no laboratório de escultura, todos localizados no Centro de Artes e Design.

Cultura digital e patrimônio: Análise das Cartas da UNESCO sobre o patrimônio cultural digital

  • Guilherme José Moraes, Mestrando(a), prof.gjmoraes@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio digital, Cultural digital, UNESCO

Esta comunicação científica visa apresentar resultados de uma pesquisa de dissertação de mestrado acerca do patrimônio digital no âmbito da UNESCO. A pesquisa, ainda em fase de desenvolvimento, faz parte do processo de formação de pós-graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade da Universidade da Região de Joinville. Com objetivo de discutir a relação entre o patrimônio digital e as tecnologias digitais, este trabalho pretende analisar as cartas e metodologias apresentadas pela UNESCO a respeito do patrimônio e cultura digital na contemporaneidade. Como fonte de análise para o debate sobre patrimônio digital, utilizamos como objetos de estudos a Carta de Salvaguarda do Patrimônio Digital de 2003, Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital de 2005, Recommendation Concerning the Promotion *AND* use of Multilingualism *AND* Universal Acess to Cyberspace (2003) e The UNESCO/PERSIST guidelines for the selection of digital heritage for long-term preservation (2016). Como referência teórica para o fundamento dessa apresentação, vem sendo utilizados estudos sobre patrimônio cultural, tecnologias e cultural digital como Sossai (2011), Bresciano (2015), Prado da Silva (2015), Lúcia Santaella (2003, 2011), Noiret (2015) e Manuel Castells (1999, 2003, 2017). O primeiro passo da pesquisa foi o estudo bibliográfico, seguido de análise documental acerca das resoluções, manuais e cartas da UNESCO na categoria patrimônio cultural digital. Aspira-se, com este trabalho, contribuir aos debates a respeito da compreensão das relações entre tecnologias digitais e a cibercultura em âmbito nacional, assim como para debates sobre o reconhecimento global da categoria patrimonial digital da UNESCO.

Apoio / Parcerias: FAPESC; FAP/Univille.

Do era uma vez ao ser feliz para sempre: os eventos e práticas significativas para o letramento literário na concepção de acadêmicos do curso de letras

  • Marilene de Fátima Pereira Gerent, Mestrando(a), marilene.gerent@univille.br
  • Berenice Rocha Zabbot Garcia, Dr(a), berenice.rocha@univille.br

Palavras-chave: Letramento Literário, Práticas pedagógicas, Ensino Médio

Considerando a importância de se refletir sobre as práticas de letramento literário na escola, esta pesquisa busca compreender como as práticas pedagógicas na escola contribuem para o desenvolvimento do hábito de leitura, em especial a leitura de textos literários. A investigação propõe dar especial atenção à disciplina de Literatura componente curricular do Ensino Médio. Como aporte teórico, utilizamos reflexões de Magda Soares( 1998) Angela Kleimam(1995) e Rildo Cosson(2020). Sendo letramento literário na escola apontado como responsabilidade dos professores de língua, também constituíram como referências teóricas as obras de Lev S. Vygotsky (2009) e Mikhail Bakhtin (2011). Como instrumento de pesquisa foi aplicado um questionário contendo 13 perguntas aos estudantes dos primeiros anos de Letras da UNIVILLE, cuja análise qualitativa segue os referenciais observados em Lawrence Bardan, (1997). Contribuíram com a pesquisa oito estudantes matriculados nos três primeiros anos do curso de Letras da UNIVILLE. A análise dos primeiros resultados mostra que a influência da família é essencial para o desenvolvimento do hábito de leitura. Entre as práticas pedagógicas na escola que contribuem de forma significativa para o vínculo com a literatura, se destacam a rotina de visita à biblioteca escolar, as contações de história, as atividades de leitura de obras literárias. Nas análises das respostas dos acadêmicos acerca de suas impressões sobre a disciplina de Literatura no Ensino Médio, fica evidente o quanto a historiografia prevalece na apresentação dos conteúdos da disciplina e que se mantêm a prática de leitura dos livros canônicos no Ensino Médio.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio a Pesquisa - FAP

Documentação pedagógica na educação infantil (entre)laçada as experiências estéticas, narrativas e práticas educativas

  • Silvane Junior Leandro, Mestrando(a), u39087@joinville.edu.sc.gov.br
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), pillotto0@gmail.com

Palavras-chave: Práticas educativas, Documentação pedagógica, Experiência estética

A investigação está vinculada a pesquisa: Experiências estéticas e seus imbricamentos nas práticas educativas - EIDE ao Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação - NUPAE, bem como e ao Programa de Pós-Graduação - Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). A questão de pergunta inicial: como a documentação pedagógica pode ressignificar as práticas educativas na educação infantil e vice-versa, tendo as experiências estéticas como norteadora do processo? A partir desta indagação, o objetivo da pesquisa é refletir sobre as experiências estéticas e as narrativas infantis, articuladas a documentação pedagógica como norteadora das práticas educativas. Os fundamentos teóricos e metodológicos estão sendo subsidiado pelos seguintes autores: Abrahão (2018) e Bertaux (2010) no que se refere ao método de pesquisa; Meira e Pillotto (2010), Cunha e Saballa (2022) e Ostetto (2017) ao tratarem da experiência estética nas infâncias e Fochi (2021) trazendo conceitos sobre documentação pedagógica. O campo de investigação será na Rede Municipal de Ensino de Joinville, na Escola Municipal Presidente Castello Branco Extensão com 25 crianças da turma do 2º período (educação infantil). Ao todo faremos oito encontros de experiências estéticas com 2h de duração, que acontecerão semanalmente, durante o segundo semestre de 2022. A produção de dados estará amparada em: anotações, fotografias, filmagens e narrativas das crianças. Nos processos de pesquisa é fundamental a escuta sensível do pesquisador e o repensar das práticas educativas, que podem gerar em dados imprescindíveis na documentação pedagógica e vice-versa. Os resultados parciais, a partir do estado de conhecimento nos revelaram que é preciso respeitar os tempos das crianças, olhando para as infâncias de modo a também aprender com ela. Sendo assim, partimos do pressuposto de uma educação infantil que possibilite experiências estéticas, mobilizando processos de criação e (re)invenção de si, pois as infâncias são tempos de curiosidades, descobertas e experimentações. Neste contexto encontra-se a documentação pedagógica, que é propulsora de reflexões sobre o planejar, praticar, registrar, e ressignificar cotidiano. Esperamos contribuir com profissionais que atuam na educação infantil, especialmente com a reflexão de que a documentação pedagógica possibilita a visibilidade do cotidiano pedagógico e as tomadas de decisões para um novo planejamento, acrescido das práticas educativas compartilhadas, tendo as experiências estéticas a base do fazer/refletir, tanto das crianças quanto dos professores. Estar juntos significa apreensão do mundo neste imenso universo de significados e sentidos e na educação infantil, os processos de planejar, fazer, registar/refletir, estão imbricados na documentação pedagógica.

Apoio / Parcerias: Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação - NUPAE/UNIVILLE Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP/Univille)

Educação em Saúde - Xô Dengue: Gincana na Comunidade Quilombola Caminho Curto para o combate ao Aedes Aegypti

  • Gabriel Henrique de Oliveira Furlanetto , Graduando, gabriel.furlanetto@univille.br
  • João Vitor Borges da Silva , Graduando, joaoopaulooliveira2@gmail.com
  • Sabrina de Sousa , Graduando, sabrinasousaa0@gmail.com
  • Sirlei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: curricularização da extensão, comunidade quilombola, educação em saúde

A presente comunicação é um relato de experiência desenvolvido nas atividades de curricularização de extensão dos cursos de História e Direito, com participação de estudantes de Engenharia Ambiental e Sanitária. A atividade foi em parceria com o projeto integrado “Caminhos para a cidadania em comunidades remanescentes quilombolas de Joinville e região: vivências de ensino, pesquisa e extensão com a comunidade Beco do Caminho Curto”. Com o intuito de mobilizar a comunidade quilombola para o cuidado com a saúde e a prevenção de doenças, os estudantes após conhecer a realidade em uma visita in loco e diagnosticar a necessidade de uma adequação e organização dos resíduos produzidos no local, propuseram um mutirão de limpeza do espaço. As famílias deveriam formar grupos (necessitando serem compostos exclusivamente pelos residentes da comunidade). Com a colaboração de diversos parceiros da Universidade e também da comunidade externa os participantes receberam diversos brindes e prêmios, que foram disponibilizados de acordo com a pontuação de cada equipe. A pontuação, nesse caso, era concedida de acordo com a quantidade de cada tipo de material coletado pelos grupos participantes. A atividade tinha também como objetivo desenvolver junto aos estudantes competências e habilidades ligadas a organização de grupos, liderança, trabalho em equipe e solidariedade. O envolvimento de estudantes, voluntários e de moradores da comunidade envolvendo crianças, jovens, adultos e idosos foi uma demonstração de colaboração, trabalho em grupo, integração e de cidadania em busca da qualidade de vida.

EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA: FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS A PARTIR DE SUAS VIVÊNCIAS

  • Pierre Patrick Pires, Mestrando(a), pierre.psico08@gmail.com
  • Rosânia Campos, Dr(a), zana.c2001@gmail.com

Palavras-chave: Políticas públicas para educação , Formação de professores, pesquisa participante

A presente pesquisa, em andamento, é articulada com uma pesquisa desenvolvida pelo Núcleo de Pesquisa em Educação, Política e Subjetividade (NEPS) do Programa de Pós-Graduação em Educação da Univille. O objetivo deste estudo é investigar as vivências de professores/as alfabetizadores durante o primeiro ano da pandemia, período no qual desenvolverem suas aulas remotamente. O conceito de vivência, desenvolvido pelo teórico Vygostsky, corresponde a unidade dialética entre o vivido e o sentido que isso repercute no sujeito, assim compreende-se que vivência é mais do que experiência. Para isso, foi realizado uma pesquisa participante junto a um grupo de professoras, de uma área da cidade com baixa renda per capita, buscando observar como vivenciaram o período pandêmico, tendo em vista as exigências de conteúdo e as condições objetivas de escolas e alunos/as. Orientando pelo objetivo da investigação, foram organizados encontros com duplo objetivo: escutar as professoras, suas angustias e desafios enfrentados nesse período, e também criar um espaço de reflexão sobre o ato de ensinar – aprender em uma situação em que houve grande distância entre o planejado e o real, haja vista que na comunidade em questão, as crianças não tinha acesso a internet. A cada encontro o grupo realizava registros, utilizando diferentes linguagens, os quais resultaram ao final em um “livro coletivo” sobre como essas professoras vivenciaram esse período. Todos essas produções estão no momento sendo tabuladas e analisadas, tendo como base a pedagogia crítica e a psicologia histórico – cultural. Os dados iniciais indicam que para além da sobrecarga de trabalho que esse tipo de ensino gerou, as professoras mulheres, tiveram outras questões que geraram sofrimento psíquico, como por exemplo, a lógica patriarcal que reforçou a divisão sexual do trabalho, as demandas sociais de seus filhos e filhas que também estavam em forma de estudos remotos..

ENSINO MÉDIO E TECNOLOGIAS DIGITAIS FRENTE AO DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO DA MESORREGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA

  • Nathalia Osório, Graduando, nathalia.osorio@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Tecnologias digitais, Ensino médio, Desenvolvimento regional

O objetivo deste trabalho é trazer aspectos sobre a mesorregião norte de Santa Catarina e identificar potenciais a serem considerados na organização curricular do Ensino Médio ofertado, nessa região, no que concerne às tecnologias digitais. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de caráter bibliográfico, pois foi realizado levantamento de informações para maior conhecimento sobre o tema em questão. Para tanto, foram pesquisados sites que tragam informações sobre a mesorregião norte de Santa Catarina, como o IBGE e Inep. Os resultados apontam que a mesorregião norte catarinense é constituída por 26 municípios com uma população estimada em 1.439.667 habitantes, segundo o IBGE (2021), com base na realização do último censo demográfico em 2010. A maioria dos municípios da região possui uma população inferior a 50 mil habitantes. Segundo este levantamento cerca de 87,72% (1.063.909 hab.) da população vive na zona urbana e 12,28% (148.934 hab.) na rural. No que concerne a atividade econômica, a maioria das cidades tem um potencial na indústria como metalmecânica, química e moveleira. Imersos em uma sociedade digital, e considerando o perfil econômico da mesorregião norte, pode-se inferir que as tecnologias digitais são essenciais para o desenvolvimento das indústrias e dos serviços, o que representa uma oferta potencial de empregos. Esses dados devem ser considerados ao se pensar na formação dos jovens que frequentam o Ensino Médio, considerando as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular - BNCC (2018). Esse documento indica que para a elaboração dos currículos, deve-se levar em conta a realidade em que as escolas estão inseridas, contemplando questões voltadas ao desenvolvimento regional. As reformas para o Ensino Médio preveem, além da formação geral básica, os itinerários formativos, que são os elementos que dão flexibilidade ao currículo. Um dos elementos são os itinerários formativos que contemplam diferentes áreas entre as quais o de Educação Profissional. Portanto, entende-se que a oferta desse itinerário deve estar em consonância com às demandas regionais. Da mesma forma, a escola precisa promover uma formação que amplie o potencial dos estudantes para que possam efetivamente integrar e propor a diversificação das atividades econômicas da região.

Apoio / Parcerias: UNIEDU/SC

Ensino Médio em Santa Catarina: relações com o desenvolvimento da microrregião de Joinville/SC

  • Gabriela Grimm, Graduando, gabigrimmgg63@gmail.com
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br
  • Rita Buzzi Rausch, Dr(a), ritabuzzirausch@gmail.com
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Palavras-chave: Novo Ensino Médio, Desenvolvimento Regional, Currículo

A implementação do Novo Ensino Médio - NEM em Santa Catarina demanda articulação dos currículos com o desenvolvimento regional. Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo identificar e analisar características do desenvolvimento da microrregião de Joinville, observando, especialmente, os indicadores populacionais e educacionais. A microrregião de Joinville é composta pelas seguintes cidades: Araquari, Balneário Barra do Sul, Corupá, Garuva, Guaramirim, Itapoá, Jaraguá do Sul, Joinville, Massaranduba, São Francisco do Sul e Schroeder. Essa pesquisa está vinculada ao projeto intitulado Novo Ensino Médio em Santa Catarina: itinerários formativos e (des)conexões com o desenvolvimento regional, desenvolvido por pesquisadores do Observatório do Ensino Médio em Santa Catarina - OEMESC. De abordagem qualitativa e quantitativa, os dados foram coletados no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Em relação à população, as duas cidades mais populosas são Joinville, com 597.658 habitantes, e Jaraguá do sul, com 181.173 habitantes (IBGE, 2020). A cidade menos populosa é Barra do Sul, com 8.430 habitantes (IBGE 2010). Nas cidades mais populosas observa-se que há maior geração de empregos, notadamente na indústria. Merecem destaque as cidades de Joinville e Jaraguá do Sul, que são os maiores polos industriais dessa microrregião. A pesquisa apontou que em 2019 a cidade com a maior renda per capita é Araquari com R$127.363,81, muito devido as grandes empresas que ali se instalaram, como por exemplo a BMW, em seguida temos São Francisco do Sul com R$80.372,51, por ser uma cidade portuária, tem alta arrecadação. Apesar de ser a maior cidade em extensão e população, Joinville tem uma renda per capita de R$58.467,90 (IBGE, 2020). Os municípios são muito diversos em relação a aspectos populacionais, o que consequentemente faz variar o quantitativo de matrículas nos diferentes níveis da educação básica. De modo geral, os percentuais de escolarização parecem elevados, mas ainda a universalização do acesso à educação ainda não ocorre. No Ensino Médio, Joinville tem 21.749 matrículas e Jaraguá do Sul, 6.562 matrículas. No entanto, os índices de evasão estão em torno de 4% nas duas cidades e o de reprovação, 6,6% em Joinville e 9,6% em Jaraguá do Sul (IBGE, 2020). Com a oferta do NEM, essas problemáticas precisam de atenção, assim como o perfil e as demandas da microrregião. O desenvolvimento regional demanda uma formação integral, para que os jovens possam atuar na sociedade de modo coletivo, compreendendo que a sua região deve estar em sintonia com demandas locais e globais.

Apoio / Parcerias: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC) Programa de bolsas Universitárias de Santa Catarina (UNIEDU) Fundo de Apoio à Pesquisa da Universidade da Região de Joinville (FAP/UNIVILLE)

Experiências literárias como mobilizadora de práticas educativas e sensibilidades

  • Paulo Roberto Fernandes, Mestrando(a), dr26713@gmail.com
  • Silvia Sell Duarte Pillotto, Dr(a), pillotto0@gmail.com

Palavras-chave: Práticas Educativas, Sensibilidade Literária, Educação Básica

A investigação aqui apresentada está vinculada a pesquisa: Experiências estéticas e seus imbricamentos nas práticas educativas – EIDE, ao Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação - NUPAE, bem como e ao Programa de Pós-Graduação - Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE). A questão inicial que nos mobilizou a pesquisar, foi: como a literatura pode contribuir para sinalizar potencialidades e fragilidades nas práticas educativas dos professores no ambiente escolar, tendo as sensibilidades como ponto de partida? A partir desta problematização, o objetivo geral é: refletir sobre a literatura como propulsora de experiências estéticas e sensibilidades com professores do Ensino Médio, capaz de potencializar os espaços e as relações entre esses profissionais, gestores e estudantes, a fim de que todos se sintam partícipes e comprometidos nas práticas educativas. Para o andamento da pesquisa, alguns autores têm sido fundamentais na construção das bases teórica-metodológicas, a exemplo: Abrahão (2018), Bertaux (2010) e Delory-Momberger (2006), Passeggi; Nascimento; Oliveira (2016); subsidiando as questões metodológicas; Duarte Jr. (2001), Meira e Pillotto (2010), contribuindo com reflexões sobre sensibilidades; Candido (1989), Yunes, Oswald (2004) e Todorov (2009), fundamentando a sensibilidade literária e Freire (2013) as experiências docentes. A abordagem de pesquisa é qualitativa/narrativa, com ênfase em seis Ateliês Literários, com 4 professores do Ensino Médio da Rede Estadual de Santa Catarina. Os instrumentos para a produção de dados, são as narrativas traduzidas em: gravações em áudio, filmagens, fotografias e anotações. A análise tem como base o princípio-compreensivo- interpretativo, que leva em conta as narrativas dos professores e dos pesquisadores. Dos seis Ateliês Literários previstos, já realizamos três, que nos apontam algumas importantes pistas, como: o Ateliê Literário mobilizou os professores a pensar nas práticas educativas dos professores como produção de si e dos estudantes; as sensibilidades e as relações afetivas, fundamentais nas práticas educativas; as fragilidades como possibilidade de autorreflexão sobre o que pode ser mudado e ressignificado e a relevância das relações afetivas, como potência para ensinar e aprender. Estimamos, portanto, que a literatura e as sensibilidades podem contribuir para que o sentimento de pertença dos professores com relação à escola seja potencializado. Estimamos que os resultados da pesquisa possam contribuir para que nós professores, continuemos a construir nossas identidades profissionais, percebendo a importância das relações interpessoais no espaço da escola e compreendendo o quanto a literatura e a sensibilidade influenciam em nossas práticas educativas para uma educação mais humanitária, destacada pelas construções afetivas.

Apoio / Parcerias: Núcleo de Pesquisa em Arte na Educação - NUPAE/UNIVILLE Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP/Univille)

Formação continuada de professoras do Atendimento Educacional Especializado na Rede Pública de Educação: Um Percurso Formativo na Perspectiva Participante

  • Carolina Cieslinski, Mestrando(a), carolinacie7@gmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Palavras-chave: Trabalho docente, Formação docente, Atendimento Educacional Especializado

A oferta de formação continuada aos professores em formatos descontextualizados com modelos engessados são bastante constantes. Relaciona-se tal temática com enfoque as professoras que trabalham no AEE (Atendimento Educacional Especializado) que é um serviço de atendimento à estudantes com deficiência, considerando a rede pública de uma cidade da região norte catarinense. Pretende-se analisar um percurso formativo com professoras do AEE por processos metodológicos participativos, dialógicos e integrativos. Esta pesquisa constitui-se em projeto no Programa de Pós-graduação em Educação da Univille e vincula-se ao Grupo de Estudos em Formação e Trabalho Docente (GETRAFOR) Para compreensão acerca da formação continuada e de possibilidades significativas a estas formações pautamo-nos em Nóvoa (2009a, 2009b), Freire (2014, 2021), Imbernón (2010) e Giroux (1997). Sobre a formação docente no AEE consideramos as diretrizes nacionais e autores como Garcia (2013) e Kassar (2014). A metodologia se delineia pela composição do campo de pesquisa na constituição do referido grupo de professoras e baseia-se na pesquisa participativa, sobre a qual Streck (2016) aponta a realidade potenciável que aqui é considerada na dialogicidade desta formação. Refere-se à dialogicidade na concepção de Freire, para o qual o diálogo é onde “se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos” (FREIRE, 2021. p. 109). Para tanto iniciou-se um percurso de formação com um grupo de professoras do AEE mediado por processos dialógicos e integrativos. Este percurso ocorrerá a partir dos eixos propostos no projeto Performa, desenvolvido no Curso de Psicologia na Univille, que compõem os temas: Biografia no aspecto da docência, Trabalho docente e Teoria e conceitos da educação inclusiva. A pesquisa tem abordagem qualitativa e se dá pelo levantamento de dados em entrevistas com as professoras e pelo percurso iniciado junto a este grupo. A pesquisa encontra-se em processo, até o presente momento as entrevistas foram realizadas com algumas professoras. Por ter um caráter dialógico e com questões norteadoras mais flexíveis, por meio das quais se conhece as histórias acadêmicas e profissionais das professoras, entende-se que esta já é vivenciada dentro de uma perspectiva formativa. Nestas entrevistas constatou-se que o grupo constituído em maioria por professoras iniciantes na Educação Especial. Elas destacam a importância atribuída pelas professoras ao trabalho coletivo sobre a Educação Especial, embora nem sempre ele aconteça na escola. Nos encontros a relação teoria e prática será aprofundada.

Apoio / Parcerias: Bolsista Fapesc

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES ALFABETIZADORES: IMPLICAÇÕES DE UMA COMUNIDADE DE PRÁTICA À ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS APÓS ISOLAMENTO SOCIAL – COVID-19

  • Caroline Michele Brunken, Mestrando(a), carolmicheleb@gmail.com
  • Rita Buzzi Rausch, Dr(a), ritabuzzirausch@gmail.com

Palavras-chave: Formação Continuada de Professores, Alfabetização em Contexto de Letramento, Comunidade de Prática

Esta pesquisa está vinculada ao Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Trabalho e formação Docente – PPGE UNIVILLE e tem como objetivo geral compreender as implicações de uma comunidade de prática à formação continuada de professores alfabetizadores e à aprendizagem das crianças após isolamento social causado pela Covid-19. Entendemos a formação continuada de professores como elemento fundamental para reestruturação e transformação significativa da proposta pedagógica, pela reflexão conjunta discutindo os impactos causados também pelo isolamento social. Essa pesquisa está fundamentada na teoria histórico-cultural e conta com o seguinte referencial teórico: Nóvoa (2019, 2022); Imbernón (2009); Contreras Domingo (2016); Rausch (2008), para discutir a formação continuada de professores e desenvolvimento profissional docente. Sobre alfabetização e letramento utilizamos Soares (2017, 2018, 2020). A pesquisa é qualitativa, do tipo pesquisa-ação, inspirada em uma comunidade de prática. Os procedimentos de produção de dados foram: análise documental, observação na comunidade de prática e entrevista. Após a produção dos dados foi feita a análise por meio do método de análise de conteúdo de Bardin (2009). A pesquisa teve três eixos de análise: o diagnóstico das crianças participantes da pesquisa em relação à alfabetização e ao conhecimento das professoras sobre alfabetização em contexto de letramento; os documentos gerados pela comunidade de prática; por fim, os dados e documentos finais de aprendizagem das crianças e das professoras alfabetizadoras participantes da comunidade de prática. Toda essa análise trouxe aspectos muito importantes de discussão e compreensão da realidade, fazendo com que as ações adotadas pela comunidade de prática tivessem impactos sobre os problemas cotidianos visualizados, entre eles, o aprimoramento do planejamento das professoras. Assim, com as discussões na comunidade de prática, os planejamentos passaram a ser elaborados de forma sequenciada e que tenham como ponto de partida o que as crianças já conhecem sobre o sistema de escrita alfabética. A análise apresentou a discussão e compreensão da realidade, fazendo com que as ações adotas pela comunidade de práticas tivessem impacto com os problemas visualizados, entre eles, o aprimoramento do planejamento das professoras. Assim, a pesquisa apresentou significativos efeitos nos processos teórico-práticos em torno da ação docente, possibilitando afirmar que o processo formativo propiciou a reflexão crítica sobre as práticas, bem como, um movimento de mudança em direção às práticas pedagógicas de alfabetização e letramento, na garantia do direito à aprendizagem das crianças.

Apoio / Parcerias: PPGE UNIVILLE Secretária Municipal de Educação de Joinville

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO ENSINO MÉDIO EM ESCOLAS DA REGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA

  • Carolina Dalfovo Bonelli, Graduando, carolinabonelli16@gmail.com
  • Aline Coêlho dos Santos, Ensino Médio, alinecoelho@furb.br
  • Rita Buzzi Rausch, Dr(a), ritabuzzirausch@gmail.com

Palavras-chave: Formação Continuada de Professores, Novo Ensino Médio, Educação Básica

Essa investigação é parte integrante do projeto de pesquisa Novo Ensino Médio (NEM) em Santa Catarina (SC): itinerários formativos e (des)conexões com o desenvolvimento regional, que está sendo coordenado pela Universidade da Região de Joinville e vem se realizando em todo o estado de Santa Catarina, em parceria com outras instituições de Educação Superior. Também integra as ações do GETRAFOR: Grupo de pesquisa sobre trabalho e formação docente vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE da UNIVILLE. Dentro desse projeto ampliado, essa investigação em específico se desenvolveu no âmbito da formação de professores, com foco nos processos formativos para implantação do NEM, tendo como objetivo compreender os processos de formação continuada de professores da rede estadual da região norte de SC para a implementação do NEM. A base teórica parte dos conceitos sobre a formação continuada de professores com base em Imbernón (2010; 2009) e Nóvoa (1992), e nos documentos oficiais do Currículo Base do Território Catarinense (2020) e a Resolução CNE/CP nº 1, de 27 de outubro de 2020, que institui a Base Nacional Comum para Formação Continuada de Professores. Diante de tais referenciais, a investigação compreende que políticas educacionais, como o NEM, só são efetivadas se bem articuladas à formação profissional de qualidade. No que se refere à metodologia, trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, que se desenvolveu por meio da análise crítica de 15 questões fechadas e abertas, relacionadas à formação docente, por meio de questionário online. Foram questionados profissionais de 13 escolas-piloto de SC, instituições que iniciaram a implantação do NEM em 2019, estando, portanto, no seu terceiro ano de vigência. Tais escolas-pilotos pertencem a sete municípios da região norte de SC, são eles: Guaramirim, Canoinhas, Corupá, Itapoá, Jaraguá do Sul, Joinville e Monte Castelo, constituindo uma população amostral total de 93 professores participantes. Os principais resultados emitem um diagnóstico sobre duas categorias basilares: (i) a formação acadêmica dos professores investigados; e (ii) a percepções dos professores sobre os processos formativos para implementação do NEM. Essa investigação evidencia fortes indicativos que dão suporte para o planejamento e oferta de futuros processos formativos, que visam a qualificação do trabalho docente e a melhoria nos processos de ensino e aprendizagem, indicando: (a) a necessidade de incentivo à docência através da formação inicial e continuada; e (b) a reestruturação emergente nos processos formativos para melhor atender a realidade, que se mostram insuficientes, conforme percepção dos professores.

Apoio / Parcerias: UNIEDU FAPESC PPGE- UNIVILLE

FUNÇÕES E SIGNIFICADOS DOS CADERNOS ESCOLARES PARA O TRABALHO DOCENTE EM TEMPOS DE PANDEMIA

  • Jiseli de Fátima Oliveira Pasqualin, Mestrando(a), jipasqualin@gmail.com
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Palavras-chave: Trabalho docente, Cadernos escolares, Pandemia

O resumo em questão apresenta a discussão e proposta teórico-metodológica de uma pesquisa de mestrado em andamento, vinculada ao Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho e a Formação Docente - GETRAFOR. Tem por objetivo compreender as funções e significados dos cadernos escolares para o trabalho docente em tempos de pandemia. Para realizar a pesquisa a metodologia foi de cunho qualitativo e exploratória, com inspiração etnográfica. Assim, realizou-se o seguinte percurso metodológico: pesquisa bibliográfica; observação participante; grupo focal; entrevista com a professora regente da turma. Entre os meses de novembro e dezembro de 2021, realizou-se a observação participante em uma turma do terceiro ano do Ensino Fundamental, para que através do contato com os alunos e com a docente, fosse possível compreender as diversas culturas, características e diálogos presentes no grupo (Guirtz,1999). E por acreditar ser fundamental ouvir os alunos, utilizou-se a técnica do Grupo Focal (Gatti, 2005), por meio do qual foram escutados sete estudantes a respeito dos seus cadernos. Por meio das análises dos materiais obtidos em campo, constatamos até o momento que a tecnologia se tornou essencial para a continuidade das atividades escolares durante a pandemia da COVID-19, porém somente um aluno da referida turma teve acesso a internet e computador em sua residência, os demais recebiam as orientações dos professores por mensagens do WhatsApp de seus pais e posteriormente registravam em seus cadernos, e independente da classe social todos tinham este artefato. Percebemos que o caderno é considerado um importante instrumento didático, os registros feitos pelos alunos refletem as metodologias, conteúdos, aprendizado, organização e outras particularidades que contribuem para conhecermos parte do cotidiano da sala de aula. Entretanto durante o ensino remoto estes sentidos e significados foram outros, criou-se uma lacuna entre aluno e professor, pois não havia interação, ensinamentos, não tínhamos escola. Referências GATTI, Bernadete Angelina. Grupo focal na pesquisa em Ciências Sociais e Humanas. Brasília: Líber Livro, 2005. GVIRTZ, Silvina. El discurso escolar a través de los cuadernos de clase: Argentina 1930-1970. Buenos Aires: Eudeba, 1999.

Apoio / Parcerias: Bolsista Prosuc CAPES

História Ambiental no Brasil: Uma revisão literária

  • Lucas Jair Petroski, Graduando, lucaspetroski20@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gamil.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com

Palavras-chave: Patrimônio Ambiental , História Ambiental, História no Brasil

Num contexto de crescente relevância da História Ambiental no Brasil e no Mundo, de crescentes discussões sobre crises climáticas, e queimadas que se estendem na floresta Amazônica e na floresta Atlântica, entendeu-se ser necessário fazer uma pesquisa sobre História Ambiental no Brasil. Objetivou-se, na pesquisa, compreender o que nos dizem algumas das principais obras de História Ambiental sobre o Brasil, para então, entender a temática abordada e a relação homem-natureza em diferentes períodos e lugares do Brasil, abordados pelas bibliografias. A presente pesquisa é parte integrante da pesquisa “As paisagens da Baía da Babitonga: um estudo documental”, que será concluída em junho de 2023. Neste momento, para a pesquisa usou-se uma abordagem qualitativa de revisão bibliográfica, escolheu-se 5 obras relevantes para a história ambiental no Brasil, três delas tem um grande fator de impacto (“A ferro e fogo” de Warren Dean, “Um sopro de destruição” de José Augusto Pádua, e “Devastação e preservação ambiental” de José Augusto Leitão Drummond), as outras duas (“História ambiental, história indígena e relações socioambientais no Semiárido Brasileiro” de Carlos Alberto Batista Santos et al, e “História Ambiental de América Latina” de Pedro Sergio Urquijo Torres et al) são também fundamentais para a compreensão da História Ambiental no Brasil, seja como referencial teórico ou base para mais estudos, contudo, por serem obras recentes não tem fator de impacto. Da pesquisa, foi compreendido em Pádua, que as discussões e questões ambientais sobre o Brasil já circulavam no meio de alguns intelectuais, políticos e membros da elite brasileira, sendo um dos mais conhecidos destes, no século XIX, o então ministro José Bonifácio, que acreditava que, se os brasileiros continuassem devastando as florestas e fazendo mau uso de suas minas, em dois séculos viraríamos algo parecido aos “desertos áridos da Líbia”. Contudo, já no século XVIII, existiam pessoas pensando na racionalização da terra e nas revoltas da natureza. Para Dean, as florestas do Brasil, todas ou quase todas, até mesmo as que são pensadas como intocadas, sofreram alguma ação ou influência do homem. O ser humano habita a região do Brasil há mais de 10 mil anos a.p., estes habitantes eram milhões, no século XV, e habitavam basicamente a totalidade do território brasileiro. Tinham uma grande multiplicidade cultural, faziam escambos, coivara, festas e conflitos, uns eram mais suscetíveis e interessados ao amálgama cultural, enquanto outros eram extremamente rígidos às permutas de qualquer tipo.

Apoio / Parcerias: Estado de Santa Catarina - Bolsa Uniedu Art. 171/FUMDES

Histórias de vidas e memórias de pesquisadoras/es do campo do ensino de história

  • Gabriela Riegel Cisz, Graduando, gabrielariegelcz@gmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquelsenavenera@gmail.com

Palavras-chave: Memórias, História Oral, Ensino de História

O projeto Histórias de vidas e memórias de pesquisadoras/es do campo do Ensino de História busca registrar e organizar em rede as narrativas de experiências dos profissionais que desde os anos de 1980. A partir da História Oral de vida, aposta no registro (auto) biográfico como uma produção heurística, se propõe produzir e organizar fontes produzirá registros não apenas da memória, mas possibilitará construções de identidades e reflexões sobre os esquecimentos e as alteridades relacionadas a constituição de professores de História hoje. Trata-se de uma proposição em parceria com a Associação Brasileira de Pesquisa em Ensino de História (ABEH), a Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) e o Museu da Pessoa que reúne um coletivo de pesquisadores nacionais empenhados na construção de fontes sobre o seu próprio campo de atuação. Até o momento foram realizadas cinco entrevistas no formato remoto e duas entrevistas presenciais. Elas estão em processo de revisão, transcrição, para compor o acervo do Museu da Pessoa e demais laboratórios envolvidos.

Apoio / Parcerias: Associação Brasileira de Ensino de História Museu da Pessoa

Humanização na educação médica sob a perspectiva do estudante

  • Marina Austine Augusto de Oliveira, Graduando, marina.austine@hotmail.com
  • Elivelto Train, Mestrando(a), elivelto.otrain@hotmail.com
  • EULER RENATO WESTPHAL, Dr(a), eulerwestphal@gmail.com

Palavras-chave: Humanização, Educação médica, Medicina narrativa

A partir do delineamento teórico e metodológico procura-se entender a capacidade do estudante de medicina de incorporar às suas reflexões e ações os referenciais da bioética e da humanização, tornando-os significativos para o cuidado do humano, reconhecendo as dimensões que o caracterizam. Busca-se entender o processo de aprendizagem na formação do estudante de medicina colocando em pauta a questão humana, que se observa pela reflexão sobre possibilidades e barreiras na relação médico-paciente e a criação de ferramentas para a humanização (RIOS et al.,2015). Assim, o objetivo geral da pesquisa focou em investigar e debater sobre como as humanidades têm potencial para influenciar a formação médica e a prática clínica. Buscar analisar as percepções de discentes de medicina referente às experiências que possibilitaram o desenvolvimento de conteúdo, habilidades e comportamentos voltados à humanização; identificar a possibilidade de quando se abre um espaço de fala, os alunos respondem posicionando-se, criticando e sugerindo possíveis mudanças que permitam a revisão e o aprimoramento da formação na graduação; buscar a potencialização do formando tanto da empatia quanto na humanização do cuidado na relação médico-paciente e, ainda, promover reflexões sobre o papel do médico, a forma como o atendimento à saúde tem acontecido e a necessidade de humanizar disciplinas de sua formação acadêmica. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura abordando o tema “humanização na educação médica sob a perspectiva do estudante”, utilizando a base de dados do Pubmed, Scielo e MEDLINE, além da obra “A Pesquisa (auto)biográfica e a Medicina Narrativa” de Raquel Venera (2019). A pesquisa contempla temas voltados à proteção, valorização, transmissão e difusão da humanização na educação médica sob uma perspectiva bioética ao investigar e problematizar a sua dimensão simbólica. Dessa forma, encontrando em estudos e experiências estratégias de ensino para melhor preparar esses futuros profissionais da saúde, propondo métodos como o de Manso (2021) de elaboração de portfólio reflexivo e narrativa formulada pelo estudante, que pondera sobre a sua aprendizagem e o que considera importante para sua formação, a maneira como compreende a si mesmo e ao outro. Não basta somente adotar o conteúdo teórico das humanidades, é necessário criar e fornecer espaços para vivenciar e refletir sobre o encontro com o paciente (VENERA et al. 2019).

Apoio / Parcerias: Bolsa pesquisa Artigo 170

Impactos da Pandemia na Educação Básica com enfoque no Trabalho Docente e na Vivência de Estudantes: Levantamento de Produções Bibliográficas

  • Bruna Karnopp, Ensino Médio, brunakarnopp28@gmail.com
  • Sabrina de Oliveira Pereira, Graduando, sabrinao@univille.br
  • Aliciene Fusca Machado Cordeiro, Dr(a), aliciene_machado@hotmail.com

Palavras-chave: Trabalho docente, Pandemia, Educação básica

Este trabalho faz parte de uma pesquisa vinculada ao projeto guarda-chuva VIVEDU- I vinculado à Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. A pesquisa buscou por meio de teses e dissertações compreender as principais mudanças que a pandemia do COVID-19, que assolou o mundo a partir de 2020, ocasionou ao trabalho docente, aos estudantes e, consequentemente, ao ensino básico. Diante dessa perspectiva, foi realizado um levantamento bibliográfico na base de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Buscou-se publicações no período de 2020 a 2022, e a partir dos seguintes descritores: Ensino + Pandemia + Alunos + Trabalho Docente. Pretende-se aprofundar a compreensão sobre o assunto, propondo-se um estudo com base na análise de conteúdo, pautada na metodologia desenvolvida por Laurence Bardin. Nesse tipo de análise é realizado uma verificação do conteúdo proferido pelos participantes da pesquisa e, dessa maneira, em meio a uma investigação, é traçada a construção e apresentação de concepções em torno de um objeto de estudo (SOUSA; SANTOS, 2020, p. 2). A partir da leitura dos títulos e resumos que foram mais bem relacionados com os objetivos das presentes pesquisas de iniciação científica, foram selecionados 2 teses e 11 dissertações. Com base nas leituras realizadas, destacaram-se alguns pontos: tanto a classe docente quanto os estudantes foram altamente impactados pela pandemia do coronavírus já que a dinâmica escolar foi alterada significativamente. Os educadores precisaram se adequar e adaptar suas formas de ensinar e avaliar de acordo com o modelo remoto de ensino. Soma-se a isso a preocupação dos professores com seus alunos, e a dificuldade em administrar seu tempo em relação às atividades profissionais e domésticas já que o trabalho invadiu sua casa. Já os alunos, por sua vez, sofreram com o afastamento dos colegas e enfrentaram dificuldades de suporte para realizar suas tarefas escolares e consolidar seus processos de aprendizagem. Dessa forma, condições físicas e psicológicas do professor e do aluno sofreram abalos consideráveis nesse período. Ademais, a desigualdade social foi evidenciada nesse período a partir da realidade que muitos estudantes tiveram seu aprendizado comprometido pela falta de acesso à internet e bons equipamentos tecnológicos e também a dificuldade que alguns professores enfrentaram de lidar com as ferramentas digitais. Essa análise preliminar das teses e dissertações produzidas no momento permitem vislumbrar a necessidade de investimento não só na aprendizagem dos estudantes, mas também e principalmente na saúde mental da comunidade escolar.

Apoio / Parcerias: Bolsas UNIEDU

IMPLICAÇÕES DE UM PROCESSO FORMATIVO-COLABORATIVO AO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES QUE ATUAM NOS ANOS INICIAIS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE PIÇARRAS

  • Juliana Jacinto de Lima, Mestrando(a), julianajacinto@yahoo.com.br
  • Rita Buzzi Rausch, Dr(a), ritabuzzirausch@gmail.com

Palavras-chave: Formação Continuada de Professores, Professores Iniciantes, Desenvolvimento Profissional Docente

Esta pesquisa possui como temática o desenvolvimento profissional de professores iniciantes que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental e está vinculada ao GETRAFOR. Muitos estudos trazem conhecimentos acerca da formação do professor, entretanto necessita-se de uma formação que apoie esse professor recém-formado e o leve a uma práxis de qualidade. Compreendemos que ao desenvolver práticas de apoio aos professores quando iniciam suas atividades profissionais, influenciará positivamente no seu desenvolvimento reduzindo as inseguranças de início de carreira, contribuindo diretamente na aprendizagem dos estudantes. Neste contexto, estabelecemos a seguinte questão de investigação: Quais as implicações de um processo formativo-colaborativo ao desenvolvimento profissional de professores iniciantes que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental em uma escola pública do município de Balneário Piçarras? O objetivo geral foi compreender as implicações de um processo formativo-colaborativo ao desenvolvimento profissional de professores iniciantes. Como objetivos específicos estabelecemos: identificar os principais desafios enfrentados pelos professores iniciantes no cotidiano de sua profissão; promover um processo formativo-colaborativo por meio da comunidade de aprendizagem visando contribuir com os desafios enfrentados pelos professores iniciantes; e analisar as implicações desse processo formativo-colaborativo ao desenvolvimento profissional dos professores iniciantes que integraram a comunidade de aprendizagem. Levamos em consideração o contexto, as reflexões pessoais e do grupo durante todo o processo de investigação. Refletimos acerca das implicações que permeiam a formação continuada do professor iniciante e que transforma a prática de sala de aula, cada dia mais desafiante. A metodologia se delineia numa pesquisa colaborativa com abordagem qualitativa, realizada em contexto de escola de rede pública. Os participantes colaboradores foram quatro professores regentes em início de carreira, que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental. Identificamos a partir da entrevista narrativa os desafios enfrentados pelos professores iniciantes no exercício docente, que foram: Durante o percurso desta pesquisa, conseguimos elencar alguns desafios apontados pelos professores iniciantes em seu exercício diário: trabalho colaborativo no espaço escolar, saberes docentes, compromisso ético do professor, relacionamentos interpessoais e a prática reflexiva. Tais desafios foram discutidos em uma formação-colaborativa. A partir deste percurso formativo defendemos a formação continuada de professores centrada na escola, o trabalho sequenciado pela comunidade de aprendizagem e novas possibilidades de formações coletivas e colaborativas. Neste sentido, foi possível perceber que um processo formativo colaborativo que se constitua a partir de situações reais de sala, contribui de forma significativa no desenvolvimento profissional de professores iniciantes.

Apoio / Parcerias: UNIEDU PPGE Univille Secretária Municipal de Educação de Piçaras

Imprensa e Antissemitismo em Jaraguá do Sul durante a década de 1930.

  • Luã Osvaldo Feretti, Graduando, ferettilua@gmail.com
  • Wilson de Oliveira Neto, Dr(a), wilson.o@univille.br

Palavras-chave: Política, Imprensa, Antissemitismo

O município de Jaraguá do Sul está localizado no estado de Santa Catarina, na microrregião do Vale do Itapocu. Suas origens estão relacionadas à imigração de povos de língua alemã ocorrida durante a segunda metade do século XIX. Como em outros locais do Sul do Brasil que também estão ligados à colonização alemã, a imprensa periódica foi relevante para a vida cotidiana das comunidades de origem alemã. O objetivo deste trabalho é investigar a circulação de ideias políticas através dos jornais publicados em Jaraguá do Sul na década de 1930. Durante o período, funcionaram no município núcleos da Ação Integralista Brasileira - AIB e do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães - NSDAP. As primeiras análises sinalizam que em 1936, foi eleito um prefeito integralista, sendo os jornais um meio importante de difusão de eventos e ideias políticas relacionadas à esses movimentos. Nesse trabalho, será abordada uma dessas ideias que é o Antissemitismo, isto é, a ideologia voltada à discriminação e às teorias conspiratórias de judeus, pois foi constatada na pesquisa empírica realizada em jornais sobre a guarda do Arquivo Histórico de Jaraguá do Sul uma intensa veiculação de matérias antissemitas.

Apoio / Parcerias: Arquivo Histórico de Jaraguá do Sul

INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR DO INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE: UM CAMINHO EM CONSTRUÇÃO

  • VIVIANE PEDRI, Mestrando(a), vivianepedri@gmail.com
  • Rosânia Campos, Dr(a), zana.c2001@gmail.com

Palavras-chave: Políticas públicas para educação , educação especial, Educação superior

A presente pesquisa, em andamento, vinculada à linha Políticas Educacionais, Trabalho e Formação Docente, do Programa de Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, tem como objetivo geral identificar as políticas afirmativas e as ações desenvolvidas e voltadas à inclusão dos estudantes com deficiência; analisar qual a compreensão dos professores/as sobre a política de inclusão adotada pelo Instituto Federal Catarinense e verificar como esses estudantes significam o processo de inclusão educacional oferecido pelo Instituto Federal Catarinense na educação superior. A pesquisa caracterizada como de campo e na abordagem qualitativa traz contribuições da teoria histórico-cultural. Os participantes foram docentes atuantes na graduação com estudantes com deficiência e estudantes com deficiência que cursavam o mesmo nível de ensino: graduação. Para a coleta de dados, foram aplicados questionários on-line com os docentes e realizadas entrevistas on-line com os estudantes. Além disso, foi feito um levantamento documental, em sites oficiais de governo e institucionais para conhecer os documentos norteadores das políticas e ações de inclusão voltadas aos estudantes com deficiência na educação superior do IFC. Os dados obtidos foram tabulados observando-se a sua incidência das respostas e resultaram na definição de três categorias de análise: 1. Políticas Inclusivas no IFC; 2. Ações Institucionais que favorecem a permanência dos estudantes com deficiência no ensino superior e 3. A significação dos estudantes com deficiência sobre a inclusão no IFC. As análises, iniciais, revelaram que os documentos institucionais corroboram com a legislação vigente; as ações desenvolvidas pelo NAPNE e o AEE são compreendidos como fundamentais para o acesso e principalmente a permanência dos estudantes com deficiência nesse nível de ensino e que, os estudantes consideram a instituição como sendo inclusiva, no entanto, pouco conhecem sobre as políticas de inclusão e participam dos serviços ofertados pela instituição.

Lei Cotas: 10 anos de avanços nas políticas educacionais

  • Isadora Nunes Rodrigues , Graduando, isadorarodrigues72@gmail.com
  • Diego Finder Machado, Dr(a), diego.f@univille.br
  • Jonathan Prateat, Doutorando(a), j.prateat@univille.br
  • Sirlei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: Lei de Cotas, quilombola, educação inclusiva

A presente comunicação está vinculada ao projeto integrado “Caminhos para a cidadania em comunidades remanescentes quilombolas de Joinville e região: vivências de ensino, pesquisa e extensão com a comunidade Beco do Caminho Curto”. Tem como objetivo problematizar os 10 anos de implementação da Lei de Cotas no Brasil. Em 2022, a Lei nº 12.711/2012, completou dez anos. A lei determina que 50% das vagas em universidades e institutos federais sejam reservadas para egressos de escola pública, dividindo-se em subcotas para negros, pardos, indígenas e portadores de deficiência. A metodologia será qualitativa e quantitativa, analisando os dados produzidos e publicados por Instituições de Ensino Superior e por Movimentos Sociais ligados às questões étnico racial no ano de 2022. A pesquisa parcial revela que anteriormente à promulgação da Lei de Cotas, poucas universidades brasileiras adotavam a reserva de vagas especificamente para negros, pois as ações afirmativas, até então, voltavam-se para indígenas, egressos de escolas públicas ou de baixa renda. A Lei de Cotas vem sendo uma importante ferramenta na reparação histórica e na inclusão da população negra no meio acadêmico. Os dados pesquisados mostram que grandes desafios ainda precisam ser vencidos nas políticas educacionais, como a permanência dos cotistas nas universidades e a inserção no mercado de trabalho após sua formação concluída.

Apoio / Parcerias: UNIEDU - Pesquisa

Lei de Migração de 2017: uma análise dos direitos e garantias para imigrantes haitianos no Brasil

  • Gabriel Davini, Graduando, gabriel.davini@univille.br
  • Jonathan Prateat, Doutorando(a), j.prateat@univille.br
  • Sirlei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: Imigração haitiana, Lei de Migração , Joinville

A presente comunicação faz parte do projeto intitulado “Comunicação Inclusiva: o olhar do imigrante haitiano na construção de conteúdo em redes sociais (ComHaiti/Univille)”. A pesquisa tem por objetivo analisar a Lei de Migração de 2017, impulsionada pelo aumento do número de imigrantes no Brasil, a partir de 2010. A justificativa para a realização da presente pesquisa foi o papel ativo do imigrante na nova estrutura social urbana, deixando de ser um objeto e passando a ser o sujeito do processo de construção da cidadania. Os principais objetivos são a análise e a discussão das atuais leis migratórias nacionais, o estudo da legislação de proteção às questões sociais dos imigrantes, e a problematização da importância da preservação dos direitos dos imigrantes, especialmente os haitianos dentro da sociedade joinvilense. Durante o desenvolvimento da pesquisa, ficou nítida a falta de inclusão, bem como a marginalização empregatícia vivenciada pelo imigrante oriundo de país periférico, utilizando como base dados do Ministério do Trabalho. De acordo com esses dados, entre 2013 e 2016, foram emitidas aproximadamente 2.000 carteiras de trabalho para haitianos em Joinville/SC. Vale ressaltar que, de acordo com análises feitas nas redes sociais, grande parte dos imigrantes ou atuam em trabalhos “chão de fábrica”, ou atuam de maneira informal, ou não conseguem o seu espaço no mercado de trabalho.

Apoio / Parcerias: Uniedu Pesquisa

LOUÇA DE BARRO, CULTURA, COMIDA E MEMÓRIA: A MATERIALIDADE COMO DOCUMENTO HISTÓRICO

  • Rosane Patrícia Fernandes, Doutorando(a), rosepati@gmail.com
  • Mariluci Neis Carelli, Dr(a), mariluci.carelli@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Palavras-chave: Louças em Barro, Guilherme Tiburtius, Alimentação

Noutros tempos, terra, água, fogo e sentidos deram forma a inúmeras louças feitas em barro entrelaçando saberes e fazeres às necessidades cotidianas de objetos e utensílios domésticos a serem usados na preparação de comidas, melhorando o sabor e textura dos alimentos. Com o decorrer do tempo, alguns objetos têm sua utilidade primária/utilitária transformada e expressam outros valores simbólicos e passam a habitar coleções de museus. Desta forma, configuram-se em um objeto documental/informacional que reverbera memória e práticas sociais de diferentes grupos que viveram no passado. Essa comunicação faz referência a estudos que estão sendo realizados em um conjunto de cerâmicas históricas reunidas pelo colecionador e pesquisador Guilherme Tiburtius, no início dos anos de 1.940, no entorno de Curitiba-PR, Primeiro Planalto Paranaense. Em específico, tratam do conjunto de cerâmicas reunidas no município de Araucária-PR e, em parte, discute-se o potencial informativo dessas louças na compreensão dos hábitos alimentares das comunidades tradicionais/históricas que as teceram e usaram. Na análise busca-se identificar, por meio da morfologia e do estilo das peças, seus possíveis usos na preparação das comidas da época. O estudo integra a pesquisa/tese interdisciplinar vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade e Laboratório de Arqueologia e Patrimônio Arqueológico/LAPArq, da Universidade da Região de Joinville e a metodologia faz uso de revisões bibliográficas e documentais, dados etno-históricos e análises laboratoriais do conjunto Araucária coletado por Tiburtius, atualmente sob guarda do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville. Outro objetivo do trabalho é falar dos objetos musealizados e da potência desses acervos para a pesquisa científica, bem como, discutir e, quem sabe, compreender melhor os usos e hábitos sociais destinados a essas louças. Os resultados indicam que a coleção de Araucária soma, ao todo, 175 vasilhames sendo eles vasos, com e sem alças, potes de diversos tamanhos, tigelas, torradores, panelas, pratos, jarros, cuscuzeiros entre outros objetos. As características destes vasilhames sugerem que sejam produções domésticas em contextos locais/regionais, elaboradas por comunidades pós-coloniais que viveram no estado do Paraná, com influxos europeus, indígenas e africanos, posteriores ao século XVI, conforme discussões prévias de diferentes pesquisadores. As peças apresentam marcas de ação mecânica como laminações, fissuras e rachaduras, bem como alterações físico-químicas, como fuligem, carbonização e craquelê nas faces internas e externas resultantes do uso doméstico e na preparação de alimentos.

Apoio / Parcerias: Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville Capes

Memórias sobre os processos industriais de Joinville: perspectivas do ex-prefeito Nilson Wilson Bender

  • Gabriel Wandersee, Graduando, gabrielwandersee@gmail.com
  • Daniela Pistorello, Dr(a), danielapistorello@hotmail.com
  • Ilanil Coelho, Dr(a), ilanilcoelho@gmail.com

Palavras-chave: patrimônio industrial;, história oral, história de Joinville

O trabalho pretende socializar alguns resultados alcançados em uma série de pesquisas relacionadas à história de vida e à atuação política dos empresários que cumpriram mandatos como prefeitos de Joinville durante a segunda metade do século XX. Por serem entrevistas produzidas por outros pesquisadores e para outro proposito, foi utilizado como referência metodológica a proposição do historiador canadense Alexander Freund. Para ele, diante de um arquivo de histórias orais previamente produzidas, o pesquisador pode considerá-lo como um conjunto de “dados gerados em processo", tal qual as demais fontes que o pesquisador pode levantar em outros acervos (FREUND, 2013, p. 29). Nessa direção, foi analisada a entrevista oral concedida pelo ex-prefeito Nilson Bender com o mandato de 1966 a 1970. As seguintes questões pautaram a análise: como entende o processo de industrialização de Joinville e qual o seu papel enquanto prefeito-empresário. Também foi realizada uma identificação minuciosa sobre a coleção que a gerou. A entrevista integra a coleção “Nossos Prefeitos – século XX”, sob guarda no acervo do Laboratório de História Oral da Universidade da Região de Joinville (LHO/Univille). Além dessa entrevista, a pesquisa ora em desenvolvimento se apoia na historiografia pertinente, particularmente, em obras sobre a história de Joinville e seu processo de industrialização. Ademais, ressaltamos que este trabalho integra um projeto maior intitulado “Entre lugares e memórias: um estudo histórico sobre patrimônio industrial e políticas de desenvolvimento no norte de Santa Catarina (século XX-XXI)”, financiado pela FAPESC e pelo Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille, o qual, dentre seus objetivos, é problematizar os valores culturais atribuídos pela memória social à denominada “cidade industrial” e ao seu conjunto de patrimônio industrial.

Apoio / Parcerias: FAPESC

Metamemórias sobre o patrimônio e música na cidade de São Bento do Sul, Santa Catarina

  • Jonatan Gomes dos Santos, Mestrando(a), jonatangdossantos@gmail.com
  • Raquel Alvarenga Sena Venera, Dr(a), raquelsenavenera@gmail.com

Palavras-chave: Narrativas, Memórias, História Oral

O presente estudo estabelece conexão com as chamadas metamemórias (CANDAU, 2011) que se relacionam com a interpretação realizada por um indivíduo com relação à sua própria memória, o conhecimento que tem dela e o que diz sobre ela. Dessa forma, há uma reivindicação memorial, quando se aborda essa concepção. Ao mesmo passo que a emergência de um discurso acerca de uma suposta memória coletiva de uma cidade, muitas vezes conjectura em alcunhas ou epítetos correlacionados com esse compartilhamento memorial. O patrimônio cultural de São Bento do Sul, no tocante à sua musicalidade, é consonante com esses pressupostos. Este estudo objetiva problematizar como a memória coletiva forjada para São Bento do Sul, relacionada à música, impacta na proposta educativa de memória na cidade e na vida cotidiana dos músicos munícipes. Propõe-se também discutir a narrativa de memória no cotidiano urbano da cidade; elencar sua representatividade musical por meio das manifestações silenciosas, como monumentos, exposições, placas indicativas; e compreender narrativas de pessoas engajadas nas esferas representativas dessa memória coletiva. Até o momento foram realizadas cinco entrevistas no formato remoto e duas entrevistas presenciais. Elas estão em processo de revisão, transcrição, para compor o acervo do Museu da Pessoa e demais laboratórios envolvidos.

Apoio / Parcerias: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC)

Núcleo de estudos e atividades em direitos humanos

  • Elvis Feliciano, Graduando, elvis.feliciano@univille.br
  • Graciane de Oliveira, MSc, gracianeoliveira@univille.br
  • Jorge Rafael Matos, Mestrando(a), jorgematos@univille.br
  • Janaina Gabardo Jelinsky, Graduando, janaina.jelinsky@univille.br
  • Wilson de Oliveira Neto, Dr(a), gracianeoliveira@univille.br

Palavras-chave: direitos humanos, violência, combate

O NEADH é um projeto de núcleo de estudos, que contempla a proposta de ensino, pesquisa e extensão universitária. Seu objetivo principal é analisar os Direitos Humanos como um campo de saberes transversais indispensáveis na compreensão da sociedade. Como proposta de extensão, busca-se promover ações de caráter informativo e reflexivo acerca de temas condizentes aos fenômenos sociais que impactam as vidas no cotidiano e problematizam situações que merecem destaque e ressignificações. Como proposta de ensino visa promover e alargar saberes entre os participantes do projeto, tais como professores e alunos a fim de gerar multiplicadores da temática na sociedade atual. No campo da pesquisa propõe-se continuar as investigações sobre este tema transversal no acometimento social. Instituições parceiras que fazem frente com o projeto: SUS /CRAS, OAB e escolas de ensino médio da rede municipal. Até o mês de setembro foram realizadas rodas de conversas no combate à violência contra mulher; campanha rosas contra a violência; café filosófico; palestra sobre combate à exploração sexual infantil; roda de conserva sobre a luta LGBTQIA+; Univille Day com jogos sobre o ECA; e ações de valorização da vida pelo setembro amarelo. Projeto ainda está am andamento e os resultados até aqui revelam a urgência da abrangência temática na sociedade, bem como as fragilidades sociais e a necessidade de se refletir sobre as causas. Contudo, os objetivos de promover reflexões, desconstruir preconceitos e minimizar a violação de direitos tem sido multiplicador no percurso em direção ao respeito e paz. As atividades continuarão ao longo do ano.

O Feminino nas paisagens de Frans Post e Albert Eckhout

  • Ana Paula Pagno Laurindo, Graduando, anapaulapagno.laurindo@gmail.com
  • Roberta Barros Meira, Dr(a), rbmeira@gmail.com

Palavras-chave: Albert Eckhout, paisagens femininas, Frans Post

O domínio holandês em Pernambuco se deu entre 1630-1654. No período do Governo de Maurício de Nassau, podemos ressaltar os artistas que tiveram como intuito mostrar as potencialidades econômicas do Brasil aos investidores. Dentre estes artistas, estavam Frans Post e Albert Eckhout que registraram principalmente engenhos de açúcar e farinha, escravizados negros e indígenas. O objetivo da pesquisa foi analisar as figuras femininas, buscando compreender o papel das mulheres na paisagem do Brasil Holandês. O levantamento dos dados da pesquisa foi realizado nos arquivos virtuais, como o Arquivo Nacional, a Biblioteca Nacional, e outros arquivos históricos que possuem seu acervo digitalizado. Embora exista uma historiografia consolidada que aborde a invasão holandesa (MELLO, 2007; BOXER, 1961; PERUCHI, 2016), novas discussões podem resultar da análise das fontes primárias produzidas no período, como as iconografias (OLIVEIRA, 2005; BERGER, 1999). Ressaltamos, nesse sentido, as diferentes percepções sobre o papel das mulheres indígenas e negras na sociedade holandesa. Quando analisamos os retratos desses corpos no Brasil na época de Albert Eckhout e Frans Post, podemos perceber diversos pontos, principalmente nas obras que trazem a figura da mulher como o tema principal da pintura. Exemplo disso seria a obra “Mulher Mameluca” (1641) de Albert Eckhout, que traz em primeiro plano uma mulher mestiça, com roupas leves, pés descalços e com parte do vestido esvoaçante. Nas obras de Frans Post, principalmente por ter o enfoque voltado ao paisagismo da região, podemos observar a presença de diversas mulheres em meio a paisagem, fazendo uma leve composição das imagens. No Quadro Paisagem com casa alpendrada podemos observar o feminino com um estilo de vestimenta mais chamativa, composta por branco e vermelho/cobre, passando a ideia de um momento de lazer, não de trabalho. Embora, as mulheres negras sejam retratadas de uma forma mais destacada, percebe-se o controle exercido pelo senhor de engenho, que vigia do alto da casa-grande tanto o trabalho como o lazer. Enfim, levando em consideração os pontos observados nas obras de ambos os pintores, o feminino sempre esteve presente nessa sociedade com características comuns bastante específicas: trabalho, corpo e indumentária. Precisamos levar em consideração o fato de que ambos os pintores vieram ao Brasil com o intuito de registrar o “Novo Mundo”, ou seja, uma sociedade colonial escravista - que trazia no seu bojo mulheres escravizadas africanas e indígenas, os mecanismos de violência e os processos de resistência.

Apoio / Parcerias: Art. 170

O NEADHINTEGRA e a Iniciação Científica no Campus São Bento do Sul: temas e projetos de pesquisa.

  • Lucas Liebl, Graduando, lucasliebl@hotmail.com
  • Henri Pedroso, Graduando, henri-pedroso@hotmail.com
  • Lais da Cruz Schroeder, Graduando, laisdacruzschroeder@gmail.com
  • Vitoria Carolina Knop, Graduando, vi.knop08112000@gmail.com
  • Milena Carolina Volpi, Graduando, milena.voolpi@gmail.com
  • Amanda Torres, Graduando, torressamannda@gmail.com
  • Wilson de Oliveira Neto, Dr(a), wilson.o@univille.br

Palavras-chave: Direitos humanos, Pesquisa em Direitos Humanos, Iniciação científica

Os objetivos deste trabalho são expor e discutir os resultados obtidos até o momento com as atividades de pesquisa desenvolvidas no projeto integrado NEADHINTEGRA, que envolve professores e estudantes dos cursos de Direito e Psicologia do Campus São Bento do Sul. O projeto foi iniciado em 2022 e têm previsão de término no começo de 2024, sendo seu objeto de estudos os Direitos Humanos por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão. No caso específico da pesquisa, estão sendo desenvolvidas pesquisas de Iniciação Científica sobre aspectos históricos e jurídicos dos Direitos Humanos. A metodologia empregada nesses estudos consiste em revisão da literatura e consulta de fontes primárias, a exemplo de leis e material jornalístico. Os resultados obtidos até o momento constataram o caráter multidisciplinar e multitemático dos Direitos Humanos, como por exemplo, no Direito Internacional, examinado em uma das pesquisas que tem como recorte as relações entre o Direito Internacional, os Direitos Humanos e a Guerra na Ucrânia.

Apoio / Parcerias: CRAS Serra Alta - São Bento do Sul, SC; Ordem dos Advogados do Brasil / Subseção São Bento do Sul - São Bento do Sul, SC.

O processo biográfico na formação docente continuada: metamorfoses e complexidades

  • Guilherme Senem, Graduando, senem.guilherme@outlook.com
  • Allan Henrique Gomes, Dr(a), allanhg@gmail.com
  • Gabriela Kunz Silveira, MSc, gabikunz@gmail.com

Palavras-chave: Histórias de vida, Trabalho Docente, Formação Docente

O processo biográfico e as histórias de vida podem ser vistos como ferramentas para a pesquisa e para a formação no campo da Educação. Este projeto está vinculado ao projeto PERFORMA, que investiga e realiza percursos formativos com professores da educação básica. O presente trabalho busca compreender as possibilidades e as contribuições da dimensão/atividade biográfica na formação docente, aprofundando conceitos como biografia, histórias de vida, identidade docente, pesquisa-formação e formação docente. Com respeito aos aspectos metodológicos, deu-se início ao trabalho de pesquisa por meio do aprofundamento conceitual, com seleção intencional da bibliografia, ou seja, buscou-se textos com contribuições conceituais e metodológicas que pudessem aprofundar a compreensão e as possibilidades da atividade biográfica na formação docente continuada/PERFORMA. Em seguida, partiu-se para a análise de entrevistas do acervo PERFORMA, a luz dos conceitos estudados e debatidos na parte anterior. Foram analisadas quatro entrevistas, sendo três delas áudio e narrativa escrita e um vídeo e narrativa escrita, focando a análise não necessariamente no conteúdo da história de vida do entrevistado em si, mas a forma como a entrevista biográfica atuava, a performance dessa atividade e quais os efeitos produzidos. Os resultados apontam para relevantes questões conceituais e metodológicas, entre elas: a fuga da narrativa cronológica linear; a confirmação por meio da memória de sua "vocação" docente; a possibilidade de geração de vínculo entre o entrevistado e o entrevistador e a troca de experiências durante o processo. Dessa forma, entende-se que a pesquisa biográfica expõe as metamorfoses da identidade do entrevistado e a complexidade das nossas relações com a memória. E que, além de fonte de pesquisa sobre as particularidades das histórias de vida de docentes, é também ferramenta de formação continuada dos mesmos durante o processo, e dos demais que entram em contato através de um espaço coletivo de formação docente, inicial e continuada. Portanto, pode-se considerar que a dimensão biográfica é um instrumento proveitoso para compreensão de diversos aspectos da subjetividade dos docentes, além de contribuir para a formação em um espaço coletivo de troca de experiências.

Apoio / Parcerias: FAP, FAEG, FAEX / Univille NEPS - Núcleo de Pesquisa em Educação, Política e Subjetividades

O USO DAS TECNOLOGIAS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE ALUNOS NO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA)

  • RAFAELA AMARAL PASSOS, Graduando, rafaelaamaralpassos@gmail.com
  • Sônia Márcia Marcílio Fambomel, MSc, fambomelsonia@gmail.com

Palavras-chave: Aplicativos, Ferramentas pedagógicas, Transtorno do espectro do autismo

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição que afeta o neurodesenvolvimento humano, acarretando uma dificuldade de relacionamentos sociais e uma dificuldade de expressão do indivíduo. Essa condição pode comprometer o processo de alfabetização, afetando capacidades e habilidades de construção e utilização da língua por meio da escrita e leitura. Novas tecnologias têm o potencial de auxiliar esse processo, tais como o uso de aplicativos voltados para a alfabetização tornando este processo mais efetivo e prazeroso. Este trabalho teve como objetivo analisar aplicativos utilizados por alunos autistas. Foram selecionados 4 aplicativos dentre os encontrados seguindo critérios como números de usuários,custo,idioma e avaliação dos usuários. Após essa seleção realizamos um levantamento bibliográfico sobre cada aplicativo. Em seguida, analisou-se os estudos encontrados e a forma pela qual estes aplicativos têm sido utilizados nas escolas pelas crianças com TEA. Após as análises observou-se que os aplicativos se mostraram promissores para desenvolver habilidades essenciais no processo da alfabetização desde que o professor seja o mediador deste processo.

Os sambaquis no império: o caso do pesquisador francês conde Baril de La Hure e suas pesquisas na Baía Babitonga

  • Gabriela Meier de Oliveira , Graduando, gabrielameier2000@gmail.com
  • DIONE DA ROCHA BANDEIRA, Dr(a), dione.rbandeira@gmail.com

Palavras-chave: sambaquis, Conde Baril de La Hure, Baía Babitonga

Neste trabalho apresentamos os resultados do estudo desenvolvido por nós com apoio de bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que teve como objetivo investigar as pesquisas realizadas pelo conde Baril de La Hure, arqueólogo e pesquisador francês que residiu no Brasil no século XIX, em sambaquis da Região da Baía Babitonga, região Sul do Brasil. O pesquisador e historiador Johnni Langer que pesquisa o período imperial brasileiro menciona este pesquisador e seus estudos em sítios da antiga Colônia Dona Francisca indicando fontes documentais existentes na Biblioteca Nacional e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Nossa pesquisa buscou levantar mais informações sobre a presença de La Hure na região da atual Joinville, cruzando com fontes primárias existentes no Arquivo Histórico de Joinville onde foi possível constatar a vinda do pesquisador para a Colônia Dona Francisca através de menções do jornal "Kolonie-Zeitung". Algo que limitou nossa pesquisa foi a falta de traduções, já que o jornal era escrito em alemão, então reforçamos a importância da tradução desses documentos, pois são eles que nos ajudam a escrever uma história contada através de fatos e pontos primários. As pesquisas do conde na Baía Babitonga identificaram aspectos e levantaram hipóteses que só foram acessadas um século depois, nossa intenção é entrelaçar as narrativas levantadas por La Hure com pesquisas mais atuais, podendo, assim, contribuir para as pesquisas arqueológicas da Baía Babironga.

Panô de memórias: artesanias e experiências narrativas pelas imagens

  • Rita de Cássia Fraga da Costa , Doutorando(a), ritadacosta08@gmail.com
  • Taiza Mara Rauen Moraes, Dr(a), taiza.mara@univille.br

Palavras-chave: Memória, Imbricamentos de linguagens, Narrativas autobiográficas

A pesquisa/tese Narrativas artesaniadas: tessituras de um Panô de Memórias em desenvolvimento, vinculada ao Programa de Patrimônio Cultural e Sociedade (PPGPCS), linha de pesquisa Patrimônio, Memória e Linguagem e ao grupo de pesquisa Imbricamentos de Linguagens, da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE) objetiva criar uma cartografia desveladora de experiências narrativas (auto) biográficas tramadas na tessitura têxtil de uma imagem, de forma a reatualizar seus interlocutores diante da vida de um Panô de Memórias de/com idosos. A abordagem metodológica adotada é a cartografia (DELEUZE; GUATTARI, 2012), com aporte nas pesquisas narrativas (PASSEGGI, 2008; 2020). As artesanias criadas no campo de uma pesquisa-dissertação, em meio as ações interativas de rodas de conversas, decorrentes de seis oficinas de artesanias com onze idosos de 60 a 72 anos de idade, participantes de um CRAS em Joinville, SC, dão corpo ao objeto desta pesquisa/tese. Nas oficinas de artesanias, os idosos criaram panôs elaborados como apresentação de si em imagem, imagens costuradas e ornamentadas com têxteis apresentando as memórias de suas vidas (COSTA, 2019). Projeto colaborativo decorrente de criações individuais tecidas um único quadro, nomeada Panô de Memórias, resultante de gestos alinhavados, palavras e silêncios expressos como escrita/leitura de si em uma narrativa viva. As narrativas/imagens produzidas nestas artesanias num pesquisar/cartografar atravessam e são atravessadas pela experiência estética (MAFFESOLI, 1998), pela experiência narrativa (BENJAMIN, 2012) e por relações entre narrativas e experiências (CLANDININ; CONELLY, 2015) diante das imagens (DIDI-HUBERMAN, 2018). A partir deste entendimento, compreendemos que as narrativas expressas nas artesanias do Panô ultrapassam a materialidade do objeto têxtil, pois diante das imagens nos colocamos à disposição delas. O percurso analítico sinaliza que diante das imagens do Panô, seus interlocutores empregaram/desprenderam forças (potências) nas reconstruções imagéticas de formações subjetivas num imbricamento de linguagens, gerando movimentos narrativos. Experiências que desencadeiam memórias a cada nova percepção diante da imagem, num processo de atualização de si e (re)inscrevem seus sujeitos diante da vida desvelando afectos pelas tramas e proliferando narrativas entre tecidos e linhas, em processos passíveis de ser reelaborados a cada olhar que por ele se aventurar a fazer passagem.

Apoio / Parcerias: Bolsa CAPES-PROSUC.

Percepções de estudantes do Ensino Médio sobre o uso das Tecnologias Digitais

  • Yuri Matheus Posselt Araújo, Graduando, yurimthp145@gmail.com
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Tecnologias digitais, Práticas pedagógicas, Ensino Médio

Diante do cenário das mudanças ocasionadas pela reforma no Ensino Médio do Novo Ensino Médio no Estado de Santa Catarina, e considerando a inserção das Tecnologias Digitais- TD nos documentos curriculares educacionais, esta pesquisa teve como objetivo compreender como estudantes do Ensino Médio percebem o uso das TD nas práticas educativas. A pesquisa seguiu a metodologia qualitativa, contando com a aplicação de um questionário on-line com perguntas abertas e fechadas a estudantes do Ensino Médio de escolas de Joinville/SC. O convite aos estudantes respondentes se deu por meio da rede de contatos dos pesquisadores. Responderam ao questionário 49 estudantes, entre 15 e 17 anos, sendo que, a maioria (90%) estão no primeiro ano, 8% no segundo ano e 2% no terceiro. Com relação ao perfil como usuário das TD, a maioria, 40 (85%) estudantes, considera ter muito bom (15) ou bom (25) conhecimento para utilizar as TD. Já 28 (57%) dizem conseguir controlar o uso do celular, porém 14 (28%) indicaram ser pouco controlados e 3 (6%) se identificaram como descontrolados. Esses dois últimos dados são preocupantes, pois podem significar um certo grau de dependência digital dos jovens. Sobre o uso das TD nas aulas, 23 (47%) apontaram que ocorre raramente e 15 (30%) quinzenalmente. O que parece indicar pouca frequência de uso das TD na sala de aula. Todavia, os estudantes mencionaram variadas atividades pedagógicas desenvolvidas com o uso das TD: pesquisas nas plataformas; elaboração de apresentação de conteúdo (powerpoint ou prezi); elaboração de trabalho escrito; produção de vídeo, quadrinho e podcast. Percebe-se que as TD estão presentes na sala de aula, sendo que os estudantes as identificam como importantes para a sua aprendizagem e para a sua vida futura, não a imaginando sem a tecnologia. Os dados revelam que os estudantes entendem as TD na sua dimensão técnica, na utilização dos aplicativos, porém parecem não considerá-las enquanto instrumento de controle e ideologicamente significado. Uma compreensão não ingênua das tecnologias, segundo Selwyn (2012), é fundamental para a formação cidadã do jovem. Compreende-se que é nesse espaço que deve ocorrer a ação docente ao promover a educação tecnológica numa perspectiva reflexiva e critica com relação ao uso das TD.

Apoio / Parcerias: CNPq

Percepções de estudantes sobre o Novo Ensino Médio: em foco os Itinerários Formativos

  • Gabriel Blasius Sutil de Oliveira, Graduando, blasius.gabriel@gmail.com
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Palavras-chave: Novo Ensino Médio, Itinerários Formativos, Currículo

As mudanças curriculares do Novo Ensino Médio (NEM) consideram 1.800 horas/ano para os componentes curriculares da Base Nacional Comum Curricular e até 1.200 horas/ano para os Itinerários Formativos (que em Santa Catarina contemplam Projeto de Vida, Trilhas de Aprofundamento, disciplinas eletivas e uma segunda língua estrangeira). Diante disso, o objetivo dessa pesquisa é compreender como estudantes percebem as mudanças curriculares do NEM, no que concerne aos Itinerários Formativos. A pesquisa, de metodologia qualitativa, contou com a aplicação de questionário online a 49 estudantes do Ensino Médio de escolas de Joinville/SC. A análise dos dados buscou identificar, de acordo com Lüdke e André (1986), padrões e tendências relevantes nas respostas dos participantes. Os respondentes são jovens entre 15 e 16 anos que estão na primeira série do Ensino Médio, portanto já inseridos no NEM. A maioria estuda em escola pública e assim, está em contato com a proposta curricular do Estado de Santa Catarina. Dos participantes, 47 (96%) dizem que já tiveram explicações sobre o NEM e que estão vivenciando as atividades desse novo currículo em suas escolas. Em relação às trilhas de aprendizagem, apenas 04 (8%) estudantes dizem que já participam. Esse resultado pode estar vinculado à possibilidade de oferta nas escolas, talvez ela ainda não esteja efetivada nas primeiras séries. Quanto às disciplinas eletivas, 32 (65%) dizem que estão cursando e 17 (35%) não. Isso pode ser decorrente da falta de clareza dos estudantes sobre a oferta curricular nas escolas. Para 23 (47%) dos jovens, o NEM poderá ampliar a possibilidade de ingresso no mercado de trabalho, 15 (30%) estão indecisos e 11 (23%) discordam disso. O componente curricular Projeto de Vida é aprovado por 23 (47%) jovens, 17 (35%) não sabem opinar e 8 (18%) consideram ruim. Ao serem perguntados sobre o que representa a proposta do NEM, as palavras mais recorrentes foram aprendizado, inovação e conhecimento. No entanto, também surgiram palavras como confuso, difícil e muito ruim. A pesquisa revela que a maioria dos jovens já tem contato com o NEM, mas ainda há dúvidas em relação à configuração curricular. Observa-se muitos indecisos em relação ao componente Projeto de Vida e em vislumbrar um futuro profissional, sem saber o que este currículo vai representar para a sua vida. Isso nos remete às ideias de Dayrell e Carrano (2014), que defendem que as juventudes devem ser entendidas mais amplamente, não apenas como uma preparação para a vida adulta.

Apoio / Parcerias: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Fundo de Apoio à Pesquisa da Universidade da Região de Joinville (FAP/UNIVILLE)

Percepções de professores de inglês do ensino médio sobre o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação

  • Grasiela Alfaro, Mestrando(a), grasi@alfaro.com.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Tecnologias digitais, Ensino médio, Língua inglesa

As Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) assumem um papel fundamental na comunicação entre os seres humanos e consequentemente entre professores e estudantes. Assim, a escola tem um desafio para incorporar as TDICs ao processo de aprendizagem e para a formação do estudante na sua vida. No que se refere ao ensino de inglês, enquanto língua franca, como apregoa a BNCC (2018), o uso das TDICs pode favorecer uma aprendizagem contextualizada e conectado ao mundo. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é apresentar parte dos resultados de uma pesquisa com professores da língua inglesa do ensino médio. Para produção dos dados foi utilizada a entrevista semiestruturada com quatro professores que atuam na rede estadual no município de Jaraguá do Sul/SC. Procurou-se entender quais são as percepções dos professores sobre os próprios conhecimentos e dos seus estudantes com relação aos usos das TDICs, os recursos mais utilizados pelos professores durantes as aulas remotas e com o retorno das aulas presenciais e, por fim, compreender a percepção dos docentes de língua inglesa no que concerne a uma prática educativa que possibilite a inserção do estudante no mundo globalizado. A análise dos dados indica que o conhecimento e a habilidade para utilização de recursos digitais são díspares entre os docentes e os discentes. Os professores dizem utilizar para a preparação, gerenciamento e execução das aulas, assim como para desenvolvimento de atividades que visam a interação no uso da língua. Já os estudantes estão conectados às redes sociais e consomem os aplicativos de jogos, embora participem com empenho quando são propostas as atividades com as TDICs. Os professores reconhecem que os conhecimentos desenvolvidos para o ensino remoto, durante a pandemia, os mobilizaram a continuar utilizando as TDICs na volta às aulas presenciais. Da mesma forma, entendem que o uso das tecnologias pode favorecer o uso real do inglês de forma interativa e participante numa realidade conectada e globalizada. Os resultados apontaram que os professores participantes da pesquisa concebem em alguma medida que o ensino comunicativo de inglês com uso das TDICs pode ajudar os jovens a se inserirem na sociedade.

Apoio / Parcerias: PICPG/ UNIVILLE

PERFIL DE PROFESSORES QUE ATUAM NO NOVO ENSINO MÉDIO NA REGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA

  • Juliana Dalvofo Bonelli, Graduando, julianadbonelli@gmail.com
  • Aline Coêlho dos Santos, Doutorando(a), alinecoelho@furb.br
  • Rita Buzzi Rausch, Dr(a), ritabuzzirausch@gmail.com

Palavras-chave: Perfil Docente, Novo Ensino Médio, Identidade Docente

Essa investigação é parte integrante do projeto de pesquisa Novo Ensino Médio (NEM) em Santa Catarina (SC): itinerários formativos e (des)conexões com o desenvolvimento regional, que está sendo coordenado pela Universidade da Região de Joinville e vem se realizando em todo o estado de Santa Catarina, em parceria com outras instituições de Educação Superior. Também integra as ações do GETRAFOR: Grupo de pesquisa sobre trabalho e formação docente vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE da UNIVILLE. Dentro desse projeto ampliado, essa investigação em específico teve como objetivo conhecer o perfil dos professores atuantes no Novo Ensino Médio em escolas-piloto, localizadas na região norte do estado de Santa Catarina, tendo em vista a centralidade do papel do professor como agente propulsor de transformações necessárias no contexto escolar. Conhecer o perfil dos professores implica em conhecer parte das condições de trabalho que integram esse profissional, e, que podem estar diretamente relacionadas a indicativos que apontam para o planejamento e elaboração de políticas públicas que fomentem a sua valorização, em todas as dimensões. No que se refere à metodologia, trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, que se desenvolveu por meio da análise crítica de 19 questões fechadas, relacionadas ao perfil docente, coletadas por meio de questionário online encaminhado aos professores de 13 escolas-piloto, em 7 municípios pertencentes a região norte de SC, são eles: Guaramirim, Canoinhas, Corupá, Itapoá, Jaraguá do Sul, Joinville e Monte Castelo, constituindo uma população amostral total de 93 professores participantes. Os pressupostos teóricos que nortearam a discussão dos dados dessa pesquisa estão fundados nas políticas públicas educacionais, como o Currículo Base do Território Catarinense (2020) e Base Nacional Comum para Formação de Professores da Educação Básica (2020), e na compreensão sobre a identidade docente, contemplada em Marcelo Garcia (2009), Imbernón (2010) e Nóvoa (1992). Os resultados da pesquisa contribuem para ampliar a compreensão sobre quem são os professores atuantes no NEM, da região norte de SC, e fornecer subsídios para a elaboração de políticas públicas que visem a valorização dos docentes e a melhoria da educação na região norte do estado de Santa Catarina.

Apoio / Parcerias: UNIEDU FAPESC PPGE-UNIVILLE

PRÁTICAS CULINÁRIAS ASSOCIADAS À CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

  • Rafaela Amaral Passos, G, rafaelaamaralpassos@gmail.com
  • Letícia Ribas Diefenthaeler Bohn, MSc, leticia.ribas@univille.br

Palavras-chave: Educação Infantil, Contação de História, Aprendizagem sensível

A Educação Infantil é uma fase importante na vida escolar das crianças para o desenvolvimento físico e cognitivo. Nesta etapa, pode-se utilizar diversos recursos para tornar o processo de ensino e aprendizagem mais lúdico de modo que as aulas sejam mais interativas e a criança seja protagonista do seu aprendizado. Entre as estratégias promissoras estão a contação de histórias alinhadas às atividades culinárias. O objetivo deste trabalho foi analisar as atividades desenvolvidas no período de regência pedagógica em um Centro de Educação Infantil no Município de Joinville/SC. As atividades foram realizadas em um período de 8 dias e envolveram a contação de histórias, a contação associada à “comidinhas”, e a contação associada à prática culinária. O planejamento abordou como tema “Cultivando histórias e alimentando a imaginação”. Buscou-se abranger atividades pedagógicas que explorassem os quatros campos de experiência: “o eu, o outro e o nós”, “traços, sons, cores e formas”, “escuta, fala, pensamento e imaginação” e o campo “espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”, conforme proposição da Base Nacional Comum Curricular - BNCC (BRASIL, 2016). Os resultados apontam que a combinação desses dois elementos se mostram promissoras quanto ao aprendizado e envolvimento das crianças durante as atividades pedagógicas. No decorrer das práticas as crianças muitas vezes se identificavam com os personagens no seu modo de ser, a forma pela qual se alimentavam era levada a reflexão e muitas vezes as falas das próprias crianças revelavam seus sentimentos durante a atividade proposta. O momento de preparar uma refeição seja para bruxa, monstro, passarinho, princesas ou para a própria criança se mostrou um recurso rico para a construção de memórias. Conclui-se que durante a utilização da história atrelada às práticas culinárias as crianças buscavam associar as histórias e seus personagens às comidinhas como uma memória afetiva. Neste sentido, a preparação de alimentos buscou ressignificar momentos e experiências significativas quanto ao contato da culinária conduzida pela literatura. Observou-se durante o processo que as crianças foram protagonistas de seu aprendizado por meio da mediação da pesquisadora.

Práticas docentes e Tecnologias Digitais: resultados de pesquisas

  • Juliana Santana Ribik , Mestrando(a), juliana.rubik@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Tecnologias digitais, Práticas docentes, Ensino Fundamental

Em uma sociedade digital, as crianças são afetadas por elas na sua forma de brincar, interagir e aprender. No processo de escolarização dos primeiros anos do ensino fundamental, a inserção das Tecnologias Digitais- TD nas práticas pedagógicas tem sido uma exigência crescente. Todavia, ao inseri-las o professor precisa considerar que as TD não são isentas de significados e intenções. Com o objetivo de compreender como as TD têm sido inseridas nas práticas pedagógicas com crianças do Ensino Fundamental 1 (anos iniciais), realizou-se uma pesquisa de caráter bibliográfico de teses e dissertações disponíveis, na plataforma Capes, do ano de 2020 a 2022. Os descritores utilizados foram ensino fundamental 1 ou anos iniciais, tecnologias digitais e prática pedagógica, com o operador booleano and. Para esse trabalho foram selecionadas três dissertações. A partir da leitura dos resumos, pode-se identificar que Clemente (2020) identificou práticas pedagógicas com as TD de forma planejada e sistemática. Foi evidenciado o uso de diferentes recursos, especialmente, com objetivo de fixar o conteúdo, utilizando jogos, os quais estão nos tablets disponibilizados pela escola. Os resultados também revelaram que a formação em serviço e o apoio da gestão são fundamentais para a proposição das atividades digitais pelos professores. Todavia, os resultados da pesquisa desenvolvida por Tessari (2020), apontaram certa resistência e pouco conhecimento dos professores para incluir as TD nas aulas. A mesma autora enfatizou que essa realidade parece ter se transformado com a pandemia, que com a adoção do ensino remoto, os professores precisaram avançar no uso das TD. Nessa perspectiva, Marcondes (2021) investigou o uso que os professores fizeram da plataforma Google Workspace for Education, no período pandêmico. Os resultados apontaram que os professores aprenderam a utilizar as ferramentas da plataforma, além de outros recursos tecnológicos. Porém a pesquisadora não identificou atividades inovadoras propostas pelos professores. Os resultados dessas três pesquisas demonstram que os professores têm incorporado as TD nas práticas pedagógicas mesmo que de forma ainda inicial. Há evidências de que os docentes compreendem o papel das TD para a aprendizagem e formação dos alunos em uma sociedade digital.

Apoio / Parcerias: PICPG/ UNIVILLE

Produções acadêmicas sobre impactos da pandemia na Educação Básica

  • Luiz Gustavo Medeiros, Graduando, luizmedeiros.1@univille.br
  • Verônica Santos Improta Borges, Mestrando(a), veronicaimprota@hotmail.com
  • Fábio de Almeida Santos , Mestrando(a), f.fabio@univille.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Palavras-chave: Balanço de Produções, Pandemia Covid-19, Educação Básica

Este trabalho vincula-se à pesquisa “Pandemia da COVID-19 e seus impactos na educação básica no Brasil: diagnóstico e proposições interventivas na escola”, aprovada no Edital de Seleção Emergencial IV CAPES, uma parceria do Mestrado em Educação da Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP e Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN. O objetivo dessa comunicação é apresentar os resultados de uma busca por produções acadêmicas sobre os impactos da pandemia provocada pela Covid-19 na educação básica. Para isso, efetuou-se um levantamento de artigos científicos publicados em periódicos de 2020 a 2022. O levantamento foi feito em sites que contêm um banco de dados de produções científicas. São eles: a) Periódicos Acadêmicos do SciELO; Portal de Periódicos da Capes. Os descritores utilizados foram educação básica e pandemia, para isso se utilizou o operador booleano and. A busca no SciELO resultou em seis artigos científicos e no Portal de Periódicos da Capes resultou em 10 artigos. Desses, observou-se uma repetição. No Portal de Periódicos da Capes houve dificuldade na localização de três artigos, assim, ao excluir a repetição e os que não foram localizados, obtivemos seis resultados. Resultaram, portanto, 12 artigos que contemplam os descritores utilizados. Para compreender as características da produção científica sobre o tema, foi necessária a exploração dos materiais, que exigiu a leitura dos resumos e/ou das produções. Com base nesses procedimentos, ocorreu uma categorização que permitiu discutir sobre as contribuições da produção acadêmica para os estudos realizados no âmbito do projeto. Como temas foram elencados: condições de trabalho e a saúde docente; políticas públicas e direito à educação; impactos nas práticas pedagógicas; formação de professores. Os artigos apontam como um dos impactos a saúde psicológica dos professores, em função da falta de um delineamento em relação às ações a serem desenvolvidas no período de suspensão das aulas presenciais. Oliveira et al. (2020) observaram que os docentes tiveram muita dificuldade de adaptação ao ensino remoto. A formação continuada ofertada nesse período foi aligeirada focando em aspectos instrumentais do uso das TDIC, é necessário maior suporte aos docentes, como verificaram Cipriani; Moreira; Carius (2021). Os artigos enfatizam a dificuldade que os professores tiveram em envolver os alunos no processo de aprendizagem. Outro aspecto é que as pesquisas indicam a necessidade de políticas públicas para o desenvolvimento de uma educação de qualidade (ALVES et al., 2020).

Apoio / Parcerias: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) Fundo de Apoio à Pesquisa da Universidade da Região de Joinville (FAP/UNIVILLE)

Professor Pesquisador: Desafios de Professores Mestres e Doutores que atuam na Educação Básica no município de Joinville-SC

  • Briza Rocha, Graduando, briza.riocha95@gmail.com
  • Briza Rocha, Graduando, brizarocha95@gmail.com
  • Bárbara Alves Ribeiro Marques, MSc, profabarbaramarques@gmail.com
  • Rita Buzzi Rausch, Dr(a), ritabuzzirausch@gmail.com

Palavras-chave: Professor Pesquisador, Educação Básica, Formação de Professores

A importância da pesquisa na formação e trabalho do professor não é recente. A expressão professor-pesquisador surgiu em 1975, na Inglaterra, com Stenhouse. Ele incentivava que o professor se utilizasse da pesquisa como um elemento didático, pois a única maneira de construir/produzir conhecimentos, na sua compreensão, é por meio da investigação. Pensando na importância da pesquisa na formação e no trabalho dos professores mestres e/ou doutores que atuam na educação básica em Joinville - SC a presente pesquisa teve como objetivo elucidar os principais desafios enfrentados por esses profissionais no dia a dia da sua profissão acerca do desenvolvimento da pesquisa na educação básica. De abordagem qualitativa, a produção de dados se deu em duas etapas: entrevista semiestruturada e grupos de discussão. Como participantes tivemos trinta professores mestres e ou doutores que atuam nas três etapas da educação básica, em instituições privadas e públicas da Rede Municipal de Joinville- Santa Catarina. A análise de dados se deu por meio da análise de conteúdo de Bardin (1977). Os principais autores de suporte teórico foram: Gatti (2012, 2013), Lüdke (2009, 2010), Rausch (2010, 2012) e André (2002). Podemos afirmar que são muitos os desafios enfrentados pelos professores acerca do desenvolvimento da pesquisa na Educação Básica, sendo os principais: excesso de conteúdos; apoio da gestão e redes de ensino; financiamento da pesquisa; formação continuada; tempo; valorização e condições de trabalho. Além desses, a pandemia Covid-19 e a realização das pesquisas nesse contexto, trouxe na narrativa dos professores variância nas compreensões e impactos sofridos nesse período, mostrando perspectivas diferentes relacionadas ao contexto de trabalho, levando em consideração a faixa etária, etapa de ensino e contexto sócio-econômico da instituição de trabalho. Desta forma, a pesquisa evidencia os desafios do trabalho docente, que impactam às práticas e vão ao encontro às concepções de pesquisa dos professores. Os resultados obtidos, visam contribuir com as reflexões sobre a formação e trabalho docente, especialmente acerca do professor-pesquisador e da realização de pesquisas na Educação Básica. Cabe, ainda, destacar que, quando o profissional da educação não é valorizado, e não recebe o apoio necessário, sua demanda escolar é subestimada, faltando assim as condições básicas para se fazer pesquisa. Por outro lado, mesmo diante a tantos desafios, há escolas e professores nos três níveis de ensino realizando pesquisas na Educação Básica.

Apoio / Parcerias: CNPQ PPGE - Univille Secretária Municipal de Educação - Joinville Secretária Estadual de Educação - Joinville Rede Privada de Ensino de Joinville

Projeto de Vida no Novo Ensino Médio: produções científicas sobre o tema

  • Dirce Grein, Mestrando(a), dircegreinbio@gmail.com
  • Jane Mery Richter Voigt, Dr(a), jane.mery@univille.br

Palavras-chave: Novo Ensino Médio, Projeto de Vida, Currículo

Pesquisas sobre o Novo Ensino Médio - NEM vem crescendo significativamente no meio acadêmico. Elas buscam compreender as acepções que professores, gestores e estudantes atribuem ao currículo e em especial ao componente curricular Projeto de Vida, obrigatório no currículo catarinense (SANTA CATARINA; 2020). A problemática está vinculada a uma pesquisa de Mestrado em Educação, em andamento, que visa compreender as significações atribuídas por docentes ao componente curricular Projeto de Vida em escolas de Santa Catarina. Na etapa inicial da pesquisa de mestrado foi realizado uma revisão da literatura, portanto, o objetivo desta comunicação consiste em provocar reflexões sobre o papel do Projeto de Vida como componente curricular a partir de pesquisas já realizadas sobre o tema. A investigação tem abordagem qualitativa e conta com estudo bibliográfico sobre produções científicas que tratam do Projeto de Vida e do currículo do NEM. A busca foi realizada nos bancos de dados: Periódicos Acadêmicos do SciELO e no Portal de Periódicos da Capes, utilizando os descritores Projeto de Vida e Ensino Médio conectados pelo operador booleano and. Em seguida foram feitas as leituras dos temas e dos resumos, selecionados os trabalhos pertinentes ao objeto deste estudo para que então, os resultados fossem analisados. No SciELO foram encontrados 03 trabalhos e no Portal de Periódicos da Capes, 10 trabalhos. As reflexões encontradas na literatura sobre o tema revelam a importância de compreender o Projeto de Vida dos jovens como resgate da noção de direitos e deveres, favorecendo a formação de um indivíduo crítico, participativo e reflexivo. Para Alves e Dayrell (2015) o Projeto de Vida não pode se limitar às escolhas profissionais, a vida não pode ser resumida ao trabalho, este precisa ser compreendido numa perspectiva mais ampla. Quando nos voltamos ao currículo do Ensino Médio e como este aborda a temática Projeto de Vida, observamos que há diferentes intencionalidades. Os currículos escolares contribuem para orientar as práticas educativas nas escolas, no entanto, quando pautados em pressupostos neoliberais, é praticamente inevitável que acabem por fabricar corpos úteis e dóceis para o mercado trabalho (BERNARDES; VOIGT, 2022). Para Kuenzer (2017), a ênfase no Projeto de Vida dos jovens se pauta na flexibilização curricular, na escolha dos jovens pelo percurso formativo que atenda às suas expectativas de vida. Como o currículo do NEM está em implementação, o papel da pesquisa é fundamental para dar subsídios aos professores e gestores sobre a condução dos processos.

Apoio / Parcerias: Fundo de Apoio à Pesquisa da Universidade da Região de Joinville (FAP/UNIVILLE) Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

PROJETO GAME-ON: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS SOBRE A GAMIFICAÇÃO DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA EM UMA ESCOLA MUNICIPAL DE JOINVILLE - SC.

  • LUIZ PAULO DE LEMOS WIESE, Doutorando(a), luizwiese@gmail.com
  • Emily Stefhani Keil, Graduando, luizwiese@gmail.com
  • JUCIANE BARBOZA, Graduando, luizwiese@gmail.com
  • Karla Pfeiffer, MSc, luizwiese@gmail.com
  • BERENICE ROCHA ZABBOT GARCIA, Dr(a), luizwiese@gmail.com

Palavras-chave: EDUCAÇÃO EM SAÚDE, Gamificação, Educação Básica

INTRODUÇÃO: O Projeto Game On integra atividades de ensino, pesquisa e extensão na Univille. Formado por docentes pesquisadores e acadêmicos voluntários ou bolsistas, tem por objetivo planejar, desenvolver e implementar estratégias e atividades de ensino gamificadas, a partir de demandas oriundas de múltiplas áreas com o intuito de auxiliar no desenvolvimento da criatividade, emancipação, desenvolvimento técnico e qualificação de estudantes e professores. METODOLOGIA E OBJETIVOS: Este trabalho apresenta um relato de experiência de uma demanda da Secretaria Municipal da Educação na Escola Municipal Professora Ada Sant'Anna da Silveira, em Joinville-SC, sobre a utilização da gamificação na disciplina de História. RESULTADOS: No primeiro momento, realizou-se a captação da demanda através de um formulário de Briefing. Realizou-se então a co-criação com workshops tendo como base o estudo da octálise. Os materiais desenvolvidos pela equipe do projeto foram entregues para a professora demandante, e na mesma ocasião, a equipe capacitou a mesma para o uso dos materiais. As estratégias de gamificação elaboradas foram aplicadas em torno de uma narrativa baseada na história do Egito Antigo, onde os estudantes receberam a visita da Rainha Cleópatra, vinda do passado solicitando ajuda, pois o legado do povo egípcio da antiguidade estava correndo perigo de ser esquecido. Os estudantes receberam a primeira missão, que consistia na formação de equipes e na escolha de um deus egípcio da antiguidade para guiá-las na execução das próximas missões. Outras missões recebidas foram a elaboração de maquetes e máscaras, textos em papiro, dentre outras. Ao cumprir cada missão, as equipes eram agraciadas com hieróglifos, que iam sendo colocados em um painel fixado na parede da sala de aula. Ao final da abordagem do conteúdo, foi possível decifrar a mensagem final da Rainha Cleópatra: “Vocês salvaram a história do Egito Antigo”. Ao todo foi atendido um público alvo de 70 alunos, cuja satisfação foi de 100% entre Excelente e Bom. Além disso, o projeto fortificou a autonomia pedagógica do professor, tornando-o um multiplicador dos processos de gamificação como estratégia de motivação e engajamento para o ensino e aprendizagem para toda a escola. CONCLUSÕES: A elaboração de estratégias de gamificação para o ensino-aprendizagem requer uma análise do contexto onde serão aplicadas. Com base nisto, o projeto Game On mostra-se uma estratégia importante e viável para atualização de práticas pedagógicas, principalmente relacionadas ao aumento da motivação e engajamento dos estudantes, visto que utiliza elementos e mecânicas de jogos no contexto do ensino-aprendizagem.

QUAIS AS ESTRATÉGIAS EDUCACIONAIS REALIZADAS EM SANTA CATARINA DURANTE A PANDEMIA POR COVID-19?

  • ANA CLÁUDIA DOS SANTOS FERNANDES KOPROWSKI, Mestrando(a), anaclaudiafernandes02@gmail.com
  • Rosânia Campos, Dr(a), zana.c2001@gmail.com

Palavras-chave: Políticas públicas para educação , Educação básica, Covid - 19

Esta pesquisa tem por objetivo investigar as ações desenvolvidas pelos governos das 5 maiores cidades do estado de Santa Catarina (Joinville, Florianópolis, Blumenau, São José e Chapecó) durante a pandemia gerada pelo Coronavírus (COVID-19). A metodologia utilizada será a pesquisa qualitativa, em que serão utilizados questionários, os quais serão direcionados às coordenações das Secretarias de Educação das cidades pesquisados. Após a coleta dos dados, estes serão tabulados e servirão como fonte para analisar quais foram as medidas tomadas pelas cidades para a continuidade do ensino e posterior retorno às aulas presenciais. As análises serão desenvolvidas tendo por base os autores críticos do campo da educação e com contribuições da teoria histórico-cultural. A presente investigação se torna relevante quando se considera o atual cenário em que vive o mundo em meio a pandemia, em que a principal orientação para contenção da disseminação do vírus foi o distanciamento social, medida que refletiu diretamente na educação. O objeto desta pesquisa está embasado no seguinte questionamento: quais foram as estratégias educacionais realizadas em Santa Catarina para garantir a continuidade do ensino durante a pandemia do Coronavírus, bem como no seu retorno presencial pós vacina? Assim, investigar quais foram as estratégias educacionais desenvolvidas pelas cidades catarinenses, pode oportunizar pistas para organizar metodologias que melhor auxiliem nos processos educativos, bem como no planejamento de políticas públicas para potencializar aprendizagens prejudiciais nesse período. Os dados iniciais indicam que, as cidades fizeram apenas uma transição das aulas presenciais para as aulas remotas, isto é, não houve modificação de currículo, conteúdo, metodologia, nem garantias de acesso síncrono para as crianças. Acredita-se que esse fato impactou negativamente no aprendizado das crianças.

Quando os dados da pesquisa geram novos dados

  • Carolina Pedri Klabunde, Mestrando(a), carolinapedri@gmail.com
  • Rosana Mara Koerner, Dr(a), rosanamarakoerner@hotmail.com

Palavras-chave: letramento digital, professores de língua inglesa, jogos

O presente trabalho é um relato da experiência vivenciada por esta pesquisadora ao deparar-se com os dados de sua pesquisa de mestrado. Ao entrevistar os professores de Língua Inglesa, do ensino fundamental II da rede estadual de Jaraguá do Sul, para compreender como desenvolvem seu letramento digital por meio do que dizem de suas práticas pedagógicas, alguns dados chamam a atenção pela frequência com que se repetem. Em primeiro lugar, apesar dos professores compreenderem o que significa ser letrado digitalmente, ter as habilidades necessárias para interagir no mundo digital (DUDENEY et al., 2016), não demonstram segurança ao assumirem-se como tal; e em segundo, o que acreditamos ser a possível razão dessa insegurança, é a falta de formação sobre o tema. Com base nessas informações e no conhecimento adquirido durante a escrita da dissertação, vimos a possibilidade de contribuir para a formação dos professores por meio da criação de um jogo que trabalhe os conceitos dos letramentos digitais. A fundamentação teórica apoia-se nos estudos de letramentos de Dudeney, Hockley e Pegrum (2016); Kleiman (2006, 2007) e Rojo (2022) e para o design do jogo, La Carreta (2018); Boller e Kapp (2018). Para criarmos o jogo, a ser disponibilizado em breve, como recurso pedagógico para as formações de professores (inicial ou continuada), estudamos um manual para criação de jogos de tabuleiro e com base nele criamos uma narrativa e definimos o espaço, os atores, os itens e os desafios. Os conceitos trazidos nas cartas de perguntas exploram os mais diversos letramentos, não apenas os digitais, pois acreditamos que o conhecimento sobre o tema pode ser mais bem construído desta maneira. O jogo não tem um fim em si mesmo, devendo ser parte de um workshop, possibilitando um aprofundamento do tema em teoria e prática. Esperamos assim poder contribuir para uma mudança, ainda que pequena, no que diz respeito à insegurança relatada por esses professores, para assumirem com confiança, seu papel de formadores de outros sujeitos em letramento. Essa proposta vem ao encontro de um de nossos objetivos específicos, que era o de levantar os desafios que os professores encontram para desenvolverem seu letramento digital, sendo a falta de formação, um deles.

Recursos tecnológicos utilizados por crianças do Ensino Fundamental 1

  • Lurdes Mattos Sombrio Prestes, Mestrando(a), lurdes.prestes@coree.org.br
  • Marly Krüger de Pesce, Dr(a), marly.kruger@univille.br

Palavras-chave: Tecnologias digitais, Processo de aprendizagem, Ensino Fundamental

A maioria das crianças já têm experiência com as tecnologias digitais (TD) em seu contexto familiar e social, o que deve ser considerado pela escola. A Base Nacional Comum Curricular (2018) indica que o uso das TD e o estímulo ao pensamento questionador, reflexivo e crítico das crianças podem expandir a compreensão de si e do mundo. Nessa perspectiva, o objetivo deste trabalho é apresentar parte dos resultados produzidos em uma pesquisa de caráter etnográfico a partir da observação de aulas presenciais com uso das TD. Foram observadas dez aulas de duas turmas de 4º ano de uma escola particular, nas quais foram utilizados: Computador; Internet, E-mail, Google Form, Youtube, Classroom, Projetor multimídia, Ipad, Youtube e Kit Maker. Essa diversificação se apresentou como uma estratégia atrativa para a aprendizagem dos alunos. Os interesses que as crianças expressam foram um fio condutor para a ação pedagógica que, em muitos momentos, foi conduzida por questionamentos e ao oportunizar experiências ativas com o trabalho colaborativo e com o olhar para contextos locais e globais. No que concerne à colaboração entre os alunos, verificou-se que houve ocasiões que eles se ajudaram para conseguir lidar com as ferramentas. Assim, nas aulas observadas ocorreu o uso intencional e planejado das plataformas digitais. Em alguns momentos, foi possível perceber um processo colaborativo de aprendizagem, que não considerou exclusivamente o uso do recurso, mas principalmente as possibilidades, os desdobramentos de seu uso. Nessas situações, os alunos refletiram, resolveram problemas de forma coletiva e colaborativa, como quando os estudantes ao utilizarem a web e acessarem recursos do Google, apresentaram autonomia nos percursos e trabalharam, ao mesmo tempo, individualmente e de forma colaborativa. Compartilharam suas descobertas e percepções sobre o uso dos recursos disponíveis e se mostraram disponíveis para ajudarem seus colegas mais próximos. Por outro lado, também foram observadas propostas nas quais a ação dos alunos esteve relacionada apenas à seleção de escolhas entre alternativas, entrega de tarefas, envio de trabalhos, exercícios e pesquisas sem considerar as variadas formas de a educação relacionar-se às tecnologias. A observação dessas práticas, fez-nos refletir sobre a afirmação de Pretto (2013) no que diz respeito à incorporação de tecnologias sem a devida importância para as necessidades e possibilidades numa dimensão mais reflexiva. Os resultados aqui apresentados apontam que as crianças encontraram satisfação nas atividades desenvolvidas com as TD e demonstraram um engajamento cooperativo no processo de aprendizagem.

Relações estéticas em percursos formativos docente: o percurso PERFORMA

  • Ana Júlia Capistrano Lazzaris, Graduando, ana.lazzaris@univille.br
  • Ana Paula Salvatori , Mestrando(a), anapsalvatori@yahoo.com.br
  • Allan Henrique Gomes, Dr(a), allanhg@gmail.com
  • Gabriela Kunz Silveira, MSc, gabikunz@gmail.com

Palavras-chave: Educação Estética, Docência, Psicologia da Educação

O resumo em questão tem por objetivo apresentar os resultados preliminares de uma pesquisa de iniciação científica em andamento, a qual constituiu-se como um desdobramento de uma primeira investigação, também de iniciação científica, realizada no ano de 2021. Ambas as pesquisas tiveram como objeto de estudo os documentos de um projeto realizado com professores e professoras da rede pública de educação de Joinville/SC e região, o PERFORMA. O PERFORMA – Percurso de Formação e Trabalho Docente no campo da desigualdade social, é um projeto integrado de pesquisa, ensino e extensão, que oferece percursos formativos para docentes da educação básica da região de Joinville, com ênfase nas diferentes dimensões da experiência docente. Por se tratar de um trabalho com documentos, foram utilizados os pressupostos metodológicos da pesquisa documental. A primeira investigação, de 2021, debruçou-se sobre os registros documentais do PERFORMA, de modo a constituir um acervo de pesquisa. Esse acervo é composto pela documentação dos encontros com os docentes participantes, como as narrativas, áudios, imagens e demais produções gráficas propostas no percurso. Através do tratamento e sistematização documental realizado em 2021, foram contabilizados 210 arquivos (relativos à primeira turma de professores que participou do projeto em 2020). Atualmente, o acervo conta com cerca de mais de 600 documentos, referentes aos 30 professores participantes de 2021 e aos 28 participantes do primeiro semestre de 2022. Esse primeiro resultado preliminar indica um processo de registro documental mais especializado, qualificando o acervo de pesquisa do PERFORMA ano após ano. É possível considerar, também como um resultado da IC, que a existência desse acervo possibilita conhecer diferentes experiências docentes através da participação em percursos formativos. Assume-se aqui um outro modo de trabalhar com os documentos, que considera não somente dados quantitativos e sujeitos de pesquisa, mas sim o registro da experiência humana em dado tempo e contexto. O documento pode vir a revelar de que forma percursos formativos oportunizam relações estéticas, que deslocam o olhar dos sujeitos participantes, os fazendo, assim, pensar em outras possibilidades para o seu fazer docente. Olhar para esses documentos como um testemunho de vivências, permite que se faça ver condições do trabalho docente que não conhecemos a priori, mas que apontam realidades, saberes, cotidianos e subjetividades.

Apoio / Parcerias: FAP Univille NEPS PPGE - Núcleo de pesquisa em educação, política e subjetividades

Revitalizando a biblioteca da escola de educação básica Dr. Jorge Lacerda

  • Elena Weber, Graduando, elena.weber@uniivlle.br
  • Flávia Weber , Graduando, flavia.weber@univille.br
  • BRIGIDA MARIA ERHARDT, MSc, brigida.maria@univille.br

Palavras-chave: revitalização, espaço organizado, interesse comunitário

No início de 2022, iniciamos as atividades do componente Vivências de Extensão, no curso de Ciências da Religião. Optamos por fazer na escola de educação básica Dr. Jorge Lacerda. Após três semanas de observação das atividades escolares e diálogo com a direção escolar, assessores de direção e alguns professores, consensamos que o projeto de intervenção seria a revitalização do espaço de leitura e de fomento à leitura, com o apoio da direção da escola. Neste sentido, o interesse por esse assunto é importante, pois a criação de projetos de incentivo à leitura em uma biblioteca escolar tem muito a contribuir na educação de crianças, jovens e adultos Observou-se que a biblioteca da unidade escolar não estava atendendo às necessidades da comunidade escolar, pretendeu-se fazer intervenções no aspecto visual, como decoração, organização dos livros e móveis de maneira a facilitar a circulação e estimular a permanência das pessoas no espaço, evidenciando como espaço de leitura da escola uma vez que, vivemos em um momento de inovação tecnológica, que tende a se expandir cada vez mais. Objetivou-se revitalizar o espaço da biblioteca, transformando-o e tornando-o um ambiente agradável para os estudantes e em um espaço vivo de ação pedagógica para a unidade escolar. Quanto aos procedimentos metodológicos: houve a elaboração e validação do cronograma com a gestão escolar para a realização das atividades; foram realizadas observações, levantamento do acervo, organização sistemática dos livros, limpeza e sinalização das prateleiras, entre outros; definição dos materiais necessários para a execução da intervenção na biblioteca e realização de campanhas de arrecadação de material diversos. Os recursos utilizados para a intervenção foram disponibilizados pela escola e parte de doações recebidas pelas alunas, como: tintas, pincéis, rolos para pintura, panos para limpeza, papel branco e colorido, papel autocolante, fita adesiva, parafusos, chaves adequadas aos parafusos, água, baldes e vassouras. Ao finalizar o trabalho de cinco meses (março a julho), constatamos que as expectativas iniciais foram alcançadas; entregamos uma biblioteca revitalizada, mais acolhedora, agradável e organizada. O espaço ficou mais apropriado e seguro para o acervo que possui. Os docentes e a comunidade escolar em geral agradeceram pela nova biblioteca. Esperamos que a nova biblioteca seja utilizada com mais frequência e prazer, contribuindo com os docentes e estudantes na busca pelo conhecimento e na aquisição de hábitos de leitura e pesquisa. Foi gratificante poder colaborar com a comunidade escolar proporcionando um lugar mais agradável para a leitura.

Apoio / Parcerias: não se aplica

Simulado da OAB

  • Beatriz Regina Branco, MSc, beatriz.regina@univille.br
  • Waldemar Moreno Júnior, Dr(a), waldemar.moreno@univille.br
  • Claudio Melquiades Medeiros, Dr(a), claudio.melquiades@univille.br
  • Frederico W. Jorge, Dr(a), direito@univille.br

Palavras-chave: Simulado, OAB, Exame

O Projeto foi idealizado a partir da experiência desenvolvida no ano de 2009 no Departamento de Direito da UNIVILLE, com o intuito de preparar nossos acadêmicos para o mercado de trabalho, oportunizando a Simulação da Prova da OAB, obrigatória a todo o bacharel que pretenda ser advogado e continua desde então. A oferta gratuita do Simulado do Exame da Ordem vai ao encontro dos objetivos intrínsecos de uma universidade comunitária como a nossa. O projeto foi muito bem recebido pelos alunos e demais professores e passou a ser um diferencial do curso de Direito da Univille. Além de possibilitar uma avaliação contínua da qualidade do ensino jurídico realizado na UNIVILLE, o projeto também contribui com a preparação para o mercado de trabalho e garante aos nossos alunos uma melhor inclusão profissional futura. O objetivo específico é simular a avaliação que o acadêmico irá realizar para a prova da OAB, que é obrigatória para todo o bacharel de direito que pretenda ser advogado. A pesquisa é quantitativa e descritiva e os principais resultados obtidos no primeiro semestre de 2022, contabilizando todos os alunos dos semestres, chegam a seguinte conclusão: 56.3% (142) dos alunos inscritos não participaram do simulado, 0% (0) não obteve acréscimo na nota, 20.9% (23) obtiveram um acréscimo de 1 ponto, 42.7% (47) obtiveram um acréscimo de dois pontos, e 36.4% (40) obtiveram um acréscimo de 3 pontos. Concluímos que a pandemia prejudicou a sequência de adesão ao Simulado, que precisa ser novamente trabalhada junto aos acadêmicos. Os resultados obtidos nos ajudam no planejamento dos temas que precisam ser mais bem desenvolvidos no Curso de Direito

Apoio / Parcerias: FAEG, Curso de Direito.

Uma experiência de pesquisa sobre patrimônio industrial e arte pública em Joinville

  • Mariza Carolina Menegaro, Graduando, marizacarolina@gmail.com
  • Fernando Cesar Sossai, Dr(a), fernandosossai@gmail.com
  • Daniela Pistorello, Dr(a), danipistorello@hotmail.com

Palavras-chave: Patrimônio industrial, Arte, Turismo

A comunicação visa compartilhar experiências de pesquisa realizadas sobre a relação entre patrimônio industrial e arte pública construídas durante o projeto intitulado “Aproximações contemporâneas entre patrimônio industrial e turismo: proposta de um roteiro cultural voltado à experimentação do patrimônio cultural de Joinville/SC”, desenvolvido com financiamento do Programa Inovação para o Setor Turístico (INOVATUR/FAPESC) e associado ao Laboratório de História Oral e Centro Memorial da Univille (LHO/CMU). Trata-se de um projeto experimental que mobiliza conhecimentos teórico-metodológicos em Patrimônio Cultural, Turismo, História e Arte com a perspectiva de conhecer, questionar e fruir o patrimônio industrial da cidade. Em termos mais específicos, os resultados do projeto farão parte de um roteiro cultural, que terá por base os bens que compõem o patrimônio industrial de Joinville, cujo fim é contribuir para a ampliação dos usos turísticos dos bens culturais da região, além de ampliar a visibilidade dos patrimônios que fazem parte do cotidiano das pessoas. Com base nessas discussões, neste relato de experiência, serão apresentadas resultado de nossas pesquisas bibliográficas, particularmente a respeito dos painéis criados por Fritz Alt e dos monumentos de homenagem aos trabalhadores: O Fundidor de Paulo de Siqueira, Mão Tecelã de Marcos Avancini e O Calceteiro de Mário Avancini. Tais bens foram escolhidos por evidenciar a memória do trabalho. Neles, procuramos questionar de que forma os trabalhadores têm sido histórica e artisticamente representados na cidade, assim como refletir sobre como o patrimônio industrial pode auxiliar a conhecer o passado/presente de Joinville, em especial as memórias de pessoas e de espaços que fazem parte da história industrial da cidade. Nessa direção, até o momento, a pesquisa demonstrou como a leitura artística da história industrial da cidade pode ser um elemento poderoso para a construção de roteiros patrimoniais voltados à fruição turística e dos moradores de Joinville em geral.

Apoio / Parcerias: INOVATUR/FAPESC.

Violência do Estado contra os jovens afrodescendentes no Brasil: uma análise do racismo estrutural

  • Gabriel Bueno da Silva , Graduando, gahsilva0268@gmail.com
  • Diego Finder Machado, Dr(a), diego.f@univille.br
  • Sirlei de Souza, Dr(a), sirlei.souza@univille.br

Palavras-chave: jovens afrodescendentes, violência, necropolítica

Na atualidade muito têm se discutido, tanto doutrinariamente quanto empiricamente, acerca da violência contra negros no Brasil. Certamente, os brasileiros vivem em uma sociedade a qual possui o racismo enraizado em sua estrutura, portanto, parte-se da ideia de que o racismo é estrutural, visto ser um elemento que integra a organização econômica e política da sociedade. Outrossim, através do contexto histórico prova-se que os negros sempre estiveram às margens da sociedade, portanto, a violência gerada pelo racismo pode ser vista como um evento naturalizado desde a colonização portuguesa no Brasil. A presente pesquisa vinculada ao Projeto Integrado “Caminhos para a cidadania em comunidades remanescentes quilombolas de Joinville e região: vivências de ensino, pesquisa e extensão com a comunidade Beco do Caminho Curto”, busca problematizar o racismo e a violência que acomete a sociedade brasileira no extermínio da juventude negra pelas ações policiais e nas práticas racistas de instituições públicas e seus representantes. A necropolítica é uma manifestação dura do racismo e se expressa também na omissão e resistência do Estado, através de mecanismos rotineiros e da deficiência na negação do acesso aos direitos humanos básicos. Utilizado o método de pesquisa qualitativa será analisado o mapa da violência no Brasil nos últimos 5 anos para identificar os dados em relação a essas violências sistemáticas em relação ao jovem negro. Conforme mostram as pesquisas recentes (Fórum da Segurança Pública, 2021), na última década mais de 400 mil pessoas negras foram mortas vítimas de violência no Brasil, em 2020 mais de 76 por cento das pessoas assinadas eram negras, ainda conforme a mesma fonte a chance de um negro ser vítima de homicídio no Brasil é 2,6 vezes maior do que um não negro. Diante dos dados é urgente a reflexão em torno das causas de toda essa violência que rouba a perspectivas de jovens negros no Brasil.

Apoio / Parcerias: FAP Univille